CURVA DE KUZNETS AMBIENTAL ESTIMATIVA ECONOMÉTRICA USANDO CO2 E PIB PER CAPITA
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- Juliana Cipriano Figueira
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1 CURVA DE KUZNETS AMBIENTAL ESTIMATIVA ECONOMÉTRICA USANDO CO E PIB PER CAPITA CLEYZER ADRIAN CUNHA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS GOIANIA - GO - BRASIL cleyzer@uai.com.br APRESENTAÇÃO ORAL Agropecuária, Meio-Ambiene, e Desenvolvimeno Susenável CURVA DE KUZNETS AMBIENTAL ESTIMATIVA ECONOMÉTRICA USANDO CO E PIB PER CAPITA CLEYZER ADRIAN CUNHA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS GOIANIA - GO - BRASIL cleyzer@uai.com.br APRESENTAÇÃO ORAL Agropecuária, Meio-Ambiene, e Desenvolvimeno Susenável CURVA DE KUZNETS AMBIENTAL ESTIMATIVA ECONOMÉTRICA USANDO CO E PIB PER CAPITA Grupo de Pesquisa: Agropecuária, Meio-Ambiene, e Desenvolvimeno Susenável Resumo O objeivo dese rabalho é verificar empiricamene a relação enre o produo per capia e a emissão de CO no Brasil no período de 980 a 004. Nese rabalho, foram Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
2 realizados eses de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado (ADF), a esimaiva da Curva de Kuznes Ambienal (EKC) usando modelo economérico e projeções usando a écnica Exponenial Smoohing Forecass. Denre os principais resulados, desaca-se que o aumeno do produo per capia ende a reduzir a emissão de CO, corroborando com a proposa da curva EKC original. Assim, conforme o modelo esimado a parir de 005 haverá uma redução na emissão de CO e um aumeno no PIB per capia aé 00. Palavras-chaves: Kuznes; meio ambiene; CO Absrac The objecive of his paper is verify he relaion beween economic growh and Co emission in Brazil. In his work, uni es roo of Dickey-Fuller and he esimae of he Curve of Kuznes Ambienal (EKC). The previsiouns using echnique Exponenial Smoohing Forecass. Amongs he main resuls, i is disinguished ha he increase of he per capia produc ends o reduce he Co emission, corroboraing wih he proposal of original curve EKC. Thus, as he model eseem from 005 will have a reducion in he Co emission and an increase in he GDP per capia in 00. Key Words: Energy, srucural breaks and Economic Growh. INTRODUÇÃO Depois do esudo do Clube de Roma, na década de 70, Limies para o crescimeno, a ciência economia passou a assumir o papel do meio ambiene nas quesões econômicas (Meadows e al., 97). Em 987, surgiu o conceio de desenvolvimeno susenável no esudo nosso fuuro comum. Novos esudos se seguiram, ais como, CNUMAD -Rio-9, no Brasil, e o WSSDJ- Johannesburg, na África do Sul. Primeiramene, nos esudos de Grossman e Krueger (99, 995), discuiram-se relações enre a renda e a degradação ao meio ambiene. Esas relações enre o meio ambiene e a renda são conhecidas como curva de Kuznes Ambienal (EKC). A EKC é Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
3 baseada no esudo de Kuznes (955), onde foi proposa, pela primeira vez, uma relação inverida (U) enre a renda e as desigualdades econômicas. A EKC ornou-se comum para esar as relações em que o crescimeno econômico e o meio ambiene, mensurando a degradação da aividade econômica. Diversas formas funcionais e economéricas procuram corroborar a hipóese da EKC. Enreano, diversos rabalhos criicam a hipóese da EKC, enre os quais Sern e al. (996), Arrow e al. (996), Bruyn e Heinz (000), Ekins (000). O rabalho original de Grossman e Krueger (99, 995) é criicado por Harbaugh e al. (00). Na lieraura da EKC em surgido curvas que associam desmaameno e renda (Cropper e Griffihs, 994); biodiversidade, susenabilidade, com níveis de renda ( Shuber e Diez, 00). Neses esudos empíricos da EKC são uilizadas como variável dependene, níveis de SO e CO, nível de desmaameno, e ouras variáveis, dependendo dos objeivos e pergunas a serem respondidas por cada pesquisador. Sendo assim, é possível a exisência de uma curva de Kuznes ambienal para o Brasil? O objeivo geral do rabalho foi esimar empiricamene a relação enre crescimeno econômico e emissão de CO na economia brasileira no período de 980 a 004. Especificamene, buscou fazer algumas projeções para as variáveis aé 00.. Maerial e méodos Segundo Grossman e Krueger (99, 995), a curva EKC proposa na lieraura como uma relação inversa enre o produo per capia e emissões de dióxido de carbono (CO). Essa relação da EKC sugere que crescimeno da renda per capia ende ocorrer a CO gerar uma redução nas emissões de CO ao longo do empo ( CO > 0 e < 0 ). Y Y Esse esudo esimou-se a equação cúbica economérica derivada do esudo de Grosmann and Krueger (995). Sendo assim, a equação EKC para o Brasil que foi esimada é represenada da seguine maneira: Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
4 () 3 LogCO = α + β LnY + β log Y + β 3log Y + ε em que, CO = emissão de dióxido de carbono em milhões de oneladas méricas ; Y= produo inerno bruo per capia; β, β, β 3 são os coeficienes esimados e medem a sensibilidade da variável dependene a mudanças nas variáveis independenes (no caso do modelo economérico log-log, os coeficienes β, β, β 3 represenam as elasicidades) e ε i = erro aleaório. Para as esimaivas dos coeficienes, uilizou-se o méodo dos mínimos quadrados ordinários (MQO) e o EVIEWS 4.., levando-se em consideração os seguines pressuposos (Gujarai, 000): 3 - LogCO = α + β LnY + β log Y + β Y + ε ; ) E( µ ) 0 i = ; 3) 3log E( µ i ) = σ ; 4) E( µ, µ ) 0 ; 5) as observações de x i são fixas; 6) há ausência de relação linear enre i j = as variáveis explicaivas, e; 7) µ ~ N(0, σ ), com i = 980,..., 004. i Anes de esimar a equação da curva EKC deve-se analisar a esacionaridade das séries emporais em quesão para não incorrer em uma regressão espúria, o que pode invalidar os resulados esimados. A série emporal precisa ser diferenciada d vezes para se ornar esacionária, enão se diz que ela é inegrada de ordem d ou I(d). Se a série emporal for inegrada de I(0), diz-se que ela é esacionária em nível e uma serie de ordem é esacionaria I(). Assim, a ordem de inegração de uma série emporal pode ser verificada por diversos eses de raiz uniária. Nesse rabalho opou-se por uilizar o ese ADF, endo em visa o seu uso correne nos rabalhos economéricos de séries emporais. Para Gujarai (000), para achar a ordem I(d) da série pode-se usar o ese de Dickey-Fuller (DF). Por razoes eóricas e práicas, uiliza-se a expressão: () Υ = β + β + Υ + u δ Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
5 em que é a variável empo ou endência. Em cada caso, a hipóese nula é a de que δ = 0, ou seja, há uma raiz uniária. A diferença enre as regressões é a inclusão do inercepo ( β ) e a endência ( β ). Segundo Gujarai (000), se o ermo de erro u é auocorrelacionado a equação () pode ser o ese aumenado de Dickey-Fuller (ADF): Υ = β (3) m + β + δυ + α i Υ + ε i= Segundo GUJARATI (000), esa-se a hipóese nula de δ = 0, ou seja que exise raiz uniária ( Y não esacionário). Se o valor absoluo calculado da esaísica τ ( Esaísica Tau) excede o valores críicos absoluos τ de DF ou Mackinnon-DF enão rejeia a hipóese de δ = 0, sendo a série (Y) esacionária. 3. Resulados e discussão Os dados de produo per capia foram coleados no Banco Cenral de Brasil e corresponde o valor em reais de 006, para o período de 980 a 004. As emissões de dióxido de carbono (CO) proveniene do consumo de peróleo em milhões de oneladas méricas foram coleados juno a Energy Informaion Adminisraion órgão vinculado ao Governo dos Esados Unidos (www eia.doe.gov). Para analisar a esacionaridade das séries emporais em quesão, uilizou-se o ese de raiz uniária Dickey-Fuller aumenado (ADF). Os resulados obidos dos eses de raiz uniária para as variáveis produo per capia e CO, evidenciaram que ambas as séries não são esacionarias em nível, mas sim inegradas de primeira ordem. Ou seja, o valor calculado do ese ADF para o produo per capia foi em ermos absoluo maior que os valores críicos abelados de 5% e 0%, para o modelo primeira diferença com inercepo (valor calculado de maior que os valores críicos de 3,09970 e -,65594, respecivamene). Já a variável CO apresenou valor calculado de ADF ambém maior que os valores críicos abelados do ese (modelo primeira diferença Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
6 com inercepo apresenou o valor calculado de -3,7839, e é maior que os valores críicos a %, 5% e 0%: -3, ,998064, -,63875, respecivamene). Desa forma, as esimaivas do modelo economerico EKC foram obidas com as variáveis em primeira diferença, endo em visa o resulado da esacionariedade das séries. Nese conexo, o modelo apresenou o coeficiene de deerminação, R igual a 0,46, mosrando que 46% das variações na emissão de CO no Brasil são explicados pelo produo per capia da economia. As esaísicas de Durbin-Wason (DW =,7) e P-valor de Fisher (0,007) mosram ainda o que o modelo não apresenou problemas de auo-correlação dos resíduos e que as variáveis conjunamene explicam as variações no CO. Já o Tese de Whie (hipóese nula é aceia para esaísica F de 0,59 com p- valor de 0,987) mosrou que o modelo não em problema de heerocedasicidade. Ou seja, os resíduos apresenaram variância consane ou são homocedásicos. Assim, os esimadores de mínimos quadrados do modelo são esimadores lineares nãoendenciosos óimos (BLUE) e os eses de hipóeses baseados em esaísicas, F e Quiquadrado são válidos. Quano a normalidade dos resíduos foi feio o ese de normalidade de Jarque-Bera (JB), apresenando valor de 3,7365, evidenciando que o modelo esimado apresena os erros aleaórios com valor esperado igual a zero. O modelo esimado mosra que para um aumeno de % no Produo per capia haverá um aumeno de,68% na emissão de CO. De acordo com a Tabela, pode-se observar o modelo EKC esimado para o período de 980 a 004. Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
7 Tabela Modelo EKC esimado para o Brasil período de 980 a 004 Dependen Variable: D(LOG(CO)) Variable Coefficien Sd. Error -Saisic Prob. C D(LOG(YP)) D(LOG(YP))^ D(LOG(YP))^ AR() R-squared Mean dependen var Adjused R-squared S.D. dependen var S.E. of regression Akaike info crierion Sum squared resid Schwarz crierion Log likelihood F-saisic Durbin-Wason sa.7844 Prob(F-saisic) Fone: Resulados da Pesquisa 4. Considerações Finais O resulado da esimaiva da curva de Kuznes ambienal para o Brasil usando dados CO e produo per capia para o período de 980 a 004, mosra que um aumeno da ordem de 0% no produo per capia da economia, haverá um aumeno na emissão de dióxido de carbono de 6,88%, coearis paribus. No período de esudo o produo per capia no período foi de R$ 0.887,00 e a emissão média de dióxido de carbono do consumo de peróleo foi em orno de 08 milhões de oneladas méricas. A figura abaixo, evidencia a dispersão enre de CO e produo per capia enre 980 a 004 e uma esimaiva para a dispersão enre de CO e produo per capia enre 980 a 00. Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
8 30 30 Emissão de CO Projeção da emissão CO aé PIB per capia em R$ Projeção produo per capia em R$ aé 00 Figura Dispersão enre CO e produo per capia Fone: Resulados da pesquisa A previsão aé 00 para a emissão de CO e produo per capia no Brasil pelo méodo do alisameno exponencial (Exponenial Smoohing Forecass Techniques) disponível no EVIEWS 4.. em 00 de acordo com o modelo a emissão de CO será em orno de 40 milhões de oneladas méricas proveniene do consumo de peróleo, enquano que o PIB per capia será em orno de R$.370, Previsão de emissão de CO Previsão para PIB per capia Figura Previsão para de CO e produo per capia enre 980 a 00 Fone: Resulados da pesquisa Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
9 5. Referências ARROW, K e al. Economic Growh, Carrying Capaciy and he Environmen. Science v. 68, p.p. 50-5, 995. BRUYN, S.M., HEINTZ, R.J. The environmenal Kuznes Curve Hypohesis. Handbook of environmenal and Resource Economics. p.p , Edward Elgar: Chelenham, 000. CROPPER, M.; GRIFFITHS G. The Ineracion of Populaion, Growh and Environmenal Qualiy. American Economic Review, v.84, p.50-54, 994. EKINS, P. Economic Growh and Environmenal Susainabiliy: The Prospecs for Growh. Rouledge, London, 000. HARBAUGH, W.T., LEVINSON, A., WILSON, D. M. Reexamining he Empirical Evidence for an Environmenal Kuznes Curve. Universiy of Oregon. Working Paper, 00. GROSSMAN, G. M., KRUEGER, A. B. Environmenal Impacs of he Norh American Free Trade Agreemen. NBER Working Paper 394,, Cambridge, 99. GROSSMAN, G. M., KRUEGER, A. B. Economic Growh and The Environmen. Quarerly Journal of Economics v., p.p , 995. GUJARATI, D.N. Economeria básica. 3.ed. São Paulo: Markron Books, p. KUZNETS, S. Economic Growh and Income Equaliy. American Economic Review 45 (l). p MEADOWS, D.H., MEADOWS D.L, RANDERS, J., BEHRENS, W.W. The Limis o Growh London Earh Island Limied (97). SCHUBERT, R., DIETZ, S. Environmenal Kuznes Curve, Biodiversiy and Susainabiliy. ZEF-Universiy of Bonn Discussion Papers on Developmen Policy Bonn,00. Rio Branco Acre, 0 a 3 de julho de 008
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