1. Procedimento Comum Ordinário - continuação.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1. Procedimento Comum Ordinário - continuação."

Transcrição

1 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: Procedimento Comum Ordinário PONTO 2: Procedimento Comum Sumário PONTO 3: Procedimento Comum Sumaríssimo 1. Procedimento Comum Ordinário - continuação. - Audiência de Instrução e Julgamento: - Prazo: 60 dias. - Ordem dos atos da AIJ: 1) Declarações do ofendido; 2) Testemunhas de acusação; 3) Testemunhas de defesa; 4) Acareações, perícias, reconhecimento de pessoas/coisas; 5) Interrogatório; 6) Diligências. 1º. Declarações do Ofendido 2º. Testemunhas de Acusação 3º. Testemunhas de Defesa Nesse número não estão computados ainda aquelas que nada souberem da causa e as que não prestarem compromisso. (é possível oitiva de maior numero de testemunhas permitidas, as referidas). O que ocorreu com a reformam do art. 212 foi o abandono do sistema presidencialista e a adoção do sistema cross examination (aplicado equivocadamente, pois não há perguntas cruzadas, e sim perguntas diretas). Isso significa que ao juiz são vedadas perguntas às testemunhas, principalmente as de acusação, tudo para que se preserve o sistema acusatório. Assim, as partes deverão fazê-las diretamente, sendo facultado ao juiz perguntar ao final, desde que o questionamento já se tenha iniciado por alguma das partes. Art As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já

2 respondida. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. A parte poderá desistir da ouvida da testemunha sem a anuência da parte contraria art. 401, 2º, CPP Exemplo: o MP arrola uma testemunha que seja também de interesse da defesa, que deixa de arrolar. O juiz pode homologar a desistência da defesa. Mas, se houver prejuízo, poderá haver nulidade se houver prejuízo para defesa. 2 Art Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código. 401, 2º. A parte poderá desistir da oivida da testemunha sem a anuência da parte contraria art 4) Acareações, perícias, reconhecimento de pessoas e de coisas art. 400, caput, 1º e 2º: Art Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 1 o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 2 o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. Como a audiência é una, devendo réu dela sair sentenciado, existe uma limitação em relação aquilo que se pode postular na audiência. Em assim sendo, todas as provas deverão ser produzidas numa única solenidade, devendo o Juiz indeferir aquelas que visam a procrastinar o feito. Diligências, da mesma forma, somente serão deferidas aquelas cuja necessidade se tenha originado a partir da audiência. Com relação aos peritos, caso haja necessidade de ouvi-los, a parte deverá fazer prévio requerimento para tanto.

3 3 - Interrogatório do acusado: Último ato da audiência, o que se traduz em beneficio ao acusado, pois tem a chance de ouvir toda a prova produzida no processo. Logo depois, é entrevistado, se preso, com seu defensor, e interrogado. Obs: interrogatório é meio de prova e meio de defesa. O réu não pode ser conduzido para o interrogatório (art , CPP). O STJ entende que o interrogatório é ônus do réu, portanto, a autoridade não pode determinar a sua condução. Salvo quando houver dúvida quanto a sua identidade. Segundo o STJ, é nulidade relativa quando o réu preso não é requisitado ou não apresentado na audiência de instrução e julgamento, devendo ser comprovado prejuízo e argüir no momento oportuno. - Diligências: e julgamento. Somente serão admitidas aquelas cuja necessidade se origine da audiência de instrução - Debates: Vinte minutos para cada parte e para cada réu, sendo que, em caso de mais de um acusado, o tempo será individual art. 403, 1º 2, CPP. prazo a defesa. Se houver assistente de acusação, o prazo será de 10 minutos, acrescentando-se igual - Sentença em audiência: Ou se houver deferimento de diligências imprescindíveis, conforme o art. 404 do CPP ou se o processo for considerado complexo, o Juiz substituirá os debates por memoriais com 5 1 Art Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. 2 Art 403, 1 o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.

4 4 dias para cada parte, conforme artigo 403, 3º 3 do CPP. Nesse caso, a sentença deverá ser proferida em 10 dias. Obs: é o artigo que se utiliza analogicamente no encerramento da primeira fase do Tribunal do Júri, já que lá não se prevê a substituição de debates por memoriais. 2. Procedimento Comum Sumário artigos. 531 a 540, CPP: - Aplicabilidade: aplica-se nas infrações penais com sanção maior do que 2 anos e menor do que 4 anos. Ou quando uma infração penal for retirada do JEC. Obs: há os três procedimentos dentro do art. 134 do CP: caput sumaríssimo, 1º - sumário e 2º- ordinário. Art Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo. O outro âmbito de incidência do sumário ocorre quando uma infração penal for retirada do juizado especial criminal, sendo que, por força do artigo 538 do CPP, utilizar-se-á o procedimento comum sumário. Além disso, nos crimes falimentares, independentemente da pena, utiliza-se o procedimento comum sumário (Lei /05). - Diferenças entre procedimento comum ordinário e sumário: 1ª) número de testemunhas: 5 testemunhas (sumário) 2ª) Prazo para audiência de instrução e julgamento 30 dias no sumário. 3ª) Diligências art , CPP: embora a primeira parte do dispositivo não admita, é certo que se a prova faltante for imprescindível, a diligência deverá ser deferida. 3 Art. 403, 3 o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.

5 5 4º) Memoriais. 3. Procedimento Comum Sumaríssimo - art. 98, I 5, CF: - aplicabilidade: art. 60 6, Lei 9099/95. Exceções: - art. 66, parágrafo único 7, da Lei 9099/95 citação por edital. Se o acusado não for encontrado para ser citado, pessoalmente, o processo será encaminhado ao Juízo Criminal comum. A citação deverá ser pessoal e realizada no próprio juizado, quando possível. Admite-se a citação por hora certa. do CPP. Quando é retirado do JEC, o procedimento adotado é o sumário, conforme artigo 538 A respeito da aplicabilidade dos benefícios do JEC, quando o réu vem para o processo após ter sido remetido ao juízo comum: - Primeira corrente: perdem-se os benefícios do JECRIM e segue-se o rito comum sumário. (corrente majoritária). - Segunda corrente: no juízo criminal comum, devem ser aplicados os benefícios do JECRIM. - Terceira corrente: localizado o réu, restitui-se o processo ao JEC. 4 Art Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. 5 Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau. 6 Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. 7 Art. 60. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.

6 6 2º) Art. 77, 2º 8 e 3º 9, Lei 9099/95 - complexidade do processo: Na ação penal pública ou privada, o Juiz poderá remeter o processo ao juízo comum sumário se o fato é complexo (ex: pluralidade de réus, de vítimas; incidente de insanidade mental). Obs1: como o deslocamento não se deu por culpa do réu, ele não perde os benefícios previstos no JEC. Obs2: a complexidade somente se aplica na fase processual, jamais se estendendo a fase policial. Ex: MP pede diligência a autoridade policial, a qual entende muito complexa e invoca esse art. 77, porém, a autoridade policial não tem competência para modificar o TC para IP. Somente pode ser feita na fase judicial. 3º) Estatuto do Idoso Art. 94 da Lei /03: Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. Para crimes previstos no estatuto do idoso cuja pena máxima não exceda a dois anos, aplicam-se todas as regras da Lei 9099/95: termo circunstanciado, benefícios e procedimento. Para crimes previstos no estatuto do idoso cuja pena máxima seja maior do que dois e não ultrapasse quatro anos, somente se adota o rito, na fase processual, sumaríssimo. No mais, haverá inquérito policial e sem direito, o réu, a composição civil de danos e transação penal. Quanto ao SURSI processual, será cabível desde que a pena mínima seja igual ou inferior a um ano. Esta regra não ampliou o conceito de infração de menor potencial ofensivo. 4º) Lei Maria da Penha art. 41, Lei /06: Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei n o 9.099, de 26 de setembro de Art. 77, 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 9 Art. 77, 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei.

7 7 Não haverá termo circunstanciado, deverá ser elaborado pela policial IP. Não haverá composição civil de danos. Havia discussão quanto a suspensão condicional do processo, porém o STF já vedou qualquer aplicação da Lei 9099/95, bem como SURSI processual. No TJRS entende que não se aplica a Lei 9099/95 apenas aos crimes, podendo ser aplicado nas infrações penais. 5º) Art. 90-A, Lei 9099/95 - crimes militares: Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. Valem as mesmas disposições vistas em relação a Lei Maria da Penha, ou seja, não se aplica nada do JEC aos crimes militares. Seguem as regras do Código de Processo Militar. 6º) Prerrogativa de função: O julgamento caberá ao Tribunal competente, mas, se couber, deverá ser alcançado algum beneficio do JEC. Ex: prefeito comete crime contra a honra, será julgado pelo TJ, cabendo o beneficio previsto no JEC. 7º) Justiça Eleitoral: Idêntica observações as feitas em relação ao foro privilegiado pela prerrogativa de função, ou seja, o julgamento caberá a Justiça eleitoral, sendo cabíveis benefícios, se for o caso. 8º) Crimes conexos ou continentes com crimes sujeitos ao juízo comum ou do Tribunal do Júri: - art. 60, parágrafo único, Lei 9099/95; - art. 2º, parágrafo único 10, Lei /01; - art. 48, 1º 11, Lei /06. - Lei / Art. 2º. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrente da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. 11 Art. 48, 1 o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais.

8 8 Havendo conexão ou continência de uma infração de menor potencial ofensivo e crime afeto ao Tribunal do Júri ou ao juízo comum, não haverá mais cisão processual, devendo ambos tramitar no juízo mais amplo, segundo entendimento majoritário dos Tribunais Superiores entendimento minoritário (Grinover, Nucci e Jacomole) uma vez que a competência do JEC é constitucional. Não havendo mais cisão, ambos tramitarão no juízo mais amplo, devendo, o MP, observar, em relação a IMPO dois institutos a saber: composição civil de danos e a transação penal que deverão ser ofertados no juízo comum, não no sumaríssimo. Não sendo, aceitos, não se devolve a IMPO ao JEC, devendo ambos permanecerem no juízo comum. crime; Cabe suspensão condicional do processo nessa situação? Não; - para que alguém ser beneficiado pelo SURSI ela não pode ser processa por outro - Súmula do STJ e Súmula STF. Princípios do JECRIM: - Celeridade: visa a dar rapidez aos atos processuais. Ex: citação no próprio juizado art ; intimação por correspondência art Economia processual: visa a realização do maior número de atos possíveis na mesma audiência. - Informalidade: o que importa é ter o ato atingido a sua finalidade, independentemente da forma como foi praticado. Art do JEC. 12 Súmula 243, STJ. O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano. 13 Súmula 723 STF: Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 14 Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. 15 Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação.

9 9 - Oralidade - art. 65, 3º 17 : somente os atos essenciais é que serão objeto de registro por escrito. Os demais serão todos gravados. Ex: denúncia oral art ; resposta preliminar art , da Lei 9099/95. (Encontram-se no Art , primeira parte, da Lei do JEC). - Simplicidade art. 2º 21 : é o reflexo de todo procedimento sumaríssimo. Procedimento: - Fase Preliminar: - Composição civil dos danos art da Lei 9099/95: É uma tentativa de acordo entre o autor do fato e a vítima, prevista no art. 74 e parágrafo único 23 da Lei 9099/95. é cabível nas ações penais privadas e nas ações penais públicas condicionadas a representação, isso porque elas são disponíveis. Não ocorre na ação penal pública incondicionada porque o bem é indisponível, pertence a coletividade. 16 Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. 17 Art. 65, 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente. 18 Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. 19 Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. 20 Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 21 Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. 22 Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. 23 Art. 74. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.

10 10 A conseqüência desse instituto, uma vez homologado, é que a vítima renuncia ao direito de queixa ou de representação, sendo que jamais poderá buscar, de outro lado, complementação do valor na esfera cível. A natureza jurídica, portanto, é de que se trata de um beneficio despenalizador e de uma causa de extinção da punibilidade. Homologada pelo juiz, não cabe recurso desta sentença. O pagamento total do dano por um dos autores extingue a punibilidade de todos. O pagamento parcial não. A aceitação do valor por parte de uma das vítimas não impede a ação contra o autor do fato em relação as outras. da vítima. Não há limitação temporal com relação a composição civil dos danos, pois depende só - Art transação penal: Trata-se de um beneficio despenalizador, pois se evita a aplicação de penas privativas de liberdade. Somente podem ser impostas penas restritivas de direitos ou multa. Havendo composição civil de danos, não haverá transação penal. Somente se chega ate a transação penal quando não coube composição civil de danos ou quando a ação penal é pública incondicionada. Cabe transação penal em ação penal privada? Duas posições: - admite-se, por analogia a ação penal pública, sendo que quem detém legitimidade para propor é o querelante. Se o querelante, injustificadamente, não oferecer, será proposta pelo MP. (corrente majoritária). - não cabe, uma vez que não há previsão legal e porque existem outras formas de se evitar a ação penal privada. Requisitos: 24 Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

11 11 - temporal: carência de 5 anos entre uma transação e outra. Não ter sido o autor do fato condenado definitivamente a pena privativa de liberdade, por crime, no prazo da reincidência art. 64, I 25, CP. Este prazo não é eterno. Sustentando a doutrina que o período em que se veda a concessão do beneficio é o mesmo tempo da reincidência. - circunstância do art do CP. Obs: crimes ambientais (art da Lei 9605/98) ocorre ao contrário, não há transação penal sem o prévio acordo na composição cível. Efeitos da transação: Não gera reincidência, não gera maus antecedentes e não torna certa a obrigação de reparar o dano. Cumprida a transação penal extingue-se a punibilidade, aplicando-se analogicamente o art da Lei 9099/95. Descumprida a transação penal: TJRS: duas posições: 1ª) se devolve o processo ao status quo ante, possibilitando ao MP o oferecimento de denúncia. 25 Art Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação. 26 Art O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. 27 Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 28 Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu cumprimento far-se-á mediante pagamento na Secretaria do Juizado.

12 12 2ª) a sentença homologatória da transação penal é considerada uma sentença condenatória imprópria, fazendo coisa julgada formal e material e, portanto, só cabe a execução da pena. - STJ: A sentença homologatória da transação penal é classificada como condenatória imprópria, fazendo coisa julgada, fazendo coisa julgada formal e material. Assim, diante do descumprimento é cabível somente a execução da pena. - STF: Os autos retornam a origem para que se adotem as providências cabíveis, ou seja, o oferecimento da denúncia. Pois entende que a natureza dessa sentença é apenas homologatória.

Juizados Especiais Criminais

Juizados Especiais Criminais Direito Processual Penal Juizados Especiais Criminais Constituição Federal Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados,

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Procedimento Comum e Ordinário Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal PROCEDIMENTO COMUM E ORDINÁRIO LIVRO II Dos Processos em Espécie

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 2 Prof. Gisela Esposel - Artigo 62 da lei 9099/95.

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento Sumaríssimo. Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento Sumaríssimo. Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017 Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento Sumaríssimo Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Infrações penais de menor potencial ofensivo

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei Prof. Gisela Esposel - Procedimento Comum Sumaríssimo - Artigo 394 do CPP. O procedimento será comum

Leia mais

Aula nº 09. Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 - Exercícios Comentados

Aula nº 09. Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 - Exercícios Comentados Página1 Curso/Disciplina: Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula: Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 Professor(a): Elisa Pittaro Monitor(a): Analia Freitas Aula nº 09. Juizados Especiais

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida

DIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida DIREITO ELEITORAL Processo penal eleitoral Parte 2 Prof. Roberto Moreira de Almeida Competência Regra geral A competência da Justiça Eleitoral, inclusive a criminal, nos termos do caput do art. 121 da

Leia mais

PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE

PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE PROCEDIMENTO E DEVIDO PROCESSO LEGAL Quando a lei fixa um procedimento, o juiz deve observá-lo (como regra), ainda que haja concordância das

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum ordinário Parte II Prof. Gisela Esposel - 3- Citação do acusado para apresentar a resposta à acusação : - Artigo 396 A do CPP. Na resposta,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal

DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumário Prof. Gisela Esposel - Do procedimento comum sumário: Procedimento comum sumário - Artigo 394, caput do CPP. O procedimento será comum

Leia mais

26/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II

26/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II II 5ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 II Acessem!!!!!! www.rubenscorreiajr.blogspot.com 2 1 RASCUNHAO DO PROFESSOR RUBENS 2 Lei 9.099 de setembro de 1995; Todas as contravenções penais; Os crimes

Leia mais

Juizados Especiais Criminais Elisa Pittaro

Juizados Especiais Criminais Elisa Pittaro Juizados Especiais Criminais Elisa Pittaro www.masterjuris.com.br 1-Godofredo tem a obrigação legal de cuidar de determinado idoso, mas o abandonou em um hospital conduta prevista no art. 98, do Estatuto

Leia mais

Na esfera estadual os Juizados Especiais Criminais estão regulados pela Lei 9099/1995 e na esfera federal pela Lei /2001.

Na esfera estadual os Juizados Especiais Criminais estão regulados pela Lei 9099/1995 e na esfera federal pela Lei /2001. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS FASE PRELIMINAR E PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (ARTS. 394, 1º, III, DO CPP, E ARTS. 77 A 81 DA LEI 9099/1995) Processos que tiverem por fim a apuração

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3. Prof. Rodrigo Mesquita

DIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3. Prof. Rodrigo Mesquita DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3 Prof. Rodrigo Mesquita A lei nº 9.605/98 tutela o direito de todos os homens possuírem o direito fundamental

Leia mais

Quanto à informalidade, vale conferir o artigo 65 da Lei 9.099/95:

Quanto à informalidade, vale conferir o artigo 65 da Lei 9.099/95: Curso/Disciplina: Processo Penal Aula: Processo Penal - 78 Professor(a): Marcelo Machado Monitor(a): Thales Pinto Freitas Aula 78 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO Trata-se do procedimento cabível aos crimes de

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 4 Prof. Gisela Esposel - Do procedimento Sumaríssimo. Artigo 77 e seguintes da Lei 9099/95 - Recusada a transação,

Leia mais

LEI Nº , DE 20 JUNHO DE 2008.

LEI Nº , DE 20 JUNHO DE 2008. LEI Nº 11.719, DE 20 JUNHO DE 2008. Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, relativos à suspensão do processo, emendatio libelli, mutatio libelli

Leia mais

Processo Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJSP - VUNESP

Processo Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJSP - VUNESP Processo Penal Professor Luiz Lima CONCURSO TJSP - VUNESP BLOCO II: Conhecimentos em Direito (24) Questões de português; (16) Questões de informática; (4) atualidades; (6) matemática; (40) questões: 1.

Leia mais

LEGISLAÇÃO Extravagante Jecrim

LEGISLAÇÃO Extravagante Jecrim LEGISLAÇÃO Extravagante Jecrim Professor Thalisson Faleiro LEI Nº 9.099/95 DISPÕE SOBRE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAL. Infração penal: Crimes Reclusão Detenção Máximo da pena e de 30 anos. Multa Contravenção

Leia mais

LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS

LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS Lei nº 9.099, de 26 de Setembro de 1995 (Atualizado até Lei 13.105/2015) AULA 2 JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento comum: ordinário e sumário. Gustavo Badaró aulas 22 e 29 de março de 2017

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento comum: ordinário e sumário. Gustavo Badaró aulas 22 e 29 de março de 2017 Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento comum: ordinário e sumário Gustavo Badaró aulas 22 e 29 de março de 2017 PLANO DA AULA 1. Comparação dos procedimentos ordinários 2. Procedimento

Leia mais

Capítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5

Capítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5 S u m á r i o Capítulo 1 Introdução...1 Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5 2.1. Início do IP... 17 2.2. Indiciamento... 24 2.3. Identificação Criminal a Nova Lei nº 12.037/2009... 27 2.4. Demais Providências...

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 3 Prof. Gisela Esposel - Da representação. - Artigo

Leia mais

JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9099/95)

JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9099/95) JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9099/95) Previsão: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes

Leia mais

NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO ORDINÁRIO

NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO ORDINÁRIO NOVO PROCEDIMENTO PENAL - RITO ORDINÁRIO AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (p/ réus presos em 60 dias) OITIVA DO OFENDIDO OITIVA DAS TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO (8) DENÚNCIA OU QUEIXA RECEBIMENTO REJEIÇÃO

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Lei nº 9.099, de 26.09.1995, artigos 60; 61; 76 e 1º a 6º; 89 e 1 a 7º Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal LEI Nº 9.099, DE 26.09.1995,

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Procedimento Comum Sumaríssimo (Lei nº 9.099 de 1995) Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal PROCEDIMENTO COMUM SUMARÍSSIMO CONSTITUIÇÃO

Leia mais

4. AÇÃO CIVIL EX DELICTO 4.1 Questões

4. AÇÃO CIVIL EX DELICTO 4.1 Questões SUMÁRIO 1. APLICAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 1.1 A lei processual no espaço 1.2 A lei processual no tempo (irretroatividade) 1.3 A lei processual em relação às pessoas 1.3.1 Imunidades 1.3.2 Imunidade

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 18/05 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 2.3 PROCEDIMENTO DA LEI DE DROGAS (Lei 11.343/06) - Procedimento Previsto nos artigos 54 a 59 da

Leia mais

Juizados Especiais. Aula 13 (21.05.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br.

Juizados Especiais. Aula 13 (21.05.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br. Juizados Especiais Aula 13 (21.05.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br Ementa da aula Juizado Especial Criminal Competência Princípios JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

Leia mais

PONTO 1: Procedimentos

PONTO 1: Procedimentos 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Procedimentos PROCEDIMENTOS Procedimento/rito é a forma pela qual se desenvolve o processo. Indicações bibliográficas: Nucci e Avena, ambos edição de 2009. Art. 394 do CPP. Hoje,

Leia mais

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei nº 11.340/2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina TÍTULO IV - DOS PROCEDIMENTOS CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 13. Ao processo, ao julgamento

Leia mais

Procedimento comum ordinário.

Procedimento comum ordinário. Procedimento comum ordinário. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO Devido processo legal PROCESSO E PROCEDIMENTO Inicialmente, é importante

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULA DIA 03 DE MARÇO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

DIREITO PROCESSUAL PENAL III. AULA DIA 03 DE MARÇO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA DIREITO PROCESSUAL PENAL III AULA DIA 03 DE MARÇO DE 2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com - Superada a questão da rejeição da peça inaugural acusatória, caberá ao magistrado,

Leia mais

Súmula vinculante 35-STF

Súmula vinculante 35-STF Súmula vinculante 35-STF Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO PROCESSUAL PENAL TRANSAÇÃO PENAL SÚMULA VINCULANTE 35-STF: A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento penal Outros Procedimentos Especiais Prof. Gisela Esposel - Procedimento da lei 11.340/06 Lei Maria da Penha - A Lei 11.340/06 dispõe sobre a criação de Juizados de

Leia mais

Sumário. Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 Processo Penal Capítulo 3 Ação Penal... 5

Sumário. Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 Processo Penal Capítulo 3 Ação Penal... 5 Sumário Capítulo 1 Introdução... 1 Capítulo 2 Processo Penal... 3 Capítulo 3 Ação Penal... 5 3.1. Considerações Gerais...5 3.1.1. Ação penal pública incondicionada...5 3.1.2. Ação penal pública condicionada

Leia mais

31. Nos exatos termos do art. 253 do CPP, nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes,

31. Nos exatos termos do art. 253 do CPP, nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, 31. Nos exatos termos do art. 253 do CPP, nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, (A) consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o

Leia mais

DISPOSIÇÕES PENAIS. CRIMES ELEITORAIS São todas condutas que, durante o

DISPOSIÇÕES PENAIS. CRIMES ELEITORAIS São todas condutas que, durante o CRIMES ELEITORAIS São todas condutas que, durante o processo eleitoral atingem ou maculam a liberdade do direito ao voto, os procedimentos das atividades eleitorais, desde o alistamento até a diplomação

Leia mais

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO TERMO CIRCUNSTANCIADO TERMO CIRCUNSTANCIADO -Substitui o inquérito policial, é utilizado para crimes de menor potencial ofensivo (pena máxima

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Das Provas (Parte 2) Profa. Letícia Delgado 8) Bifásico: art. 187, CPP Art. 187 do CPP: O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.

Leia mais

CRIMES DE TRÂNSITO I

CRIMES DE TRÂNSITO I Crimes de Trânsito I LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO CRIMES DE TRÂNSITO I Neste curso, vamos trabalhar os crimes de trânsito previstos na Lei n. 9.503/1997. DOS CRIMES DE TRÂNSITO (ARTS. 291 AO 312 DO CTB) Art.

Leia mais

Aula 08. LEIS 9099/95 e LEI /01

Aula 08. LEIS 9099/95 e LEI /01 Turma e Ano: Tribcast 2016 Matéria / Aula: Leis Penais 2016 Professor: Marcelo Uzeda Monitor: Mário Alexandre de Oliveira Ferreira Aula 08 LEIS 9099/95 e LEI 10.259/01 Os Juizados Especiais têm fundamento

Leia mais

JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9.099/ 95)

JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9.099/ 95) JUIZADOS ESPECIAIS (LEI 9.099/ 95) 1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL Art. 98, CF/88 - A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados,

Leia mais

Aula 03. Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema:

Aula 03. Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema: Turma e Ano: Juizado Especiais Criminais (2016) Matéria / Aula: Juizados Especiais Criminais 03 Professora: Elisa Pittaro Monitor: Gabriel Desterro e Silva Pereira Aula 03 Continuação: Juizados Especiais

Leia mais

TEMAS CENTRAIS DA LEI DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. JH MIZUNO Editora Distribuidora. Leme, 2006

TEMAS CENTRAIS DA LEI DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. JH MIZUNO Editora Distribuidora. Leme, 2006 FERNANDO CÉLIO DE BRITO NOGUEIRA Promotor de Justiça no Estado de São Paulo, lecionou na Faculdade de Direito da Fundação Educacional de Barretos e na Escola Superior de Advocacia de Barretos, é associado

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 04/05 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 1.2. Procedimento dos crimes contra a propriedade imaterial - Os crimes contra a propriedade imaterial

Leia mais

"Procedimento é o modus operandi do processo". (Carreira Alvim)

Procedimento é o modus operandi do processo. (Carreira Alvim) "Procedimento é o modus operandi do processo". (Carreira Alvim) "Procedimento é a exteriorização do processo, é o rito ou o andamento do processo, o modo como se encadeiam os atos processuais." (Pinto

Leia mais

Fundamento constitucional do JECrim

Fundamento constitucional do JECrim Juizado Especial Criminal Lei 9.099/95 e Lei 10.259/2001 Introdução O presente curso terá por escopo o estudo do Juizado Especial Criminal, a partir de uma visão voltada para as possíveis questões de concursos,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Prof. Gisela Esposel - O procedimento comum ordinário será aplicado para a apuração de crimes cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro)

Leia mais

- Procedimento Juizados Especiais (Lei 9.099) Qual o recurso cabível da decisão que não homologa a transação penal?

- Procedimento Juizados Especiais (Lei 9.099) Qual o recurso cabível da decisão que não homologa a transação penal? Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 16 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Lei 9.099: Audiência Preliminar; Audiência de Instrução e Julgamento; Recursos; Suspensão Condicional

Leia mais

1. Previsão Constitucional: 2. Leis Instituidoras: 3. Competência:

1. Previsão Constitucional: 2. Leis Instituidoras: 3. Competência: 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: Previsão Constitucional PONTO 2: Leis Instituidoras PONTO 3: Competência PONTO 4: Causas de exclusão/ afastamento da competência do JECRIM PONTO 5: O JECRIM e as Leis

Leia mais

CONTINUAÇÃO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO CAUSAS DE RETIRADA DO SUMARÍSSIMO PARA O SUMÁRIO:

CONTINUAÇÃO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO CAUSAS DE RETIRADA DO SUMARÍSSIMO PARA O SUMÁRIO: 1 PROCESSO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: CONTINUAÇÃO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO PONTO 2: RETIRADA DO SUMARÍSSIMO PARA SUMÁRIO PONTO 3: PRINCÍPIOS E DEMAIS IMPLICAÇÕES CONTINUAÇÃO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

Leia mais

ENUNCIADOS APROVADOS ENUNCIADOS CÍVEIS

ENUNCIADOS APROVADOS ENUNCIADOS CÍVEIS ENUNCIADOS APROVADOS ENUNCIADOS CÍVEIS Prolatada a sentença, não se conhece do agravo de instrumento interposto contra a decisão que apreciou o pedido de tutela antecipada. É inadmissível o recurso de

Leia mais

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

DIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues DIREITO ELEITORAL Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues Código Eleitoral Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública. Ac.-TSE 21295/2003: cabimento de ação penal privada subsidiária

Leia mais

Procedimento sumário.

Procedimento sumário. Procedimento sumário. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO Devido processo legal PROCESSO E PROCEDIMENTO Inicialmente, é importante ressaltar

Leia mais

19/08/2012 PROCESSO PENAL II

19/08/2012 PROCESSO PENAL II II 5ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 1 RASCUNHÃO DO PROFESSOR RUBENS!!! 2 Alterações pós 2008: Defesa preliminar complexa e completa, garantindo o contraditório e ampla defesa e não apenas um

Leia mais

12/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II

12/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II II 3ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 II Acessem!!!!!! www.rubenscorreiajr.blogspot.com 2 1 PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS Forma padrão de procedimento - ordinário (art.395 a 405 CPP) Procedimento

Leia mais

Aula 09. LEIS 9099/95 e LEI /01 - CONTINUAÇÃO COMPOSIÇÃO CIVIL

Aula 09. LEIS 9099/95 e LEI /01 - CONTINUAÇÃO COMPOSIÇÃO CIVIL Turma e Ano: Tribcast 2016 Matéria / Aula: Leis Penais 2016 Professor: Marcelo Uzeda Monitor: Mário Alexandre de Oliveira Ferreira Aula 09 LEIS 9099/95 e LEI 10.259/01 - CONTINUAÇÃO COMPOSIÇÃO CIVIL Art.

Leia mais

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA

XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA Princípios Devido Processo Legal Juiz Natural PRINCÍPIOS IMPORTANTES Ampla Defesa Presunção de Inocência Aplicação da lei processual Art. 2º,

Leia mais

- PARA CRIMES CUJA PENA MÁXIMA SEJA IGUAL OU SUPERIOR A QUATRO ANOS: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO;

- PARA CRIMES CUJA PENA MÁXIMA SEJA IGUAL OU SUPERIOR A QUATRO ANOS: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO; ESQUEMA DE ESTUDO PROCEDIMENTOS PENAIS PROFESSOR: PIETRO CHIDICHIMO JUNIOR NOVA FORMA DE ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS COMUNS COM O ADVENTO DA LEI N.º 11.719/08. EXCEÇÕES: PROCEDIMENTO DE FUNCIONÁRIO E HONRA

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Processual Penal. Provas. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Processual Penal. Provas. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 9ª fase Período 2006-2016 1) FCC Juiz Estadual TJ/GO - 2012 Em relação às testemunhas, é correto afirmar que a) as pessoas impossibilitadas por enfermidade

Leia mais

Sumário CAPÍTULO I CAPÍTULO II

Sumário CAPÍTULO I CAPÍTULO II Sumário CAPÍTULO I Introdução ao processo penal... 17 1. Conceito e função do processo penal... 17 2. Ação. Processo. Procedimento... 18 3. Princípios do processo penal... 19 3.1. Devido processo legal...

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Profa. Luanna Tomaz INTRODUÇÃO Origem: Surge na França em 1884. Medida judicial que determina o sobrestamento da pena, preenchidos determinados requisitos. Natureza Jurídica:

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Correlação entre acusação e sentença Gustavo Badaró aula de 11.08.2015 1. Noções Gerais PLANO DA AULA 2. Distinção entre fato penal e fato processual penal

Leia mais

Aula 28. Prova Testemunhal (cont.)

Aula 28. Prova Testemunhal (cont.) Curso/Disciplina: Direito Processual Penal Objetivo Aula: Direito Processual Penal Objetivo - 28 Professor(a): Elisa Pittaro Monitor(a): Dayane Vieira Carlos Aula 28 Prova Testemunhal (cont.) As testemunhas

Leia mais

Processo Penal. Procedimento Especial dos Crimes Contra a Honra. Professor Joerberth Nunes.

Processo Penal. Procedimento Especial dos Crimes Contra a Honra. Professor Joerberth Nunes. Processo Penal Procedimento Especial dos Crimes Contra a Honra Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Processo Penal PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS Linha do Processo Crime Inquérito Policial

Leia mais

IUS RESUMOS. Inquérito Policial Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante

IUS RESUMOS. Inquérito Policial Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante Inquérito Policial Parte II Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante SUMÁRIO I INQUÉRITO PÓLICIAL PARTE II... 3 1. Destino do Inquérito Policial... 3 2. Novas diligências requeridas pelo Ministério

Leia mais

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL CARGOS: OFICIAL DE JUSTIÇA E ANALISTA JUDICIÁRIO FUNÇÃO JUDICIÁRIA PROVA OBJETIVA: 9.1.3. A Prova Objetiva será

Leia mais

Conteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei /06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material.

Conteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei /06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 19 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei 11.343/06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material.

Leia mais

SUMÁRIO. 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 2. DO INQUÉRITO POLICIAL

SUMÁRIO. 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 2. DO INQUÉRITO POLICIAL SUMÁRIO 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 1.1. Princípio do Devido Processo Legal, 15 1.2. Princípio do Contraditório, 16 1.3. Princípio da Ampla Defesa, 16 1.4. Princípio da Presunção de Inocência,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Das Provas (Parte 2) Profa. Letícia Delgado Dever de dizer a verdade: (art. 203 c/c art. 210, CPP) Art. 203 do CPP: A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer

Leia mais

Audiência de instrução, debates e julgamento.

Audiência de instrução, debates e julgamento. Audiência de instrução, debates e julgamento. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO, DEBATES E JULGAMENTO NOS PROCEDIMENTOS COMUNS ORDINÁRIO E

Leia mais

Sumário. Parte I JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS CÍVEIS

Sumário. Parte I JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS CÍVEIS Sumário Parte I JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS CÍVEIS Capítulo I NOÇÕES GERAIS... 23 1. Origem e fundamento... 23 2. Natureza da Lei 9.099/95... 25 3. Princípios informativos dos Juizados... 26 3.1. Oralidade...

Leia mais

Livramento condicional

Livramento condicional Livramento condicional CONDICIONAL ART. 83 E SEGUINTES DO CP CONCEITO CARACTERÍSTICAS ANTECIPADA LIBERDADE CONDICIONAL PRECÁRIA NATUREZA JURÍDICA DIREITO SUBJETIVO DO APENADO - NÃO SE PODE NEGAR A LIBERDADE

Leia mais

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO.

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: REVISÃO PONTO 2: a) CRIME CONTINUADO PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME CONTINUADO ART. 71 CP 1 é aquele no qual o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale PROCEDIMENTOS JUDICIAIS PROCEDIMENTOS Procedimento é uma série de atos seqüenciados cronologicamente. PROCEDIMENTOS Existem procedimentos extrajudiciais (p. ex.: IP, fiscal,

Leia mais

(ORDINÁRIO) - OF D RD CIT RAC ASUM (ART. 397CPP) INSTRUÇÃO. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA no rito ordinário é antes da instrução.

(ORDINÁRIO) - OF D RD CIT RAC ASUM (ART. 397CPP) INSTRUÇÃO. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA no rito ordinário é antes da instrução. 1 PROCESSO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: PROCEDIMENTOS ORDINÁRIO PONTO 2: PROCEDIMENTO COMUM SUMARÍSSIMO PONTO 3: ---- PROCEDIMENTO ORDINÁRIO RESPOSTA À ACUSAÇÃO: ART. 396-A 1 CPP 10 DIAS. _

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO PASSO A PASSO

IDENTIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO PASSO A PASSO IDENTIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO PASSO A PASSO a) CONTRAVENÇÕES PENAIS b) CRIMES DO CÓDIGO PENAL Procedimento Sumaríssimo da Lei 9099/95, ainda que tenham previsão de Procedimento Especial em Leis Esparsas

Leia mais

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de )

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de ) PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de 7-12-1940) Contagem Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Imposição

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 5 Inquérito policial (arts. 4º a 23 do cpp) 5.1 Conceito

SUMÁRIO. Capítulo 5 Inquérito policial (arts. 4º a 23 do cpp) 5.1 Conceito SUMÁRIO Introdução Capítulo 1 PRINCÍPIOS INFORMADORES DO PROCESSO PENAL 1.1 Devido processo legal (due process of law) ou justo processo 1.2 Publicidade dos atos processuais 1.3 Presunção de inocência,

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Alexia Brotto Cessetti Direito Processual Civil Juizados Especiais Cíveis O QUE SÃO OS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS Os Juizados Especiais Cíveis, concebidos para a resolução de causas de menor complexidade,

Leia mais

SUMÁRIO. Abreviaturas...

SUMÁRIO. Abreviaturas... SUMÁRIO Abreviaturas.............................. II CAPÍTULO I - PARTE GERAL 1. Direito processual penal...... 14 2. Leis processuais brasileiras............... 14 3. Sistemas processuais......... 14

Leia mais

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER REGIME PENAL 1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação

Leia mais

Juizado Especial Cível (lei nº 9.099/1995). DIVISÃO. PRINCÍPIOS 1 - Princípio da Oralidade (art. 2º)

Juizado Especial Cível (lei nº 9.099/1995). DIVISÃO. PRINCÍPIOS 1 - Princípio da Oralidade (art. 2º) Curso Escrevente SP Juizado Especial Cível (lei nº 9.099/1995). Código de Processo Civil - dos Atos Processuais (Livro IV): da Forma, do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais (Título I), da Comunicação

Leia mais

Professor Wisley Aula 06

Professor Wisley Aula 06 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 1. PRINCÍPIOS a) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE: presente

Leia mais

AÇÃO PENAL. PROF. VILAÇA

AÇÃO PENAL. PROF. VILAÇA AÇÃO PENAL PROF. VILAÇA NETO @vilaca_neto Persecução Penal PERSECUÇÃO PENAL: Atividade estatal de perseguir/apurar o crime. Tem 2 etapas: Investigação preliminar + Ação Penal Investigação preliminar, em

Leia mais

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções.

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções. 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Pena Privativa de Liberdade PONTO 2: Princípio da Individualização da Pena PONTO 3: Individualização Judicial São três: a) Reclusão b) Detenção c) Prisão Simples

Leia mais

ENUNCIADOS VOTADOS DURANTE O I FÓRUM NACIONAL DE JUÍZES CRIMINAIS

ENUNCIADOS VOTADOS DURANTE O I FÓRUM NACIONAL DE JUÍZES CRIMINAIS ENUNCIADOS VOTADOS DURANTE O I FÓRUM NACIONAL DE JUÍZES CRIMINAIS ENUNCIADO N. 1 Para fins estatísticos, será considerado preso definitivo quem ostentar condenação, definitiva ou não, independentemente

Leia mais

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Crimes afiançáveis imputados a funcionário público

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Crimes afiançáveis imputados a funcionário público PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Crimes afiançáveis imputados a funcionário público 1. Verificar se o funcionário público possui foro por prerrogativa de função, se possuir rito previsto pela Lei 8038/90 2. Se

Leia mais

MARATONA EOAB XXVIII EXAME. PROCESSO

MARATONA EOAB XXVIII EXAME. PROCESSO MARATONA EOAB XXVIII EXAME PROCESSO PENAL @vilaca_neto CITAÇÕES CITAÇÃO: É o ATO PROCESSUAL utilizado para cientificar o acusado dos termos da denúncia ou queixa e chamá-lo ao processo para responder as

Leia mais

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo

Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41) Crime anão Delito liliputiano Crime vagabundo Extraterritorialidade Art. 2º. A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional. Tentativa

Leia mais

TJ-BA. Noções de Direito Processual Penal. Prof. Guilherme Rittel

TJ-BA. Noções de Direito Processual Penal. Prof. Guilherme Rittel TJ-BA Noções de Direito Processual Penal Prof. Guilherme Rittel ATOS DE COMUNICAÇÃO Caso o réu não apresente resposta: Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado,

Leia mais

Aplicação da Pena. (continuação)

Aplicação da Pena. (continuação) LEGALE Aplicação da Pena (continuação) Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação

Leia mais

Procedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial

Procedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial Gustavo Badaró aula de 15 de setembro de 2015 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Procedimento

Leia mais

Professor Wisley Aula 07

Professor Wisley Aula 07 - Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 1. INTRODUÇÃO Querelante: autor Querelado: réu Queixa-crime:

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale Ações de Impugnação revisão criminal Órgão competente para julgar a revisão criminal: (art. 624, CPP) Ações de Impugnação revisão criminal STF TFR (???), TJ, TACRIM (???)

Leia mais

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes

Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Concurso de crimes Espécies: Concurso material artigo 69 do CP; Concurso formal artigo 70 do CP; Continuidade delitiva artigo 71 do CP Concurso de crimes Espécies:

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento penal Procedimento Especial dos Crimes de Competência do Parte 4 Prof. Gisela Esposel - PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI. 2ª FASE - Da composição do e da Formação

Leia mais