PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE EM VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA

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1 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE EM VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA Damian Pereira Lima* Fabrícia Almeida Fernandes Santana** Milena Soares Santos*** RESUMO A coqueluche é uma doença infecciosa, imunoprevenível, re-emergente no mundo. O objetivo deste estudo foi definir o perfil epidemiológico dos casos de coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia. Realizou-se estudo de corte transversal, retrospectivo e descritivo entre os anos de 2009 e Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais dos casos foram analisados através de cálculo de freqüência e média simples e taxa de incidência. Um total de 39 casos foi identificado no período do estudo. Crianças menores que um ano (23/39; 59%) tiveram a maior taxa de incidência (282,67/ habitantes), um número 10 vezes maior em relação aos casos do estado para o ano de A maior prevalência dos casos ocorreu entre pacientes do sexo feminino (24/39; 61,54%), entre indivíduos que se autodenominaram pretos (24/39; 61,54%) e entre indivíduos procedentes da região urbana (30/39; 76,92%). Um único caso confirmado foi de paciente com esquema vacinal completo, sugerindo não efetividade vacinal. Todos os casos evoluíram para a cura. Este trabalho ressalta a importância da contínua vigilância dos casos suspeitos de coqueluche em nosso município. Palavras-chave: Coqueluche. Vacina DTP. Saúde Pública. relatos de pesquisa *Farmacêutico. Especialista em Farmácia Clínica e Hospitalar.Coordenação Serviço Oncologia. ICS. Hospital SAMUR. damian.lima@hotmail.com **Farmacêutica. Docente substituta.instituto Multidisciplinar em Saúde, Campus Anísio Teixeira, Universidade Federal da Bahia. E- mail: fafs2310@yahoo.com.br ***Farmacêutica. Habilitações em Análises Clínicas e Saúde Pública e Bioquímica de Alimentos. Profa. Adjunto da Universidade Federal da Bahia, Instituto Multidisciplinar em Saúde, Campus Anísio Teixeira, Vitória da Conquista, Bahia , Brasil. Doutora em Ciências- Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa-CPqGM-FIOCRUZ. E- mail: milenasoares25@hotmail.com 1 INTRODUÇÃO A coqueluche é uma doença infecciosa do trato respiratório, aguda, transmissível, imunoprevenível e possui, predominantemente, por agente etiológico, a bactéria Bordetella pertussis, um pequeno cocobacilo, gram-negativo, aeróbico, não-esporulado, imóvel, provido de cápsulas (formas patogênicas) e de fímbrias (WAHINGTON et al., 2008; BRASIL, 2010; HEININGER, 2001). Bordetella pertussis apresenta como único reservatório, o ser humano e sua transmissão ocorre principalmente através do ar, pela inalação de gotículas de Flügge contaminadas (BRASIL, 2010). 96 C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

2 Damian Pereira Lima, Fabrícia Almeida Fernandes Santana,Milena Soares Santos A doença ocorre em todas as faixas etárias, mas estudos recentes têm verificado a importância desta bactéria em adolescentes e adultos, em quem a infecção é oligossintomática ou assintomática, mas servindo de fonte de infecção para crianças pequenas, nas quais a doença é mais grave (BRASIL, 2006). A evolução clínica da enfermidade compreende três estágios: o estágio catarral, caracterizado por tosse gradual, associada a sintomas inespecíficos como mal-estar, irritabilidade, coriza, espirros, lacrimejamento, anorexia e febre pouco intensa, que dura de duas a quatro semanas; o estágio paroxístico, que se caracteriza por tosse súbita incontrolável, rápida e curta, cerca de cinco a dez tossidas em uma única expiração, que dura de uma a seis semanas, podendo persistir por até dez semanas; e o estágio convalescente, em que os paroxismos de tosse diminuem em freqüência e intensidade, cessando no final do curso da doença compreendendo de três a quatro semanas (BRASIL, 2010a; BRASIL, 2010b; HAMBORSKY et al., 2012). Dentre as complicações mais comuns, a pneumonia é a causa mais frequente, seguida de atelectasia, enfisema intersticial e subcutâneo, bronquiectasia, e complicações neurológicas, tais como convulsões, encefalopatia aguda e coma, decorrentes do reflexo de hipóxia cerebral relacionada à asfixia (BRASIL, 2010; HAMBORSKY et al., 2012). Por ser uma doença imunoprevenível, a estratégia de prevenção é baseada no esquema vacinal. O Programa Nacional de Imunizações PNI publicou na Portaria nº 452/77 o primeiro calendário pediátrico básico brasileiro contemplando seis vacinas. A vacina contra coqueluche e outras doenças bacterianas foi implementada em 1977 sob a forma adsorvida difteria, tétano e coqueluche (Tríplice bacteriana/dtp); em 2002 foi incorporada a essa vacina, proteção contra Haemophilus influenzae b sob a forma conjugada (Tetravalente/DTP+Hib) e mais recentemente, em 2012, uma nova vacina foi incorporada ao calendário pediátrico, a vacina Pentavalente (DTP+Hib+Heb) incluindo além das patologias anteriormente citadas, a doença causada pelo vírus da hepatite B (DOMINGUES; TEIXEIRA, 2013). A introdução da vacina DTP nos calendários de rotina nacionais causou um impacto dramático na taxa de C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez

3 Perfil epidemiológico da coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia incidência para menores de um ano de idade. Desde a década de 1990, houve uma importante redução na incidência dos casos de coqueluche, resultado da ampliação das coberturas das vacinas Tetravalente e DTP. Naquela década, a cobertura vacinal alcançada era de cerca de 70% e a incidência era de 10,6 casos/ habitantes. À medida que as coberturas elevaram-se para mais de 95%, no período de 1998 a 2000, observou-se que a incidência reduziu para 0,9 casos/ habitantes. Com a manutenção das altas coberturas vacinais, observou-se na última década, uma redução da incidência de 0,75 casos/ habitantes para 0,32 casos/ habitantes nos anos de 2004 e 2010, respectivamente (DOMINGUES; TEIXEIRA, 2013). Entretanto, ao contrário de outras doenças preveníveis por vacinas, a coqueluche não desapareceu e continua causando complicações e morte nos lactentes jovens, mesmos nos países desenvolvidos, pois a proteção após doença natural ou vacinação, tem duração limitada, o que justifica outra vacinação em adolescentes e adultos com a forma acelular do componente pertussis, adsorvido com difteria e tétano (DTPa). Esta vacina já é disponibilizada para portadores de condições clínicas especiais, nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais CRIEs, incluindo para gestantes (BRASIL, 2006; DOMINGUES; TEIXEIRA, 2013; MOOI et al, 2009). Segundo dados registrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação SINAN, foram notificados até a última semana epidemiológica (SE 52) de 2012, casos suspeitos de coqueluche no país. Destes, (28,9%) casos foram confirmados, o que representou um incremento de 97% em relação ao mesmo período de 2011, onde foram confirmados casos (BRASIL, 2013). A situação epidemiológica da coqueluche na Bahia registrou uma tendência crescente em relação ao número de casos, tendo ocorrido surtos em Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista nos anos de 2011 e 2012 (SESAB, 2013). O objetivo desse estudo foi determinar a incidência de coqueluche na população do município de Vitória da Conquista, Bahia e caracterizar o perfil epidemiológico dos casos confirmados e investigar se houve re-emergência da doença no cenário local. 98 C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

4 Damian Pereira Lima, Fabrícia Almeida Fernandes Santana,Milena Soares Santos 2 METODOLOGIA Realizou-se um estudo de corte transversal de base populacional, descritivo e quantitativo, sobre os casos de coqueluche notificados entre o período de 2009 a 2013, no município de Vitória da Conquista, localizado na região Sudoeste da Bahia, distante quinhentos e três quilômetros da capital Salvador; cuja população estimada para o ano de 2013 foi de habitantes (IBGE, 2013). Os casos de coqueluche confirmados a partir dos critérios laboratorial, clínico- epidemiológico e clínico, conforme preconizados pelo Protocolo de Vigilância Epidemiológica da Coqueluche, Bahia, 2013, foram incluídos no estudo (BRASIL, 2013). Os casos notificados de coqueluche que não preencheram tais critérios foram descartados. O esquema vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde recomenda a administração de três doses iniciais distribuídas no segundo, quarto e sexto meses de vida, respectivamente, e ainda o primeiro e segundo reforços, sendo um no 15º mês de vida e o outro entre o quarto e o sexto ano de idade (BRASIL, 2013). Os casos considerados com esquema vacinal completo foram aqueles que receberam todas as doses, incluindo os reforços. Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais dos casos notificados foram obtidos através dos registros de informação do Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista Bahia (SMS/VC-BA) e armazenados no programa de planilha eletrônica Microsoft Excel Starter A análise dos dados foi realizada utilizando cálculo de 99requência e média simples e para o cálculo de incidência foi utilizada a base populacional do censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Bahia do Instituto Multidisciplinar em Saúde/Campus Anísio Teixeira (CEP: UFBA/IMS-CAT) sobre registro nº e pela Comissão Municipal de Ensino e Pesquisa da Secretaria Municipal de Vitória da Conquista BA conforme ofício nº. 070/2013. C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez

5 Perfil epidemiológico da coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o período do estudo, foram notificados 323 casos suspeitos de coqueluche no município de Vitória da Conquista - Bahia. Destes, 39 casos (12,07%) foram confirmados através dos critérios laboratoriais, clínico epidemiológicos e clínicos. Com relação aos casos confirmados, não houve ocorrência destes em 2009 e No entanto, foi identificado um surto que se iniciou a partir do ano de 2011 e se estendeu de forma crescente nos anos de 2012 e 2013, quando foram confirmados três casos (7,69%) e incidência para a população total de 0,97/ habitantes; 17 casos (43,59%) e incidência para a população total de 5,38/ habitantes e 19 casos (48,72%) e incidência para população total de 5,64/ habitantes nos anos de 2011, 2012 e 2013, respectivamente (Gráfico 1). Gráfico 1 - Número de casos notificados e confirmados de coqueluche e Coeficiente de Incidência para a população total, no município de Vitória da Conquista Bahia, durante o período de 2009 a Fonte: Dados da pesquisa Nesse mesmo contexto, estavam outros municípios baianos, onde foram confirmados para todo o Estado, 27; 24; 179; 131 e 41 casos, respectivamente, nos anos de 2009 a 2013, o que levou a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia - SESAB a emitir notas de alerta sobre a situação epidemiológica da coqueluche na Bahia (SESAB, 2013). A análise dos dados demográficos obtidos das fichas de notificação durante todo o período do estudo configura o perfil epidemiológico clássico da coqueluche, em que os mais acometidos são crianças com idade menor que um ano, 23 casos (59%); seguido de oito casos (20,51%) 100 C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

6 Damian Pereira Lima, Fabrícia Almeida Fernandes Santana,Milena Soares Santos entre indivíduos cuja faixa etária foi compreendida entre um e quatro anos; dois casos (5,13%) foram com indivíduos de faixa etária entre cinco e nove anos; um caso (2,56%) foi de indivíduo de faixa etária compreendida entre 10 e 14 anos; dois casos (5,13%) foram de indivíduos de faixa etária compreendida entre 20 e 29 anos e um caso (2,56%) foi de indivíduo de faixa etária compreendida entre 30 e 39 anos. Em estudos realizados por Druzian (2010) no Mato Grosso do Sul entre o período de e por Marques (2007) em Santa Catarina, no período de 2001 a 2006, também foi encontrado que a maioria dos casos confirmados estava concentrada entre pacientes com idade entre seis meses e um ano de idade (61,8% e 69,2%, respectivamente). Resultados semelhantes também foram reportados por Trevisan e Coutinho (2008) em estudo realizado em 2004 na cidade de Porto Alegre, relacionando as outras faixas etárias, onde foi identificada prevalência de 67% dos casos em crianças menores que um ano; 17% entre um e quatro anos; 9% entre cinco e nove anos; 2% entre 10 e 19 anos e 5% eram adultos maiores que 19 anos de idade. Casos identificados em indivíduos com faixa etária superior a seis anos, adolescentes e adultos, confirmam a circulação do patógeno na comunidade, tornando-se fonte de transmissão da doença para aqueles que ainda não estão com o esquema vacinal completo, conforme preconizado pelo PNI (DOMINGUES et al., 2013). Em 2012, ano em que se contabilizou o maior número de casos suspeitos notificados (206 casos), as taxas de incidência estratificadas por faixa etária dos casos confirmados foram de 282,67/ habitantes para crianças com idade entre zero e um ano, 10,67/ habitantes para a faixa etária de um a quatro anos, 3,65/ habitantes para a faixa etária de 10 a 14 anos e 3,80/ habitantes para a faixa etária de 30 a 34 anos. Como não ocorreram casos em 2012 para os pacientes com idade entre cinco a nove anos e 15 a 29 anos, a incidência não foi estabelecida (Gráfico 2). C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez

7 Perfil epidemiológico da coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia Gráfico 2 - Incidência de coqueluche, estratificado por faixa etária, no município de Vitória da Conquista e no Estado da Bahia, Fonte: Dados da pesquisa Segundo dados notificados pela Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde - SUVISA para todo o estado, no mesmo ano, a incidência de coqueluche estratificada por faixa etária foi de 34,2/ habitantes para crianças entre zero a um ano, na faixa etária de um a quatro anos a incidência foi de 2,5/ habitantes, na faixa etária de cinco a nove anos houve incidência de 0,9/ habitantes, na faixa etária de 10 a 14 anos houve taxa de incidência de 0,5/ habitantes, na faixa etária de 15 a 19 anos houve incidência de 0,3/ habitantes, na faixa etária de 20 a 24 anos houve incidência de 0,4/ habitantes, na faixa etária de 25 a 29 anos houve incidência de 0,5/ habitantes e na faixa etária de 30 a 34 anos houve incidência de 0,3/ habitantes (SESAB, 2013). Encontramos coeficientes de incidência mais elevados do que os referentes a todo o estado, para a população de todas as faixas etárias em Vitória da Conquista. Um dado chama atenção para a população pediátrica em que identificamos que a incidência da doença para crianças menores que um ano de idade no ano de 2012 foi 10 vezes maior do que para todo o estado (Incidência da Bahia excluindo-se os casos de Vitória da Conquista = 28,11/ habitantes; dados não apresentados no gráfico 2). Os dados demográficos relacionados ao sexo mostraram que, dentre 39 casos confirmados, 24 (61,54%) eram pertencentes ao sexo feminino, enquanto que 15 (38,46%) eram pertencentes ao sexo masculino. Estudo realizado nos Estados Unidos por Somerville (2007) e estudo realizado por Druzian (2007) no Mato Grosso do Sul, também encontraram maior prevalência de casos no grupo feminino (54% e 55%, respectivamente). Quanto à raça/cor, indivíduos que se autodenominaram pretos foram mais acometidos pela doença (24/39; 61,54%). Na Tabela 1 estão apresentados os parâmetros descritivos das variáveis analisadas no período A 102 C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

8 Damian Pereira Lima, Fabrícia Almeida Fernandes Santana,Milena Soares Santos distribuição dos casos confirmados, por escolaridade, revela que 5,12% dos casos (2/39) eram de indivíduos que estavam cursando o primeiro grau; 10,25% dos casos (4/39) eram de indivíduos que estavam cursando o segundo grau e 5,12% dos casos (2/39) eram de indivíduos com ensino superior e 84,61% (33/39) eram de indivíduos menores que seis anos de idade, não associados à faixa etária escolar, cujas informações não puderam ser aplicadas. Tabela 1 - Distribuição dos casos confirmados de coqueluche, segundo características sócio - demográficas, clínicas e laboratoriais. Vitória da Conquista Bahia, 2009 a Anos TOTA L Dados Demográficos Sexo Masculino Feminino Cor/Raça Preto Não preto Ignorado/se m informação Residência Urbana/Peri urbana Rural Escolaridade Analfabeto 1º grau 2º grau Ensino Superior Não se aplica (66,7%) 1 (33,3%) (47,1%) 9 (52,9%) (26,3%) 14 (73,7%) (38,5%) 24 (61,54 %) 3 (100%) 12 (78,6%) 9 (47,4%) 24 (61,5%) 0 (0%) (29,4%) (47,4%) (35,9%) 0 (0%) 0 (0,%) 1 (%) 1 (2,6%) 3 (100,00 %) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 2 (66,67%) 11 (64,7%) 6 (35,29 %) 16 (84,2%) 3 (15,8%) 30 (76,9%) 9 (23,1%) 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%) 1 (5,9%) 0 (0%) 1 (2,6%) 0 (0%) 2 2 (10,6%) (5,1%) 0 (0%) 1 (5,3%) 1 (2,7%) 15 (70,7%) 16 (84,2%) 33 (84,6%) Ignorado/se m informação Dados Clínicos Sinais e Sintomas Tosse Tosse paroxística 1 (33,33%) 1 (5,9%) 3 (100%) 15 (88,2%) 3 (100%) 16 (94,1%) 0 (0%) 2 (5,1%) 19 (100,00 %) 14 (73,7%) Vômito (33,3%) (64,7%) (57,9%) Guincho (66,7%) (70,6%) (43,4%) Febre 0 (0%) C (35,3%) (21,1%) Dados Laboratoriais Coleta de Material da Nasofaringe 3 (100%) Sim (70,6%) (63,2%) Não 0 (0%) 5 (29,4%) Resultado da Cultura 2 5 Positiva (66,7%) (29,4%) 0 (0%) 2 Negativa (11,8%) Não Realizada Ignorado/Se 1 10 m (33,3%) (58,8%) informação 7 (36,8%) 3 (15,8%) 5 (26,3%) 0 (0%) 0 (0%) 2 (10,5%) 9 (47,4%) 37 (94,9%) 33 (84,6%) 25 (64,1%) 23 (59,0%) 10 (25,6%) 27 (69,23 %) 12 (30,77 %) 10 (25,6%) 7 (17,9%) 2 (5,1%) 20 (51,3%) Doença Relacionada ao Trabalho 0 (0%) 0 (0%) 1 (5,3%) 1 Sim (2,6%) 3 (100%) Não (100%) (94,7%) (97,4%) Evolução 3 (100%) Cura (100%) (100%) (100%) Óbito 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%) Obs.: Não houve casos confirmados em 2009 e Fonte: Dados da pesquisa A maioria dos casos de coqueluche é procedente da zona urbana, com 76,92% dos casos (30/39), enquanto que na zona rural ocorreram apenas 23,10% dos casos (9/39). Segundo, o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, a população aglomerada é uma condição que facilita a C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez

9 Perfil epidemiológico da coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia transmissão da doença (BRASIL, 2010). Trevisan e Coutinho (2008) constataram que em relação à procedência dos casos notificados em 2004, houve uma concentração na Região Metropolitana de Porto Alegre com 58% dos casos. A concentração geográfica dos casos na zona urbana pode ser explicada pela maior densidade demográfica populacional e pela maior facilidade de acesso a serviços de saúde frente à zona rural. Com relação aos dados vacinais, têm-se informação para 31 dos 39 casos (79,49%). Destes, 10 casos (32,26%) receberam apenas uma dose, quatro casos (12,90%) receberam duas doses, cinco casos (16,13%) receberam três doses, quatro casos (12,90%) receberam três doses e um reforço, um caso (3,22%) recebeu três doses e dois reforços e sete casos nunca tinham sido vacinados, pois estes eram crianças menores que não estavam aptas a receberem a primeira dose da vacina. Observamos que todos os indivíduos em idade vacinal receberam ao menos uma dose da vacina, mas 9/31 (29,03%) estavam com o calendário vacinal atrasado. Houve um único caso confirmado de paciente com idade maior que seis anos e com esquema vacinal completo, sugerindo não efetividade em resposta à vacina (Tabela 2). Comparando a situação vacinal dos moradores das zonas urbana e rural, percebe-se maior freqüência de recebimento de todas as doses da vacina, incluindo os reforços, nesta do que naquela, uma vez que, do total de 320 casos notificados que se tem informação da procedência, 74/144 dos casos (51,39%) eram de moradores da zona rural com idade igual ou superior a seis anos, destes 54,05% (40/74) possuíam esquema vacinal completo enquanto que dentre os 176 casos da zona urbana, apenas 8/56 (14,28%) não possuíam o esquema vacinal completo. Tabela 2 - Distribuição dos casos confirmados de coqueluche estratificados por faixa etária, segundo número de doses da vacina para coqueluche. Vitória da Conquista - Bahia, 2009 a Faixa etária n (%) Número de doses 4 ou mais NR <2meses 8 20,5% meses 7 17,9% meses 2 5,1% meses 2 5,1% meses 7 17,9% meses- 3 anos 4 10,3% 4 >4 anos 9 23,1% TOTAL % Fonte: Dados da pesquisa Foi realizada a identificação dos comunicantes íntimos de 25 dos 39 casos 104 C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

10 Damian Pereira Lima, Fabrícia Almeida Fernandes Santana,Milena Soares Santos confirmados (64,10%). Destes, seis casos (24%) tiveram por medida de controle o bloqueio vacinal, dois casos (8%) tiveram por medida de controle a quimioprofilaxia, 11 casos (44%) tiveram por medida de controle tanto o bloqueio vacinal quanto a quimioprofilaxia, em três casos (12%) não houve nenhuma medida de controle e, em dois casos (8%) não se tem informação. A terapia antimicrobiana eficaz contra a coqueluche (azitromicina, eritromicina ou sulfametoxazol-trimetoprima) deve ser administrada a todos os contatos próximos de pessoas com coqueluche, independentemente da idade e situação vacinal. A administração da vacina DTPa em pessoas que tenham sido expostas a um indivíduo com coqueluche não é contra-indicada, mas a eficácia do uso pós-exposição de DTPa é desconhecida (MARTINEZ; TRABULSI, 2008). Dos 39 casos confirmados, houve apenas um caso (2,56%) notificado como doença relacionada ao trabalho. Este possuía como escolaridade o nível superior completo e não havia informação, na ficha de notificação, sobre a situação vacinal. Considerando a re-emergência de coqueluche no Brasil é importante se discutir políticas públicas para a implementação da vacina DTPa em profissionais de saúde, principalmente aqueles que possuem contato freqüente com crianças jovens. Em alguns países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Hong Kong, Cingapura, Costa Rica, Argentina e Uruguai, a vacinação contra a coqueluche é recomendada para estes profissionais. No Brasil, esta vacina está disponível apenas em clínicas particulares e embora recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações e por associações médicas, ainda não está incluída na Norma Regulamentadora 32 (NR32) para os profissionais de saúde (MORAES et al., 2013). Com relação aos dados laboratoriais, dos 323 casos suspeitos notificados de coqueluche nos anos compreendidos entre 2009 a 2013 em Vitória da Conquista, 155 casos (47,99%) fizeram coleta de material da nasofaringe e destes, 10 casos (3,10%) tiveram resultados positivos. Em 2013, ano em que foi registrado o maior número de casos confirmados (n=17), foi realizada a coleta de material da nasofaringe de 12 pacientes (70,59%). Destes, três (17,65 %) apresentaram resultado positivo para a doença. Dentre os três critérios de confirmação/descarte na ficha de notificação, o critério clínico foi o mais C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez

11 Perfil epidemiológico da coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia utilizado para a confirmação destes, com 18 casos (46,15%), seguido do critério laboratorial e critério clínicoepidemiológico, 13 casos (33,33%) e oito casos (20,51%), respectivamente (Gráfico 3). Gráfico 3 Número de casos confirmados estratificados por ano segundo os critérios de confirmação/descarte para os casos de coqueluche no município de Vitória da Conquista Bahia. Fonte: Dados da pesquisa Resultados semelhantes foram reportados por Druzian (2010) e Marques (2007). Segundo Martinez e Trabulsi (2008), têm sido propostos outros métodos de diagnóstico mais sensíveis, como imunofluorescência direta e a reação da polimerase em cadeia, realizados a partir do material clínico. Nas fichas de notificação dos casos confirmados, os sintomas predominantes foram: tosse, em 37 casos (94,90%), tosse paroxística em 33 casos (84,61%), vômitos em 25 casos (64,10%) e guincho respiratório em 23 casos (58,97%). Estes são sintomas característicos da coqueluche e surgem principalmente durante a fase paroxística, é durante essa fase que a maioria dos casos são diagnosticados (HAMBORSKY et al., 2012). É importante salientar que o período de transmissibilidade da coqueluche se estende de cinco dias após o contato com um doente (final do período de incubação) até três semanas após o início dos acessos de tosses típicas da doença (fase paroxística). Em lactentes menores que seis meses o período de transmissibilidade pode prolongar-se por até quatro a seis semanas após o início da tosse. A maior transmissibilidade ocorre na fase catarral (BRASIL, 2010). Dessa forma, o período, em média de 25 dias, que ocorreu entre o início dos primeiros sintomas e a notificação, informado nas fichas de notificação, foi crítico para transmissão da doença. Os sintomas da fase catarral, coriza, febre baixa, espirros são bastante inespecíficos, comuns a outras patologias, por exemplo, resfriado, daí surge a dificuldade dos profissionais de saúde em identificar o que é casos suspeito ocasionando notificação e adoção das medidas de controle tardias (BRASIL, 2010). 106 C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

12 Damian Pereira Lima, Fabrícia Almeida Fernandes Santana,Milena Soares Santos Dos 39 casos confirmados, houve quatro casos (10,26%) com ocorrência de complicações da doença: dois casos (5,13%) tiveram pneumonia, um caso (2,60%) teve encefalopatia (convulsões) e um caso (2,60%) teve parada respiratória. Houve hospitalização de 22 dos 39 casos confirmados (56,42%). Destes casos que foram hospitalizados, 21 (95,45%) foram de crianças com idade menor que um ano. Possi e Miceli (2005) observaram que os maiores riscos de complicações e mortalidade ocorreram em crianças menores de seis meses. No Mato Grosso do Sul Druzian (2010), durante um período de 10 anos de estudo, encontrou 238 casos confirmados de coqueluche com registro de cinco óbitos, todos em crianças menores que dois meses. Sabella (2005) relata que crianças têm uma alta morbidade e mortalidade. Em nosso estudo, apesar de 59% dos casos terem ocorrido em crianças com idade inferior a um ano, faixa etária crítica para a ocorrência de complicações e óbitos, todos os casos evoluíram para a cura da doença. Este estudo tem limitações. A ausência de alguns dados como aqueles relacionados à situação vacinal, dificultou a investigação de uma possível reemergência de coqueluche no município de Vitória da Conquista, pois dos 39 casos confirmados, nove casos ocorreram em indivíduos com idade maior que seis anos, adolescentes e adultos, e em somente um caso obtivemos a informação sobre a situação vacinal. 4 CONCLUSÃO O perfil epidemiológico da coqueluche no município de Vitória da Conquista BA foi caracterizado pela ocorrência de um surto que se iniciou a partir do ano 2011 e se estendeu de forma crescente entre os anos 2012 e Os pacientes mais acometidos foram crianças menores que um ano, o que reforça a importância de realizar os esquemas vacinais completos propostos pelo programa de imunização nacional para este grupo de indivíduos. Este trabalho ressalta a importância do contínuo monitoramento dos casos suspeitos de coqueluche no município, tornando-se imperativo a investigação dos casos confirmados em indivíduos com idade superior a seis anos que já tenham recebido todas as doses da vacina para a coqueluche, pois o título de anticorpos diminui com o passar dos anos e estes pacientes podem se tornar fonte de C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez

13 Perfil epidemiológico da coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia transmissão do agente para as crianças que ainda não estão com o esquema vacinal completo, caracterizando dessa forma, uma situação de re-emergência da coqueluche. EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF WHOOPING COUGH IN VITÓRIA DA CONQUISTA BA ABSTRACT Keywords: Whooping cough is an infectious, immune-preventable, reemerging disease worldwide. The aim of this study was to define the epidemiological profile of whooping cough cases in Vitória da Conquista Bahia. A crosssectional and descriptive study was carried out between 2009 and The demographic, clinical and laboratory data of the cases were analyzed by calculating the frequency and simple average and incidence rate. A total of 39 cases were identified during the study period. Those younger than 1 year (23/39, 59%) presented the highest incidence rate (282.67/100,000 inhabitants); 10 times higher than the cases of the State for the year of The highest prevalence of cases occurred among female patients (24/39; 61.54%), among black people (24/39; 61.54%) and among individuals coming from urban region (30/39; 76.92%). There was only one confirmed case of a patient with complete vaccination schedule, which suggests vaccine ineffectiveness. All cases progressed to healing. This work highlights the importance of continuous surveillance of suspected whooping cough cases in our municipality.. Whooping Cough. Vaccine DTP. Public health. Artigo recebido em 21/03/2016 e aceito para publicação em 27/05/2016 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília, BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Vigilância Epidemiológica. Protocolo de Vigilância Epidemiológica da Coqueluche, Bahia, Disponível em: < nciaemsaude.ba.gov.br/sites/default/files/vi gilancia_epidemiologica/imunopreveniveis/ arquivo/2013/04/03/protocolo%20co QUELUCHE%202013%20- %20ATUALIZA%C3%87%C3%83O.pdf>. Acesso em: 15 jan BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Ministério da Saúde alerta sobre a situação epidemiológica da coqueluche no Brasil Disponível em: < lsaude/noticia/9243/785/ministerio-dasaude-alerta-sobre-a-situacaoepidemiologica-da-coqueluche-nobrasil.html>. Acesso em: 15 jan BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual dos 108 C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

14 Damian Pereira Lima, Fabrícia Almeida Fernandes Santana,Milena Soares Santos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7. ed. Brasília, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7. ed. Brasília, Disponível em: < pdf/gve_7ed_web_atual.pdf>. Acesso em: 15 jan DOMINGUES, C. M. A. S.; TEIXEIRA, A. M. S. Coberturas vacinais e doenças imunopreveníveis no Brasil no período : avanços e desafios do Programa Nacional de Imunizações. Epidemiologia e serviços de saúde, v.22, n.1, p.9-27, jan./mar., DRUZIAN, A. F. Aspectos epidemiológicos da coqueluche em mato Grosso do Sul. Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Disponível em: < andle/ /1842>. Acesso em: 15 jan HAMBORSKY, J. et al. Center of diseases control and preventions. Pertussis: Epidemiology and Prevention of Vaccine- Preventable Diseases. The Pink Book: Course Textbook - 12th Edition Second Printing; HEININGER, U. Recent progress in clinical and basic pertussis research. Eur J Pediatr. v.160, p , Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Estados e Cidades, Disponível em: < Acesso em: 15 jan MARQUES, D. A. O Perfil Epidemiológico da Coqueluche no Estado de Santa Catarina, Brasil, no Período de 2001 a Departamento de Saúde Pública, Universidade Federal de Santa Catarina; Disponível em: < cacoes/tcc/perfil_epidemiologico_da_coq ueluche_sc.pdf>. Acesso em: 15 jan MARTINEZ, M. B.; TRABULSI, L. R. Bordetella pertussis. In.TRABULSI, L. R.; ALTEERTHUM, F. Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, MOOI, F.R. et al. Bordetella pertussis strains with increased toxin production associated with pertussis resurgence. Emerg Infect Dis., v.15, p , Disponível em: < Acesso em: 15 jan MORAES, J.C.; CARVALHANAS, T.; BRICKS, L.F. Caso pertussis acelular ser recomendado para os profissionais de saúde? Cad. Saúde Pública., v.29, n.7, apr. p , POSSE, C. A. R.; MICELI, I. N. P. Evolucion de la coqueluche em la Argentina a finales de siglo XX. Medicina, Buenos Aires, v.65, n.1, p. 7-16, SABELLA, C. Pertussis: Old Foe, persistent problem. Cleveland Clinic Journal of Medicine. Cleveland, v.72, n.7, , C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez

15 Perfil epidemiológico da coqueluche em Vitória da Conquista - Bahia SESAB. Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Alerta Sobre a Situação Epidemiológica da Coqueluche Disponível em: < e.ba.gov.br/sites/default/files/galeria/texto/ 2013/05/17/Alerta%20Coqueluche%20Bah ia_corrigido.pdf>. Acesso em: 15 jan SOMERVILLE, L. R. Infants hospitalised with pertussis: estimating the true disease burden. Journal of Pediatrics and Child Health, Auckland, v.43, , TREVIZAN, S.; COUTINHO, S. E. D. Perfil epidemiológico da coqueluche no Rio Grande do Sul, Brasil: estudo da correlação entre incidência e cobertura vacinal. Cad. Saúde Pública., v.24, n.1, , WASHINGTON, W. J. et al. Koneman Diagnóstico Microbiológico. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; SUPERINTENDÊNCIA de Vigilância e Proteção da Saúde - SUVISA Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Boletim Epidemiológico. Situação epidemiologia de coqueluche na Bahia., ano 3, v.1, Disponível em: < iles/boletim%20coqueluche%20outubro% pdf>. Acesso em: 15 jan C&D-Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.9, n.2, p , jul./dez. 2016

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