DATA: 27 / 09 / 2014 II ETAPA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA 5.º ANO/EF ALUNO(A): Nº: TURMA:

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1 SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA DATA: 27 / 09 / 2014 UNIDADE: II ETAPA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA 5.º ANO/EF ALUNO(A): Nº: TURMA: PROFESSOR(A): VALOR: 60,0 MÉDIA: 36,0 RESULTADO: % TEXTO I Eu tinha sete anos quando ganhei de presente um livro do Monteiro Lobato chamado Reinações de Narizinho. Um livro grosso assim. Só de olhar para ele eu me senti exausta. Dei um muito obrigada mais sem convicção da minha vida, sumi com o livro num canto do armário e voltei para as minhas histórias em quadrinhos. Eu tinha recém aprendido a ler, e andava às voltas com histórias em quadrinhos. Era um pessoal legal, eu gostava deles, mas, sei lá! Era uma gente tão diferente da gente! Eles moravam nuns lugares que eu nunca tinha ouvido falar, eles tinham cada nome estranho, eram divertidos! Comecei a achar que aquela história de ler não era uma coisa descomplicada feito descascar uma laranja, pular uma amarelinha, cantar junto a música que tocava no rádio. E se em vez de ler, liam pra mim, aí mesmo é que a coisa não se descomplicava. O meu pai e a minha mãe liam história para mim numa coleção de livrinhos para criança que tinha lá em casa, tudo impresso em Portugal e cheio de palavras que eu não conhecia, porque eram falados só naquele país. Eu achava tão esquisito! Bom, mas então esse negócio de ler era um troço bem chato, não era não? E aí o meu tio, que tinha me dado Reinações de Narizinho (e que era um tio que eu adorava), chegou lá em casa e quis saber. Então? Gostou do livro? Eu fiz uma cara meio vaga. Passados alguns dias, ele me cobrou outra vez. Como é? Já leu? Não tinha outro jeito, tirei o livro do armário, tirei a poeira do livro, tirei a coragem não sei de onde, e comecei a ler: Numa casinha branca, lá no sítio do Picapau Amarelo... E quando cheguei no fim do livro eu comecei tudo de novo: numa casinha branca lá no sítio do Picapau Amarelo. E fui indo toda a vida outra vez, voltando atrás num capítulo, revisitando outro, lendo de trás pra frente, e aquela gente toda do sítio do Picapau Amarelo começou a virar a minha gente. Muito especialmente uma boneca de pano chamada Emília, que fazia e dizia tudo que vinha na cabeça dela. Mas estava longe de imaginar que eu estava vivendo o meu primeiro caso de amor. Lá em casa eles me viam tão entregue a esse livro, tão quietinha num canto, só eu e o livro, que eles me deram, correndo, uma porção de Lobatos. E li; eu experimentei eles todos; eu curti. Esse livro sacudiu a minha imaginação. BOJUNGA, Lygia. Eu te lendo. São Paulo: IBBY Adaptado. 1

2 01. a) Qual é o melhor significado das palavras em destaque nas frases? Risque-o no quadro de verbetes. Eu estava longe de imaginar que eu estava vivendo meu primeiro caso de amor. Me deram uma porção deles. Todos me viam tão entregue a esses livros. imaginar porção entregue inventar, criar; supor, achar; fantasiar. dose, medida; certa quantidade de qualquer coisa; parte de uma fração. b) Escreva o significado dos termos sublinhados nas frases. dedicado, muito interessado; Que foi levado a quem deveria receber; que chegou onde deveria chegar. Eu li, eu experimentei eles todos, eu curti. Eu fui indo toda vida outra vez, voltando atrás um capítulo, revisitando outro, lendo de trás para frente. 02. Faça o que se pede. a) Assinale com um X, a opção correta. Eu tinha recém aprendido a ler. Essa afirmativa significa que: ( ) A autora ainda não sabia ler. ( ) A autora já sabia ler há muito tempo. ( ) A autora acabara de aprender a ler. ( ) A autora conhecia todas as palavras faladas em nossa língua. Circule no texto, a parte que mostra a intimidade adquirida pelo personagem do texto lido com a turma do Sítio do Picapau Amarelo. b) Responda. O personagem do texto ganhou de presente o livro Reinação de Narizinho de Monteiro Lobato. Inicialmente o personagem não demonstrou interesse pelo presente. Que atitudes dele confirma essa afirmativa? 2

3 03. a) Explique os temos sublinhados nas frases. Meu tio quis saber: Então? Gostou do livro? Eu fiz uma cara meio vaga. Lá em casa eles me viam tão entregue a esse livro, tão quietinha num canto, só eu e o livro, que eles me deram correndo, uma porção de Lobatos. b)... tirei o livro do armário, tirei a poeira do livro, tirei coragem não sei de onde e comecei a ler. Eu li, experimentei; eu curti. O personagem resolveu escrever um bilhete para o tio para agradecer-lhe o presente e dizer da importância desse presente para ela. Imagine o que ela escreveu para o tio, coloque-se no lugar ela e escreva. 3

4 TEXTO II Naquele dia, que não era um dia como os outros, pois era aniversário do menino que queria ser poeta, a professora lhe deu um livro de presente e falou: Leia, releia e vá relendo. O menino obedeceu. Não largava do livro nem na hora de almoçar, de tomar banho ou de ir ajudar o pai no trabalho. Ia saboreando-o bem devagarzinho, como se estivesse lambendo um sorvete sem fim com medo de que a história acabasse logo. Às vezes, até de trás pra frente ele lia e relia e relia... Na verdade, ele até dormia com o livro debaixo do travesseiro. Imaginava como ficaria aquela história se ela fosse escrita de outra maneira: o começo no meio, o meio no fim, o fim no começo ou vice-versa. E aquela história, então já não era mais a mesma que tinha lido pela primeira vez. Já era quase a sua própria história, de tanto que ficara amigo dela. E a todo momento, maravilhado, se perguntava: Como uma pessoa podia guardar tantas outras pessoas dentro dela? Como nasciam aqueles personagens na cabeça do escritor? E as falas, as palavras? Como? Estava resolvido: quando crescesse, seria escritor. BARRETO, Antônio. O velho pássaro da Lua. São Paulo: Ed. FTD, 1996 (adaptado). 04. a) Complete o quadro descrevendo como aconteceu a paixão pela leitura. Personagem do TEXTO I Personagem do TEXTO II b) Responda. Como o menino que queria ser poeta demonstrava intimidade com a leitura do livro que ganhou de presente da professora?. 05. Leia o texto e faça as atividades. TEXTO III Sou muito especial. Minha tecnologia é insuperável. Funciono sem fios, bateria, pilhas ou circuitos eletrônicos. Sou útil até mesmo onde não há energia elétrica. E posso ser usado mesmo por uma criança: basta abrir-me. Através de mim, as pessoas viajam sem sair do lugar. Não é fantástico? Basta abrir-me. Sou feito de papiro, pergaminho, papel, plástico e, hoje, existo até como matéria virtual. Para utilizar-me, a pessoa escolhe o lugar mais confortável: cama, sofá da sala... Pode-se estar comigo e, ao mesmo tempo, ouvir música ou viajar de trem, navio ou avião, sem necessidade de pagar a minha passagem. Sou transportável, manipulável e até descartável. Sem mim, a humanidade teria perdido a memória. Livre e lido, sou livro. Frei Beto. In: Revista Caros Amigos, 17 jun (adaptado). 4

5 a) Responda. O livro afirma: Sou muito especial. Minha tecnologia é insuperável.. Você concorda com essa afirmativa? Justifique a sua resposta com dois argumentos. De acordo com o texto, quais são as vantagens do livro? Cite duas. b) Observe o cartun. Qual ideia ele nos transmite? Escreva um texto. ZICS/gmf Ortografia: 5