Estudos sobre linguagem e Filosofia da Mente segundo John Searle

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estudos sobre linguagem e Filosofia da Mente segundo John Searle"

Transcrição

1 Estudos sobre linguagem e Filosofia da Mente segundo John Searle Studies on language and Philosophy of Mind according to John Searle Bruna M. Lemes Duarte 1 Resumo: Neste artigo apresentaremos os pressupostos da teoria da Intencionalidade de John Searle. Para tal, trabalharemos a hipótese proposta por John Searle segundo a qual a Filosofia da Linguagem é um ramo da Filosofia da Mente e os atos de fala são biologicamente constituídos como uma extensão de características fundamentais da mente. Searle entende que os atos de fala, a significação e a mente se relacionam e são partes fundamentais para o estudo de estados mentais e da consciência. Palavras-chave: Linguagem. Atos de fala. Estados mentais. Intencionalidade. Abstract: In this article we will introduce the assumptions of John Searle's theory of intentionality. To this end, we'll work the hypothesis to which the Philosophy of Language is a branch of the Philosophy of Mind, and speech acts are an biologically constituted extension of the fundamental characteristics of the mind. Searle believes that the speech acts, the meaning and the mind are related and are fundamental parts for the study of mental states and consciousness. Keywords: Language. Speech acts. Mental states. Intentionality. Introdução *** Nas interações intersubjetivas que envolvem o uso da linguagem natural humana, Searle considera que sentenças, sinais gráficos, sons emitidos pela boca e gestos são objetos e estados de coisas no mundo capazes de representação sendo que essa capacidade não é intrínseca, mas derivada da Intencionalidade. A Intencionalidade, em contraste, não pressupõe outros estados mentais, pois é intrínseca aos mesmos. Em síntese, [...] os estados Intencionais não são, como tais, objetos sintáticos (embora possam ser, e normalmente sejam expressos em sentenças) e suas capacidades representacionais não são impostas, mas intrínsecas (SEARLE, 1995, p. viii). Uma crença diferente de um ato de fala não necessita de uma Intencionalidade externa a ela para representar, uma vez que é por ela mesma uma representação. Por exemplo, quando um agente faz um enunciado ou uma pergunta ele não usa suas crenças e desejos: ele simplesmente os tem (SEARLE, 1995, p.viii). 1 Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista UNESP, Campus de Marília. Bolsista: PIBIC/CNPq. Orientadora: Mariana C. Broens. brunalemes06@hotmail.com

2 Searle entende que Intencionalidade é uma propriedade lógica que tem a característica de ser direcional, segundo sua explicação se um estado x é Intencional haverá sempre uma resposta para perguntas como: a que se refere x? Em que consiste x? (SEARLE, 1995, p. 2). Os atos de fala têm uma forma de representar, através de enunciados, diferente do representar da Intencionalidade. Para o autor, os enunciados representam as condições de verdade ou falsidade; por exemplo, promessas representam as possíveis condições de seu cumprimento (ou não) ordens representam condições de obediência (ou desobediência) quando o falante se refere a um objeto. É preciso salientar que, de acordo com o Searle a Intencionalidade pode ser explicada em termos de linguagem, mas ela não é essencialmente linguística. A Teoria dos Atos de Fala Ao examinarmos o primeiro capítulo da obra Intencionalidade (1995) de John Searle, podemos observar que o autor analisa o caso da Intencionalidade dos estados mentais a partir dos diferentes ajustes que podem ter os enunciados com os fatos ou estados de coisas no mundo, correspondentes (ou não), às condições de satisfação do enunciado. Os estados Intencionais se caracterizam por possuir um conteúdo representativo e um modo psicológico. O conteúdo representativo diz respeito ao que de fato estamos representando em nossa mente. Elas são a verificação do mundo que representamos com direcionalidade e um modo psicológico. O modo psicológico corresponde ao que é a direção de ajuste, da mente para o mundo ou do mundo para a mente, no sentido em que é realizado o conteúdo com a realidade, por exemplo, se o desejo de um agente vier a corresponder à representação do desejo na mente desse agente. As noções sobre a natureza da Intencionalidade, tais como: modo psicológico e conteúdo representativo derivam da teoria dos atos de fala. Tal teoria teve início com trabalhos do filósofo John Austin ( ) e foi complementada por Searle. As teses dessa teoria se referem ao uso da linguagem, interpretações de questões, comandos, exclamações e enunciados os quais não seriam usados apenas com sentido descritivo. A divisão dos principais conceitos dessa teoria se dá do seguinte modo: 1) Ato locutório: 69

3 ato de dizer um enunciado. Ou seja, é a enunciação de palavras ou frases que transmitem uma determinada mensagem; 2) Ato ilocutório: ato realizado quando o locutor pronuncia um enunciado com natureza comunicativa e certas intenções, bem como mandar, avisar, perguntar, convidar, etc.; 3) Ato perlocutório: corresponde ao alcance que o ato ilocutório tem em um ouvinte. Os atos ilocucionários são classificados em subgrupos conforme a interpretação que o ouvinte faz segundo o conteúdo proposicional do ato proferido. Segundo Searle (1995, p. 231), esses subgrupos são divididos em cinco tipos de emissão, a saber: assertivos, diretivos, compromissivos, expressivos e declarativos. Sendo que uma mesma emissão pode se encaixar em mais de uma categoria, constituindo os chamados atos de fala indiretos, em que a sentença pode significar o que diz ou algo a mais. Há também conceitos como: 1) Conteúdo proposicional: valor semântico de um enunciado, o que em um anunciado é um objeto de referência; 2) Direção de adequação: os membros da classe assertiva como anunciados, descrições, asserções, etc. Que se ajusta a um mundo autônomo podendo ser verdadeiro ou falso conforme esse ajuste se dê ou não; 3) Condição de satisfação: estados Intencionais com conteúdos proposicionais e direção de adequação têm condições de satisfação que são determinadas por seus conteúdos. Dessa maneira, Searle (1995, p. 8) destaca quatro pontos de aproximação entre estados Intencionais e atos de fala, quais sejam: 1) Diferença entre conteúdo proposicional e força ilocucionária; 2) Diferentes direções de adequação; 3) Ato ilocucionário e a condição de sinceridade desse ato de fala; 4) Noção de condição de satisfação e sua aplicabilidade nos estados Intencionais. 1) A diferença entre o conteúdo proposicional e a força ilocucionária. Esse conceito comum na teoria dos atos de fala se aplica à Intencionalidade. Por exemplo: da mesma forma que eu posso pedir para alguém ir para o quarto, prever que a pessoa vai para o quarto e sugerir que ela vá para o quarto (atos de fala), posso também desejar que a pessoa vá para o quarto, acreditar que ela irá para o quarto e crer que ela vai para o quarto (estados Intencionais). Segundo Searle (1995, p. 8), na primeira classe de casos, a dos atos de fala, há uma diferença entre o conteúdo proposicional que a pessoa vá para o quarto e a força ilocucionária com que o conteúdo é apresentado no ato de fala. A mesma diferença acontece com o modo psicológico que a pessoa vá para o quarto e o conteúdo 70

4 representativo, seja ele realizado por qualquer estado mental; crença, desejo, medo etc. com que ocorre esse conteúdo representativo. Searle (1995, p. 9) propõe uma fórmula usada para destacar essa diferença no contexto da sua proposta para uma teoria dos atos de fala. Ele usa as notações da teoria dos atos de fala ao representar o conteúdo de um estado Intencional entre parênteses e a forma que o agente tem esse conteúdo simbolizado por uma letra fora dos parênteses. Dessa maneira: F(p), em que F representa a força ilocucionária e p o conteúdo proposicional. Na teoria dos estados intencionais, a fórmula será S(r), em que S representa o modo psicológico e r o conteúdo representativo. Nesse contexto, a expressão conteúdo proposicional se restringe ao campo dos estados linguisticamente realizáveis e a expressão conteúdo representativo ou conteúdo proposicional é utilizada por Searle para referir expressões mais gerais que abarcam tanto estados intencionais linguisticamente realizáveis como os que não se realizam através da linguagem. Por exemplo: Assim, se um homem ama Selly e acredita que está chovendo, seus dois estados Intencionais podem ser representados nos termos: Ama (Selly), acredita (que está chovendo) (SEARLE, 1995, p. 9). Searle manterá a noção de conteúdo proposicional para os estados Intencionais para destacar os estados que tem em seu conteúdo proposições inteiras, sendo ou não esses estados linguisticamente realizáveis. 2) As diferentes direções de adequação também são derivadas da teoria dos atos de fala e serão utilizadas para analisar os estados Intencionais; por exemplo, para uma crença ser considerada adequada, ela terá que corresponder ao mundo. Outra noção cara à teoria dos estados intencionais é a noção de direção de ajuste. Os membros da classe assertiva dos atos de fala as descrições, enunciados etc. ajustam-se ao mundo exterior e autônomo de alguma maneira e são verdadeiros ou falsos na medida em que o ajuste se dá ou não. Mas os membros da classe diretiva dos atos de fala comandos, ordens, solicitações etc. e os elementos da classe compromissiva votos, garantias, promessas etc. se ajustam a uma realidade do mundo exterior, mas antes de provocar qualquer alteração nesse mundo exterior e autônomo, primeiro eles correspondem ao conteúdo proposicional dos atos de fala, e, na medida em que os atos de fala agem no mundo, não dizemos que são verdadeiros ou falsos. Nesse caso, diremos que são obedecidos ou desobedecidos. 71

5 Nesse sentido, a distinção será dada ao nome de cada noção de ajuste. A classe assertiva terá a direção de ajuste palavra-mundo e as classes compromissiva e diretiva terão a direção de ajuste mundo-palavra. Os estados intencionais podem ser adequados na direção mundo-mente, no caso das crenças, ou mente-mundo, no caso dos desejos. As crenças possuem a direção de ajuste mundo-mente uma vez que, para seus conteúdos intencionais serem satisfeitos, a mente tem que se ajustar ao mundo. A ideia de direção do [sic] ajuste é a da responsabilidade pela adequação (SEARLE, 1995, p.1). Por exemplo, quando creio que está chovendo lá fora, mas, na verdade, não está, a direção de ajuste é de mente mundo. Nesse caso a situação pode ser corrigida mudando a crença. Já no caso dos desejos, a direção de ajuste é mundo-mente porque representamos o mundo como gostaríamos que ele fosse e nossos desejos podem eventualmente provocar uma mudança no mundo. Nesses casos, se a declaração não for verdadeira, ela estará em desajuste com o mundo e, se a promessa for desobedecida ou a ordem quebrada, a pessoa que quebra a promessa ou desobedece a uma ordem é que está, por assim dizer, desajustada. Portanto, segundo Searle, a ideia de direção de ajuste se dá pela responsabilidade da adequação. Ele ressalta que é preciso lembrar que há casos nulos em que não ocorre uma direção de ajuste, por exemplo: quando parabenizamos alguém, mesmo que assumamos a veracidade da proposição expressa não é o objetivo do ato de fala afirmar essa proposição e nem pressupõe que seja levada a cabo, o objetivo é apenas expressar nosso prazer ao conteúdo especificado. 3) A terceira aproximação entre a teoria da Intencionalidade e a dos atos de fala é que [...] na realização de cada ato ilocucionário com um conteúdo proposicional, expressamos certo estado intencional com esse conteúdo proposicional, e esse estado Intencional é a condição de sinceridade desse tipo de ato de fala (SEARLE, 1995, p. 12). Sendo assim, se o sujeito promete fazer P, ele expressa intenção de fazer P. Essa é uma condição interna das condições de sinceridade Intencionais dos atos de fala. Ao realizarmos um ato de fala estamos necessariamente expressando nosso estado Intencional correspondente, como pode ser demonstrado pelo paradoxo de Moore. Esse paradoxo consiste em um argumento cuja intenção é provar a irracionalidade epistêmica de afirmações em primeira pessoa que contradizem estados de coisas atuais, por exemplo, se eu disser que está chovendo, mas não acredito que esteja chovendo, o que digo é logicamente contraditório e, segundo Searle, é logicamente estranho [sic], mesmo 72

6 que não autocontraditório, realizar o ato de fala e negar a presença do estado intencional que corresponde a ele (SEARLE, 1995). Isso porque, ao realizar o ato de fala, o estado Intencional expresso não corresponde necessariamente a ter o estado Intencional que se expressa, uma vez que é sempre possível mentir. Contudo, dirá Searle, uma mentira ou um ato de fala insincero consiste em realizar um ato de fala e, com isso, expressar um estado Intencional quando não se tem o estado Intencional que se expressa (SEARLE, 1995, p.13). Por exemplo, alguém pode dizer que está arrependida de ter cometido algum ato imprudente, mas verdadeiramente não se arrepende. Ao fazer isso o sujeito realiza um ato de fala, mas de fato não tem o estado Intencional que se expressa. Podemos observar que há proximidade entre a direção de ajuste do ato ilocucionário e a suas condições de sinceridade. No caso em que o ato ilocucionário não tem direção de ajuste, o estado Intencional é pressuposto e correspondente a uma crença; por exemplo, se alguém se desculpa por ter pisado no pé de outrem, essa pessoa sente remorso por ter pisado no pé da pessoa. O pedido de desculpas e o remorso não tem adequação, mas pressupõe a crença de que de fato a pessoa pisou no pé da outra. 4) Por fim, a última aproximação entre Intencionalidade e atos de fala apontada por Searle diz respeito aos casos em que existe direção de ajuste, tanto nos atos de fala quanto nos estados intencionais. A aproximação se dá porque em ambos se aplica a noção de condições de satisfação. No caso dos atos de fala, o enunciado pode ser verdadeiro ou falso, obedecido ou desobedecido; assim sendo, pode ser atribuído o sucesso ou o fracasso à direção de ajuste em relação ao propósito ilocucionário e Searle aponta que isso só ocorrerá, se e somente se, o enunciado for verdadeiro, um pedido for atendido, uma ordem, obedecida, e assim por diante. Já no caso dos estados Intencionais, a crença só será satisfeita se, e somente se, as coisas ocorrerem da maneira que acreditamos que ocorrerão e do mesmo modo com os demais estados Intencionais. Para Searle, essa noção de satisfação se dá de modo intuitivamente natural tanto para os atos de fala quanto para os estados Intencionais, e se aplicará sempre que tiver uma direção de ajuste. O importante para o autor é perceber que: [...] para cada ato de fala que tenha uma direção de ajuste, o ato de fala será satisfeito se, e somente se, o estado psicológico expresso for satisfeito e forem idênticas as condições de satisfação do ato de fala e do estado psicológico expresso. (SEARLE, 1995, p. 14, grifo do autor). 73

7 Resumidamente, o que podemos entender da relação existente entre teoria da Intencionalidade e Teoria dos Atos de fala é que assim como as condições de satisfação são internas aos atos de fala, as condições de satisfação dos estados Intencionais são internas a eles. As quatro aproximações apontadas acima constituem uma caracterização geral da Intencionalidade. Todo estado Intencional é composto por um conteúdo representativo e um estado psicológico, esses últimos representam objetos e estados de coisas no mundo da mesma maneira que os atos de fala representam objetos e estados de coisas no mundo (mesmo que de modo diferente). É importante ressaltar que, para Searle, as noções de representação e condição de satisfação diferem do que entendemos desses termos na filosofia tradicional, na psicologia cognitiva e na inteligência artificial contemporânea, assumindo o sentido de estar por. Como um objeto (representante) estaria por outro objeto (representador). Quando o autor se refere a uma crença como representação não está em absoluto afirmando que uma crença é uma espécie de imagem ou que é um representação como algo que já foi apresentado. Para ele, o sentido de representação ocorre de forma análoga aos com os atos de fala. Estados intencionais "representam" apenas no sentido em que a linguagem "representa" objetos e estados de coisas no mundo. Dados esses pressupostos, continuaremos a explorar no tópico abaixo, a importância dos atos de fala para a teoria da Intencionalidade e quais suas principais semelhanças e diferenças com os estados Intencionais que apresentamos acima. Atos de Fala como ações no mundo Como vimos, Intencionalidade, segundo Searle, é a capacidade da mente de representar estados de coisas no mundo, assim como os atos de fala. Tais atos se dão por meio de qualquer sentença que enuncie algo, seja ela falada, escrita ou gesticulada, assim como qualquer outro objeto. O ponto em que a teoria dos atos de fala se une com a teoria da Intencionalidade é que a primeira, por si só, não possui a capacidade de representação, pois esta capacidade é derivada da Intencionalidade. Para o autor, a união entre filósofos e linguistas no estudo da linguagem possibilitou alguns esclarecimentos sobre as relações existentes entre os atos ilocucionários e as formas sintáticas que se dão nas diversas línguas naturais humanas. 74

8 Nesse contexto, a linguagem é vista como meio de interação social, possibilitando que haja vínculos e compromissos a partir de sua prática. Há várias maneiras, segundo a teoria dos atos de fala, de realizar ações a partir de enunciados e sentenças. Por exemplo, quando dizemos até amanhã, ou eu aceito ou você poderia me dar carona? estamos realizando certo tipo de ação, apesar de seu sucesso não depender do falante. Prometer, pedir, jurar, exigir, perguntar, protestar, dentre inúmeras outras são ações por si mesmas, independentemente de serem cumpridas ou não. Na frase acima, a ação de perguntar já teria ocorrido conseguindo carona ou não. O que foi dito não é verdadeiro ou falso, mas pode ter tido sucesso ou não. Na teoria dos atos de fala deve-se levar em conta a explicação de como as sentenças emitidas pelos falantes, sendo apenas eventos no mundo, conseguem representar objetos e estados de coisas do mundo. Segundo Searle, para entender melhor as representações ou as supostas capacidades representacionais de nossas mentes, precisamos entender as condições de satisfação que as sentenças expressam. Para ele há, em um primeiro momento, o estado Intencional expresso e, em segundo lugar, há a intenção no sentido comum da palavra, graças à qual é feita a emissão. Para o autor é esse segundo estado Intencional que realiza o ato de fala e que confere Intencionalidade aos fenômenos físicos. Assim, a mente impõe uma Intencionalidade a entidades (vocais ou sonoras, em última análise) não intrinsecamente Intencionais, dessa forma as condições de satisfação passam a ser Intencionais do estado psicológico expresso à entidade externa. Primeiramente, precisamos destacar que os atos de fala se diferenciam do conceito de sentença, já que os atos da fala pertencem à dimensão pragmática enquanto esta é basicamente gramatical. As sentenças em que os falantes expressam exatamente o que querem dizer são os casos mais simples de significação, produzindo um efeito ilocucionário no ouvinte; isso a partir do conhecimento das regras que o próprio indivíduo possui sobre a emissão de dada sentença. Entretanto, há mais de uma maneira de significação: ironias e metáforas, por exemplo, apresentam divergências entre a significação e a sentença. Dizemos que um ato de fala é indireto quando ele empresta recursos de outro ato de fala. Por exemplo: 75

9 Estou com sede Ato direto [afirmação (sentir sede)] Ato indireto [pedido (pedir água)] No exemplo a cima, temos uma sentença referente a um tipo de força ilocucionária, mas que apresenta adicionalmente um tipo de ato ilocucionário. Segundo Searle, nesses casos é importante deixar claro o que se pretende que a emissão feita chegue ao ouvinte como um pedido fazendo com que o ouvinte reconheça sua intenção de produzi-lo. Para Searle, o que faz um ouvinte fazer tal interpretação de uma sentença indireta, que aparentemente possui apenas um significado, é o conhecimento linguístico e não linguístico, contextual, partilhado pelos interlocutores que possuem capacidades de racionalização e inferência (SEARLE, 1995). Os atos de fala indiretos não são de interesse apenas para a teoria dos significados, eles possuem importância filosófica no campo da ética, já que nessa área é muito comum termos como bom, correto, deve etc. como componente de seu significado uma espécie de guia para a ação. Em seu livro Expressão e Significado, Searle destaca: Essa concepção deriva do fato de que sentenças como você deve fazer isso são frequentemente emitidas como maneiras de ordenar que o ouvinte faça alguma coisa, mas disso não se segue que deve tenha necessariamente um significado imperativo (SEARLE, 1995, p. 51). Algumas confusões na filosofia da moral decorrem, segundo Searle, da má compreensão da natureza dos atos de fala indiretos. Ainda no primeiro capítulo de Intencionalidade há também uma seção dedicada à investigação acerca do problema do significado, que resulta, segundo Searle, das diferentes propriedades dos atos de fala e da Intencionalidade. Primeiramente, é preciso ressaltar o fato de que estados mentais são estados e atos de fala são ações, mas ambas são realizações Intencionais. A diferença ocorre no fato de que os atos de fala envolvem sinais físicos para poderem se referir a algo, como a voz, barulhos em geral, sinais gráficos, e não têm nenhum estado intrinsecamente Intencional. Já as crenças, desejos, temores, são intrinsecamente Intencionais. Caracterizá-los como crenças, temores, esperanças e desejos é já atribuir-lhes Intencionalidade (SEARLE, 1995, p. 37). Abordaremos o problema do significado para tentar explicar, a despeito de suas diferenças, como a filosofia da linguagem se une com a filosofia da mente e como as 76

10 teorias dos atos de fala se encontram com a teoria da Intencionalidade. Graças a essa ligação, Searle tenta elaborar uma teoria geral acerca do significado como veremos mais detalhadamente na próxima seção. Significado A abordagem de Searle sobre a Intencionalidade é uma abordagem naturalista e, do ponto de vista evolucionário, há uma ordem de prioridade no desenvolvimento dos fenômenos Intencionais. Para Searle (1995), a linguagem e o significado tiveram um desenvolvimento tardio em comparação com percepção sensorial e as ações intencionais, as quais outras espécies de animais também praticam, porém, segundo ele, apenas a espécie humana tem uma forma de Intencionalidade biológica e logicamente forjada associada à linguagem e ao significado (SEARLE, 1995). Para o autor, uma consequência da abordagem biológica é considerar o significado no sentido em que os falantes significam algo por suas emissões, esses significados são definidos como uma forma de Intencionalidade não intrinsecamente linguística. Essas emissões teriam surgido como formas primárias de Intencionalidade. Dadas essas características, a questão que surge em torno das emissões é a seguinte: como transpor os sons que saem da boca para atos ilocucionários (semânticos)? Como dar Intencionalidade a essas sentenças? Segundo Searle uma sentença pode sim ter Intencionalidade e de fato tem, pois crenças e desejos são intrinsecamente Intencionais, enquanto uma sentença emitida é derivada da Intencionalidade. Para Searle [...] se pudermos definir o significado em termos de intenções, teremos definido uma noção linguística em termos de uma noção não linguística [...] (1995, p.224). Porém, Searle ressalta que, na maioria das vezes, as intenções humanas se realizam através da linguagem, sendo assim a filosofia da linguagem um ramo da filosofia da mente. Portanto, algumas noções semânticas (significado) podem ser analisadas em termos de noções psicológicas, como o desejo, a intenção, o temor etc. Assim, primeiro entendemos os estados mentais para depois avaliar os atos de fala, já que a representação dos atos de fala deriva da Intencionalidade. O autor retoma o significado em termos de intenção do falante, interpretando as ações e estados Intencionais, para que possa fundamentar a teoria dos atos de fala e do significado em uma teoria geral da mente e da ação (SEARLE, 1995). É importante 77

11 ressaltar que significado é um tipo de intencionalidade e atos de fala são atos, e neste sentido Searle rejeita a hipótese de que somente significados que agem sobre terceiros são relevantes. Para o autor, a pergunta que norteia seus estudos é: Quais as características das intenções do falante em emissões significativas que fazem com que o falante signifique alguma coisa por sua emissão? (SEARLE, 1995, p. 225). As emissões dos falantes passariam de um fato físico para um semântico na medida em que um falante significa alguma coisa por seu intermédio e que sua emissão possa ter um valor real no problema do significado. Dessa maneira, o significado não é físico; sua mediação física deriva da Intencionalidade. Para Searle: Existe um nível duplo de Intencionalidade na realização do ato de fala. Existe, em primeiro lugar o estado Intencional expresso, mas, em segundo lugar, está a intenção, no sentido comum e não técnico da palavra, com que é feita a emissão. Ora é esse segundo estado Intencional, a intenção com que é realizado o ato, que confere Intencionalidade aos fenômenos físicos (SEARLE, 1995, p. 37). O problema do significado surge quando, por exemplo, é necessário estabelecer uma comunicação entre pessoas que não têm idiomas em comum, de modo que essa comunicação pode ser estabelecida por gestos. Assim, a pergunta feita é a seguinte: o que tem em minhas intenções em tal situação que as tornam significativas? Nesse contexto, o significado que ocorre por meio dos gestos, em outra situação podem não ter o mesmo significado. Para Searle uma ação Intencional consiste também em intençãoem-ação, os movimentos corporais dão a condição de satisfação da intenção-em-ação; nesse caso, a relação causal entre o movimento corporal de um dos indivíduos e o significado que isso tem para o outro depende, sobretudo, de uma intenção prévia, em que o agente age baseado na sua intenção que causa a intenção-em-ação que causa, por sua vez, o movimento corporal e assim, a causação prévia causa a ação completa (SEARLE, 1995). Por assim dizer, a intenção prévia provocará a ação completa, porém no cotidiano são poucas as intenções que ocorrem de maneira simples, já que as intenções complexas envolvem uma relação causal do tipo por-meio-de. Por exemplo, uma pessoa pode ter a intenção de tomar café para atingir o objetivo de ficar acordada, de modo que cada passo a seguir coar o café, servir, tomar e ficar acordado são etapas causais e a intenção-em-ação abrange todas elas. O agente nessa ação tem a intenção de 78

12 ficar acordado por meio do café e tem a intenção de preparar o café para poder ficar acordado. Porém, há ações complexas que não são causais dessa forma. Tomemos a seguinte ação como exemplo: se eu recebo uma ordem para me levantar, me levanto com a intenção de obedecer à ordem, o que faria da minha ação uma intenção complexa, porém não causal do mesmo modo que preparar o café e tomar o café é uma relação causal. No primeiro caso, há uma relação de satisfação relacionada ao movimento corporal que não tem a intenção de causar o movimento ou ser causada por ele, já que, ao me levantar, não tenho a intenção de causar mais algum fenômeno e sim apenas cumprir uma ordem. Condições de satisfação não causal adicionais são características das intenções significativas (SEARLE, 1995). Segundo Searle, com o objetivo de esclarecer o que são intenções significativas, precisamos entender algumas noções básicas: a diferença entre as intenções prévias e as intenções em ação, o caráter causal e auto-referente que elas possuem e as condições causais e não causais em relação às intenções complexas, sejam elas intenções prévias ou intenções em ação. Para melhor entendermos ações causais como as não-causais dessas intenções complexas analisaremos a estrutura das intenções de significado. Devemos considerar, segundo Searle, que sinais gráficos, ruídos, gestos não são apenas produções de sinais e sons, eles carregam a intenção de realização de um ato de fala. Assim, quando se fala ou se escreve algo, há um duplo nível de Intencionalidade ao realizar os atos ilocucionários, o primeiro nível expressa o estado Intencional e o segundo o ato ilocucionário que exprime tal estado. Por exemplo, quando afirmamos que está nevando, ao mesmo tempo é expressa a crença de que está nevando; assim, as condições de satisfação são idênticas aos atos de fala emitidos, caracterizando a crença expressa como verdadeira, a mesma coisa aconteceria se uma promessa emitida fosse cumprida e assim por diante. Segundo Searle, precisamos lembrar que fazer um enunciado difere de fazer um enunciado verdadeiro, prometer difere de fazer com que uma promessa que seja cumprida. Para Searle: [...] a intenção de dar uma ordem deve determinar o que passa por obediência à ordem etc. O fato de as condições de satisfação do estado Intencional expresso e os atos de fala serem idênticas sugere que a chave do problema do significado é perceber que, na realização do ato de fala, a mente impõe intencionalmente à expressão física do estado mental expresso as mesmas condições de satisfação do próprio estado mental. (SEARLE, 1995, p. 229). 79

13 Nesse sentido, a intenção de significação tem duas partes. A primeira é fazer um enunciado e a segunda é fazer um enunciado específico (que determina a verdade). Há aqui uma relação interna entre a primeira e a segunda parte, uma vez que fazer um enunciado específico deve definir o que é verdadeiro. Porém, a intenção de significação é a intenção de realizar apenas a primeira parte desse duplo nível de Intencionalidade. Analisaremos então quais são as condições de adequação entre os atos de fala e as condições de satisfação: 1- O duplo nível de Intencionalidade na realização do ato de fala: ao enunciar intencionalmente uma sentença, estamos expressando certas condições de satisfação a partir dos atos de fala e um nível de intenção com que os atos são realizados, chamandoos respectivamente de condição de sinceridade e intenção de significação. A proposta de Searle é caracterizar a intenção de significação e uma condição de satisfação para explicar o duplo nível de Intencionalidade, assim, mostramos o estado psicológico correspondente tornando-o Intencional; 2- Dessa maneira, as condições de satisfação dos atos de fala e as condições de satisfação da condição de sinceridade são análogas. A abordagem da intenção de significação mostra a maneira como ocorrem as condições de satisfação e a intenção de satisfação difere tanto das condições de satisfação do ato de fala quanto das condições de sinceridade. A intenção de fazer um enunciado é diferente de fazer um enunciado verdadeiro, mesmo que a intenção de fazer um enunciado tenha que ter de início a necessidade de se fazer um enunciado verdadeiro e apontar para a crença na verdade da sentença enunciada, ou qualquer outro estado psicológico. 3- O que difere entre representação e comunicação ao proferir uma sentença sobre um fato pode querer representar o fato que narra e comunicar essa representação, porém a intenção de comunicação não é a mesma que a intenção de representação. Segundo Searle (1995, p. 231) podemos fazer enunciados sem ter pretensão de construir convicções ou crenças nos ouvintes, isso ocorre em casos de mentira ou engano. Nessa abordagem, a representação é anterior à comunicação, o mesmo acontece com a intenção de representação e intenção de comunicação, uma precede a outra. Podemos ter a intenção de representar algo mesmo sem ter a intenção de comunicar algo. Para o autor o mesmo não é válido para os atos de fala uma vez que não se pode ter intenção de comunicar sem ter a intenção de representar. Não é possível, por exemplo, ter a intenção 80

14 de comunicar que o café está servido sem ter a intenção de que minha intenção represente verdadeira ou falsamente tal enunciado. 4- As cinco categorias básicas de atos ilocucionários: assertivos, diretivos, compromissivos, declarativos e expressivos, são encontrados empiricamente uma vez que a linguagem representa o mundo na medida em que o agente o representa. Esses cinco tipos são derivados de características fundamentais da mente segundo Searle. Um dos atributos da Intencionalidade da mente, além de criar possibilidade para o significado é, também, limitar suas formas. Por exemplo, há emissões performativas para nos desculparmos, ordenar, enunciar, mas não temos uma emissão performativa para fazer um café. Se eu peço desculpas, ao enunciar meu pedido de desculpas, estou realizando no mundo a ação que pretendia, mas se eu digo farei um café, o café não surgirá na minha frente como num passe de mágica. Assim, para o autor, a meta da análise do significado é mostrar de que maneira as possibilidades e limitações do significado originam-se a partir da Intencionalidade da mente (SEARLE, 1995). Segundo Searle, o que norteia a análise do que ele denomina intenções de significação é que tais intenções têm a função de representar; assim, uma intenção de representação seria a de que os eventos físicos subsequentes propiciem ao ouvinte o entendimento de que o ato de fala foi realizado com a intenção de representar algo verdadeiro e não apenas de comunicar representações de uma pessoa para um ouvinte. Searle deixa claro que a intenção de representação é independente da intenção de comunicação e isso é uma maneira de impor condições de satisfação de um estado Intencional. Considerações finais Procuramos neste artigo apresentar como Searle entende a relação entre mente e linguagem. O autor inicia sua pesquisa com os estudos sobre os atos de fala e posteriormente passa para os estudos da mente e da consciência. Como vimos, ele aproxima termos usados no estudo da linguagem com os estudos da mente. Vimos que, para o autor, no que diz respeito à intencionalidade linguística, não é necessário apenas proposições e condições de satisfação, mas que essas proposições podem ser associadas a vários tipos de força ilocucionários (pedir, declarar, exigir etc.). 81

15 Apresentamos de que forma ocorre a associação das proposições com os modos psicológicos e que determinam os vários tipos de estados mentais (crer, desejar, querer etc.). Por fim abordamos brevemente o problema do significado, já que para Searle a análise da significação teria que ser correlata à análise apropriada da força ilocucionária para que possa ser integrada às considerações sobre a mente. Procuramos mostrar qual a contribuição de John Searle para os estudos correlatos entres mente e linguagem no que se refere aos fenômenos mentais para o estudo do comportamento, sobretudo no comportamento humano, apontando os conteúdos internos mentais, semânticos e proposicionais. Sua contribuição pode ser percebida, também, nas críticas no campo das Ciências Cognitivas e Inteligência Artificial como uma posição anti-computacional quando se dirige aos fenômenos mentais. Referências AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Trad. Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, CHURCHLAND, P. M. Eliminative materialism and the propositional attitudes. In: William G. Lycan (Org.). Mind and cognition: a reader. Oxford: Blackwell, P A neurocomputational perspective. Cambridge: MIT Press, DARWIN, C. (1859) On the origin of species: or the preservation of favoured races in the struggle for life. The Project Gutemberg. Disponível em: DENNETT, D. C. Tipos de Mentes: rumo a uma compreensão da consciência. Rocco: Rio de Janeiro, Disponível em: < Acesso em: 10 fev DESCARTES, R. Meditações metafisicas. São Paulo: Nova Cultural, ENGEL, P. Introdução à Filosofia da Mente. Lisboa: Instituto Piaget, Lisboa, LECLERC, A. Intencionalidade e consciência. UFC- CNPq MEYR, E. O que é a evolução. Rio de Janeiro: Rocco, RYLE, G. The concept f Mind. Mitchan: Penquin Books, SEARLE, J. R. A redescoberta da mente. São Paulo: Martins Fontes, Actos de fala. Coimbra: Almedina, Expressão e significado. São Paulo: Martins Fontes, Intencionalidade. São Paulo: Martins Fontes, Mente, cérebro e ciência. Lisboa: Edições 70, Mente, linguagem e sociedade: filosofia no mundo real. Rio de Janeiro: Rocco, SILVA, I. R. De Jure. Revista jurídica do ministério público de Minas Gerais. Disponível em: < 0fala_Silva.pdf?sequence=1> Acesso em: 03 ago

Searle: Intencionalidade

Searle: Intencionalidade Searle: Intencionalidade Referências: Searle, John, The background of meaning, in Searle, J., Kiefer, F., and Bierwisch, M. (eds.), Speech Act Theory and Pragmatics, Dordrecht, Reidel, 1980, pp 221-232.

Leia mais

A RELAÇÃO ENTRE ATOS DE FALA E PROSÓDIA

A RELAÇÃO ENTRE ATOS DE FALA E PROSÓDIA 247 de 665 A RELAÇÃO ENTRE ATOS DE FALA E PROSÓDIA Polliana Teixeira Alves (UESB) Vera Pacheco (UESB) Alcione Santos (UESB) RESUMO Nas mais variadas situações de comunicação, nas quais se realizam os atos

Leia mais

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo NOÇÕES DE PRAGMÁTICA Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 14.08-16.08.2017 Situando a Pragmática no seio das disciplinas da Linguística O aspecto pragmático

Leia mais

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo NOÇÕES DE PRAGMÁTICA Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 17.08.2015 Situando a Pragmática no seio das disciplinas da Linguística O aspecto pragmático

Leia mais

10.º ano Maria Serafina Roque

10.º ano Maria Serafina Roque 10.º ano 2011-2012 Maria Serafina Roque As palavras e a linguagem têm um enorme poder nas nossas vidas, uma vez que, quando comunicamos, interagimos com os outros. Na maior parte das situações comunicativas,

Leia mais

Sobre o Artigo. Searle, John, R. (1980). Minds, brains and programs. Behavioral and Brain Sciences 3(3):

Sobre o Artigo. Searle, John, R. (1980). Minds, brains and programs. Behavioral and Brain Sciences 3(3): Sobre o Artigo Searle, John, R. (1980). Minds, brains and programs. Behavioral and Brain Sciences 3(3): 417-457 Searle John Rogers Searle (Denven, 31 de julho de 1932) é um filósofo e escritor estadunidense,

Leia mais

Grice: querer dizer. Projecto de Grice: explicar a significação em termos de intenções.

Grice: querer dizer. Projecto de Grice: explicar a significação em termos de intenções. Grice: querer dizer Referências: Grice, Paul, Meaning, in Studies in the Way of Words, Cambridge (Mas.), Harvard University Press, 1989, pp 213-223. Schiffer, Stephen, Meaning, Oxford, Oxford University

Leia mais

Introdução à Lógica Proposicional Sintaxe

Introdução à Lógica Proposicional Sintaxe Bacharelado em Ciência e Tecnologia BC&T Introdução à Lógica Proposicional Sintaxe PASSOS PARA O ESTUDO DE LÓGICA Prof a Maria das Graças Marietto graca.marietto@ufabc.edu.br 2 ESTUDO DE LÓGICA O estudo

Leia mais

Linguagem, Teoria do Discurso e Regras

Linguagem, Teoria do Discurso e Regras Linguagem, Teoria do Discurso e Regras FMP FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO FACULDADE DE DIREITO LINGUAGEM, TEORIA DO DISCURSO E REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA OS JOGOS DE LINGUAGEM (SPRACHSPIELEN)

Leia mais

AS PROPOSIÇÕES PRESCRITIVAS - VII

AS PROPOSIÇÕES PRESCRITIVAS - VII AS PROPOSIÇÕES PRESCRITIVAS - VII I. Um ponto de vista formal/norma como proposição: - o objeto do estudo a ser desenvolvido será a norma jurídica, na sua estrutura lógico-lingüistica, ou seja, que tipo

Leia mais

A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA

A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA Mariluze Ferreira de Andrade e Silva Laboratório de Lógica e Epistemologia DFIME - UFSJ Resumo: Propomos investigar

Leia mais

Habermas, Teoria da Ação Comunicativa, v. I, cap. 3, pontos (3) e (4)

Habermas, Teoria da Ação Comunicativa, v. I, cap. 3, pontos (3) e (4) Habermas, Teoria da Ação Comunicativa, v. I, cap. 3, pontos (3) e (4) Referência: HABERMAS, Jürgen. Intermediate reflections: social action, purposive activity, and communication. In: HABERMAS, Jürgen.

Leia mais

O que é uma convenção? (Lewis) Uma regularidade R na acção ou na acção e na crença é uma convenção numa população P se e somente se:

O que é uma convenção? (Lewis) Uma regularidade R na acção ou na acção e na crença é uma convenção numa população P se e somente se: Convenções Referências Burge, Tyler, On knowledge and convention, The Philosophical Review, 84 (2), 1975, pp 249-255. Chomsky, Noam, Rules and Representations, Oxford, Blackwell, 1980. Davidson, Donald,

Leia mais

A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 RESUMO

A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 RESUMO A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 SILVA, Kariane Marques da 1 Trabalho de Pesquisa FIPE-UFSM Curso de Bacharelado Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil E-mail:

Leia mais

A Concepção da Verdade-como-Correspondência

A Concepção da Verdade-como-Correspondência 374 A Concepção da Verdade-como-Correspondência Renato Machado Pereira * RESUMO O artigo tem por finalidade descrever as características principais de uma teoria da verdadecomo-correspondência. Dizer apenas

Leia mais

Pensamento e Linguagem: observações a partir de Donald Davidson. No nosso dia a dia nos comunicamos uns com os outros com sucesso na

Pensamento e Linguagem: observações a partir de Donald Davidson. No nosso dia a dia nos comunicamos uns com os outros com sucesso na Pensamento e Linguagem: observações a partir de Donald Davidson Marcelo Fischborn 1 No nosso dia a dia nos comunicamos uns com os outros com sucesso na maior parte das vezes. Pergunto a alguém que horas

Leia mais

Indiscernibilidade de Idênticos. Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de idênticos

Indiscernibilidade de Idênticos. Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de idênticos Indiscernibilidade de Idênticos Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de Consideremos agora o caso das atitudes proposicionais, das construções epistémicas e psicológicas, e perguntemo-nos se é

Leia mais

Pressuposição Antecedentes históricos

Pressuposição Antecedentes históricos A suposta natureza pressuposicional dos performativos Pressuposição Antecedentes históricos Luiz Arthur Pagani 1 1 Frege sentido sem referência (acomodação) [1, p. 137]: A sentença Ulisses profundamente

Leia mais

ANÁLISE DO SIGNIFICADO EM SENTENÇAS DO PORTUGUÊS NA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS DA INTENÇÃO COMUNICATIVA

ANÁLISE DO SIGNIFICADO EM SENTENÇAS DO PORTUGUÊS NA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS DA INTENÇÃO COMUNICATIVA ANÁLISE DO SIGNIFICADO EM SENTENÇAS DO PORTUGUÊS NA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS DA INTENÇÃO COMUNICATIVA Welton Rodrigues Santos (IF Baiano/PUC-Minas) weltonsantos83@gmail.com RESUMO Uma das divergências

Leia mais

INDUÇÃO ULTRAFORTE: EPISTEMOLOGIA DO SUBJETIVO

INDUÇÃO ULTRAFORTE: EPISTEMOLOGIA DO SUBJETIVO INDUÇÃO ULTRAFORTE: EPISTEMOLOGIA DO SUBJETIVO Felipe Sobreira Abrahão Doutorando, HCTE UFRJ E-mail: felipesabrahao@gmail.com 1. INTRODUÇÃO A problemática do raciocínio indutivo é abordada pelos pensadores

Leia mais

COMO LER NOTAÇÃO LÓGICA

COMO LER NOTAÇÃO LÓGICA COMO LER NOTAÇÃO LÓGICA DARREN BRIERTON TRADUÇÃO DE AISLAN ALVES BEZERRA Conectivos Proposicionais O primeiro conjunto de símbolos que introduzir-vos-ei são chamados de conectivos proposicionais porque

Leia mais

PRAGMÁTICA ILOCUCIONÁRIA E SIGNIFICAÇÃO Lucrécio Araújo de Sá Júnior 1

PRAGMÁTICA ILOCUCIONÁRIA E SIGNIFICAÇÃO Lucrécio Araújo de Sá Júnior 1 PRAGMÁTICA ILOCUCIONÁRIA E SIGNIFICAÇÃO Lucrécio Araújo de Sá Júnior 1 Resumo: Durante o período clássico, filósofos e gramáticos desenvolveram uma teoria ideacional do significado de acordo com as sentenças

Leia mais

OS ATOS ILOCUTÓRIOS DO BAH

OS ATOS ILOCUTÓRIOS DO BAH OS ATOS ILOCUTÓRIOS DO BAH Gabrielle Perotto de Souza da Rosa Patricia de Andrade Neves Patrícia Martins Valente RESUMO: O presente trabalho pretende analisar as diferentes entonações e interpretações

Leia mais

Relatório Final de Pesquisa PIBIC

Relatório Final de Pesquisa PIBIC PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA Relatório Final de Pesquisa PIBIC Nome do Bolsista: Renato Luiz Atanazio Ferreira Matrícula: 0911459 Orientador: Prof. Ludovic

Leia mais

Conclusão. 1 Embora essa seja a função básica dos nomes próprios, deve-se notar que não é sua função

Conclusão. 1 Embora essa seja a função básica dos nomes próprios, deve-se notar que não é sua função Conclusão Este trabalho tinha o objetivo de demonstrar uma tese bem específica, a de que a principal função dos nomes próprios é a função operacional, isto é, a função de código 1. Gosto de pensar que

Leia mais

CADERNOS DO CNLF, VOL. XII, Nº 10 LEITURA E ORALIDADE

CADERNOS DO CNLF, VOL. XII, Nº 10 LEITURA E ORALIDADE LEITURA E ORALIDADE ANÁLISE DOS ATOS DE FALA NAS TIRAS DE MAFALDA 13 Mônica Lopes Smiderle de Oliveira (UFES) monicasmiderle@yahoo.com.br AUSTIN E SEARLE: A TEORIA DOS ATOS DE FALA Pelo que mostra Levinson

Leia mais

Sobre Pragmática e Semântica. Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º

Sobre Pragmática e Semântica. Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º Sobre Pragmática e Semântica Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º daniel.almeida@unifal-mg.edu.br OLIVEIRA, Roberta Pires de. O campo da semântica Fazendo ciência do significado. In:. Semântica

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos A PRAGMÁTICA DE J. L. AUSTIN Rosa Maria Nechi Verceze (USP e PUC-SP) rosa_nechi@hotmail.com Austin contribui para os estudos da pragmática postulando a ideia de que a linguagem deve ser vista na sua essência

Leia mais

Metáfora. Companion to the Philosophy of Language, Oxford, Blackwell, 1998, pp

Metáfora. Companion to the Philosophy of Language, Oxford, Blackwell, 1998, pp Metáfora Referências: Aristóteles, Retórica, Lisboa, INCM, 2005. Black, Max, More about metaphor, in Ortony, Andrew (ed.), Metaphor and Thought (2 nd ed.), Cambridge, Cambridge University Press, 1993,

Leia mais

LÓGICA I. André Pontes

LÓGICA I. André Pontes LÓGICA I André Pontes 1. Conceitos fundamentais O que é a Lógica? A LÓGICA ENQUANTO DISCIPLINA Estudo das leis de preservação da verdade. [Frege; O Pensamento] Estudo das formas válidas de argumentos.

Leia mais

COMO AS PALAVRAS TEM SIGNIFICADO

COMO AS PALAVRAS TEM SIGNIFICADO COMO AS PALAVRAS TEM SIGNIFICADO Marcos Campos Botelho 1 RESUMO As palavras pelo som ou por sinais funcionam efetivamente possuindo sentido nas frases ou nos enunciados. Como as palavras tem significado?

Leia mais

O PAPEL DOS MODELOS NA MATEMÁTICA

O PAPEL DOS MODELOS NA MATEMÁTICA O PAPEL DOS NA MATEMÁTICA Irinéa de Lourdes Batista 1 Gabriela H. G. Issa Mendes 2 João Henrique Lorin 3 Kátia Socorro Bertolazi 4 Resumo: Este minicurso tem por objetivo apresentar noções a respeito dos

Leia mais

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8 Índice AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3 AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5 AULA 3 Negação de proposições 8 AULA 4 Tautologia, contradição, contingência e equivalência 11 AULA 5 Argumentação

Leia mais

HOMILÉTICA FUNDAMENTOS - PEREPAROS 1 FUNDAMENTOS 1.1 PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES BÍBLICOS O SERMÃO TEMÁTICO DEFINIÇÃO

HOMILÉTICA FUNDAMENTOS - PEREPAROS 1 FUNDAMENTOS 1.1 PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES BÍBLICOS O SERMÃO TEMÁTICO DEFINIÇÃO Jörg Garbers HOMILÉTICA FUNDAMENTOS - PEREPAROS 1 FUNDAMENTOS 1.1 PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES BÍBLICOS 1 1.1.1 O SERMÃO TEMÁTICO 1.1.1.1 DEFINIÇÃO "Sermão temático é aquele cujas divisões principais derivam

Leia mais

FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS

FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO - 36 Esperava-se que o estudante estabelecesse a distinção entre verdade e validade e descrevesse suas respectivas aplicações. Item

Leia mais

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019 Material Teórico - Módulo de INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA Expandindo o Vocabulário Tópicos Adicionais Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto 12 de junho de 2019

Leia mais

01/09/2014. Capítulo 1. A linguagem da Lógica Proposicional

01/09/2014. Capítulo 1. A linguagem da Lógica Proposicional Capítulo 1 A linguagem da Lógica Proposicional 1 Introdução O estudo da Lógica é fundamentado em: Especificação de uma linguagem Estudo de métodos que produzam ou verifiquem as fórmulas ou argumentos válidos.

Leia mais

Semiótica. Prof. Veríssimo Ferreira

Semiótica. Prof. Veríssimo Ferreira Semiótica Prof. Veríssimo Ferreira Natureza e Cultura Domínio da Natureza Universo das coisas naturais. Domínio da Cultura Universo das práticas sociais humanas. Cultura Fazer humano transmitido às gerações

Leia mais

Pensamento e linguagem

Pensamento e linguagem Pensamento e linguagem Função da linguagem Comunicar o pensamento É universal (há situações que nem todos sabem fazer), mas todos se comunicam Comunicação verbal Transmissão da informação Características

Leia mais

Método fenomenológico de investigação psicológica

Método fenomenológico de investigação psicológica Método fenomenológico de investigação psicológica Método de investigação filosófico versus psicológico Teoria F Descrição Reduções Essência Intencionalidade P Descrição de outros sujeitos Redução fenomenológica

Leia mais

Ficha de filosofia. A necessidade de fundamentação da moral Análise comparativa de duas perspectivas filosóficas. Fundamento e critérios da moralidade

Ficha de filosofia. A necessidade de fundamentação da moral Análise comparativa de duas perspectivas filosóficas. Fundamento e critérios da moralidade Ficha de filosofia A necessidade de fundamentação da moral Análise comparativa de duas perspectivas filosóficas Fundamento e critérios da moralidade Ética deontológica Ética consequencialista Respeito

Leia mais

APRENDIZAGEM, COGNIÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR. Profa. Dra. Cassia Ferri Vice-Reitora de Graduação UNIVALI

APRENDIZAGEM, COGNIÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR. Profa. Dra. Cassia Ferri Vice-Reitora de Graduação UNIVALI APRENDIZAGEM, COGNIÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR Profa. Dra. Cassia Ferri Vice-Reitora de Graduação UNIVALI APRENDER NA UNIVERSIDADE EXIGE: A Ultrapassar a mera informação para atingir o domínio do conhecimento.

Leia mais

Notas de Aula Aula 2, 2012/2

Notas de Aula Aula 2, 2012/2 Lógica para Ciência da Computação Notas de Aula Aula 2, 2012/2 Renata de Freitas & Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF 23 de janeiro de 2013 Sumário 1 Conteúdo e objetivos 1 2 Legibilidade

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Aula Teórica 1: Apresentação Departamento de Informática 14 de Fevereiro de 2011 O que é a lógica? Lógica: de que se trata? A lógica está na base do raciocínio É um processo inerentemente humano, tão básico

Leia mais

Organização textual. M.H.M.Mateus et.al. Gramática da Língua Portuguesa pp

Organização textual. M.H.M.Mateus et.al. Gramática da Língua Portuguesa pp Organização textual M.H.M.Mateus et.al. Gramática da Língua Portuguesa pp. 87-123 ÍNDICE PROPRIEDADES TEXTUAIS: TEXTUALIDADE, ACEITABILIDADE, SITUACIONALIDADE, INTERTEXTUALIDADE, INFORMATIVIDADE, CONECTIVICADE

Leia mais

AULA 2. Texto e Textualização. Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º

AULA 2. Texto e Textualização. Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º AULA 2 Texto e Textualização Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º daniel.almeida@unifal-mg.edu.br O QUE É TEXTO? Para Costa Val, texto = discurso. É uma ocorrência linguística falada ou escrita,

Leia mais

Raciocínio Lógico Matemático

Raciocínio Lógico Matemático Raciocínio Lógico Matemático Cap. 4 - Implicação Lógica Implicação Lógica Antes de iniciar a leitura deste capítulo, verifique se de fato os capítulos anteriores ficaram claros e retome os tópicos abordados

Leia mais

SOBRE OS CONCEITOS DE REGRA E CRENÇA PRESENTES NOS ESCRITOS TARDIOS DE WITTGENSTEIN 1. INTRODUÇÃO

SOBRE OS CONCEITOS DE REGRA E CRENÇA PRESENTES NOS ESCRITOS TARDIOS DE WITTGENSTEIN 1. INTRODUÇÃO SOBRE OS CONCEITOS DE REGRA E CRENÇA PRESENTES NOS ESCRITOS TARDIOS DE WITTGENSTEIN MATHEUS DE LIMA RUI 1 ; EDUARDO FERREIRA DAS NEVES FILHO 2 1 Universidade Federal de Pelotas / Filosofia MATHEUS.LRUI@GMAIL.COM

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 3, Ano AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ. Moura Tolledo

Revista Filosofia Capital ISSN Vol. 1, Edição 3, Ano AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ. Moura Tolledo 39 AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ Moura Tolledo mouratolledo@bol.com.br Brasília-DF 2006 40 AS CONDUTAS DE MÁ-FÉ Moura Tolledo 1 mouratolledo@bol.com.br Resumo A Má-Fé foi escolhida como tema, por se tratar de um

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Teoria dos Atos de Fala; prática da linguagem; interação social.

PALAVRAS-CHAVE: Teoria dos Atos de Fala; prática da linguagem; interação social. 4.3 ATOS DE FALA, ATOS INDIRETOS E A ARTE DE DIZER NÃO DIZENDO IVONE RIBEIRO SILVA Técnica do Ministério Público do Estado de Minas Gerais - Revisão Pós-graduada em Leitura e Produção de Textos Mestre

Leia mais

Matemática Régis Cortes. Lógica matemática

Matemática Régis Cortes. Lógica matemática Lógica matemática 1 INTRODUÇÃO Neste roteiro, o principal objetivo será a investigação da validade de ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Os argumentos

Leia mais

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 Sirlane de Jesus Damasceno Ramos Mestranda Programa de Pós-graduação Educação Cultura e Linguagem PPGEDUC/UFPA.

Leia mais

INSTITUTO ÀGORA DE EDUCAÇÃO

INSTITUTO ÀGORA DE EDUCAÇÃO INSTITUTO ÀGORA DE EDUCAÇÃO Curso de filosofia RESENHA SOBRE: BLACKBUM, Simon. Para que serve filosofia?. Disponível em: http: www.criticanarede.com/fa_10exceto.html; SHAND, John. O que é filosofia?. Disponível

Leia mais

Aula 2 A linguagem na sociedade

Aula 2 A linguagem na sociedade Aula 2 A linguagem na sociedade LANGACKER, Ronald W. A linguagem e sua estrutura: alguns conceitos fundamentais. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1972. cap. 3 (p. 51-74). Prof. Cecília Toledo- cissa.valle@hotmail.com

Leia mais

1 Introdução. 1 CÂMARA JR., J.M, Estrutura da língua portuguesa, p Ibid. p. 88.

1 Introdução. 1 CÂMARA JR., J.M, Estrutura da língua portuguesa, p Ibid. p. 88. 1 Introdução A categoria tempo é um dos pontos mais complexos dos estudos em língua portuguesa. Por se tratar de um campo que envolve, sobretudo, conceitos igualmente complexos como semântica e interpretação

Leia mais

BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA: Abordagens de Saussure, Peirce, Morris e Barthes.

BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA: Abordagens de Saussure, Peirce, Morris e Barthes. 1 BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA: Abordagens de Saussure, Peirce, Morris e Barthes. BREVE HISTÓRIA DA SEMIOLOGIA (1) Período Clássico; (2) Período Medieval; (3) Racionalismo; (4) Empirismo Britânico; (5)

Leia mais

O QUE É A LINGÜÍSTICA TEXTUAL

O QUE É A LINGÜÍSTICA TEXTUAL O QUE É A LINGÜÍSTICA TEXTUAL O estudo da coesão textual tem sido predominantemente desenvolvido dentro do ramo da Lingüística a que se denomina Lingüística do Texto. Cabe, assim, inicialmente, dizer algumas

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 2

Lógica Proposicional Parte 2 Lógica Proposicional Parte 2 Como vimos na aula passada, podemos usar os operadores lógicos para combinar afirmações criando, assim, novas afirmações. Com o que vimos, já podemos combinar afirmações conhecidas

Leia mais

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao 1 Introdução A presente dissertação tem como tema a aquisição do modo verbal no Português Brasileiro (PB). Tal pesquisa foi conduzida, primeiramente, por meio de um estudo dos dados da produção espontânea

Leia mais

Campos Sales (CE),

Campos Sales (CE), UNIERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO PROGRAD UNIDADE DESCENTRALIZADA DE CAMPOS SALES CAMPI CARIRI OESTE DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DISCIPLINA: Tópicos de Matemática SEMESTRE:

Leia mais

TABELA VERDADE. por: André Aparecido da Silva. Disponível em:

TABELA VERDADE. por: André Aparecido da Silva. Disponível em: TABELA VERDADE por: André Aparecido da Silva Disponível em: http://www.oxnar.com.br/aulas/logica Normalmente, as proposições são representadas por letras minúsculas (p, q, r, s, etc). São outros exemplos

Leia mais

A COMUNICAÇÃO HUMANA

A COMUNICAÇÃO HUMANA A COMUNICAÇÃO HUMANA 2 DEFINIÇÃO É uma série dinâmica e contínua de eventos nos quais uma intenção é criada e transmitida. Para que a comunicação seja efetiva, o significado aprendido pela pessoa que houve,

Leia mais

13 soluções para melhorar a comunicação

13 soluções para melhorar a comunicação 13 soluções para melhorar a comunicação Anna Carolina Rodrigues Você S/A A dificuldade de se expressar é um problema recorrente entre profissionais e um dos principais obstáculos que as empresas enfrentam

Leia mais

Prof. Talles D. Filosofia do Direito A Teoria da Norma Jurídica

Prof. Talles D. Filosofia do Direito A Teoria da Norma Jurídica Prof. Talles D. Filosofia do Direito A Teoria da Norma Jurídica Os pontos elencados são tópicos da obra de Norberto Bobbio, sempre presente nas provas dos concursos públicos, o que provavelmente se repetirá

Leia mais

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura Adriano Bueno Kurle 1 1.Introdução A questão a tratar aqui é a do conceito de eu na filosofia teórica de Kant, mais especificamente na Crítica da

Leia mais

John Locke. Trabalho apresentado pela aluna Luciana Cidrim. Recife, 08 de Setembro de 2015

John Locke. Trabalho apresentado pela aluna Luciana Cidrim. Recife, 08 de Setembro de 2015 Universidade Católica de Pernambuco Programa de Pós- Graduação em Ciências da Linguagem Disciplina: Filosofia da Linguagem Prof. Dr. Karl Heinz EGen John Locke Trabalho apresentado pela aluna Luciana Cidrim

Leia mais

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Filosofia - 11º A

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Filosofia - 11º A Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias 2011-2012 Filosofia - 11º A Silogismo 12/10/11 Silogismo categórico Premissa maior Todo o gato é mamífero Premissa menor Os siameses são gatos Conclusão

Leia mais

ÉTICA E MORAL. O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1

ÉTICA E MORAL. O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1 ÉTICA E MORAL O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1 Ética e Moral são indiferenciáveis No dia-a-dia quando falamos tanto usamos o termo ética ou moral, sem os distinguirmos. Também

Leia mais

A CONSTITUIÇÃO DO PARÁGRAFO:

A CONSTITUIÇÃO DO PARÁGRAFO: A CONSTITUIÇÃO DO PARÁGRAFO: Olá a todos! Vamos assistir a uma Apresentação da Profa. Dra. Marcela Silvestre sobre a Constituição do Parágrafo. Ao final desta espera-se que você aprenda sobre a construção

Leia mais

1 Introdução. 1 Nesta dissertação, as siglas PL2E, PL2 e PLE estão sendo utilizadas, indistintamente, para se

1 Introdução. 1 Nesta dissertação, as siglas PL2E, PL2 e PLE estão sendo utilizadas, indistintamente, para se 16 1 Introdução O interesse pelo tema deste trabalho, o uso de estruturas alternativas às construções hipotéticas com se e com o futuro simples do subjuntivo, surgiu da experiência da autora ensinando

Leia mais

O MUNDO DA ARTE, DE ARTHUR C. DANTO, À LUZ DA TEORIA INSTITUCIONAL DA ARTE

O MUNDO DA ARTE, DE ARTHUR C. DANTO, À LUZ DA TEORIA INSTITUCIONAL DA ARTE 7º Seminário de Pesquisa em Artes da Faculdade de Artes do Paraná Anais Eletrônicos O MUNDO DA ARTE, DE ARTHUR C. DANTO, À LUZ DA TEORIA INSTITUCIONAL DA ARTE Cristiane Silveira 24 Universidade Federal

Leia mais

ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA

ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA 73 de 119 ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA Marivone Borges de Araújo Batista* (UESB) (UESC) Gessilene Silveira Kanthack** (UESC) RESUMO: Partindo da análise

Leia mais

Versão 1. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Versão 1. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. Teste Intermédio de Filosofia Versão 1 Teste Intermédio Filosofia Versão 1 Duração do Teste: 90 minutos 20.04.2012 11.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março Na folha de respostas,

Leia mais

É uma interação presencial, cara a cara, com um examinador( a ) oficial IELTS. Ele( a ) estará gravando a interação para melhor avaliação posterior.

É uma interação presencial, cara a cara, com um examinador( a ) oficial IELTS. Ele( a ) estará gravando a interação para melhor avaliação posterior. O Básico O teste de Speaking... Dura de 11 a 15 minutos. É uma interação presencial, cara a cara, com um examinador( a ) oficial IELTS. Ele( a ) estará gravando a interação para melhor avaliação posterior.

Leia mais

COMANDOS VEICULADOS NO LIVRO DIDÁTICO: A SOBERANIA DO ATO DIRETIVO

COMANDOS VEICULADOS NO LIVRO DIDÁTICO: A SOBERANIA DO ATO DIRETIVO COMANDOS VEICULADOS NO LIVRO DIDÁTICO: A SOBERANIA DO ATO DIRETIVO Jorge dos Santos Cruz i Jaqueline dos Santos Nascimento ii Simone dos Santos Fernandes iii Leilane Ramos da Silva iv EIXO TEMÁTICO: Estudos

Leia mais

Intencionalidade como possibilidade teórica de análise do processo. para a Libras

Intencionalidade como possibilidade teórica de análise do processo. para a Libras Intencionalidade como possibilidade teórica de análise do processo tradutório rio da Língua L Portuguesa para a Libras Autores: Marcelo Wagner de Lima e Souza Mestrando em Linguística PUC Minas Rayane

Leia mais

ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES

ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES LUDWIG WITTGENSTEIN Texto 2 LUDWIG WITTGENSTEIN 1889-1951 Estudou o significado conceitos filosóficos através da análise lógica da natureza das proposições da linguagem.

Leia mais

ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE

ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE NOÇÃO DE TEXTO Texto ou discurso é uma ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão. Para ser considerada um texto, uma ocorrência linguística precisa ser percebida

Leia mais

Resenhado por Katiele Naiara Hirsch Universidade de Santa Cruz do Sul

Resenhado por Katiele Naiara Hirsch Universidade de Santa Cruz do Sul SOUSA, Lucilene Bender de; GABRIEL, Rosângela. Aprendendo palavras através da leitura. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2011. Resenhado por Katiele Naiara Hirsch Universidade de Santa Cruz do Sul Em Aprendendo

Leia mais

POR QUE ENSINAR GRAMÁTICA

POR QUE ENSINAR GRAMÁTICA POR QUE ENSINAR GRAMÁTICA José Fernandes Vilela (UFMG) Quando se indaga por que ensinar teoria gramatical, está-se, na verdade, indagando para que ensiná-la. Ou seja, estão-se buscando, em linguagem pedagógica,

Leia mais

TEXTO E TEXTUALIDADE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

TEXTO E TEXTUALIDADE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO TEXTO E TEXTUALIDADE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO O que é texto? TEXTO - escrito ou oral; O que as pessoas têm para dizer umas às outras não são palavras nem frases isoladas, são textos; TEXTO - dotada de unidade

Leia mais

NOTAS DE AULA. O conceito familiar de Trabalho em Mecânica pode servir como ponto de partida: O trabalho elementar realizado por uma força F r

NOTAS DE AULA. O conceito familiar de Trabalho em Mecânica pode servir como ponto de partida: O trabalho elementar realizado por uma força F r Trabalho e Calor Departamento de Engenharia Naval e Oceânica EPUSP PNV-3 Termodinâmica e Transferência de Calor NOTAS DE AULA Introdução Vamos aqui introduzir os conceitos de Trabalho e Calor em Termodinâmica.

Leia mais

Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões

Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões Questão nº 1 - Resposta B Justificativa: O amante do mito é de certo modo também um filósofo, uma vez que o mito se compõe de maravilhas

Leia mais

constituímos o mundo, mais especificamente, é a relação de referência, entendida como remissão das palavras às coisas que estabelece uma íntima

constituímos o mundo, mais especificamente, é a relação de referência, entendida como remissão das palavras às coisas que estabelece uma íntima 1 Introdução Esta tese aborda o tema da relação entre mundo e linguagem na filosofia de Nelson Goodman ou, para usar o seu vocabulário, entre mundo e versões de mundo. Mais especificamente pretendemos

Leia mais

5 Conclusão. ontologicamente distinto.

5 Conclusão. ontologicamente distinto. 5 Conclusão Considerando a força dos três argumentos anti-materialistas defendidos por Chalmers e a possibilidade de doutrinas alternativas não materialistas, devemos definitivamente abandonar o materialismo?

Leia mais

Ontologia da Linguagem

Ontologia da Linguagem Ontologia da Linguagem Fundamentos para a competência conversacional Maria de Fátima Ramos Brandão 09/2015 1 1 A LINGUAGEM é AÇÃO A linguagem não só descreve as coisas como também faz com que se sucedam

Leia mais

Duas teorias realistas para a interpretação da semântica dos mundos possíveis

Duas teorias realistas para a interpretação da semântica dos mundos possíveis 77 Duas teorias realistas para a interpretação da semântica dos mundos possíveis Renato Mendes Rocha 1 mendesrocha@gmail.com Resumo: O discurso a respeito dos Mundos Possíveis pode ser uma ferramenta bastante

Leia mais

Lógica Proposicional

Lógica Proposicional Lógica Proposicional Lógica Computacional Carlos Bacelar Almeida Departmento de Informática Universidade do Minho 2007/2008 Carlos Bacelar Almeida, DIUM LÓGICA PROPOSICIONAL- LÓGICA COMPUTACIONAL 1/28

Leia mais

O SIGNIFICADO COMO USO: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS NOÇÕES DE JOGOS DE LINGUAGEM E DE ATOS DE FALA EM WITTGENSTEIN E SEARLE

O SIGNIFICADO COMO USO: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS NOÇÕES DE JOGOS DE LINGUAGEM E DE ATOS DE FALA EM WITTGENSTEIN E SEARLE Departamento de Filosofia O SIGNIFICADO COMO USO: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS NOÇÕES DE JOGOS DE LINGUAGEM E DE ATOS DE FALA EM WITTGENSTEIN E SEARLE Aluno: Renato Luiz Atanazio Ferreira Professor: Ludovic

Leia mais

O que é Realidade? 3 - Modelos Mentais (Johnson-Laird) Modelos mentais. Modelos mentais. Regra de ouro. Modelos mentais

O que é Realidade? 3 - Modelos Mentais (Johnson-Laird) Modelos mentais. Modelos mentais. Regra de ouro. Modelos mentais O que é Realidade? 3 - Modelos Mentais (Johnson-Laird) A fenômenos B imagem de A (observações Estágio Curricular Supervisionado em Física II D causas? (nãoobserváveis) REALIDADE Leis, Teorias, Princípios

Leia mais

A Didáctica das Línguas. Síntese do Ponto 1. Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação. Docente: Prof.

A Didáctica das Línguas. Síntese do Ponto 1. Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação. Docente: Prof. A Didáctica das Línguas Síntese do Ponto 1 Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação Docente: Prof. Helena Camacho Teresa Cardim Nº 070142074 Raquel Mendes Nº 070142032 Setúbal, Abril

Leia mais

CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO

CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO Proposição Prof. Bruno Villar www.acasadoconcurseiro.com.br Raciocínio Lógico PROPOSIÇÃO TEMA: PROPOSIÇÃO A proposição lógica é o alicerce na construção do conhecimento

Leia mais

AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA

AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA 1. Introdução Necessidade de descrição do par dialógico pergunta-resposta (P- R): elementos cruciais da interação humana Análise tipológica do par P-R quanto

Leia mais

Qual Garoto? : A Utilização da Ambiguidade no Anúncio Publicitário 1. Cleiton Marx CARDOSO. Lucas MEDES

Qual Garoto? : A Utilização da Ambiguidade no Anúncio Publicitário 1. Cleiton Marx CARDOSO. Lucas MEDES Qual Garoto? : A Utilização da Ambiguidade no Anúncio Publicitário 1 2 Cleiton Marx CARDOSO 3 Lucas MEDES 4 Leonardo Pereira MENEZES Centro Universitário FAG, Toledo, PR Resumo O presente trabalho busca

Leia mais

A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO. Resumo

A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO. Resumo A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO Autor: Stanley Kreiter Bezerra Medeiros Departamento de Filosofia UFRN Resumo Em 1962, Jaako Hintikka publicou Knowledge and Belief:

Leia mais

Principais Diferenças entre Ser ou Parecer Confiante e Credível

Principais Diferenças entre Ser ou Parecer Confiante e Credível Principais Diferenças entre Ser ou Parecer Confiante e Credível Para ser confiante e credível, o que realmente sabemos conta menos do que aquilo que o público pensa que tu sabes. Como mostrar ao nosso

Leia mais

Lógica e Raciocínio. Introdução. Universidade da Madeira.

Lógica e Raciocínio. Introdução. Universidade da Madeira. Lógica e Raciocínio Universidade da Madeira http://dme.uma.pt/edu/ler/ Introdução 1 Lógica... é a ciência que estuda os princípios e aproximações para estabelecer a validez da inferência e demonstração:

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

O Tom na fala: estratégias prosódicas

O Tom na fala: estratégias prosódicas O Tom na fala: estratégias prosódicas Marígia Ana de Moura Aguiar marigia.aguiar@gmail.com Agradeço a contribuição de meus alunos e companheiros do Grupo de Prosódia da UNICAP na construção desta apresentação.

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO RESPOSTAS AOS RECURSOS CONTRA O GABARITO

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO RESPOSTAS AOS RECURSOS CONTRA O GABARITO PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO RESPOSTAS AOS RECURSOS CONTRA O GABARITO Cargo: S1 PROFESSOR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL AEE ZONA URBANA 15 pronome apassivador Em resposta ao recurso interposto, temos a dizer

Leia mais