DOCUMENTO INFORMATIVO SOBRE O PROCESSO DE REASSENTAMENTO

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1 Pen íns ula de gi un Af DOCUMENTO INFORMATIVO SOBRE O PROCESSO DE REASSENTAMENTO Conhecer o contexto Recursos consideráveis de gás natural foram descobertos nas Áreas 1 e 4, na Bacia do Rovuma, ao longo da costa da Província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. O Projecto de Desenvolvimento de Gás em Moçambique (o Projecto) propõe desenvolver os recursos de gás natural descobertos nas Áreas 1 e 4, para exportação para o mercado internacional. O Projecto é gerido pelas empresas Anadarko Moçambique Área 1, Lda. (AMA1) e a Eni East Africa S.p.A (eni), que possuem os direitos de exploração, desenvolvimento e produção das reservas de gás natural nas reservas das Áreas 1 e 4, respectivamente. Em coordenação com o Governo de Moçambique, foram consideradas várias opções para desenvolver os recursos de gás no mar. O processamento de gás natural em terra, através de liquefação, num Parque de gás natural liquefeito (GNL) foi seleccionado como a opção ideal, em termos financeiros. Alguns dos benefícios fundamentais de uma fábrica de processamento de GNL em terra são a construção de infraestruturas e o desenvolvimento industrial, assim como o investimento no conteúdo local, incluindo as aquisições, o emprego e a formação. Para permitir o desenvolvimento de um Parque de GNL em terra, foi necessária a identificação de um local adequado para a construção desta estrutura. Foram seleccionados e avaliados sete locais potenciais, entre Pemba e a fronteira com a Tanzânia. Os estudos socioeconómicos, marítimos e de ecologia terrestres realizados indicaram a Península de Afungi como o local que apresenta menos restrições relacionadas com as zonas de terras húmidas, a fauna e a flora, e foi, subsequentemente, seleccionado o local para o desenvolvimento do Parque de GNL. Entre 2011 e 2014, foi realizada uma vasta Avaliação do Impacto Ambiental e Social para identificar e avaliar todos os impactos biológicos, físicos e socioeconómicos que o Projecto de GNL pode trazer e para propor as medidas de mitigação e de gestão para os potenciais impactos. Um dos principais impactos socioeconómicos do Parque de GNL na Península de Afungi é que as comunidades residentes dentro da Zona de Construção do Projecto, proposta na AIA (Avaliação do Impacto Ambiental), necessitam de ser reassentadas. Este documento fornece a informação sobre o processo de reassentamento do Projecto de Desenvolvimento de Gás em Moçambique. A Zona de Construção de Projecto, proposta na AIA, refere-se à área onde o Projecto se propõe construir a fábrica de processamento de GNL e outras infraestruturas. O que significa reassentamento? Para o Projecto de Desenvolvimento de Gás em Moçambique, reassentamento refere-se a um processo participativo de aprendizagem sobre a situação sociocultural e económica da população afectada pelo Projecto, a propriedade e uso de recursos naturais, a compensação atribuída pelas perdas ocasionadas pelas actividades do Projecto, a relocação de população, a substituição das suas habitações e estruturas, o restabelecimento dos seus meios de subsistência e a promoção da integração da população na economia social local como um programa de desenvolvimento. 1

2 O reassentamento é necessário? Uma fábrica de processamento de GNL, como aquela proposta para o Parque de GNL em Afungi, requer uma vasta área de terreno para a construção dos componentes em terra e próximo a costa. A infraestrutura de GNL inclui as terminais de processamento de GNL, os tanques de armazenamento de GNL, as pontes-cais e infraestrutura adicional, como escritórios, instalações para alojamento, áreas de construção, vias de acesso, um aeroporto e uma pista de aterragem. O início da Fase de Construção do Projecto marcará também o início das actividades de desbravamento, escavações e terraplanagem, à escala industrial. Projectos de GNL na Ilha de Curtis, Austrália (Image: Bechtel) As normas de saúde e de segurança do Projecto, orientadas pelas directrizes e melhores práticas internacionais de saúde e segurança, indicam que a natureza e a escala das actividades de construção não permitirão que as comunidades residam e continuem a efectuar as suas actividades de subsistência dentro da Zona de Construção do Projecto, ou nas imediações da fábrica de processamento de GNL. Como medida de segurança e de precaução, as comunidades afectadas pelo Projecto residentes na Zona de Construção do Projecto devem ser relocadas ou reassentadas em zonas onde a exposição a potenciais impactos negativos resultantes das actividades do Projecto, como o ruído, as explosões e os incêndios, seja menor. O mapa abaixo aponta três áreas diferentes na Zona de Construção do Projecto, proposta na AIA: A Área 1 indica as Zonas de Exclusão Total, onde o Projecto tenciona construir a fábrica de processamento de GNL e outra infraestrutura, e onde as considerações prudentes de saúde e de segurança não permitem que sejam realizadas as actividades comunitárias. A Área 2 indica as áreas onde as comunidades não podem residir, devido ao nível de ruído nocturno esperado, mas onde as actividades agrícolas podem continuar a ser praticadas sem qualquer risco para a saúde ou de segurança. A decisão de zonamento foi baseada num estudo e modelação do ruído que concluiu que o nível de ruído nocturno na Área 2 da Zona de Construção do Projecto poderá exceder o nível de ruído aceitável assim que o Projecto começar a produzir o primeiro gás e, como tal, não é adequado como zona de residência. 2 A Área 3 indica as áreas onde a população pode continuar a viver e a trabalhar normalmente. Mapa indicando a Zona de Construção do Projecto, conforme indicado na AIA DUAT Zona de Construção do Projecto, conforme indicado na AIA Protecção Acústica Área 2 Área 1 Área 1 Área 3 Zona de exclusão total

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