MINHA VISÃO DO CAP 6 - COLÓIDES MICELARES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MINHA VISÃO DO CAP 6 - COLÓIDES MICELARES"

Transcrição

1 6 - COLÓIDES MICELARES Existem várias classificações de sistemas coloidais. A classificação dos sistemas coloidais quanto à estrutura da partícula, os separa em dois grupos: os moleculares e os micelares. Já a sua classificação quanto à energia termodinâmica os divide em três grupos: - dispersões coloidais, irreversíveis e instáveis; - soluções verdadeiras de macromoléculas, reversíveis e estáveis; - colóides de associação, reversíveis e estáveis. Pode-se observar que os sistemas coloidais moleculares, que são as soluções verdadeiras de macromoléculas as quais, na qualidade de soluções verdadeiras, são estáveis e termodinamicamente reversíveis. Esses sistemas se comportam como sistemas coloidais em virtude de suas partículas constituíntes terem pelo menos uma de suas dimensões compreendida na faixa 10-9 a 10-7 m (1 a 100nm). Todos os outros tipos de sistemas coloidais são ditos micelares, ou seja, colóides de associação, porque sua micela é constituída por associação de moléculas até um conjunto (micela) cujo tamanho esteja compreendido na faixa acima. Entretanto, nesses tipos de sistemas coloidais (micelares) podem ser distinguidos perfeitamente dois grandes e importantes grupos, cujas formações, natureza, estabilidade e comportamento termodinâmico são totalmente diferentes. O primeiro desses grupos se refere aos colóides de associação formados por aglomeração de moléculas simples, através de complicado processo termodinâmico, qual seja, a nucleação (formação dos núcleos das partículas da nova fase) e o crescimento (deposição de novas moléculas na superfície desses núcleos até atingir o tamanho coloidal). São as chamadas dispersões coloidais, que são termodinamicamente irreversíveis e instáveis devido a sua alta tensão interfacial, razão pela qual apresentam forte tendência a crescer indefinidamente e a coalescer para diminuir sua energia interfacial, o que os leva a se separar em fases macroscópicas novamente. Por essa razão, são tipicamente liófobos, e são primordialmente inerentes aos sistemas inorgânicos. Em virtude de sua forte tendência a coalescer (devido à alta tensão interfacial) só se tornam estáveis pela adição ao sistema, de um terceiro componente de polaridade intermediária, que tende a diminuir a diferença de polaridade na interface partícula-meio (regra da igualação de polaridades de Rebinder) que, por essa razão, é um agente tensoativo de interface, também chamado peptizante. O segundo grupo se refere aos colóides de associação formados por aglomeração de moléculas de substâncias tensoativas (STA), que são moléculas que apresentam difilia marcante, isto é, uma parte (cabeça) polar, com alta hidrofilia, e uma longa cadeia hidrocarbonada apolar, com alta oleofilia (hidrofobia). Esses sistemas são termodinamicamente estáveis e reversíveis. Portanto, não precisam de estabilização complementar por agente peptizante, por já apresentarem baixíssima tensão interfacial micelameio. Por essa razão, os sistemas coloidais formados por associação de moléculas de substâncias tensoativas em micelas, são os representantes típicos dos sistemas coloidais liófilos. ATUREZA E ESTRUTURA COLOIDAL 36

2 em todas as substâncias tensoativas têm capacidade de formar micelas, só as que têm relações ótimas entre a parte polar e a parte apolar das moléculas, isto é, certos valores de HLB (balanço hidrófilo-lipófilo), também chamado EHL (equilíbrio hidrofilia-lipofilia). A associação em micelas, dependendo do HLB da substância tensoativa e da polaridade do meio de dispersão (hidrofílico ou oleofílico) pode se dar de forma direta ou inversa. Quando dissolvidas em meio polar, as substâncias tensoativas se unem pelas cadeias orgânicas apolares (hidrófobas) ficando com as cabeças polares (hidrofílicas) na parte externa da micela, protegendo o núcleo apolar do contato com o meio de dispersão polar. Já no meio apolar, as substâncias tensoativas se unem pelas cabeças polares, formando o núcleo das micelas inversas, por fortes ligações químicas, ficando com as cadeias orgânicas apolares na parte externa das micelas, protegendo o núcleo polar do contato com o meio de dispersão apolar. As micelas diretas já são amplamente estudadas e conhecidas na ciência dos colóides. Já o estudo das micelas inversas é pequeno, e a maioria das citações sobre elas são feitas através de comparações e referências às diretas. As citações de maior interesse para o presente trabalho são reproduzidas a seguir: a) as soluções de substâncias tensoativas muito diluídas agem como eletrólitos, mas em concentração razoável, ocorrem variações bruscas nas propriedades físicas (pressão osmótica, condutância, turbidez, tensão superficial, e outras). A baixa velocidade de crescimento da pressão osmótica com o aumento da concentração sugere considerável associação de partículas, mas ainda há dissociação iônica, pois continua havendo condutância. Esse comportamento anômalo foi explicado por Mc Bain através da associação em micelas; b) importante característica na propensão da substância tensativa de formar micela é a capacidade de seus grupos polares de proteger o núcleo hidrocarbonado da água, que é função não só do tamanho, mas também de sua natureza e do caráter da interação com o solvente; c) a concentração de equilíbrio da substância que se encontra em solução aquosa em forma molecular ou iônica é pequena, sendo da ordem de 10-3 mol/l para as iônicas e muito menor ainda para as não iônicas; d) a concentração de substância, acima da qual ocorre a formação de micelas é chamada concentração micelar crítica (cmc); ATUREZA E ESTRUTURA COLOIDAL 37

3 e) a cmc só depende da natureza da parte liófoba da substância tensoativa. Se a micela tivesse algum tipo de arranjo cristalino, os grupos polares também teriam importância; f) para as substâncias tensoativas formadoras de micelas, a cmc é muito pequena (10-6 a 10-2 mol/l), isto é, o equilíbrio micela solução, corresponde a baixas concentrações de soluções moleculares, evidenciando que partículas com d d M se tornam termodinamicamente desvantajosas, ou seja, a transição de partículas com d M (tamanho da micela) até d (tamanho da molécula) é acompanhada de aumento na energia livre do sistema, que mostra que a curva X log d tem um mínimo em d M. Portanto, esse aumento de pode ser condicionado pelo brusco aumento da tensão interfacial ( ); g) o caráter hidrofílico do envoltório que protege o núcleo apolar do contato com a água, faz com que a tensão interfacial ( ) no limite micela-meio fique rebaixado até C justamente o que condiciona a estabilidade termodinâmica dos sistemas micelares; h) o tamanho das micelas quando se formam é fixo e definido e só depende da natureza da parte apolar da molécula de substância tensativa. O raio deve ser levemente menor que o comprimento da cadeia, o que é comprovado por estudos ópticos. Com tensoativos de cadeia normal há relação entre o número de monômeros por micela e o número de átomos de carbono da molécula, que dá o grau de associação, cuja expressão é: = 0,139. (1,25.n - 1) 3 onde: n é o número de cadeias na micela; é o número de átomos de carbono na molécula; i) importantíssima característica dos sistemas coloidais liófilos é que a distribuição de equilíbrio das partículas em função do tamanho, não varia com o tempo; j) diminuíndo o número de monômeros na micela também diminui o tamanho, logo, aumenta a proporção de substância apolar na superfície de separação, pelo que diminui o grau de proteção do núcleo pelos grupos polares, o que aumenta muito a tensão interfacial. O valor ótimo para o raio de uma micela é aproximadamente o valor do comprimento da cadeia orgânica da STA formadora da micela (r l MOL ); k) com o aumento da concentração de STA, além de aumentar a concentração de micelas esféricas, também tem lugar sua gradativa troca de forma, pois o aumento de r torna a micela esférica instável (entra grupo polar no núcleo apolar). Com isso, as micelas se tornam anisométricas (elipsoidais e cilíndricas) e depois assimétricas (formas de bastão, de cinta e laminares) com assimetria marcante. a fluência de soluções de substâncias tensoativas que têm micelas de Mc Bain, há desvio da lei de ewton. A existência de micelas de Mc Bain é confirmada experimentalmente por métodos ópticos, reológicos e raios X. As propriedades superficiais das micelas assimétricas é dissímile: parte com o núcleo bem protegido e parte não. Com o aumento do conteúdo do tensoativo (ou com a diminuição do meio) a mobilidade das micelas diminui e elas se engancham pelos setores terminais formando uma rede volumétrica, ou seja, uma estrutura de coagulação (GEL); ATUREZA E ESTRUTURA COLOIDAL 38

4 l) acima da cmc, toda nova molécula de substância tensoativa introduzida no meio, passa ao estado micelar aumentando a concentração de micelas e a concentração da substância tensoativa molecularmente dissolvida fica constante e igual à cmc, conforme a expressão; C MIC = C 0 - C MOL = m. n MIC onde: Cmol = cmc A m) o potencial químico das moléculas da substância tensoativa no sistema não varia. Como a tensão superficial fica constante e é determinada pela quantidade de substância tensoativa em forma molecular, torna-se claro que para c 0 cmc, então fica constante. Como a equação de Gibbs nos dá: d = -. d, vê-se que se d é igual a zero é claro que d é igual a zero, o que impõe que para concentração maior que a cmc, o potencial químico permanece constante; n) a agitação térmica e a repulsão elétrica das superfícies se opõem à agregação. Por isso, uma baixa cmc deverá ser favorecida por: abaixamento da temperatura, adicionando sais que reduzem as forças repulsivas e aumentando a cadeia em uma série homóloga. Cada novo CH 2 na cadeia diminui a cmc pela metade; o) as investigações mostram que a formação de micelas tanto por dispersão como por condensação, só se dá acima de determinada temperatura, chamada ponto de Kraft (T k ). Abaixo do T k a solubilidade é pequena e fica menor que a cmc. Para substâncias com T k alto normalmente não se observa a formação de micelas. Os tensoativos não iônicos, que são líquidos, não apresentam T k e sim ponto de turvação; p) os tensoativos formadores de micelas, como os ordinários, seguem a regra de Duclaux-Traube, isto é, com o aumento de cada CH 2 na cadeia a solubilidade diminui enquanto a atividade superficial aumenta 3 a 3,5 vezes. Como próximo a T k o valor da cmc se diferencia muito pouco da solubilidade molecular, a cmc também diminui 3 a 3,5 vezes ao passar ao homólogo seguinte; q) a formação de micelas é geralmente um processo exotérmico, logo, favorecido pelo abaixamento de temperatura. Entretanto, há casos em que a entalpia de formação, ou seja, H MIC = - R T 2. m. d.ln. cmc d. T é positiva (endotérmica). esse caso a formação de micelas é função exclusivamente da entropia; r) a adição de quantidades grandes de substâncias orgânicas polares dificulta a formação de micelas, porque aumenta a solubilidade molecular. Mas, a adição de pequeníssimas quantidades delas, ou de hidrocarbonetos apolares, leva à diminuição da cmc, isto é, facilita a formação de micelas. É o fenômeno da solubilização direta. A solubilização relativa é a relação do número de moles da solubilizada ( SOL ) pelo número de moles de tensoativo em estado micelar ( MIC ): s = SOL. Quando as micelas são esféricas, s é constante. Com o aumento da concentração as micelas ficam assimétricas e s aumenta muito, MIC ATUREZA E ESTRUTURA COLOIDAL 39

5 com a micela voltando a ser esférica. Durante o contato da solução micelar com o hidrocarboneto (em fase macroscópica, quando há excesso da substância que se solubiliza) há uma distribuição de equilíbrio do hidrocarboneto entre sua fase macroscópica, a solução aquosa verdadeira e as micelas, que é dependente da temperatura, sendo esta dependência descrita pela equação: d.ln.s dt = H. T R SOL 2 onde: s é a solubilização relativa; dh SOL é a entalpia de solubilização, que é determinada pela variação de energia envolvida na transição do hidrocarboneto da fase macroscópica até as micelas e também pela reestruturação das próprias micelas durante a solubilização. Caráter diferente tem a solubilidade de substâncias orgânicas polares inclusive as que não formam micelas. A existência de difilia faz com que as moléculas que se solubilizam se incluam na estrutura da micela, gerando as micelas mistas. ATUREZA E ESTRUTURA COLOIDAL 40

Pelas razões expostas e tendo em vista que a estruturação e posterior desestruturação do CAP é reversível, fica difícil aceitar o modelo atual.

Pelas razões expostas e tendo em vista que a estruturação e posterior desestruturação do CAP é reversível, fica difícil aceitar o modelo atual. 8 CONDUÇÃO A UM NOVO MODELO Depois das análises sobre o comportamento energético do CAP de forma genérica e de ter dado destaque a alguns pontos da teoria dos colóides que interessam diretamente ao CAP,

Leia mais

) T, p. Processos Superficiais Tensão Superficial. Efeito de substâncias dissolvidas na tensão superficial de um solvente. RT ln (C 2 /C )) T, p

) T, p. Processos Superficiais Tensão Superficial. Efeito de substâncias dissolvidas na tensão superficial de um solvente. RT ln (C 2 /C )) T, p - Lembrando da isoterma de Gibbs: para uma solução com dois componente Γ 2 = 1 RT ( γ ln a 2 ) T, p Considerando solução diluída ideal Γ 2 = 1 ( γ RT ln (C 2 /C )) T, p Γ 2 = C 2 RT ( γ C 2 ) T, p - de

Leia mais

Existem várias classificações para os sistemas coloidais, cada uma atendendo a determinada finalidade. Dentre elas podem ser citadas:

Existem várias classificações para os sistemas coloidais, cada uma atendendo a determinada finalidade. Dentre elas podem ser citadas: 5 - SISEMAS COLOIDAIS Até agora o CAP foi visto sob um ângulo puramente energético, mas de caráter genérico, ou seja, foram analisadas as formas de energia envolvidas num sistema coloidal. Para um entendimento

Leia mais

O Estado Coloidal. Química dos Colóides e Superfícies. M.Sc. Maron Stanley Silva O. Gomes Site: marongomes.wix.

O Estado Coloidal. Química dos Colóides e Superfícies. M.Sc. Maron Stanley Silva O. Gomes   Site: marongomes.wix. Química dos Colóides e Superfícies Profº Janilson Lima Souza E-mail: Prof. janilsonlima@ifma.edu.br M.Sc. Maron Stanley Silva O. Gomes E-mail: maron@ifma.edu.br Site: marongomes.wix.com/maron A Ciência

Leia mais

A classificação dos CAPs em função da composição química, aceita atualmente é:

A classificação dos CAPs em função da composição química, aceita atualmente é: 13 - IPOS DE CAP A classificação dos CAPs em função da composição química, aceita atualmente é: - Aromáticos - Naftênicos - Intermediários ambém é de aceitação geral, como é indicado em todos os trabalhos

Leia mais

COLÓIDES E SUSPENSÕES

COLÓIDES E SUSPENSÕES E SUSPENSÕES COMPETÊNCIAS VISADAS No fim deste capítulo, o aluno deve ser capaz de preparar colóides e suspensões; identificar material e equipamento de laboratório e explicar a sua utilização/função;

Leia mais

Colóides: estruturas esféricas com dimensões típicas na faixa de 1 m a 1 nm.

Colóides: estruturas esféricas com dimensões típicas na faixa de 1 m a 1 nm. Colóides: estruturas esféricas com dimensões típicas na faixa de 1 m a 1 nm. Dispersões coloidais são compostas por uma fase dispersa (colóides) e uma fase contínua. Continuous phase Gas Liquid Solid Gas

Leia mais

10 - DEFESA DO NOVO MODELO - Evidências

10 - DEFESA DO NOVO MODELO - Evidências 10 - DEFESA DO NOVO MODELO - Evidências Sabe-se que a Proposta de um novo modelo de estrutura para o CAP implicará em muitos questionamentos. Por essa razão, torna-se necessário apresentar uma sucessão

Leia mais

Smart Drugs Teacher Guide. Determinação da concentração micelar crítica de um detergente, usando uma sonda fluorescente

Smart Drugs Teacher Guide. Determinação da concentração micelar crítica de um detergente, usando uma sonda fluorescente Determinação da concentração micelar crítica de um detergente, usando uma sonda fluorescente Índice 1. Sumário.. 4 2. Introdução...4 3. Material e Procedimento experimental... 5 4. Resultados e discussão

Leia mais

2.1 Princípios gerais da ligação química. Ligações químicas

2.1 Princípios gerais da ligação química. Ligações químicas 2.1 Princípios gerais da ligação química Ligações químicas A associação de átomos formando moléculas, ou em agregados de maiores dimensões como, por exemplo, nos metais, é possível pelo estabelecimento

Leia mais

O processo de dissolução

O processo de dissolução SOLUBILIDADE Sabemos que um soluto altera as propriedades do solvente. Solução sólida: silício dopado com fósforo eletrônica. indústria Sal sobre o gelo abaixa o ponto e congelamento se a temperatura é

Leia mais

Gabarito das Questões

Gabarito das Questões II OLIMPÍADA BAIANA DE QUÍMICA 19 DE MAIO DE 2007 Gabarito das Questões Para cada questão de 1 a 5, marque com um X a alternativa correta e justifique porque as outras duas estão erradas. QUESTÃO 1 a)

Leia mais

COLÓIDES. Prof. Harley P. Martins filho SISTEMAS COLOIDAIS. Colóide: dispersão de pequenas partículas de um material em outro

COLÓIDES. Prof. Harley P. Martins filho SISTEMAS COLOIDAIS. Colóide: dispersão de pequenas partículas de um material em outro COLÓIDES Prof. Harley P. Martins filho SISTEMAS COLOIDAIS Colóide: dispersão de pequenas partículas de um material em outro Faixa de tamanho das partículas coloidais 10-9 a 10-6 m Classificação geral:

Leia mais

Polimerização por adição de radicais livres

Polimerização por adição de radicais livres Polimerização por adição de radicais livres Ciência de Polímeros I 1º semestre 2007/2008 18/10/2007 Maria da Conceição Paiva 1 Cinética da Polimerização radicalar A polimerização por adição é uma reacção

Leia mais

INGREDIENTE ATIVO é o composto responsável pela eficácia biológica.

INGREDIENTE ATIVO é o composto responsável pela eficácia biológica. ADJUVANTES DEFINIÇÕES INGREDIENTE ATIVO é o composto responsável pela eficácia biológica. ADJUVANTES - é qualquer substância contida numa formulação ou adicionada ao tanque que modifica a atividade herbicida

Leia mais

SABÕES E DETERGENTES. Laboratório de Química dos Elementos QUI Figura 1: Representação esquemática de um tensoativo

SABÕES E DETERGENTES. Laboratório de Química dos Elementos QUI Figura 1: Representação esquemática de um tensoativo SABÕES E DETERGENTES Os sabões e os detergentes são constituídos de compostos orgânicos com grupamentos polares (carboxílicos - sabões, sulfônicos - detergentes e etc.) e apolares (hidrocarbonetos) na

Leia mais

Soluções UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ INSTITUTO DE QUÍMICA IQG127. Prof. Antonio Guerra

Soluções UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ INSTITUTO DE QUÍMICA IQG127. Prof. Antonio Guerra UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UFRJ INSTITUTO DE QUÍMICA IQG127 Prof. Antonio Guerra Soluções Departamento de Química Geral e Inorgânica - DQI Soluções Definição: Mistura Homogênea de duas ou mais

Leia mais

Cinética da Polimerização radicalar

Cinética da Polimerização radicalar Cinética da Polimerização radicalar A polimerização por adição é uma reacção em cadeia que consiste numa sequência de 3 passos: iniciação, propagação e terminação Iniciação: Considera-se que envolve duas

Leia mais

COLÓIDES. Colóide: partícula com uma dimensão linear entre 1nm e 1µm (1000 nm).

COLÓIDES. Colóide: partícula com uma dimensão linear entre 1nm e 1µm (1000 nm). COLÓIDES Colóide: partícula com uma dimensão linear entre 1nm e 1µm (1000 nm). Dispersão coloidal: Sistema heterogéneo de partículas coloidais (colóides) dispersas num fluido Dispersão coloidal (2 fases)

Leia mais

EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei

EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei Reações completas ou irreversíveis São reações nas quais os reagentes são totalmente convertidos em produtos, não havendo sobra de reagente, ao final da

Leia mais

Módulo Q2 - Soluções SOLUÇÕES

Módulo Q2 - Soluções SOLUÇÕES Módulo Q2 - Soluções SOLUÇÕES Soluções o que são? Uma grande parte dos materiais que nos rodeiam desde a água do mar ao ar que respiramos são soluções. Uma solução é uma mistura homogénea de duas ou mais

Leia mais

QUÍMICA. Prof a. Giselle Blois

QUÍMICA. Prof a. Giselle Blois QUÍMICA Propriedades físicas dos compostos orgânicos: Polaridade das ligações e moléculas, forças intermoleculares, ponto de fusão e ponto de ebulição, solubilização das substâncias orgânicas Parte 2 Prof

Leia mais

ESTUDO REOLÓGICO DE MICROEMULSÕES UTILIZADAS PARA RECUPERAÇÃO DE PETRÓLEO

ESTUDO REOLÓGICO DE MICROEMULSÕES UTILIZADAS PARA RECUPERAÇÃO DE PETRÓLEO STUDO ROLÓGICO D MICROMULSÕS UTILIZADAS PARA RCUPRAÇÃO D PTRÓLO. A. ARAÚJO 1, F. D. S. CURBLO 1, A. I. C. GARNICA 1 1 Universidade Federal da Paraíba, Centro de Tecnologia, Departamento de ngenharia Química

Leia mais

Capítulo 12. Tipos de Soluções. Unidades de Concentração Efeito da Temperatura na Solubilidade Efeito da Pressão na Solubilidade de Gases

Capítulo 12. Tipos de Soluções. Unidades de Concentração Efeito da Temperatura na Solubilidade Efeito da Pressão na Solubilidade de Gases Capítulo 12 Propriedades Físicas das Soluções Tipos de Soluções Perspectiva Molecular do Processo de Dissolução Unidades de Concentração Efeito da Temperatura na Solubilidade Efeito da Pressão na Solubilidade

Leia mais

Profª. Drª. Ana Cláudia Kasseboehmer Monitor: Israel Rosalino

Profª. Drª. Ana Cláudia Kasseboehmer Monitor: Israel Rosalino Universidade de São Paulo Instituto de Química de São Carlos Departamento de Físico-Química Laboratório de Investigações em Ensino de Ciências Naturais Profª. Drª. Ana Cláudia Kasseboehmer claudiaka@iqsc.usp.br

Leia mais

UFSC. Resposta: = 40. Comentário

UFSC. Resposta: = 40. Comentário Resposta: 08 + 32 = 40 01. Incorreta. O butano não possui isomeria óptica, pois não possui carbono assimétrico. 02. Incorreta. Ao serem liberados para a atmosfera os gases sofrem expansão de volume. 04.

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ Fenômenos de Interface Devido às diferentes interações, as moléculas superficiais possuem uma maior energia, dessa forma, para deslocar uma molécula do interior do sistema para sua superfície, uma energia

Leia mais

MINERALIZAÇÃO E DESMINERALIZAÇÃO DA ÁGUA

MINERALIZAÇÃO E DESMINERALIZAÇÃO DA ÁGUA MINERALIZAÇÃO E DESMINERALIZAÇÃO DA ÁGUA Dissolução; Solubilidade; Produto de solubilidade; Precipitação; Mineralização e desmineralização das águas. Água do Mar Ó mar salgado, Quanto do teu sal são lágrimas

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Misturas Simples Físico-Química, cap. 5: Transformações Físicas de Substâncias Puras Misturas Simples Misturas de substâncias que não reagem Modelo simples para

Leia mais

Água e óleo. Solução de CuSO 4. Qual dos sistemas é uma dispersão? Por que?

Água e óleo. Solução de CuSO 4. Qual dos sistemas é uma dispersão? Por que? Solução de CuSO 4 Água e óleo Por que? Qual dos sistemas é uma dispersão? Solução de CuSO 4 Disperso Dispersante Sistema Distribuição uniforme de partículas Dispersão Os constituintes de uma substância

Leia mais

Dispersões Coloidais

Dispersões Coloidais Dispersões Coloidais As dispersões coloidais são misturas heterogêneas ( mesmo sendo uma mistura homogênea) nas quais a partícula da fase dispersa é invisível As dispersões coloidais são compostas por

Leia mais

Aula: 03 Temática: Componentes Inorgânicos das Células Parte I

Aula: 03 Temática: Componentes Inorgânicos das Células Parte I Aula: 03 Temática: Componentes Inorgânicos das Células Parte I As substâncias inorgânicas existem na natureza, independentemente dos seres vivos, mas algumas delas podem ser encontradas nas células. Acompanhe!

Leia mais

Físico-Química Farmácia 2014/02

Físico-Química Farmácia 2014/02 Físico-Química Farmácia 2014/02 1 2 Aspectos termodinâmicos das transições de fase A descrição termodinâmica das misturas Referência: Peter Atkins, Julio de Paula, Físico-Química Biológica 3 Condição de

Leia mais

Introdução. Uma mistura éconstituída por duas ou mais substâncias puras, sejam simples ou compostas MISTURA

Introdução. Uma mistura éconstituída por duas ou mais substâncias puras, sejam simples ou compostas MISTURA SOLUÇÕES Introdução MISTURA MISTURA HETEROGÊNEA Uma mistura éconstituída por duas ou mais substâncias puras, sejam simples ou compostas A mistura seráheterogênea quando apresentar duas ou mais fases perceptíveis.

Leia mais

Introdução à Bioquímica

Introdução à Bioquímica Introdução à Bioquímica Água Dra. Fernanda Canduri Laboratório de Sistemas BioMoleculares. Departamento de Física. UNESP São José do Rio Preto. SP. A água é fundamental para os seres vivos, atua como solvente

Leia mais

Composição Química das Células: Água e Sais Minerais

Composição Química das Células: Água e Sais Minerais Composição Química das Células: Água e Sais Minerais Uma das evidências da evolução biológica e da ancestralidade comum dos seres vivos é que todas as formas de vida possuem composição química semelhante.

Leia mais

Forças de van der Waals e Estabilidade Coloidal

Forças de van der Waals e Estabilidade Coloidal Pós-Graduação em Ciência de Materiais Faculdade UnB - Planaltina Forças de van der Waals e Estabilidade Coloidal Prof. Alex Fabiano C. Campos, Dr Balanço de Interações em Colóides Convencionais Balanço

Leia mais

Aula de Bioquímica I. Tema: Água. Prof. Dr. Júlio César Borges

Aula de Bioquímica I. Tema: Água. Prof. Dr. Júlio César Borges Aula de Bioquímica I Tema: Água Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail: borgesjc@iqsc.usp.br

Leia mais

30/03/2017 Química Licenciatura Prof. Udo Eckard Sinks SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE

30/03/2017 Química Licenciatura Prof. Udo Eckard Sinks SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE SOLUÇÕES E SOLUBILIDADE 1. Objetivos Aprender a preparar soluções usando balão volumétrico Reconhecer soluções diluídas, saturadas e supersaturadas Observar a termodinâmica do processo de dissolução 2.

Leia mais

Química. divulgação. Comparativos curriculares. Material de. A coleção Ser Protagonista Química e o currículo do Estado do Rio Grande do Sul

Química. divulgação. Comparativos curriculares. Material de. A coleção Ser Protagonista Química e o currículo do Estado do Rio Grande do Sul Comparativos curriculares SM Química Ensino médio Material de divulgação de Edições SM A coleção Ser Protagonista Química e o currículo do Estado do Rio Grande do Sul Apresentação Professor, Devido à

Leia mais

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS. Nº de Projeto: POCH FSE-1158 Ciclo de Formação:

CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS. Nº de Projeto: POCH FSE-1158 Ciclo de Formação: Página1 de 9 CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS Nº de Projeto: POCH-01-5571-FSE-1158 Ciclo de Formação: 2015-2018 FÍSICA E QUÍMICA 12º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Termodinâmica das Misturas Propriedades das Soluções Atividade

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Termodinâmica das Misturas Propriedades das Soluções Atividade Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Misturas Simples Termodinâmica das Misturas Propriedades das Soluções Atividade Misturas Simples Misturas de substâncias que não reagem Modelo simples para posteriormente

Leia mais

Fonte: Netz e Ortega, 2002.

Fonte: Netz e Ortega, 2002. 1 Atividade A atividade é uma espécie de concentração efetiva. Para entender o que é uma concentração efetiva, podemos raciocinar do seguinte modo: As interações entre as moléculas em uma mistura fazem

Leia mais

Cursos Profissionais-Física e Química 10º ano

Cursos Profissionais-Física e Química 10º ano 3.1.4. Parâmetros da ligação covalente A. O comprimento da ligação nas moléculas diatómicas Como já se referiu, quando os átomos se aproximam formando ligações dão origem a uma nova unidade estrutural-

Leia mais

QUÍMICA. Professores: Andréia, Herval, Thiago

QUÍMICA. Professores: Andréia, Herval, Thiago QUÍMICA Professores: Andréia, Herval, Thiago Comentário Geral A prova de química deste ano foi abrangente, porém, infelizmente, faltaram alguns assuntos relevantes: atomística, tabela periódica, hibridação

Leia mais

Água e óleo. Solução de CuSO 4. Qual dos sistemas é uma dispersão? Por que?

Água e óleo. Solução de CuSO 4. Qual dos sistemas é uma dispersão? Por que? Solução de CuSO 4 Água e óleo Por que? Qual dos sistemas é uma dispersão? Solução de CuSO 4 Disperso Dispersante Sistema Distribuição uniforme de partículas Dispersão Os constituintes de uma substância

Leia mais

Interações intermoleculares e sua influência nas propriedades das substâncias

Interações intermoleculares e sua influência nas propriedades das substâncias Interações intermoleculares e sua influência nas propriedades das substâncias Forças intermoleculares Forças intermoleculares são forças de coesão entre as moléculas São muito mais fracas do que as ligações

Leia mais

Química de Polímeros. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Polímeros em Solução

Química de Polímeros. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin Polímeros em Solução Química de Polímeros Prof a. Dr a. Carla Dalmolin carla.dalmolin@udesc.br Polímeros em Solução Polímeros em Solução Indústria de tintas / vernizes / adesivos Formulação e controle de qualidade Baixo custo

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 7ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 7ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 7ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) LIGAÇÃO QUÍMICA É A FORÇA QUE MANTÉM ÁTOMOS E/OU ÍONS UNIDOS NAS

Leia mais

DISCIPLINA DE QUÍMICA

DISCIPLINA DE QUÍMICA DISCIPLINA DE QUÍMICA OBJETIVOS: 1ª série Traduzir linguagens químicas em linguagens discursivas e linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química tais como gráficos, tabelas e relações matemáticas,

Leia mais

Propriedades Físicas e Químicas dos Compostos Orgânicos

Propriedades Físicas e Químicas dos Compostos Orgânicos Aumenta Propriedades das Moléculas Orgânicas Propriedades Físicas e Químicas dos Compostos Orgânicos A partir das ligações químicas que unem os átomos de suas moléculas, e das forças que agem entre elas

Leia mais

Química C Semiextensivo V. 3

Química C Semiextensivo V. 3 Semiextensivo Exercícios 0) D CH 4 + O CO + H O mol -------- mol elocidade de consumo de CH 4 = velocidade de formação de CO em 00, min x mol 60 min (uma hora) x = 0,0 60 x = 0,6 mol 0) A 0) D 6CO + 6H

Leia mais

Soluções Curva de solubilidade, concentrações e preparo de soluções Professor Rondinelle Gomes Pereira

Soluções Curva de solubilidade, concentrações e preparo de soluções Professor Rondinelle Gomes Pereira Soluções Definição: São misturas homogêneas, ou seja, mistura de dois ou mais componentes apresentando uma única fase contínua. As soluções são compostas por um ou mais soluto e um ou mais solvente. Soluto:

Leia mais

Dispersões. União de duas ou mais espécies químicas de tal forma que uma se distribui no interior da outra. Água salgada Gelatina Água barrenta

Dispersões. União de duas ou mais espécies químicas de tal forma que uma se distribui no interior da outra. Água salgada Gelatina Água barrenta Dispersões União de duas ou mais espécies químicas de tal forma que uma se distribui no interior da outra Água salgada Gelatina Água barrenta Existem 2 fases distintas: disperso e dispersante. Tipo de

Leia mais

Termodinâmica e Cinética de reações orgânicas. Profa. Alceni Augusta Werle Profa. Tania Marcia do Sacramento Melo

Termodinâmica e Cinética de reações orgânicas. Profa. Alceni Augusta Werle Profa. Tania Marcia do Sacramento Melo Termodinâmica e Cinética de reações orgânicas Profa. Alceni Augusta Werle Profa. Tania Marcia do Sacramento Melo 1 1 INTRODUÇÃO reagentes produtos Termodinâmica é a área da química que estuda as concentrações

Leia mais

Estrutura molecular Ligação química

Estrutura molecular Ligação química Estrutura molecular Ligação química A grande diversidade de materiais que nos rodeia tem origem na variedade de substâncias que os constituem. Esta variedade e diversidade resulta das diferentes combinações

Leia mais

A Matéria. Profº André Montillo

A Matéria. Profº André Montillo A Matéria Profº André Montillo www.montillo.com.br Substância: É a combinação de átomos de elementos diferentes em uma proporção de um número inteiro. O átomo não é criado e não é destruído, as diferentes

Leia mais

O processo de dissolução

O processo de dissolução Propriedades das soluções O processo de dissolução O soluto e o solvente são componentes da solução. Uma solução é uma mistura homogênea de soluto (presente em menor quantidade) e solvente (presente em

Leia mais

Estrutura atômica e ligação interatômica. Profa. Daniela Becker

Estrutura atômica e ligação interatômica. Profa. Daniela Becker Estrutura atômica e ligação interatômica Profa. Daniela Becker Referências Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 2, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos

Leia mais

Com base nos dados acima, responda as questões propostas (cuidado com as unidades):

Com base nos dados acima, responda as questões propostas (cuidado com as unidades): Curso: Farmácia Atenção, dois dos exercícios da lista entrarão na P1. Concentrações: 01. Em uma rápida pesquisa pela internet é possível achar diversas receitas relacionadas à preparação de alguns cosméticos

Leia mais

Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação

Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação Aula: 28 Temática: Efeito da Temperatura na Velocidade de Reação Em grande parte das reações, as constantes de velocidade aumentam com o aumento da temperatura. Vamos analisar esta dependência. A teoria

Leia mais

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água.

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. ESTUDO DA SOLUBILIDADE DO ACETATO DE PRATA INTRODUÇÃO Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. O

Leia mais

O processo de dissolução

O processo de dissolução O processo de dissolução Formação de solução, espontaneidade e desordem Um processo espontâneo ocorre sem intervenção externa. Quando a energia do sistema diminui (por exemplo, deixar um livro cair e permitir

Leia mais

INTERFACE SÓLIDO - LÍQUIDO

INTERFACE SÓLIDO - LÍQUIDO INTERFACE SÓLIDO - LÍQUIDO ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS EM SUPERFÍCIES SÓLIDAS Física Aplicada 2017/18 MICF FFUP 1 ADSORÇÃO DE LÍQUIDOS NA SUPERFÍCIE DE UM SÓLIDO Na interface sólido-líquido as moléculas têm tendência

Leia mais

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água.

Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. PRECIPITAÇÃO SELECTIVA INTRODUÇÃO Para compreender o conceito de reacção de precipitação é necessário considerar as noções básicas de dissolução e de solubilidade de sais em água. O fenómeno de dissolução

Leia mais

Propriedades Coligativas

Propriedades Coligativas Propriedades Coligativas Propriedades Coligativas São propriedades que se somam pela presença de um ou mais solutos e dependem única e exclusivamente do número de partículas (moléculas ou íons) que estão

Leia mais

Aula 05 Forças intermoleculares

Aula 05 Forças intermoleculares Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia Aula 05 Dr. Tiago P. Camargo Forças entre moléculas Forças entre moléculas Como moléculas podem interagir entre elas

Leia mais

Coloides. Prof: Alex. quinta-feira, 20 de junho de 13

Coloides. Prof: Alex. quinta-feira, 20 de junho de 13 Coloides Prof: Alex Sistemas formados pela mistura de substâncias. A substância disseminada na mistura recebe o nome de disperso é a responsável pela disseminação de dispersante. Dispersante Dispersão

Leia mais

Métodos Químicos para Fabricação de Materiais Nanoestruturado

Métodos Químicos para Fabricação de Materiais Nanoestruturado Métodos Químicos para Fabricação de Materiais Nanoestruturados Prof. Dr. Sergio da Silva Cava sergiocava@gmail.com Curso de Engenharia de Materiais - UFPel 30 de setembro de 2009 Introdução O que é Nano?

Leia mais

ESCALAS TERMOMÉTRICAS E DILATAÇÃO

ESCALAS TERMOMÉTRICAS E DILATAÇÃO REVISÃO ENEM ESCALAS TERMOMÉTRICAS E DILATAÇÃO Temperatura é a grandeza física escalar que nos permite avaliar o grau de agitação das moléculas de um corpo. Quanto maior for o grau de agitação molecular,

Leia mais

Entropia e energia livre de Gibbs. Prof. Leandro Zatta

Entropia e energia livre de Gibbs. Prof. Leandro Zatta Entropia e energia livre de Gibbs Prof. Leandro Zatta 1 Segunda e a terceira leis Ideias importantes Sentido Natural Desordem Medido por Energia livre de Gibbs 2 Chave para compreensão da ocorrência ou

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ CQ 110 Princípios de Físico Química Curso: Farmácia 1º semestre de 2011 Quartas / Quintas: 9:30 11:30 Prof. Dr. Marcio Vidotti www.quimica.ufpr.br/mvidotti mvidotti@ufpr.br criação de modelos CQ110 : Princípios

Leia mais

Aula 14 Equilíbrio de Fases: Substâncias Puras

Aula 14 Equilíbrio de Fases: Substâncias Puras Aula 14 Equilíbrio de Fases: Substâncias Puras 1. A condição de estabilidade Inicialmente precisamos estabelecer a importância da energia de Gibbs molar na discussão das transições de fase. A energia de

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Disciplina de Biofísica.

Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Disciplina de Biofísica. Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Disciplina de Biofísica Termodinâmica 1. Introdução 2. Conceitos Importantes em Termodinâmica 3. Leis da

Leia mais

Qui. Allan Rodrigues Xandão (Victor Pontes)

Qui. Allan Rodrigues Xandão (Victor Pontes) Semana 16 Allan Rodrigues Xandão (Victor Pontes) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Solubilidade

Leia mais

Professor Haroldo. Equilíbrio Químico

Professor Haroldo. Equilíbrio Químico Professor Haroldo Equilíbrio Químico - Irreversibilidade de Processos: Um processo irreversível é aquele que só ocorre em um sentido. A B Exemplo: Papel cinzas. - Reversibilidade de Processos: Um processo

Leia mais

CAPÍTULO 1 Quantidades e Unidades 1. CAPÍTULO 2 Massa Atômica e Molecular; Massa Molar 16. CAPÍTULO 3 O Cálculo de Fórmulas e de Composições 26

CAPÍTULO 1 Quantidades e Unidades 1. CAPÍTULO 2 Massa Atômica e Molecular; Massa Molar 16. CAPÍTULO 3 O Cálculo de Fórmulas e de Composições 26 Sumário CAPÍTULO 1 Quantidades e Unidades 1 Introdução 1 Os sistemas de medida 1 O Sistema Internacional de Unidades (SI) 1 A temperatura 2 Outras escalas de temperatura 3 O uso e o mau uso das unidades

Leia mais

FCAV/UNESP. ASSUNTO: Forças Intermoleculares. Prof a. Dr a. Luciana Maria Saran

FCAV/UNESP. ASSUNTO: Forças Intermoleculares. Prof a. Dr a. Luciana Maria Saran FCAV/UNESP ASSUNTO: Forças Intermoleculares Prof a. Dr a. Luciana Maria Saran 1 2 FLUXOGRAMA PARA RECONHECER OS PRINCIPAIS TIPOS DE FORÇAS INTERMOLECULARES 3 ENERGIA TÍPICA REQUERIDA PARA O ROMPIMENTO

Leia mais

Cronograma de Aulas 1º SEMESTRE. Data Frente Aula Professor 05/03 e 12/03

Cronograma de Aulas 1º SEMESTRE. Data Frente Aula Professor 05/03 e 12/03 Faculdade de Odontologia de Araçatuba Cursinho Daca Cronograma de Aulas 1º SEMESTRE Área de Conhecimento: Ciências da Natureza e Suas Tecnologias Curso: Extensivo Disciplina: Química Data Frente Aula Professor

Leia mais

Componente de Química

Componente de Química Componente de Química 1.5 Controlo da produção industrial Alteração do estado de equilíbrio de um sistema O carácter dinâmico do equilíbrio (num sistema em equilíbrio, a uma dada temperatura, as velocidades

Leia mais

Capítulo by Pearson Education

Capítulo by Pearson Education QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Termodinâmica química David P. White Processos espontâneos A termodinâmica está relacionada com a pergunta: uma reação pode ocorrer? A primeira lei de termodinâmica:

Leia mais

Eletroquímica. Métodos/Técnicas - Eletroquímicas. Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano. Técnicas Eletroquímicas

Eletroquímica. Métodos/Técnicas - Eletroquímicas. Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano. Técnicas Eletroquímicas Métodos/Técnicas - s Técnicas s Interface Eletrodo/ solução Solução Eletrolítica Dupla Camada Elétrica Métodos Estacionários (I = 0) Métodos Dinâmicos (I 0) Titração Potenciométrica Potenciometria Potencial

Leia mais

Ligação química. 10º ano. [Imagem:

Ligação química. 10º ano. [Imagem: [Imagem: www.antidopingresearch.org] Ligação química A ligação química é o que permite que: Átomos se liguem a outros átomos, em moléculas; em agregados de átomos; Iões se liguem a outros iões; Moléculas

Leia mais

Propriedades das soluções

Propriedades das soluções Propriedades das soluções O processo de dissolução O soluto e o solvente são componentes da solução. Uma solução é uma mistura homogênea de soluto (presente em menor quantidade) e solvente (presente em

Leia mais

FCAV/UNESP. ASSUNTO: Forças Intermoleculares e Propriedades Físicas de Compostos Orgânicos. Prof a. Dr a. Luciana Maria Saran

FCAV/UNESP. ASSUNTO: Forças Intermoleculares e Propriedades Físicas de Compostos Orgânicos. Prof a. Dr a. Luciana Maria Saran FCAV/UNESP ASSUNTO: Forças Intermoleculares e Propriedades Físicas de Compostos Orgânicos Prof a. Dr a. Luciana Maria Saran 1 FORÇAS INTERMOLECULARES Fonte: BARBOSA, 2004. 2 FORÇAS INTERMOLECULARES 1.

Leia mais

Estrutura Molecular, Ligações Químicas e Propriedades dos Compostos Orgânicos

Estrutura Molecular, Ligações Químicas e Propriedades dos Compostos Orgânicos Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Profa. Roberlucia A. Candeia Disciplina: Química Orgânica Estrutura Molecular, Ligações Químicas e Propriedades dos

Leia mais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais 6/Mar/01 Aula 7 Entropia ariação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais Entropia no ciclo de Carnot e em qualquer ciclo reversível ariação da entropia em processos irreversíveis

Leia mais

QFL Instruções para elaboração dos relatórios 2013

QFL Instruções para elaboração dos relatórios 2013 GERAL QFL 2453 - Instruções para elaboração dos relatórios 2013 Todos os relatórios devem apresentar: 1) Capa contendo os nomes dos alunos, número USP, a turma da qual fazem parte, título e número da experiência,

Leia mais

Química Fascículo 02 Elisabeth Pontes Araújo Elizabeth Loureiro Zink José Ricardo Lemes de Almeida

Química Fascículo 02 Elisabeth Pontes Araújo Elizabeth Loureiro Zink José Ricardo Lemes de Almeida Química Fascículo 02 Elisabeth Pontes Araújo Elizabeth Loureiro Zink José Ricardo Lemes de Almeida Índice Ligação Covalente...1 Ligação Iônica...3 Teoria de Lewis...5 Ligações Intermoleculares...6 Exercícios...7

Leia mais

QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim

QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim (mcoutrim@iceb.ufop.br) SOLUÇÕES AQUOSAS Equilíbrios químicos A água e os eletrólitos (solutos que forma íons quando dissolvidos em água):

Leia mais

Soluções, equilíbrios e solubilidade

Soluções, equilíbrios e solubilidade Soluções, equilíbrios e solubilidade Por Victor Costa Índice 1. Soluções Solução Soluto Solvente Propriedades eletrolíticas Solução insaturada Solução saturada Solução supersaturada Unidades de concentração

Leia mais

BCL 0307 Transformações Químicas

BCL 0307 Transformações Químicas BCL 0307 Transformações Químicas Prof. Dr. André Sarto Polo Bloco B S. 1014 ou L202 andre.polo@ufabc.edu.br Aula 02 Determinar a polaridade de cada ligação e da molécula como um todo CCl 4 HCCl 3 C 2 H

Leia mais

Aula 6. Forças Intermoleculares

Aula 6. Forças Intermoleculares ACH5521 - Química Geral Aula 6. Forças Intermoleculares Profa Káthia M. Honório (kmhonorio@usp.br) Quais são as forças envolvidas em cada caso? Questões Por que a água é encontrada na forma líquida e não

Leia mais

Luis Eduardo C. Aleotti. Química. Aula 61 - Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos

Luis Eduardo C. Aleotti. Química. Aula 61 - Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos Luis Eduardo C. Aleotti Química Aula 61 - Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos PROPRIEDADES FÍSICAS O que é? - Características da matéria, determinadas de forma experimental. - Não são alteradas,

Leia mais

Termodinâmica Química

Termodinâmica Química Termodinâmica Química Prof. Alex Fabiano C. Campos, Dr Naturezas de Energias Energia cinética é a energia do movimento (translacional, vibracional e rotacional). Energia potencial é a energia que um objeto

Leia mais

Energia Reticular em Sólidos Iônicos

Energia Reticular em Sólidos Iônicos Energia Reticular em Sólidos Iônicos Estutura Cristalina A fórmula química é uma fórmula empírica, simplesmente dando a proporção de íons com base no equilíbrio de carga. Entalpia de rede A estabilidade

Leia mais

2.NUCLEAÇÃO E CRESCIMENTO DE FASES. Processo de transformação de uma fase em outra quando se alteram as condições termodinâmicas

2.NUCLEAÇÃO E CRESCIMENTO DE FASES. Processo de transformação de uma fase em outra quando se alteram as condições termodinâmicas 2.NUCLEAÇÃO E CRESCIMENTO DE FASES Processo de transformação de uma fase em outra quando se alteram as condições termodinâmicas SOLIDIFICAÇÃO DE METAIS E LIGAS Solidificação: transformação de fase com

Leia mais