Análise financeiro aplicando Custeio Pleno em uma unidade hospitalar pública

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise financeiro aplicando Custeio Pleno em uma unidade hospitalar pública"

Transcrição

1 0 Análise financeiro aplicando Custeio Pleno em uma unidade hospitalar pública Francisco de Assis Coelho (Associado ABCustos - UNITAU) assiscon@unitau.br Thallyta Madonna Daianna da Silva (UNITAU) thallytamadonna@hotmail.com RESUMO Este estudo tem como objetivo a formação de preço do serviço de internação utilizando o método de custeio pleno, numa instituição hospitalar pública, a fim de proporcionar informações relevantes para a tomada de decisão dos gestores. A pesquisa, documental com estudo de caso, foi aplicada em uma unidade hospitalar pública localizada no vale do Paraíba, no Estado de São Paulo - Brasil. As instituições hospitalares enfrentam limitações em relação aos recursos financeiros disponíveis, e para sua sobrevivência é necessária à utilização de um sistema de custo que auxilie os gestores nas decisões rotineiras. O estudo apresenta os cálculos da diária unitária média cobrada, bem como o valor da diária unitária média no ponto de equilíbrio, a diária unitária média para se obter uma reserva para investimento e alguns indicadores desempenho. O resultado obtido indica que a unidade hospitalar estudada opera abaixo do ponto de equilíbrio e aponta números possíveis de ser atingidos, se comparados com números praticados por outra unidade citada no estudo. Palavras-chave: Custeio Pleno. Formação de Preço. Índice de desempenho hospitalar. Ponto de Equilíbrio. Área Temática: A3 Custos e gestão no setor público e organizações sem fins lucrativos Metodologia: M2 Case/Field Study

2 1 Análise financeiro aplicando Custeio Pleno em uma unidade hospitalar pública 1 INTRODUÇÃO A competitividade tem exigido das empresas a busca contínua da qualidade em todos os processos e atividades que executam, buscando identificar os índices de desempenho que ofereçam informações relevantes para a tomada de decisão, a fim de obter melhores resultados. Os métodos de custeio objetivam identificar os gastos inerentes ao processo produtivo, acumulando-os de forma organizada aos produtos e serviços. Esses custos podem ser aplicados a diferentes objetos, tais como: produtos, departamentos, atividades, processos, ordem de produção, procedimento hospitalar, ou outras formas que interessem ao gestor. Os procedimentos efetuados pela unidade hospitalar pública são de grande importância para a população, por isso os gestores buscam constantemente diminuir os custos para aumentar o número de atendimentos à comunidade. A análise dos índices de desempenho e formação de preço com base nos custos proporciona informações relevantes aos gestores e permite identificar se a unidade hospitalar está operando abaixo ou acima de sua capacidade produtiva, bem como identificar o seu ponto de equilíbrio. O presente trabalho tem por objetivo a formação de preço do serviço de internação, como também efetuar o cálculo de índices de desempenhos, em um hospital público da região do vale do Paraíba, estado de São Paulo - Brasil, para controle dos gastos e tomada de decisão administrativa-financeiro. Assim, foi calculado o preço unitário médio da diária cobrada, o preço unitário médio da diária com base no custeio pleno para formação de preço com uma margem de 10% para reserva de investimento, e o preço unitário médio da diária no seu ponto de equilíbrio tendo como base o método de custeio pleno para a formação do preço com base no índice de permanência médio dos pacientes da unidade estudada e de uma unidade hospitalar dos EUA, para obter informações para controle e tomada de decisão. Este estudo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica exploratória, com estudo de caso descritivo associado à aplicação de caso. Nesta pesquisa foram utilizados dados secundários, como a demonstração do resultado do exercício do período de 2011 da unidade hospitalar objeto de estudo; os registros estatísticos do Setor de Serviço de Atendimento Médico e Estatística (SAME) da Unidade

3 2 Hospitalar; e as informações do Setor de Faturamento, que contêm o número dos serviços médicos prestados no período. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Contabilidade de Custos Para Martins (2009), a Contabilidade Financeira, conhecida como Contabilidade Geral, foi desenvolvida na Era Mercantilista e fornecia informações adequadas às empresas comerciais. Nessa época, para atribuir valor aos estoques era somente necessária à verificação dos documentos de sua aquisição, pois a atividade principal das entidades era a de comercialização e não a de fabricação. A Contabilidade de Custos surgiu após a Revolução Industrial, no século XVIII, com o advento das indústrias, quando a tarefa de atribuir valor aos estoques passou a ser mais complexa: havia uma série de valores pagos pelos fatores de produção que foram utilizados no processo de fabricação do produto. Leone (2000, p. 15) define a Contabilidade de Custos como: [...] um conjunto de princípios e normas que permitem o registro e o controle de todo o movimento do processo produtivo e a agregação de todos os elementos que formam o valor pelo qual devem ser refletidos na posição patrimonial, nos produtos e na produção em processo. Sua contabilidade assemelha-se a um centro processador de informações, que recebe os dados externos e internos, monetário e não monetário, mas quantitativos, acumulando-os de forma organizada, combinando-os para analisá-los e interpretá-los para produzir informações gerenciais. A Contabilidade de Custos possui duas importantes funções: a) auxílio ao controle, fornecendo dados para orçamento e acompanhamento entre os valores definidos e os acontecidos realmente, e b) ajuda às tomadas de decisão, quando os gestores possuem informações para a devida administração do preço de venda e introdução de novos produtos, ou até mesmo corte de produtos (MARTINS, 2009). 2.2 Despesas e Custos Para que se possam compreender adequadamente as denominações de custo e despesa, o importante é que se faça a conceituação mais usual, a fim de não haver erros no momento da importante separação entre despesas e custos. Despesa, segundo Martins (2009, p ), é um bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. [...] As despesas são itens que reduzem o

4 3 Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Para Maher (2001, p. 64), a despesa pode ser representada como um custo lançado contra a receita de determinado período contábil; assim, as despesas são deduzidas das receitas do período em questão. Bruni e Famá (2004, p. 25) destacam que as despesas correspondem a um bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associadas à produção de um produto ou serviço. Para uma melhor compreensão, a principal característica da despesa é a de que ela não está associada em nenhum momento com a atividade de produção do produto e sim com a atividade administrativa e de comercialização na obtenção da receita. De acordo com Iudícibus (1998, p. 113), [...] Na linguagem comercial, custo significa quanto foi gasto para adquirir certo bem, objeto, propriedade ou serviço. A noção de custo, portanto, está ligada à consideração que se dá em troca de um bem recebido. Já para Martins (2009, p. 25), o custo pode ser definido como: [...] um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. O conceito de custos, portanto, pode ser resumido em um gasto que foi consumido no processo de elaboração do produto ou serviço. 2.3 Custos Diretos e Indiretos Os custos possuem diversas classificações. Neste estudo foram conceituados os custos quanto à unidade do produto, que se dividem em diretos e indiretos. De acordo com Martins (2009, p. 48), os custos diretos são os que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo, e para Bruni e Famá (2004, p. 31) são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos. De forma resumida, Maher (2001, p. 69) conceitua o custo direto como qualquer custo que pode ser relacionado diretamente com um objeto de custo. Segundo Maher (2001, p. 69), custo indireto é qualquer custo que não pode ser relacionado diretamente com um objeto de custo. Para Bruni e Famá (2004, p. 31) os custos indiretos necessitam de aproximações, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos produtos. Os custos indiretos fazem parte do processo produtivo, porém necessitam de um critério de rateio para que seu valor possa ser devidamente distribuído a cada produto. 2.4 Métodos de Custeio Custeio Pleno

5 4 Método de custeio é um conjunto de procedimentos adotados numa empresa para apropriar os custos dos fatores de produção aos objetos de custos. Constitui a metodologia aplicada ao desenvolvimento do cálculo de custos. Esses métodos objetivam identificar os gastos inerentes ao processo produtivo, acumulando-os de forma organizada aos objetos de custos, que poderão ser: produto, departamento, atividades, e processos, entre outros. Existem vários métodos de custeio: por absorção, variável ou direto, pleno, por atividade, e por unidade de produção, entre muitos outros. Neste estudo iremos abordar somente o custeio pleno. No custeio pleno, ou RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit), como também é conhecido, além da distribuição dos custos diretos e indiretos aos produtos há a alocação de todas as despesas da empresa, não importando sua natureza. Como observado por Martins (2009), a utilização do custeio pleno apresenta aos gestores o verdadeiro custo de produzir e vender, assim, o preço de venda final seria obtido com a adição do lucro desejado. Martins (2009, p. 220) cita também a história do método: Com fundamento na ideia do uso de custos para fixar preços nasceu, no início do século XX, uma forma de alocação de custos e despesas muitíssimo conhecida no nosso meio brasileiro por RKW - Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit. Trata-se de uma técnica disseminada originalmente na Alemanha [...], que consiste no rateio não só dos custos de produção como também de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos. Para Borba et al. (2009, p. 173), o custeio pleno, muito utilizado no segmento hospitalar: [...] consiste em uma adaptação do custeio por absorção, que estende o cálculo dos custos para a totalidade dos insumos utilizados, independentemente da classificação de custos ou despesas, ou seja, mesmo os custos administrativos são rateados aos serviços. 2.5 Gestão de Custos no Setor Saúde As instituições de saúde devem ser geridas profissionalmente para que possam garantir superávit e continuidade no mercado de extrema competitividade e dinamismo, pois enfrentam elevados custos trazidos pela grande evolução da medicina.

6 5 Para Borba et al. (2009), o sistema de custo é aplicado nas instituições de saúde a fim de garantir a adequada valorização dos serviços prestados com o agrupamento dos gastos incorridos na prestação do serviço, valorização de cada recurso utilizado para definir com clareza o custo do serviço prestado. Outra função importante é o controle e gerenciamento efetuado mediante a comparação mensal dos custos incorridos, possibilitando ao gestor conhecer as oscilações de custos para avaliar o desempenho do setor, proporcionando o conhecimento pleno da unidade sob sua responsabilidade. 2.6 Ponto de Equilíbrio Os hospitais, conforme Borba et al. (2009), não podem dar-se ao privilégio de tomar decisões sem o auxílio de informações precisas, confiáveis e úteis. O ponto de equilíbrio é uma ferramenta muito utilizada, pois apresenta o comportamento dos custos fixos e variáveis mediante o nível da atividade operacional, proporcionando uma visão clara das flutuações dos resultados diante das modificações do volume de atendimento. Existem três tipos de ponto de equilíbrio: contábil, econômico e financeiro. Neste estudo conceitua-se somente o contábil. Para Martins (2009), o ponto de equilíbrio, também denominado ponto de ruptura, Break-even Point, nasce da conjugação dos custos e despesas totais com as receitas totais. Para Maher (2001, p. 436), o ponto de equilíbrio contábil pode ser definido como o volume de vendas para o qual o lucro é igual a zero. Bruni e Famá (2004, p. 254) defendem que a análise dos gastos variáveis e fixos torna possível obter o ponto de equilíbrio contábil da empresa: a representação do volume, em quantidade física ou monetária, de vendas necessárias para cobrir todos os custos e no qual o lucro é nulo. O ponto de equilíbrio pode ser calculado matematicamente com a seguinte fórmula: PEC = Ponto de Equilíbrio Contábil PVu = Preço de Venda unitário CVu CF CT = Custo Variável unitário = Custo Fixo = Custo Total MCu = Margem de Contribuição unitária. RT = Receita Total Q = Quantidade QPE = Quantidade no Ponto de Equilíbrio

7 6 MCu PVu CVu CT ( CVu * Q) CF RT PVu * Q PEC RT CT PVu * Q ( CVu * Q) CF Quantidade necessária para atingir o ponto de equilíbrio contábil. CF QPE ou ( PVu CVu) CF MCu De forma resumida, o ponto de equilíbrio contábil é obtido quando o total da receita é suficiente para cobrir o total dos custos e despesas, não gerando lucro ou prejuízo, conforme a Figura 1. O volume de vendas que ultrapassar esse ponto será considerado lucro. Figura 1: Ponto de Equilíbrio Fonte: Borba et al. (2009, p. 193) 2.7 Índice de Desempenho Os gestores devem utilizar índices de desempenho para que possam determinar as metas que a unidade hospitalar deverá cumprir. Os índices de desempenho mais utilizados são descritos por Souza e Silveira (UFSM, acesso em nov/2012) abaixo: Média de Permanência (Me) - é a relação numérica entre o total de paciente-dia, num determinado período, e o total de pacientes saídos no mesmo período, sua unidade é representada em dia, ou seja, número médio de dias que o paciente permaneceu hospitalizado. Índice de Intervalo de Substituição (IIS) assinala o tempo médio que um leito permanece desocupado entre a saída de um paciente e a admissão de outro, sua unidade é representada em dia.

8 7 Índice de Renovação ou Giro de Rotatividade (IR) é a relação entre o número de pacientes saídos durante determinado período, do hospital, e o número de leitos postos à disposição dos pacientes, no mesmo período, sua unidade é representada por paciente por leito. Taxa de Ocupação Hospitalar (TOH) é a relação percentual entre o número de pacientesdia e o número de leitos-dias, num determinado período. 2.8 Formação de Preço Custeio Pleno Para a definição de preços há três processos distintos que baseiam-se: em custos; no consumidor; e na concorrência. (BRUNI e FAMÁ, 2004). O método de definição de preços com base nos custos é muito utilizado devido a sua simplicidade e justiça, pois o vendedor obtém o retorno justo por seus investimentos e o consumidor não fica em desvantagem quando há aumento na demanda. Outro método é estabelecer preço baseado no valor percebido do produto pelo mercado consumidor, é quanto o consumidor está disposto a pagar por aquele produto. Na terceira metodologia é empregada a análise da concorrência, onde esta determina o preço a ser praticado. Os principais métodos aplicáveis no processo de formação de preços com base nos custos costumam empregar os seguintes fatores: custo pleno, custo de transformação, custo marginal, taxa de retorno exigida sobre o capital investido e custo-padrão. (SANTOS, 1994, apud Bruni e Famá, 2004, p. 324). Neste estudo conceitua-se somente o preço com base nos custos plenos, onde Bruni e Famá (2004) defendem que os preços estabelecidos com base nos custos plenos ou integrais custos totais de produção, acrescidos das despesas de vendas, de administração e da margem de lucro desejada. Conforme Martins (2009), quando utilizamos o custeio pleno conhecemos o verdadeiro custo de produzir e vender, desta forma para se obter o preço de venda final bastaria adicionar o lucro desejado da empresa, neste caso por ser tratar de uma instituição

9 hospitalar pública, sem fins lucrativos, neste estudo, o lucro desejado é substituído por uma margem de 10% para ser utilizada como uma reserva de investimento, conforme figura 2. 8 Figura 2: Preço de Venda - Custeio Pleno Fonte: Adaptada de Maher (2001, p. 80) 3 DADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS Os dados quantitativos monetários e não monetários, tabela 1, necessários para a elaboração do estudo de caso, foram obtidos no Departamento de Contabilidade, Setor de Serviço de Atendimento Médico e Estatística (SAME) e Setor de faturamento da unidade hospitalar estudada. A receita total com serviços prestados, os custos e as despesas foram alocados diretamente de acordo com sua natureza e descrição contidas nas informações financeiras da unidade. No serviço de internação há custos diretos relacionados a medicamentos, material hospitalar, órteses e próteses, e nos custos indiretos estão contidos os custos referentes à mão de obra, limpeza, material de expediente e geral, todos relacionados à prestação dos serviços. O valor da despesa está composto por: despesas de pessoal, serviços de terceiros, alimentos, material de limpeza, material de escritório, energia elétrica, água, telefone, manutenção e depreciação de equipamentos, tributos e financeiro, entre outros, recursos esses consumidos fora da área de prestação de serviços de saúde aos pacientes.

10 9 Tabela 1: Dados físico-financeiros receitas, custos, despesas e fluxo de pacientes R$ Internação 2011 Custo Custo Gasto Receita Despesa Direto Indireto Total Entrada Saída Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Fonte: Registros contábeis da Unidade Hospitalar 3.1 Índices de Desempenho e Preço médio da diária Toussaint e Gerard (2012) relatam as experiências da revolução ocorrida no ThedaCare, um provedor de assistência à saúde de porte médio, sem fins lucrativos, constituído de dois grandes hospitais e centros médicos, situado no Fox River Valley, Estado de Wisconsin - EUA, com capacidade de atendimento para 20 mil admissões hospitalares por ano, possuindo uma folha de pagamento de cerca de pessoas. Em 2002 estes dois profissionais começaram a implementar na instituição de saúde o sistema lean, na intenção de fornecer assistência à saúde com custos menores e qualidade superior. Sete anos após o início da implementação do sistema, o índice do tempo médio de permanência de cada paciente no hospital caiu de 6,3 para 4,9 dias, e o custo de uma ponte de safena foi reduzido em 22%. Usando o modelo de melhoria popularizado pelo Sistema Toyota de Produção, chegaram à assistência lean e a três princípios organizacionais que são: o foco nos pacientes; no valor; e no tempo. Princípios esses, consolidados como um fundamento da melhoria contínua, implantação da cultura da mentalidade enxuta e respeito pelo público (TOUSSAINT E GERARD, 2012, p. 3). Souza e Silveira (UFSM, acesso em nov/2012), apresentam os índices do Hospital Universitário de Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul - Brasil, no ano de 2002 sendo: a Média de Permanência (MPe) de cada paciente no hospital foi de 9,01 dias; o Índice de Intervalo de Substituição (IIS) médio foi de 1,61 dias; o Índice de Renovação (IR) médio foi de 2,87 pacientes por leito; e a Taxa de Ocupação Hospitalar (TOH) média foi de 84,92%. Os índices médios encontrados no ano de 2011 na unidade hospitalar estudada, situada no vale do Paraíba, estado de São Paulo Brasil, foram: a Média de Permanência (MPe) foi

11 10 de 8,09 dias; o Índice de Intervalo de Substituição (IIS) médio foi de 2,17 dias; o Índice de Renovação (IR) médio foi de 3,74 pacientes por leito; e a Taxa de Ocupação Hospitalar (TOH) média foi de 78,82%. O cálculo do valor da diária unitária média cobrada, diária unitária média necessária para investir 10% da receita e diária unitária média para atingir o ponto de equilíbrio utilizando a média de permanência de paciente em dias na unidade hospitalar estudada e na unidade publicada por Toussaint e Gerard (2012), utilizando os dados contidos na Tabela 1, período mensal, segue abaixo: No valor da diária unitária média com 10% para investimento sobre a receita, utilizamos o método do custeio pleno. O gasto total corresponde a 90% do valor da diária e 10% representa a margem para a instituição investir em inovações para melhorias e aumentos no atendimento a população. Para que a instituição possa conhecer seu ponto de equilíbrio o cálculo é similar ao demonstrado acima, porém não é acrescida a margem de 10%, pois no ponto de equilíbrio a instituição não gera superávit ou déficit. Neste estudo foi utilizado o cálculo direto dos gastos totais, uma vez que a unidade hospitalar não utilizada a classificação dos custos quanto a variação da produção, ou seja, não classifica seus custos e despesas em fixos e variáveis. Como a instituição é filantrópica, não paga qualquer imposto ou contribuição sobre as receitas, o valor médio da diária no ponto de equilíbrio calculado é válido somente para essa situação específica, uma vez que no caso de variação na quantidade de pacientes, os custos e despesas diretos também sofreram alteração, como: medicamentos, materiais médicos, higienização de leitos entre outros. Na sequência, na mesma forma, o valor da diária unitária média no ponto de equilíbrio, utilizando a média de permanência de paciente em dias publicada por Toussaint e Gerard (2012), antes da implementação da assistência lean, para que possa observar a diferença do valor da diária unitária média no ponto de equilíbrio, possível de melhoria

12 mesmo sem implementação de qualquer inovação e melhorar o resultado financeiro pelo ganho de escala. 11 O déficit da instituição em valor unitário de diária, foi calculado através da diária unitária média cobrada subtraída da diária unitária média no ponto de equilíbrio da unidade estudada (MPe = 8,09 dias). O resultado mensal dos cálculos pode ser observado na Tabela 2 abaixo: Tabela 2: Comparação entre as diárias 2011 Diária média Diária com 10% Diária no PE Diária no PE cobrada para investimento (MPe = 6,3) (MPe = 8,09) Déficit Janeiro 652,05 946,17 663,14 851,56-199,51 Fevereiro 937, ,00 753,43 967,50-30,17 Março 650,71 780,91 547,31 702,82-52,10 Abril 562,48 902,57 632,58 812,31-249,83 Maio 597,77 848,48 594,67 763,63-165,86 Junho 722, ,88 765,26 982,70-260,03 Julho 664,67 989,43 695,52 893,14-228,46 Agosto 685,64 979,54 693,46 890,49-204,85 Setembro 737,52 966,84 677,63 870,16-132,64 Outubro 785,83 993,35 696,21 894,02-108,19 Novembro 616, ,31 766,27 983,98-367,26 Dezembro 1.016, , , ,20-367,40 Média no ano 719, ,19 713,62 916,37-197,19 Fonte: Elaborada pelos autores 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para que a unidade hospitalar possa obter uma boa sáude financeira e garantir sua permanência no mercado é importante que faça o acompanhamento dos seus custos. As informações referentes aos custos são consideradas atualmente pelas organizações como um elemento estratégico. Dada a escassez de recursos destinados à saúde pelos governos, e a falta de acessibilidade da massa populacional aos planos privados, a implementação de um sistema de custo em instituições hospitalares públicas é necessária para o controle e fornecimento de informações financeiras, para que os gestores possam tomar decisões adequadas a uma gestão eficiente. O estudo permitiu concluir que os índices de desempenhos da unidade estudada em relação ao Hospital Universitário de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul Brasil, não apresentam diferenças relevantes, já em relação a média de permanência de pacientes dia da unidade apresentada por Toussaint e Gerard (2012), situada no Fox River Valley, estado de

13 12 Wisconsin EUA, tem-se uma diferença de 28,41% que poderá ser melhorada na sua produtividade. Se comparado com o índice após a implementação da assistência lean pode-se afirmar que a diferença de produtividade é de 65,10%. Em ambas as situações, com ou sem a implementação da assistência lean é visível a possibilidade de melhoria do resultado financeiro pelo ganho de escala. Quanto a análise financeira, Tabela 2, a unidade hospitalar estudada opera abaixo do ponto de equilíbrio, necessitando reajuste no valor da diária em 27,41% ou melhorando seus indicadores, com aumento no atendimento pela diminuição do tempo de permanência do paciente internado, poderá atingir seu ponto de equilíbrio com ganho de escala na otimização dos recursos utilizados na prestação dos serviços à saúde. Assim, fica a proposta para que outros pesquisadores apresentem propostas e ferramentas aos gestores da instituição estudada, apontando a possibilidade de se rever o quadro deficitário, o aumento do atendimento e a melhoria da qualidade dos serviços. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA FILHO, Carlos Alberto e PERES, Danielle Augusto. Problemática, Diferenças e Similaridades dos Métodos de Custeamento: Tradicionalismo X Modernidade. Anais do IV Congresso Brasileiro de Custos. Belo Horizonte: PUC-MG, BORBA, Valdir Ribeiro; LISBOA, Teresinha Covas; ULHÔA, Wander M. M.. Gestão Administrativa e Financeira de Organizações de Saúde. São Paulo: Atlas, BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços: Com Aplicações na Calculadora HP 12C e Excel. 3. ed. São Paulo: Atlas, IUDÍCIBUS, Sergio de. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. 3 ed. São Paulo: Atlas, MAHER, Michael. Contabilidade de custos: criando Valor Para a Administração. Tradução de José Evaristo Dos Santos. São Paulo: Atlas, MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, SOUZA, A. M.; SILVEIRA, R. B. Avaliação dos indicadores de ocupação de leitos do Hospital Universitário de Santa Maria por meio da estatística descritiva. http;//w3.ufsm.br, acessado em 27 de novembro de TOUSSAINT, John; GERARD, Roger A.; com ADAMS, Emily. Uma transformação na saúde: Como reduzir custos e oferecer um atendimento inovador. Tradução de Raul Rübenich. Porto Alegre: Bookman, 2012.

Gestão de Custos. Aula 6. Contextualização. Instrumentalização. Profa. Me. Marinei Abreu Mattos. Vantagens do custeio variável

Gestão de Custos. Aula 6. Contextualização. Instrumentalização. Profa. Me. Marinei Abreu Mattos. Vantagens do custeio variável Gestão de Custos Aula 6 Contextualização Profa. Me. Marinei Abreu Mattos Instrumentalização Tomar decisões não é algo fácil, por isso a grande maioria dos gestores procuram utilizar as mais variadas técnicas

Leia mais

Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos

Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos Vimos até então que a gestão contábil e a gestão financeira são de extrema importância para decisões gerenciais, pois possibilitam ao pequeno gestor compreender as

Leia mais

CONTABILIDADE E GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA

CONTABILIDADE E GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA MARCIO REIS - R.A MICHELE CRISTINE RODRIGUES DE OLIVEIRA R.A 1039074 RENATA COSTA DA SILVA SIMIÃO R.A 1039444 Ciências Contábeis CONTABILIDADE E GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA Orientador: Prof.

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6 Bacharelado em CIÊNCIAS CONTÁBEIS Parte 6 1 NBC TG 16 - ESTOQUES 6.1 Objetivo da NBC TG 16 (Estoques) O objetivo da NBC TG 16 é estabelecer o tratamento contábil para os estoques, tendo como questão fundamental

Leia mais

PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA

PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA PLANEJAMENTO E DESPESAS O controle de custos deve estar associado a programas

Leia mais

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA 3 OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA O Sr. Silva é proprietário de uma pequena indústria que atua no setor de confecções de roupas femininas. Já há algum tempo, o Sr. Silva vem observando a tendência de

Leia mais

GESTÃO DE CUSTOS NA AUTARQUIA PÚBLICA: UM ESTUDO DE CASO NA COORDENADORIA REGIONAL DE BAMBUÍ-MG DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA

GESTÃO DE CUSTOS NA AUTARQUIA PÚBLICA: UM ESTUDO DE CASO NA COORDENADORIA REGIONAL DE BAMBUÍ-MG DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA GESTÃO DE CUSTOS NA AUTARQUIA PÚBLICA: UM ESTUDO DE CASO NA COORDENADORIA REGIONAL DE BAMBUÍ-MG DO INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA Uellington CORRÊA; Érik DOMINIK * CEFET Bambuí; CEFET Bambuí RESUMO

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

29/10/2014. Métodos de Custeio TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO. Formas de Custeio

29/10/2014. Métodos de Custeio TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO. Formas de Custeio Gestão de Custos TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO Métodos de Custeio TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO Formas de Custeio TEORIA DA INFORMAÇÃO MODELOS DE INFORMAÇÃO Sistemas de acumulação A

Leia mais

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS. Nome: RA: Turma: Assinatura:

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS. Nome: RA: Turma: Assinatura: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS Nome: RA: Turma: Assinatura: EXERCÍCIO 1 Classifique os itens abaixo em: Custos, Despesas ou Investimentos a) Compra de Matéria Prima b) Mão de

Leia mais

APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO: VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO, PARA O PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL DOS CUSTOS

APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO: VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO, PARA O PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL DOS CUSTOS APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO: VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO, PARA O PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL DOS CUSTOS ANACLETO G. 1 1. INTRODUÇÃO Este estudo tem a finalidade de apuração dos resultados aplicados pelos

Leia mais

CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DE CUSTOS

CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DE CUSTOS CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DE CUSTOS Bruni & Fama (2007), explicam que a depender do interesse e da metodologia empregada, diferentes são as classificações empregadas na contabilidade de custos. Os sistemas,

Leia mais

O ESFORÇO PARA MELHORAR A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS NAS INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

O ESFORÇO PARA MELHORAR A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS NAS INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 O ESFORÇO PARA MELHORAR A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS NAS INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO Maria Fátima da Conceição - FEHOSP. 2 INTRODUÇÃO Os hospitais são organizações complexas

Leia mais

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção)

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção) Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação MBA em Engenharia de Produção Custos Industriais Aplicação de Custos Diretos e Indiretos Luizete Fabris Introdução tema. Assista à videoaula do professor

Leia mais

Esquema Básico da Contabilidade de Custos

Esquema Básico da Contabilidade de Custos Tema Esquema Básico da Contabilidade De Custos Projeto Curso Disciplina Tema Professor Engenharia de Produção Custos Industriais Esquema Básico da Contabilidade de Custos Luizete Aparecida Fabbris Kenedy

Leia mais

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS! O que é alavacagem?! Qual a diferença entre a alavancagem financeira e operacional?! É possível

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS EM SAÚDE. Os custos das instituições

GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS EM SAÚDE. Os custos das instituições GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS EM SAÚDE Os custos das instituições Dra Janice Donelles de Castro - Professora do Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção Curso de Engenharia de Produção Noções de Engenharia de Produção - Era mercantilista: Receita (-) Custo das mercadorias vendidas (comprada de artesãos) = Lucro Bruto (-) Despesas = Lucro Líquido - Empresas

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

"Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada

Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada "Gestão Contábil para micro e pequenas empresas: tomada de decisão Julio Cesar. Pergunta: - O que é importante na tomada de decisão. O que devemos saber para decidir algo?? Algumas INFORMAÇÕES acerca do

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Econômicas e Gerencias Curso de Ciências Contábeis Controladoria em Agronegócios ANÁLISE COMPARATIVA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO E DO

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

Custos fixos São aqueles custos que não variam em função das alterações dos níveis de produção da empresa. Exemplo: aluguel depreciação

Custos fixos São aqueles custos que não variam em função das alterações dos níveis de produção da empresa. Exemplo: aluguel depreciação 1 Alguns conceitos de custos... gasto, despesa ou custo? Gasto: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou qualquer serviço 1. Investimento: Gasto ativado em função

Leia mais

Engenharia de Produção Custos Industriais Fundamentação Conceitual de Custos Luizete Aparecida Fabbris

Engenharia de Produção Custos Industriais Fundamentação Conceitual de Custos Luizete Aparecida Fabbris Tema Fundamentação Conceitual de Custos Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Custos Industriais Fundamentação Conceitual de Custos Luizete Aparecida Fabbris Introdução

Leia mais

O Método de Custeio por Absorção e o Método de Custeio Variável

O Método de Custeio por Absorção e o Método de Custeio Variável O Método de Custeio por Absorção e o Método de Custeio Variável por Carlos Alexandre Sá Existem três métodos de apuração dos Custos das Vendas 1 : o método de custeio por absorção, o método de custeio

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

Introdução a Gestão de Custos nas pequenas empresas Prof. MSc Hugo Vieira L. Souza

Introdução a Gestão de Custos nas pequenas empresas Prof. MSc Hugo Vieira L. Souza Introdução a Gestão de Custos nas pequenas empresas Prof. MSc Hugo Vieira L. Souza Este documento está sujeito a copyright. Todos os direitos estão reservados para o todo ou quaisquer partes do documento,

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

SISTEMA DE CUSTEIO ABC ACTIVITY BASED COSTING. Jaime José Veloso

SISTEMA DE CUSTEIO ABC ACTIVITY BASED COSTING. Jaime José Veloso SISTEMA DE CUSTEIO ABC ACTIVITY BASED COSTING Métodos de Custeio Os métodos de custeio são as maneiras de alocação dos custos aos produtos e serviços. São três os métodos mais utilizados: Custeio por absorção

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

ADMNINISTRAÇÃO FINANCEIRA: a importância de se controlar as finanças de uma empresa.

ADMNINISTRAÇÃO FINANCEIRA: a importância de se controlar as finanças de uma empresa. Helton Vieira ADMNINISTRAÇÃO FINANCEIRA: a importância de se controlar as finanças de uma empresa. Trabalho apresentado ao curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Newton Paiva, na disciplina

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

Q u al i f i c a ç ã o f o r m al d o s r e s p o n s á v e i s P ó s g r a d u a d o s

Q u al i f i c a ç ã o f o r m al d o s r e s p o n s á v e i s P ó s g r a d u a d o s Justificativa do trabalho As Empresas, com fim lucrativo ou não, enfrentam dificuldades para determinar o preço de seus produtos ou serviços, visto que o preço sofre grande influência do mercado, levando

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

ASPECTOS CONCEITUAIS OBJETIVOS planejamento tomada de decisão

ASPECTOS CONCEITUAIS OBJETIVOS planejamento tomada de decisão FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERENCIAL PROFESSOR: JOSÉ DE JESUS PINHEIRO NETO ASSUNTO: REVISÃO CONCEITUAL EM CONTABILIDADE DE CUSTOS ASPECTOS CONCEITUAIS A Contabilidade de

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI Prof. Fernando Rodrigues Nas empresas atuais, a Tecnologia de Informação (TI) existe como uma ferramenta utilizada pelas organizações para atingirem seus objetivos.

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A José Jonas Alves Correia 4, Jucilene da Silva Ferreira¹, Cícera Edna da

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Custeio Variável e Margem de Contribuição

Custeio Variável e Margem de Contribuição Tema Custeio Variável e Margem de Contribuição Projeto Curso Disciplina Tema Professora Pós-graduação MBA em Engenharia da Produção Custos Industriais Custeio Variável e Margem de Contribuição Luizete

Leia mais

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATORIEDADE DA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Marivane Orsolin 1 ; Marlene Fiorentin 2 ; Odir Luiz Fank Palavras-chave: Lei nº 11.638/2007. Balanço patrimonial. Demonstração do resultado

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

RELATÓRIOS GERENCIAIS

RELATÓRIOS GERENCIAIS RELATÓRIOS GERENCIAIS Com base na estrutura organizacional de uma entidade, a parte gerencial é o processo administrativo, onde se traça toda a estrutura fundamental para elaboração do planejamento da

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS Gilmar da Silva, Tatiane Serrano dos Santos * Professora: Adriana Toledo * RESUMO: Este artigo avalia o Sistema de Informação Gerencial

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

LL = Q x PVu Q x CVu CF

LL = Q x PVu Q x CVu CF UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: ANÁLISE FINANCEIRA 2745 CARGA HORÁRIA: 68 PROFESSOR: MSc Vicente Chiaramonte

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE. Profa. Marinalva Barboza

Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE. Profa. Marinalva Barboza Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES Profa. Marinalva Barboza Introdução Esta unidade tem como foco os custos de estoque. Abordará os vários custos e exercícios de fixação. Custos dos estoques

Leia mais

Custos para Tomada de Decisões. Terminologia e Conceitos: comportamento dos custos, ponto de equilíbrio e margem de contribuição

Custos para Tomada de Decisões. Terminologia e Conceitos: comportamento dos custos, ponto de equilíbrio e margem de contribuição Custos para Tomada de Decisões Terminologia e Conceitos: comportamento dos custos, ponto de equilíbrio e margem de contribuição Exemplo Planilha de Custos Quantidade Vendida 10.000 12.000 Item de Custo

Leia mais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO José Roberto Santana Alexandre Ripamonti Resumo: Com a globalização da economia, as empresas, enfrentam

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA. João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA. João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br GESTÃO ORÇAMENTÁRIA João Milan Júnior Tel.: 011 9897 8665 joao@planis.com.br EMPRESAS OBJETIVOS INDIVIDUAIS em instituições de Saúde devido as corporações profissionais, que detém graus de autonomia diferenciados,

Leia mais

INDICADORES DE RENTABILIDADE: UMA ANÁLISE ECONOMICO FINANCEIRA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS DA INDÚSTRIA ROMIA S/A

INDICADORES DE RENTABILIDADE: UMA ANÁLISE ECONOMICO FINANCEIRA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS DA INDÚSTRIA ROMIA S/A INDICADORES DE RENTABILIDADE: UMA ANÁLISE ECONOMICO FINANCEIRA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS DA INDÚSTRIA ROMIA S/A AUTOR ANTONIA TASSILA FARIAS DE ARAÚJO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ RESUMO O presente

Leia mais

CONTABILIDADE DE CUSTOS. A necessidade da análise e do controle dos gastos empresariais acentua-se à medida que cresce a competição entre as empresas.

CONTABILIDADE DE CUSTOS. A necessidade da análise e do controle dos gastos empresariais acentua-se à medida que cresce a competição entre as empresas. CONTABILIDADE DE CUSTOS A necessidade da análise e do controle dos gastos empresariais acentua-se à medida que cresce a competição entre as empresas. A Contabilidade de Custos que atende essa necessidade

Leia mais

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011 ASSOCIAÇÃO DIREITOS HUMANOS EM REDE QUADRO I - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em reais) Nota Nota ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 3.363.799

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Gestão da Qualidade em Projetos

Gestão da Qualidade em Projetos Gestão da Qualidade em Projetos Você vai aprender: Introdução ao Gerenciamento de Projetos; Gerenciamento da Integração; Gerenciamento de Escopo- Declaração de Escopo e EAP; Gerenciamento de Tempo; Gerenciamento

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 Introdução SABE COM EXATIDÃO QUAL A MARGEM DE LUCRO DO SEU NEGÓCIO? Seja na fase de lançamento de um novo negócio, seja numa empresa já em

Leia mais

7. Viabilidade Financeira de um Negócio

7. Viabilidade Financeira de um Negócio 7. Viabilidade Financeira de um Negócio Conteúdo 1. Viabilidade de um Negócios 2. Viabilidade Financeira de um Negócio: Pesquisa Inicial 3. Plano de Viabilidade Financeira de um Negócio Bibliografia Obrigatória

Leia mais

04/08/2013. Custo. são os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção ou na comercialização. Despesa

04/08/2013. Custo. são os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção ou na comercialização. Despesa DECISÕES DE INVESTIMENTOS E ORÇAMENTO DE CAPITAL Orçamento de capital Métodos e técnicas de avaliação de investimentos Análise de investimentos Leia o Capítulo 8 do livro HOJI, Masakazu. Administração

Leia mais

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 7CCSADFCMT01 A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Marília Caroline Freire Cunha (1) ; Maria Sueli Arnoud Fernandes (3). Centro de Ciências Sociais Aplicadas/Departamento

Leia mais

Marília Gottardi 1 Rodrigo Altério Pagliari 2 Rosemary Gelatti 3 FEMA 4

Marília Gottardi 1 Rodrigo Altério Pagliari 2 Rosemary Gelatti 3 FEMA 4 CUSTEIO VARIÁVEL COMO SUPORTE À TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL Marília Gottardi 1 Rodrigo Altério Pagliari 2 Rosemary Gelatti 3 FEMA 4 RESUMO: Inicialmente a contabilidade tinha o objetivo de controlar

Leia mais

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA CAP. b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA A influência do Imposto de renda Do ponto de vista de um indivíduo ou de uma empresa, o que realmente importa, quando de uma Análise de investimentos, é o que se ganha

Leia mais

P ortal da Classe Contábil w w w.classecontabil.com.br. Artigo

P ortal da Classe Contábil w w w.classecontabil.com.br. Artigo P ortal da Classe Contábil w w w.classecontabil.com.br Artigo 31/10 A utilização da contabilidade de custos na formação do preço de venda INTRODUÇÃ O Atualmente a Contabilidade de Custos é vista sob dois

Leia mais

EXERCÍCIOS EXTRAS COM RESPOSTA GESTÃO DE CUSTOS

EXERCÍCIOS EXTRAS COM RESPOSTA GESTÃO DE CUSTOS EXERCÍCIOS EXTRAS COM RESPOSTA GESTÃO DE CUSTOS SUMÁRIO 1 Exercício 01...2 2 Exercício 02 - O caso da Empresa Equilibrada....4 3 Exercício 03...5 4 Exercício 04...6 5 Exercício 05...7 6 Exercício 06...9

Leia mais

www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa?

www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa? www.pwc.com.br Como melhorar a gestão da sua empresa? Como melhorar a gestão da sua empresa? Melhorar a gestão significa aumentar a capacidade das empresas de solucionar problemas. Acreditamos que, para

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Engenharia de Custos e Orçamentos Turma 01 10 de outubro de 2012 A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

Profa. Ma. Divane A. Silva. Unidade II ANÁLISE DE CUSTOS

Profa. Ma. Divane A. Silva. Unidade II ANÁLISE DE CUSTOS Profa. Ma. Divane A. Silva Unidade II ANÁLISE DE CUSTOS A disciplina está dividida em 02 unidades. Unidade I 1. Custos para Controle 2. Departamentalização 3. Custo Padrão Unidade II 4. Custeio Baseado

Leia mais

MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA

MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA Amanda de Campos Diniz 1, Pedro José Raymundo 2

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

Aula Escrita Gestão de Custos

Aula Escrita Gestão de Custos Aula Escrita Gestão de Custos Uma das maiores dificuldades da precificação baseada em custo é o próprio cálculo do custo propriamente dito. A contabilidade possui basicamente dois modelos: absorção e variável.

Leia mais

PROJEÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

PROJEÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PROJEÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Um Enfoque para a Projeção do Fluxo de Caixa como Elemento de Equilíbrio Patrimonial! Utilize a planilha Excel anexada para treinar seu raciocínio financeiro Francisco

Leia mais

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS)

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS) NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS) Temas para Discussão 1) DISPOSIÇÕES GERAIS 2) DEFINIÇÕES GERAIS 3) CARACTERÍSTICAS E ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS 4) EVIDENCIAÇÃO

Leia mais

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Introdução Objetivos da Gestão dos Custos Processos da Gerência de Custos Planejamento dos recursos Estimativa dos

Leia mais

ANÁLISE DOS CUSTOS DE COMERCIALIZAÇÃO

ANÁLISE DOS CUSTOS DE COMERCIALIZAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - IFCH DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO ECONÔMICO - DEPE CENTRO TÉCNICO ECONÔMICO DE ASSESSORIA EMPRESARIAL

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira MÓDULO 9 O crédito divide-se em dois tipos da forma mais ampla: o crédito público e o crédito privado. O crédito público trata das relações entre entidades públicas governo federal,

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

SOFTWARE PROFIT 2011.

SOFTWARE PROFIT 2011. apresenta o SOFTWARE PROFIT 2011. GESTÃO COMERCIAL O software PROFIT é um programa direcionado ao gerenciamento integrando de empresas de pequeno e médio porte, compreendendo todo o processo de negócio,

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIO. Roteiro Financeiro. Prof. Fábio Fusco

PLANO DE NEGÓCIO. Roteiro Financeiro. Prof. Fábio Fusco PLANO DE NEGÓCIO Roteiro Financeiro Prof. Fábio Fusco ANÁLISE FINANCEIRA INVESTIMENTO INICIAL O investimento inicial expressa o montante de capital necessário para que a empresa possa ser criada e comece

Leia mais

Sistema de Gestão de Custos: Cumprindo a LRF. Selene Peres Peres Nunes

Sistema de Gestão de Custos: Cumprindo a LRF. Selene Peres Peres Nunes Sistema de Gestão de Custos: Cumprindo a LRF Selene Peres Peres Nunes 03/8/2015 Por que avaliação de custos no setor público? possível realocação orçamentária (uso no orçamento) onde podem ser realizados

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS PAULO NAZARENO CARDOSO DA SILVA GRADUANDO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIVERSIDADE

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

CONTABILIDADE GERENCIAL

CONTABILIDADE GERENCIAL PROF. EDENISE AP. DOS ANJOS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 5º PERÍODO CONTABILIDADE GERENCIAL As empresas devem ser dirigidas como organismos vivos, como entidades em continuidade, cujo objetivo é a criação de

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

ENTENDENDO OS DIVERSOS CONCEITOS DE LUCRO

ENTENDENDO OS DIVERSOS CONCEITOS DE LUCRO ENTENDENDO OS DIVERSOS CONCEITOS DE LUCRO LAJIDA OU EBITDA LAJIR OU EBIT SEPARAÇÃO DO RESULTADO OPERACIONAL DO FINANCEIRO Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br) Sócio-Diretor da Cavalcante

Leia mais