I CONGRESSO INTERNACIONAL DA ROTA DO ROMÂNICO
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- Lucinda Olivares Marroquim
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1 I CONGRESSO INTERNACIONAL DA ROTA DO ROMÂNICO LOUSADA 28 I 29 I 30 SETEMBRO 2011 Da existência, ou não, de pintura mural a fresco de expressão românica em Portugal Joaquim I. Caetano
2 a opinião dos estudiosos
3 ... Portugal,... viveu, durante séculos, a nosso ver, na comunhão artística mais íntima com os nossos irmãos de além Minho, e a nossa pintura primitiva veio fatalmente de lá, com a traça das primeiras construções religiosas. Não são, porém, só estes os elementos de estudo que podemos apresentar, e que são, infelizmente, em reduzido número, pelo abandono a que a humidade do clima fez votar necessariamente, em Portugal e na Galiza, a velha pintura a «fresco», importada de França com a arquitectura românica. E assim, em Portugal, a pintura a «fresco», introduzida com a construção das primeiras igrejas, deve ter, desde essa época remota, e conjuntamente com a arte da iluminura, evolucinando sempre ascencionalmente, embora com lentidão e dificuldade... FIGUEIREDO, José de, O Pintor Nuno Gonçalves, s/ data, (1910)
4 Podia haver os mosaicos, a cobrirem interiormente as cúpulas, mas não chegou para tanto a nossa modesta fortuna, nos séculos XII e XIII; podia e devia haver pinturas murais, que preenchessem a função decorativa do mosaico, frequentíssimo em Itália. VASCONCELOS, Joaquim de, Arte Românica em Portugal, 1918
5 Portugal recebeu os frescos de França e de Itália e decorou com eles as suas velhas igrejas românicas. A transformação artística do século XVI interrompeu a corrente que se formara. As pinturas a fresco descobertas até hoje em Portugal, são,... relativamente poucas. Suficientes, contudo, para justificarem a hipótese de que tal género decorativo se estendeu por todo o norte, em íntima ligação com os frescos galegos. CORREIA, Vergílio, A Pintura a Fresco em Portugal nos Séculos XV e XVI, 1921
6 Não se conhecem ainda elementos de informação que identifiquem a existência, certamente possível, de uma pintura medieval, anterior ao século XV, nas casas e Igrejas românicas e góticas de Portugal. Todavia, em muitos templos românicos, dispersos pelo mundo cristão, as grandes superfícies murais eram decoradas pela imagem,... Esse facto leva a admitir como possível a existência de decoração mural, entre nós, numa época em que tanto a pintura como a escultura tinham um sentido universal e faziam parte integrante dos monumentos. A pintura mural teve em Itália o seu máximo esplendor nos séculos XIII, XIV e XV, ao passo que em França e na Catalunha um dos períodos mais brilhantes foi o da época românica. É provável que em Portugal este género de pintura tenha tido também, nesta época, grande importância e alto significado na educação religiosa. MOURA, Abel de, Conservação de Frescos, Boletim da DGEMN, Nº106, 1961
7 Por falta de elementos não podemos afirmar que, à semelhança do que aconteceu na Alemanha, na França, na Itália e na Espanha, as igrejas românicas portuguesas apresentassem, desde a fundação, as paredes cobertas de figurações coloridas. Embora certos documentos se refiram a pinturas «velhas e apagadas», existentes nos começos do século XVI em muitos templos, as que chegaram até aos nossos dias não correspondem à ancianidade atribuível aos edifícios. Tão rico de igrejas românicas, Portugal não possui pinturas românicas, reconhecidas. CORREIA, Vergílio, Frescos, Boletim da DGEMN, Nº10, 1937
8 Quando, Portugal, no século XII, se constituiu como Nação independente, não estava, em boa verdade, muito mais desfavorecido, no campo da grande pintura, do que qualquer outra monarquia ou estado peninsular, salvo a Catalunha... onde, já nessa centúria, se desenvolve uma surpreendente actividade de decoração mural. do período românico nenhuma pintura parietal nos resta e pouquíssimo se sabe. A existência dessa pintura é meramente conjectural... GUSMÃO, Adriano de, Os Primitivos e a Renascença, in Arte Portuguesa, dir. João Barreira, s/ data (1951?)
9 A pintura mural, glória do românico doutros países da Europa, pode dizer-se que não existiu entre nós. Os frescos de algumas das nossas igrejas românicas, como os da Senhora da Azinheira, Travanca, Arnoso, Font Arcada, Barcos e outras cujos estudos princeps devemos a V. Correia, são quando muito do século XV, e a maior parte manuelinos. SANTOS, Reynaldo dos, O Românico em Portugal, 1955
10 Da pintura a fresco, estudada sobretudo por Vergílio Correia, raros ou ingénuos vestígios nos restam, e esses mesmo quase todos do século XV ou primeiro terço do XVI. Frescos românicos como em França, Itália, Jugoslávia, etc., nada nos resta... se os tivemos. E o que se atribui ao século XIV é mais ficha de inventário que obra de valor artístico. SANTOS, Reynaldo dos, Oito Séculos de Arte Portuguesa. História e Espírito, s/ data (1960)
11 É neste século [XV] que aparece a pintura a fresco e a óleo. Infelizmente, a ignorância e o terramoto de 1755, seguido de incêndio, fizeram desaparecer os últimos espécimes de frescos que possuíamos, ficando-nos tão somente a notícia histórica da sua existência. CAMPOS, Correia de, Imagens de Cristo em Portugal, s/ data (1963?)
12 ... se a época românica desenvolveu ainda mais estas formas de expressão artística [pintura sobre tábua ou a fresco], para as quais oferecia novas possibilidades temáticas e de realização, caso das largas e novas paredes por onde o pictórico se poderia estender, onde estarão os testemunhos da pintura românica portuguesa? Esta pergunta impõe-se. A necessidade de cor era satisfeita ou pela pintura directa sobre a pedra, por exemplo a ocre, como notamos em Rio Mau, ou pela utilização de tecidos ricos ou orientais, dependurados, como se fazia na capela-mor da primitiva Sé de Braga no tempo do bispo D. Pedro. ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, O Românico, in História da Arte em Portugal, Vol. 3, Publicações Alfa, Lisboa, 1986
13 a cor na arquitectura
14 Abambres, Igreja de S. Tomé S. Frutuoso de Montélios Braga, Sé Pombeiro, Mosteiro
15 Tomar, Convento de Cristo
16 os panos decorativos: brocados e panos de armar
17 Apresentação no Templo, Mestre do Retábulo da Sé de Viseu, , Museu Grão Vasco Retábulo de Santa Auta, , MNAA
18 Coroação de Maria, Michael Wolgemut, Crónica de Nuremberga, c. 1490
19 Braga Cap. de Nª Sª da Glória
20 Outeiro Seco Ig. de Nª Sª da Azinheira Folhadela Ig. de S. Tiago Vila Marim Ig. de Stª Marinha
21 Folhadela Ig. de S. Tiago Adeganha Ig. de S. Tiago Couto de Ervededo Ig. de S. Martinho
22 Maçainhas Cap. do Espírito Santo
23 Duas Igrejas Ig de Stª Eufêmia França séc. XII
24 Vila Marim Ig. de Stª Marinha Itália Século XV
25 Adeganha, Igreja de S. Tiago
26 tratamento de juntas ou o gosto pela arquitectura erudita
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29 Mouçós Ig. de Nª Sª de Guadalupe
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33 Rio Mau Ig. de S. Cristóvão
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35 Travanca Ig. do Mosteiro
36 Rates Ig. de S. Pedro
37 S. Martinho de Mouros Ig. de S. Martinho
38 Guimarães Ig. de S. Miguel do Castelo
39 Roriz Ig. de S. Pedro
40 Monção Rua antiga
41 Donas Casa do Paço
42 Santa Leocádia Ig. de Stª Leocádia
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46 Marco de Canaveses Ig. de S. Nicolau
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48 Telões Ig. de Stº André
49 Vila Real Cap. de S. Brás
50 Bravães Ig. do Salvador
51 S. Martinho de Mouros Ig. de S. Martinho
52 Lourosa Ig. de S. Pedro
53 Salamanca Catedral Velha
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55 Anunciação Retábulo de Santos-o-Novo Gregório Lopes MNAA
56 MNAA Mestre Desconhecido Anunciação
57 MNAA Mestre do Retábulo de S. Bento A Virgem visita Stª Isabel
58 Montemor-o-Velho Ig. de Stª Maria das Alcáçovas Garcia Fernandes Casamento de Nossa Senhora
59 Souto de Lafões Ig. Paroquial
60 Sarzeda Ig. Matriz
61 Bragança Conv. de S. Francisco
62 Évora Casas Pintadas de Vasco da Gama
63 Évora Ig. S. Francisco
64 Vila Viçosa Templete da horta do Paço
65 Montemor-o-Novo Ig. de Stº Aleixo
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73 Coimbra Ig. de Stª Clara-a-Velha
74 Villanueva del Grilo Ig. de San Martin
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