Texto para Avaliação de Seleção Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional

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1 Texto para Avaliação de Seleção Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional Apresentação Vida e educação são indissociáveis. Por isto o repasse de conteúdos oferecidos deve ter a convicção suficiente, que gere o desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes tais, que levem o educando a um espírito de compreensão e responsabilidades recíprocas, necessários num mundo dividido, mutável e ameaçado de extinção. O Brasil de Cabral a você Quinhentos anos nos separam do Brasil descoberto por Pedro Álvares Cabral. Tentemos imaginar o Brasil recém descoberto e pensemos em suas praias de águas cristalinas, areias imaculadas e uma vegetação exuberante. Todo aquele imenso território coberto com árvores, cortado por caudalosos e límpidos rios e habitado por peixes, pássaros, onças e índios, num convívio harmonioso e natural... Poucos anos depois da visita de Cabral, nossas praias foram invadidas em busca do pau-brasil. Aos poucos, a nossa costa se cobriu de vilas e povoados. E começou a exploração, nem sempre racional. Vieram os ciclos da cana-de-açúcar, do ouro, do café, do cacau, do gado, da soja, das indústrias etc. Atualmente, somos mais de 170 milhões de brasileiros e substituímos milhares e milhares de hectares de vegetação natural por pastos, agricultura e cidades. Até quando a devastação dos ecossistemas brasileiros suportará tantas agressões em nome das necessidades e da sobrevivência do homem? Quando a geração atual deixará a sua visão imediatista e se preocupará com as gerações futuras? Alerta Geral na Biosfera As conseqüências da interferência do homem no meio ambiente são graves, atingindo, em maior ou menor escala, toda a humanidade. Dentre os principais problemas ambientais podemos ressaltar: 1. A ocupação desordenada do solo e formação de grandes núcleos populacionais, produzindo o caos urbano com problemas de habitação, trânsito, destinação de esgotos, lixo, etc. 2. O desmatamento, que é o causador de inúmeros problemas: perda da biodiversidade (extinção de populações ou espécies da flora e fauna), erosão, redução ou desaparecimento de nascentes e cursos d água e desertificação. 3. O fogo, responsável pela extinção das diversas formas de vida, poluição, empobrecimento do solo, podendo contribuir, de maneira indireta, para o desaparecimento das nascentes e cursos de água, com a destruição da vegetação, além da desertificação. 4. A caça predatória, que leva à extinção de muitas espécies devido aos atrativos que representam, como a beleza do canto e das plumagens, utilização da carne e do couro. 5. A poluição da água pelo lançamento de substâncias orgânicas e inorgânicas, resultantes principalmente do esgoto doméstico, efluentes industriais e venenos utilizados na agricultura, tem comprometido sua qualidade para utilização pelas plantas, animais e para o 1

2 uso humano. Por certo, a obtenção de água potável será o maior desafio para os próximos anos. 6. A poluição do ar pelas chaminés das fábricas, torres de refinarias de petróleo, pulverizações aéreas e, principalmente, queima de combustíveis em veículos, têm tornado o ar poluído e quase irrespirável, como nos pólos industriais e nas grandes cidades. 7. O uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura (herbicidas, inseticidas, fungicidas etc.) tem provocado inúmeros desequilíbrios ambientais com a intoxicação e morte de animais, plantas, microrganismos do solo, e até a morte do próprio homem, pelo contato direto com os venenos ou através da contaminação das plantas, animais, solo, água e ar. 8. A prática da agricultura sem preocupação com a aptidão agrícola e a capacidade produtiva dos solos, ao longo dos anos, sem reposição de nutrientes e matéria orgânica, favorecem os processos de erosão e levam o solo à exaustão em curto espaço de tempo. 9. O Lixo é outro grave problema urbano dos tempos modernos. A sociedade industrial cria, consome e descarta materiais de difícil decomposição, seja pela ação física (luz, temperatura, chuva), ou pela ação biológica. Plástico, borracha, vidros, latas e papéis, que se acumulam no ambiente, provocando desperdício de matéria prima, produto acabado e energia. Além disso podem contribuir para causar enchentes e contaminação dos cursos de água e dos lençóis freáticos. 10. As chuvas ácidas, provocadas pelo aumento da concentração de gases de nitrogênio e enxofre lançados na atmosfera, decorrentes da queima dos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral. Além de afetar as plantas e as águas, causam danos nos monumentos históricos, pela ação dos ácidos sobre o mármore, concreto, metais, etc. 11. O aquecimento global, provocado com a introdução de quantidades excessivas de gases na atmosfera, pela atividade industrial e queima de combustíveis em veículos. Esses gases são capazes de absorver a radiação infravermelha, decorrente do aquecimento da superfície terrestre, provocado pela absorção da radiação solar. Como conseqüência pode haver um aquecimento excessivo do ar além de problemas causados pela natureza tóxica desses gases. É necessário distinguir aquecimento global do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural, causado principalmente pelo vapor de água e gás carbônico (CO 2 ), que são transparentes à luz solar, mas são capazes de absorver a radiação infravermelha. Esse efeito dificulta o resfriamento imediato da atmosfera, após o por-do-sol, evitando grandes variações diárias de temperatura. 12. A Inversão térmica é uma condição climática adversa, observada principalmente nas grandes cidades, em dias mais frios e com excessiva poluição do ar. Normalmente, o ar que se acha em contato com o solo é mais quente que o ar das camadas superiores, tendendo a subir e a dispersar os poluentes. No inverno, as frentes frias provocam um rápido resfriamento do ar junto ao solo. Nessas condições, esse ar mais baixo permanece mais frio e mais denso que o das camadas superiores; sendo mais denso, ele não tende a subir e, sem a movimentação do ar, os poluentes se concentram na camada mais próxima do solo, provocando diferentes tipos de doenças. 13. Buraco na camada de ozônio - a atmosfera é um envoltório gasoso da terra e se estende por setenta e cinco quilômetros a partir da superfície terrestre. O ozônio( 0 3 ) é um gás da 2

3 atmosfera que absorve os raios ultravioleta emitidos pelo sol, funcionando como um escudo protetor da terra. O buraco da camada de ozônio é causado pela liberação de um composto químico - o clorofluorcarbono ou CFC - na atmosfera. Esse gás é quimicamente inerte, mas quando é lançado na atmosfera é quebrado pela radiação ultravioleta e os átomos de cloro reagem com o oxigênio do ozônio; este é decomposto e se forma o buraco. O CFC é largamente utilizado em embalagens de inseticidas, tintas, cosméticos, produtos de limpeza, aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e geladeiras. A redução da camada de ozônio pode provocar câncer de pele, alterar o clima, interferir no desenvolvimento das plantas e contribuir para o efeito estufa. 14. Poluição sonora provocada pelo excesso de ruídos, principalmente nas grandes cidades, que pode provocar deficiências auditivas, a fadiga e aumenta a incidência de estresse e neuroses na população. A unidade de medida do som é o decibel (db). A escala dos decibéis é logarítmica - portanto, um som de dois db é dez vezes mais intenso que um som de um db. Para se ter uma idéia de sua escala, o som da voz humana sussurrando é de 20 a 50 db. O som de uma conversa varia de 50 a 70 db. Um trem em alta velocidade emite um som de 60 a 90 db e um jato decolando gera um ruído entre 110 e 140 db. 15. Poluição visual - é o excesso de cores e sinais nas placas e luminosos, que cansam a vista e causam perturbação. 16. Poluição radioativa - a energia nuclear é uma das alternativas para se garantir o abastecimento de energia nos próximos anos. A energia é obtida por fissão nuclear, onde os núcleos atômicos são bombardeados por certas partículas e se partem, liberando a energia que armazenam. O grande perigo são os resíduos, o lixo atômico e a possibilidade de vazamento de materiais dos reatores. A exposição de material radioativo pode provocar morte imediata, deformações congênitas e câncer, dependendo da intensidade e tempo de exposição. Por que a preocupação ambiental? O interesse mundial pelo ambiente decorre da constatação de que o avanço tecnológico tem sido associado, historicamente, à degradação do ambiente. É possível verificar que o desenvolvimento das nações modernas tem ocorrido em detrimento à conservação ambiental. Para planejar nossas ações é necessário associar princípios de Economia e Ecologia, duas ciências, que cuidam, em última análise, da organização da casa. Se não houver disciplina e racionalização no uso dos recursos naturais, solo e água, que consistem nos bens de produção, seja nos espaços urbanos ou rurais, como se poderá produzir bem, conservando os recursos naturais? O estudo das questões ambientais tenta resgatar a visão holística e a participação dos cidadãos na solução dos problemas ambientais, harmonizando as ações humanas em relação à sua própria espécie e aos demais seres vivos do planeta, bem como ao conjunto de fatores que compõem o ambiente. 3

4 Conceitos Preliminares Meio ambiente O termo meio ambiente significa local habitável, seja natural ou construído. As duas palavras que o constituem meio e ambiente são sinônimos e encerram noções de espaço físico que envolve os seres vivos, os componentes físicos e químicos do ecossistema. Ecossistema O ecossistema é o conjunto formado pelo ambiente físico, os seres que nele vivem e todos os fatores que nele atuam. A própria terra pode ser considerada um enorme ecossistema, formada por inúmeros ecossistemas menores. A floresta, a árvore, a folha podem ser considerados ecossistemas. Assim como os demais sistemas, seu funcionamento demanda uma fonte de energia, o sol, que fornece luz e calor, e um fluxo de energia, através das cadeias alimentares. Ecologia Ecologia é a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o seu ambiente. Nos últimos anos a palavra ecologia teve seu uso ampliado, saindo do campo específico da biologia, para abranger outros significados, passando a denominar um amplo movimento social e político que busca a preservação do meio ambiente Desenvolvimento Sustentável Sustentável é aquilo que se pode manter, conservar; é o que se pode preservar, sem se esgotar. Desenvolvimento sustentável existe no mundo natural, na reciclagem da matéria. Os elementos químicos que formam o ar, as rochas, o solo e a água são utilizados inicialmente pelos produtores. Esses produtores servem como alimento para os consumidores primários, que por sua vez vão ser consumidos por outros consumidores pertencentes à cadeia alimentar passam pelas cadeias alimentares e os detritos, assim como os cadáveres são decompostos pelos microorganismos, principalmente bactérias e fungos, sendo devolvidos ao ambiente e assim estão prontos para serem reutilizados, em um processo contínuo. A reciclagem, palavra de ordem da natureza, é um dos fatores de equilíbrio e devia ser imitado pela sociedade humana. Pensar em desenvolvimento sustentável, requer, em primeiro lugar refletir sobre qualidade de vida. Muitas pessoas traduzem qualidade de vida como quantidade de produtos a serem consumidos e acumulados pelos indivíduos. Ao mesmo tempo comparam a natureza a um grande supermercado, onde os produtos estão dispostos para serem tomados, independentemente de suas características e possibilidades de renovação, e de sua articulação com os demais ítens nas outras prateleiras. Equilíbrio Ambiental Em condições naturais os ecossistemas se mantêm dinamicamente equilibrados. Esse equilíbrio pode ser entendido como um conjunto de interações que buscam o estado menos energético. O equilíbrio nos ecossistemas é dinâmico, compensando entradas e saídas de materiais e energia. Quando há qualquer interferência externa, como a ação antrópica, pode-se aumentar a quantidade de matéria e energia nesse ecossistema, criandose uma situação momentânea de desequilíbrio até que a matéria seja processada e a energia consumida, como é o caso do lançamento de vinhaça nos rios. Pode-se também diminuir a 4

5 quantidade de matéria e energia, com uma queimada, por exemplo. Em ambos os casos, quando cessam as perturbações, a tendência é que se estabeleça uma nova condição de equilíbrio. Porém certas ações podem gerar níveis de equilíbrio, desfavoráveis ao nosso bem estar e até à nossa sobrevivência. Isso poderá acontecer, por exemplo, em uma catástrofe nuclear, em que o ambiente poderá encontrar uma condição de equilíbrio onde poderão ser excluídas muitas espécies, inclusive a nossa. É preciso considerar que não somos necessários para o equilíbrio ambiental e que ele ocorrerá independente de nossas ações. É importante refletir, no entanto, que nós somos a única espécie que pode alterar drasticamente as condições ambientais. Se pretendemos viver em harmonia com outras espécies nesse planeta, é necessário começar a planejar nossa ações, tendo em vista que a lei da ação e reação governa o universo. Recursos Hídricos Três quartos da superfície da Terra são cobertos com água. Dessa água 97% está nos oceanos e 3% é água doce. Destes 3% de água doce, 2% formam geleiras inacessíveis, restando apenas 1% de água doce disponível, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos, distribuída desigualmente pela terra. O Brasil possui 8% do total de toda água doce disponível no planeta. A água pode ser considerada um recurso inesgotável, na maioria dos ecossistemas, enquanto houver uma fonte de energia solar capaz de fazê-la mudar de estado físico e circular no ambiente Os seres vivos podem ter até 98% de seus tecidos constituídos por água. O ser humano possui cerca de 63% de água em seu corpo. Todos os organismos vivos para terem seu metabolismo funcionando normalmente dependem da hidratação de suas células, sendo a água, portanto, essencial à sua sobrevivência. Os seres humanos utilizam os recursos hídricos principalmente para o abastecimento domiciliar, industrial, irrigação, produção de energia, navegação e destino final de despejos. Todas essas atividades, realizadas de forma irresponsável e mal planejadas, têm poluído as reservas hídricas com uma velocidade tão grande, que sua potabilidade poderá estar comprometida em poucos anos. A Educação Ambiental A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo ensino aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania. Valores da Educação Ambiental A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que: - A natureza não é fonte inesgotável de recursos. Suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como princípio vital. - As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso a manutenção da biodiversidade é fundamental para nossa sobrevivência. - É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas a produção de alimentos e proteção dos recursos naturais. 5

6 Procedimentos da Educação Ambiental Isolada em si mesma, a questão ambiental não é problema, não é solução, não é nada. Ela só tem sentido quando está inserida em um contexto sócio-político-econômico que diz respeito, não somente ao Brasil, mas a todo o planeta. Aliado à tendência atual de se dar ênfase ao global, ao automático, ao descartável, ao supérfluo e ao trágico, o ser humano perdeu o senso de auto-estima, o senso crítico, o valor dos pequenos gestos, a importância das atitudes individuais, o valor das ações coletivas, a noção do perene e do eterno. Valores e compreensão não bastam. É preciso que as pessoas saibam como atuar, como adequar a sua prática a esses valores. Há que se aprender procedimentos muito simples, como a realidade que está a nossa volta, bem como a trama da vida, suas necessidades, seus vínculos, como formular hipóteses sobre essa realidade, como comparar as formas de agir e de pensar em relação à natureza, como formular e dimensionar as respostas e algumas soluções para tomadas de decisões. Características da Educação Ambiental A Educação Ambiental apresenta várias características : 1. Processo dinâmico integrativo - é um processo dinâmico, que oportuniza a conscientização dos indivíduos e da comunidade sobre o ambiente, gerando conhecimento, valores, habilidades, experiência e determinação, tornando-os aptos a ação e resolução de problemas ambientais, individual ou coletivamente. 2. Transformadora - possibilita a aquisição de conhecimentos e habilidades capazes de propiciar mudanças de atitudes. Objetiva, ainda, a construção de uma nova visão das relações do ser humano com o seu meio e a adoção de novas posturas individuais e coletivas, capacitando-o para contribuir para uma convivência mais harmoniosa com sua espécie, respeitando as outras e construindo um ambiente mais saudável. 3. Participativa - atua na sensibilização e na conscientização do cidadão, estimulando-o a participar dos processos coletivos. 4. Abrangente - extrapola as atividades internas da escola tradicional, envolvendo, também, a família e toda a coletividade. 5. Globalizadora - considera o ambiente em seus múltiplos aspectos : natural, tecnológico, social, econômico, político, histórico, cultural, técnico, moral, ético e estético. 6. Permanente - tem um caráter permanente, pois a evolução do senso crítico e a compreensão da complexidade dos aspectos que envolvem as questões ambientais se dão de um modo crescente e contínuo. 7. Contextualizadora - atua diretamente na realidade de cada comunidade, sem perder de vista a sua dimensão planetária ( Aja localmente, pense globalmente ). 6

7 8. Transversal - num planeta como a terra, todas as formas de vida são dependentes e interdependentes do cenário que as rodeia, permitindo que os elementos cognitivos se enquadrem perfeitamente em várias disciplinas. A Educação Ambiental deve ser efetivada de maneira envolvente, deixando-se interpenetrar e interpenetrando as várias disciplinas, explorando mais o afetivo do que o cognitivo e servindo como um elo para a interdisciplinaridade. Objetivos da Educação Ambiental - Conhecimento dos princípios básicos relacionados ao ambiente, bem como as leis e fatos naturais e humanos que condicionam a realidade ambiental. - A interação histórica e cultural dos grupos humanos com os elementos naturais. - O incentivo da adoção de posturas sociais e pessoais que levem a interações construtivas, justas e sustentáveis. - Observação e análise de fatos e situações do ponto de vista ambiental, atuação reativa e propositiva, garantindo um ambiente saudável e vida de boa qualidade em níveis local, regional e global. Legislação Ambiental É ilusão pensar que os problemas ambientais possam ser resolvidos somente pela educação. A existência de boas leis conservacionistas e, muito mais do que isto, a justeza na aplicação destas, cria oportunidades para mudar atitudes diante da natureza. Permitir que tais leis não sejam cumpridas é deseducar e anarquizar as relações entre a riqueza natural do país e a população. No Brasil, a preocupação com a conservação e a preservação dos recursos naturais renováveis remonta aos idos de 1907, quando a primeira versão do Código das Águas foi apresentada à Câmara Federal, aprovada em segunda discussão e teve sua tramitação interrompida. Em 1915 foi criado o primeiro Serviço Florestal no estado de São Paulo. Mais tarde, em 1934, foi promulgado o Código das Águas, que se mantém até os dias de hoje, complementada pela Lei 9433/97. Também é de 1934 o primeiro Código Florestal do Brasil, pela Lei 4771, de 1965, que implantou o novo Código Florestal que vigora até hoje. A Lei 4504, conhecida como o Estatuto da Terra, sancionada em 1964, veio integrar, juntamente com o Código de Caça e Pesca, um complexo conjunto de instrumentos legais. Atualmente, existe um elenco de leis e legislações federais, estaduais e municipais, com objetivos diferentes e muitas vezes conflitantes nas suas aplicações. Existe um sistema de meios punitivos com a finalidade de coibir a degradação e o uso irracional dos recursos naturais, podendo ser realizado através de uma ação civil pública. A Lei 7347( 24/07/85) impõe a responsabilidade por danos causados ao meio ambiente e recursos hídricos ao cidadão, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Tal lei representou uma grande evolução na proteção dos recursos naturais, possibilitando os prejudicados a reclamar da justiça os seus direitos. O Mandato de Segurança (Lei 1533/51) permite que pessoas físicas e jurídicas ingressem em juízo, buscando a proteção do direito civil ou coletivo. Segundo a Lei 4717/65( Lei de Ação Popular), todo cidadão pode recorrer à jusstiça para obter a invalidação de atos administrativos ou fatos que possam ser lesivos ao patrimônio público, histórico e cultural, à moralidade administrativa e ao meio ambiente. Há muitos anos existe uma preocupação em todo o mundo com a defesa do meio ambiente, sendo crescentes os movimentos ambientalistas e propostas governamentais, objetivando a sua proteção. O aumento dessa consciência ecológica vem, aos poucos, surtindo seus efeitos, mesmo que precariamente, em vista das dificuldades encontradas na fiscalização dos crimes contra a 7

8 natureza em extensas áreas, principalmente em países de grande extensão territorial, como é o caso do Brasil. Há muitas leis em nosso País que protegem a fauna e a flora e prescrevem punição para os vários tipos de poluição. Tais leis são mal aplicadas, principalmente contra as unidades de proteção e se torna um trabalho difícil. Quase sempre é mais fácil regulamentar as causas e as fontes do que reparar as conseqüências. A agressão ao meio ambiente é fruto da grave injustiça que existe nas relações entre os grupos dominantes e dominados, no interior da maioria dos países pobres e da evidente desigualdade entre os países desenvolvidos e os periféricos. A tecnologia, o desenvolvimento e o avanço do conhecimento científico fazem com que as nações do Primeiro Mundo avancem em progressão geométrica, enquanto as nações periféricas ou ficam estagnadas ou avançam em progressão aritmética, distanciando-se cada vez mais dos primeiros. Isso evidencia a implicação de riscos da concentração de problemas ambientais nos países periféricos, onde a educação, a saúde, a habitação, o sistema produtivo e o apoio ao conhecimento são completamente relegados ao um plano inferior. É imperioso que o exercício da cidadania seja consolidado, na busca incessante da sistemática e eficiente participação na organização social, política, e jurídica de cada cidadão, que com a ajuda de sua comunidade se fortalecerá e fará prevalecer os seus direitos. É necessário que se cumpra e se faça cumprir a legislação existente. No Brasil, quem aplica as leis é o Estado, mas o próprio Estado pode ser o causador ou estar conivente com muitos crimes contra a natureza, pois é ele que constrói estradas, aeroportos, barragens para produção de energia. Numa democracia, é saudável e até indispensável que os cidadãos se unam em associações para garantir, juntamente com as autoridades competentes, a defesa do meio ambiente. Em alguns países, a eficiência do Estado na fiscalização de crimes contra a natureza é controlada pela justiça; o Estado pode ser condenado a pagar indenizações por omissão. É preciso, pois, informação e educação, para se ter cidadãos ativos. Somente assim as leis de proteção ambiental passarão à condição de direito fundamental de todos os cidadãos. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1.988, em seu artigo 5º, inciso LXXIII, estabelece que: " Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao MEIO AMBIENTE e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, se comprovada má fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência." Ainda no Capítulo VI - DO MEIO AMBIENTE - Artigo 225, a proteção ao meio ambiente ganha destaque especial. Artigo Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. $ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e dos ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; VI - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 8

9 VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. $ 2º. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. $ 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. $ 4º. A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal matogrossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional e a sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro das condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. $ 5º. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. $ 6º. As usinas que operam com reator nuclear deverão ter sua localização definida por lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. OBSERVAÇÃO: Os ecossistemas de Cerrado e a Caatinga não foram contemplados no texto da lei. Código Florestal - Lei de 15/09/65 Art. 1º - As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, excedendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem. Art. 2º - Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e as demais formas de vegetação natural situadas: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d água desde o seu nível mais alto em faixa marginal, cuja largura mínima será: 1) de 30 (trinta) metros para os cursos d água de menos de 10 (dez) metros de largura; 2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura; 3) de 100 (cem) metros para os cursos d água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; b) ao redor da lagoas, lagos ou reservatórios d água naturais ou artificiais; c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura; d) no topo dos morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou parte destas, com declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive; f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas; a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; i) em altitude superior a (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. Parágrafo único - No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo 9

10 o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo. Art. 3º - Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas: a) a atenuar a erosão das terras; b) a fixar as dunas; c) a formar as faixas de proteção ao longo das rodovias e ferrovias; d) a auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; e) a proteger sítios de excepcional beleza ou valor científico ou histórico; f) a asilar exemplares de fauna e flora ameaçados de extinção; g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas; h) a assegurar condições de bem-estar público. $ 1º - A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social. : Art. 10º - Não é permitida a derrubada de florestas situadas em áreas de inclinação entre 25 a 45 graus, só sendo nelas toleradas a extração de toras quando em regime de utilização racional, que vise a rendimentos permanentes. : Art Constituem contravenções penais, puníveis com três meses a um ano de prisão simples ou multa de um a cem vezes o salário mínimo mensal do lugar e da data de infração ou ambas as penas cumulativamente: a) destruir ou danificar a floresta considerada de preservação permanente, mesmo em formação, ou utilizá-la com infringência das normas estabelecidas ou previstas nesta Lei; b) cortar árvores em florestas de preservação, sem permissão da autoridade competente; c) penetrar em florestas de preservação permanente, conduzindo armas, substâncias ou instrumentos próprios para caça proibida ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem estar munido de licença da autoridade competente; d) causar danos aos Parques Nacionais,, Estaduais ou Municipais, bem como às Reservas Biológicas; e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e demais formas de vegetação, sem tomar as precauções adequadas; f) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação; g) impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação; h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto, até final beneficiamento; i) transportar ou guardar madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, sem licença válida para todo o tempo de viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente; j) deixar de restituir à autoridade licenças extintas pelo decurso de prazo ou pela entrega ao consumidor dos produtos procedentes de florestas; l) empregar, como combustível, produtos florestais ou hulha, sem uso de dispositivo que impeça a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios nas florestas; m) soltar animais ou não tomar precauções necessárias para que o animal de sua propriedade não penetre em florestas sujeitas a regime especial; n) matar, lesar ou maltratar de qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou árvore imune de corte; 10

11 o) extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais; p) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive para qualquer efeito industrial, sem licença da autoridade competente. : : : Lei de Proteção à Fauna - Lei de 03/01/67 Art. 1º - Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vive naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, são propriedade do Estado, sendo proibido a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha. $ 1º - Se peculiaridades regionais comportarem o exercício da caça, a permissão será estabelecida em ato regulamentador do Poder Público Federal. $ 2º - A utilização, perseguição, caça ou apanha de animais da fauna silvestre em terras de domínio privado, mesmo quando permitidas na forma do parágrafo anterior, poderão ser igualmente proibidas pelos respectivos proprietários, assumindo estes a fiscalização de seus domínios. Nestas áreas, para a prática do ato de caça o consentimento expresso ou tácito dos proprietários, nos termos dos arts. 594, 595, 596, 597 e 598 do Código Civil. Art. 2º - É proibido o exercício da caça profissional. Art. 3º - É proibido o comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos que impliquem a sua caça, perseguição, destruição ou apanha. : : : Lei dos Crimes Ambientais A mais recente lei ambiental (Lei 9605 de 12/02/98) é a lei dos crimes ambientais, cujos alguns artigos são citados a seguir. Lei de Crimes Ambientais Capítulo I Disposições Gerais Art. 2 o - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática quando podia agir para evitá-la. Art. 3 o - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. Capítulo II Da Aplicação da Pena Art. 6 o - Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente; 11

12 II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. Art. 7 o - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos; II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime. Art. 8 o - As penas restritivas de direito são: I - prestação de serviços à comunidade; II - interdição temporária de direitos; III - suspensão parcial ou total de atividades; IV - prestação pecuniária; V - recolhimento domiciliar. Art. 9 o - A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível. Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos. : Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vitima ou à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil, a que for condenado o infrator. Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória. Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada; III - comunicação prévia pelo agente, do perigo iminente de degradação ambiental; IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: I - reincidência nos crimes de natureza ambienta; II - ter o agente cometido a infração: a) para obter vantagem pecuniária; b) coagindo outrem para a execução material da infração; c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 12

13 e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso; f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; g) em período de defeso à fauna; h) em domingos ou feriados; i) à noite; j) em épocas de seca ou inundações; l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; n) mediante fraude ou abuso de confiança; o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções. : Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. : Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3 o, são: I - multa; II - restritivas de direitos; III - prestação de serviços à comunidade. Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: I - suspensão parcial ou total de atividades; II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: I - custeio de programas e de projetos ambientais; II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; III - manutenção de espaços públicos; IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. Capítulo III Da apreensão do Produto e do Instrumento de Infração Administrativa ou de Crime Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos. 1 o -Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 2 o - Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. 3 o - Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais. 13

14 4 o - Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem. Capítulo IV Da Ação e do Processo Penal Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995 somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. : Capítulo V Dos Crimes contra o Meio Ambiente Seção 1 Dos Crimes contra a Fauna Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 1 o - Incorre nas mesmas penas: I - quem impede a procriação da fauna sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; III - quem vende, expõe à venda exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão licença ou autorização da autoridade competente. 2 o - No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 3 o - São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. 4 o - A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; II - em período proibido à caça; III - durante a noite; IV - com abuso de licença; V - em unidade de conservação; VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. 5 o - A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. 6 o - As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 14

15 Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 32. Praticar ato de abuso, maustratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 1 o - Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 2 o - A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou água jurisdicionais brasileiras: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: I - quem causa degradação e viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público; II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente; III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica. Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção, de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. Art. 35. Pescar mediante a utilização de: I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: Pena - reclusão de um ano a cinco anos. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. Seção II Dos Crimes contra a Flora 15

16 Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente sem permissão da autoridade competente: Pena - detenção, de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto n o de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: Pena - reclusão, de um a cinco anos. 1 o - Entende-se por Unidades de Conservação as Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas, Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico e Reservas Extrativistas ou outras a serem criadas pelo Poder Público. 2 o - A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 3 o - Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa. Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais: Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produto de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou de armazenamento, outorgada pela autoridade competente. Art. 48. Impedir ou dificultar regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 49. Destruir, danificar, lesar o maltratar, por qualquer modo ou meio plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as pena cumulativamente. 16

17 Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa. Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 51. Comercializar motoserra o utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um terço se: I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático; II - o crime é cometido: a) no período de queda das sementes; b) no período de formação de vegetações; c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração; d) em época de seca ou inundação; e) durante a noite, em domingo ou feriado. Seção III Da Poluição e outros Crimes Ambientais Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 1 o - Se o crime é culposo: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 2 o - Se o crime: I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população. III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade; IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena - reclusão, de um a cinco anos. 3 o - Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. : Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas: I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral; 17

18 II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem; III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais grave. Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: Pena - detenção, de um a seis meses ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano agricultura, à pecuária, à fauna, à flora o aos ecossistemas: Pena - reclusão, de um a quatro anos e multa. Seção IV Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial: Pena - reclusão, de um a três anos, multa. Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Mitos e Reflexões Sobre o Meio Ambiente Muitos são os mitos que fazem parte do nosso relacionamento cotidiano com o ambiente. Tais situações prejudicam o nosso relacionamento com a natureza e impedemnos de rever nossas atitudes. Mito... tudo o que faz mal ao homem deve ser morto e erradicado. Por que Deus teria criado certas plantas e certos animais que não servem para nada?... Reflexão... o ser humano precisa desenvolver um comportamento ético com relação à natureza, adotando modelos de desenvolvimento sustentável. Nenhum ser vivo existe por acaso. Os conceitos de útil e nocivo, baseados unicamente nos interesses do ser humano, fazem com que a criança cresça achando que ela pode matar ou destruir tudo aquilo que ela passa a considerar não útil ao seu próprio interesse. No ciclo da cadeia da vida, todos os seres vivos são úteis a seu modo. Cada ser vivo é necessário para a continuidade da vida na terra e, assim, deve ser compreendido e respeitado. 18

19 Mito... a miséria das pessoas favorece e estimula a degradação ambiental; as comunidades localizadas nos bairros e nas favelas provocam a destruição e estimulam mais a miséria. Reflexão... quando se fala em ambiente, a discussão passa pelo modelo de desenvolvimento econômico, pela distribuição de renda, pela especulação imobiliária, que obriga as massas humanas menos favorecidas a se deslocarem para as áreas mais afastadas, muitas vezes invadindo e destruindo florestas e reservas naturais. Mito... a questão ecológica ou ambiental deve restringir-se à preservação dos ambientes naturais intocados e ao combate à poluição; as demais questões, envolvendo saneamento, saúde, cultura e qualidade de vida são situações que fogem à alçada dos educadores ambientais. Reflexão... A questão ambiental envolve o ambiente em todos os seus aspectos. Tratá-la implica tratar toda a complexidade da ação humana; por isso é um tema transversal, interdisciplinar, e só se consolida quando tratada como um todo, pois afeta e é afetada diversas áreas: educação, saúde, saneamento, agricultura, transportes, etc. Mito... como manter as necessidades sempre crescentes da população sem prejudicar a natureza? Pantanal, Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, restingas, mangues e Caatinga deveriam ficar intocados eternamente para preservar os seus segredos e garantir a sobrevivência das futuras gerações? Reflexão... a chave da conservação ambiental não é o assistencialismo preservacionista. A natureza não pode ser tratada como uma parceira inerte e passiva, como uma peça de museu, protegida e imune à ação do tempo e dos seres humanos. A natureza é dinâmica e reativa, que merece ser tratada como uma força viva e dadivosa, uma parceira. Sempre disponível, mas sem perder a noção de seus limites. O ser humano precisa perceber que é uma das espécies da natureza e que depende da natureza para sobreviver. Mito... os que defendem o meio ambiente são pessoas radicais, fanáticas, poetas, efeminados, inocentes-úteis que se mantêm alienadas da realidade, sonhadores com um paraíso inexistente. Tais pessoas ignoram as necessidades para manter o desenvolvimento e defendem posições que só perturbam quem realmente produz. Reflexão... é consenso entre os ambientalistas a necessidade de se promover um desenvolvimento sustentável. Por certo, os que defendem o meio ambiente se preocupam com o modelo de desenvolvimento, com o crescimento econômico, mas, principalmente, com a exploração racional e responsável dos recursos naturais, de forma a garantir a sobrevivência das futuras gerações. Todo o cidadão tem o direito de viver num ambiente 19

20 saudável, respirar ar puro, beber água limpa, enfim, ter uma qualidade de vida saudável. Defender esses direitos é dever de todos e não uma questão de privilégio. Mito... é um luxo e um despropósito defender a vida do mico-leão dourado e da baleia, enquanto milhares de criancinhas morrem de fome em todo o mundo. Reflexão... tal argumento seria válido se, para salvar a vida de inúmeras criancinhas, fosse necessária a extinção de algumas espécies. A situação das crianças famintas e a sobrevivência dos animais não é competitiva nem conflitante. O problema e as soluções para a desnutrição são de outra ordem e a sua importância não diminui a preocupação com as espécies em extinção. Além disso, aqueles realmente interessados na preservação dos micos geralmente também se preocupam com a melhoria das condições de vida das populações carentes; também denunciam as condições sociais injustas e indignas. Mito... a natureza é idealizada como uma situação de harmonia e de equilíbrio. Como concordar com tais premissas se os animais se atacam e se devoram ou se existem vulcões, terremotos, vendavais etc.? Reflexão... A harmonia é um conceito dinâmico e, não, estático. Se bem percebermos, existe harmonia nos movimentos, nas contínuas transformações. Todo movimento, todo crescimento, toda transformação, em princípio, caminha para um estado de equilíbrio. O impulso de sobrevivência que leva um animal a matar outro favorece a manutenção desse equilíbrio na natureza. Os animais predadores matam para se alimentar ou se defender. Quanto aos fenômenos naturais, entende-se como um processo que está em contínua transformação, na busca incessante do equilíbrio. TRANSVERSALIDADE A visão dos especialistas Com a expansão do conhecimento científico e o conseqüente desenvolvimento de novas tecnologias, o saber acumulado se fragmentou, dando lugar às especializações. O conhecimento se tornou cada vez mais particular e específico e os especialistas das diferentes áreas foram perdendo a noção do todo, a visão global das coisas. A busca da unidade A exigência de mercados competitivos, consumidores mais exigentes, a busca cada vez maior pela qualidade, bem como o aumento da percepção da complexidade das questões técnicas, sociais e políticas, levou à formação de equipes multidisciplinares e à retomada da visão global das questões, propostas e soluções. Esse fato se reflete sobre a escola, que busca integrar as diversas disciplinas, no sentido de unificar o conhecimento para interpretar melhor a realidade. A interdisciplinaridade Todas as formas de vida são dependentes e interdependentes do cenário que as rodeia. Por esse motivo existem elementos cognitivos que se enquadram perfeitamente em 20

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