DISTRIBUIÇÃO DA COBERTURA VEGETAL NO MUNICÍPIO DE LAVRAS-MG POR MEIO DO NDVI.
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- Aurélia Batista Santos
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1 DISTRIBUIÇÃO DA COBERTURA VEGETAL NO MUNICÍPIO DE LAVRAS-MG POR MEIO DO NDVI. CHRISTIANY MATTIOLI SARMIENTO 1 e RÚBIA GOMES MORATO 2 chrislavras@yahoo.com.br, rubiagm@gmail.com 1 Discente do curso de Geografia Unifal-MG 2 Professora do curso de Geografia Unifal-MG Palavras-chave: Cobertura vegetal, NDVI, Índice de vegetação por diferença normalizada. Introdução Questões vêm sendo discutidas sobre a importância da cobertura vegetal, principalmente no meio urbano. Este vem sofrendo alterações ambientais devido a expansão horizontal da cidade com o aumento de áreas construídas, pavimentação asfáltica, verticalização na área central com a construção de prédios, aumento da frota de veículos, poluição do ar, poluição sonora e retração da cobertura vegetal urbana. Em contrapartida, pesquisas revelam a necessidade de áreas verdes nas cidades, para aumento da qualidade ambiental e qualidade de vida. Através disso, o NDVI - Índice de Vegetação por Diferença Normalizada - se torna uma ferramenta eficiente em questões levantadas a partir da vegetação presente no município. Através do NDVI, é possível obter informações importantes correlacionadas com parâmetros biofísicos, como a biomassa e o Índice de Área Foliar. Além de realçar a vegetação, este índice detém a habilidade de minimizar os efeitos topográficos além de classificar áreas com solo exposto e presença de água. Objetivos Este trabalho objetivou analisar o Índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI), na região de Lavras, município localizado no sul de Minas Gerais, utilizando os programas Ilwis 3.4 e ArcView. As análises foram feitas através do sensor TM+ do satélite Landsat 7, com imagens do ano de A finalidade desta análise se baseia no estudo da cobertura vegetal deste município, pois em ambientes construídos, a cobertura vegetal constitui um importante indicador de sustentabilidade, garante áreas permeáveis, contribui para a regularização do microclima urbano, auxilia no aumento da circulação do ar, e em alguns casos é utilizada como espaço de lazer e turismo. 1
2 Fundamentação Teórica Lavras-MG é uma cidade em fase de expansão e crescimento, estes condicionados a ocupação desordenada e deficiente em localidades menos abastadas financeiramente. Essa questão se enquadra em estudos sobre a desigualdade ambiental, no que se refere a distribuição espacial de problemas urbanos que tornam determinados grupos como sendo vulneráveis no ponto de vista social e principalmente ambiental. O Índice Normalizado de Diferença de Vegetação (NVDI) se constitui como um dos passos para esta pesquisa no que diz respeito á análise da abrangência da cobertura vegetal local e com ela se dá. Mensurando esta análise, utilizam-se técnicas de processamento digital de imagens para obtenção do mapa de NDVI. Assim, entende-se que a partir das imagens extraídas dos sensores contidos nos satélites, o processamento digital atua na melhoria da qualidade das mesmas, para posterior identificação dos alvos de estudo, além da disponibilidade de um acervo histórico que permita analisar as modificações ocorridas em determinadas regiões de um ponto de vista temporal. No que diz respeito à distribuição da cobertura vegetal em áreas urbanas, a mesma revela aspectos da qualidade ambiental, podendo indicar a qualidade de vida da população que vive nesses espaços. Na atualidade, existem diferentes procedimentos para o levantamento da cobertura vegetal em áreas urbanas, por meio de trabalhos de campo, pela análise de cartas topográficas de grande escala, pela interpretação de fotografias aéreas e através da interpretação e tratamento digital de imagens de satélite de base orbital (Rodrigues et al 2007). Nota-se que a utilização de imagens de satélite no gerenciamento e monitoramento ambiental tem se tornado constante na busca de resultados cada vez melhores. Os estudos voltados para análise de vegetação demonstram características espectrais nas faixas do vermelho e do infravermelho próximo. Na região do vermelho, nota-se que a clorofila absorve a energia solar, ocasionando baixa reflectância, enquanto na faixa do infravermelho próximo, tanto a morfologia interna das folhas quanto a estrutura da vegetação ocasionam um alta reflectância da energia solar incidente. Quanto maior o contraste, maior o vigor da vegetação na área imageada. E a combinação destas duas faixas espectrais realça as áreas de vegetação nas imagens, sendo este o princípio em se baseiam as diferenças de vegetação. Metodologia O procedimento para a elaboração desta pesquisa consistiu na aplicação de técnicas de processamento digital de imagens, com o intuito de fornecer ferramentas que facilitem a identificação e a extração da informação contida nas imagens, para posterior interpretação. Foram utilizadas imagens orbitais do satélite Landsat 7 através das bandas 3 e 4, juntamente com os vetores de vias, curvas de nível e rede de drenagem fornecidas no site do IBGE. Este procedimento teve como finalidade a criação do mapa de NDVI, técnica esta que monitora a 2
3 vegetação, fornecendo informações importantes sobre parâmetros biofísicos como a biomassa e o índice de área foliar. A base conceitual do NDVI se apóia no comportamento espectral da vegetação nos canais do vermelho e do infravermelho próximo. Figura 1: Comportamento espectral da vegetação. Fonte: Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocesssamento- UFG. No canal vermelho a vegetação saudável apresenta elevado coeficiente de absorção da energia em função da absorção pelos pigmentos presentes nas folhas. No infravermelho próximo a radiação interage com a estrutura foliar. A medida que a planta se desenvolve, observa-se um incremento da reflexão. Para calcular o NDVI a seguinte formula é aplicada: NDVI = NIR-RED NIR+RED 3
4 Após a sua aplicação, o resultado é uma imagem que varia de -1 a +1. Quanto mais próximo a +1, maior a densidade da cobertura vegetal. Resultados Inicialmente foi realizada a construção de um mapa que aborda a distribuição da vegetação no referido município. Houve a aplicação de técnicas de processamento digital, para fornecimento de ferramentas que facilitem a identificação e a extração da informação contida nas imagens para posterior interpretação. Elaborado o mapa de NDVI (Índice Normalizado de Densidade de Vegetação) foram analisadas questões levantadas a partir da vegetação presente no município. Figura 2: Distribuição da cobertura vegetal por meio de Índice Normalizado de Diferença de Vegetação (NDVI). Fonte: Laboratório de Geoprocessamento /UNIFAL-MG 4
5 O referido mapa demonstrou que na cidade de Lavras há a presença de cobertura vegetal, sendo nítido que a carência de vegetação em determinadas áreas é grande, não abrangendo equitativamente. Sua região de entorno imediato é composta por grande quantidade de vegetação, porém pode-se observar que existem solos expostos, bem como a presença de cultura de café, cana e milho. Considerações Finais A distribuição da vegetação no referido município não ocorre de maneira homogênea, abrangendo apenas algumas áreas e/ou regiões. Observa-se a característica da macrosegregação da cobertura vegetal, ou seja, a vegetação ocorre apenas em algumas regiões dentro do município. Nos próximos passos da pesquisa será investigado se a distribuição espacial da vegetação está relacionada com outras variáveis tais como a infra-estrutura urbana e o padrão de renda dos habitantes. Bibliografia ROSEMBACK,R.; FRANÇA,A.S.;FLORENZANO,T. Análise comparativa dos dados NDVI obtidos de imagens CCD/ CBERS-2 e TM/Landsat- 5 em área urbana. São José dos Campos - SP:INPE,2006. LOURENÇO,R.W.;LANDIM,P.M.B. Estudo da variabilidade do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada/NDVI utilizando Krikagem indicativa. Holos environment, v.4, n.1, GURGEL,H.C.; FERREIRA,N.J.; LUIZ, A.J.B. Estudo da variabilidade do NDVI sobre o Brasil utilizando análise de agrupamentos. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.1, p.85-90, 2003 Campina Grande, PB, DEAg/UFCG. BOGONI,T.N. Um estudo sobre Processamento Digital de Imagens aplicado ao Sensoriamento Remoto. Porto Alegre,2008. PETTA,R.A.; MEDEIROS, C.N. Uso do Sensoriamento Remoto e Processamento Digital de Imagens utilizadas para mapear a mancha urbana do município de Parnamirim (RN). Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, abril 2005, INPE,p ALVARENGA, B.S.;ARCO,E.;MOREIRA,M.A.;RUDORFF,B.F.T. Avaliação de técnicas de processamento digital de imagens para a estimativa de áreas de arroz irrigado: um estudo de caso no município de Santa Vitória do Palmar/RS. Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, abril 2005, INPE, p
6 LUCHIARI,A.;KAWAKUBO,F.S.;MORATO,R.G.Sensoriamento Remoto na Geografia. Praticando Geografia - Técnicas de Campo e Laboratório, Editora Oficina de textos,2005, capítulo 3. FERREIRA,L.G. Sensoriamento Remoto aplicado a ciência ambiental. Treinamento SEMARH / SIAD Goiás. UFG,
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