DIREITO PROCESSUAL PENAL II PROF. MARCELO LEONARDO

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1 DIREITO PROCESSUAL PENAL II PROF. MARCELO LEONARDO RELAÇÃO PROCESSUAL PENAL Sujeitos processuais Juiz jurisdição Independência CF/88, art. 95 garantias constitucionais da magistratura (por exemplo, inamovibilidade, irredutibilidade de subsídios) e as respectivas vedações (como, por exemplo, exercer outro cargo ou função, salvo magistério). Imparcialidade CPP, art. 252 a 256 Autor direito de ação Réu direito de defesa JURISDIÇÃO Poder, dever e atividade. COMPETÊNCIA Os juízes têm a jurisdição limitada pelos critérios de competência. 1. Lugar da infração CPP, art. 70 em regra, a ação penal é proposta no foro do lugar da infração. CP, art. 6º considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Tentativa último ato de execução 2. Prevenção CPP, art. 83 verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição

2 cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa. 3. Domicílio do réu local onde o indivíduo tem residência (elemento objetivo) com o ânimo de ali permanecer (elemento subjetivo). Critério utilizando quando se sabe quem é o agente da infração praticada, mas não se conhece o local da infração. CPP, art. 73 ação penal privada se o local da infração e o local do domicílio do réu forem diversos, a vontade do querelante fixa a competência. 4. Natureza da infração CPP, art. 74 grosso modo, competência em razão da matéria. Justiça Federal CF/88, art º se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro (por exemplo, o tribunal tem a jurisdição mais graduada do que a do juiz singular), que, em tal caso, terá sua competência prorrogada. 5. Distribuição CPP, art. 75 critério aleatório quando determinado órgão do Judiciário tem mais de um juiz competente para julgar a ação, fixa-se a competência pelo critério da distribuição. 6. Prerrogativa de função (pessoas) CPP, art. 84 a 87 artigos parcialmente recepcionados pela CF vigoram naquilo que não contrariam o texto constitucional. Critério excepcional que prevalece em relação aos outros. Ação penal originária dos tribunais CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DE COMPETÊNCIA 1. Lugar da infração 2. Domicílio do réu 3. Natureza da infração

3 4. Prerrogativa de função 5. Distribuição 6. Prevenção 7. Conexão ou continência Conexão CPP, art. 76 Continência CPP, art. 77 CPP, art. 78 regras da unidade de julgamento. CPP, art. 79 separação obrigatória dos processos. CPP, art. 80 separação facultativa dos processos por decisão devidamente fundamentada. Súmula 90 do STJ compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele. Súmula 122 do STJ compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do Art. 78, II, "a", do Código de Processo Penal. Súmula 704 do STF não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. COMPETÊNCIA CRIMINAL DOS ORGÃOS JUDICIÁRIOS BRASILEIROS 1. STF art. 102 da CF/88 I competência originária inciso I ações penais (alíneas b e c ), habeas corpus (alíneas d e i ) e revisão criminal (alínea j ). Obs.: revisão criminal é a ação rescisória do processo penal, cabível apenas contra sentença condenatória transitada em julgado. A revisão criminal é proposta apenas nos tribunais. II competência recursal recurso ordinário de habeas corpus (inciso II), recurso extraordinário (inciso III)

4 Impetrava-se habeas corpus originário substitutivo de recurso ordinário quando o STJ negava HC (nesse caso o coator passaria a ser o STJ). Entretanto, visando diminuir a quantidade de serviço, o STF tem firmado o entendimento de que se deve impetrar recurso ordinário de habeas corpus e não habeas corpus originário. O prazo para o recurso ordinário de HC é de 5 dias após a publicação do acordão. Recurso extraordinário inobservância de norma constitucional. 2. STJ art. 105 da CF/88 I competência originária inciso I ações penais (alínea a ), habeas corpus (alínea c ) e revisão criminal (alínea e ). II competência recursal recurso ordinário de habeas corpus (inciso II), recurso especial (inciso III) Aplica-se o mesmo raciocínio do STF no que diz respeito ao recurso ordinário de habeas corpus. Recurso especial inobservância de Lei Federal. 3. Justiça Federal I 1ª instância (juiz federal) art. 109 da CF/88 ações penais (incisos IV, V, V-A, VI, VII, IX, X e XI) II 2ª instância (TRF) art. 108 da CF/88 a) originária inciso I ações penais (alínea a ), habeas corpus (alínea d ) e revisão criminal (alínea b ). b) recursal inciso II decisões/sentenças criminais proferidas por juízes federais. 4. Justiça do Trabalho art. 114 da CF/88 Matéria criminal não é de sua competência. A Justiça do Trabalho não tem jurisdição penal. Entretanto, importante registrar a existência de tese contrária a essa afirmação (Antônio Álvares da Silva).

5 5. Justiça Eleitoral art. 118 e ss. Juiz de direito zona eleitoral TRE e TSE Crimes eleitorais e habeas corpus em matéria eleitoral. 6. Justiça Militar art. 122 e ss. I Federal STM e auditorias militares federais Crimes militares definidos no Código Penal Militar nos quais os acusados são integrantes das forças armadas. II Estadual Tribunal de Justiça Militar Estadual (TJME) e auditoria militar estadual Crimes militares nos quais os acusados são policiais militares. 7. Justiça Estadual Competência residual. O maior amálgama de competência está na Justiça Estadual, sendo que os outros órgãos do Judiciário possuem competência especializada e limitada COMPETÊNCIA CRIMINAL (CONTINUAÇÃO) Justiça Estadual Competência residual Segunda instância de 2005 para cá, apenas o Tribunal de Justiça integra a segunda instância da justiça estadual. Anteriormente, havia Tribunais de Alçada em alguns estados para meros fins de distribuição de recursos. Tribunal de Justiça a) competência originária Ações penais prefeito (CF, art. 29, X); juiz estadual e membros do MP estadual (CF, art. 96, III); e aqueles previstos no art. 106 da Constituição Mineira. Habeas corpus coator juiz de direito Revisão criminal A competência do Tribunal do Júri pode ser excepcionada apenas pela Constituição Federal. Sendo assim, o membro do MP estadual será julgado pelo TJ até nos casos de

6 crimes dolosos contra a vida (CF, art. 93, III). O mesmo não ocorre com aqueles que têm prerrogativa de função prevista no art. 106 da Constituição Mineira, sendo que, nos casos de crimes dolosos contra a vida, serão julgados perante o Tribunal do Júri. b) competência recursal 1ª instância LDOJE (Lei Complementar 59/2001) comarca (entrância) divisão em varas. Em Minas Gerais há 853 municípios divididos em 300 comarcas. Comarca de BH (mais de 10) Varas Criminais (comuns) distribuição (3) Vara de Tóxicos natureza da infração + distribuição (2) Vara do Júri em cada Vara do Júri há um Juiz Sumariante (responsável pela primeira fase do julgamento pronúncia) e um Juiz Presidente (prepara e preside o júri). (3) Vara Criminal Maria da Penha (1) Vara Criminal legislação especial (1) Vara de Precatórias Criminais (1) Vara de Execução Criminal PROCEDIMENTOS O CPP pretérito era uma justificava para a morosidade da Justiça Criminal. Entretanto, a reforma de 2008 (art. 394 e ss.) não foi capaz de reduzir consideravelmente essa morosidade. Sendo assim, certo é que o problema não reside nas leis e sim na adequação do Judiciário. A Justiça Federal Criminal preparou-se tecnologicamente para diminuir a morosidade do processo, logrando ótimos resultados. Por outro lado, a Justiça Estadual Criminal não se valeu da mesma medida. 1. Ordinário art. 394/405 CPP, art. 394, I crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos. As partes podem arrolar até 8 testemunhas.

7 2. Sumário art. 531/538 CPP, 394, II crimes com pena máxima maior que 2 anos e menor que 4 anos. As partes podem arrolar até 5 testemunhas. 3. Sumaríssimo Lei 9099/95 Juizado Especial Criminal CPP, art. 394, III crimes de competência do juizado especial criminal contravenções e crimes com pena máxima até 2 anos, ou seja, infrações penais com menor potencial ofensivo (Lei 9099/95, art. 61). As partes podem arrolar até 3 testemunhas. A Turma Recursal do juizado especial (grosso modo, espécie de 2ª instância) é composta por três juízes de primeira instância designados pelo TJ. Minas Gerais tem uma das melhores estruturas de Juizado Especial Criminal do Brasil (regionalização e interiorização do JESP). 4. Especial a) CPP I crimes de competência do júri art. 406/497. II crimes de responsabilidade de funcionário público art. 513/518 III crimes contra a honra art. 519/523 IV crimes contra a propriedade imaterial art. 524/530-I b) Lei especial A lei especial criminal quase sempre traz disposições de direito processual. A Lei 8.038/90 regula a tramitação das ações penais originárias (instâncias superiores) procedimento especial (art. 1º/12). 1º PROCEDIMENTO ORDINÁRIO CRIME COM PENA IGUAL OU SUPERIOR A 4 ANOS (ARTS. 394 A 405) 1. Oferecimento da denúncia ou queixa CPP, art. 41 Inépcia inobservância do art. 41

8 Exposição do fato criminoso, qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá lo (o desejável é a identidade civil, mas, quando desconhecida esta, a identidade física será suficiente), classificação do crime e rol de testemunhas (até 8 testemunhas no procedimento ordinário). 2. Decisão judicial a) Recebimento da denúncia ou queixa, ordenando a citação do acusado CPP, art Se o juiz recebe a denúncia ou queixa, o procedimento prossegue, sendo que o magistrado ordena a citação do réu para aviar resposta à acusação. b) Rejeição da denúncia ou queixa CPP, art. 395 I inépcia inobservância do art. 41 II faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal III faltar justa causa para o exercício da ação penal Se o juiz rejeitar a denúncia ou queixa, será cabível recurso em sentido estrito em face desta decisão (CPP, art. 581, I). 3. Resposta à acusação (resposta ou defesa escrita) O réu é citado para oferecer resposta à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias CPP, arts. 396 e 396-A. Anteriormente, a resposta à acusação era denominada defesa prévia. Resposta à acusação alegações, requerimento de produção de provas e rol de testemunhas (até 8 no procedimento ordinário). Se não há argumento para a absolvição sumária do acusado, os defensores, estrategicamente, resumem a resposta escrita à negação da denúncia, a fim de que a acusação não conheça seus argumentos antecipadamente. Crítica ao recebimento da denúncia antecipado o procedimento previsto no CPP possibilita a ocorrência de decisão judicial (recebimento da denúncia) anterior à manifestação processual do acusado. O certo seria que este se manifestasse antes do recebimento da denúncia (ampla defesa e contraditório).

9 Para impedir que o acusado facilitasse a prescrição da ação, bastaria prever que o prazo prescricional seria interrompido pela propositura da ação penal condicionada ao seu recebimento. Atualmente, a prescrição é interrompida pelo recebimento da denúncia. 4. Decisão judicial a) Retificação do recebimento da denúncia ou queixa b) Absolvição sumária CPP, art. 397 c) Designação de AIJ segundo o artigo art. 400, a AIJ deve se realizar em até 60 dias. 5. Audiência de instrução e julgamento Antes, os processos tinham no mínimo três audiências uma para interrogatório do acusado, uma para oitiva das testemunhas da acusação e uma para oitiva das testemunhas da defesa. Roteiro da AIJ CPP, arts. 400 e 401 I declarações do ofendido (vítima); II testemunhas de acusação (arroladas na denúncia ou queixa); III testemunhas de defesa (arroladas na resposta à acusação); IV esclarecimentos dos peritos; V acareações (art. 229) ou reconhecimento de pessoas e coisas (art. 226); Acareação o declarante é ouvido na presença de outro declarante; VI interrogatório do acusado anteriormente era o primeiro ato da instrução; VII pedido de diligências finais (art. 402) surgimento da necessidade de produção de provas em virtude do que ficou constatado na instrução do processo; VIII alegações finais orais prazo para acusação e prazo para a defesa 20 minutos (dependendo da complexidade do caso, prorrogável por mais 10 minutos); IX sentença; Primeiro se produz a prova de acusação, depois a de defesa. Se a testemunha da acusação ausentar-se, o MP pode desistir de sua oitiva, para que se proceda à inquirição das testemunhas de defesa, ou insistir em sua oitiva. Neste último caso, a AIJ será suspensa. 6. Memoriais (art. 403, 3º)

10 Alegações finais escritas prazo de 5 dias para acusação e defesa. 7. Sentença Deve ser prolatada em até 10 dias. Se o réu estiver preso, o processo deve ser fechado dentro do prazo legal (soma dos prazos para a realização dos atos processuais). Ultrapassado esse prazo, o réu deve ser posto em liberdade (relaxamento da prisão ilegal por excesso de prazo). CPP, art. 394, 4º esse roteiro de procedimento é a regra geral do processo penal pátrio. PROCEDIMENTO SUMÁRIO CRIME COM PENA MÁXIMA ENTRE 2 A 4 ANOS Diferenças para o procedimento ordinário CPP, arts. 531 a 536 Rol de testemunhas até 5 testemunhas. AIJ deve ser marcada para os próximos 30 dias. Na AIJ, não há fase para o requerimento de diligências finais. Não é permitido substituir as alegações finais orais por memoriais (alegações finais por escrito). Carta precatória Na disciplina dos procedimentos ordinário e sumário, deve-se sempre ter em vista o que foi disposto no art A precatória é expedida para que a testemunha residente em outra comarca, diversa da que corre o processo, seja inquirida. Ao expedir a carta precatória, o juiz marcará prazo para o seu retorno, sendo que as partes devem ser intimadas da expedição. As partes são responsáveis pelo cumprimento da precatória. Carta rogatória CPP, art. 222-A A rogatória é destinada à jurisdição estrangeira para inquirição de testemunhas depende de relações diplomáticas entre os países a expedição de carta rogatória deve ser justificada, demostrando a sua imprescindibilidade. Ademais, as custas da rogatória

11 (tradutor oficial) são antecipadas, sendo que a parte que arrolou a testemunha residente no estrangeiro deve pagá-las. Bibliografia indicada Aury Lopes Júnior Curso de Direito Processual Penal, vol. único PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL (LEI 9.099/95) Fase policial Termo circunstanciado de ocorrência compromisso de comparecer Audiência preliminar Solução consensual (fruto de acordo) 1. Art. 74 composição civil dos danos (acordo entre o autor do fato e a vítima) não há oferecimento da denúncia. 2. Art. 76 transação penal (acordo entre o autor do fato e o MP) aplicação imediata da pena restritiva de direitos ou de multa não há oferecimento da denúncia. Com o advento da Lei 9.099/95, passamos a ter hipóteses de disponibilidade regrada da ação penal anteriormente a regra era a indisponibilidade da ação penal. Quando cabível a transação penal, o MP deve propô-la? Se o representante do MP não propõe, a melhor doutrina defende a aplicação analógica do art. 28 do CPP remeter os autos ao procurador-geral para análise. 3. Art. 89 suspensão condicional do processo (acordo entre o denunciado e o MP) há oferecimento da denúncia aplicação nos casos de crime com pena mínima de até 1 ano não se aplica apenas aos crimes de menor potencial ofensivo (mais amplo que os outros institutos de solução consensual composição civil dos danos e transação penal). Cumprida a suspensão condicional do processo, o indivíduo pode ser beneficiado novamente por este instituto. Quando não há solução consensual.

12 Ministério Público oferece denúncia (oral reduzida a termo) citação do denunciado AIJ AIJ do rito sumaríssimo 1. Defesa oral 2. Recebimento da denúncia / rejeição da denúncia No Juizado Especial, contra a decisão que rejeita a denúncia cabe apelação (art. 82), que será julgada pela Turma Recursal. 3. Inquirição do ofendido 4. Testemunhas de acusação (até 3) 5. Testemunhas de defesa (até 3) as testemunhas da defesa não são arroladas, mas trazidas pelo acusado se o acusado deseja a intimação das testemunhas, o rol deve ser depositada no juízo em até 5 dias antes da audiência. 6. Interrogatório do acusado 7. Debates orais 8. Sentença Apelação (art. 82) Turma Recursal 1. Rejeição da denúncia/queixa na Justiça Comum o recurso cabível é o recurso em sentido estrito e não apelação. Nem no Juizado Especial e nem na Justiça Comum cabe recurso contra decisão que recebe a denúncia geralmente utiliza-se o Habeas Corpus. 2. Sentença Prazo de 10 dias para apelar petição sempre com as razões. Na Justiça Comum há dois prazos apelar (5 dias) e arrazoar (8 dias). Embargos declaratórios (art. 83) Prazo de 5 dias no Juizado Especial (na Justiça Comum o prazo é de 2 dias CPP). No projeto do novo CPP há duas outras hipóteses de solução consensual: Procedimento abreviado acordo entre o MP e o denunciado em torno da aplicação imediata da pena privativa de liberdade.

13 Barganha aplicável em todos os casos acordo entre o MP e o denunciado em torno da aplicação imediata da pena privativa de liberdade mínima prevista para o crime. Aplicação das soluções consensuais nos crimes ambientais previstos na Lei 9.605/98 1. Art. 27 transação penal a reparação do dano ambiental é obrigatória. 2. Art. 28 suspensão condicional do processo para extinguir a punibilidade, devese comprovar a reparação do dano ambiental por meio de laudo pericial PROCEDIMENTO ESPECIAL 1. TRIBUNAL DO JÚRI CF/88, art. 5º, XXXVIII cláusula pétrea CPP, art. 406 a 497 reforma do CPP de 2008 O Tribunal do Júri é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida (consumados ou tentados). Ao Júri é assegurado: a) o sigilo dos votos; b) a soberania dos vereditos a decisão de mérito dos jurados não pode ser reformada pelo Tribunal de Justiça. No caso de apelação, ou se mantém a sentença, ou manda o réu a novo julgamento. O TJ pode alterar a dosimetria, tendo em vista que a fixação da pena cabe ao magistrado e não aos jurados. O procedimento especial do Júri é dividido em duas grandes fases: a) 1ª fase denúncia pronúncia Pronúncia é a decisão judicial que manda o réu a julgamento perante o Júri juízo de admissibilidade da denúncia exarado pelo juiz sumariante. Fase muito parecida com o procedimento ordinário. I Oferecimento da denúncia/queixa (art. 41) podem ser arroladas até 8 testemunhas (art. 406); II Decisão judicial de recebimento ou rejeição (art. 395) da denúncia/queixa;

14 III Recebida a denúncia, procede-se à citação do acusado; IV Resposta à acusação (defesa escrita) no prazo de 10 dias podem ser arroladas até 8 testemunhas; V Manifestação da acusação no prazo de 5 dias (art. 409); VI AIJ: VI. 1. Declarações do ofendido VI. 2. Inquirição das testemunhas de acusação VI. 3. Inquirição das testemunhas de defesa VI. 4. Esclarecimentos / peritos VI. 5. Acareações / reconhecimentos VI. 6. Interrogatório do réu VI. 7. Debates (alegações finais orais) VI. 8. Decisão judicial A decisão judicial pode ser: 1. Pronúncia (art. 413) manda o réu a julgamento perante o Júri dois requisitos para o magistrado pronunciar o réu, a saber, prova da materialidade de crime doloso contra a vida e indícios de autoria. É a decisão mais fácil (o juiz lava as mãos e entrega o réu a julgamento perante o povo). Na dúvida, manda-se o réu a julgamento perante o júri (um dos requisitos da denúncia diz respeito apenas a indícios de autoria), assim como, na dúvida, indicia-se o investigado e se recebe a denúncia. Além de decidir sobre a materialidade do crime e indícios de autoria, o juiz sumariante decide a respeito da classificação do crime pronunciar o réu nos termos da denúncia ou alterar a classificação. Se o juiz sumariante pronunciar o réu com classificação diversa daquela que consta na denúncia (desclassificação), cabe recurso em sentido estrito para a acusação discutese apenas a classificação. Por fim, o juiz sumariante decide se o réu aguardará o julgamento perante o Júri preso ou em liberdade prisão por pronúncia (requisitos da prisão preventiva / provisória). Anteriormente, a regra era de que o acusado pronunciado aguardasse o julgamento perante o Júri preso. Com o advento da Lei Fleury, alterou-se tal paradigma. 2. Impronúncia (art. 414) não tem força de coisa julgada, sendo que, se surgirem novas provas, o acusado pode ser pronunciado. A impronúncia não absolve o réu, mas

15 apenas arquiva a ação penal por ausência de provas da autoria ou da materialidade do delito. Essa decisão tem caráter de sentença, cabendo apelação. 3. Desclassificação (art. 419) se o juiz sumariante entender que a infração não é de competência do júri (por exemplo, desclassificação do homicídio crime contra a vida para lesão corporal crime contra a integridade física), exara-se decisão judicial de desclassificação, sendo que as partes são intimadas e remetem-se os autos ao juízo competente para julgamento. Aproveita-se a instrução realizada pelo juiz sumariante. Eventualmente, remetidos os autos ao juízo competente, pode haver singela instrução. 4. Absolvição sumária (art. 415) hipótese mais rara, já que sempre se pronuncia o acusado diante da dúvida. Essa decisão também tem caráter de sentença, cabendo apelação. Art. 416 cabe apelação em face da impronúncia e da absolvição sumária (completar essa aula) 2ª fase preparação e julgamento perante o Júri Após a pronúncia, no prazo de 5 dias, a defesa e a acusação podem apresentar petição para juntada de documentos, pedidos de diligências e apresentação do rol de testemunhas (máximo de cinco). Art. 422 intimação das partes para arrolarem testemunhas (no máximo 5) prazo de 5 dias. Documentos (art. 479) a intimação sobre a juntada de documentos deve ser realizada em até 3 dias antes do julgamento não existe, no processo penal brasileiro, testemunha ou documento "bomba", como nos filmes americanos. Toda comarca deverá ter uma lista de jurados, a ser elaborada anualmente (art. 425). A lista provisória é publicada e qualquer pessoa pode fazer impugnação. Depois, será elaborada uma lista definitiva, que valerá para o próximo ano.

16 Marcado o julgamento, com 10 dias de antecedência a este, proceder-se-á ao sorteio, em sessão pública, de 25 jurados (art. 433). A sessão de julgamento pelo júri divide-se em 4 fases: I Formação do Conselho de Sentença a) pregão verificação da presença de todos que precisam estar presentes. Cláusula de imprescindibilidade da testemunha (no momento em que a testemunha é arrolada) a ausência da testemunha arrolada com esta cláusula pode adiar o julgamento; b) chamada dos jurados dos 25 jurados devem comparecer no mínimo 15; c) Conselho de Sentença formados por 7 jurados as mesmas hipóteses que impedem o juiz de julgar, impedem os jurados de votar (causas de impedimento) a quantidade de jurados impedidos não é computado para efeitos de atingimento de quórum necessário (15). Recusa de jurados cada parte pode recusar, sem justificativa, no máximo 3 jurados. d) compromisso dos jurados (art. 472); Incomunicabilidade os jurados não podem conversar entre si e nem com terceiros (diferente do sistema anglo-saxão, no qual os jurados debatem entre si para chegar a uma decisão). O projeto do novo CPP prevê a supressão dessa incomunicabilidade. Hoje, a quebra da incomunicabilidade pode gerar a nulidade do júri. II Instrução do plenário produção de provas para os jurados a) declarações do ofendido; b) testemunhas de acusação máximo de 5 testemunhas; c) testemunhas de defesa máximo de 5 testemunhas para cada réu; Os jurados podem fazer perguntas às testemunhas por intermédio do juiz.

17 d) acareações, reconhecimento, esclarecimentos dos peritos; e) leitura de peças antes de 2008, se as partes requeressem ao juiz a leitura de peças do processo, o juiz deveria acatar. Após a reforma, a leitura de peças foi veementemente limitada (art. 473, 3º). f) interrogatório do acusado III Debates alegações orais feitas na sessão de julgamento a) prazo destinado à acusação MP e assistente (1h30min) b) prazo destinado à defesa (1h30min) Se o processo tiver mais de um réu o prazo é aumentado em 1h para a defesa, bem como para acusação. Após os debates iniciais, pergunta-se à acusação se pretende fazer a réplica. Se não, finda a fase de debates. Se sim: c) réplica (1h para acusação) d) tréplica (1h para defesa) Nas ações com mais de um réu, os prazos para réplica e tréplica são contados em dobro. IV Julgamento (votação de quesitos) Art. 483 simplificação dos quesitos a) juiz questionário quesitos: I materialidade II autoria / participação III absolvição Se o veredito decidir pela não absolvição (condenação), formular-se-á quesitos sobre agravantes e atenuantes. b) sala para votação Cédulas de votação sim / não

18 c) sentença No caso de absolvição, a sentença é simples, pois basta respeitar a decisão dos jurados; No caso de condenação, o magistrado deve fixar a pena, levando em conta o veredito dos jurados. d) leitura pública da sentença Todos saem devidamente intimados da sentença (5 dias para apelação). A sessao de julgamento pelo júri se divide em 4 fases: 1) Formação do Conselho de Sentença: no dia marcado pelo julgamento, far-se-á um pregão pelo oficial de justiça, chamando todas as pessoas arroladas e verificando se as mesmas estao presentes. Ele faz tambem uma chamada dos jurados. Antes de 2008, nao podia haver julgamento pelo juri sem o reu estar presente; a partir desse ano, se o réu for regularmente intimado, será possível fazer o julgamento (art. 467). Arrolar testemunhas com a cláusula de imprescidibilidade e esta não comparecer, nem sempre impede o julgamento (em ciudades do interior é mais fácil fazer a condução coercitiva). O julgamento só será realizado se comparecerem, dos 25 arrolados, no mínimo 15 deles, para compor o Conselho, que é formado por 7 jurados. Os jurados serao informados das restrições como os impedimentos (nesse ponto, valem as mesmas restrições aplicáveis ao juízes). Na hora do sorteio, cada uma das partes pode recusar ate 3 jurados sem justificar, sem dizer er os motivos. Essa fase termina com o compromisso dos jurados (art. 472). Existe uma regra de incomunicabilidade entre os jurados após comporem o Conselho de Sentença (ao contrário do direito anglo-saxão). Há na proposta do novo CPP dispositivo pelo qual os jurados poderao se comunicar. Se houver quebra da incomunicabilidade, o processo será anulado. 2) Instrução em Plenário: instrucao é a fase destinada a produzir prova. Produzir-se-á a prova para os jurados. Assim, se for o caso, haverá: 1) declarações do ofendido; 2) testemunhas da acusação (máx. 5); 3) testemunhas de defesa (máx. 5 para cada réu). Quem pergunta primeiro é quem arrolou a testemunha. Os jurados podem formular perguntas para as testemunhas por intermédio do juiz; 4) acareações, reconhecimentos e esclarecimentos de peritos; 5) leitura de peças do processo (após 2008, art. 473, p.3 - pecas que se referirem exclusivamente a cartas precatórias e laudos, porque sao

19 irrepetiveis e realizadas em fase pré-processual); 6) interrogatório do acusado (após a reforma de 2008). 3) Debates: sao as alegacoes orais feitas no julgamento. Há um prazo obrigatório para a acusacao (1h e 30 min) e um prazo obrigatório para a defesa (1h e 30 min). Se o processo tiver mais de um réu, haverá uma hora a mais para cada parte (art. 477). O tempo referido para a acusaçao engloba o tempo para o Ministerio Público e para o assistente (eles devem combinar a divisão do tempo). A segunda fase dos debates só existirá se o promotor quiser. Se positivo, o MP terá direito a réplica de 1h e a defesa terá direito a tréplica de 1h, ambos prorrogáveis por mais 1h no caso de mais de um réu. 4) Julgamento com a votação de quesitos: o juiz formulará perguntas, chamadas quesitos, para os jurados. A maior causa de anulação de júris é a formulação de quesitos. Art Quesitos acerca de I) materialidade; II) autoria/participação; III) absolvição (este último quesito aproxima o modelo brasileiro do anglo-saxão); se negativo; IV) agravantes, atenuantes, etc. Depois, haverá a fase de votação em sala separada, na qual somente algumas pessoas podem estar presentes. Na votação, quando o quesito atinge maioria (4), para-se a contagem. Após, o juiz redigirá a sentença. Na sentença condenatória, caberá ao juiz fixar a pena, com base no que foi definido pelos jurados, justificadamente. Após, haverá leitura pública da sentença, a partir da qual começa a correr o prazo de 5 dias para a apelação APELAÇÃO DE DECISÃO DO JÚRI A apelação de decisão do júri tem toda uma regulamentação peculiar, pois a Constituição consagra o princípio da soberania do veredito dos jurados. Art. 593, III, alíneas: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia. Nulidade de ordem pública e de caráter absoluto. A parte que deu causa a nulidade não pode alega-la. Não há limite para este tipo de apelação. Nesse caso, caberá apelação todas as vezes que ocorrer nulidade; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;

20 c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança. As alíneas b e c se referem à sentença proferida pelo juiz togado. Nesse caso, o Tribunal pode proceder à devida ratificação da sentença ( 1º e 2º). d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos Única hipótese na qual o Tribunal trata do mérito. 3º Se a apelação se fundar neste dispositivo e o tribunal ad quem convencer-se de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. Além da apelação, havia o protesto por novo júri, que foi extinto pela reforma de Se o réu for submetido a novo julgamento, em virtude de nulidade (a) ou de cassação da decisão de mérito (d), os sete jurados do julgamento anterior estão automaticamente impedidos de julgar a mesma causa. DESAFORAMENTO DO JÚRI Art. 427 deslocamento do julgamento perante o júri de uma comarca para outra. Em principio, o réu deverá ser julgado na comarca do local da infração. Entretanto, algumas situações excepcionais podem motivar o desaforamento do julgamento para outra comarca. PROCEDIMENTO ESPECIAL 2. CRIME PRATICADO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO EM RAZÃO DE SUA FUNÇÃO (ARTS. 513 A 518) Peculiaridade Art. 514 notificação do acusado para oferecer defesa preliminar no prazo de 15 dias, antes do recebimento da denúncia assegura-se de forma mais adequada o exercício da ampla defesa e do contraditório (deveria ser a regra geral).

21 Súmula 330 do STJ não é preciso cumprir o art. 514 se o caso for precedido de inquérito policial no qual o acusado foi ouvido (entendimento insustentável que não se baseia em nenhuma norma). 3. CRIME CONTRA A HONRA (ARTS. 519 A 523) Crítica o código fala em do processo e do julgamento dos crimes de calúnia e injúria, de competência do juiz singular. Não é do processo, mas sim do procedimento, pois o processo é toda relação que se dá entre as partes e o juiz. Ademais, o procedimento do crime de difamação é regulamentado pelos dispositivos desse capítulo (interpretação analógica, totalmente aceita no processo penal) o nome do capítulo deveria ser, pois, do procedimento e do julgamento dos crimes contra a honra. Peculiaridades Audiência de tentativa de conciliação (art. 520). Exceção da verdade (defesa do querelado) alegação de defesa na qual o querelado confirma o que disse e procura demonstrar a veracidade de suas alegações. Em regra, é possível no caso da calúnia. Porém, em determinados casos, o réu não tem direito à exceção da verdade. A lei não admite exceção da verdade na injúria. Na difamação, a exceção da verdade é possível apenas quando aquela se referir a funcionário público. Julgar a exceção da verdade é julgar a conduta do autor da ação penal. Sendo assim, o julgamento de exceção da verdade proposta em face de, por exemplo, indivíduo que é magistrado será de competência do Tribunal de Justiça (art. 85). Se o tribunal acolher a exceção da verdade, o querelado estará absolvido, procedendo-se à instauração de nova ação penal para julgar a conduta do querelante (juiz). Se não acolher, o processo volta ao órgão de origem. 4. CRIME CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL (ART. 524 A 530-I)

22 No caso de crime contra a propriedade imaterial, é necessária prova pré-constituída da materialidade da infração, realizada através de medida cautelar preparatória da ação penal. Com isso, a lei objetiva impedir acusações infundadas entre concorrentes econômicos. Antes, propõe-se medida cautelar para apreensão dos objetos do delito. Após, realiza-se perícia. Se esta concluir pela materialidade da infração, poder-se-á propor a ação penal. Ao lado dos procedimentos especiais previstos no Código, há aqueles regulados em legislação especial (Lei Maria da Penha, Lei das Licitações, Lei de Tóxicos, entre outras). Prova competência e procedimento 1º PROVA Meio de formar o convencimento de quem tem a responsabilidade de julgar, meio de convencer alguém de um fato ou alegação. Tudo que for capaz de cumprir essa tarefa é meio de prova. De regra, tem-se ampla liberdade em relação à produção de provas. Tudo o que for capaz de convencer o juiz, em regra, será admitido como meio de prova, ainda que não regulado na legislação processual penal. A quebra de sigilo é um exemplo. Entretanto, há limite constitucional em relação aos meios de produção de provas princípio fundamental CF, art. 5º, LVI (prova ilícita). O projeto do novo CPP prevê em determinado artigo que provas ilícitas são as provas inconstitucionais e ilegais. Exemplo: se a quebra de sigilo for realizada sem decisão fundamentada de juiz, a prova será ilícita, pois não atendido requisitos legais. Frutos da árvore envenenada a prova derivada da prova ilícita também assumirá esta qualidade, também será ilícita. Art. 157 e parágrafos a prova ilícita juntada aos autos deverá ser desentranhada. Anteriormente, previa-se que o juiz que tomasse conhecimento da prova ilícita ficava, automaticamente, impedido de julgar. 2º exceção à teoria dos frutos da árvore envenenada.

23 Sistemas de valoração da prova 1. Hierarquia legal das provas As provas são postas na lei em ordem hierárquica, sendo que a primeira prova elencada é mais importante do que a próxima ditadura do legislador, a muito tempo ultrapassada. 2. Convicção íntima do juiz Nesse sistema o convencimento do juiz não necessitava ser justificado. Ditadura do juiz, também ultrapassada. 3. Livre convencimento motivado adotado por nosso CPP art. 155 As provas não se valorizam de forma hierárquica, sendo que são postas lado a lado, horizontalmente. O juiz deve justificar o seu convencimento em relação às provas produzidas. O magistrado deve se reportar a fundamentos de fato. Obs.: fundamento de direito exame da lei, da jurisprudência e da doutrina; fundamento de fato exame das provas. Art. 197 redação que permite aferir a mudança no sistema de valoração da prova pode-se substituir confissão por documento, perícia, depoimento, etc. Art. 182 também reflexo do livre convencimento motivado do juiz. O art. 155 ainda preceitua que o magistrado não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. Sua convicção deve se formar pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial. A prova produzida em inquérito policial serve para fundamentar o oferecimento da denúncia e o seu recebimento pelo juiz. Mas, por ocasião da sentença, a convicção do magistrado não deve se formar exclusivamente pelos elementos produzidos na fase extrajudicial. Apenas o sistema acusatório (ação penal) é marcado pelo contraditório. Já o sistema inquisitório (inquérito policial) não tem essa característica. O próprio art. 155 ressalva essa limitação ao excetuar as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. A confirmação em juízo do depoimento prestado em sede policial é prova produzida em contraditório judicial; A produção de provas cabe às partes, sendo que o juiz é imparcial (art. 156). Entretanto, o magistrado pode decidir pela produção antecipada de provas (inciso I).

24 In dubio pro reo CPP, art. 386, inciso VII absolvição por ausência de provas. Apenas a condenação deve ser lastreada por provas produzidas em contraditório judicial. MEIOS DE PROVA 1. Pericial (arts. 158 a 184) Art. 158 exame de corpo de delito a confissão não supre a falta do exame de corpo de delito hoje, a confissão não é a rainha das provas. Corpo de delito ser de qualquer dos reinos que sofreu uma transformação pela ação típica que gerou resultado como vestígios e pode ser objeto de perícia. Em relação a vestígio imaterial (como páginas na internet), deve-se lavrar ata notarial (em cartório), que tem fé pública, para transforma-lo em corpo de delito. Art. 159 se a perícia for realizada por perito oficial, portador de diploma de curso superior, não é necessário mais de um perito. 1º na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. Nas perícias feitas em juízo, as partes podem formular quesitos e designar assistente técnico para a perícia. Ademais, as partes podem requerer esclarecimentos dos peritos. Art. 161 a perícia pode ser realizada em qualquer dia e em qualquer hora Art. 162 a autópsia (o certo é necropsia) será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Encaixa-se na segunda parte deste dispositivo o caso de decapitação MEIOS DE PROVA 2. Palavra do réu (arts. 185 a 200) A testemunha presta depoimento. Quem não tem compromisso de dizer a verdade (vítima) presta declaração. O réu é interrogado. Interrogatório (arts. 185 a 196)

25 Cinco pessoas são necessárias para a realização da audiência de interrogatório do réu: juiz, promotor, escrivão, réu e seu defensor. Deve-se oportunizar a entrevista prévia e particular do acusado com seu defensor exercício da ampla defesa. Ao iniciar o interrogatório, o juiz deve esclarecer ao acusado que ele tem o direito de permanecer calado e que o seu silêncio não pode ser interpretado em seu desfavor. Interrogatório por videoconferência de réu preso (art. 185, 5º) dificuldade de se transportar o acusado virou letra morta, pois o CPP exige a presença do réu na AIJ para que as testemunhas sejam ouvidas comparecer à AIJ é direito do acusado. Interrogatório por precatória acusado que reside em outra comarca. A regra é que o acusado seja interrogado pelo juiz do processo. Entretanto, excepcionalmente, o acusado é interrogado por precatória. O CPP é omisso quanto ao interrogatório por precatória. As partes solicitam e o juiz defere ou indefere o interrogatório por precatória. Confissão / retratação (arts. 197 a 200) Por ocasião de seu interrogatório, o acusado pode proceder à confissão ou à retratação. Confissão deve ser compatível com as demais provas coligidas aos autos. Não é a rainha das provas como no sistema da hierarquia legal das provas. Retratação ocorre quando o acusado confessa o delito na fase extrajudicial e se retrata em juízo a retratação deve ser analisada em consonância com os demais elementos probatórios coligidos aos autos Delação Ocorre quando um corréu assume sua participação no crime e aponta outros indivíduos. Delação / colaboração premiada regulada na lei de tóxicos, na lei de crimes contra o sistema financeiro (lavagem de dinheiro) e na lei Depois das perguntas do juiz, as partes (promotor e defensores dos corréus) podem solicitar esclarecimentos ao acusado (art. 188). O defensor do próprio acusado deve ser o último a formular perguntas dirigidas ao seu cliente.

26 3. Palavra da vítima (art. 201) Sempre que possível, a vítima deve ser ouvida. A vítima não presta compromisso de dizer a verdade. A palavra da vítima é analisada pelo magistrado como qualquer outra prova. Não importa que a vítima seja criança, o juiz deve sempre analisar livremente suas declarações. Determinada condenação pode basear-se apenas nas declarações prestadas pelo ofendido, desde que sejam coerentes e críveis. Tal fato é muito recorrente nos crimes contra a dignidade sexual (palavra da vítima vs. palavra do acusado). Na realidade, o art. 201 não regula as declarações prestadas pelo ofendido, mas assegura a este alguns direitos. 6º procura regular o conflito existente entre princípios constitucionais: liberdade de imprensa e vedação de censura vs. preservação da imagem e direito à intimidade da vida privada segredo de justiça. 4. Prova testemunhal (arts. 202 a 225) As testemunhas são previamente arroladas pelas partes. Na denúncia, pela acusação e na resposta, pela defesa. Excepcionalmente, poderá haver testemunhas do juízo (art. 209) pessoas citadas nos autos que não são arroladas por nenhuma das partes não há limites para a quantidade de testemunhas do juízo. As testemunhas podem ser dos fatos e das pessoas. Estas avaliam as pessoas envolvidas no fato. Quando advier condenação, os depoimentos prestados pelas testemunhas das pessoas são levados em consideração na dosimetria da pena. Algumas pessoas são proibidas de depor (art. 207), outras podem se recusar (art. 206). Os menores de 14 anos, os deficientes / doentes mentais e as pessoas que podem recusar a prestar depoimento não prestaram o compromisso de dizer a verdade (art. 208). Art. 221 determinadas autoridades não se expede mandado, mas sim convite para prestar depoimento. 1º possibilidade de prestação de depoimento por escrito. As partes devem ser intimadas da expedição de carta precatória para prestação de depoimento de testemunha que reside em outra comarca. O magistrado, ao determinar a expedição da precatória, deve fixar prazo razoável para o seu cumprimento. Findo o

27 prazo, o processo pode-se encerrar sem o cumprimento / devolução da precatória (art. 222). Art. 222-A as cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio. Art. 214 contradita à testemunha produz efeitos independentemente de seu deferimento pelo magistrado pode gerar dúvidas a respeito do depoimento prestado por determinada testemunha. 5. Reconhecimento de pessoas / coisas (arts. 226 a 228) O reconhecimento para se constituir em meio de prova deve ser feito licitamente, isto é na forma do art Acareações (arts. 229 e 230) Todas as testemunhas devem ser ouvidas separadamente. Se entre elas houver divergência sobre ponto relevante, podem ser convocadas a serem ouvidos juntas. É possível desde que haja um pedido formulado pelas partes. 7. Documentos (arts. 231 a 238 e 479) Qualquer documento juntado, a parte contrária tem que ter ciência. Qualquer papel escrito, documento público ou privado. A fotografia do documento tem o mesmo valor que o original, desde que autenticado. Em caso de dúvidas há de se fazer perícia. Se estrangeiros, têm que ser traduzidos por tradutor público (registrado na Junta Comercial). É ideal que o documento esteja autenticado pelo consulado do país estrangeiro de origem. 8. Indícios (art. 239) Como meio de prova (art. 239), nos permite afirmar por raciocínio/indução circunstância que era desconhecida. Mas não traduz ideia de certeza. O legislador previu expressamente decisões judiciais que podem ter como fundamento provas indiciárias prisão preventiva (art. 312), pronúncia (art. 413) e medida cautelar de sequestro de bens (art. 126).

28 Em princípio, a prova indiciária não é suficiente para sustentar sentença condenatória. Entretanto, tal entendimento não é pacífico, sendo recorrentes sentenças condenatórias fundadas em provas indiciárias consideradas veementes. NULIDADES O CPP preocupa-se em limitar as hipóteses de nulidade o processo não é fim em si mesmo, mas meio para aplicar o direito material (penal) ao caso concreto. Esse caráter instrumental do processo deve ser respeitado sempre que possível. Princípios 1. Prejuízo Art. 563 nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa (princípio da instrumentalidade). A parte deverá demonstrar prejuízo, afim de que seja decretada a nulidade de determinado ato. 2. Causador da nulidade Art. 565 nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente à formalidade cuja observância só à parte contrária interesse. A falta de protesto formal gera preclusão. 3. Interesse na nulidade Parte final do art Relevância do ato Art. 566 não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. 5. Finalidade do ato processual Art. 572 as nulidades previstas no artigo 564, III, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar se ão sanadas: I se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;

29 II se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim; III se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos O CPP não se refere a nenhuma diferença existente entre ato nulo, ato anulado e ato inexistente. Para efeitos doutrinários tem-se que: ato nulo é o ato que existe, mas tem um defeito que impede a produção de efeitos jurídicos; ato anulado é o ato que existe, mas tem um defeito que impede a produção de efeitos jurídicos a partir do momento em que é anulado; ato inexistente é o ato que possui defeito impeditivo de sua própria existência. O CPP apenas faz a distinção entre nulidade absoluta ou insanável e nulidade relativa ou sanável. As nulidades relativas são aquelas para as quais a lei prevê possibilidade de sanação (arts. 568, 569, 570). O mesmo fato, porém, não ocorre com as nulidades absolutas, que não podem ser sanadas. Art. 571 c/c art. 572, I prazos para arguição das nulidades se há momento processual oportuno para arguição da nulidade e esta não se perfaz, ocorrerá a preclusão. Art. 564 hipóteses de nulidade entende-se que esse artigo é taxativo (numerus clausus). Art. 567 a incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. Se a competência for fixada na Constituição, o processo será integralmente nulo, não se aplicando o artigo em questão incompetência absoluta. A suspeição e o suborno também engendram nulidade integral do processo, pois tais vícios não podem ser sanados. Ao decretar a nulidade, o magistrado deverá elucidar os seus efeitos (art. 573, 2º). No processo civil, observa-se a revelia quando o réu não oferece resposta, sendo que os fatos reputados na inicial são considerados verdadeiros.

30 No processo penal, a revelia tem efeitos delimitados, pois o que reina é a presunção de inocência. A revelia apenas tem o condão de fazer o processo continuar sem a presença do réu. Apesar de revel, o réu ainda tem direito à ampla defesa e ao contraditório. Obs.: libelo peça eliminada dos processos da competência do Júri. Art. 564, III, o a intimação do réu sempre deve ser pessoal. A publicação no Diário Eletrônico do Judiciário serve apenas para a intimação do defensor SENTENÇA Atos do juiz jurisdicionais O CPP utiliza equivocadamente os termos despacho, decisão interlocutória e sentença, confundindo-os (ex. art. 581). Para fins de classificação do ato, deve-se analisar a essência e não o nome atribuído pelo CPP. Despacho atos que não têm carga decisória, constituindo mero impulso processual. São tecnicamente irrecorríveis (ex. juntada de documentos). Decisão interlocutória atos com carga decisória, mas que não põem fim ao procedimento em determinada instância. No Direito Processual Penal há decisões interlocutórias recorríveis e irrecorríveis. Quando a decisão interlocutória for irrecorrível, deve-se valer, dependendo do caso, do Habeas Corpus ou do Mandado de Segurança. Quando recorrível a decisão interlocutória, caberá recurso em sentido estrito (art. 581). Sentença decisão que, com ou sem julgamento de mérito, põe termo ao procedimento em determinada instância. Contra sentença caberá apelação (art. 593). Sentença (art. 381) Relatório Exposição das partes, da acusação e da defesa demonstra que o juízo analisou os autos para prolatar a sentença.

31 Fundamentação Fundamento de fato análise da prova constante do processo Fundamento de direito referência à lei penal o juiz é obrigado a citar a lei penal que está sendo aplicada ao caso concreto (princípio da reserva legal). Dispositivo Conclusão No DPP, pode-se ter sentença condenatória ou sentença absolutória. Data e assinatura do juiz Ao prolatar a sentença, o juiz coloca a data e, após, a entrega à Secretaria. É a data da publicação que é considerada como a data da sentença. Embargos declaratórios (art. 382) Não tem natureza de recurso é mero pedido de declaração de sentença. Art. 382 qualquer das partes poderá, no prazo de dois dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão. No Juizado Especial Criminal, o prazo para interposição de embargos declaratórios é de cinco dias (art. 83 da Lei 9.099/95). Art. 83 caberão embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. 1º. Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. Nova definição jurídica do fato (classificação): correlação entre a sentença e a denúncia A classificação dada pelo delegado no inquérito policial prevalece até o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público. O processo prossegue segundo a classificação atribuída pelo MP. Emendatio libelli (art. 383)

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