Direito Administrativo para Analista de Recursos Materiais e Logísitca do IBGE (Teoria e Exercícios)

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1 Aula 0 Direito Administrativo para Analista de Recursos Materiais e Logística do Organização Administrativa (1ª parte) Professor: BOTELHO 1

2 Aula 0 Organização Administrativa (1ª parte) Tópicos da Aula Apresentação Organização administrativa Centralização, descentralização, concentração e desconcentração Administração direta e indireta Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista Entidades paraestatais e terceiro setor: serviços sociais autônomos, entidades de apoio, organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público Questões da FGV Quadro de Respostas Respostas comentadas Bibliografia

3 Apresentação Muito prazer, meu nome é João Paulo Batista Botelho e este é meu currículo resumido: Consultor Legislativo do Senado Federal, aprovado em 1 lugar, com a maior nota de todas as áreas, no concurso do Senado Federal em 2012; Professor de pós-graduação da Universidade Católica de Brasília (UCB) e de cursos preparatórios do Instituto de Gestão, Economia e Políticas Públicas (IGEPP); Ex-Perito Criminal Federal, aprovado em 1 lugar, com a maior nota do concurso da Polícia Federal em 2004; 10 aprovações em 1º lugar em concursos públicos; Coautor do livro Regimento Interno da Câmara dos Deputados em Exercícios Comentados, da Editora Impetus; Bacharel em Direito, Pós-Graduando em Direito Administrativo. Estou aqui para ajudar você a estudar Direito Administrativo para o concurso de Analista de Recursos Materiais e Logística do IBGE. O cronograma do curso é o seguinte: Aula Conteúdo Programático Data 0 (Demo) Organização Administrativa (1ª parte) 8/1 1 Organização Administrativa (2ª parte) 25/1 2 Regime Jurídico dos Servidores da União (1ª parte) 1º/2 3 Regime Jurídico dos Servidores da União (2ª parte) 19/2 4 Regime Jurídico dos Servidores da União (3ª parte) 26/2 5 Contratos Administrativos (1ª parte) 7/3 6 Contratos Administrativos (2ª parte) 11/3 7 8 (Bônus) Responsabilidade do Servidor e Deveres do Administrador Lei 8666, Decreto 10520, Leis Complementares 123 e 128, Decreto 5450, Decreto 7892, Decreto 2271, Decreto /3 23/3 3

4 Como a matéria é extensa e o tempo é curto, a teoria será apresentada de forma mastigada, mas completa, para agilizar a leitura. Sempre que possível, serão apresentados esquemas, macetes e mnemômicos, para facilitar a compreensão e memorização. As questões apresentadas e comentadas neste curso serão questões de múltipla escolha (mesmo formato da prova objetiva) cobradas pela FGV (mesma Banca) nos últimos anos. Hoje serão apenas 6 (seis) questões para degustação. Primeiro você lerá a teoria e depois fará os exercícios para treinar. Esta aula demonstrativa dará a você uma noção de como será o curso. Vamos começar? 4

5 1. Organização administrativa É o modo como o Estado se organiza para realizar suas tarefas Unidades básicas Órgão público Entidade pública Órgão público Unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta (art. 1º, 2º, I, da Lei 9.784/99) Unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado Não tem personalidade jurídica Composto por agentes públicos, que ocupam cargos públicos, para exercer uma função pública Pode ter capacidade processual para defesa de suas prerrogativas Não tem vontade própria, apenas cumpre suas finalidades Teorias das relações entre Estado e seus agentes Agente público é mandatário da pessoa jurídica Teoria do mandato Crítica = não explica como o Estado, que não tem vontade própria, emana mandato Agente público é representante do Estado por força de lei Agente é um tutor ou curador Crítica 1 = chama o Estado de Teoria da representação incapaz Crítica 2 = incapaz não escolhe seus representantes Crítica 3 = o Estado não responderia pelos excessos dos seus representantes Estado manifesta sua vontade por meio de órgãos Teoria do órgão Vontade dos agentes = Vontade (Otto Gierke, Alemanha) do Estado (Adotada no Brasil) Imputação Justifica validade dos atos do funcionário de fato 5

6 Teorias sobre a natureza dos órgãos públicos Órgão = agentes Teoria subjetiva Crítica = desaparecendo agentes, desaparece órgão Órgão = conjunto de atribuições Teoria objetiva Crítica = não explica como órgão (Prevalece no Brasil) expressa sua vontade Órgão = agentes + conjunto de atribuições Teoria eclética Crítica = mesma falha da teoria subjetiva Classificações dos órgãos públicos Quanto à esfera de ação Centrais exercem atribuições em todo o território nacional, estadual, distrital ou municipal exs.: Ministérios, Secretarias Locais atuam apenas em parte do território exs.: Delegacias de Polícia, Postos de Saúde Quanto à posição estatal Independentes originários da CF, sem subordinação exs.: Casas Legislativas, Tribunais Autônomos subordinados à chefia dos órgãos independentes, têm autonomia administrativa, financeira e técnica exs.: Ministérios, Secretarias Superiores órgãos de direção, controle e comando, mas sem autonomia administrativa e financeira exs.: Departamentos, Diretorias, Coordenações, Divisões, Gabinetes Subalternos subordinados aos órgãos superiores exs.: seções de expediente, pessoal, material, portaria, zeladoria Quanto à estrutura (lembrar de organograma) Simples ou unitários sem subdivisões Compostos com subdivisões - exs.: Ministérios, Secretarias Quanto à composição Singulares ou Unipessoais um único agente ex.: Presidência da República Coletivos ou Pluripessoais vários agentes ex.: Tribunais Quanto às funções Ativos Consultivos De controle Entidade pública Unidade de atuação dotada de personalidade jurídica (art. 1º, 2º, II, da Lei 9.784/99) 6

7 1.1. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração Centralização Ocorre quando o Estado executa suas tarefas diretamente por meio de seus órgãos e agentes, sem a ajuda de outras pessoas físicas ou jurídicas Descentralização É a distribuição de competências do Estado para pessoa física ou jurídica Pressupõe duas pessoas jurídicas (uma outorga e outra recebe competência) Não há hierarquia Descentralização Política Descentralização Administrativa Atribuições do ente descentralizado não decorrem do ente central Atribuições do ente descentralizado decorrem do ente central Não há subordinação ao poder central Há subordinação ao centro único de poder Há competência legislativa própria Não há competência legislativa própria Atividades jurídicas não são delegação - ou concessão do governo central e têm fundamento na CF Autonomia (poder de editar próprias Autoadministração (capacidade de leis) gerir próprios negócios, mas com subordinação às leis do ente central) Ex.: Criação de Estados e Municípios Ex.: Criação de autarquias 7

8 Descentralização Territorial ou Geográfica TG ( Tiro de Guerra ) Descentralização por Serviços ou Técnica ou Funcional STF ( Supremo Tribunal Federal ) Descentralização por Colaboração Modalidades de descentralização administrativa Pessoa jurídica de direito público (nova) Capacidade de autoadministração Delimitação geográfica Capacidade genérica (pode exercer a totalidade ou a maior parte dos encargos públicos de interesse da coletividade) Controle pelo poder central Pode haver capacidade legislativa, mas não há autonomia, porque se subordina às normas do poder central Exs.: territórios federais Outorga Lei ( delegação legal ) Prazo Indeterminado Pessoa jurídica de direito público ou privado (nova) Transferência de titularidade e execução de serviço público Capacidade de autoadministração Patrimônio próprio Capacidade específica (limitada à execução do serviço público) Princípio da especialidade (não pode se desviar dos fins para os quais foi criado) Razões de ordem técnico-administrativa Controle ou tutela pelo ente instituidor Retomada por lei Exs.: autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista, consórcios públicos Delegação Contrato administrativo ou ato administrativo unilateral ( delegação negocial ) Prazo determinado Pessoa jurídica de direito privado (já existente) Transferência da execução de serviço público Possibilidade de alteração unilateral das condições de execução Possibilidade de retomada antes do prazo Exs: concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços públicos 8

9 Concentração Ocorre quando o Estado une ou extingue dois ou mais órgãos, transferindo suas atribuições para um único órgão Ex.: A Medida Provisória 696/2015 uniu o Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social Desconcentração Administração Pública Organizada hierarquicamente Pirâmide em cujo ápice se situa o Chefe do Poder Executivo Atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compõem a hierarquia Relações de coordenação ou subordinação entre órgãos Desconcentração É distribuição interna de competências É distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica Descongestiona Tira do centro um volume grande de atribuições Permite desempenho mais adequado e racional de atribuições Está ligada à hierarquia Espécies de desconcentração Em razão da matéria Em razão do grau ou da hierarquia Por critério territorial ou geográfico Exemplo Pessoa jurídica União cria, no Poder Executivo federal, Ministérios de acordo com as diferentes matérias, como Educação, Saúde etc. Pessoa jurídica União cria, no Poder Executivo federal, órgãos em diferentes níveis, como Ministérios, Secretarias, Diretorias, Superintendências, Delegacias etc. Pessoa jurídica União cria, no Poder Executivo federal, órgãos em diferentes localidades, como as Superintendências Regionais do Departamento de Polícia Federal em São Paulo, no Rio de Janeiro etc. DesCEntralização = Criação de Entidades (com personalidade) DesCOncentração = Criação de Órgãos (sem personalidade) 9

10 1.2 Administração direta e indireta Administração Federal (Art. 4º do Decreto-Lei 200/67) Administração Direta Serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios Entidades dotadas de personalidade jurídica própria: Administração Indireta autarquias empresas públicas sociedades de economia mista fundações públicas Administração Direta MUDE Municípios União DF Estados Administração Indireta FASE Fundações Públicas Autarquias Sociedades de Economia Mista Empresas Públicas Administração Direta Tradicionalmente composta pelos órgãos do Poder Executivo Administração Direta Federal Estadual Distrital Municipal Exemplos de órgãos Ministérios, PF, Receita Federal Secretarias Estaduais Secretarias Distritais Secretarias Municipais 10

11 Administração Indireta Composta pelas entidades públicas Pessoa jurídica privada Origem na vontade do particular Fim geralmente lucrativo Finalidade de interesse particular Liberdade de fixar, modificar, prosseguir ou deixar de prosseguir seus próprios fins Liberdade de se extinguir Sujeição a controle negativo (do que não é para fazer) do Estado ou a simples fiscalização (poder de polícia) Pessoa jurídica pública Origem na vontade do Estado Fins não lucrativos Finalidade de interesse coletivo Ausência de liberdade na fixação ou modificação dos próprios fins e obrigação de cumprir os escopos Impossibilidade de se extinguirem pela própria vontade Sujeição a controle positivo (do que é para fazer) do Estado Ausência de prerrogativas autoritárias Prerrogativas autoritárias de que geralmente dispõem Mas quando o Estado cria uma pessoa jurídica privada, ela aparece com praticamente todas as características indicadas para as pessoas públicas! Características comuns entre pessoas jurídicas de direito privado instituídas pelo Estado e pessoas jurídicas públicas Personalidade jurídica própria Direitos e obrigações definidos em lei Patrimônio próprio Capacidade de autoadministração Receita própria Criação e extinção por lei (paralelismo das formas) Finalidade essencial é a consecução do interesse público (não é o lucro) Sem liberdade na fixação ou modificação de seus próprios fins Objeto definido em lei Impossibilidade de se extinguirem pela própria vontade Controle positivo do Estado (verificar se a entidade está cumprindo os fins para os quais foi criada) 11

12 Então, quais as diferenças entre as pessoas públicas e as pessoas privadas da Administração Indireta? a) Prerrogativas e restrições Pessoas públicas têm quase as mesmas prerrogativas e restrições Pessoas privadas só têm prerrogativas e restrições previstas em lei b) Relações com União, Estados e Municípios Praticamente não há diferenças Direito Público c) Forma de organização e relações com terceiros Pessoa privada Regime híbrido Direito privado com derrogação parcial pelo direito público (interesse público) Regime nunca é inteiramente privado Pessoa pública Direito público Mas pode usar direito privado às vezes (contratos de compra e venda, locação, comodato...) Pessoas públicas políticas União, Estados, DF e Municípios Capacidade política (poder de criar o próprio direito) Autonomia Pessoas públicas administrativas Autarquias - Autoadministração Art. 37, XIX, da CF Somente por lei específica poderá ser criada autarquia (fundação pública de direito público equivale a autarquia) e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação (fundação pública de direito privado), cabendo à lei complementar, neste último caso (fundação pública de direito privado), definir as áreas de sua atuação. Art. 26, IV, do Decreto-Lei 200/67 As entidades administrativas (Administração Indireta) só possuem autonomia AFO (Administrativa, Financeira e Operacional) 12

13 1.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista Autarquias Autarquia = autogoverno Art. 5º, I, do Decreto-Lei 200/1967 Serviço autônomo Criado por lei Personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios Executa Atividades Típicas da Administração Pública (ATAP) Gestão administrativa e financeira descentralizada Autarquia Pessoa jurídica de direito público interno (art. 41, IV, do Código Civil) Administração Indireta Descentralização Regime público Mesmas prerrogativas e sujeições da Administração Direta Admissão de pessoal por concurso público Vinculação (e não subordinação) ao ente que a criou Sujeição a supervisão ministerial (na esfera federal), controle finalístico (quanto a desvio de finalidade) ou tutela administrativa Sujeição a controle externo pelo Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas Criação (e extinção) por lei específica (art. 37, XIX, da CF) Exercício de Atividades Típicas da Administração Pública (ATAP) Especialização dos fins ou atividades (princípio da especialização) Autonomia Administrativa, Financeira e Operacional (AFO) Autoadministração Patrimônio próprio Bens públicos (Alienabilidade restrita, Impenhorabilidade e Imprescritibilidade) Imunidade tributária recíproca Capacidade para edição de atos administrativos Capacidade para celebração de contratos administrativos Capacidade processual (Lembrete: procuradores federais da AGU são lotados nelas) Responsabilidade objetiva Foro na justiça federal, se federal, ou na justiça estadual, se estadual, distrital ou municipal, exceto, em ambos os casos, as causas eleitorais, de falência ou trabalhistas) 13

14 Classificação das autarquias quanto à capacidade administrativa Territorial ou geográfica Capacidade genérica De serviço ou institucional Capacidade específica Classificação das autarquias quanto à estrutura Foco no patrimônio Fundação pública de direito público Fundacional Exs.: FAPESP, Hospital das Clínicas, Universidades Foco nos membros Corporativa ou associativa Exs.: Conselhos profissionais (CREA, CAU, CRM...) OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ADI /DF Não se sujeita aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta da União Não é entidade da Administração Indireta da União É serviço público independente, categoria ímpar de personalidade jurídica Não é autarquia especial Não está sujeita a controle da Administração Não está vinculada à Administração Possui imunidade tributária, prazos em dobro, prescrição quinquenal... Não possui obrigação de realizar licitação, concurso público... Classificação das autarquias quanto ao âmbito de atuação Nível Exemplos Agências Reguladoras (ANATEL, ANEEL...) Banco Central CADE Federal Conselhos Federais IBAMA INSS Universidades Federais Estadual DETRAN-RJ Distrital DETRAN-DF Municipal Autarquias municipais de trânsito, de saúde 14

15 Fundações públicas Art. 5º, IV, do Decreto-Lei 200/67 Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado (cuidado, nem sempre...) Sem fins lucrativos Criada em virtude de autorização legislativa (cuidado, nem sempre...) Desenvolve atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público Autonomia administrativa Patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção Funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes Fundações Públicas Instituídas pelo Poder Público Administração Indireta Patrimônio próprio, total ou parcialmente público Autoadministração Controle administrativo ou tutela pela Administração Direta, nos limites da lei Consecução de fins públicos Desempenho de atividade social atribuída ao Estado (saúde, educação, cultura, meio ambiente,assistência...) Direito Público Direito Privado Autarquia fundacional Não é autarquia Lei cria Direito público Lei autoriza criação Direito Civil,em tudo o que não for derrogado pelo direito público 15

16 Normas públicas aplicáveis a qualquer fundação pública Subordinação à fiscalização, controle e gestão financeira, o que inclui fiscalização pelo Tribunal de Contas e controle administrativo, exercido pelo Poder Executivo (supervisão ministerial) Constituição autorizada em lei (art. 37, XIX, da CF) Extinção somente por lei Equiparação dos seus empregados aos funcionários públicos para os fins previstos no art. 37 da CF, inclusive acumulação de cargos, para fins criminais (art. 327 do CP) e para fins de improbidade administrativa (arts. 1 º e 2º da Lei 8.429/92) Sujeição dos seus dirigentes a mandado de segurança quando exerçam funções delegadas do Poder Público, somente no que disser respeito a essas funções (art. 1º, 1º, da Lei /09, e art. 5º, LXIX, da CF) Cabimento de ação popular contra atos lesivos do seu patrimônio (art. 1º da Lei 4.717/65, e art. 5º, LXXIII, da CF) Legitimidade ativa para propor ação civil pública (art. 5º da Lei 7.347/85 Submissão à Lei nº 8.666/93, nas licitações e contratos Imunidade tributária referente ao imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (art. 150, 2º, da CF) Normas aplicáveis somente às fundações públicas de direito público Presunção de veracidade e executoriedade dos seus atos administrativos Inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, porque a sua personalidade jurídica já decorre da lei Não submissão à fiscalização do Ministério Público Impenhorabilidade dos seus bens Sujeição ao processo especial de execução do art. 100 da CF Juízo privativo (art. 109, I, da CF) juiz federal, para as fundações federais 16

17 Agência executiva Arts. 51 e 52 da Lei 9.649/98, regulamentados pelo Decreto 2.487/98 Autarquia ou fundação Qualificada/Desqualificada mediante Decreto do Presidente da República, por iniciativa do Ministério supervisor Ex.: INMETRO, sob supervisão do MDIC Requisitos Plano Estratégico de Restruturação e Desenvolvimento Institucional PERDI Diretrizes, políticas e medidas de racionalização de estruturas e do quadro de servidores Revisão dos processos de trabalho Desenvolvimento dos recursos humanos Fortalecimento da identidade institucional Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor Periodicidade mínima de um ano Objetivos, metas e indicadores de desempenho da entidade Recursos necessários Critérios e instrumentos de avaliação Poder Executivo Edita medidas de organização administrativa específicas Assegura autonomia de gestão Assegura disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros Define critérios e procedimentos para elaboração e acompanhamento do Contrato de Gestão e do Plano Estratégico Agência Executiva Decreto Contrato de Gestão (CG = Campina Grande, na Paraíba) Plano Estratégico (PE = Pernambuco ) Eu decreto que Campina Grande fica agora em PErnambuco 17

18 Empresas públicas Art. 5º, II, do Decreto-Lei 200/67 Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado Patrimônio próprio Capital exclusivo da União (só a federal...) Criada por lei (atualmente, criação autorizada por lei...) Explora atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa Pode revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito Lei /12 autorizou a criação da empresa pública Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. AMAZUL Decreto 7.898/13 criou a AMAZUL Sociedades de economia mista Art. 5º, III, do Decreto-Lei 200/67 Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado Criada por lei (atualmente, criação autorizada por lei...) Explora atividade econômica Sob a forma de sociedade anônima Ações com direito a voto pertencem, em sua maioria, à União (federal...) ou a entidade da Administração Indireta Súmula 517 do STF = As sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal, quando a União intervém como assistente ou opoente Súmula 556 do STF = É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista Súmula 333 do STJ = Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública 18

19 Características Comuns às Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Pessoas Jurídicas de Direito Privado Criação e extinção autorizadas por lei Criadas por ato constitutivo do Poder Executivo e transcrição no Registro Público (na prática, decreto...) Sujeitam-se ao controle estatal interno (Poder Executivo) e externo (Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas) Regime de direito privado com derrogação parcial pelo direito público Vinculadas aos fins definidos na lei autorizadora Exploram atividade econômica (art. 173 da CF) ou prestam serviço público (art. 175 da CF) Só podem ter os privilégios fiscais (tributários) que a iniciativa privada possua (art. 173, 2º, da CF) Responsabilidade civil objetiva (se prestadora de serviço público) ou subjetiva (se exploradora de atividade econômica) Não gozam de privilégios processuais Bens penhoráveis, exceto se prestarem serviço público e o bem estiver afetado a esse serviço público Não se sujeitam a falência, recuperação judicial ou recuperação extrajudicial (art. 2º, I, da Lei /05) Sujeitam-se ao regime de licitações e contratos da Lei 8.666/93 (art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.666/93), mas as exploradoras de atividade econômica poderão ter estatuto jurídico estabelecido por lei que disponha sobre licitação e contratação (art. 173, 1º, III, da CF) Devem realizar concurso público Empregados públicos regidos pela CLT, mas sujeitos a teto remuneratório (art. 37, XI, da CF), vedação de acumulação (art. 37, XVII, da CF) e improbidade administrativa (art. 1º da Lei 8.429/92) Empresa Pública Sociedade de Economia Mista 100% de capital público Capital público e privado Entidades da Administração Indireta Maioria de capital com direito a voto é podem participar do capital público Organizada sob qualquer forma Organizada apenas sob forma de admitida em direito Sociedade Anônima (S.A.) (LTDA, S.A. etc.) Justiça Federal Exs.: Caixa Econômica Federal Correios Justiça Estadual Exs.: Banco do Brasil Petrobras 19

20 Empresas sob controle acionário do Estado Pessoas jurídicas de direito privado Exercem atividade econômica (pública ou privada) Falta-lhes algum dos requisitos essenciais para que seja considerada empresa pública ou sociedade de economia mista Prestam serviços públicos comerciais e industriais do Estado Atuam, em muitos casos, como empresa concessionária de serviços públicos, sujeita ao art. 175 da CF Maria Sylvia Zanella di Pietro as considera parte da Administração Indireta Empresas estatais ou governamentais Empresas públicas Sociedades de economia mista Empresas sob controle acionário do Estado 20

21 Consórcios Públicos Lei /05 Pessoa jurídica de direito público ou privado Criada por dois ou mais entes federativos (União, Estados, DF ou Municípios) Gestão associada de serviços públicos (art. 241 da CF) Se tiver personalidade de direito público, é associação pública (=autarquia) Se tiver personalidade de direito privado, rege-se pela legislação civil, em tudo o que não for derrogado pelo direito público, em especial pela Lei /05 Consórcio Público (Lei /05) Gestão associada de serviços públicos (art. 241 da CF) Formado exclusivamente por entes federativos (U, E, DF, M) Cooperação federativa Objetivos de interesse comum Direito Público Direito Privado = Associação Pública Normas de direito público: = Autarquia Licitação Integra a Administração Celebração de contratos Indireta de todos os entes Prestação de contas da Federação consorciados Admissão de pessoal 21

22 1.4 Entidades paraestatais e terceiro setor: serviços sociais autônomos, entidades de apoio, organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público Entidades paraestatais ou do terceiro setor Ao lado do Estado Não pertencem ao Estado Pessoas jurídicas de direito privado Instituídas por particulares Independem (podem ter ou não) autorização legislativa Não integram a Administração Pública Desempenham atividade privadas de interesse público Não têm finalidade lucrativa Recebem fomento do Poder Público Estão sujeitas a controle e fiscalização do Tribunal de Contas Serviços Sociais Autônomos (SSA) sistema S (exs.: SENAI, SENAC) Organizações Sociais (OS) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Entidades de Apoio 1º setor = Estado 2º setor = Iniciativa privada com fins lucrativos (mercado) 3º setor = Iniciativa privada sem fins lucrativos 22

23 Serviços Sociais Autônomos Serviços Sociais Autônomos ( Sistema S ) São pessoas jurídicas de direito privado São criados mediante autorização legislativa Não têm fins lucrativos (o superávit deve ser revertido para as finalidades essenciais da entidade) Executam serviços de utilidade pública (ex.: ensino profissionalizante), mas não serviços públicos Exercem atividades de interesse público, não exclusivas do Estado Desempenham atividades assistenciais a certas categorias profissionais Não pertencem ao Estado (não são Administração Direta nem Indireta) São custeados por contribuições compulsórias pagas pelos empregadores sobre a folha de salários (art. 240 da CF) São exemplos de parafiscalidade tributária (art. 7º do CTN) Estão sujeitos a controle estatal, inclusive por meio dos Tribunais de Contas, quanto aos recursos públicos repassados Não precisam contratar pessoal mediante concurso público (STF, RE ), adotam processo seletivo simplificado Seu pessoal é regido pela CLT Teoricamente, são obrigados a realizar licitação (art. 1º, parágrafo único, da Lei 8666/93), mas o TCU entende que podem adotar normas próprias para suas contratações que não contrariem os princípios da Lei 8666/93. São imunes a impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços (art. 150, VI, c, da CF) Exs.: Serviço Social da Indústria (SESI) Serviço Social do Comércio (SESC) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) Serviço Social do Transporte (SEST) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) Súmula 516 do STF = O Serviço Social da Indústria SESI está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual. 23

24 Entidades de Apoio Entidades de apoio Pessoas jurídicas de direito privado Sem fins lucrativos Instituídas por servidores públicos, com seus próprios recursos Fundação, Associação ou Cooperativa (FAC) Prestação de serviços sociais não exclusivos do Estado Normalmente, convênio com Administração Direta ou Indireta Atividades privadas Normalmente atuam em hospitais públicos e universidades públicas Regime privado Contratos de direito privado Sem licitação Sem concurso público Empregados celetistas Sem tutela administrativa Podem usar bens públicos e servidores públicos Fundações de apoio às instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica que usam recursos públicos se submetem a licitação, prestação de contas, controle finalístico pelo Estado e fiscalização pelo TCU 24

25 Organizações Sociais (OS) OS (Lei 9.637/98) Qualificação jurídica dada a uma pessoa jurídica de direito privado já existente (associação ou fundação) após habilitação Entidade de interesse social e utilidade pública Sem fins lucrativos Instituída por particulares Recebe delegação do Poder Público mediante contrato de gestão Gestão de serviço público Desempenha serviço público de natureza social Órgão de deliberação formado por representantes do Poder Público e membros da comunidade Contrato de gestão: atribuições, responsabilidades, obrigações, programa de trabalho, metas, prazos, critérios de avaliação de desempenho, indicadores de qualidade e produtividade Controle de resultado pelo Poder Público Auxílio do Poder Público: recursos, permissão de uso de bens, cessão de servidores públicos, dispensa de licitação É dispensável a licitação para celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão (art. 24, XXIV, da Lei 8.666/93) Desqualificada se descumprir contrato de gestão Áreas de Atuação das OS CUMADE PENSA Cultura Proteção e Preservação do Meio Ambiente Desenvolvimento Tecnológico Pesquisa Científica Ensino Saúde 25

26 Requisitos para qualificação como OS Registro de seu ato constitutivo Natureza social de seus objetivos relacionados com área de atuação Finalidade não lucrativa Obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades Órgãos de deliberação superior e de direção: a) conselho de administração (com atribuições normativas e de controle); b) diretoria Participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral Publicação anual, no DOU, dos relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão No caso de associação civil, a aceitação de novos associados Proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade Previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe foram destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, em caso de extinção ou desqualificação, ao patrimônio de outra OS qualificada no âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes alocados Aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como OS, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado (obs.: hoje, MPOG) 26

27 Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) OSCIP Lei 9.790/99 Qualificação jurídica Pessoa jurídica de direito privado Sem fins lucrativos Instituída por iniciativa de particulares Não integra Administração Direta nem Indireta Desempenha serviços sociais não exclusivos do Estado Atividade privada de interesse público Incentivo (fomento) e fiscalização pelo Poder Público Celebra Termo de Parceria Qualificada pelo Ministro da Justiça (Ato vinculado) Áreas de atuação das OSCIP Promoção da assistência social Promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico Promoção gratuita da educação Promoção gratuita da saúde Promoção da segurança alimentar e nutricional Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável Promoção do voluntariado Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza Experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às áreas de atuação das OSCIP 27

28 Não podem ser qualificadas como OSCIP Sociedades comerciais Sindicatos ou associações de classe ou de representação de categoria profissional Instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais Organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações Entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios Entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados Instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras Escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras OS Cooperativas Fundações públicas Fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas Organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional Termo de Parceria das OSCIP Objeto Programa de trabalho Metas e resultados Prazos Critérios objetivos de avaliação de desempenho (indicadores) Previsão de receitas e despesas Relatório anual 28

29 OS OSCIP Lei 9.637/98 Lei 9.790/99 Celebra contrato de gestão Celebra termo de parceria No âmbito federal, é qualificada por Ministro de Estado da área Qualificada pelo Ministro da Justiça competente Ato discricionário Ato vinculado Licitação dispensável para a celebração de contratos de prestação de serviços, desde que qualificadas no âmbito das respectivas esferas de - governo, para atividades contempladas no contrato de gestão (art. 24, XXIV, da Lei 8.666/93) Pode haver cessão especial de - servidor público Privatização do Público Publicização do Privado OS = contrato de gestão OSCIP = termo de Parceria 29

30 Questões da FGV 1. (FGV - Prefeitura de Niterói/RJ - Fiscal de Tributos 2015) As pessoas qualificadas como organizações sociais (OS`s) devem ostentar alguns fundamentos ou características principais, conforme exigido pela Lei nº 9.637/98, por exemplo: A) ter personalidade jurídica de direito público e possuir em seu estatuto objeto social relacionado com as atividades que desempenhará após o contrato de gestão; B) estar habilitada estatutariamente para prestar serviços públicos essenciais compatíveis com o termo de parceria e possuir fins lucrativos; C) destinar-se ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde; D) possuir autonomia em seu órgão colegiado de deliberação superior, vedada a participação de representantes do Poder Público e de membros da comunidade; E) ser obrigatória a distribuição de bens e de parcela do patrimônio líquido advinda do lucro anual, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado. 2. (FGV - Prefeitura de Niterói/RJ - Agente Fazendário 2015) Consoante ensina a doutrina de Direito Administrativo, as autarquias municipais integram a chamada Administração: A) direta, têm personalidade jurídica de direito público e são criadas por lei complementar; B) direta, têm personalidade jurídica de direito privado e sua criação é autorizada por lei complementar; C) indireta, têm personalidade jurídica de direito público e são criadas por lei específica; D) indireta, têm personalidade jurídica de direito privado e sua criação é autorizada por lei complementar; E) indireta, têm personalidade jurídica de direito público e sua criação é autorizada por lei complementar. 3. (FGV - TJ-RO - Técnico Judiciário 2015) Hipótese 1: Entidade integrante da Administração Indireta, que possui personalidade jurídica de direito público, criada por lei específica para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado; Hipótese 2: Pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta do Estado, criada por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de 30

31 caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos. As definições acima tratam, respectivamente, de: A) concessionária de serviços públicos e fundação privada; B) permissionária de serviços públicos e fundação pública; C) fundação pública e sociedade de economia mista; D) empresa pública e sociedade de economia mista; E) autarquia e empresa pública. 4. (FGV - TCM-SP - Agente de Fiscalização 2015) Tanto as Organizações Sociais como as Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público são entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem tal qualificação pelo Poder Público, uma vez preenchidos os requisitos legais. Conhecendo as peculiaridades que distinguem as Organizações Sociais (OS's) das Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público (OSCIP's), é correto afirmar que: A) as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e das OSCIP's são definidas por meio de contrato de gestão, enquanto que o vínculo das OS's com a Administração Pública é estabelecido por meio de termo de parceria; B) as OS's recebem ou podem receber delegação para a gestão de serviço público, enquanto as OSCIP's exercem atividade de natureza privada (serviços sociais não exclusivos do Estado), com a ajuda do Estado; C) ao contrário do que ocorre com as OS's, são passíveis de qualificação como OSCIP's as cooperativas, os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; D) as OS's já são fundadas com a qualificação jurídica de organização social em seu estatuto social, enquanto que as OSCIP's somente recebem tal título por força de lei específica, após comprovarem os requisitos legais; E) às OS's não poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão, enquanto que as OSCIP's poderão receber tal aporte por atuarem visando ao interesse público. 5. (FGV - TCM-SP - Agente de Fiscalização 2015) Com base na doutrina de Direito Administrativo, é correto afirmar que as autarquias: A) ostentam personalidade jurídica de direito privado; B) são criadas por decreto do chefe do Poder Executivo; C) desempenham funções atípicas do Estado de caráter econômico; D) têm o seu pessoal regido pelo regime da CLT; E) possuem capacidade de autoadministração. 31

32 6. (FGV - Câmara Municipal de Caruaru/PE - Técnico Legislativo 2015) As autarquias são pessoas jurídicas administrativas e correspondem a uma extensão da administração direta, visto que prestam serviços públicos e executam atividades típicas do Estado de forma descentralizada. Sobre as autarquias, assinale a afirmativa correta. A) São pluripessoais quando o capital pertencer a mais de um ente público. B) Exploram atividade econômica na forma de sociedade anônima, sendo que a maioria das ações com direito a voto deve pertencer ao ente estatal ao qual pertencem. C) São formadas exclusivamente por entes da Federação, com a finalidade de realizar a gestão associada dos serviços públicos. D) São criadas para a exploração de atividade econômica que o Governo é levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa. E) Estão sujeitas ao controle ou à tutela do Ministério a que se encontram vinculadas. 32

33 Quadro de respostas 1 C 2 C 3 E 4 B 5 E 6 E 33

34 Respostas comentadas 1. (FGV - Prefeitura de Niterói/RJ - Fiscal de Tributos 2015) As pessoas qualificadas como organizações sociais (OS`s) devem ostentar alguns fundamentos ou características principais, conforme exigido pela Lei nº 9.637/98, por exemplo: A) ter personalidade jurídica de direito público e possuir em seu estatuto objeto social relacionado com as atividades que desempenhará após o contrato de gestão; B) estar habilitada estatutariamente para prestar serviços públicos essenciais compatíveis com o termo de parceria e possuir fins lucrativos; C) destinar-se ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde; D) possuir autonomia em seu órgão colegiado de deliberação superior, vedada a participação de representantes do Poder Público e de membros da comunidade; E) ser obrigatória a distribuição de bens e de parcela do patrimônio líquido advinda do lucro anual, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado. Resposta: C. A letra A está ERRADA porque as OS são pessoas jurídicas de direito privado (art. 1º da Lei 9.637/98). A letra B está ERRADA porque as OS não necessariamente prestam serviços públicos essenciais; não celebram termo de parceria, mas contrato de gestão; e não têm fins lucrativos (art. 1º da Lei 9.637/98). A letra C está CERTA porque as atividades das OS são dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde (art. 1º da Lei 9.637/98). A letra D está ERRADA porque um dos requisitos específicos para que as entidades privadas se habilitem à qualificação como OS é a previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral (art. 2º, I, d, da Lei 9.637/98). A letra E está ERRADA porque um dos requisitos específicos para que as entidades privadas se habilitem à qualificação como OS é a proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, 34

35 inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade (art. 2º, I, h, da Lei 9.637/98). 2. (FGV - Prefeitura de Niterói/RJ - Agente Fazendário 2015) Consoante ensina a doutrina de Direito Administrativo, as autarquias municipais integram a chamada Administração: A) direta, têm personalidade jurídica de direito público e são criadas por lei complementar; B) direta, têm personalidade jurídica de direito privado e sua criação é autorizada por lei complementar; C) indireta, têm personalidade jurídica de direito público e são criadas por lei específica; D) indireta, têm personalidade jurídica de direito privado e sua criação é autorizada por lei complementar; E) indireta, têm personalidade jurídica de direito público e sua criação é autorizada por lei complementar. Resposta: C. Autarquias Administração Indireta Personalidade jurídica de direito público Criadas por lei específica 3. (FGV - TJ-RO - Técnico Judiciário 2015) Hipótese 1: Entidade integrante da Administração Indireta, que possui personalidade jurídica de direito público, criada por lei específica para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado; Hipótese 2: Pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta do Estado, criada por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos. As definições acima tratam, respectivamente, de: A) concessionária de serviços públicos e fundação privada; B) permissionária de serviços públicos e fundação pública; C) fundação pública e sociedade de economia mista; D) empresa pública e sociedade de economia mista; E) autarquia e empresa pública. Resposta: E. 35

36 Autarquia Administração Indireta Pessoa jurídica de direito público Criada por lei específica Atividades Típicas da Administração Pública (ATAP) Empresa Pública Administração Indireta Pessoa jurídica de direito privado Criação autorizada por lei Qualquer forma societária Exploração de atividade econômica ou Prestação de serviço público 4. (FGV - TCM-SP - Agente de Fiscalização 2015) Tanto as Organizações Sociais como as Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público são entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem tal qualificação pelo Poder Público, uma vez preenchidos os requisitos legais. Conhecendo as peculiaridades que distinguem as Organizações Sociais (OS's) das Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público (OSCIP's), é correto afirmar que: A) as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e das OSCIP's são definidas por meio de contrato de gestão, enquanto que o vínculo das OS's com a Administração Pública é estabelecido por meio de termo de parceria; B) as OS's recebem ou podem receber delegação para a gestão de serviço público, enquanto as OSCIP's exercem atividade de natureza privada (serviços sociais não exclusivos do Estado), com a ajuda do Estado; C) ao contrário do que ocorre com as OS's, são passíveis de qualificação como OSCIP's as cooperativas, os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; D) as OS's já são fundadas com a qualificação jurídica de organização social em seu estatuto social, enquanto que as OSCIP's somente recebem tal título por força de lei específica, após comprovarem os requisitos legais; E) às OS's não poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão, enquanto que as OSCIP's poderão receber tal aporte por atuarem visando ao interesse público. Resposta: B. A letra A está ERRADA porque é o contrário: termo de Parceria para OSCIP, e contrato de gestão para OS. 36

37 A letra B está CERTA porque as OS recebem delegação do Poder Público, mediante contrato de gestão, para a gestão de serviço público de natureza social, e as OSCIP recebem incentivo (fomento) do Poder Público para desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado. A letra C está ERRADA porque as cooperativas e os sindicatos e as associações de classe ou de representação de categoria profissional não podem ser qualificados como OSCIP (art. 2º, II e X, da Lei 9.790/99). O início ficou ambíguo: a Banca afirmou que as cooperativas etc. não podem ser qualificadas como OS? Ou afirmou que as OS não podem ser qualificadas como OSCIP? De qualquer modo, OS não pode virar OSCIP (art. 2º, IX, da Lei 9.790/99). A letra D está ERRADA porque tanto as OS (art. 1º da Lei 9.637/98) como as OSCIP (art. 1º da Lei 9.790/99) são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos já existentes que só recebem tais qualificações depois de comprovarem o preenchimento de certos requisitos. E a qualificação não é por lei. A letra E está ERRADA porque tanto a OS (art. 12 da Lei 9.637/98) como as OSCIP (art. 12 da Lei 9.790/99) recebem recursos orçamentários do Estado. 5. (FGV - TCM-SP - Agente de Fiscalização 2015) Com base na doutrina de Direito Administrativo, é correto afirmar que as autarquias: A) ostentam personalidade jurídica de direito privado; B) são criadas por decreto do chefe do Poder Executivo; C) desempenham funções atípicas do Estado de caráter econômico; D) têm o seu pessoal regido pelo regime da CLT; E) possuem capacidade de autoadministração. Resposta: E. Autarquia Pessoa jurídica de direito público Criada por lei específica Atividades Típicas da Administração Pública (ATAP) Pessoal regido pelo regime estatutário Capacidade de autoadministração 6. (FGV - Câmara Municipal de Caruaru/PE - Técnico Legislativo 2015) As autarquias são pessoas jurídicas administrativas e correspondem a uma extensão da administração direta, visto que prestam serviços públicos e executam atividades típicas do Estado de forma descentralizada. 37

38 Sobre as autarquias, assinale a afirmativa correta. A) São pluripessoais quando o capital pertencer a mais de um ente público. B) Exploram atividade econômica na forma de sociedade anônima, sendo que a maioria das ações com direito a voto deve pertencer ao ente estatal ao qual pertencem. C) São formadas exclusivamente por entes da Federação, com a finalidade de realizar a gestão associada dos serviços públicos. D) São criadas para a exploração de atividade econômica que o Governo é levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa. E) Estão sujeitas ao controle ou à tutela do Ministério a que se encontram vinculadas. Resposta: E. A letra A está ERRADA porque a autarquia integra a Administração Indireta de apenas um ente federado. O termo pluripessoal se aplica às empresas públicas: desde que a maioria do capital votante permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da empresa pública (art. 5º, II, do Decreto-Lei 200/67), a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno bem como de entidades da Administração Indireta da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 5º do Decreto-Lei 900/69). A letra B está ERRADA porque a autarquia não explora atividade econômica, ela exerce atividade típica da Administração Pública. A autarquia é pessoa jurídica de direito público, não é sociedade com capital. A sociedade de economia mista é que pode explorar atividade econômica e deve ser sociedade anônima com maioria pública do capital votante. A letra C está ERRADA porque trata de consórcio público, não de autarquia. A letra D está ERRADA porque a empresa pública é que pode ser criada para exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa (art. 5º, II, do Decreto- Lei 200/67). A letra E está CERTA porque as autarquias estão sujeitas ao controle finalístico (para verificar desvio de finalidade), tutela administrativa ou supervisão ministerial (este, nas autarquias federais)

39 Bibliografia ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 22. ed. rev. e atual., CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 27. ed., DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 27. ed., MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 4. Ed., Por hoje é só. Espero que você tenha aprendido bastante e gostado da aula. Estarei à disposição no fórum. Até a próxima aula e um grande abraço! 39

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