Sucessões Hipóteses resolvidas nas aulas práticas

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1 Sucessões Hipóteses resolvidas nas aulas práticas [4º Ano] I Sucessões º Caso (Nº 53) º Caso (Nº 54) º Caso (Nº 50) º Caso (Nº 52) º Caso (Nº 55) º Caso (Nº 56) º Caso ditado (1) º Caso (Nº 58) º Caso ditado (2) º Caso (Nº 64) º Caso (Nº 60) Carlos Fernandes 2007/2008

2 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 53)] I Sucessões 1.º Caso (Nº 53) António e Berta casaram em 1993 e tiveram quatro filhas: Catarina, Dalila, Ester e Filipa. António falece em Janeiro de 2005, deixando sobrevivos todos os familiares referidos e ainda os seus pais Xavier e Zulmira e um irmão Gustavo. Proceda à partilha da herança de António, sabendo que António faleceu intestado e deixou um património avaliado em Euros e dívidas no valor de Euros. *** X c Z G A c B C D E F São herdeiros legitimários: o cônjuge (B), os descendentes (C, D, E e F) e os ascendentes (X e Z) G não é herdeiro legitimário, pelo que fica desde logo excluído. Ex vi do art. 2157, aplicam-se a ordem e as regras da sucessão legítima: 2133/1-a: a primeira classe de sucessíveis é composta pelo cônjuge (B) e pelos descendentes (C, D, E e F); a segunda classe é formada pelo cônjuge (B) e pelos ascendentes (X e Z). 2134: os da primeira classe preferem aos das seguintes. Logo, são chamados à sucessão legiti maria B, C, D, E e F. 2162: cálculo do valor total da herança (VTH): R+D-P=VTH R = ; D = 0; P = Logo, R( ) + D(0) P(20.000) = Cálculo da Quota Indisponível (QI): 2159/1: em caso de concurso, a legítima do cônjuge e dos filhos é de 2/3 da herança. Mapa da partilha: QI = ( x 2/3) QD = ( ) B = , 2133/1-a, 2134, 2135, 2136 e 2139/1 B = , 2133/1-a, 2134, 2135, 2136 e 2139/1 C = , 2133/1-a, 2134, 2135 e 2136 C = , 2133/1-a, 2134, 2135, 2136 D = , 2133/1-a, 2134, 2135 e 2136 D = , 2133/1-a, 2134, 2135, 2136 E = , 2133/1-a, 2134, 2135 e 2136 E = , 2133/1-a, 2134, 2135, 2136 F = , 2133/1-a, 2134, 2135 e 2136 F = , 2133/1-a, 2134, 2135, º Caso (Nº 54) Em 1985, Carlos doou a Diogo Euros. Carlos Fernandes 2007/2008 2

3 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 54)] Em 1986, Carlos casou com Engrácia, tendo celebrado previamente convenção antenupcial, na qual outorgou, para além dos esposados, Florbela, a quem Carlos doou por morte 1/8 da sua herança. Em 1990, Carlos fez testamento público, deixando à sua amiga Glória uma mota BMW, no valor de Euros, e deixando a Hugo, marido de Isa, notária que lavrou o testamento, uma pintura a óleo, no valor de Euros. Em 1999, Carlos doou a Isa Euros. Em 2004, Carlos falece, deixando sobrevivos os seus pais, João e Luísa, e o seu irmão, Miguel, além dos demais intervenientes na hipótese. O património de Carlos foi avaliado em Euros, tendo deixado débitos no valor de Euros. Tendo em conta os dados referidos, proceda à partilha da herança de Carlos. *** J c L D F G M C c E H c I 1. Temos de começar, em primeiro lugar, por analisar cada uma das figuras jurídicas que são apresentadas no texto: Doação em vida (DV) de a favor de D; Pacto sucessório (PS) designativo a favor de F. Rege aqui o art e os arts e 1702, sendo que com esta acção C institui como herdeira F Deixa testamentária da Mota de a favor de G legado (DTL) Deixa testamentária da pintura Legado (DTL). Neste caso a disposição testamentária era nula, pois considera-se feita à notária que lavrou o testamento (Isa) por interposta pessoa (seu marido Hugo) arts. 2197, 2198/1-2 e 579/2 CC). JDP considera que não estamos aqui perante uma verdadeira incapacidade, mas antes de uma ilegitimidade Doação em vida de a favor de I. Caso tivesse sido I a notária a fazer a escritura, esta doação poderia ser considerada nula (arts e 953). Nesse caso, haveria que somar este valor ao Relictum, pois tudo se passaria como se os não tivessem saído da esfera patrimonial de C. No entanto, o que se diz no texto é que ela foi a notária que lavrou o tstamento e não a escritura de doação, pelo que vamos considerar a DV válida. 2. Temos herdeiros legitimários (arts. 2157, 2133/1-b e 2, 2134 e 2135). 3. Haverá pois que calcular a legitima (arts e 2142). R = ; D = Carlos Fernandes 2007/2008 3

4 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 50)] O Donactum é o resultado da soma das doações em vida e das despesas sujeitas à colação (2162, 2110). Não existindo despesas de colação, temos: = P = R + D P = VTH. Logo, = QI = x 2/3 = (2161) Mapa da partilha: QI = ( x 2/3) QD = ( ) E = J = 36,667 L = 36, , 2133/1-b, 2134, 2135, 2136 e 2142/1 2157, 2133/1-b, 2134, 2135, 2136 e 2142/1 2157, 2133/1-b, 2134, 2135, 2136 e 2142/1 D = (DV) F = 27,500 R ( )+Dp(40.000)-P(20.000) = VTH( ) art. 172 G = H = 0 I = x 1/8 = 27,500 (PS) 1 (DTL) Deixa é nula (DTL) (DV) 197,500 Total das liberalidades ultrapassa a QD em 87,500. Há que reduzir por inoficiosidade 2168: C poderia dispor de , mas dispôs de Inoficiosidade = ). 2171: Redução por inoficiosidade: ordem: Disposiões testamentárias; Legados Doações em vida (e mortis causa 2 ). 4. Assim, parece-nos que a ordem de redução será a seguinte: 1ª Legado da mota no valor de Resta inoficiosidade de ; 2ª Doação de a I, por ser a última DV (2173). Resta inoficiosidade de ; 3ª PS a favor de F no valor de , (doação mortis causa, a que se aplica, por analogia, o regime das doações em vida para efeitos do Art (2173). Esta última redução faz com que as liberalidades se contenham dentro das forças da QD. 3.º Caso (Nº 50) António, em 5 de Dezembro de 2001, dispôs em testamento cerrado: 1 Pamplona Corte Real, ao contrário de Jorge Duarte Pinheiro, não abate o passivo. 2 O art apresenta uma lacuna relativamente aos pactos sucessórios doações mortis causa pelo que vamos aplicar o regime das doações em vida por analogia atenta uma certa similitude quanto ao regime revogatório; note-se que o art revela que não podemos prejudicar os PS com doações posteriores. Carlos Fernandes 2007/2008 4

5 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 50)] 1. Deixo os meus bens presentes a Bento, meu irmão; 2. Deixo os meus bens futuros a Carla, minha prima. António faleceu em 5 de Janeiro do ano seguinte, tendo-lhe sobrevivido, para além dos parentes acima referidos, a sua irmã Joana. Qualifique as deixas efectuadas por António. *** 1. Os bens presentes podem ser enquadrados no conceito de deixas categoriais ou dicotómicas que, em conjunto com os bens futuros esgotariam a totalidade da herança. B seria, assim, herdeiro e não legatário. Apesar de Oliveira Ascensão não aceitar esta qualificação, dizendo que os bens presentes são determinados ou determináveis, não sendo a deixa susceptível de variação que é característica das deixas a título de herança, nem o Prof. Pamplona Corte Real nem J. Duarte Pinheiro aceitam este critério da variabilidade dos bens como relevante para a distinção herdeiro/legatário. O importante é que as deixas categoriais ou dicotómicas esgotem a totalidade da herança, funcionando cada qual como o remanescente dos bens a que se refere o art. 2030/2 CC. Assim, e em conclusão, estamos perante deixas testamentárias a título de herança e não de legados, quer no caso dos bens presentes quer no dos bens futuros. 2. Os bens futuros, ao contrário dos bens presentes, não oferecem já obstáculo à qualificação como deixa a título de herança, precisamente porque dotada da variabilidade e indeterminação. C é herdeira. Cálculo da herança: 2157: Não existem herdeiros legitimários 2132: são herdeiros legítimos o cônjuge, os parentes e o Estado. 2133/1-c: os irmãos e seus descendentes integram a terceira classe de sucessíveis 2134, 2135: os irmãos, B e J, preferem aos respectivos descendentes; e preferem também a C, colateral de A no 4º grau, que se enquadra na quarta classe de sucessíveis. Contudo, a sucessão testamentária tem precedência sobre a sucessão legítima. Os bens seriam, assim, distribuídos entre B e C, cabendo ao primeiro os bens existentes à data do testamento e a C os bens que vieram ao património do autor após essa data. Carlos Fernandes 2007/2008 5

6 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 52)] 4.º Caso (Nº 52) Artur faz testamento cerrado, no qual estipula: 1. Deixo 1/3 da minha herança a Benjamim e quero que esse 1/3 seja preenchido com o meu barco de recreio e com a casa de férias na Madeira; 2. Deixo a casa em Sesimbra a Carmen, sendo o valor desse bem correspondente a 1/3 do meu património; 3. Deixo de usufruto a David 1/3 da minha herança; 4. O remanescente ficará para Eduarda. 1. Caracterize as deixas testamentárias, supondo que: a) o valor do barco e da casa de férias é inferior a 1/3 d herança; b) o valor desses bens é superior a 1/3; c) o valor da casa de Sesimbra é superior a 1/3 do património; d) o valor dessa casa era inferior. 2. Suponha agora que quando Artur morre apenas tem a casa em Sesimbra. Como qualifica a deixa a C? E qual o valor das outras deixas? 3. Suponha ainda que o autor da sucessão, no testamento, afirmou que deixava a David o usufruto de 1/3 da sua herança, mas quer que ele responda pelas dívidas. Quid juris? 1. Caracterização das deixas testamentárias: *** a) Trata-se da figura da herança ex re certa (alguém sucede em bens determinados sendo tido como herdeiro), mais propriamente legado por conta da quota (o de cuius atribui um bem determinado para preencher uma quota, neste caso testamentária). O B deve ser tido como herdeiro (segundo a posição do Prof. PCR, devemos optar pelo regime de maior relevo na estruturação do fenómeno sucessória pag. 27 do livro do Prof. Jorge Pinheiro). Como o valor dos bens fica aquém do valor da cota ele pode exigir a diferença. b) Neste caso ele deve ser tido como herdeiro por conta da quota até ao limite do valor da quota e legatário quanto ao valor dos bens em excesso. Não tem de devolver. c) Pode colocar-se aqui a questão da interpretação do testamento. O art consagra uma orientação subjectivista, visa a detecção da vontade presumível do testador no momento da morte. Duas maneiras de ver esta interpretação: Legado por conta da quota, e nesse caso, quer na hipótese c) quer na d) a solução é idêntica à de cima, se a casa vale mais, ele é legatário até ao limite do valor do bem e herdeiro quanto ao resto; se a casa vale menos, ele tem direito a receber a diferença até ao 1/3. Legado em substituição da quota: este caso (art. 2165) consiste numa disposição mortis causa de bens determinados cuja aceitação pelo beneficiário implica a não aquisição da quota testamentária em que ele teria o direito de suceder. Se ele aceita o Carlos Fernandes 2007/2008 6

7 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 52)] legado então não sucede na quota; é um simples legatário e só pode reclamar os bens determinados que lhe foram atribuídos. No presente caso estamos no âmbito do art. 2030/4, o que implica a qualificação de C como legatária. d) O que se disse para a alínea c) tem aqui plena aplicação. A solução seria a da alínea b) caso se considerasse que se tratava de um legado por conta da quota. As outras deixas: Deixa 3: Trata-se de um legado e D é sempre tido como legatário ex vi do Art. 2030/4 CC. E isto independentemente de o usufruto respeitar a bens especificados ou à herança no seu todo ou a uma quota desta. Deixa 4: Trata-se de herança, nos termos do Art. 2030/3 CC, uma vez que os bens correspondentes ao remanescente da herança não estão especificados. 2. Em primeiro lugar, há que verificar o que sucede em relação às outras deixas. Assim, a primeira seria nula (art. 2254/1 legado de coisa inexistente no património do autor) e a quarta é a chamada de herança vazia. Quanto ao usufruto a favor de D, referindo-se o mesmo a 1/3 da herança e sendo esta composta apenas pela casa de Sesimbra, signfica que o usufruto vai incidir sobre 1/3 dessa casa. Quanto à qualificação de C como herdeira ou legatária, tudo depende do ponto de vista doutrinário adoptado. a) Para Pamplona Corte Real, C seria herdeira uma vez que a deixa testamentária de que é beneficiária esgota as forças da herança. Ela sucede na totalidade dos bens existentes, não tendo qualquer significado as heranças vazias; b) Já Oliviera Ascensão, pelo contrário, entende que as heranças vazias continuam a ter signficado. Isto advém da posição deste autor que considera que o principal traço distintivo entre o herdeiro e o legatário é o facto de o primeiro ser o sucessor pessoal do autor da herança, havendo, por conseguinte, certos poderes que só ele pode exercer. Jorge Duarte Pinheiro não concorda com esta visão do herdeiro como sucessor pessoal do de cujos. Adere-se, assim, à posição que considera C como herdeira na situação descrita. 3. Regra geral, é ao herdeiro que cabe a responsabildiade pelos encargos da herança (2068 e 2071). Contudo, nos termos do Art. 2072/1, o usufrutuário da totalidade ou de uma quota do património do falecido pode adiantar as somas necessárias, conforme os bens que usufruir, para cumprimento dos encargos da herança, ficando com o direito de exigir dos herdeiros, findo o usufruto, a restituição sem juros das quantias que despendeu. Se o não fizer, pode o herdeiro, nos termos do nº 2 do mesmo artigo, exigir que dos bens usufruídos se vendam os necessários para cumprimento dos encargos, ou pagá-los com dinheiro seu, ficando neste údtlimo caso, com o direito de haver do usufrutuário os juros correspondentes. Vemos, assim, que o usufrutuário tem já a responsabilidade legal de arcar com parte dos encargos da herança, mas apenas no que respeita aos juros das quantias necessárias para o Carlos Fernandes 2007/2008 7

8 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 55)] efeito. E isto apenas nas relações internas com os herdeiros, uma vez que nas relações externas é sempre da responsabilidade destes responder pelos encargos da herança. O que o testedor erstá a fazer, ao instituir esta cláusula, é a alterar o estatudo do legatário num dos pontos essenciais e que descaracterizariam tal estatuto levando à alteração da qualificação. Ora, isso não é permitido 5.º Caso (Nº 55) Em 1980, Aida fez testamento público, deixando a Baco, seu irmão, o seu barco Paraíso, no valor de Euros e a Caetano, padre da sua paróquia, 1/10 da quota disponível. Nesse mesmo testamento, Aida declara ser mãe de Zulmira, cujo registo de maternidade estava omisso. Em 1984, Aida doou Euros a Diana. Em 1985, Aida e Edgar casaram, tendo celebrado previamente convenção antenupcial, na qual Aida doou mortis causa a Felícia, que aceitou, 1/5 da sua herança e doou mortis causa a Guiomar o seu barco Paraíso. Do casamento de Aida e Edgar nasceram quatro filhos Hugo, Ivo, Jorge e Luís. Em 2000, Aida doou a Miguel Euros. Em 2001, foi decretada a separação judicial de bens entre Aida e Edgar. Sabendo que Aida morreu em 2003 e deixou bens no valor global de Euros e débitos no valor de Euros, proceda à partilha da herança de Aida. *** B A c E Z H I J L 1. Classificação das deixas: a) 1980: a favor de B (barco Paraíso = ) DTL. Verificou-se revogação tácita desta DTL pelo PS de 1985, no qual A doou o mesmo bem mortis causa a pessoa diferente (G) 2313 (caso a donatária tivesse intervido no acto, tratar-se-ia de um verdadeiro PS designativo, que implicaria a aplicação do regime dos Arts. 1705, 1701 e Nesse caso, a revogação seria real, nos termos do art CC); b) 1980: a favor de C (1/10 da QD) DTH (deixa testamentária a título de herança); c) 1984: a favor de D (15.000) DV; d) 1985: a favor de F (1/5 da herança) PS designativo (doação mortis causa, uma vez que interveio no acto e aceitou a doação 1705, 1700 e 1701); e) 1985: a favor de G (barco Paraíso = ) DTL (apesar de ter adoptado a forma de doação mortis causa na convenção antenupcial, uma vez que a donatária Carlos Fernandes 2007/2008 8

9 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 55)] não interveio no acto, a doação adquire carácter testamentário, nos termos do art. 1704); f) 2000: a favor de M (30.000) DV O art permite que o testamento possa comportar negócios não patrimoniais, nomeadamente a declaração de maternidade. O estabelecimento da maternidade tem efeitos retroactivos pelo que Z já era filha de A à data da morte desta. 2. Herdeiros legitimários: o cônjuge (E) e os descendentes (Z, H, I, J e L) 2157, 2133/1-a, Partilha da herança: sucessão legitimária R = D = P = R + D P = VTH (2162) = QI: x 2/3= (2159/1) QD: = Mapa da partilha: QI = ( x 2/3) QD = ( ) E = e 2139/1 ex vi 2157 B = 0 (DTL) revogação real (2316/1) Z = e 2139/1 ex vi 2157 C = (DTH) x1/10=10.000; reduzida na totalidade por inoficiosidade H = e 2139/1 ex vi 2157 D = (DV) I = e 2139/1 ex vi 2157 F = (PS) 1/5 herança ( 1 ) J = e 2139/1 ex vi 2157 G = (DTL) Reduzida na totalidade por inoficiosidade (não é verdadeiro PS por o donatário não ter tido intervenção) L = e 2139/1 ex vi 2157 M = (DV), reduzida a por inoficiosidade Há inoficiosidade de 37,000 (1) R + Dp P = VTH; = ; x 1/5 = (Art. 1702) (2030/2, 1700, 1705, ) Nota: nem a fórmula de cálculo da sucessão contratual (R+Dp P=VTH) nem a da sucessão legal (R+D P=VTH) são aplicáveis à sucessão testamentária, que tem uma fórmula mais simples: R P=VTH Ordem da redução da inoficiosidade: º Deixas testamentárias, 2º Legados, 3º Doações em vida (inclui doações mortis causa). Assim: 1º Reduzimos na totalidade a deixa testamentária a favor de C, no valor de Resta inoficiosidade de ; 2º Reduzimos na totalidade a DTL a favor de G, no valor de Resta inoficiosidade de 2.000; Carlos Fernandes 2007/2008 9

10 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 56)] Nota: Caso houvesse mais do que um legado haveria que reduzi-los propo rcionalmente. Para isso, usaríamos a regra de três simples. Ex. do Prof. JDP: VT legados = 80 inoficiosidad e = 40; DTL(1) = 60 Valor da redução (VR) =? (60 x 40) / 80 = 30 VT legados = 80 inoficiosidad e = 40; DTL(2) = 20 Valor da redução (VR) =? (20 x 40) / 80 = 10 No exemplo dado o legado de 60 seria reduzido a 30 e o de 20 seria reduzido a 10. 3º A DV a favor de M, por ser a última (2173), é reduzida em 2.000, ficando com o valor de O mapa final da partilha fica, assim: QI = ( x 2/3) QD = ( ) E = e 2139/1 ex vi 2157 B = 0 (DTL) Z = e 2139/1 ex vi 2157 C = 0 (H) Reduzida na totalidade H = e 2139/1 ex vi 2157 D = (DV) I = e 2139/1 ex vi 2157 F = (PS) J = e 2139/1 ex vi 2157 G = 0 (PS) reduzida na totalidade L = e 2139/1 ex vi 2157 M = (DV) Reduzida em º Caso (Nº 56) Anabela, filha de Carlota e Daniel, casou, em 1993, com Bernardo. Porém, o casamento não correu bem e, em Janeiro de 1999, Anabela e Bernardo separaram-se de facto. Em Julho de 2001, Anabela fez doação a Carlota do seu anel de noivado, que só lhe trazia más recordações de Bernardo. Em Maio de 2004, Anabela faz testamento cerrado, onde dispôs o seguinte: 1. Deixo o meu violino a Bernardo, única pessoa que conheço que sabe a importância de um violino, e que certamente lhe dará um uso apropriado; 2.Deixo ao meu pai a minha colecção de canetas; 3. Deixo a Eurico, meu único primo de família paterna, o álbum de fotografias de família, porque entendo que deve ser perpetuado de geração em geração dentro da família; 4. Deixo a Fernando o meu computador portátil, com a base de dados de todos os meus Carlos Fernandes 2007/

11 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 56)] clientes. Anabela faleceu em Janeiro de Após a sua morte, descobre-se que, afinal, Eurico não era seu primo, mas sim José, filho de uma relação extraconjugal de seu tio. Prova-se ainda que a mulher de Fernando, chefe de trabalho de Bernardo, tinha ameaçado Anabela que se esta não deixasse o seu portátil e a base de dados de clientes ao seu marido, iria prejudicar Bernardo na sua actividade profissional. 1. Proceda à partilha da herança de Anabela, sabendo que esta deixou bens no valor de Euros, dívidas no valor de Euros, o anel de noivado foi avaliado em Euros, a colecção de canetas em Euros, o álbum de fotos em Euros e o violino em 500 Euros. 2. Imagine agora que, em 2002, Bernardo é condenado por denúncia caluniosa de Daniel, facto que indignou profundamente Anabela. Como procederia à partilha da herança de Anabela? ***? D c C F E J A c B Resposta à questão 1: 1. Classificação das deixas: : a favor de C 2 (anel de noivado = 3.000) DV 2030/ : a favor de B (violino = 500) DTL (2030/2). Não há que fazer imputação, considerando-se a deixa como um pré-legado, valendo por inteiro (2264) : a favor de D (canetas = 5.000) DTL (2030/2). Também não há lugar a imputação, por ser pré-legado, valendo por inteiro (2264) : a favor de E (álbum de fotografias = 1.000) DTL (instituído legatário por erro) : a favor de F (computador =?) DTL (obtida sob coacção moral) 2. R = D = P = Partilha da herança: 3.1. Sucessão legitimária: Carlos Fernandes 2007/

12 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 56)] Há herdeiros legitimários: o cônjuge (B) e os ascendentes (D e C) 2157 e 2133/1-b. A separação de bens mesmo judicial não afasta o cônjuge da herança, ao contrário do divórcio e da separação de pessoas e bens (2133/3 a contrario). Assim, há que calcular a legítima (VTH) nos termos do Art. 2162: R + D P = VTH = QI: x 2/3 = (2161/1) QD: = Legítima subjectiva do cônjuge e dos ascendentes (2142/1): B: x 2/3 = ; D: ( x 1/3) / 2 = ; C: ( x 1/3) / 2 = Mapa da partilha: QI = ( x 2/3) QD = ( ) B = e 2142/1 ex vi 2157 C 2 = (DV) D = e 2142/1 ex vi 2157 B = 500 (DTL) C = e 2142/1 ex vi 2157 D = (DTL) E = 0 F = 0 B = D = C = (DTL) álbum = 1.000: anulável por erro sobre os motivos (1). Resulta do próprio testamento a essencialidade do erro (2202) (DTL) Computador: anulável por coacção. O erro é essencial e o mal grave e justificado o seu receio (2201, 255 e 256) A título de sucessão legítima A título de sucessão legítima A título de sucessão legítima (1) Oliveira Ascensão defende que sempre que o erro recaia sobre os motivos na indicação da pessoa ou dos bens deverá ser aplicável o art e não o A aplicação deste último deverá ser limitada ao erro sobre os motivos stricto sensu. Contudo, PCR não concorda e diz que deve ser aplicado o 2202, porque no 2203 admite-se prova complementar enquanto naquele tal prova não é admissível. Assim, segundo Oliveira Ascensão, não seria E a ser beneficiado mas sim J; pela perspectiva de PCR (que é aceite e defendida por JDP) nenhum deles é beneficiado, sendo a deixa nula. É esta a posição a que aderimos. Anulação da deixa do computador por coacção: relevância do facto de a coacção provir de terceiro e não do beneficiário: será aplicável o art. 2201? Será de defender a sua aplicação desde que estejam reunidos os requisitos do art. 255 e 256. No caso vertente parece não restarem dúvidas que assim é, sendo a deixa anulável dentro do prazo de 2 anos (2308/2). Carlos Fernandes 2007/

13 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 56)] Importa, agora, calcular a sucessão legítima: Valor da herança para efeitos de sucessão legítima: = são sucessíveis legítimos o cônjuge, os parentes e o Estado, pela ordem e segundo as regras dos arts e ss. 2133/1-b não existem sucessíveis que prefiram ao cônjuge e aos ascendentes 2136 e 2142/1: o cônjuge tem direito a 2/3 e os ascendentes a 1/3, logo B = ; D = ( ) / 2) = Resposta à questão 2: I A situação poderá enquadrar-se no âmbito do Art. 2034/b, caso o crime caluniosament e denunciado seja punido com pena superior a 2 anos, dado este omisso no texto. O texto diz-nos que ele foi condenado em 2002, sendo que a abertura da sucessão se deu em Vemos que, nos termos do Art. 2035/1, a condenação pode ser posterior, desde que o crime seja anterior à abertura da sucessão. Vemos que aqui o crime foi anterior, pelo que a condenação é relevante. Problema pode levantar-se no que se refere ao prazo para a acção de indignidade que é, nos termos do Art. 2036: de dois anos a contar da abertura da sucessão; ou de um ano a contar da condenação ou do conhecimento das causas de indignidade. Ora, o texto diz-nos que A ficou profundamente indignada, mas não que moveu a acção de indignidade dentro do prazo de um ano a contar da condenação, que data de Será a acção judicial de declaração de indignidade sempre exigível ou poderá a indignidade operar automaticame nte verificadas as situações previstas nas quatro alíneas do art. 2034? Oliveira Ascensão, no entanto, defende que a indignidade só não opera automaticament e quando o indigno está na posse dos bens. PCR, por seu lado, diz que a posição de OA não faz sentido, sob pena de se pôr em causa a segurança jurídica. Poderia admitir-se o funcionamento automático das alíneas a) e b) d art. 2034, uma vez que aí há certeza jurídica resultante da condenação, mas não nas duas últimas. Conclui que, em nome da segurança jurídica, é de exigir sempre a acção judicial de declaração da indignidade, o que parece fazer todo o sentido. No caso vertente não é possível, como referimos já, afirmar convictamente que tal acção de indignidade não tenha sido interposta no devido prazo e a indignidade judicialmente declarada. E não se contraponha que não faria sentido que, depois de mover a acção de indignidade, seria irracional que A contemplasse B no seu testamento. Veja-se que, nos termos do Art. 2038/1, o indigno pode ser reabilitado, readquirindo a capacidade sucessória, se o autor da sucessão expressamente o reabilitar em testamento ou escritura pública. Não foi o que se passou neste caso, pois A não reabilitou expressamente B, pelo que ele não readquiriu a capacidade sucessória plena, mas o facto de ter sido contemplado com o legado do violino confere-lhe capacidade para suceder dentro dos limites desse legado (2038/2). Carlos Fernandes 2007/

14 Sucessões: I Sucessões [Caso ditado (1)] II Admitindo que B tivesse sido judicialmente declarado indigno, e não tendo sido ele reabilitado, a incapacidade para suceder derivada de tal declaração implicaria o recalculo da legítima, embora não afectasse o legado do violino. Face à indignidade de C, a parte que lhe caberia acresce em partes iguais às quotas dos ascendentes D e C. 7.º Caso ditado (1) João sofre um grave acidente de automóvel e, encontrando-se impossibilitado de escrever, pede a Paulo, seu irmão, que é médico, para escrever por ele o seu testamento do qual constam as seguintes cláusulas: a) Uma vez que não tenho herdeiros legitimários, quero que os meus bens sejam divididos em partes iguais pelo meu irmão Paulo e pela minha namorada; b) Meu amigo Guilherme ficará com a minha colecção de moedas. João vem a morrer no hospital em consequência do acidente, onde foi assistido por Paulo, tendo deixado três irmãos sobrevivos: Paulo, Márcia e Susana, e deixa também duas namoradas: a Ana e a Lina. O valor da herança, descontado o valor do legado a favor de G, é de 600. Quid juris? I Tipo de testamento. *** Estamos perante um testamento cerrado (2204 e 2206), que pode ser celebrado por quem souber escrever (2208), embora não possa assinar (2206/2). Note-se que, embora o art. 2206/2 refira igualmente que o testador pode deixar de assinar quando não saiba fazê-lo, a doutrina dominante defende uma interpretação abrogante desta norma pois não é racional defender que uma pessoa que sabe ler não saiba assinar. O testamento pode ser escrito pelo próprio testador ou por pessoa a seu rogo (2206/1). Provando-se que J sabia ler e assine ou mencione que não assina por não o poder fazer, nomeadamente por impossibilidade física o testamento é válido. O testamento cerrado está sujeito a aprovação por notário (2206/4 e CNot). A data da aprovação é a data do testamento. II Qualificação e análise das deixas testamentárias. A primeira disposição é deixa testamentária a título de herança, já que quer P quer a namorada de J são beneficiadas com uma quota correspondente a metade da herança, que esgotam a sua totalidade (2030/2). Quanto à segunda disposição, trata-se de uma deixa a título de legado, uma vez que se refere a um bem concreto (2030/2). III Questão da indisponibilidade relativa de P. Levantam-se aqui diferentes problemas de indisponibilidade relativa no que se refere a P, Carlos Fernandes 2007/

15 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 58)] uma vez que ele não só foi o médico que assistiu o autor relativamente aos ferimentos de que viria a morrer (2194) como ainda para mais foi interveniente no testamento (2197). A primeira causa de indisponibilidade relativa o facto de ter sido o médico que assistiu o autor seria excepcionada pelo art. 2195/b e 2192/3 CC, dado P ser irmão de J. Porém, no que se refere à segunda causa já não encontramos qualquer norma que a excepcione, pelo que a disposição testamentária a favor de P é nula por violação do art a acção de nulidade do testamento teria de ser intentada no prazo de 10 anos, sob pena de caducidade (2308/1). IV Problema de haver duas namoradas. Entramos aqui no campo da interpretação do testamento (2187), que se rege pelos seguintes princípios: 1) Interpretação segundo a vontade subjectiva do testador; 2) Interpretação tem de atender ao contexto do testamento; 3) Admite-se o recurso a elementos complementares externos ao testamento; 4) Tem que ser respeitado o limite formal. No presente caso, não existem, quer no contexto do testamento, quer mesmo recorrendo a elementos complementares externos a este, quaisquer possibilidades de tornar certo a qual das namoradas se refere a deixa testamentária. Note-se que não há lugar a integração de lacunas do testamento no que se refere a elementos essenciais, mas apenas a aspectos instrumentais. E a instituição de herdeiro é, nos termos do art. 2182/1, um elemento essencial. Logo, por força do art. 2185, esta deixa é também nula. A acção de nulidade terá de ser intentada no prazo de 10 anos estabelecido pelo art. 2308/1, sob pena de caducidade. V Sucessão legítima. Sendo ambas as disposições testamentárias a título de herança nulas, abre-se a sucessão legítima (2131). Concorrem a esta sucessão os irmãos do autor, P, M e S, sendo que o primeiro é irmão germano, a segunda irmã uterina e a última irmã consanguínea. Segundo o disposto no art. 2146, o quinhão dos irmãos germanos é o dobro dos irmãos uterinos ou consanguíneos. Assim, temos: P = 2 partes (600 / 4) x 2 = 300 M = 1 parte 600 / 4 = 150 S = 1 parte 600 / 4 = 150 Total: 4 partes 8.º Caso (Nº 58) Ana casou com Bruno no regime de separação de bens e deste casamento nasceram quatro Carlos Fernandes 2007/

16 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 58)] filhos: Cátia, Diogo, Edgar e Filipe. Em 1997, Ana doa em vida à sua filha Cátia a sua casa de Sintra. No ano seguinte, doa em vida ao seu filho Diogo a sua casa no Porto. Bruno, gravemente doente há vários anos, falece em Em 1980, Ana faz testamento cerrado, estipulando o seguinte: 1. Deixo a minha filha Cátia o meu anel de noivado e, caso esta não queira aceitar, quero que fique para a minha afilhada Joana. 2. Deixo a Xavier a minha conta bancária a prazo no Banco Saco Azul e, por morte deste, deverá reverter para Zulmira. Em 1995, Cátia é deserdada por Ana, por ter sido condenada por denúncia caluniosa contra Bruno, seu pai. Em 1996, ao saber que não tinha sido contemplado no testamento de sua mãe, Diogo, a única pessoa a conhecer da sua existência, esconde-o. Em 1997, Ana doa em vida a Filipe o seu Ferrari, mencionando expressamente que o pretendia avantajar. Em Abril de 2003, Ana falece num grave acidente de viação. Proceda à partilha da herança de Ana, sabendo que: Cátia, casada com Gonçalo, tinha dois filhos, Ivo e Hugo, tendo este último sido declarado indigno face à sua mãe, por ter destruído o testamento que esta havia feito; Edgar repudia; Em Março de 2003, Xavier tem um acidente, ficando em estado de coma, até Julho de 2003, data da sua morte, deixando sobrevivo apenas o seu filho Vasco; Joana havia falecido em 2000; Ana deixa bens no valor de ,00 euros, sendo que, no momento da abertura da sucessão, a casa de Sintra foi avaliada em ,00 euros, a casa do Porto em ,00 euros, o anel de noivado em 1.000,00 euros, a conta bancária em ,00 euros e o Ferrari em 5.000,00 euros. *** A c B J X G c C D E F C H I V Segundo as orientações dadas, o caso vai ser resolvido em duas fases: primeiro só será abordada a matéria da vocação indirecta ignorando as questões atinentes à colação; Carlos Fernandes 2007/

17 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 58)] posteriormente será então resolvido definitivamente, tendo já em consideração a matéria ignorada na primeira fase. Não se deve confundir a «vocação indirecta» com a «vocação subsequente»: a primeira prevalece sobre a segunda. Verifica-se uma hierarquia entre os varios tipos de vocações, que varia consoante os títulos sucessórios. Assim, temos: Na sucessão legal (legítima e legitimária): o Direito de representação (2138) prevalece sobre o Direito de acrescer (2137/2). Onde houver direito de representação não terá aplicação o direito de acrescer. Aqui não há lugar à substituição directa. Na sucessão voluntária (contratual e testamentária): 1º Substituição Directa, 2º Substituição por representação, 3º Direito de Acrescer. A Sumário da matéria de facto. 1970: DV a favor de C da casa de Sintra (60.000) visto vigorar o regime de separação de bens qualquer dos cônjuges tem legitimidade para alienar ou onerar bens imóveis de que seja proprietário, desde que não se trate de casa de morada de família (1682-A); 1971: DV a favor de D da casa do Porto (50.000) idem; 1979: B falece. Logo, não entra na sucessão de A pois é pré-morto; 1980: Testamento cerrado (2204). Institui legatários (2030/2): a) DTL a favor de C (anel de noivado = 1.000); se C não aceitar, fica para J: substituição directa para o caso de não querer aceitar 2281 ex vi 2285; a substituição directa prevalece sobre o direito de representação e sobre o acrescer 2041/2-a CC. b) DTL (legado de crédito 2261) a favor de X (conta bancária = ); por morte de X, passa para Z: diz-se substituição fideicomissária a disposição pela qual o testador impõe ao herdeiro, o encargo de conservar a herança, para que ela reverta por sua morte, a favor de outrem 2286; 1995: C é deserdada 2166/1-b: a deserdação tem que ser feita em testamento, mas como o texto nada nos diz vamos pressupor que ela é válida. São três os pressupostos da vocação (2032): (1) Um título sucessório prevalente; (2) Ter capacidade sucessória: situações de não poder aceitar. Abrange a indignidade e a deserdação. (3) A sobrevivência ao de cuius: situações de não poder aceitar. Abrange a prémorte, a presunção de comoriência (58) e a declaração de morte presumida (114) A situação de não querer aceitar resume-se ao repúdio da herança (2062) Carlos Fernandes 2007/

18 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 58)] De acordo com o art. 2166º/2, o deserdado é equiparado ao indigno para todos os efeitos legais. C está, assim, numa situação de não poder aceitar. Ora, segundo o art. 2037º/2, a incapacidade sucessória na sucessão legal não prejudica o direito de representação. Por interpretação a contrario sensu retira-se que na sucessão testamentária o direito de representação é prejudicado pela incapacidade sucessória. Sendo assim, H e I vão suceder a A (sua mãe), através do instituto do direito de representação art. 2039º, pois na sucessão legal, o direito de representação tem sempre lugar na linha recta em benefício dos descendentes de filho do autor da sucessão art. 2042º. 1996: D esconde o testamento cerrado de A indignidade: 2034/d e 2037/1 1997: DV a favor de F (Ferrrari = 5.000) com intenção de avantajar, ou seja, que pretende que o carro não esteja sujeito ao instituto da colação art. 2113º. 2003: Abertura da sucessão B Partilha. I Visto haver herdeiros legitimários: os quatro filhos C, D, E e F, todos sobrevivos, vamos abrir a sucessáo legitimária abstraindo, por ora, das incapacidades de alguns dos herdeiros. Quanto a B, cônjuge da autora da sucessão, verificámos que faleceu em 1979, muito antes da abertura da sucessão (Abril de 2003). Logo, não podia este suceder por pré-morte: não está verificado o pressuposto da existência. Haveria substituição de B por representação? Não, porque o direito de substituição opera apenas em favor dos descendentes de um herdeiro ou legatário, que são chamados a ocupar a posição daquele que não pôde ou não quis aceitar a herança ou o legado (2039). Na sucessão legal são chamados a ocupar esse lugar os descendentes de filho do autor da sucessão e, na linha colateral, em os descendentes de irmão do falecido, qualquer que seja, num caso ou noutro, o grau de parentesco (2042). Assim, e em síntese, só há direito de representação a favor de sobrinhos ou netos do autor. Haverá direito de acrescer? Não há, porque a pré-morte, a comoriência e a declaração de morte presumida não são pressuposto do direito de acrescer. Falecendo o cônjuge antes do autor da sucessão, a legítima dos filhos será de metade ou de dois terços consoante haja um ou mais de um (2159/2). Por exemplo, se três dos irmão morressem a legítima do sobrevivo seria de metade da quota indisponível da herança; mas se pelo menos um dos irmãos deixar descendentes, a legítima será de dois terços. Conclusão: B não era chamado à sucessão legitimária. Mas se houvesse sucessão testamentária, aí já haveria direito de representação. 2133/1-a, : os descendentes são os herdeiros detentores de título prevalente 2162/1: R + D P = VTH Carlos Fernandes 2007/

19 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 58)] R = ; D: (casa Sintra) (casa porto) (Ferrari) = ; P = 0 Nota: tanto o anel como a conta bancária não entram no cálculo, pois já estão incluídos no Relictum, de onde ainda não sairam por se tratar de deixas testamentárias. R(65.000) + D( ) P(0) = VTH( ) 2159/2: QI = ; QD = ex vi 2157: : 4 = II Deserdação de C. Caso não tivesse havido deserdaçãoconcluir-se-ia que cada um dos herdeiros legitimários receberia bens no valor de ,00 euros. Vimos, porém, que C fora deserdada, estando assim numa posição de «não poder aceitar» a herança. Recorde-se que a deserdação tem que constar do próprio testamento com indicação expressa da causa. Pergunta-se: caso A não tivesse deserdado C quando fez o testamento, poderia ainda assim ser declarada a indignidade com base em causa de deserdação concomitante com a de indignidade já conhecida do testador? Em situações como a descrita considera Oliveira Ascensão que houve reabilitação tácita do indigno, pelo que já não poderia haver decalração de indgnidae. PCR não concorda. Por outro lado, note-se que a deserdação não pode ser parcial, embora possa ser condicional (será deserdada se vier a ser condenada ). Como constatámos acima, a declaração de indignidade não prejudica o direito de representação na sucessão legal (2037/2), mas já o afasta na sucessão voluntária. Por direito de representação, caberia a H e I tomar a posição de C (2039 e 2042). Cada um receberia ½ da legítima que aquela caberia (15.000). Contudo, diz o texto que H é indigno face a C, cuja posição deveria ocupar por representação. Será este facto impeditivo do direito de representação? A resposta é negativa: o H tem que ser capaz relativamente a A, independentemente de o não ser em relação ao sucessível cuja posição veio ocupar por este não poder ou não querer aceitar a herança (2043). Conclusão: H e I eram capazes relativamente a A e não repudiaram a herança. Sucedem, assim, na quota parte da herança em substituição de C. III Indignidade de D. Diz-nos o texto que D escondera o testamento cerrado (2006) de A, por ver que não fora nele contemplado. Tal conduta vem a ser causa de indignidade, nos termos do art. 2034/1-d, mas discute-se se tal causa opera ipso iure ou se impóe a necessidade de declaração judicial da indignidade. Ora, embora Oliveira Ascensão defenda que a indignidade opera automaticamente, só se tornando necessário o recurso à acção judicial se e quando o indigno estiver na posse dos bens, para a maioria da doutrina é sempre necessário a declaração judicial, para cuja acção se Carlos Fernandes 2007/

20 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 58)] prevê um prazo de de dois anos a contar da abertura da sucessão ou dentro de um ano a contar, quer da condenação pelos crimes que a determinam, quer do conhecimento das causas de indignidade (2036). Assim concluindo, e visto o texto ser omisso quanto a esta parte, não se poderia afirmar que D tenha sido declarado indigno. Contudo, para efeitos do exercício, vamos assumir que a indignidade tinha sido declarada, D estaria numa situação de «não poder aceitar» a herança( 3 ). E, visto não ter deixado descendentes que o pudessem substituir por direito de representação, o valor da sua quota acresceria à dos outros herdeiros nos termos do art. 2137/2. Assim, o cálculo das legítimas subjectivas dariam os seguintes resultados: E = ; F = ; H = e I = IV Repúdio da herança por E. Face ao efeito retroactivo do repúdio da herança, considera-se E como não chamado, salvo para efeitos de representação (2062) e de acrescer (2137). Note-se que o repúdio não pode ser feito sob condição ou a termo (2064/1) e, em regra, deve ser total, salvo nos casos previsto no art. 2055/1 (2064/2). Por outro lado, o repúdio está sujeito à forma exigida para a alienação da herança (2063), ou seja, deverá constar de documento particular (2126/2), salvo existindo bens cuja alienação exijam escritura pública, caso em que será esta a forma a adoptar (2126/1). Nenhum destes detalhes é referido no texto. Mas vamos admitir, para efeitos do exercício, que o repúdio foi feito de forma válida. E, sendo assim, visto ser irrevogável (2066), D está numa situação de «não querer aceitar» a herança, o que daria lugar à sua substituição por representação, caso tivesse descendentes, o que não é o caso. Mais uma vez se dá o direito de acrescer a favor dos outros herdeiros legitimários (2137/2). Visto termos concluído que D tinha sido declarado indigno, restam dois herdeiros legitimários: F, por um lado, e C, representado por H e I face à deserdação daquele. Assim, temos: : 2 = F = ( Legítima acrescer de D acrescer de E); C H = ( ½ legítima de C acrescer de D acrescer de E) I = ( ½ legítima de C acrescer de D acrescer de E) *** Anel de noivado: trata-se de um legado com substituição directa a favor de J. Esta substituição directa prevalece na sucessão testamentária (2041/2-a), pelo que afasta o direito de representação. A apenas referiu, como condição para a substituição, a situação de C não querer aceitar, 3 A Prof. Assistente aconselha a ir por este caminho quando da resolução dos testes, o que enriquece a solução. Carlos Fernandes 2007/

21 Sucessões: I Sucessões [Caso ditado (2)] mqa o que acabou por suceder foi uma situação de não poder face à deserdação de que foi alvo. Poderá a substituição operar ainda assim? A doutrina entende que sim: que a situação de não poder só seria afastada caso o testador expressamente tivesse estipulado que apenas se não quiser aceitar, i.e., para que se possa afastar as situações de não poder o testador tem que o dizer expressamente (2281). O que sucede à deixa, tendo em conta que C não pode aceitar e J morreu antes da abertura da sucessão? A cláusula testamentária caduca de acordo com o art. 2317º/al. a). Conta de ,00 euros: X reunia todos os pressupostos de que a lei faz depender a vocação: existência (sobreviveu ao autor da sucessão), capacidade e título sucessório prevalente. Logo, era chamado à sucessão na qualidade de fiduciário, qualidade esta que lhe garante o gozo da coisa numa situação equiparada à de usufrutuário em rigor, não possa ser assim considerado, uma vez que é antes um proprietário temporário, embora com limitações no que se refere ao direito de alienação. Por sua morte, o legado de crédito passaria a Z por substituição fideicomissária. Incidentalmente, diga-se que não se admite fideicomissos a título de legítima subjectiva, mas tão só na quota disponível. Segundo o art. 2293/2, se o fideicomissário não quiser ou não puder aceitar, os bens revertem para o fideicomissário. Mas o que se passou no presente caso não foi uma situação de não querer nem de não poder juridicamente relevante: foi apenas uma situação de não poder de facto, devido ao estado de coma em que X mergulhou em Março de 2003, um mês antes da abertura da sucessão. Quid iuris? No que toca a V, herdeiro de X, ele vem a tomar a posição deste não através do direito de representação ou de uma substituição, mas por meio da «transmissão do direito de suceder» a que se refere o art Tal implica uma dupla aceitação: primeiro, da herança de X, onde reside o direito de suceder que se transmite com a respectiva herança, e, em segundo lugar, da herança de A. V é capaz, sobrevive ao autor da herança e tem título sucessório prevalente a seu favor. Logo, é chamado à sucessão como legatário. Significa isto que ele ficará na posição de fiduciário até à sua morte, em lugar do seu ascendente? Não, porque o legado foi transmitido ao fideicomissário Z (2286), por efeito da morte de X (2293/3). V apenas sucede naquilo que cabia por direito a X: o direito aos frutos civis da conta bancária no período que vai da abertura da sucessão à morte de X (2290/1). Assim os da conta bancária vão entrar na quota disponível como legado a favor de Z. A partir daqui ainda não foi resolvido nas aulas. A a imputação e a colação/igualação da partilha será estudada mais tarde a propósito de outros casos. *** 9.º Caso ditado (2) Ana e Bento, ambos viúvos, casaram sob o regime de separação de bens. Ana tinha uma filha do seu anterior casamento, Carla, e Bento tinha também um filho do seu anterior Carlos Fernandes 2007/

22 Sucessões: I Sucessões [Caso (Nº 64)] casamento, David. Carla casa com Edgar, tendo celebrado convenção antenupcial onde estipulou o regime de separação de bens. Deste casamento nasceram Francisco e Gonçalo. Em 1994, Ana faz testamento cerrado com o seguinte teor: 1 Deixo a Bento metade da minha quota disponível; 2 Deixo a Ivo a outra metade da minha quota disponível. Em 2000, Francisco mata Bento. Em 2001, Ana faz testamento cerrado com o seguinte teor: 1 Deserdo Francisco por ter assassinado Bento se ele vier a ser condenado por tal crime. Em 2001, foi justificada a ausência de Carla, entrando-se na fase de curadoria definitiva. Em Janeiro de 2002, Ana morre e um mês depois Francisco é condenado a 10 anos de prisão pela prática de homicídio doloso consumado na pessoa de Bento. Diga, justificadamente, qual o destinos dos bens de Ana. *** Tópicos de resolução provisória (a desenvolver): 1994: DTH a favor de B = ½ QD A c B DTH a favor de I = ½ QD E c C D 2001: deserdação de F (2166/1-a, sujeita a condição 2035/1-2, 2166/2, segundo JDP por analogia); apesar de não ser um herdeiro prioritário, pode ser deserdado pois é um descendente do testador. F G I 2001: ausência de Carla (99). Equiparação à morte para efeitos de vocação indirecta? PCR + OA = Sim; JDP = Não. Concorda com Pereira Coelho que rejeita esta equiparação. Estes últimos resolvem pelo art. 120: sucessível subsequente vocação subsequente. Ver também 121/2: os chamados são considerados curadores definitivos sucessão resolúvel. Para a Prof. Assistente, o que faz sentido é chamar os sucessíveis por direito de representação, uma vez que o 120 equipara o ausente ao falecido. 2000: morte de B. A regra é que o pré-decesso do sucessível faz caducar a disposição testamentária, mas o art. 2317/a ressalva a representação sucessória; aqui não se aplica a limitação do art Assim, a deixa passa a D, filho de B, por direito de representação (2039 e ss). Quanto a I não havia problema. 10.º Caso (Nº 64) André, casado com Bruna, tinha 3 filhos: Cátia, Duarte e Eduardo. Bruna tinha ainda um filho de um anterior casamento Tiago. Carlos Fernandes 2007/

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