Boletim Diário MERCADOS. Índices, Câmbio e Commodities. Bolsa. Câmbio. Altas e Baixas do Ibovespa. Juros. Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

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1 MERCADOS Bolsa Ontem, último pregão de julho foi mais um dia de realização na Bovespa, encerrando com queda de 1,84% aos pontos com volume financeiro de R$ 7,14 bilhões. Os problemas econômicos da Argentina, as tensões geopolíticas, dados mais fracos sobre a economia norte-americana, resultado fiscal frágil no Brasil, pesquisa eleitoral e uma realização de lucros resumem o comportamento da sessão de ontem. Mesmo assim o Ibovespa encerrou o mês com ganho de 5,0% acumulando 8,40% no ano. Hoje os mercados internacionais já sinalizam mais um dia pesado para o Ibovespa. As bolsas asiáticas fecharam em queda e na Europa a as perdas são generalizadas nesta manhã. Além disso, a agenda carregada desta sexta-feira poderá também influenciar as decisões dos investidores dependendo da qualidade dos resultados divulgados. Destaque para a produção industrial no Brasil e dados de setor de trabalho e salários nos Estados Unidos. Câmbio O dia foi carregado de notícias vindas do exterior, como expectativa sobre o futuro dos juros nos EUA e crise na Argentina, levando o dólar a uma alta de 0,98%, a R$ 2,2700, maior nível de fechamento desde 4 de junho. No mês, a moeda subiu 2,62%. No mercado futuro, o dólar para agosto subiu 0,91%, aos R$ 2,2675, e a moeda para setembro avançou 0,77%, aos R$ 2,2830. Juros Índices, Câmbio e Commodities Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 55,829 (1.8) Ibovespa Fut. 55,950 (1.8) Nasdaq 4,370 (2.1) (0.9) 4.6 DJIA 16,563 (1.9) (1.6) (0.1) S&P 500 1,931 (2.0) (1.5) 4.5 Tóquio 15,523 (0.6) 2.4 (4.7) Xangai 2,185 (0.7) Frankfurt 9,407 (1.9) (4.3) (1.5) Londres 6,730 (0.6) (0.2) (0.3) Mexico 43,818 (1.1) India 25,481 (1.6) Rússia 1,219 (0.2) (10.7) (15.5) Dólar - vista R$ (4.2) Dólar/Euro $1.34 (0.1) (2.2) (2.6) Euro R$ (6.6) Ouro $1, (1.1) (3.4) 6.4 Petróleo Brent $ (0.5) (5.6) (4.3) Petróleo WTI $98.17 (2.1) (6.8) (0.3) * Dia anterior, exceto Ásia Altas e Baixas do Ibovespa SUZB5 3.3% CSNA3 2.1% USIM3 1.8% FIBR3 1.1% Ontem o mercado de juros futuros acompanhou o comportamento do dólar, após o fechamento da taxa Ptax de fim de mês. No curto prazo, o DI para jan/15 marcava 10,78% no fechamento enquanto as taxas mais longas indicavam alta. VALE3 GFSA3 ABEV3 JBSS3-4.6% -4.5% -3.9% 1.0% PETR4-3.8% Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 FGV: IPC-S (m/m) 31-jul 0,12% 0,16% 09:00 Produção industrial (m/m) - AS Junho -2,30% -0,60% 09:00 Produção industrial (a/a) Junho -7,90% -3,20% 11:00 Balança comercial mensal Julho 825 mi. 2,365 mi. 15:00 Total de exportações Julho 23,300 mi. 20,468 mi. 15:00 Total de importação Julho 24,416 mi. 18,103 mi. Vendas de veículos Fenabrave Julho Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 09:30 Variação na folha de pagamento (exc. agrícola) Julho 230 mil 288 mil 09:30 Variação na folha de pagamento privada Julho 227 mil 262 mil 09:30 Taxa de desemprego Julho 6,10% 6,10% 09:30 Taxa de subdesemprego Julho 12,10% 09:30 Deflator DCP (m/m) Junho 0,20% 0,20% 09:30 Deflator DCP (a/a) Junho 1,70% 1,80% 09:30 Principal DCP (a/a) Junho 1,40% 1,50% 10:55 Confiança da Univ de Michigan Julho 81,8 81,3 11:00 ISM Preços pagos Julho :00 Gastos com construção (m/m) Junho 0,50% 0,10% Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Dow Jones Ibovespa Página 1

2 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES Banco ABC Brasil (ABCB4) Bom resultado do 2T14 O banco ABC registrou no 2T14 um lucro líquido de R$ 79,8 milhões e ROAE de 15,9%, com crescimento de 25,7% frente igual trimestre do ano anterior, com +1,5pp no ROAE. Na comparação com o 1T14 o lucro líquido subiu 12,9%, explicado principalmente, pelo aumento das operações de crédito do banco e a menor despesa com provisão para devedores duvidosos, que caiu 41,6%, de R$ 25,5 milhões para R$ 14,9 milhões. ABC Brasil - indicadores consolidados 2T13 1T14 2T14 var var R$ milhões trim 12m Receita de Intermediação Financeira 467,9 328,9 362,1 10,1% -22,6% Despesa de Intermediação Financeira 425,4 163,9 186,8 14,0% -56,1% Result.Bruto de Intermediação Financeira 42,5 165,0 175,3 6,2% 312,6% Despesas com PDD 31,3 25,5 14,9-41,6% -52,4% Margem Financeira Bruta 73,8 190,5 190,2-0,2% 157,8% Receita de Prestação de Serviços 44,5 41,0 41,9 2,3% -5,8% Desp. com Pessoal/Administrativas 53,1 56,4 57,0 1,1% 7,3% Lucro Líquido 63,5 70,7 79,8 12,9% 25,7% margem líquida 13,6% 21,5% 22,0% 0,5 pp 8,5 pp Ativo Total ,0% 11,2% Carteira de Crédito Expandida ,1% 14,1% Patrimônio Líquido ,1% 14,0% NPL >90d 0,2% 0,2% 0,1% -0,1 pp -0,1 pp ROAE % 14,4% 14,6% 15,9% 1,3 pp 1,5 pp NIM % 4,3% 4,2% 4,3% 0,1 pp 0,0 pp Índice de Eficiência 36,8% 35,4% 36,6% 1,2 pp -0,2 pp Basiléia 16,3% 14,1% 14,0% -0,1 pp -2,3 pp Colaboradores ,7% -3,5% Fonte: ABC Brasil/Planner Corretora. Dentre os destaques financeiros do 2T14 a manutenção da margem financeira bruta frente o trimestre anterior, explicada pelo crescimento das receitas de intermediação reflexo do crescimento das operações de crédito do banco. A taxa anualizada da margem financeira (NIM) foi de 4,3% no 2T14, apresentando aumento de 0,1pp em relação ao 1T14 e mantendo-se estável em relação ao 2T13. Ressalte-se o crescimento de 5,1% e 14,1% da carteira de crédito expandida, em base trimestral e em 12 meses, respectivamente. O incremento das operações no segmento corporativo, mais conservador, de menor margem, porém com menor risco, cria um ambiente favorável para a redução da PDD. Ao final de junho os atrasos acima de 90 dias representavam 0,1% da carteira de crédito expandida, sendo próximo de 0% no segmento corporate e 0,6% no middle. O saldo de PDD como percentual da carteira era de 1,9% na Página 2

3 mesma base de comparação (1,3% no corporate e 4,0% no middle), abaixo dos seus concorrentes privados e estatais. O foco principal permanece no segmento corporate que respondia ao final de junho de 2014 por 87,3% da carteira de crédito expandida do banco, após crescimento de 14,8% em 12 meses e 5,4% no trimestre. O segmento de empresas middle, responsável pelos restantes 12,7% da carteira de crédito, cresceu 9,7% frente o 2T13 e 3,1% em base trimestral. Opinião: Com base nos números reportados do 2T14 e na dinâmica de crescimento das operações do banco, o ABC reduziu suas expectativas de crescimento da carteira de crédito expandida para 2014, do intervalo anterior entre 11% e 16% para um crescimento entre 11% e 15%. Esta redução na parte alta do intervalo se explica pela adequação das expectativas de crescimento da carteira de empresas que foi reduzida de 14% a 19% para o intervalo entre 9% e 13%. Demais linhas do guidance foram mantidas: crescimento da carteira corporate entre 10% e 15% e despesas operacionais (entre 4% e 9%), em linha com a inflação. Reiteramos nossa visão positiva para o banco, e seguimos com opção de manutenção com preço justo de R$ 15,15/ação. BRF (BRFS3) Resultado do 2T14 com ganho de margem EBITDA A BRF registrou no 2T14 um lucro líquido de R$ 267 milhões, com alta de 28% frente um resultado líquido de R$ 208 milhões do 2T13, sensibilizado por queda das despesas e custos mais contidos, resultando em melhores margens, bruta e operacional, que mais que compensaram o aumento das despesas financeiras liquidas, em comparação ao mesmo período do ano anterior. BRF Consolidado 2T13 1T14 2T14 var var R$ milhões Receita Líquida trim 4,8% 12m 2,2% Merc Interno ,1% 5,8% Merc Externo ,0% -2,2% EBITDA ,4% 25,1% margem ebitda 10,6% 11,7% 13,0% 1,3 pp 2,4 pp Resultado Fin Líquido ,0% 52,1% margem fin.líq. -3,4% -2,7% -5,1% -2,5 pp -1,7 pp Lucro Líquido ,3% 28,4% margem líquida 2,8% 4,3% 3,5% -0,8 pp 0,7 pp Patrimônio Líquido Dívida Líquida Divida Líq./Ebitda 2,6 1,9 1,5 Fonte: BRF/Planner Corretora. -0,2% -14,6% 1,0% -31,1% Página 3

4 O resultado foi construído a partir de uma receita líquida de R$ 7,7 bilhões, com leve incremento de 2% frente igual trimestre do ano passado, principalmente devido ao crescimento da receita de industrializados e de aves in natura do mercado interno, em linha com a estratégia da companhia, em um ambiente de consumo mais desafiador no mercado interno, e de volumes menores no mercado externo. O volume total de vendas do período alcançou 1,3 milhão de toneladas, 12% menor que o mesmo período do ano anterior. Já os preços médios de venda subiram 16% na mesma base de comparação. O lucro bruto somou R$ 2,0 bilhões, 9% superior ao 2T13, refletindo a redução dos custos e o aumento de preços no mercado interno, principalmente na linha de elaborados e processados, e melhores preços em dólar nos mercados internacionais. Com isso a companhia registrou um ganho de margem bruta de 1,7pp para 26,6%. O EBIT no trimestre foi de R$ 692 milhões frente R$503 milhões no 2T13, crescimento de 38%. Sua geração operacional de caixa medida pelo EBITDA foi de R$ 1,0 bilhão, 25% acima do 2T13, resultando em margem EBITDA de 13,0% frente 10,6% de igual trimestre do ano anterior. O resultado financeiro no trimestre foi de despesa líquida de R$ 394 milhões, 52% acima do 2T13. Ao final de junho sua dívida líquida somava R$ 5,11 bilhões, 31% abaixo da registrada em jun/13 e 15% abaixo dos R$ 5,99 bilhões em mar/14 (1,9x o EBITDA), resultando em uma dívida líquida sobre EBITDA (últimos doze meses) de 1,5x. Opinião: O lucro de R$ 267 milhões no 2T14 quando comparado com o lucro líquido do 2T13 de R$ 208 milhões, já registra melhora, em linha com o planejamento estratégico da companhia, com vistas a ampliar sua liderança no Brasil e no exterior, através de comercialização de produtos de maior valor agregado. Ressalte-se a forte geração de fluxo de caixa livre no trimestre, atingindo R$ 954 milhões, 161% superior a R$ 365 milhões no 2T13. A dívida líquida da companhia continua sua trajetória de queda com gradativa redução de alavancagem financeira, de 2,6x em jun/13 para 1,5x em jun/14, reflexo da melhora no desempenho operacional, disciplina nos investimentos e de capital de giro, demonstrando a solidez da companhia. Os investimentos em Capex realizados no 2T14 somaram R$ 471 milhões, com crescimento de 21% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, acumulando R$ 806 milhões no semestre e em linha com o guidance de R$ 1,5 bilhão em A BRF continua na busca de otimizar seu capital de giro e melhorar seu ciclo financeiro, que passou de 57,4 dias, em jun/13 (14,6% da Receita Operacional Liquida - ROL) para 36,4 dias em jun/14, representando 9,8% da ROL. Segundo a companhia, os ganhos mais expressivos deste trimestre ocorreram nas linhas de contas a pagar e contas a receber, respectivamente. Para 2014 a expectativa é de uma continuidade na gestão ativa de contas a pagar, a receber e estoques. A tendência é de lucros crescentes na medida em que os Página 4

5 resultados da reestruturação em curso se tornem realidade, ao longo dos próximos 3 anos. Seguimos com recomendação de manutenção para os papéis da companhia. São Martinho (SMTO3) Ações ex-dividendos de R$ 0,3595/ação hoje A companhia comunica o pagamento de R$ 40,4 milhões (R$ 0, /ação), na forma de dividendos, conforme aprovado ontem em AGE/O. Será considerada a data base de 31 de julho de 2014 e serão pagos em 15 de agosto de As ações da São Martinho serão negociadas "ex-dividendos" a partir de hoje, 1º de agosto de O yield é de 0,95%. TIM Participações (TIMP3) Resultados do 2T14 A Tim Participações encerrou o 2T14 com receita líquida de R$ 4,78 bilhões, uma queda de 3,4% em uma comparação ano-a-ano. A receita líquida total de serviços foi de R$ 3,99 bilhões no 2T14 reduzindo 2,0% A/A. O ARPU (receita média por usuário) atingiu R$ 17,3 no 2T14, queda de -4,5% em relação ao 2T13. O MOU (minutos de uso) atingiu 137 minutos no 2T14, uma queda de -6,9% quando comparado ao 2T13, principalmente devido a queda do tráfego entrante e de LD. No 2T14, o EBITDA atingiu R$ 1,33 bilhão, sustentando um crescimento sólido de 8,0% em relação ao 2T13. A melhoria neste trimestre foi novamente apoiada por uma melhor margem de contribuição (+6% A/A) à medida em que serviços de valor agregado continuam a desempenhar um papel fundamental, juntamente com um melhor custo de tráfego fora da rede para voz e SMS e economia em linhas alugadas. No 1S14, o EBITDA aumentou 7,8%, somando R$ 2,65 bilhões contra R$ 2,46 bilhões no 1S13. A margem EBITDA também apresentou uma melhora significativa de 2,51 p.p. no 1S14, atingindo 27,9% comparado com 25,4% no 1S13. No trimestre, a margem EBITDA foi de 27,9%, um aumento em relação aos 24,9% no 2T13. No 2T14 o lucro líquido atingiu R$ 366 milhões, queda de 5,2% em relação ao 2T13, com lucro por ação de R$ 0,15 no 2T14 comparado com R$ 0,16 no mesmo período de No 1S14 o lucro líquido totalizou R$ 738 milhões, um aumento de 6,7% em relação ao 1S13 (R$ 692 milhões). Dados de mercado - O mercado brasileiro de telefonia móvel atingiu 275,7 milhões de linhas ao final do 2T14, o que representa um crescimento anual de 3,8%, alinhado com a expansão no 2T13, enquanto a taxa de penetração foi de 136,1%, contra 134,3% no 2T13. A redução no ritmo do crescimento de assinantes é resultado de: i) mercado já altamente Página 5

6 penetrado, pessoas que utilizam vários chips SIM e ii) um ambiente econômico menos dinâmico. Ainda assim, o crescimento do mercado de telefonia móvel ainda é suportado pelos negócios machine-to-machine (M2M) e pela migração de pré-pago para pós-pago. A base de assinantes da TIM encerrou o segundo trimestre de 2014 com 74,2 milhões de linhas, 2,8% superior em comparação com o 2T13, e alinhada com o crescimento de 3,8% do mercado brasileiro. O market-share apresentou uma tímida redução atingindo 26,91% (comparado com 27,17% um ano atrás). Quanto aos números de adições brutas para 2T14, a TIM registrou 9,4 milhões de novas linhas, uma redução de 3,4% quando comparado ao 2T13. As desconexões totalizaram 9,1 milhões de linhas no segundo trimestre em comparação com 8,8 milhões no 2T13 (+3,9% A/A), resultando em adições líquidas de 286,1 mil (em comparação com 962,9 mil no mesmo período do ano passado), seguindo nossa política de desconexão austera. Investimentos - Os investimentos totalizaram R$ 1,66 bilhão nos primeiros seis meses de 2014, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. No 2T14, os investimentos totalizaram R$ 1,04 bilhão, uma redução de 7% em relação ao 2T13. Cabe destacar que mais de 94% dos investimentos totais foram dedicados à infraestrutura no 1S14, o que confirma o compromisso de melhorar a disponibilidade e a qualidade dos serviços. Dívida líquida - A posição líquida da dívida líquida atingiu R$ 1,03 bilhão em junho/2014 em comparação com R$ 1,98 bilhão ao final do 2T13, uma redução de 48,0%. A dívida líquida/ebitda (12M) atingiu uma proporção de 0,19x (comparado com 0,39x no mesmo período do ano passado), mostrando uma forte melhora do balanço. A ação TIMP3 encerrou ontem cotada a R$ 12,02 acumulando queda de 7,0% no mês de julho e alta de 0,3% no ano. Temos preço justo de R$ 13,00 para a ação com alta potencial de 8,2%. Recomendação: COMPRA. Magazine Luiza (MGLU3) Resultados do 2T14 O Magazine Luiza encerrou o 2T14 com evolução de 28,5% na receita líquida atingindo R$ 2,3 bilhões, impulsionada pelo crescimento de vendas mesmas lojas de 24,5% (+44,1% no e-commerce e +21,3% nas lojas físicas). No 1S14, a receita líquida cresceu 28,5%, com um aumento de 24,9% em mesmas lojas (+44,0% no e-commerce e +21,8% nas lojas físicas). A margem bruta do 2T14 ficou em 27,1% ante 28,2% no 2T13 e 27,2% no 1S14 (28,2% no 1S13). Página 6

7 O EBITDA ajustado somou R$ 133,0 milhões no 2T14, com queda de 16,9% em relação ao 2T13, com margem de 5,7%. Contra 8,8% no 2T13. No 1S14, o EBITDA somou R$ 253,8 milhões, (margem EBITDA de 5,5%) com alta de 6,2% sobre o 1S13. O lucro líquido caiu de R$ 54,7 milhões no 2T13 para R$ 28,6 milhões no 2T14, (-51,3) e no acumulado do 1S14 o lucro líquido ficou em R$ 47,2 milhões contra R$ 55,5 milhões no 1S13 (-14,9%). A empresa encerrou junho com 736 lojas ante 733 no 2T13 e com aumento de 1,6% na área total de vendas, atingindo m² em junho deste ano. Vale PNA (VALE5): Teleconferência acerca dos resultados do 2T14 Ontem a Vale divulgou seus resultado trimestrais e realizou teleconferência para discuti-los. Os números da Vale no 2T14 ficaram em linha com nossas projeções para receita e EBITDA, porém inferiores à expectativa de lucro. O lucro líquido da Vale no 2T14 foi negativamente impactado por impairments no valor de US$774 milhões, o que respondeu por boa parte da diferença com nossas expectativas. Neste trimestre, a Vale teve forte expansão nas vendas de minério de ferro, mas acentuada queda nos preços deste produto, o que impediu um resultado melhor. No entanto, a redução dos custos e despesas operacionais, permitiu que fossem minimizados os impactos negativos da queda da cotação do seu principal produto. Os principais assuntos discutidos na teleconferência foram: Tendências para o mercado de minério - A Vale acredita que há uma expectativa mais positiva para o 2S14. Normalmente na segunda parte do ano os investimentos em infraestrutura na China são maiores e, isso se repetindo, teremos maior demanda por aço e consequentemente por minério; - A empresa esperava que o mercado transoceânico de minério tivesse um aumento de oferta 120 milhões/t, mas esse volume deve chegar a 140 milhões/t; - O aumento da oferta proveniente da Austrália neste ano foi muito forte e impactou os preços, fato esse que não deve ocorrer nos próximos anos. Para os próximos anos, o aumento da oferta deve vir do Brasil; - A empresa está otimista para com aumento de margens no negócio de minério, em função do crescimento de volume e corte de custos; Página 7

8 Investimentos - Gastos realizados no primeiro semestre atingiram US$5,1 bilhões, uma redução de US$2,1 bilhões (queda de 29%), comparado ao 1S13. No 2S14, deve ocorrer um aumento no ritmo dos investimentos; - Deve ocorrer um declínio no volume investido a partir de 2016, com a finalização dos principais projetos que estão sendo realizados atualmente; - A empresa reforçou sua mensagem de só investira em projetos de classe mundial (produtos e rentabilidade diferenciados). Como este tipo de projeto não é muito comum há uma tendência de redução dos investimentos, com sobra de recursos sendo usada para redução de dívida e aumentos dos dividendos; - Para este ano, os investimentos em manutenção devem ser 5% a 10% menores que em 2013; Adicional 40 Mt - Até o final de 2015 este projeto estará completamente operacional, permitindo que a capacidade de produção em Carajás atinja 150 milhões/t de minério ferro ao ano; Simandou - A Vale investiu cerca de US$700 milhões neste projeto e acredita que este valor será reconhecido pelo governo de Guiné. Assim, é provável que o futuro comprador do projeto vá reembolsar à Vale este valor. No 2T14, foi feito um impairment no valor de US$500 milhões, relativo a estes investimentos realizados na área; A empresa está muito otimista quanto à evolução da geração de caixa proveniente dos metais básicos. No 2T14, o EBITDA deste segmento foi de US$609 milhões, valor 54% maior que no mesmo período de Vão contribuir para isso, a finalização no 2T14 do projeto de expansão do projeto Salobo, cuja capacidade foi duplicada para 200 mil/t/ano. A conclusão deste projeto finaliza investimentos em cobre no valor de US$3,7 bilhões; Venda de ativos foco são negócios na área de carvão. Acreditamos que estas negociações estejam avançadas; Pelotas Preço continua estável US$40 acima da cotação do minério. Como as vendas são realizadas por contratos, principalmente para Europa e Japão, há menos volatilidade no preço. A tendência é de que o diferencial entre o preço da pelota e o minério deva continuar no nível atual. Nossa indicação para Vale é Compra com Preço Justo de R$36/ação. Página 8

9 Paranapanema ON (PMAM3): Resultados trimestrais A empresa divulgou ontem seus resultados do 2T14, que mostraram retração no volume total vendido, na receita e lucro líquido, seja na comparação com o trimestre anterior ou com o 2T13. Paranapanema - Resultados Trimestrais R$ milhões 2T14 1T14 Var. 2T13 var. Receita Líquida ,3% ,6% Lucro Bruto ,7% 70-21,7% EBITDA ,0% 54-12,4% margem EBITDA 4,3% 3,1% 1,2 pp 4,2% 0,2 pp Lucro Líquido ,3% Cobre refinado - mil tons ,8% 31-47,7% Produtos de cobre - mil tons ,4% 56-15,8% Vendas totais - mil tons ,6% 86-27,2% Fonte: Paranapanema No 2T14, a Paranapanema teve redução em suas vendas totais de 27,2% comparado ao mesmo período de 2013 e 1,6% em relação ao 1T14. A diminuição maior foi no cobre refinado, em função de menores prêmios (ganho no refino do minério). Nos produtos de cobre, houve aumento nas vendas (4,4%), comparado ao 1T14, por conta de operações de processamento dos produtos para revenda, onde a empresa cobra apenas por seu trabalho, sem incluir o preço do metal. As vendas maiores dos produtos de cobre permitiu um pequeno aumento na margem bruta, comparado ao 1T14, que conjugado com uma forte redução nas despesas operacionais (-58,3%), permitiu com que o EBITDA total tivesse crescimento de 38% e a margem EBITDA subisse 1,2 ponto percentual. Apesar dos ganhos na margem operacional, comparado do trimestre anterior, o prejuízo líquido quase quintuplicou. Isso ocorreu devido ao forte resultado financeiro negativo (R$107 milhões), consequência da perda em hedge de metais e de moedas. No 1T14, o hedge de metais havia permitido um ganho de R$46 milhões, com a queda das cotações do cobre no período, situação que se inverteu no 2T14. Estes hedges de metal servem para eliminar os riscos com a variação do preço do cobre enquanto o metal está em estoque e é processado. Além disso, o resultado do 1T14 havia sido beneficiado com um ganho extraordinário (R$30 milhões) decorrente do estorno de uma provisão de juros em ações judiciais. A Paranapanema passou por algumas mudanças nos últimos meses em sua diretoria e também contratou uma conhecida consultoria (Galeazzi & Associados) para a Página 9

10 implementação de melhorias na eficiência. Ao lado disso, no mês passado foi anunciado um programa denominado PMA-2018, que visa aprimorar as operações industriais, comerciais, financeiras e administrativas da empresa. Estamos revisando nossas projeções da Paranapanema e em breve divulgaremos novos números. Página 10

11 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) (1.000) (2.000) (213) (854) jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 Fonte: Ibovespa, dados até 29/07/2014 Fluxo de Capital Estrangeiro (R$ milhões) 29/7/14 30 dias Mês Ano Saldo 120, , ,4 Fonte: BMFBovespa Contratos em Aberto Ibovespa Futuro (10.000) (40.000) (70.000) ( ) ( ) ( ) ( ) Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro I. Não Residentes I. Institucionais Compra Venda Líquido (70.979) Página 11

12 AGENDA MACROECONÔMICA Data Horário País / Região Indicador Referência Expectativa Segunda-feira 08:30 BR BC - Pesquisa Focus (semanal) 4/8/ :00 BR Balança comercial semanal 3/ago Anterior 10:45 EUA ISM de New York Julho 61 05:30 EURO Sentix - Confiança do investidor Agosto 10 06:00 EURO IPP (m/m) Junho 0 06:00 EURO IPP (a/a) Junho 0,0 Terça-feira 05:00 BR IPC-Fipe (mensal) Julho 0,04% 5/8/ :45 EUA PMI Serviços Julho 61 10:45 EUA PMI Composto Julho 60,9 11:00 EUA ISM Composto (exc. manufatura) Julho :00 EURO PMI Serviços zona do euro Julho 54,4 05:00 EURO PMI Composto zona do euro Julho 54 06:00 EURO Vendas a varejo (m/m) Junho 0,00% 06:00 EURO Vendas no varejo (a/a) Junho 0,70% Quarta-feira 10:30 BR Produção de veículos Anfavea Julho /8/ :30 BR Vendas de veículos Anfavea Julho BR Índice de preço de commodities (m/m) Julho -1,51% BR Índice de preço de commodities (a/a) Julho 6,65% 08:00 EUA MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 1/ago 09:30 EUA Balança comercial Junho -44,0 bi. -44,4 bi. Quinta-feira 08:00 BR FGV - IGP-DI (m/m) Julho -0,63% 7/8/ :30 EUA Novos pedidos seguro-desemprego 2/ago 09:30 EUA Seguro-desemprego 26/jul 16:00 EUA Crédito ao consumidor Junho 18,0 bi. 19,6 bi. Fonte: Bloomberg Página 12

13 Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 13