COMENTÁRIO DO DESEMPENHO TRIMESTRE ENCERRADO EM 31 DE MARÇO DE 2012

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1 COMENTÁRIO DO DESEMPENHO TRIMESTRE ENCERRADO EM 31 DE MARÇO DE 2012 DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO No trimestre encerrado em 31 de março de 2012, a Nutriplant apresentou uma retração no faturamento alcançando uma Receita Bruta de R$2,9 milhões, um decréscimo de 63,9% quando comparado aos R$8,0 milhões de Receita Bruta realizada no mesmo período do ano anterior. Esta redução ocorreu em ambos os segmentos de produtos da Companhia, FTE e Foliar, pela antecipação das compras por nossos clientes no ano passado, e postergação desta compras neste ano, em relação ao período típico de compras para estocagem para preparação do plantio no segundo semestre do ano. Considerando as duas linhas de produtos, o volume de vendas da empresa apresentou uma redução de 58,2%, entretanto a margem bruta, como percentual da receita líquida, apresentou um acréscimo de 14,2% quando comparada ao mesmo período do ano anterior. As Despesas Operacionais reduziram em 50,9% passando de R$ 2,6 milhões no 1T11 para R$ 1,3 milhão no 1T12. VOLUME COMERCIALIZADO O volume comercializado no trimestre de janeiro a março de 2012 foi de 2,9 mil toneladas de micronutrientes, apresentando uma redução de 58,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O volume de micronutrientes foliares reduziu 77,7%, passando de 0,96 mil toneladas comercializadas no primeiro trimestre do ano passado para 0,21 mil toneladas neste trimestre, representando 7,3% do total do volume de micronutrientes comercializados neste trimestre. O volume de micronutrientes de solo (FTE) reduziu 55,1%, passando de 6,1 mil toneladas comercializadas no primeiro trimestre do ano passado para 2,7 mil toneladas neste trimestre, representando 92,7% do total do volume de micronutrientes comercializados neste trimestre. No trimestre de janeiro a março de 2012 distribuímos nossos produtos para clientes localizados em 21 Estados brasileiros, sendo que do nosso faturamento 44,7% foi destinado à Região Sudeste, 26,2% à Região Nordeste, 20,2% à Região Centro-Oeste, 4,5% à Região Sul e 4,4% à Região Norte. A maior concentração de vendas na Região Sudeste verificada no período deve-se ao maior volume de micronutrientes aplicados nas culturas de Café em Minas Gerais e FTE para as Misturadoras do Estado de São Paulo. Das vendas realizadas no trimestre encerrado em março de 2012 as culturas de Café, Hortifruti, Soja e Algodão representaram 24,1%, 15,8%, 7,8% e 2,2% respectivamente, sendo 40,1% para as Misturadoras e 10,0% para outras culturas. Entendemos que a diversidade geográfica de nossos clientes, aliada a uma boa distribuição nas vendas entre as principais culturas, mitiga riscos em relação à volatilidade associada a condições climáticas locais e culturas específicas, tais como oscilações cíclicas de preços e pragas das lavouras.

2 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Os Custos com os Produtos Vendidos no trimestre de janeiro a março de 2012 foram de R$2,6 milhões, representando 102,0% sobre o valor da Receita Líquida, apresentando uma redução de 56,8% quando comparado aos R$6,0 milhões gastos no mesmo período do ano anterior, representando 85,5% sobre o valor da Receita Líquida. O custo da matéria-prima apresentou uma redução de 6,8% quando comparado ao valor do mesmo período do ano anterior, entretanto os custos gerais de fabricação que representaram 38,8% do total dos Custos com os Produtos Vendidos aumentaram 21 p.p. quando comparados ao mesmo período do ano anterior, em virtude da reestruturação ocorrida no quadro de pessoal da indústria. MARGEM BRUTA Nossa margem bruta apresentou uma recuperação de 4,6p.p., passando de 32,3% no trimestre de janeiro a março de 2011 para 36,9% no trimestre de janeiro a março de Este aumento foi motivado principalmente pelo nosso esforço em buscar clientes que representam um menor risco de crédito, dado o risco associado ao financiamento de longo prazo das vendas. Tais clientes são, em geral, de maior porte, demandando um maior volume de insumos, mas também um preço diferenciado. Além disso, conseguimos ganhos em nossa margem bruta pelo gerenciamento eficaz do mix de nosso portfólio de produtos foliares. DESPESAS OPERACIONAIS As despesas administrativas no trimestre de janeiro a março de 2012 foram de R$0,5 milhão, apresentando uma redução de 30,9% com relação ao mesmo período do ano anterior. As despesas comerciais no trimestre de janeiro a março de 2012 foram de R$0,8 milhão, ficando 58,7% menor que o mesmo período do ano anterior. Estas reduções são resultados das reestruturações realizadas no quadro de pessoal da Companhia e enfatizam o esforço contínuo em alcançar índices de rentabilidade compatíveis com a nossa indústria. EBITDA O EBITDA realizado no trimestre de janeiro a março de 2012 atinge o valor negativo de R$ 1,1 milhão (em linha com a sazonalidade do nosso negócio), apresentando um decréscimo de 8,8% quando comparado ao valor negativo de R$ 1,2 milhão realizado no mesmo período do ano anterior. Em atendimento a Lei a companhia adequou suas demonstrações contábeis ao IFRS, excluindo de suas receitas brutas as receitas de ordem financeira. Para efeito de uma melhor comparação ajustamos o Ebitda 1, incluindo o valor qual foi deduzido da receita bruta no valor de R$120 mil no trimestre findo em março de 2012 e R$ 245 mil no mesmo trimestre do ano anterior, por ordem de desconto do valor presente referente às vendas com prazo safra. Também em atendimento a Lei a companhia adequou suas demonstrações contábeis ao IFRS, excluindo do seu CPV (Custos dos Produtos Vendidos) as despesas de ordem financeira. Para efeito de uma melhor comparação ajustamos o Ebitda 1, excluindo o valor qual foi adicionado ao CPV no valor de R$ 45 mil neste trimestre por ordem de desconto do valor presente referente às compras a prazo.

3 Ajuste do lucro (prejuízo) líquido ao EBITDA ajustado: (em milhares de Reais) 1T12 1T11 1T09 Lucro (Prejuízo) líquido (2.898) (2.341) (2.013) Imposto de renda (12) (37) (44) Resultado Financeiro Líquido Receita do Ajuste a Valor Presente IFRS (290) (385) (405) Depreciação e amortização EBITDA (1.057) (1.159) (919) 1 - EBITDA é o lucro (prejuízo) operacional adicionado das receitas (despesas) financeiras líquidas e de depreciações e amortizações. O EBITDA não é uma medida utilizada nas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do nosso desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. O EBITDA não tem um significado padronizado e nossa definição de EBITDA pode não ser comparável ao EBITDA ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias. Ainda que o EBITDA não forneça, de acordo com as práticas contábeis utilizadas no Brasil uma medida do fluxo de caixa operacional, nossa administração o utiliza para mensurar nosso desempenho operacional. Adicionalmente, entendemos que determinados investidores e analistas financeiros utilizam o EBITDA como indicador do desempenho operacional de uma companhia e/ou de seu fluxo de caixa. CAPITAL DE GIRO Nosso estoque de matérias-primas é realizado com base na demanda de nossos clientes. Devido à característica natural de sazonalidade do agronegócio, procuramos manter nossos estoques preparados para a maior demanda nas temporadas de plantio, antecipando a compra de matérias-primas, para que não nos deparemos com uma situação de excesso de demanda em relação à capacidade produtiva. Também buscamos manter uma relação otimizada com o fluxo de caixa, não implicando, portanto, no aumento de custos pelo estoque excessivo e desta forma aumentamos a nossa disponibilidade de capital. Continuamos com nossa política de estoques reduzidos durante este trimestre sendo que o mesmo apresentou um saldo final de R$ 3,9 milhões em 31 de março de 2012, representando uma redução de 7,3% quando comparado aos R$ 4,2 milhões em 31 de dezembro de O saldo das contas a receber de clientes em 31 de março de 2012 é de R$ 7,8 milhões, apresentando um decréscimo de 6,9% em relação ao saldo em 31 de dezembro de O saldo das contas a pagar aos fornecedores em 31 de março de 2012 é R$ 20,1 milhões, aumento de 3,6% em relação ao saldo em 31 de dezembro de 2011, refletindo maiores prazos de pagamentos a fornecedores internacionais. ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO O endividamento bancário bruto da Companhia apresentou uma redução de R$ 2,8 milhões sendo R$ 11,0 milhões em 31 de março de 2012 contra um saldo de R$ 13,8 milhões em 31 de dezembro de 2011, evidenciando os esforços da Companhia no sentido de readequar a estrutura de capitais, reduzindo o endividamento e despesas financeiras.

4 MERCADO DE CAPITAIS As ações da Nutriplant (NUTR3M) desvalorizaram 16,7% nos últimos doze meses. Em outubro de 2011 a Nutriplant contratou a XP Investimentos Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. para exercer a função de Formador de Mercado, com o objetivo de fomentar a liquidez de suas ações ordinárias. Atualmente a Nutriplant é a única empresa de micronutrientes listada no BOVESPA MAIS, tornando-se uma oportunidade atrativa para investimento. PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA Acionistas 31/03/2012 % Participação Tripto Participações ,1% Mercado ,1% Outros ,8% Total de Ações Ordinárias ,0% PERSPECTIVAS PARA 2012 As perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2012 continuarão fortemente relacionadas ao desenvolvimento da economia mundial e a tendência é que este setor se beneficie dos investimentos destinados aos países emergentes e investimentos na oferta de produtos agrícolas. Além disso, o Brasil possui reservas de água que somada à maior área agricultável disponível no mundo e a uma matriz energética limpa, são fatores que permitem custos de produção altamente competitivos para se tornar um dos maiores produtores mundiais. O agronegócio brasileiro tem grande potencial de crescimento para os próximos anos, puxado pelo complexo: soja, milho e etanol. A capitalização e as condições de crédito para a agricultura também deverão estar em patamares favoráveis em O aumento da demanda interna e a carência de áreas agricultáveis em outros países devem impulsionar o setor. A estimativa da área plantada nacional para a safra 2011/2012 é de 51,5 milhões de hectares (fonte: CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento), 3,3% maior que a área cultivada na safra anterior. Espera-se que o PIB brasileiro cresça 3,2% em 2012, sendo que o agronegócio é parte relevante desse crescimento e deve crescer substancialmente acima da média do PIB nacional. Neste cenário decidimos reestruturar profundamente nosso negócio, a despeito de continuarmos a seguir a nossa estratégia de crescimento, buscando capturar um maior volume no segmento de produtos foliares. Reduzimos custos industriais, administrativos e de vendas, melhoramos o mix de produtos vendidos e continuamos a buscar readequar nossa estrutura de capitais, reduzindo o endividamento e despesas financeiras. Buscamos também uma maior liquidez de nossas ações de maneira que possamos, se necessário, e quando a administração da empresa considerar conveniente, acessar novamente o mercado de capitais com o propósito de capitalizar a Companhia.

5 Neste sentido recomendamos a aprovação da proposta de Incorporação de Ações pela AGE a ser realizada no dia 30 de abril de 2012, com a consequente conversão da Quirios, empresa fabricante de insumos para micronutrientes foliares sob controle comum com a Nutriplant, em subsidiária integral da Nutriplant. Os termos e condições a que se refere o Protocolo e a Justificação da Incorporação de Ações celebrada entre as empresas foi comunicado aos acionistas e ao mercado em geral por meio de um Fato Relevante publicado no jornal Diário do Comércio e Indústria no dia 13 de abril de Esta operação de reestruturação visa integrar as atividades da Quirios e Nutriplant, criando uma importante verticalização na cadeia produtiva, já que não apenas permitirá a concentração de sinergias operacionais e administrativas, eliminando redundâncias e reduzindo custos nas atividades das empresas, mas também a geração de maior competitividade no comércio de fertilizantes destinados ao mercado agrícola, bem assim de outros produtos contendo micronutrientes baseados em sais inorgânicos, produtos fabricados pela Quirios e que constituem matérias-primas usadas pela Nutriplant no processo de fabricação de determinados fertilizantes. RICARDO LESSA PANSA Diretor Presidente e de Relações com Investidores