SISTEMA DE PRODUÇÃO DISCRETA. Prof.: Anastácio Pinto Gonçalves Filho
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- Maria Fernanda Bernardes Sabrosa
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1 SISTEMA DE PRODUÇÃO DISCRETA Prof.: Anastácio Pinto Gonçalves Filho
2 ARRANJO FÍSICO Arranjo físico é a forma de disposição de instalações, máquinas, equipamentos, pessoal de trabalho em operações industriais, comerciais ou de serviço puro. Determina como os recursos a serem transformados materiais, informações e clientes- fluem através dos processos da operação..
3 A IMPORTÂNCIA DO ARRANJO FÍSICO Influi nas distâncias do trajeto de materiais, pessoas, equipamentos. Influi nos custos operacionais : estoques, filas, movimentação interna. Influi no conforto: funcionários e clientes. Influi nas vendas: exposição de mercadorias, trajeto dentro das lojas,etc... Segurança dos empregados.
4 INDICADORES DE PROBLEMAS NO ARRANJO FÍSICO Demora no desenvolvimento dos trabalhos; Acúmulo e concentração de pessoas e formulários; Fluxo de trabalho inadequado; Má projeção dos locais de trabalho; Perda de tempo na locomoção das pessoas em suas atividades.
5 UM BOM ARRANJO FÍSICO Segurança do processo: perigo de danos ou de sigilo. Extensão do fluxo: deve ser canalizado pelo layout, pode ser o caso de minimizar distancias, garantir a passagem de consumidor, e outros aspectos. Clareza no fluxo de clientes e materiais: corredores demarcados, sinalização no piso, etc. Conforto da MO: evitando ruídos, calor, etc.
6 UM BOM ARRANJO FÍSICO Coordenação gerencial: facilidade de visão e atendimento, troca de informações entre departamentos, etc. Acesso aos equipamentos e instalações: manutenção, limpeza,etc. Uso do espaço: determinação adequada de cada tarefa ou micro operação, inclui aspectos de gerar percepção a clientes, etc. Flexibilidade no longo prazo: possibilidade de expansões ou modificações ao longo do tempo.
7 TIPOS ARRANJO FÍSICO Funcional ou por processo Por produto Celular Posicional (posição fixa)
8 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) A lógica desse tipo de arranjo é a de agrupar recursos com função ou processo similar. Por exemplo: Numa planta fabril com arranjo funcional, os tornos ficam todos agrupados na tornearia, as furadeira ficam agrupadas no setor de furação, e assim por diante; Numa loja de departamentos com arranjo por processo, a organização de seus departamentos é feita em roupas femininas, roupas masculinas, sapatos, etc.;
9 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) Num supermercado com arranjo por processo, os produtos são também, em geral, agrupados de acordo com sua função: material de limpeza, congelados, alimentos, etc.; Num hospital com arranjo funcional, os setores são organizados pela especialidade ou função: setor de radiologia, setor de ortopedia, setor de análises clínicas, etc.
10 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL)
11 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) TORNOS TRATAMENTO TÉRMICO EXPEDIÇÃO FRESAS FURADEIRAS RECEBIMENTO RETÍFICAS X Y
12 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) PEIXARIA AÇOUGUE QUEIJOS E FRIOS PADARIA B E B I D A S P A P E L A R I A H I G I E N E U T E N S Í L I O S L I M P E Z A C E R E A I S A L I M E N T O S E N L A T A D O S L E G U M E S F R U T A S X Y
13 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) O arranjo físico funcional é, em geral, usado quando os fluxos que passam pelos setores são muito variados e ocorrem intermitentemente. Observe que, embora na figura anterior apenas dois fluxos possíveis estejam representados, fica claro que as possibilidades de esse tipo de arranjo físico lidar com diferentes roteiros para os fluxos são enormes.
14 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) Isso é o que faz esse tipo de arranjo físico ser considerado bastante flexível. Por outro lado, também é fácil imaginar que esse tipo de arranjo, quando os fluxos começam a ficar intensos, faz com que os fluxos se cruzem, acarretando piora na eficiência e aumento no tempo de atravessamento dos fluxos.
15 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) Esse é um trade off presente nesse tipo de arranjo: privilegia a flexibilidade dos fluxos (permite, por exemplo, que independentemente da preferência ou necessidade do cliente percorrer diferentes trajetos, mais longos ou mais curtos, todos possam ser acomodados) à custa da eficiência.
16 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) O desafio nas decisões sobre arranjo físico funcional, ou por processo, é procurar arranjar a posição relativa e as áreas de cada setor, de forma a aproximar setores que tenham fluxo intenso entre si, para evitar deslocamentos desnecessários, de maneira a encaixar adequadamente o posicionamento e as áreas resultantes na área total disponível, respeitando uma série de restrições que possa haver, de proximidade ou distância entre setores, devido a motivos tecnológicos ou outros.
17 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) Você logo nota que a resolução do problema de definir um arranjo físico funcional pode tornar-se bastante complexa, com múltiplos objetivos a atingir, sujeita a muitas restrições.
18 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO (OU EM LINHA) O segundo tipo de arranjo físico tratado aqui é o arranjo por produto ou em linha. Chama-se por produto, porque a lógica usada para arranjar a posição relativa dos recursos é a sequencia de etapas do processo de agregação de valor. Evidentemente, só valerá a pena arranjar os recursos segundo a sequencia de etapas de um processo se ela é percorrida por um grande volume de fluxo.
19 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO (OU EM LINHA) Ou seja, o arranjo físico por produto é mais adequado a operações que processam grandes volumes de fluxo que percorrem uma sequência muito similar: empresas que produzem um ou poucos produtos em altos volumes, ou que atendam a grandes volumes de clientes que passam por uma sequência comum de etapas no processo de atendimento.
20 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO (OU EM LINHA) Exemplos também são abundantes: linhas de montagem de veículos, aparelhos eletrônicos, indústrias de processo, etc. É comum que operações que produzam altos volumes de um ou poucos produtos estejam na verdade produzindo matérias-primas, muitas vezes produtos sem diferenciação de marca (aço, alumínio, papel, vidro plano, entre outros).
21 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO (OU EM LINHA) O que está sendo descrito aqui é que nos arranjos físicos por produto ou em linha há certo nível de conexão entre diferentes etapas de um processo agregador de valor. Essa conexão é alta em linhas de montagem, mas chega a seu máximo em operações que trabalham com processo em fluxo contínuo.
22 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO (OU EM LINHA)
23 PROCESSO X PRODUTO ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO LÓGICA TIPO DE PROCESSO RECURSOS AGRUPADOS POR FUNÇÃO POR TAREFA POR LOTE OU BATELADA RECURSOS ARRANJADOS SEQUENCIALMENTE LINHA (MANUAL OU AUTOMÁTICA) FLUXO PROCESSADO INTERMITENTE, VARIÁVEL CONTÍNUO VOLUMES POR PRODUTO BAIXOS ALTOS VARIEDADE DE PRODUTOS ALTA BAIXA DECISÃO DE ARRANJO FÍSICO LOCALIZAÇÃO DOS RECURSOS BALANCEAMENTO DE LINHAS ESTOQUE EM PROCESSO ALTO BAIXO SINCRONIZAÇÃO ENTRE ETAPAS DIFÍCIL FÁCIL IDENTIFICAÇÃO DE GARGALOS MAIS DIFÍCIL MAIS FÁCIL DISTÂNCIAS PERCORRIDAS LONGAS CURTAS % DE TEMPO AGREGANDO VALOR BAIXA ALTA ESPAÇO REQUERIDO GRANDE PEQUENO NATUREZA GERAL DOS RECURSOS MAIS POLIVALENTES DEDICADOS CUSTOS COM MANUSEIO DE MATERIAIS CRITÉRIO COMPETITIVO PRIORIZADO MAIS ALTOS FLEXIBILIDADE MAIS BAIXOS CUSTO, VELOCIDADE
24 ARRANJO FÍSICO CELULAR O arranjo físico celular tenta aumentar as exigências do geralmente ineficiente arranjo físico funcional, tentando, entretanto, não perder muito de sua desejável flexibilidade. Baseado num conceito às vezes chamado de tecnologia de grupo, recursos não similares são agrupados de forma que com suficiência consigam processar um grupo de itens que requeiram similares etapas de processamento.
25 ARRANJO FÍSICO CELULAR - ETAPAS Um arranjo físico celular é desenvolvido em etapas: Identificar famílias de itens produzidos que tenham, agregadamente, volume suficiente e similar conjunto de recursos para serem processados deve-se estar preparado para que sobrem determinados itens de grande variedade que não conseguem ser colocados em nenhuma célula -, estes continuarão, em geral, a ser processados num setor com arranjo funcional;
26 ARRANJO FÍSICO CELULAR - ETAPAS
27 ARRANJO FÍSICO CELULAR - ETAPAS Identificar e agrupar recursos (máquinas, pessoas) de forma que consigam, com suficiência, processar as famílias de itens identificadas, definindo células;
28 ARRANJO FÍSICO CELULAR - ETAPAS Para cada célula, arranjar os recursos, usando os princípios gerais do arranjo por produto, estabelecendo uma pequena operação dentro da operação, de forma que a movimentação e os fluxos daquelas famílias identificadas sejam mais ordeiros, simples e ágeis;
29 ARRANJO FÍSICO CELULAR - ETAPAS
30 ARRANJO FÍSICO CELULAR - ETAPAS Localizar máquinas grandes ou que não possam ser divididas para fazerem parte de células específicas para próximo das células.
31 ARRANJO FÍSICO CELULAR
32 ARRANJO FÍSICO CELULAR RESULTADOS Não se perde flexibilidade, pois o mesmo conjunto original de itens continua sendo processado; Ganham-se velocidade e eficiência de fluxo, pois os recursos de particular célula estão próximos numa pequena operação ;
33 ARRANJO FÍSICO CELULAR RESULTADOS As distancias percorridas pelos fluxos dentro das células são muito menores; Simplificam-se os fluxos no restante da operação, que fica aliviada das famílias de itens que conseguem ser processadas pelas células estabelecidas; tempos de preparação dos equipamentos nas células tendem a ser menores, já que processam itens de forma e dimensões similares;
34 ARRANJO FÍSICO CELULAR RESULTADOS Melhora-se a qualidade, já que o grupo de funcionários a cargo de gerenciar e operar os recursos das células tende a desenvolver mais a sensação de propriedade e responsabilidade por uma família inteira de itens e não apenas por uma etapa produtiva;
35 ARRANJO FÍSICO CELULAR RESULTADOS Melhor controle de produção, pois cada célula é focalizada num relativamente pequeno grupo de itens. Normalmente, iniciativas de formação de semiautonomia dos grupos de funcionários responsáveis pela célula acompanham as iniciativas de celularização.
36 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ( TAMBÉM CHAMADO FUNCIONAL) TORNOS TRATAMENTO TÉRMICO EXPEDIÇÃO FRESAS FURADEIRAS RECEBIMENTO RETÍFICAS X Y
37 ARRANJO FÍSICO CELULAR RESULTADOS TORNOS TRATAMENTO TÉRMICO EXPEDIÇÃO CÉLULA Y FRESAS RECEBIMENTO FURADEIRAS RETÍFICAS Y X
38 ARRANJO FÍSICO POSICIONAL O arranjo físico posicional caracteriza-se pelo material ou pessoa processado pela operação ficar estacionário por impossibilidade, ou por inviabilidade ou por inconveniência de fazê-lo mover-se entre as etapas do processo de agregação de valor. Como o objeto da operação fica estacionado, são os recursos que se deslocam até ele.
39 ARRANJO FÍSICO POSICIONAL Exemplos são: A construção civil é, em geral, impossível fazer um edifício mover-se entre etapas de um processo produtivo; Estaleiros; Aviões de grande porte; Restaurantes convencionais o cliente fica sentado e os recursos vão a ele; Unidades de terapia intensiva; Private banking.
40 ARRANJO FÍSICO POSICIONAL Trata-se, em geral, de um tipo de arranjo físico cuja eficiência é baixa (daí ser crescentemente comum que as operações que necessitam operar com arranjos posicionais terceirizem grande parte das etapas do processo de agregação de valor a empresas especializadas que podem, então, utilizar seus recursos em uma maior quantidade de operações).
41 ARRANJO FÍSICO POSICIONAL Permite, entretanto, grau máximo de customização: as produções que se utilizam de arranjos posicionais, geralmente, dedicam-se a produtos únicos ou em muito pequenas quantidades. Num restaurante convencional, por exemplo, os custos de servir são muito maiores que num restaurante do tipo bandejão.
42 ARRANJO FÍSICO POSICIONAL
43 ARRANJOS FÍSICOS FLEXÍVEIS É cada vez mais frequente que empresas dediquem-se por se manter flexíveis em termos de alterar seus arranjos físicos. Como é comum o aumento da taxa de introdução de novos produtos, algumas empresas tentam aumentar a facilidade com que configuram e reconfiguram novos setores produtivos, novas células de produção, entre outros. Para isso, optam, quando possível, por tecnologias e equipamentos de menor porte (para facilitar sua movimentação para novas configurações), às vezes sobre rodas, com demarcações no chão definindo setores ou células feitas, não com tinta, mas com fitas adesivas.
44 ARRANJOS FÍSICOS FLEXÍVEIS
45 ARRANJOS FÍSICOS FLEXÍVEIS
46 ARRANJOS FÍSICOS FLEXÍVEIS
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48 Sistemas de Produção e Arranjo Físico SISTEMAS DE PRODUÇÃO PRODUÇÃO POR PROJETO PRODUÇÃO POR LOTE PRODUÇÃO EM MASSA PRODUÇÃO CONTÍNUA TIPOS BÁSICOS DE ARRANJO FÍSICO ARRANJO FÍSICO POSICIONAL ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ARRANJO FÍSICO CELULAR ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO TIPOS DE PROCESSOS EM SERVIÇOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS LOJA DE SERVIÇO SERVIÇO EM MASSA
49 ARRANJO FÍSICO VERSUS VARIEDADE E VOLUME Variedade FLUXOS INTERMITENTES ARRANJO FÍSICO POSICIONAL ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO ARRANJO FÍSICO CELULAR ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO Volume FLUXOS CONTÍNUIOS
50 SELEÇÃO ARRANJO FÍSICO Posicional Funcional Celular Produto TIPO VANTAGENS DESVANTAGENS Flexibilidade muito alta de mix de produto; Produto ou cliente não movido ou pertubado; Alta variedade de tarefas para a mão-de-obra. Alta flexibilidade de mix de produto; Relativamente robusto em caso de interrupção de etapas; Supervisão de equipamento e instalação relativamente fácil. Pode dar um bom equilibrio entre o custo e flexibilidade para operações com variedade relativamente alta; atravessamento rápido; Trabalho em grupo pode resultar em melhor motivação. Baixo custos unitários para altos volumes; Dá oportunidade para especialização de equipamento; Movimentação conveniente de clientes. Custos unitários muito altos; Programação de espaço por atividade pode ser complexa; Pode significar muita movimentação de equipamentos e mão-de obra Baixa utilizaçao de recursos; Pode ter alto estoque em processo ou filas de clientes; Fluxo complexo pode ser dificil de controlar. Pode ser caro reconfigurar o arranjo físico atual; Pode requerer capacidade adicional; Pode reduzir níveis de utilização de recursos. Pode ter baixa flexibilidade de mix; Não muito robusto contra interrupções; Trabalho pode ser repetitivo.
51 SELEÇÃO ARRANJO FÍSICO
52 DÚVIDAS? BOA NOITE!!
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