Princípios Fundamentais Direitos Individuais DIREITO CONSTITUCIONAL

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1 Princípios Fundamentais Direitos Individuais DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. MSc. Alexandre Botelho

2 Preâmbulo Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

3 PREÂMBULO Apresentação Não é norma jurídica (valor político) Não é de reprodução obrigatória Auxilia o intérprete da CRFB/88 Secular, laico, leigo Promulgada

4 Artigo 1º, cap put A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito

5 REPÚBLICA Forma de Governo Não é cláusula pétrea Eletividade Transitoriedade Responsabilidade

6 FEDERAÇÃO Forma de Estado Cláusula Pétrea Estados, Municípios e Distrito Federal União indissolúvel Modelo Municipalista

7 ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Estado Democracia Direito

8 Artigo 1º A República Federativa do Brasil (...) tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.

9 Soberania Soberania tem sua origem na língua latina, indicando superioridade, revelando a qualidade suprema do poder do Estado. Possui as seguintes características: a) una; b) indivisível; c) inalienável; d) imprescritível.

10 Cidadania Cidadania designa um processo, no qual o espaço privado é politizado, representando o exercício e respeito dos direitos fundamentais.

11 Dignidade da pessoa humana Reserva constitucional que todo ser humano possui de ser respeitado como pessoa, desfrutar um âmbito existencial próprio, um piso vital mínimo. Pretende impedir a degradação do homem, não admitindo a redução do ser humano à condição de mero objeto do Estado, proibindo coisificar (reduzir a valores exclusivamente materiais) o ser humano.

12 Valores sociai is do trabalho e da livre inicia ativa A expressão valores sociais do trabalho impõe que o trabalho seja, além de gerador de riquezas, instrumento do trabalhador para obter os direitos sociais que assegurados pelo ordenamento jurídico. A livre iniciativa assegura um direito ao partícipe da vida econômica do Estado, que nela poderá disputar o seu espaço, protegido contra práticas ilícitas de mercado, monopólios e oligopólios.

13 Pluralismo po olítico Liberdade que possui todo cidadão de expressar sua concepção política, reunindo-se com seus iguais em qualquer partido político, associação, sindicato, igreja, clube de serviço etc. Impõe, também, a coexistência pacífica e harmônica de agremiações políticas com orientações ideológicas distintas e, inclusive, opostas.

14 FUNDAMENTOS Soberania Cidadania Dignidade da pessoa humana Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa Pluralismo Político

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16 Artigo 1º, par rágrafo único Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

17 Poder Poder denota a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos. Em sentido social, na sua relação com a vida do homem em sociedade, se circunscreve à capacidade do homem em determinar o comportamento de outros homens, isto é, o poder de um homem sobre outros homens.

18 Povo é o conjunto de indivíduos de um determinado Estado, considerado sob seu aspecto puramente jurídico, ou seja, é o conjunto dos indivíduos sujeitos às mesmas leis. O elemento humano do Estado é sempre um povo, ainda que formado por diversas etnias, com interesses, ideais e aspirações diferentes. Povo

19 Democracia semidireta O voto materializa-se por meio do direito de eleger (como ocorre nas democracias indiretas, para designar os representantes, dizendo-se, neste caso, que ocorreram eleições) ou de decidir (mais frequente nas democracias semidiretas, falando-se, neste caso, em votação). O Brasil adotou o modelo democrático semidireto, com a utilização do referendo, plebiscito e iniciativa popular.

20 Artigo 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

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22 Separação do os poderes Apesar de clássico, as expressões separação dos poderes, tripartição dos poderes, ou divisão dos poderes não são adequadas, pois não é tecnicamente adequado falar-se em divisão, separação ou tripartição dos poderes do Estado, já que o poder político possui como atributos a unidade, a indivisibilidade, a inalienabilidade e a imprescritibilidade.

23 Separação do os poderes O que ocorre, na realidade, é que o organismo estatal, toda vez que manifesta a sua vontade, o faz, necessariamente, por meio de três espécies de atos: a lei, a sentença e o ato administrativo.

24 Separação do os poderes Aqui, poderes possui o significado de órgão do Estado responsável pela concretização de suas finalidades, consubstanciando-se nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

25 Separação do os poderes Cada poder exerce sua função com primazia, mas não exclusivamente, decorrendo o exercício das funções típicas (aquelas realizadas precipuamente por um poder), e funções atípicas (exercidas de forma secundária, não principal, pelo poder), desde que expressamente autorizadas pela própria Constituição.

26 Executivo Legislativo Judiciário

27 Artigo 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

28 Objetivos Comando eminentemente programático que funciona como advertência a todos àqueles que exercem uma função estatal para agir de maneira a eliminar os freios ao livre desenvolvimento do corpo social, fomentando mecanismos de justiça distributiva e acendendo ou reforçando os laços de solidariedade junto à sociedade.

29 Artigo 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (...) II - garantir o desenvolvimento nacional;

30 Objetivo que pretende assegurar um desenvolvimento homogêneo sob o ponto de vista do território nacional, de modo a garantir o desenvolvimento integral do território e não apenas uma parcela deste. Objetivos

31 Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (...) III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; Artigo 3º

32 O verbo utilizado inicialmente é erradicar, ou seja, eliminar totalmente a pobreza e a marginalização. Em um segundo momento é empregado o verbo reduzir, associado às desigualdades sociais e regionais. Objetivos

33 Objetivos Pobreza representa a ausência, a falta do necessário à manutenção da vida, um estado de escassez, de absoluta penúria. A Lei n /50 que trata da assistência judiciária gratuita, entende que pobre é aquele que assim se define, sujeitandose, em caso de inverdade, ao pagamento do décuplo das custas processuais.

34 Marginalização diz respeito a quem está ou vive à margem dos serviços públicos básicos, dos direitos sociais, enfim, que vive à margem do Estado, sem escola, saúde, trabalho com carteira assinada etc. Objetivos

35 Objetivos Em 1974 o economista Edmar Bacha denominou a estrutura econômica brasileira de Belíndia, ou seja, uma mistura de Bélgica (pequena e rica - dez por cento da população desfruta de 47,4%de toda riqueza nacional, dados IBGE-1999) e da Índia (imensa e pobre).

36 Artigo 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (...) IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

37 Objetivos Preconceito designa um conceito ou opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos, ou seja, uma ideia preconcebida, por extensão denota uma suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões etc.

38 Objetivos Veda o preconceito quanto à origem (procedência, local de nascimento etc.); raça (conceito ultrapassado); sexo (homem e mulher); cor (espécie de subdivisão racial, indicada pela variedade de tonalidades que a pele humana pode assumir); idade (quantidade de anos vividos por alguém), e ainda quaisquer outras formas de discriminação.

39 OBJETIVOS Construir Garantir Erradicar Reduzir Promover

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41 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional;

42 Independênc cia nacional A independência nacional representa a absoluta liberdade de agir politicamente do Estado, sem a necessidade de submeter-se jurídica ou politicamente a outros Estados ou organismos estrangeiros, demonstrando que o Estado não se encontra sujeito a nenhuma outra vontade que não a sua, que não admite intromissões em seus negócios internos.

43 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) II - prevalência dos direitos humanos;

44 Prevalência dos direitos humanos O Brasil optou por assumir uma posição de defesa da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana no trato com os demais Estados que formam a comunidade internacional.

45 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) III - autodeterminação dos povos;

46 Autodetermin nação dos povos Direito que cada povo possui de determinar seu próprio destino, conforme previsto na Carta das Nações Unidas, de 1945, ratificada pelo Brasil no mesmo ano, afirmando que o direito dos povos e nacionais à livre determinação é um requisito prévio para o exercício pleno de todos os direitos humanos fundamentais.

47 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) IV - não-intervenção;

48 Não-interven nção O Brasil adota como princípio a nãointervenção, ou seja, a não intromissão, a não-ingerência nos negócios internos de outro Estado. A intervenção pode assumir a forma bélica, política ou econômica. Este tipo de intervenção (no plano internacional) não se confunde com aquela prevista nos artigos 34 a 36, da CRFB/88 (no plano interno).

49 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) V - igualdade entre os Estados;

50 Igualdade ent tre Estados O princípio da igualdade prevê que todos os Estados receberão o mesmo tratamento jurídico, o que não significa afirmar que o mesmo ocorrerá sob a óptica política, econômica, comercial etc. Não é uma igualdade absoluta, mas relativa, na medida de suas desigualdades, que são mais claras no plano econômico.

51 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) VI - defesa da paz;

52 Defesa da paz O princípio da defesa da paz (ausência de conflitos, harmonia entre as pessoas ou povos) não visa apenas evitar ou finalizar um conflito armado, mas abrange também os direitos de solidariedade, também denominados direitos de terceira geração, que compreendem o direito ao desenvolvimento, à autodeterminação dos povos e à paz.

53 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) VII - solução pacífica dos conflitos;

54 Solução pacíf fica dos conflitos Admitindo a existência ou potencialidade de conflitos internacionais, prescreve o seu equacionamento pela via pacífica, complementando o princípio anterior (defesa da paz). O Brasil é reconhecido pela comunidade internacional por suas ações diplomáticas na solução pacífica e harmoniosa de conflitos entre outros Estados.

55 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

56 Repúdio ao ra acismo e ao terrorismo O racismo (que deve ser interpretado em sentido amplo) definido no art. 1 da Convenção para a Eliminação de todas as formas de discriminação racial da ONU de 1965, significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseadas em raça, cor, descendência, origem nacional ou étnica que tenha por objetivo anular ou restringir o gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais.

57 Repúdio ao ra acismo e ao terrorismo O Brasil rejeita francamente atos de terrorismo, isto é, de formas de ação política que combatem o poder estabelecido mediante o emprego da violência, coação, ameaça ou influência a outras pessoas, de maneira a impor-lhes sua vontade pelo uso sistemático do terror.

58 A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; Artigo 4º

59 Cooperação en ntre os povos para o progresso da humanidade Princípio que tem raízes no dever de solidariedade e de auxílio mútuo, consequência da globalização, compreendida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a grande distância.

60 Artigo 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) X - concessão de asilo político.

61 Concessão de asilo político Asilo político consiste no acolhimento de estrangeiro por parte de um Estado que não o seu, em virtude de injusta perseguição por ele sofrida e praticada, ou por seu próprio país, ou ainda, por terceiro. Trata-se da proteção concedida ao estrangeiro perseguido em seu território por delitos políticos, convicção religiosa, situação racial, excluídos aqueles previstos na legislação penal comum.

62 Concessão de asilo político O asilo político pode ser de duas espécies: a) diplomático, quando concedido ao estrangeiro perseguido no seu próprio território e a concessão é feita pela própria representação diplomática brasileira no exterior; b) territorial, quando o Estado admite a presença do estrangeiro no território nacional.

63 Concessão de asilo político O asilo político é concedido pelo Ministro da Justiça, por prazo limitado, no máximo por dois anos, renovável enquanto subsistem as condições adversas. Concedido o asilo, procede-se ao registro na Polícia Federal, a qual emite documento de identidade.

64 Concessão de asilo político A saída do asilado do País, sem prévia e expressa autorização do Governo brasileiro, implica renúncia ao asilo e impede o regresso do estrangeiro nesta condição.

65 Concessão de asilo político Os asilados admitidos no território nacional estão sujeitos, além dos deveres que lhe forem impostos pelo Direito Internacional, a cumprir as disposições da legislação vigente e as que o Governo brasileiro lhes fixar.

66 Concessão de asilo político A CRFB/88, em seu art. 5º, LII, faz inextraditável o estrangeiro que recebe o asilo político, justamente para garantir o instituto do asilo diplomático ou político. A convenção de Caracas, de 1954, afirma que todo Estado tem o direito de conceder asilo, mas não se acha obrigado a concedê-lo, nem a declarar porque o nega.

67 PRINCÍPIOS DE REGÊNCIA INTERNACIONAL Independência Nacional Prevalência dos direitos humanos Autodeterminação dos povos Não intervenção Igualdade entre os Estados Defesa da Paz Solução pacífica dos conflitos Repúdio ao racismo e terrorismo Cooperação entre os povos Concessão de asilo político

68 Artigo 4º, par rágrafo único A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

69 INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA Econômica Política Social Cultural

70 DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. MSc. Alexandre Botelho Direitos Fundamentais

71 Direitos funda amentais A expressão direitos fundamentais tem origem alemã e designa um conjunto de direitos essenciais às pessoas humanas. Trata-se de positivação dos direitos humanos, que são reconhecidos, declarados e protegidos pelo Estado Brasileiro.

72 Garantias fun ndamentais Disposições assecuratórias, normas instrumentais para garantir os direitos fundamentais declarados. Instrumentos formais (procedimentos, processos ou meios) com a finalidade de evitar lesão ao direito declarado ou, havendo lesão, reparar ou minimizar seus efeitos, ou fazer com que o sujeito de um direito declarado possa exigir dos outros sujeitos e do próprio Estado o respeito a esse direito.

73 Eficácia vertic cal dos direitos fundamentais Direitos fundamentais como limites à atuação dos governantes em favor dos cidadãos, em uma relação vertical entre Estado e indivíduo, como forma de proteção das liberdades individuais e da não interferência estatal na vida privada.

74 Aqui os destinatários dos preceitos constitucionais são os particulares (pessoas físicas ou jurídicas). Eficácia horizo ontal dos direitos fundamentais

75 Eficácia horizo ontal dos direitos fundamentais Na eficácia horizontal ou privada (erga omnes), exige-se o cumprimento dos direitos fundamentais também nas relações entre particulares, já que no âmbito privado, o efeito dos direitos fundamentais é diverso e, sob certo aspecto, menos enérgico do que aquele verificado nas relações com o Poder Público.

76 Os direitos fundamentais seriam aplicáveis diretamente em relação aos particulares, existindo, ou não normas infraconstitucionais aptas para incidir no conteúdo das relações privadas. Eficácia imed diata ou direta dos direitos funda amentais

77 Eficácia imed diata ou direta dos direitos funda amentais Revista íntima em mulheres em fábrica de lingerie (RE ). Exclusão de associado de cooperativa sem direito de defesa ( RE ). Discriminação de empregado brasileiro em relação ao francês na empresa Air France, mesmo realizando atividades idênticas (RE ).

78 Eficácia indire eta ou mediata dos direitos fu undamentais Os direitos fundamentais teriam sua eficácia irradiada ao direito privado somente quando não houvesse normas jurídico-privadas sobre o tema e sua operacionalização seria através do uso da interpretação e integração das cláusulas gerais do direito privado de acordo com os direitos fundamentais.

79 Eficácia indire eta ou mediata dos direitos fu undamentais Os direitos fundamentais são aplicados de maneira reflexa, seja em uma dimensão proibitiva, impedindo que legislador edite lei que viole direitos fundamentais, ou positiva, voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais.

80 Evolução hist tórica dos direitos fundamentais Os direitos fundamentais não surgiram simultaneamente, mas aos poucos, em consonância com a demanda de cada época, motivo pelo quais os estudiosos costumam dividi-los em dimensões (gerações), conforme sua ingerência nas constituições.

81 Primeira dime ensão Os direitos de primeira dimensão referem-se às liberdades negativas clássicas, que enfatizam o princípio da liberdade, configurando os direitos civis e políticos. Surgem no final do século XVIII e representavam uma resposta do liberalismo ao Estado Absolutista.

82 Primeira dime ensão Os direitos de primeira dimensão, são oponíveis, sobretudo, ao Estado, são direitos de resistência que destacam a nítida separação entre o Estado e a sociedade, exigindo do Estado um dever de abstenção e não uma prestação, possuindo assim um caráter negativo.

83 Primeira dime ensão Exemplos de direitos de primeira dimensão: Direito à vida Direito à liberdade Direito à propriedade Direito à liberdade de expressão Direito à liberdade de religião Direito à participação política.

84 Segunda dime ensão Os direitos de segunda dimensão relacionam-se com as liberdades positivas, reais ou concretas, assegurando o princípio da igualdade material entre o ser humano.

85 Segunda dime ensão A Revolução Industrial foi o grande marco dos direitos de segunda geração, a partir do século XIX, implicando na luta do proletariado, na defesa dos direitos sociais.

86 Segunda dime ensão Os direitos de segunda dimensão, ao invés de se negar ao Estado uma atuação, exige-se dele que preste políticas públicas, tratando-se, portanto de direitos positivos, impondo ao Estado uma obrigação de fazer, correspondendo aos direitos à saúde, educação, trabalho, habitação, previdência social, assistência social, entre outros.

87 Terceira dime ensão Os direitos de terceira dimensão consagram os princípios da solidariedade ou fraternidade, protegendo interesses de titularidade coletiva ou difusa, não se destinando especificamente à proteção dos interesses individuais, de um grupo ou de um determinado Estado, mostrando grande preocupação com as gerações humanas, presentes e futuras.

88 Terceira dime ensão São exemplos de direitos de terceira dimensão: Direito ao desenvolvimento; Direito ao meio ambiente; Direito à autodeterminação dos povos; Direito de comunicação; Direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade.

89 Quarta dimen nsão Existem autores que defendem a existência dos direitos de quarta dimensão, apesar de ainda não haver consenso na doutrina sobre qual o conteúdo dessa espécie de direito.

90 Quarta dimen nsão Para Noberto Bobbio, os direitos de quarta dimensão tratam dos direitos relacionados à engenharia genética (bioética).

91 Quarta dimen nsão Paulo Bonavides, que também defende a existência dos direitos de quarta dimensão, relaciona-os com as consequências da globalização política, relacionados à democracia, à informação e ao pluralismo.

92 Quinta dimen nsão Registre que já existem autores defendendo a existência dos direitos de quinta geração ou dimensão, sendo que entre eles pode-se citar Paulo Bonavides, o qual afirma nas últimas edições de seu livro, que a paz seria um direito de quinta dimensão.

93 Espécies de direitos fundamentais Os direitos fundamentais são o gênero, do qual a CRFB/88 estabeleceu cinco espécies: a) individuais e coletivos; b) sociais; c) nacionalidade; d) políticos; e) partidos políticos.

94 Eficácia horizo ontal dos direitos fundamentais Os direitos fundamentais estão previstos principalmente, mas não exclusivamente, no Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais), nos artigos 5º ao 17. Outros direitos fundamentais estão espalhados no texto Constitucional, como o princípio da anterioridade tributária, o direito ao meio ambiente sadio entre outros.

95 Característica as dos direitos fundamentais As características dos direitos fundamentais são um tema de grandes discussões jurídicas entre os doutrinadores, os quais buscam estabelecer um maior rol possível das referidas características.

96 Característica as dos direitos fundamentais UNIVERSALIDADE Os direitos fundamentais vinculam-se ao princípio da dignidade da pessoa humana, devendo possuir como sujeito ativo todos os indivíduos, independente da raça, credo, nacionalidade ou convicção política, podendo pleiteá-los em qualquer foro nacional ou internacional, conforme expresso na Declaração de Viena de 1993.

97 Característica as dos direitos fundamentais UNIVERSALIDADE Todas as pessoas são titulares de direitos fundamentais e a qualidade de ser humano constitui condição suficiente para a titularidade desses direitos. Alguns direitos fundamentais específicos, porém, não se ligam a toda e qualquer pessoa.

98 Característica as dos direitos fundamentais INDIVISIBILIDADE Os direitos fundamentais compõem um único conjunto de direitos, uma vez que não podem ser analisados de maneira isolada, separada. O desrespeito a um deles constitui a violação de todos ao mesmo tempo.

99 Característica as dos direitos fundamentais INTERDEPENDÊNCIA Os direitos fundamentais estão vinculados uns aos outros, não podendo ser vistos como elementos isolados, mas sim como um todo, um bloco que apresenta interpenetrações.

100 Característica as dos direitos fundamentais INTERRELACIONARIDADE Com a evolução da proteção nacional e internacional dos direitos fundamentais, os mecanismos para assegurar a inviolabilidade dos direitos fundamentais passaram a ter abrangência regional e mundial.

101 Característica as dos direitos fundamentais IMPRESCRITIBILIDADE Os direitos fundamentais não se perdem com o tempo, não prescrevem, uma vez que são sempre exercíveis e exercidos, não sendo perdidos pela falta de uso (prescrição).

102 Característica as dos direitos fundamentais IMPRESCRITIBILIDADE Segundo José Afonso da Silva, prescrição é um instituto jurídico que somente atinge os direitos de caráter patrimonial, não os direitos personalíssimos, como é o caso. Se são sempre exercíveis e exercidos, não há intercorrência temporal de não exercício que fundamente a perda da exigibilidade pela prescrição.

103 Característica as dos direitos fundamentais INALIENABILIDADE Os direitos fundamentais, por não possuírem conteúdo econômicopatrimonial, são intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis, estando fora do comércio, limitando o princípio da autonomia privada.

104 Característica as dos direitos fundamentais HISTORICIDADE Os direitos fundamentais do homem são direitos históricos, caracterizadas por lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas. O que parece fundamental numa época histórica e numa determinada civilização não é fundamental em outras épocas e em outras culturas.

105 Característica as dos direitos fundamentais IRRENUNCIABILIDADE Regra geral, os direitos fundamentais não podem ser renunciados pelo seu titular, que não pode fazer com eles o que quiser, uma vez que os mesmos possuem uma eficácia objetiva no sentido que não importa apenas ao sujeito ativo, mas interessam a toda coletividade.

106 IRRENUNCIABILIDADE O STF vem admitindo a renúncia, ainda que excepcional, de certos direitos fundamentais, como é o caso da intimidade e da privacidade. Característica as dos direitos fundamentais

107 Característica as dos direitos fundamentais VEDAÇÃO AO RETROCESSO A aquisição dos direitos fundamentais não pode ser objeto de um retrocesso, ou seja, uma vez estabelecidos os direitos fundamentais não se admite sua limitação ou diminuição.

108 Característica as dos direitos fundamentais RELATIVIDADE Nenhum direito fundamental poderá ser considerado absoluto, sendo que tais direitos deverão ser interpretados e aplicados levando-se em consideração os limites fáticos e jurídicos existentes, sendo que referidos limites são impostos por outros direitos fundamentais.

109 Característica as dos direitos fundamentais INVIOLABILIDADE Impossibilidade de os direitos fundamentais não serem observados por disposições infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas, sob pena de nulidades dos mesmos, bem como da responsabilização civil, penal ou administrativa do violador dos direitos fundamentais.

110 Característica as dos direitos fundamentais COMPLEMENTARIEDADE Os direitos fundamentais devem ser interpretados em conjunto, e não de forma isolada, não havendo hierarquia entre eles, com a finalidade de se alcançar os objetivos previstos pelo legislador constituinte.

111 CONCORRÊNCIA Os direitos fundamentais podem ser exercidos cumulativamente por um mesmo sujeito ativo. Característica as dos direitos fundamentais

112 Característica as dos direitos fundamentais APLICABILIDADE IMEDIATA As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, cabendo aos poderes públicos (Judiciário, Legislativo e Executivo) promover o desenvolvimento desses direitos.

113 MÁXIMA EFETIVIDADE Orienta os aplicadores dos direitos fundamentais para que os interpretem de forma a otimizar sua eficácia, sem alterar seu conteúdo. Característica as dos direitos fundamentais

114 Característica as dos direitos fundamentais INEXAURIBILIDADE Os direitos fundamentais são inexauríveis, no sentido de que têm a possibilidade de expansão, a eles podendo ser sempre acrescidos novos direitos, a qualquer tempo, exatamente na forma apregoada pelo art. 5º, 2º.

115 Característica as dos direitos fundamentais EXPANSIBILIDADE Os direitos fundamentais são dotados de abertura, no sentido de que têm possibilidade de expandir-se, devendo a interpretação dos direitos fundamentais ser ampliativa, buscando a leitura mais favorável que deles se possa fazer. Essa propriedade também é dita eficácia irradiante dos direitos fundamentais.

116 DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. MSc. Alexandre Botelho

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