Tudo o que é bom é ilegal, imoral ou engorda E dá câncer!!! Roberto Carlos
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- Agustina Dreer Festas
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2 Tudo o que é bom é ilegal, imoral ou engorda E dá câncer!!! Roberto Carlos
3 Patologia especialidade médica responsável pelo estudo do mecanismo das doenças e como elas podem ser diagnosticadas. abrange diversas áreas - patologia cirúrgica, citopatologia, imunohistoquímica, necropsia e patologia experimental.
4 Patologia Pathos = sofrimento, doença. Estuda as causas (etiologia), mecanismos de desenvolvimento (patogênese), alterações morfológicas nas células e órgãos e explica os sinais e sitomas das doenças. Microscópios óptico (séc. XVIII) e eletrônico (séc. XXI).
5 Patologia Cirúrgica Estudo de órgãos ou suas partes retirados cirurgicamente (biópsias ou peças cirúrgicas). Tem como objetivo principal fornecer o diagnóstico da lesão, orientando o tratamento e o prognóstico do paciente. Existem duas modalidades principais: O tipo mais freqüente é a histopatologia com inclusão em parafina de pequenos fragmentos para confecção de um preparado histológico padrão, corado pela hematoxilinaeosina. A biópsia por congelação é um exame realizado durante o ato cirúrgico, que vai determinar a conduta a ser seguida pelo cirurgião.
6 Patologia Cirúrgica macroscopia clivagem processamento inclusão - parafina coloração desparafinização microtomia bloco Exame anatomopatológico é ATO MÉDICO! lâminas microscopia laudo histopatológico
7 Necropsia Silent Witness - seriado da TV inglesa sobre uma médica patologista forense (legista) , Inglaterra. Arquivo X - O Filme 1999, EUA Autopsia do caso Roswell ~1960, EUA
8 Citopatologia Dr. Georgios Papanikolaou, ( ), médico grego, precursor da Citopatologia e inventor da técinica do exame colpocitológico (também chamado de exame preventivo ou papanicolau ou citologia oncótica), em 1928, porém seu primeiro artigo com uma grande série de casos foi publicado em O exame é simples, prático e barato, podendo ser utilizado como triagem populacional para identificar mulheres com lesões pré-cancerosas (lesão intraepiteliais escamosas SIL ou displasias ou neoplasias intraepiteliais cervicais - NIC) ou câncer de colo uterino já instalado. Técnica do exame colpocitológico moderna. Câncer de colo uterino.
9 Imuno-histoquímica As técnicas de imuno-histoquímica (IHQ) detectam moléculas (antígenos) teciduais, sendo de grande valor nos diagnósticos anatomopatológicos e na investigação científica. O mecanismo básico é o reconhecimento do antígeno por um anticorpo (Ac primário) associado a diversos tipos de processos de visualização.
10 Epidemiologia do câncer Causas de mortalidade no Brasil
11 Epidemiologia do câncer Dados do INCa,
12 Epidemiologia do câncer Dados do INCa,
13 Epidemiologia do câncer Evolução das taxas de incidência de câncer no Brasil para homens e mulheres. Dados do INCa,
14 Oncogênese - conceitos Neoplasia ou tumor: crescimento novo, proliferação autônoma e desordenada de células, independente de estímulo do organismo. Pode ser benigna ou maligna. Benigna: localizada Maligna: tem capacidade de disseminar pelo corpo
15 Oncogênese - conceitos Carcinógeno Exemplos: luz do sol (UV) radiação derivados do petróleo (silicone, benzina, cola de sapateiro, xilol etc) corantes e conservantes hormônios (excesso de estrogênio) fumo (qualquer tipo) poluição vírus (HPV, EBV, HTLV1, VHB, VHC etc) Lesão do DNA Correção e apoptose Inibidas = mutação Novas mutações + proliferação celular COM correção SEM correção Célula normal Apoptose CÂNCER
16 Oncogênese - conceitos DNA presente em todas as células RECEITA possui genes cada passo da receita que codificam todo nosso corpo produto final
17 Oncogênese - conceitos Receita de bolo 3 xícaras de farinha de trigo 2 xícaras de açúcar 1 colher de sopa de fermento em pó 3 ovos 1 xícara de leite 100 gramas de manteiga decorar com frutas e merengue
18 Oncogênese - conceitos Receita de bolo 3 xícaras de farinha de milho 2 xícaras de sal 10 colheres de sopa de fermento em pó 3 ovos de codorna 1 xícara de leite de rosas 3 gramas de manteiga decorar com frutas e merengue
19 Oncogênese - conceitos Carcinógeno Exemplos: luz do sol (UV) radiação derivados do petróleo (silicone, benzina, cola de sapateiro, xilol etc) corantes e conservantes hormônios (excesso de estrogênio) fumo (qualquer tipo) poluição vírus (HPV, EBV, HTLV1, VHB, VHC etc) Lesão do DNA Correção e apoptose Inibidas = mutação Novas mutações + proliferação celular COM correção SEM correção Célula normal Apoptose CÂNCER
20 Oncogênese - conceitos
21 Risco familiar existe? somente 1 a 3% dos casos os demais 97 a 99% são por exposição a fatores cancerígenos! relacionados a mutações hereditárias mais comuns: mama, intestino e próstata
22 Fatores de risco para o câncer Agentes oncogênicos - Químicos: hidrocarbonetos policíclicos aromáticos - são os mais potentes. Derivam da combustão incompleta do carvão, petróleo, tabaco e gordura animal (?) silicone aminas aromáticas - alguns derivados da anilina azocompostos - usados nas industrias de corantes alquilantes - são carcinogenos diretos de baixa potência. Interagem com o DNA e e são usados no tratamento do câncer e como imunossupressores (quimioterapia)
23 Fatores de risco para o câncer nitrosaminas - formadas a partir de nitritos e aminas ingeridos nos alimentos (conserva em salmoura; ex.: bacalhau, carne-de-sol, pickles) aflatoxina - produzidas por algumas cepas do fungo Aspergillus flavus (fungo do amendoim, causa hepatocarcinoma) asbesto - encontrado nas industrias de amianto. A inalação prolongada leva à asbestose pulmonar, mesoteliomas e câncer pulmonar carcinogenos inorgânicos - arsênico (câncer de pele e pulmão), cromo, cimento (pele e pulmão), ferro, níquel; ciclamatos e sacarina (câncer vesical em ratos, discutível em humanos)
24 Fatores de risco para o câncer Agentes oncogênicos - Físicos radiação ultravioleta (sol) - depende da intensidade e do tempo de exposição à radiação. radiação ionizante - podem ser eletro-magnéticas (raios X e gama) ou particuladas (partículas alfa e beta, prótons e neutrons.
25 Fatores de risco para o câncer Agentes oncogênicos - Biológicos Vírus EBV: infecta células epiteliais da orofaringe e linfócitos B que possuem receptores específicos (CD21). O EBV permanece no estado epissomal (não integrado ao genoma), logo não há replicação. Ele produz proteínas importantes para a proliferação de células B, aumentando o risco de uma serie de mutações que são importantes para a imortalização das células Vírus HTLV-1: infecta linfócitos T. Responsável pelo linfoma / leucemia de células T do adulto
26 Fatores de risco para o câncer Agentes oncogênicos - Biológicos Vírus HPV: : seu efeito é indireto e multifatorial (bloqueio de antioncogenes). Vírus da Hepatites B e C: seu efeito é indireto e multifatorial, pois causa hepatite crônica que leva a hiperplasia regenerativa. Mutações podem ocorrer espontaneamente ou induzidas pelo ambiente. Bactérias: Helicobacter pylori. Efeito indireto e multifatorial, pois causa gastrite crônica, que leva a hiperplasia epitelial regenerativa e hiperplasia lifóide reacional, causando carcinomas e linfomas gástricos. Mutações podem ocorrer espontaneamente ou induzidas pelo ambiente.
27 Como evitar o câncer? Alimentação saudável, rica em fibras não digeríveis e anti-oxidantes (vitaminas C, A e E e vegetais crus); dê preferência por alimentos orgânicos Evitar exposição ao sol de 11:00 às 15:00 h Vacinas Não fumar Usar camisinha 90% dos cânceres são causados pelo fumo, má alimentação, álcool, radiação, poluição e HPV
28 Como evitar o câncer? Contribuir para a preservação do meio ambiente Evite o desmatamento e queimadas; plante árvores Não coma carnes pelo menos uma vez por semana (menos desmatamento e queimadas para fazer pastos, menor ingestão de hormônios e medicamentos que são dados aos animais) Utilize menos o carro e use caronas; mantenha o carro regulado Seja solidário e participativo
29 Versos negros (mas nem tanto...) Carlos Drummond de Andrade Ao levantar, muito cuidado, amigo. Não ponha os pés no chão. Corre perigo Se há nylon no tapete: ele dá câncer. Pise somente no ar, mas com cautela. Uma pesquisa nos revela Esta triste verdade: o ar dá câncer. À hora do café, não seja pato, Pois tanto açúcar como ciclamato E xícara e colher, sorry: dão câncer. O banho de chuveiro? Não tomá-lo. O de imersão, também. Sinto informa-lo Do despacho londrino: água dá câncer. Não se vista, meu caro ou minha cara Um cientista famoso eis que declara: Na roupa, qualquer roupa, dorme o câncer. A nudez, por igual, não recomendo, A fim de prevenir um mal tremendo: Sábado se apurou que o nu dá câncer. Rumo ao batente, agora. Antes, porém, Permita que eu indague: o amigo tem Um carrinho? Que azar. Carro dá câncer. E coletivo, nem se fala. Em massa Aumenta a perspectiva de desgraça. No ônibus, no avião, viaja o câncer. Invente um novo meio de transporte Para ir ao trabalho, e não à morte... Mas não sabe que o trabalho já dá câncer? Isso mesmo: afirmou-me com certeza Uma nega com o nome de Teresa Que dar duro é uma fábrica de câncer. Pare de trabalhar enquanto é tempo! Mas evite o lazer, o passatempo, Que no jardim da folha nasce o câncer. Dormir? Talvez. Ou antes, nem pensar. Em sonho, pelo que ouço murmurar, É quando mais solerte chega o câncer. O amor, então, é a grande solução? Amor, fonte de vida...essa é que não. Amor, meu Deus, amor é o próprio câncer. Viva, contudo, sem ficar nervoso, Mas sabendo que é muito perigoso (lá disse o Rosa) e que viver dá câncer. Já que você nasceu...ah, não sabia Deste resumo da sabedoria? Nascer, mero sinônimo de câncer. Resta morrer, por precaução? Nem isto. Veja, no céu, o aviso trismegisto: No mundo de hoje, até morrer dá câncer. Viva, portanto, amigo. Viva, viva De qualquer jeito, na esperança viva De que o câncer há de morrer de câncer. Ou morrerá melhor pela coragem De enfrentarmos o horror desta linguagem Que faz do câncer dor maior que o câncer. Pois se souber do trágico brinquedo Que é ver câncer em tudo desta vida, O câncer vai morrer morrer de medo.
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