REGULAMENTO PARA OPERAÇÃO COM GRÃOS NO PORTO DE SALVADOR
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1 REGULAMENTO PARA OPERAÇÃO COM GRÃOS NO PORTO DE SALVADOR Salvador - BA Outubro
2 REGULAMENTO PARA OPERAÇÃO COM GRÃOS NO PORTO DE SALVADOR Objetivo Este regulamento estabelece diretrizes, definições e condições gerais para as operações portuárias com grãos no Porto de Salvador, Salvador - BA, com vistas à melhoria contínua da qualidade e da segurança do serviço, buscando a minimização do impacto ao meio ambiente e à saúde das pessoas, através da adoção de procedimentos padrão para o controle de vetores e de pragas urbanas existentes no ambiente portuário. Abrangência O presente regulamento se aplica à Codeba, aos operadores portuários e/ou arrendatários que executam operações portuárias com grãos no Porto de Salvador, cabendo-lhes manter práticas de adoção de medidas preventivas necessárias, para evitar acidentes no trabalho, poluição do ambiente e aumento da população de insetos, aves e outros no Porto. Definições Para efeito deste regulamento são adotadas as seguintes definições: arrendatário a pessoa jurídica titular de contrato de arrendamento de áreas ou instalações portuárias da Codeba, em conformidade com os procedimentos estatuídos na legislação aplicável; controle de vetores e pragas urbanas: conjunto de ações preventivas e corretivas de monitoramento ou aplicação, ou ambos, com periodicidade minimamente mensal, visando impedir de modo integrado que vetores e pragas urbanas se instalem ou reproduzam no ambiente; equipamento de proteção individual (EPI): todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a preservar a saúde, a segurança e a integridade física do trabalhador; fauna sinantrópica nociva espécies animais que interagem de forma negativa com a população humana, causando-lhes transtornos significativos de ordem econômica ou ambiental, ou que represente risco à saúde pública.; 2
3 licença ambiental ou termo equivalente: ato administrativo formal, expedido pelo órgão ambiental competente, que licencia a empresa especializada a exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e pragas urbanas; licença sanitária ou termo equivalente: ato administrativo formal, expedido pelo órgão sanitário competente, que licencia a empresa especializada a exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e pragas urbanas; operador portuário - a pessoa jurídica pré-qualificada para a execução de operação portuária na área do porto organizado; pragas urbanas: animais que infestam ambientes urbanos podendo causar agravos à saúde, prejuízos econômicos, ou ambos (pombos, ratos e outros); vetores: artrópodes ou outros invertebrados que podem transmitir infecções, por meio de carreamento externo (transmissão passiva ou mecânica) ou interno (transmissão biológica) de microrganismos. CONDIÇÕES BÁSICAS A CODEBA somente disponibilizará armazéns para armazenagem de grãos no Porto de Salvador quando estes se encontrarem devidamente protegidos contra o ingresso de pragas urbanas e vetores, devendo ser verificado por seus prepostos se os armazéns possuem telas no teto, vitrais em todas as janelas e portas em perfeito funcionamento. Os Operadores Portuários e/ou donos de cargas devem adotar as medidas necessárias para manter os Armazéns destinados à armazenagem de grãos livres de vetores, roedores e demais espécimes da fauna sinantrópica nociva, promovendo a instalação, nas edificações, de dispositivos que impeçam a entrada e presença destes animais. Cabe aos Operadores portuários o efetivo cumprimento dos procedimentos constantes neste Regulamento. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS O Operador Portuário deverá manter um preposto no Porto de Salvador, competindo-lhe a supervisão e comando das operações de movimentação de grãos no referido ambiente portuário. Além disso, constarão de suas atribuições a implantação de procedimentos operacionais padrão (POP), e a 3
4 manutenção de equipe treinada para cumprir todos os procedimentos exigidos para este tipo de operação. Cabe ao Operador Portuário: a) antes do inicio da operação - solicitar à Codeba autorização para a utilização dos seguintes equipamentos: balança, grabs, moegas, guindastes e armazéns da Codeba, devendo realizar: a vistoria dos armazéns, verificando a integridade dos portões, telhado, piso, vitrais e outros, colocados à sua disposição pela Codeba; a vistoria dos grabs para verificar se estão regulados visando impedir vazamentos; a varrição completa dos armazéns; a vistoria nos guindastes para verificar se estão em condições adequadas de uso; a inspeção dos transportadores, certificando-se que os mesmos estejam limpos e em condição de uso; a inspeção de todos os caminhões a serem utilizados, para verificar as suas condições físicas, inclusive certificar de apresentam vazamentos na carroceria. b) durante a operação : verificar se os trabalhadores portuários encontram-se devidamente uniformizados e portando os EPI necessários aos desenvolvimento da atividade portuária, conforme previsto na NR-29; se assegurar de que todos os caminhões envolvidos na operação estão adequados à operação, verificando, inclusive, a existência e condição do forro interno, das lonas e respectivos fixadores, da sinalização luminosa e sonora etc.; verificar se os motoristas de caminhões estão habilitados, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro, e se dispõem de vestuário adequado, composto por camisa, calça comprida e sapato, conforme prevê a Norma de Acesso aos Portos; orientar o Guindasteiro a manter um rítmo de operação que evite o derramamento de grãos no cais; manter equipe de varrição para atuar continuamente, durante todo período de descarga do navio; verificar se o operador da moega e operador de pá carregadeira respeitaram o limite máximo de enchimento das caçambas, em conformidadade com a respectiva capacidade, nos moldes previstos no anexo 1, utilizado atualmente pela Intermarítima; 4
5 assegurar que a descarga dos caminhões nos transportadores dos moinhos seja realizada de forma adequada e sem derramamento de trigo no piso do cais ou em outras áreas do porto; realizar varrição dos armazéns, vias de acesso e do costado do navio de forma contínua, dispondo os resíduos de forma adequada; por ocasião da saída das caçambas dos armazéns ou após a realização de descargas em moegas, realizar a limpeza das caçambas e pneus, para certificar-se que não existem mais resíduos de trigo após o enchimento das caçambas, colocar lonas que liguem o convés do navio ao cais, para evitar derramamento de trigo no mar, prendendo-as de forma a não enrolarem com a pressão do vento; verificar se os trabalhadores estão livres de enfermidades infectocontagiosas ou curativos, inflamações, infecções ou afecções na pele, feridas ou outras anormalidades que possam originar contaminação microbiológica dos grãos, do ambiente ou de outros indivíduos; orientar os trabalhadores para que evitem praticar maus hábitos relacionados à higiene pessoal (urinar, defecar etc.), alertando-os, inclusive, sobre a possibilidade de contaminação dos grãos e do ciclo alimentar; manter as portas fechadas sempre que não houver fluxo de veículos para embarque/desembarque; impedir que os trabalhadores alimentem animais; evitar a entrada de aves nos armazéns, e retirá-las, caso isto ocorra. c) após operação de descarga de navios/armazenagem Informar a CODEBA sobre o final da descarga do navio; realizar a limpeza dos equipamentos como - guindastes, moegas, transportadores, grabs e transportadores de moinho; realizar a varrição do costado do navio, vias de acesso e dos armazéns utilizados durante a operação de descarga, dispondo os resíduos de forma adequada; realizar diariamente inspeção dos armazéns para certificar-se das boas condições de utilização; realizar diariamente limpeza de todos os armazéns da CODEBA utilizados em armazenagem de grãos ; assegurar a correta operação, empreendendo esforços para que esta ocorra de forma limpa. PENALIDADES As não conformidades identificadas pela CODEBA nas fiscalizações das operações com grãos, referentes a procedimentos previstos no presente regulamento e na legislação vigente, serão apuradas e reprimidas na forma dos 5
6 38,39,40, 41, 42 e 43 da Lei Federal n o , de 29 de fevereiro de 1993 e da Norma para Pré-qualiificação de Operador Portuário da Codeba vigente. Na quantificação da pena, pela Codeba, devem ser levados em consideração a gravidade do descumprimento, suas circunstâncias, consequências, além de eventuais atenuantes e agravantes registrados. VIGÊNCIA O presente Regulamento foi aprovado na 475.ª Reunião Ordinária da Diretoria Executiva, realizada em 29 de outubro de 2012 e passa a vigorar a partir desta data, devendo ser revisto no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, com o objetivo de contemplar as adaptações tecnológicas ocorridas no processo. Caso o regulamento não seja revisto em 1 (um) mês após o fim do prazo de vigência será automaticamente prorrogado. Salvador, 29 de outubro de José Muniz Rebouças Diretor Presidente 6
7 ANEXO A Controle de Peso das Caçambas - Operação com Grãos de Trigo BTB ,00 JOA ,00 JOZ ,00 NYJ ,00 HZH ,00 JOS ,00 JMY ,00 JNZ ,00 KNG ,00 BWB ,00 Total ,00 7
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