Útero de substituição: discussão ética e jurídica

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1 Útero de substituição: discussão ética e jurídica ELIETE DE ANGELIS CAMPOS 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO Resumo: O objetivo deste artigo é tecer algumas considerações sobre as técnicas de reprodução assistida que possibilitam a ocorrência da gravidez de substituição. Visa, ainda, refletir sobre a evolução da família brasileira, com novas necessidades sociais e psicológicas determinantes para a utilização desse método, gerador de inúmeras controvérsias, ante a inexistência de legislação específica, identificando, ainda, os princípios constitucionais envolvidos. Palavras-chave: Gravidez- Substituição- Legislação-Constituição Federal- Ética 1-INTRODUÇÃO O presente trabalho pretende abordar os principais métodos de reprodução humana assistida que propiciam a ocorrência da gestação substitutiva, também denominada útero de substituição, doação temporária de útero ou subrogação de útero, vulgarmente conhecida como barriga de aluguel. Visa, ainda e principalmente, discutir as consequências jurídicas do uso desta técnica, que prescinde de legislação positivada que a regulamente, bem como da discussão social, psicológica e religiosa dela decorrente. Necessário, para o presente estudo, abordar os temas infertilidade e esterilidade, eis que intrínsecos ao tema principal, uma vez que determinantes para que sejam necessários os métodos de reprodução assistida sob análise. ¹ Eliete de Angelis Campos, aluna da Graduação em Direito do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio. Artigo feito sob a supervisão da professora Rosa Maria Marciani.

2 2 Em decorrência dessa nova tecnologia, surgem, ainda, perspectivas para a formação de novos modelos de família, uma vez que permitem a geração de filhos genéticos a casais homossexuais ou para produções independentes de um homem ou uma mulher, e a nova formatação da família em razão do novo papel da mulher no mercado de trabalho, que adia para idade mais madura a efetivação da maternidade. Ante a inexistência de legislação específica, faz-se necessário refletir sobre a compatibilidade do uso dessas técnicas com os direitos e garantias fundamentais, como o direito à vida, à liberdade, à família, ao desenvolvimento das ciências e tecnologia e à paternidade responsável. 2-TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA Segundo José Roque Junges (1995, p. 149), a reprodução assistida ocorre [...] quando existe qualquer intervenção artificial de um terceiro para corrigir ou substituir o modo natural. Os métodos existentes dividem-se em ZIFT E GIFT: A ectogênese ou fertilização in vitro é concretizada pelo método ZIFT (ZibotIntraFallopianTransfer), consistindo na retirada do óvulo da mulher para fecundá-lo na proveta, utilizando-se o sêmen do marido ou de outro homem, para depois ser introduzido no seu útero ou no de outra mulher. A inseminação artificial se processa pelo método GIFT (GamethaIntraFallopianTransfer) em que se faz a inoculação do sêmen na mulher, sem que haja manipulação externa do óvulo ou do embrião. (LOUREIRO,2009, p. 99) Conforme assevera Claudia Regina Magalhães Loureiro (2009, p. 99), [...] a medicina atualmente considera estéril um casal que, por dois anos, tenta conceber um filho sem lograr êxito pelo método natural. A utilização dos métodos de reprodução assistida pode gerar diversas possibilidades. Subdividem-se em inseminação artificial homóloga e heteróloga. A primeira ocorre quando o material utilizado para a fecundação é dos

3 próprios interessados, homem e mulher. A segunda ocorre quando, em decorrência de qualquer impedimento de um dos interessados, recorre-se a material de terceiro doador para a fecundação. A inseminação artificial in vitro, homóloga ou heteróloga, é a que possibilita a ocorrência da gravidez de substituição. Nesse sentido, Claudia Regina Magalhães Loureiro (2009, p. 99) aduz que: Por sua vez, a fertilização in vitro, por facilitar a manipulação dos gametas, tem várias implicações, tais como: a possibilidade de se transferir o embrião para o útero de outra mulher; a fertilização com sêmen e óvulo de estranhos; a fecundação com óvulo não pertencente à esposa mas implantado em seu útero; a fertilização com esperma de terceiro; a fecundação com material do marido e da mulher na proveta com a introdução do embrião no útero da esposa; a fecundação com óvulo da esposa e sêmen do marido para congelar o embrião e inseri-lo no ventre de outra após o falecimento da esposa. 3 Verifica-se, portanto, que a evolução científica permite formas de procriação diversas das naturais, não só porque utilizam a intervenção artificial de um terceiro, mas porque criam situações de fato em relação à filiação não previstas em nosso ordenamento jurídico. Nesse sentido, José Roque Junges (1995, p. 151) assevera que diante dessas situações de fato criadas pelas novas técnicas de reprodução assistida, decorrem mudanças sociais, psicológicas e jurídicas, cuja relevância deve ser analisada visando identificar eventual afronta aos direitos fundamentais: A forma heteróloga dissocia maternidade e paternidade e implica o seu significado para a definição da filiação, pois podem existir três tipos de mães: genética (responsável pelo gameta), gestacional (responsável pela gestação) e social (responsável pela educação); e também dois tipos de pais: genético e social. Esta dissociação pode trazer implicações psicológicas e jurídicas. Na diferença entre procriação assistida intracorpórea e extracorpórea está implicado o significado humano de procriar e na distinção entre procriação assistida homóloga e heteróloga está comprometido o sentido humano e psicológico das relações familiares de maternidade e paternidade. [...] A intervenção num âmbito da realidade humana de essencial importância, como é a geração de filhos, exige uma reflexão apurada que levante os problemas éticos das técnicas de procriação assistida e aponte os possíveis perigos para a dignidade humana. (JUNGES, 1995, p. 151)

4 4 Diante desse cenário, surge um questionamento ético das técnicas de reprodução assistida disponíveis, considerando-se os aspectos sociais, psicológicos, emocionais e jurídicos. 3-ASPECTOS HISTÓRICOS E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS Os temas infertilidade, esterilidade e reprodução assistida, ainda que denominados de forma diversa, são observados desde os primórdios das civilizações. Segundo Cláudia Regina Magalhães Loureiro (2009, p.95-96), há relatos sobre esses temas em registros dos povos árabes e babilônios, na mitologia grega, na Bíblia, na Espanha no século XV e na Itália no século XVIII. Já no século XIX, iniciaram-se as pesquisas e experimentações com inseminações artificiais, homólogas e heterólogas. Conclui, referida autora (2009, p. 97), que o combate à infertilidade é tão antigo quanto a busca de métodos contraceptivos: a obsessão da esterilidade é imemorial, referindo-se à citação de Jacqueline Costa-Lascoux, na obra Procriação e Bioética. Considerando-se o aspecto religioso, Claudia Regina Magalhães Loureiro (2009, p. 98) afirma que: A Igreja Católica considera ilícita a fecundação artificial da mulher, conforme Decreto de 17 de março de 1897 e, em 1956, volta a condenar tal prática, por implicar o recurso à masturbação, por ela considerada a abominação das abominações. Em 1989 o Vaticano exortou as clínicas católicas que praticam a fertilização artificial a colocarem fim a essa atividade, pois, em caso de infertilidade, a única saída que a Igreja apresenta é a adoção. A prática da inseminação artificial heteróloga também é condenada pela Igreja Anglicana e pelo judaísmo. A Igreja Anglicana não admite sequer a inseminação artificial homóloga.

5 Verifica-se, através das breves considerações acima expostas, que, embora o tema seja recorrente desde a antiguidade, existe uma grande barreira religiosa. O tema abordado neste trabalho é a gravidez de substituição. É possível identificar princípios constitucionais diretamente envolvidos nesta questão. A dignidade da pessoa humana, prevista na Constituição Federal de 1988,em seu artigo 1º, inciso III,trata-se de princípio fundamental, essencial à análise do direito à gravidez de substituição, considerando-se todas as pessoas envolvidas: os pretensos pais, que diante da impossibilidade de gravidez natural precisam utilizar-se desse recurso, a mulher que subroga seu útero, com a finalidade de gestar o filho aos primeiros, os familiares das partes envolvidas e o nascituro. Necessário que, para todos e indistintamente, seja garantida a dignidade prevista em nossa lei maior. O princípio da paternidade responsável, que deve ser interpretado como exercido pelo homem ou pela mulher, segundo o que dispõe os parágrafos 4º e 5º do artigo 226 da Constituição Federal, deve visar ao melhor interesse da criança. A pesquisa científica e capacitação tecnológica encontram amparo na Constituição Federal, em seu artigo 218. É possível verificar, nos parágrafos 1º e 2º, que a finalidade precípua é o bem público e a solução dos problemas brasileiros. Considerando-se o direito social à família, à vida e à liberdade, podemos afirmar que o desenvolvimento científico engloba as pesquisas visando ao aperfeiçoamento das técnicas de reprodução assistida, atendendo diretamente às pessoas que delas necessitam. O artigo 226 da Constituição Federal dispõe que a família é a base da sociedade, garantindo especial proteção do Estado. Garante, ainda, o direito ao planejamento familiar: 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. (CF/88, art. 226, 7º) 5

6 Ainda que a Carta Maior de 1988 tenha expandido o conceito de entidade familiar, verifica-se que não incluiu todos os grupos de pessoas unidas com a finalidade de constituir família. As famílias formadas por casais homossexuais não foram previstas pelo legislador constituinte, criando, assim, uma lacuna, principalmente considerando-se que estas são famílias em potencial para se utilizarem do método gravidez de substituição. Segundo a Desembargadora Maria Berenice Dias, em nosso ordenamento jurídico a afetividade tem valor constitucional: Cabe atentar que a evolução dos valores da civilização ocidental levou à crescente valorização do afeto nas relações familiares. No nosso ordenamento jurídico, a afetividade dispõe de valor constitucional, de modo a projetar a família como grupo social fundado, na sua essência, em laços de afeto. Ainda que se valorize a origem genética do indivíduo, a existência do afeto nas relações humanas nada mais é do que um corolário do princípio da dignidade humana. [..] (TJRGS, Acórdão n , J.G x J.S.G.e outros, Relatora Des. Maria Berenice Dias, Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2006, g.n.) 6 Finalmente, sobre a laicidade do Estado, em voto proferido na ADPF 54, o Ministro Marco Aurélio sustenta que: Ao Estado brasileiro é terminantemente vedado promover qualquer religião. Todavia, como se vê, as garantias do Estado secular e da liberdade religiosa não param aí são mais extensas. Além de impor postura de distanciamento quanto à religião, impedem que o Estado endosse concepções morais religiosas, vindo a coagir, ainda que indiretamente, os cidadãos a observá-las. Não se cuida apenas de ser tolerante com os adeptos de diferentes credos pacíficos e com aqueles que não professam fé alguma. Não se cuida apenas de assegurar a todos a liberdade de frequentar esse ou aquele culto ou seita ou ainda de rejeitar todos eles. A liberdade religiosa e o Estado laico representam mais do que isso. Significam que as religiões não guiarão o tratamento estatal dispensado a outros direitos fundamentais, tais como o direito à autodeterminação, o direito à saúde física e mental, o direito à privacidade, o direito à liberdade de expressão, o direito à liberdade de orientação sexual e o direito à liberdade no campo da reprodução.(stf, Acórdão ADPF 54, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde CNTS, Relator Ministro Marco Aurélio, Brasília, 12 de abril de 2012, g.n.) Assim, abordando-se o método gravidez substitutiva é possível verificar a ocorrência dos princípios constitucionais acima expostos e concluir que é direito do cidadão brasileiro fazer uso dessa técnica, visando suprir eventual dificuldade na geração de filhos naturais.

7 7 4-RESOLUÇÃO CFM 2013/2013 Para discussão acerca da gravidez de substituição, necessário esclarecer que inexiste legislação estatal sobre o tema. A única norma positivada é a Resolução 2013/2013, do Conselho Federal de Medicina, norma essa que regulamenta a ética da conduta médica em casos de reprodução assistida, incluindo-se a gravidez de substituição. Segundo o artigo 1º da referida resolução, os médicos deverão adotar as normas nela contidas como dispositivo deontológico a ser seguido. Diante da inexistência de legislação específica, tal resolução tem sido utilizada para fundamentar eventuais decisões judiciais acerca do tema, porém, não tem força de lei. (1995, p. 167) afirma que: Sobre a questão jurídica da procriação assistida José Roque Junges As técnicas de procriação assistida querem possibilitar a realização do direito do desejo do filho. A efetivação deste desejo só acontece quando nasce a criança. Neste sentido, o filho é o verdadeiro protagonista deste procedimento e não o homem e a mulher que recorrem à técnica. Por isso, a primeira obrigação de caráter bioético é a tutela dos interesses da criança que é chamada à vida e não a tutela dos interesses do homem e da mulher que se submetem à fecundação assistida. A criança é titular de um único interesse: ser inserida numa adequada dinâmica relacional na qual a sua identidade de pessoa possa alcançar a plena maturação. Acerca da Resolução do Conselho Federal de Medicina sobre o assunto, Junges analisa que se trata de um enfoque equivocado, uma vez que privilegia os interesses da mulher e do homem envolvidos em detrimento dos interesses da criança. Afirma, ainda, que A licença outorgada à solteira constitui um abrira-porta para que lésbicas possam ter filhos, o que constitui um desrespeito à futura criança (JUNGES, 1995, p. 168). Este autor conservador aborda o tema através de uma visão religiosa (católica) e excessivamente preconceituosa. Inadmissível, nos dias atuais,

8 excluir do indivíduo social e psicologicamente equilibrado, o direito a gerar filhos, sob o argumento da homossexualidade. A respeito do tema, inclusive, a Resolução CFM 2013/2013, atualmente em vigência, prevê, expressamente, no inciso II.2, que é permitido o uso das técnicas de RA para relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitado o direito da objeção de consciência do médico. O inciso VII da citada resolução prevê, acerca da gestação de substituição: As clínicas, centros ou serviços de reprodução humana podem usar técnicas de RA para criarem a situação identificada como gestação de substituição, desde que exista um problema médico que impeça ou contra indique a gestação na doadora genética ou em caso de união homoafetiva. (Resolução CFM 2013/2013) 8 A família atual pode ter formações diversas da tradicional mãe-paifilhos e nem por isso perder a identidade ou a seriedade. A preocupação principal a ser observada quando da análise de uma família para verificação dos requisitos para receber um filho deve ser a existência de amor, ideal de constituir família, adultos maduros e comprometidos com a empreitada que é a criação da prole, ou seja, a paternidade responsável. A formatação dessa família não necessariamente precisa ser a tradicional. Sobre o tema, Sergio Costa (2006, p. 184) afirma que: Seja qual for a situação que se apresente para análise, considera-se a reprodução tecnicamente assistida como um procedimento terapêutico oferecido às pessoas com restrições de fertilidade, um procedimento de alta complexidade técnica e que exige muita responsabilidade de todas as pessoas envolvidas. Por isso mesmo, trata-se de uma questão que merece, por parte do poder público, a elaboração de uma legislação específica por pessoas que entendam profundamente do assunto, com a finalidade de se evitar os abusos e manter os seus propósitos como uma conduta eticamente confiável. Considerando-se o previsto no inciso IV do artigo 3º da Constituição Federal de 1988, que repudia qualquer discriminação, imprescindível abordar o tema da reprodução assistida incluindo-se todas as novas formatações de famílias. Nesse sentido, Debora Diniz (2006, p. 187) aduz que: A questão sobre quem pode ter filhos não deve ser resolvida pelo apelo às moralidades que sustentam ser a homossexualidade um desvio e que

9 consideram homens e mulheres homossexuais inelegíveis às técnicas. O desejo por filhos como um princípio legítimo para o acesso às técnicas reprodutivas por casais heterossexuais deve ser estendido a todas as pessoas, independe de suas orientações sexuais individuais. No campo das tecnologias reprodutivas, o desejo por filhos deve ser entendido como um desdobramento do direito ao planejamento familiar e, como um direito fundamental, a discriminação por orientação sexual não deve ser tolerada. (g.n) 9 5-ASPECTOS ÉTICOS E JURÍDICOS Diante da inexistência de legislação acerca do tema, várias questões éticas e jurídicas surgem em consequência da utilização da gravidez de substituição: Em eventual disputa do nascituro pelas mães substituta, genética e afetiva, a quem deve ser entregue a criança? E na hipótese de rejeição do nascituro por todas elas? E o direito sucessório? Como fica o direito de todo ser humano de saber quem é seu pai genético? Sobre referidas questões, diversos autores tem se posicionado. Em relação ao método gravidez de substituição, Claudia Regina Magalhães Loureiro (2009, p. 111) aduz que: De todas as técnicas de reprodução assistida esta é a mais extremada em razão dos vínculos afetivos que gera. Em princípio, a maternidade é daquela que deu à luz, então, crianças geradas por barriga de aluguel ficariam anos sem registro, até que se provem quem são os pais biológicos, e o problema mais grave verificar-seia se a pessoa que emprestou o útero pleiteasse a maternidade. Certamente a questão acima abordada é um dos pontos frágeis dessa técnica, uma vez que, ainda que num primeiro momento a mulher que subroga seu útero não pretenda se envolver, após os nove meses de gestação muitas vezes isso ocorrerá, gerando disputa em relação ao nascituro. Sobre o caráter comercial e lucrativo envolvidos em todas as fases da reprodução assistida, Claudia Regina Magalhães Loureiro (2009, p.112) afirma que:

10 Outra questão polêmica é o desejo de obtenção de lucro com a comercialização de espermatozóides para fertilização in vitroheteróloga, com a criação de banco de sêmen formado por espermatozóides doados por modelos, gênios, e doadores que já haviam sido agraciados com o prêmio Nobel. Mas esse seguramente não é o enfoque correto que se deve dar à reprodução humana assistida, vez que esta não pode ser utilizada para propiciar a seleção da raça, o que caracterizaria o racismo genético. Ao contrário, a reprodução humana assistida só pode ser utilizada para driblar a infertilidade do casal. 10 O desenvolvimento das ciências tem desvendado vários processos naturais antes entendidos como mistérios de fé. A geração de um novo ser é um exemplo: a ciência desvendou o processo celular, as cadeias cromossômicas, todas as fases da concepção até o desenvolvimento do feto. Desenvolveu técnicas para corrigir eventuais malformações do feto enquanto dentro do útero materno. E, por fim, através das técnicas de reprodução assistida, criou a possibilidade de selecionar as características pretendidas pelos pais aos filhos, propiciando o racismo genético, incentivando a comercialização de gametas que potencialmente portariam as qualidades desejadas. Trata-se de um enfoque equivocado e eticamente reprovável, sem, contudo, constituir um obstáculo à utilização das técnicas de reprodução assistida. Outra questão relevante diz respeito ao anonimato exigido dos doadores em bancos de esperma. Sobre tanto, José Roque Junges(1995, p. 160) aduz que: Tendo presente, por um lado, que, na legislação de vários países, a doação para um banco de esperma deve ser anônima e, por outro lado, que todo ser humano tem direito a saber quem é o seu pai genético, o recurso a este banco para procriação heteróloga cria um conflito entre o dever de anonimato do doador e o direito ao conhecimento da paternidade biológica da parte do gerado. Até que ponto é ético gerar um filho, recorrendo a esperma estranho e tendo como pressuposto intencional o desconhecimento da paternidade genética? O anonimato exigido dos doadores de esperma que, por consequência, inviabiliza o conhecimento da paternidade do nascituro é mais um ponto frágil das técnicas de reprodução assistida.

11 Verifica-se um conflito importante: o dever de anonimato do doador, que inibe o comércio de gametas e a pré-seleção genética, e o direito de todo filho ao reconhecimento da paternidade, garantido pelo 6º do artigo 227 da Constituição Federal e pela Lei 8.560/92, diante dos quais deverá ser aplicado o princípio da proporcionalidade. Finalmente, acerca das questões éticas geradas pela utilização do método sob análise, Juliana Frozel de Camargo (2003, p , cit. WILKEN apud LEITE, 1995, p. 189) conclui que: O processo da maternidade de substituição cria um problema ético desde a sua origem: a reprodução fica, aqui, completamente dissociada da gestação e do nascimento. Executada de comum acordo pelo casal, levada a termo pela associação do embrião com esta mulher, a reprodução pode deixar de ser decidida em conjunto e ao mesmo tempo pelo marido e pela mulher. Ela pode ser decidida, mas adiada no tempo. Os pais genéticos podem não ter nenhuma obrigação em relação à criança que vai nascer; a mãe pode limitar sua responsabilidade à gestação; as crianças podem nascer com um só pai. A circunstância mais complexa é a ligação emocional que frequentemente se estabelece entre a mãe emprestada e o filho cuja gestação ela levou a termo. A ética profissional e familiar pergunta: quem tem o direito possessivo maior, a mãe genética ou a mãe corporal? Tudo isto deixa dúvida quanto à licitude de tal processo que, na prática, já foi realizado várias vezes a contento. 11 A gravidez de substituição, que embora em alguns casos apresentese como o único método capaz de viabilizar o sonho de ter um filho para algumas pessoas, traz consigo polêmicas desde sua essência, de cunho ético e jurídico. Não obstante essas dificuldades, trata-se de um método eficiente, utilizado a contento em diversos países, nos quais fundamenta-se nos princípios da autonomia da vontade e do pacta sunt servanda. 6- CONSIDERAÇÕES FINAIS O avanço científico e tecnológico dos métodos de reprodução assistida vem ocorrendo em velocidade maior que a evolução social no Brasil.

12 12 Atualmente, existem inúmeras técnicas de reprodução assistida disponíveis, com alto índice de eficácia. Ainda que o acesso a essa tecnologia seja limitado em razão do alto custo financeiro, dia a dia aumentam os serviços oferecidos, a despeito da total inexistência de legislação estatal sobre o tema. Considerando a evolução da sociedade brasileira, os novos modelos de família observados entre a população, a busca, cada vez maior, pelas técnicas de reprodução assistida, dentre elas a gravidez de substituição, urgente se faz a criação de legislação específica para este fim, a fim de regulamentar sua utilização e orientar o Poder Judiciário,visando dirimir eventuais controvérsias surgidas em razão dessas técnicas, possibilitando sua utilização pacífica por todos os interessados. A criação de lei específica deve definir limites para a utilização das tecnologias disponíveis, a fim de proporcionar segurança jurídica às partes envolvidas, garantindo ao cidadão brasileiro o direito à vida, à dignidade, à saúde, ao exercício da paternidade responsável e, principalmente, o direito à família, esta entendida em seu sentido mais amplo, abraçando todas as entidades familiares cujos membros sejam unidos por laços de afeto, elemento essencial para o sadio e digno desenvolvimento da pessoa humana. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Saraiva. 13ª edição BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília: Senado Federal, Resolução CFM 2013/2013. Brasília: Conselho Federal de Medicina, STF. Acórdão. ADPF 54. Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde CNTS. Relator Ministro Marco Aurélio. Brasília, 12 de abril de Disponível em: Acessado em 01/09/2014. CAMARGO, Juliana Frozel de. Reprodução Humana: Ética e Direito. Campinas: Edicamp

13 DINIZ, Debora. Ensaios: Bioética. São Paulo: Brasiliense; Brasília: Letras Livres D IPPOLITO, Clarice. Gestação por substituição: a possibilidade do uso dessa técnica científica à luz do ordenamento jurídico brasileiro. Publicação Online Disponível em: Acessado em 30/08/2014. JUNGES, José Roque. Bioética: perspectivas e desafios. São Leopolodo: Ed. Unisinos LOUREIRO, Claudia Regina de Oliveira Magalhães da Silva. Introdução ao Biodireito.São Paulo: Saraiva MARTINS, Flavio Alves et al. Maternidade de substituição no ordenamento jurídico brasileiro e no direito comparado. Outubro/209. Publicação online. Disponível em: Acessado em 30/08/2014. RIO GRANDE DO SUL. TJRGS. Acórdão. Apelação Cível nº Sétima Câmara Cível. J.G. x J.S.G. e outros. Relatora Desembargadora Maria Berenice Dias. Porto Alegre, 15 de fevereiro de Disponível em: Acessado em 30/08/2014.

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