II Seminário Nacional em Estudos da Linguagem: 06 a 08 de outubro de 2010

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1 VESTIDA DE PRETO: UMA REPRESENTAÇÃO FICCIONAL DA MORAL DA FAMÍLIA BURGUESA BRASILEIRA NO INÍCIO DO SÉCULO XX GASPAROTTO, Bernardo A. (UNIOESTE) RESUMO: Nesse trabalho será realizada uma análise do conto Vestida de Preto (1996), de Mario de Andrade, que foi primeiramente publicado na obra Contos Novos. Ele narra a história do primeiro amor de Juca, o protagonista, que atua também como narrador em 1ª pessoa, bem como seu crescimento e posterior desilusão. Como objetivos do presente artigo tem-se: realizar uma discussão teórica sobre a atuação do narrador na obra, verificando o que diz respeito à presença da metaficção; verificar o discurso empregado pelo narrador na busca pela produção de veracidade de seu discurso, usando de estratégias narrativas para apresentar sua perspectiva dos fatos ocorridos; observar se efetivamente há a representação de um estado de coisas muito voltado ao elemento religioso, principalmente, à questão do pecado, nas relações sociais; e buscar-se-á perceber algumas formas com que o narrador utiliza-se do discurso e de estratégias narrativas para questionar o sistema patriarcal existente no seio familiar da sociedade brasileira dos fins do século XIX até meados do século XX. Para a efetivação de tal intento buscar-se-á suporte teórico em estudiosos como: Antonio Candido (2000), Gilbert Freyre (2000), Ligia Chiappini Moraes Leite (1991), Roberto da Matta (1997), Octavio Paz (1990), Friedrich Wilhelm Nietzsche (1984 e 2005), entre outros. PALAVRAS-CHAVE: Literatura Brasileira; teoria literária; literatura e sociedade; narrador. O conto Vestida de Preto (1996), de Mario de Andrade, foi primeiramente publicado na obra Contos Novos. Ele narra a história do primeiro amor de Juca, o protagonista, que atua também como narrador em 1ª pessoa. Nas brincadeiras, Juca e Maria, seu primeiro amor, costumavam esconder-se pelos cômodos da casa de Tia Velha e fantasiar o mundo dos adultos. Foi numa dessas ocasiões que Juca se deitou ao lado de Maria no chão do quarto, ficou abraçado a ela por trás e lhe beijou docemente a nuca, vivendo um momento mágico. Durante esse tempo a Tia Velha entrou no aposento e flagrou-os, vendo malícia naquele ato, e repreendeu-os. Daquele momento em diante, Maria passou a desprezá-lo e a maltratá-lo, sem Juca saber exatamente por quê. Após algum tempo, Maria tornou-se namoradeira e, finalmente, casou-se, se mudando para o exterior. A partir daí chegam ao narrador histórias moralmente questionáveis em relação à conduta de Maria. Depois de alguns anos Juca acaba por reencontrá-la e seu coração ainda balança por ela, que parece oferecer-se a ele. Porém, ele não consegue agir, envolto pela sua imagem, toda de preto, vive mais uma vez um

2 momento mágico. Ela seria de fato um de seus grandes amores, embora tivesse ido embora e se casado com outro. A discussão teórica que primeiramente é desenvolvida sobre a atuação do narrador na obra Vestida de Preto diz respeito à presença da metaficção que pode ser observada logo no primeiro parágrafo do conto, da seguinte forma: Tanto andam agora preocupados em definir o conto que não sei bem se o que vou contar é conto ou não, sei que é verdade. (ANDRADE, 1996, p. 19). Sobre a metaficção, poder-se-ia conceituá-la como uma espécie de ficção que incide sobre a própria ficção, nela ocorre um raciocínio acerca do fazer poético dentro do mundo literário. Essa análise do processo do fazer poético é materializado por meio de técnicas que envolvem o uso do narrador autoconsciente ou o autor/narrador, muito trabalhado por Wayne Booth, do jogo intertextual, da paródia, e da busca por um envolvimento crescente do leitor com a obra. O teórico que trabalha com o elemento do narrador na obra literária, é um dos principais responsáveis pela disseminação da teoria do autor implícito, e segundo ele este seria: uma imagem do autor real criada pela escrita, e é ele que comanda os movimentos do narrador, das personagens, dos acontecimentos narrados, do tempo cronológico e psicológico, do espaço e da linguagem em que se narram indiretamente os fatos ou em que se expressam diretamente as personagens envolvidas na história. (LEITE, 1991, p. 19). O uso da metaficção neste ponto específico da obra tem como principal efeito, mediante o uso do narrador em primeira pessoa, a busca por conferir uma maior presunção de veracidade ao texto, principalmente considerando-se que além de o narrador afirmar não saber bem o que está produzindo gerando um tom de ingenuidade (o que jamais se pode esperar de um narrador criado por Mário de Andrade) o elemento literário responsável pela narração remete a história que está contando a um fato de seu passado, sendo agora rememorado, mas que de forma alguma, devido a este fato, se retiraria o caráter de verdade do episódio. Mais adiante ocorre um fenômeno pouco comum na literatura, o narrador fala de Mário de Andrade, sobre um fato específico de sua vida. Assim, o que se percebe é o fato de o elemento criado dissertar acerca de seu criador, dentro da obra ficcional: Mário de Andrade conta num dos seus livros que estudou o alemão por causa dum emboaba tordilha... eu também: meu inglês nasceu duma Violeta e duma Rose.

3 (ANDRADE, 1996, p. 23-4). Produz-se um diálogo entre o mundo ficcional e o real, o narrador usa com brilhantismo o fato de ser elemento criado e se compara a seu criador, relatando semelhanças e conferindo maior veracidade ao seu discurso quando se relaciona com um ente real que efetivamente atuara da forma descrita. Retomando o argumento usado pelo narrador de que estaria contando algo que efetivamente ocorrera com ele, em seu passado, algumas considerações podem ser levantadas, como o fato de que, geralmente, o que está distante, o que já está no passado, não pode afetar as pessoas com tanta intensidade quanto o que está presente, e tende a tomar uma natureza mais nostálgica e menos dura, a percepção humana procura minimizar as dores e os traumas sentidos. E quando este passado fortalece ou auxilia de outra forma, tende a acontecer o que se manifesta no conto em estudo, o passado é visto como algo saudoso e Belo. Mesmo o que atualmente seria enfadonho e frustrante, toma um caráter de maior poeticidade, como bem se pode perceber durante quase toda obra; o caso seguinte exemplifica: E só mais tarde, já pelos nove ou dez anos, é que lhe dei nosso único beijo, foi maravilhoso. [...] Eu adorava principalmente era ficar assim sozinho com ela, sabendo várias safadezas já mas sem tentar nenhuma. Havia, não havia não, mas sempre como que havia um perigo iminente que ajuntava o seu crime à intimidade daquela solidão. Era suavíssimo e assustador. [um pouco adiante] O que nos deliciava era mesmo a grave solidão. (ANDRADE, 1996, p ). Acerca deste rememoramento do narrador, pode-se observar o que disserta Santo Agostinho sobre a realidade sensível, que guarda relações com a memória. É por meio da percepção dos sentidos que se pode organizar e reunir imagens interiormente: Chego aos campos e vastos palácios da memória onde estão tesouros de inumeráveis imagens trazidas por percepções de toda espécie. Aí está também escondido tudo o que pensamos, quer aumentando quer diminuindo ou até variando de qualquer modo os objetos que os sentidos atingiram. Enfim, jaz aí tudo o que se lhes entregou e depôs, se é que o esquecimento ainda o não absorveu e sepultou. (SANTO AGOSTINHO, 1999, p. 267). No entanto, esta perspectiva de memória, quando usada pelo narrador, pode surtir um efeito contrário em relação ao uso de uma estratégia que tem como função primordial reforçar o argumento de que ela teria realmente ocorrido, aumentando o caráter de verossimilhança do texto.

4 Esta perspectiva da memória acaba proporcionando uma brecha para críticas, uma vez que a memória pode também ser falseada, pois quando se depara com o rememoramento, não se está relacionando com o que efetivamente ocorreu, mas sim com as imagens gravadas na memória, uma representação de uma perspectiva do fato que ocorrera, ou mesmo a expressão de momentos pontuais que demonstrem prazer ou, ao menos, ausência de mazelas, o que põe em xeque o caráter de veracidade do momento. No conto Vestida de preto é possível perceber momentos em que ocorre a falibilidade da memória, além de outras características que podem ser levantadas para se ressaltar essa perspectiva, como o fato de que diversos momentos da narrativa são apresentados com poucos detalhes, e mesmo uma espécie de desorientação na organização das ideias, uso interessante que produz mesmo um efeito de que o narrador está zonzo com o que se disserta, como se pode notar: O estranhíssimo é que principiou, nesse acordar à força provocado por Tia Velha, uma indiferença inexplicável de Maria por mim. Mais que indiferença, frieza viva, quase antipatia. Nesse mesmo chá inda achou jeito de me maltratar diante de todos, fiquei zonzo. (ANDRADE, 1996, p. 21). Esta imprecisão da memória e mesmo falibilidade é trabalhada pelo filósofo inglês Bertrand Russell, o qual informa que: Memória é uma palavra com vários significados. No momento refirome à recordação de ocorrências passadas. Isto é tão notoriamente falível que todo o experimentador faz um registro do resultado de seu experimento no instante mais imediato possível: julga que a inferência entre palavras escritas e acontecimentos passados tem menor probabilidade de conter engano do que as crenças diretas que constituem a memória. [...] não há impossibilidade lógica à opinião segundo a qual o mundo foi criado cinco minutos atrás, cheio de memórias e registros. Talvez pareça uma hipótese improvável, mas não refutável logicamente. (RUSSELL, 1977, p. 13). Prosseguindo em sua análise afirma que: [...] a memória que abrange longo período de tempo está muito propensa a erro, segundo demonstrado pelos equívocos invariavelmente descobertos em autobiografias. Quem reler cartas que escreveu muitos anos atrás verificará a maneira coma sua memória falsificou acontecimentos pretéritos. (RUSSELL, 1977, p. 14).

5 Nesse sentido, a estratégia do uso do rememoramento para garantir um caráter mais verossímil ao relato pode acabar surtindo um efeito contrário se observado com cuidado, pois se trata da narração de um acontecimento distante, e mesmo se concebendo a obra como um elemento ficcional, não tendo assim qualquer pretensão de veracidade, tal estratégia pode ocasionar um abalo na verossimilhança que se espera que se mantenha com a realidade. Partindo-se para outro elemento do conto, a representação de um estado de coisas muito voltado ao elemento religioso, principalmente, à questão do pecado, que se impregnara na civilização ocidental desde que o Cristianismo se consolidou, observa-se que no conto essa presença é fortemente sentida, apagando desejos e atuando diretamente sobre a ação das personagens: Nisto os olhos de Maria caíram sobre o travesseiro sem fronha que estava sobre uma cesta de roupa suja a um canto. E a minha esposa teve uma invenção que eu também estava longe de não ter. Desde a entrada no quarto eu concentrara todos os meus instintos na existência daquele travesseiro, o travesseiro cresceu como um danado dentro de mim e virou crime. Crime não, "pecado" que é como se dizia naqueles tempos cristãos... E por causa disso eu conseguira não pensar até ali, no travesseiro. (ANDRADE, 1996, p. 20). A existência das ideias e dos desejos das crianças são contidos, as vontades de aproximação são impedidas devido à figura do pecado, sendo mesmo escondidos em relação a Juca, quando este afirma ter conseguido nem ao menos pensar no travesseiro, devido à carga de reprovação contida nos preceitos morais cristãos. Sobre o pecado é interessante que se observe alguns argumentos desenvolvidos por Nietzsche antes de discorrer sobre a ação deste elemento cristão sobre a ação das personagens. Segundo o autor: O pecado pois assim se chama a interpretação sacerdotal da má consciência animal (da crueldade voltada para trás) foi até agora o maior acontecimento na história da alma enferma: nele temos o mais perigoso e fatal artifício da interpretação religiosa. [...] O homem termina por aconselhar-se com alguém que conhece também as coisas ocultas e vejam! Ele recebe uma indicação, recebe do seu mago, o sacerdote ascético, a primeira indicação sobre a causa do seu sofrer: ele deve buscá-la em si mesmo, em uma culpa, um pecado de passado, ele deve entender seu sofrimento mesmo como uma punição. (NIETZSCHE, 2005, p ).

6 O filósofo continua com seu ataque ao conceito de pecado afirmando que seria uma forma de poluição da humanidade e que teria sido inventada para tornar impossível a ciência, a cultura, toda a elevação e nobreza do homem (NIETZSCHE, 1984). Assim, o cristianismo acabou por aprimorar a culpa do homem, sendo que a desobediência a Deus, à ordem moral universal, passou a se chamar de pecado. Ao cristão resta carregar seu passado em suas costas, o pecado originalmente cometido o acompanhará por toda sua vida, sendo seu dever principal arrepender-se e pedir perdão todos os dias, caracterizando-se como um ser dominado, domesticado pela moral dos fracos que repreende as diversas possibilidades de aproveitar a vida (NIETZSCHE, 1984). Esse peso, essa castração proporcionada pelo pecado é claramente observável na ação das personagens do conto, principalmente no início do enredo, no qual se faz perceptível todo o recear por parte de Juca quando se encontra a sós com Maria. O temor pode ser observado também no último encontro das duas personagens, quando Juca se limita a proferir algumas palavras e se despede, carregando a consciência da vida em pecado de Maria. Além destes momentos, toda a reação de Maria em relação a Juca, após o momento em que a Tia Velha (representação da moral cristã numa sociedade burguesa) os flagra deitados juntos no quarto, passa pela ideia de transgressão do sistema patriarcal que estabelece uma conduta rígida para a moça de família. Maria, pressionada por este estado de coisas, não vê alternativa e decide se afastar daquele que lhe provocara a vergonha, mesmo que para isso tivesse que lhe ignorar ou humilhar. A sociedade patriarcal, que tem como um de seus principais pontos de apoio a moral cristã, pode-se observar o estabelecimento de uma série de distinções entre o homem e a mulher. Gilberto Freyre, em sua obra Sobrados e mocambos, (2000) já estudava as relações produzidas pela sociedade patriarcal de moral cristã nas atividades desenvolvidas pelos diferentes gêneros humanos: O padrão duplo de moralidade característico do sistema patriarcal, dá também ao homem todas as oportunidades de iniciativa, de ação social, de contatos diversos, limitando as oportunidades da mulher ao serviço e às artes domésticas, ao contato com os filhos, a parentela, as amas, as velhas, os escravos. E uma vez por outra, um tipo de sociedade Católica como a Brasileira, ao contato com o confessor. (FREYRE, 2000, p. 125)

7 Freyre prossegue sua análise sobre a sociedade patriarcal e o exercício da moral cristã, explicando que esta acaba por exercer uma função muito útil, quase catártica: [...] pode-se atribuir ao confessionário, nas sociedades patriarcais em que se verifica extrema reclusão ou opressão da mulher, função utilíssima de higiene, ou melhor, de saneamento mental. Por ele se teria escoado sob a forma de pecado muita ânsia, muito desejo reprimido, que doutro modo apodreceria dentro da pessoa oprimida e recalcada. (FREYRE, 2000, p ). Isto possibilita a compreensão de que muito do que sempre existiu sobre a distinção entre os gêneros humanos se deve à moral cristã, que mantém a mulher submissa e pacata diante de uma sociedade de ordem patriarcal. No conto em estudo, a busca de Maria por um bom casamento, que garantisse estabilidade financeira e certo status social é a representação desta forma de pensar, bem como a atitude rebelde de Maria de se divorciar e levar uma vida desregrada serve para demonstrar a hipocrisia desta sociedade. Uma vez que mesmo ela indo contra as normas sociais vigentes, acaba não sofrendo grandes repreensões, dada a esfera social que ocupa. Nesta sociedade procura-se afastar ao máximo os papéis que devem ser exercidos em relação aos gêneros: Também é característico do regime patriarcal o homem fazer da mulher uma criatura tão diferente dele quanto possível. Ele, o sexo forte, ela o fraco; ele o sexo nobre, ela o belo. (FREYRE, 2000, p. 125). O que é próprio e tido como aceitável para o homem, via de regra é inapropriado para a mulher, que deve seguir outro manual de conduta. Esta afirmação pode ser respaldada em diversos trechos do conto, tais como: O beijo me deixara completamente puro, sem minhas curiosidades nem desejos de mais nada, adeus pecado e adeus escuridão! (ANDRADE, 1996, p. 21), enquanto este momento é tido como purificador e aliviador das tensões, sendo motivo de orgulho para o homem, para Maria é algo que representa impureza, uma mácula em sua honra, que acaba sendo agravado com a descoberta realizada pela Tia Velha. Diante disto, resta a Maria apenas agir com menosprezo e indiferença em relação a Juca e ao fato ocorrido na infância, buscando senão apagar, minimizar os efeitos da ação cometida. Caracterizando assim a reação possível à mulher, devido a posição em que se encontrava. Mesmo criança, Maria já sabia de sua função, bem como, o que a sociedade patriarcal burguesa esperava dela, conforme observa-se em trecho já mencionado: [...] principiou [...] uma indiferença inexplicável de Maria por mim. Mais que indiferença, frieza viva, quase antipatia. Nesse mesmo chá

8 inda achou jeito de me maltratar diante de todos, fiquei zonzo. (ANDRADE, 1996, p. 21). Deste modo, observa-se algumas formas como o narrador utiliza-se do discurso e de estratégias narrativas para questionar o sistema patriarcal existente no seio familiar da sociedade brasileira dos fins do século XIX até meados do século XX. O narrador exalta a figura da mãe como uma mártir, quase perfeita, questionando a formação patriarcal da família burguesa. A vivência urbana é apresentada, sendo as personagens retiradas das camadas médias da sociedade paulistana. Partindo desta perspectiva é possível que se perceba o Brasil como uma sociedade dotada de éticas múltiplas. (MATTA, 2000, p.106), pois aqui existem códigos específicos para cada esfera que a sociedade toma como básica. Somos uma pessoa em casa, outra na rua e ainda outra na igreja, terreiro ou centro espírita. (MATTA, 2000, p.106). Há ainda que se observar que além do conto Vestida de preto, Mário de Andrade realiza críticas contundentes em vários outros de seus contos, as quais são enfatizadas devido à utilização do narrador em 1ª pessoa, como é o caso de Peru de Natal e No tempo da camisolinha, obras constantes no mesmo livro Contos Novos (1996), sendo que estas observações passam de elementos estéticos, internos, para atuarem como elementos externos, de ordem sociológica. A representação social da típica família pequeno burguesa da época pode ser claramente observada em passagens da obra em estudo, uma destas soa como um desabafo do narrador: [...] tinha uma quase certeza que ela não podia gostar de mim, quem gostava de mim!... Minha mãe... Sim, mamãe gostava de mim, mas naquele tempo eu chegava a imaginar que era só por obrigação. Papai, esse foi sempre insuportável, incapaz de uma carícia. Como incapaz de uma repreensão também. Nem mesmo comigo, a tara da família, ele jamais ralhou. Mas isto é caso pra outro dia. (ANDRADE, 1996, p. 22). Nesta citação pode-se perceber uma espécie de família que se mantém e vive de aparências, o pai exerce sua função de mantenedor do lar, mas sem demonstrar qualquer espécie de sentimento, que poderia levar a interpretação de fraqueza, a mãe se coloca como alicerce que serve para manter a união e como válvula de escape para as tensões do marido, enquanto o filho, que começaria sua atividade intelectual se coloca

9 imediatamente contra os princípios e valores postos pela sociedade burguesa (PAZ, 1990, p. 138). Os papéis são muito bem postos, a mulher dependente do marido e presa por uma moral repressora, assim como a senhorita que antes mesmo de debutar já se encontra presa a essas normas. Muito distinto do papel do homem, que é livre, ou ao menos inserido em um sistema mais permissivo, servindo mais uma vez como ponto de distinção entre os gêneros: Mas a beleza que se quer da mulher, dentro do sistema patriarcal, é uma beleza meio mórbida. A menina de tipo franzino, quase doente. Ou então a senhora gorda, mole, caseira, maternal, coxas e nádegas largas. Nada do tipo vigoroso e ágil de moça, aproximando-se da figura do rapaz. O máximo de diferenciação de tipo e de trajo entre os dois sexos. (FREYRE, 2000, p. 125) A representação social de um estado de coisas se mantém com a retratação de uma tentativa de enlace matrimonial e seu impedimento, inclusive ocorrendo o rompimento de vínculos de amizade, devido a questões financeiras. Nós seríamos até pobretões, comparando com a família de Maria, gente que até viajava na Europa. Pois pouco antes, os pais tinham feito um papel bem indecente, se opondo ao casamento duma filha com um rapaz diz-que pobre, mas ótimo. Houvera um rompimento de amizade, mal-estar na parentagem toda, o caso virara escândalo mastigado e remastigado nos comentários de hora de jantar. Tudo por causa do dinheiro. (ANDRADE, 1996, p. 22). Nesse sentido é possível que se realize uma leitura analógica do que Antonio Candido fala sobre a obra Senhora, quando se refere a elementos internos e externos do texto literário, no sentido de que o próprio assunto repousa sobre condições sociais que é preciso compreender e indicar, a fim de penetrar no significado. (CANDIDO, 2000, p. 6), o autor afirma que ocorrerá um avanço se for percebido que esse conflito entre famílias tem um sentido social simbólico, pois é ao mesmo tempo representação e desmascaramento de costumes vigentes na época, como o casamento por dinheiro. (CANDIDO, 2000, p. 6). Ao tratar da questão do matrimônio por conveniência, Mário de Andrade estaria fazendo uma análise socialmente radical, reduzindo o ato ao seu aspecto essencial de compra e venda. (CANDIDO, 2000, p. 6). Mas ainda assim não se está nas camadas mais fundas da análise, o que só ocorre quando este traço social constatado é visto funcionando para formar a estrutura do

10 livro. (CANDIDO, 2000, p. 6), o que se manifesta nos tormentos vividos por Juca e na troca de destinos que ocorre entre as personagens. Enquanto Juca, que sempre fora displicente em relação à sua formação se torna um intelectual e homem de respeito, Maria se perde do caminho prescrito pela sociedade de que faz parte, passando longe do modelo de mulher esperado para contexto em que se encontrava: Maria, por seu lado, parecia uma doida. Namorava com Deus e todo o mundo, aos vinte anos fica noiva de um rapaz bastante rico, noivado que durou três meses e se desfez de repente, pra dias depois ela ficar noiva de outro, um diplomata riquíssimo, casar em duas semanas com alegria desmedida, rindo muito no altar e partir em busca duma embaixada européia com o secretário chique seu marido. (ANDRADE, 1996, p. 23). Sendo ainda, com esta representação, possível retomar outro elemento de ordem sociológica, que retoma o discurso comunista o qual diz que os burgueses utilizam-se de uma falsa moral, que enquanto criticam o comunismo realizam a comunhão de suas esposas, comprovando a hipocrisia da maioria dos integrantes da sociedade patriarcal burguesa, eles não satisfeitos em ter a sua disposição as mulheres e as filhas de seus proletários, para não falar da prostituição oficial, têm o maior prazer em seduzir mutuamente suas recíprocas esposas. (MARX, 2002, p. 64). A representação da hipocrisia desta sociedade é reforçada em outro momento do conto, em que se levanta a possibilidade de o homem possuir diversas mulheres, enquanto que o privilégio de manter diversas relações é vetado para estas, ao menos segundo um pretenso código moral: De mais a mais, havia Rose pra de noite, e uma linda namoradinha oficial, a Violeta. Meus amigos me chamavam de jardineiro [...] (ANDRADE, 1996, p. 23). Pode-se ainda perceber a irrelevância e quão ordinário era o fato de Juca ter duas namoradas, devido à brincadeira realizada pelos amigos ao tratarem-no como jardineiro. Acerca dessa diferenciação dos sexos, no que se refere à liberdade de manter relações sexuais, Freyre afirma que devido à esta diferenciação: [...] se justifica o chamado padrão duplo de moralidade dando ao homem todas as liberdades de gozo físico do amor e limitando o da mulher a ir para cama com o marido, toda santa noite que ele estiver disposto a procriar, gozo acompanhado da obrigação, para a mulher, de conceber, parir, ter filhos, criar menino. (FREYRE, 2000, p. 125). Ocorre que esta sociedade, em meados do século XX (período retratado na obra em estudo), já se encontrava em franca decadência, a modernidade tecnológica e o liberalismo, vindos especialmente dos Estados Unidos da América, se infiltravam em

11 todas as esferas do sistema. Assim, algo que se retrata no conto é o decadentismo moral e intelectual de uma esfera da sociedade, os tons próprios dos Novos Ricos, marco essencial de tal declínio, restam presentes na caracterização da casa da família de Maria todos aqueles requififes de gente ricaça, criado que leva cartão numa salva de prata etc. [...] Me introduziram na saletinha [...], uma espécie de luís-quinze muito semvergonha, dourado por inteiro, dando pro hol central., havendo ainda na sala uma gravura cor-de-rosa (ANDRADE, 1996, p. 25) que lutava por manter as tradições, mas que acaba por falhar na criação da filha, que tomada pelo espírito de uma época condenada acabou por trair os preceitos morais postos e esperados. Fracasso que seria estendido a toda sua classe social, restando apenas alguns poucos fósseis na atual sociedade. Referências ANDRADE, Mario. Contos Novos. 16ª ed. Belo Horizonte Rio de Janeiro: Villa Rica, CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 8ª ed. São Paulo: T. A. Queiroz, FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mocambos. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 5.ed. São Paulo: Ática, MARX, Karl; ENGELS, Frederich. Manifesto do Partido Comunista. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, MATTA, Roberto da. A Casa & A Rua. 5. ed. Rio de Janeiro: Rocco, NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Genealogia da moral. São Paulo: Cia das Letras NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. O Anticristo. São Paulo: Editora Moraes, PAZ, Octavio. A outra voz. Trad. de Wladyr Dupont. São Paulo: Editora Siciliano, RUSSELL, Bertrand. Dúvidas Filosóficas. In: Fundamentos de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1977, p SANTO AGOSTINHO. Confissões. In.: Os pensadores. Trad. J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

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