A BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
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- Victorio André Neto Vidal
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1 Série Debates: A Questão da Água no Nordeste Clima e Disponibilidade de Água nas Bacias do Semi-Árido A BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO Disponibilidade Hídrica e Mudanças Climáticas João Gilberto Lotufo Conejo Superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos Brasília, Agosto de 2008
2 CARACTERIZAÇÃO GERAL PBHSF Área da Bacia: : km 2 (8% do país) Vda. Pimenteira Rch. São Pedro Juazeiro Rch. Caraíba Rio Moxotó Rio Ipanema Pernambuco (10,6%) Alagoas (2,3%) Rio Preto Rio Verde Rio Salitre Penedo Sergipe (1,1%) Rio Grande Barreiras Rio Paramirim Rio Santo Onofre Bahia (47,2%) Rio das Éguas ou Correntinha Rio Corrente DF (0,2%) Rio Formoso Rio Carinhanha Rio Gorutuba Rio Verde Pequeno População total hab. Rio Preto Goiás s (0,4%) Rio Paracatu Rio Abaeté Rio do Sono Rio Indaiá Rio das Velhas Montes Claros Minas Gerais (38,2%) População rural corresponde a 25,6% do total Belo Horizonte 50% da população urbana vive em 14 municípios
3 Semi-árido na BHSF PBHSF Precipitação média m PE < 800 mm/ano Evapotranspiração AL potencial: >2.000 mm Rch. Caraíba Rch. São Pedro Riacho das Ga rças Rio Pajeu Rch. do Dormente Rio Ipanema Rio Moxotó R io da Vargem Rio Sao Francisco Rio Curaçá Vda. Pimenteira Rio Salitre GO DF BA SE Rio Verde Rio Preto Rio Paramirim Precipitação média na bacia: Ri o Grande Rio Santo Onofre Ri o Corrente R io das Éguas ou Correntinha mm LEGENDA Bacia do São Francisco Rios intermitentes Rios Perenes Sub regiões hidrográficas Estados Região Metropolitana de Belo Horizonte Municípios Municípios do semi-árido dentro da bacia SEMI-ÁRIDO Região onde a escassez de água e a baixa condição socioeconômica, caracterizam-na como um território rio vulnerável vel sujeito a Rio Carinhanha R io Fo rmoso Rio Verde Pequeno ações específicas Rio Gorutuba Rio Urucuia Rio Preto Rio Verde Grande Rio Paracatu MG Rio das Velh as Rio Abaeté Rio do Sono Semi-árido na BHSF km 2 (57% da Bacia) 218 municípios (43% da Bacia) 5,3 milhões de hab. (41% da Bacia) 47,6% da população é rural Rio Indaiá Ri o Sao Francisco Rio Paraopeba Rio P ará
4 Vazão natural DISPONIBILIDADE HÍDRICAH CONCEITOS É a vazão que seria originada na bacia sem interferência humana, como derivações, regularizações, importações ou exportações de água e usos consuntivos. Curva de permanência Curva acumulativa de freqüência da série temporal de vazões. Ex: Vazão com permanência de 95% é a vazão que é excedida ou igualada em 95% do tempo Vazão regularizada A quantidade de água que pode ser fornecida, sem falhas, por um reservatório de regularização, para o periodo de dados da série histórica de vazóes naturais.
5 DISPONIBILIDADE HÍDRICAH VALORES ADOTADOS Em rios sem regularização: Vazão natural com permanência de 95%: vazão natural que é excedida ou igualada em 95% do tempo Em rios com regularização: Vazão regularizada mais o incremento de vazão natural com permanência de 95%
6 BACIAS INCREMENTAIS ENTRE USINAS HIDRELÉTRICAS Sobradinho Itaparica $ $ $ Xingo Moxoto $ Queimado Tres Marias $
7 CURVA DE PERMANÊNCIA EM SOBRADINHO Vazão (m 3 /s) Percentagem (%) Vazão média: m m 3 /s Vazão com permanência de 80%: m 3 /s Vazão com permanência de 90%: 925 m 3 /s Vazão com permanência de 95%: 819 m 3 /s Vazão com permanência de 99%: 649 m 3 /s
8 VAZÃO REGULARIZADA Sobradinho Três Marias jan/31 jan/35 jan/39 jan/43 jan/47 jan/51 jan/55 Volume (hm³) jan/59 jan/63 jan/67 jan/71 jan/75 jan/79 jan/83 jan/87 jan/91 jan/95 jan/99 Reservatório rio Três Marias Sobradinho Vazão regularizada (m 3 /s) ( ) ( )
9 DISPONIBILIDADE HÍDRICA QUANTITATIVA PBHSF Vazão (m3/s) Vazão natural média m mensal em Sobradinho ( ) jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Mês Vazão média m anual m 3 /s Mínimo Média Máximo Reservatório rio Três Marias Sobradinho Vazão regularizada (m 3 /s) ( ) ( ) (1825) 67% da médiam A disponibilidade de águas subterrâneas na Bacia é de 318 m 3 /s Redução da vazão regularizada em função do novo período crítico
10 VAZÕES ESPECÍFICAS Rch. Caraíba Rio Ipanema Rio Moxotó Rio Pajeu Riacho das Garças Rio Sao Francisco Rio Curaçá Rio Salitre q (L/s/km2) Vda. Pimenteira Rio Preto Rio Verde Rio Paramirim Rio Santo Onofre Rio Grande Rio das Éguas ou Correntinha Rio Carinhanha Rio Formoso Rio Gorutuba Rio Verde Grande Rio Urucuia Rio Paracatu Rio Preto Rio das Velhas Rio Abaeté Rio Indaiá Rio Paraopeba Rio Sao Francisco Rio Pará
11 200 USOS CONSUNTIVOS Evolução das vazões de retirada, retorno e consumo a montante de Xingó 1931 e 2001 Vazão (m 3 /s) Ano Retirada Retorno Consumo Retirada: 166 m 3 /s Consumo: 105 m 3 /s 4% 9% Distribuição das vazões de retirada e consumo 16% 3% 6% 3% 5% 2% 68% Urbana Rural Irrigação Animal Industrial 84%
12 PERFIL LONGITUDINAL DO RIO SÃO FRANCISCO Disponibilidade Hídrica H e Demanda Total Vazão (m3/s) Perfil Longitudinal 2850 m3/s ALTO MÉDIO SUBMÉDIO BAIXO R. Três Marias Para Paraopeba Velhas Paracatu Urucuia Verde Grande / Carinhanha Corrente Grande R. Sobradinho 1795 m3/s 853 m3/s 176 m3/s L (Km) Q média Q 95 Demanda Total Disponibilidade Hídrica
13 DISPONIBILIDADE HÍDRICA QUALITATIVA PBHSF Relação carga orgânica de esgoto doméstico e carga assimilável 2,5 2 1,5 1 0,5 0 ALTO MÉDIO SUBMÉDIO BAIXO Pará Paraopeba Velhas Res. Sobradinho Classe 2 Conama Distância à nascente (km) Vazão média Vazão com permanência de 95% Disponibilidade hídrica Relação entre carga orgânica de esgoto doméstico e carga assimilável por diluição ao longo do rio São Francisco
14 A disponibilidade hídrica h subterrânea consegue suprir 20 das 34 sub-bacias bacias BALANÇO ENTRE DEMANDA E DISPONIBILIDADE HÍDRICA Rio Jacaré São PedroRio Verde Grande Rio Salitre Rio Rio Pajeú Rio Moxotó O balanço o entre a disponibilidade hídrica h superficial e a demanda na Bacia como um todo é de 9% Relação confortável A disponibilidade hídrica h superficial é a vazão regularizada somada a vazão natural incremental com permanência de 95% Rio Grande Rio Carinhanha Rio Paracatu Rio Pará Rio das Velhas Rio Paraopeba Rio São Francisco Rio Jequitaí Rio Parnamirim Situação crítica Legenda Demanda/Disponibilidade hídrica hídrica (%) (%) < < > >40 Região Região fisiográfica fisiográfica Divisão estadual Divisão estadual
15 CONFLITOS ENTRE USOS DA ÁGUA PBHSF Salitre e Semi-árido Limitação da disponibilidade hídrica e baixa capacidade de diluição de efluentes Alto Preto e Alto Grande Expansão da irrigação com impactos sobre os recursos hídricosh Alto Preto N Urucuia Paracatu Médio/Baixo Grande Alto Grande Corrente Carinh anha Entorno da represa de Três Marias Afluentes mineiros do Alto S.F. Pandeiros, Pardo e Manga Pará Pacuí Rio de Janeiro e Formoso Margem esquerda do Lago de Sobradinho Jequitaí Verde Grande rio das Velhas Paraopeba Verde e Jacaré Paramirim, Santo Onofre, Carnaíba de Dentro Salitr e Garças Pontal Brígida Curaçá Terra Nova Macururé Pajeú Talhada Curituba Moxotó Baixo SF (SE) Alto Ipanema Baixo Ipanema Baixo SF Conflito destacado Hidrografia - grande relevância Conflito com importância - menor relevância Conflito secundário - sem relevância, quando Verde comparado Grande aos demais Divisão Fisiográfica Hidrografia LEGE N DA Conflito destacado - grande relevância Conflito com importância - menor relevância Conflito secundário - sem relevância, quando comparado aos demais Divisão Fisiográfica Divisão LEGENDA Estadual Expansão da irrigação com impactos Divisão Estadual sobre os recursos hídricosh Alto São Francisco km Urbanização e mineração Diluição de efluentes x usos mais nobres Baixo São Francisco Impactos no ecossistema resultantes da operação dos reservatórios rios de Sobradinho e Xingó
16 Séries hidrológicas não-estacionárias Alterações no uso do solo como desmatamento, e uso de diferentes práticas agrícolas; Construção de reservatórios de diferentes portes a montante na bacia, aumentando a evaporação do lago; Inconsistência nos dados hidrológicos ao longo de muitos anos de medida e/ou alteração no leito do rio na seção de medição; Retirada de água para usos consuntivos (irrigação principalmente); Mudança climática devido ao efeito estufa.
17 IMPLICAÇÕES DA VARIABILIDADE E MUDANÇA CLIMÁTICA NOS RECURSOS HÍDRICOS Maior variância maior resiliencia da infra-estrutura hídrica (reservatórios, canais, estações de bombeamento,etc.) Sistemas complexos e mais onerosos; Sistemas de abastecimento de água de pequenas comunidades e regiões metropolitanas atuando no limite da capacidade;
18 VISÃO DA ANA Aprender a conviver com a variabilidade natural do clima, incluindo seus extremos, é o primeiro passo para adaptar-se às mudanças climáticas e com um eventual aumento da ocorrência de fenômenos extremos. Gestão das Águas
19 PLANO DECENAL DE RECURSOS HÍDRICOS PBHSF (2004/2013) COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO CBHSF Grupo Técnico de Trabalho - GTT João Gilberto Lotufo Conejo Superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos Brasília, abril de 2004
20 IRRIGAÇÃO PBHSF Diagnóstico Pólos de irrigação - CODEVASF A área irrigada em 2003 ( ha) pode ser ampliada, de acordo com estudos técnicos, t até o limite de ha sem a instalação de conflitos de usos múltiplosm Pólo Barreiras Pólo Irecê Pólo Petrolina-Juazeiro Pólo Baixo São Francisco Diretriz do Plano O Plano propõe um limite de uso da água em irrigação em 10 anos, que repercute na área irrigada dependendo da tecnologia e manejos adotados Pólo Brasília - DF Pólo Formoso/Correntina Pólo Guanambi Pólo Norte de Minas Legenda Relação área irrigada/ área total da microbacia (%) > 3 Pólo Belo Horizonte - MG
21 RESERVATÓRIOS E GERAÇÃO DE ENERGIA PBHSF Diagnóstico Principais reservatórios no rio São Francisco Diretrizes do Plano Compatibilização dos usos múltiplos o aumento dos usos múltiplos m implica em uma diminuição da disponibilidade hídrica h para produção de energia Novos reservatórios rios não causam aumento significativo na vazão regularizada em Sobradinho g g g Impactos no ecossistema e na ictiofauna Potencial energético: MW 17% energia do país Regularização de vazões e garantia da disponibilidade hídricah
22 PACTO DA ÁGUA PBHSF Proposta de divisão da Bacia para a gestão dos recursos hídricos DF e Goiás Pernambuco Alagoas Rio Indaiá Reservatório Três Marias Três Rio Borrachudo Rio Abaeté Rio Paracatú Rio Urucuia Rio Pará Rio Paraopeba Rio Velhas Rio Jequitaí Rio Pacuí Rio Cararinhanha Rio Corrente Rio B Velho Rio Grande Sobradinho Rio Verde Grande Rio Rãs Rio Paramirim Rio Verde Rio Jacaré Rio Salitre Rio Macururé Rio Graças Rio Pajeú Rio Moxotó Xingó Reservatório Reservatório Sobradinho Xingó foz Minas Gerais Bahia Sergipe Postos pluviométricos de controle quali-quantitativo quantitativo 1 Posto de Manga 2 Posto de Pilão Arcado 3 Posto de Juazeiro 4 Posto de Piranhas
23 ALOCAÇÃO DE ÁGUA A alocação de água é o grande pacto de repartição de água na Bacia PBHSF Diretrizes para a alocação As vazões remanescentes devem ser superiores às vazões de restrição Usos consuntivos Usos não- consuntivos (vazões remanescentes) III - Vazões para usos consuntivos II - Outras vazões não consuntivas (energia, navegação) I - Vazões mínimas p/ manutenção dos ecossistemas As vazões alocadas devem atender aos consumos atuais e futuros A relação entre a vazão alocada e o consumo deve se manter constante em toda a Bacia A relação entre vazões alocadas e disponibilidades hídricas deve ser mantida uniforme
24 PROPOSTA DE ALOCAÇÃO NOS PONTOS DE CONTROLE MG BA BA PE AL 13,3 18,9 27,7 37,1 111,9 50,0 476,5 704,3 993,9 1485, ,5 246,7 81,9 235,5 1596,9 1435,0 85% 85% 85% 85% 156,7 23,2 289,5 42,8 96,1 14,2 276,4 40,9 MG BA BA SE Legenda Q 95 tributários rios Q alocada tributários rios Balanço o das vazões n Postos de controle Q alocada na calha SF m 3 /s Vazão remanescente
25 PBHSF PROPOSTA DE ENQUADRAMENTO
26 ATLAS NORDESTE, SUL & REGIÕES METROPOLITANAS Abastecimento Urbano de Água Diagnóstico e planejamento da oferta de água municípios (77% pop. urbana do país)
27 Considerações finais Series estacionárias de vazões Infraestrutura hídrica adequada (reservação) Base legal adequada em recursos hídricos Fortalecimento do sistema de gestão rec.hídricos Implementação do PBHSF (Pacto da água e Programas) Atlas como portfólio de obras sustentáveis PROÁGUA NACIONAL suporte financeiro
28 FIM Obrigado!
29 COMPARAÇÃO ENTRE VAZÕES CARACTERÍSTICAS DA PROPOSTA DE ALOCAÇÃO NOS PONTOS DE CONTROLE PBHSF Alocação de água na Bacia ALOCAÇÃO DE ÁGUA NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO Vazão (m³/s) 2.000, , , , , , , , , , ,0 900,0 800,0 700,0 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 0,0 802,5 Disponibilidade Remanescente Restrição ecológica Alocação Consumo 704,1 405,7 98, ,0 993,7 540,0 181, , ,5 MG BA BA 45,3 85,4 3 - Manga 4 - Pilão Arcado 5 - Juazeiro 6 - Piranhas (Xingó) 812,3 218,5 111, , ,5 843,8 330,5 188,3
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