MONITORAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL RELATÓRIO MUNICIPAL DE SALGUEIRO

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1 2013 MONITORAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL RELATÓRIO MUNICIPAL DE SALGUEIRO Gerência de Monitoramento e Avaliação GMA

2 Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos SEDSDH Eduardo Henrique Accioly Campos Governador do Estado João Lyra Vice-Governador do Estado Laura Mota Gomes Secretária de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Clodoaldo Silva Secretário Executivo de Coordenação de Gestão Ana Célia Cabral de Farias Secretária Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Mariana de Andrade Lima Suassuna Superintendente das ações de segurança Alimentar e Nutricional Paula Vanusa de Santana Tavares Oliveira Gerente de Planejamento, Projetos e Capacitação Ingrid Vier Gerente de Monitoramento e Avaliação Fernanda Shelly Rodrigues F. da Silva Gerente do Fundo Estadual da Assistência Social Joelson Rodrigues Reis e Silva Gerente do Sistema Único de assistência Social SUAS Rafaella Viana Gerente das Ações da Proteção Social Básica Rafael West Gerente das Ações da Proteção Social Especial de Alta Complexidade Lioniza Severina dos Santos Gerente das Ações da Proteção Social Especial de Média Complexidade Centro de Desenvolvimento e Cidadania CDC Ana Nery dos Santos Melo - Presidente Roberta Clarissa Barbosa - Técnica Administrativa Equipe Técnica Katharyna Assunção Coordenadora administrativo-financeira Creusa Melo Coordenadora de Estudos e Pesquisas Maria José Diniz Coordenadora de Monitoramento Bruno Albuquerque - Técnico de TI Vinícius Souto Maior Estatístico Técnicos Administrativos Ana Karenine Carlos Gomes Marco Aurélio Dantas Técnicos de Estudos e Pesquisas Daniela Souza Delânio Horácio Karine Torres Maria das Graças Crespo Simone Souza Leite Técnicos de Monitoramento Ana Paula Santiago Bárbara Maria Silva Danielle Rafael de Souza Francisco Godoy Raquel da Cruz Fonseca Rebeka Nylkare Marques Roberta Eleonora Souza Leão Rosilene Mota Shirley Samico Shiva Deva Sarmento Viviane Galdino Waylla Gonçalves de Sousa Wivian Araújo Motoristas Antônio Saraiva Diozane Cabral Francisco Pires Lima João Marcelo de Oliveira José Jorge da Silva Severino Pantaleão Câmara 2

3 Sumário 1. NOTAS INTRODUTÓRIAS Aspectos gerais Salgueiro Gestão da Política Plano, Fundo e Conselho Municipal de Assistência Social Monitoramento e Vigilância Socioassistencial Conselho Municipal de Assistência Social CMAS Estrutura Organizacional do CMAS de Salgueiro Infraestrutura e Dinâmica de funcionamento do CMAS Capacidade Instalada da Política de Assistência Social Proteção Social Básica PSB Centro de Referência da Assistência Social CRAS Benefícios Eventuais Benefício de Prestação Continuada BPC Proteção Social Especial PSE Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) Gestão do Trabalho no município de Salgueiro Condições de trabalho no âmbito do SUAS Capacitação continuada/formação e qualificação profissional Considerações e Recomendações Gestão da política Conselho Municipal de Assistência Social Capacidade instalada da política de assistência social no município Gestão do trabalho Referências APÊNDICES APÊNDICE A SUGESTÕES DE TEMAS PARA AS PRÓXIMAS CAPACITAÇÕES COM TÉCNICOS (as) DOS CRAS E CREAS DO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO APÊNDICE B REGISTRO FOTOGRÁFICO DOS EQUIPAMENTOS VISITADOS NO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO

4 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Caracteríticas populacionais do município de Salgueiro... 6 Tabela 2: Quantitativo de família no CADÚNICO e PBF... 6 Tabela 3: Total de beneficiários do BPC em Tabela 4: Sobre o Fundo municipal da Assistência Social de Salgueiro em Tabela 5: Características do CMAS no município de Salgueiro... 9 Tabela 6: conteúdo das informações registradas pela gestão Tabela 7: Rede de PSB em Salgueiro LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1: Identificação dos CRAS existentes em Salgueiro Ilustração 2: Financiamento dos CRAS em Salgueiro Ilustração 3: situações atendidas e predominantes nos CRAS de Salgueiro Ilustração 4: atividades e ações realizadas nos CRAS de Salgueiro Ilustração 5: Mobilização e disseminação de informações nos CRAS de Salgueiro Ilustração 6: Articulação dos CRAS com as políticas setoriais LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 2: Tipos de benefícios eventuais nos CRAS

5 1. NOTAS INTRODUTÓRIAS O Monitoramento da Política de Assistência Social está previsto na NOB/SUAS e demais Documentos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) como responsabilidade que deve ser compartilhada entre todos os entes federados. É uma exigência a ser cumprida pela União, Estados e Municípios e se justifica pela necessidade do acompanhamento contínuo pela esfera governamental. Cada ente governamental se compromete com a Política no momento em que adere ou se habilita a qualquer um dos níveis da gestão do SUAS. O Estado de Pernambuco vem cumprindo com o seu papel de indutor da Política e reconhecendo a importância do acompanhamento das ações desenvolvidas em seu território. O monitoramento é realizado anualmente em todos os municípios do Estado, onde se visita cada um dos equipamentos, programas e projetos em execução no âmbito do SUAS, mesmo aqueles que não tem convênio direto com o estado, mas que guardam relação direta com o MDS, a quem o Estado deve prestar informações quando solicitados. O objetivo do monitoramento da Política de Assistência Social, de um modo geral, está em verificar as condições do seu funcionamento nos Municípios, a fim de contribuir com o alcance dos seus objetivos e metas. O intuito é conhecer para planejar, redirecionar e intensificar as melhorias necessárias para o bom funcionamento do SUAS. Neste sentido, os resultados do monitoramento apresentados a seguir, particularizam a realidade do município em questão, dimensionando, sobretudo, a capacidade instalada da Política de Assistência Social no município, destacando aspectos primordiais ao campo da gestão da política como, por exemplo: a existência de Conselho, Plano e Fundo; as modalidades de financiamentos disponíveis; a realização de ações de Monitoramento e Avaliação; e a implantação da Vigilância Social como elementos essenciais à gestão descentralizada do SUAS. As informações relativas ao município de Salgueiro, discutidas neste relatório, são produto dos dados colhidos no mês de janeiro de 2013, a partir da visita à gestão municipal e ao conselho de assistência social, além dos equipamentos e programas existentes no município. Foram aplicados um total 20 questionários sendo que o previsto para o município era de 22 instrumentais. A defasagem foi verificada no mapeamento da rede privada com 01 (um) questionário não aplicado (houve uma entidade declarada em duplicidade) e 01 (um) do Benefício de prestação continuada (BPC) que foi identificado não haver dados sistematizados no município assim como não havia no momento da visita, nenhum profissional responsável por dar informações do benefício. A análise foi realizada no intuito de caracterizar a rede de proteção básica e especial possibilitando, desta maneira, considerações e recomendações acerca da integralização das ações de proteção, maior objetivo da política de assistência no território. 5

6 2. ASPECTOS GERAIS SALGUEIRO Classificação Características Populacionais População residente em domicílios particulares permanentes População em situação de extrema pobreza Tabela 1: Caracteríticas populacionais do município de Salgueiro Sexo Zona Faixa etária Total da população Valor absoluto % Valor absoluto % Masculino ,7% - - Feminino ,3% - - Urbana ,7% ,4% Rural ,3% ,6% 0 a 4 anos ,9% ,3% 5 a 14 anos ,1% ,0% 15 a 19 anos ,2% ,7% 20 a 39 anos ,2% ,8% 40 a 59 anos ,8% ,1% 60 anos ou mais ,8% 295 3,0% Fonte: Censo Demográfico IBGE/2010 (dados disponíveis na SAGI) O município de Salgueiro está localizado na região de desenvolvimento do Sertão Central em Pernambuco, possui extensão territorial de 1.686,8 km 2 e conta com uma população total de habitantes. Destes, encontram-se na área urbana enquanto que, da população residem na área rural (IBGE/CENSO 2010). Além disso, o município encontrase habilitado na Gestão Plena do Sistema único de Asssistência Social - SUAS 1. No quadro acima são destacados aspectos populacionais do referido município, onde pode-se ressaltar os dados da população extremamente pobre (com renda per capita até 70,00 reais), que no município chega a pessoas. Destas, 58,4% (5.677) estão localizadas na zona urbana enquanto 41,6% (4.040) residem na zona rural. Do total de pessoas em situação de extrema pobreza, 29,8% (2.893) estão na faixa etária de 20 a 39 anos, população esta, considerada em idade ativa e/ou produtiva. Pode-se então dizer que há no município um grande número da população com níveis de renda que a caracteriza como público-alvo prioritário da política de assistência (já que se encontra com ganhos muito abaixo de ¼ de salário mínimo, faixa de renda exigida para acessar os diversos serviços de assistência social). Tabela 2: Quantitativo de família no CADÚNICO e PBF A tabela ao lado mostra o universo de famílias cadastradas no Cadastro Único e das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família PBF, trazendo um comparativo do período Os dados revelam que houve um crescimento considerável, tanto de famílias inscritas no Cadúnico quanto das famílias beneficiárias do PBF nos anos mencionados. Em 2010, eram famílias cadastradas no Cadúnico, já em 2012 esse 1 Nível em que o município tem a gestão total das ações de Assistência Social sejam elas financiadas pelo Fundo Nacional de Assistência Social, mediante repasse fundo a fundo, ou que cheguem diretamente aos usuários, ou ainda, as que sejam provenientes de isenção de tributos. (PNAS/2004). 6

7 número chegou a Um aumento de aproximadamente 8,3% no período de dois anos. O mesmo crescimento não ocorreu em relação aos beneficiários do PBF que em 2010 eram e 2012 baixou para 6.908, evidenciando uma queda de 4,3% no total de beneficiários. O que se pode observar articulando os dados do PBF com o Cadúnico, é que o número de famílias inscritas superou, e muito, o de beneficiárias, indicando que há um contingente de pessoas demandando por serviços sociais de naturezas diversas e, ainda desconhecidas, o que impõe uma análise aprofundada do referido cadastro para identificação das ações específicas a serem ofertadas ao público inscrito. A expansão do PBF no território apresenta-se de imediato, como uma necessidade de enfrentamento às situações de pobreza, mas, deve estar aliada, sobretudo, a investimentos em políticas sociais estruturantes, como educação e trabalho, e de potencialização da Assistência Social. A esse respeito, cabe destacar que a pobreza é um fenômeno que apresenta múltiplas determinações e desdobramentos, exigindo respostas articuladas a essa multiplicidade. Tabela 3: Total de beneficiários do BPC em 2012 No que se refere ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), até o mês de dezembro de 2012, o município possuía um total de beneficiários. Destes, 482 são idosos e são pessoas com algum tipo de deficiência. Em Pernambuco, os dados apontam que existem beneficiários idosos e pessoas com deficiência (SAGI, 2012). Cabe salientar, que o total da população idosa do município chega a pessoas, destas 295 vivem em situação de extrema pobreza. Neste sentido, os dados são reveladores de que o número de beneficiários idosos do BPC supera aquela população idosa considerada em extrema pobreza indicando que o município possui uma boa cobertura do BPC para esta população. 3. GESTÃO DA POLÍTICA 3.1 Plano, Fundo e Conselho Municipal de Assistência Social. Na perspectiva da consolidação de um sistema único no âmbito da Assistência Social, os instrumentos regulatórios dessa política, nos quais se incluem a LOAS (1993), a PNAS (2004) e a NOB/SUAS (2012), consideram o Plano, o Fundo e o Conselho Municipal de Assistência Social, elementos fundamentais na gestão da Política de Assistência Social. Dessa forma, a existência desses três elementos constitui um pré- requisito para que os municípios realizem adesão a algum dos níveis de gestão do SUAS. O Plano Municipal de Assistência Social afirma-se como instrumento indispensável para a gestão desse direito em cada município. O mesmo envolve o diagnóstico, o planejamento e o apontamento dos serviços, programas, projetos e 7

8 benefícios que efetivam a Assistência Social no âmbito local, assegurando assim, a possibilidade de planejá-la considerando as necessidades e particularidades específicas desta realidade. Dessa forma, torna-se essencial que seja atualizado frequentemente, para acompanhar as transformações processadas na realidade a qual se refere, bem como, é fundamental que no momento de sua elaboração os dados sejam os mais próximos possíveis da realidade, devendo-se considerar, entre outros, os seus indicadores de vulnerabilidade social. Para tanto, deve-se fazer uso do diagnóstico social municipal e, finalmente, envolver a participação do CMAS e dos usuários da Política, consolidando um processo de elaboração democrático e participativo. No que se refere à realidade de Salgueiro, da qual trata esse relatório, o monitoramento 2013 identificou o cumprimento deste requisito da Política, constatando a existência do Plano, sendo o mesmo atualizado bienalmente e aprovado no CMAS, atendendo assim, tanto às indicações das normativas nacionais da Assistência Social, quanto à sua Política Estadual (PEAS, 2008). Ainda no âmbito desse município, destacamos a sua potencialidade na atualização do seu Plano, uma vez que dispõe de um diagnóstico recente das áreas de risco e vulnerabilidade. Tabela 4: Sobre o Fundo municipal da Assistência Social de Salgueiro em 2013 No âmbito dos recursos disponibilizados para a Assistência Social em Salgueiro, os dados mostram que este município dispõe de financiamento dos três entes federados. Este declara possuir Fundo Municipal de Assistência Social, sendo o mesmo criado por lei e possuidor de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) próprio. Essas informações, portanto, apontam para o cumprimento de importantes diretrizes do âmbito do financiamento da Assistência Social, segundo as quais, para instituir um Fundo devem ser observadas a necessidade de sua criação através de um instrumento normativo que o defina em termos (lei, resolução etc.), bem como, a necessidade de sua inscrição no CNPJ. Ainda na perspectiva de avaliação da organização do Fundo Municipal da Assistência Social de Salgueiro, outro aspecto encontrado constitui o fato de sua gestão ser realizada pela própria secretaria municipal de Assistência Social. Este dado é relevante, uma vez que é o órgão gestor da política aquele de quem se espera maior domínio sobre a realidade local e sobre as demandas de sua população, pois, lida cotidianamente com esses elementos. Nesse sentido, deposita-se nesse órgão municipal maior capacidade de gestão dos recursos da Assistência Social, de sua aplicação nas ações que potencializem a efetividade desse direito social no território. Este direcionamento revela-se coerente como se vê na tabela acima uma vez que o município declara possuir registro de todos os serviços 8

9 socioassistenciais custeados com recursos próprios no Fundo Municipal de Assistência Social. Feitas essas considerações, cabe finalmente afirmar que tanto o Plano quanto o Fundo Municipal de Assistência Social, dos quais tratamos nas páginas anteriores, articulam-se diretamente a outro mecanismo dessa política que também comparece como item obrigatório para a adesão dos municípios a algum dos seus níveis de gestão: o Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS). Vale salientar a obrigatoriedade da implantação desse Conselho no município, o qual tem como principais atribuições zelar pela execução e a deliberação da Política e de seu financiamento, bem como a aprovação do Plano de Assistência Social. Neste aspecto, cabe pontuar que a sua presença contribui para a efetivação da participação popular no processo de construção da Assistência Social, sem, no entanto, confundir-se com a execução dela, o que constitui uma responsabilidade eminentemente governamental. A rede de controle social do município é composta pelos seguintes Conselhos: de direito da criança e do adolescente, idoso, pessoas com deficiência, segurança alimentar e nutricional, tutelar, juventude e o CMAS. Embora, para os fins desse relatório, interesse mais os aspectos do Conselho Municipal de Assistência Social, o destaque da rede de conselhos do município como um todo é também relevante, à medida que nos possibilita visualizar as potencialidades para a atuação do controle social do conjunto das Políticas Sociais de forma intersetorial. Assim, a diversidade de Conselhos implantados em Salgueiro (acima descritos) reforça um aspecto positivo quanto às possibilidades de assegurar, nesse município, a materialização do controle social dos direitos e políticas públicas na perspectiva acima pontuada. Quanto à relação da gestão da Assistência Social de Salgueiro especificamente com o CMAS, a tabela a seguir ilustra algumas informações. Observa-se: Tabela 5: Características do CMAS no município de Salgueiro 9

10 O exercício do controle democrático sobre a gestão pública da Assistência Social, ainda que torne a garantia da participação popular no CMAS indispensável (na qual se inclui, principalmente, os usuários dessa Política), não anula a possibilidade e a importância da participação direta do órgão gestor da Política no município nessa instância. Nessa direção, a redação dada pela Lei n de 2011 ao artigo 16 da LOAS (1993) estabelece que este Conselho é a instância deliberativa e de caráter permanente do SUAS, devendo ser composto paritariamente pelo Governo e pela Sociedade Civil. Conforme dado da tabela anterior, o órgão gestor da Assistência Social do município em debate tem ocupado esse espaço, assegurando assento entre os membros do Conselho. Os dados demonstram, ainda, que a vinculação da gestão municipal de Salgueiro ao controle social da Assistência no município, realiza-se também a partir de sua participação nos espaços do CMAS ou por este organizado (reuniões), bem como, a partir da apreciação de documentos desse Conselho ou a ele submetidos pela referida gestão. Outro dado a esse respeito corresponde ao indicativo de que o órgão gestor planeja ações em parceria com o Conselho, sinalizando dessa maneira, uma atuação conjunta no espaço do município. Para encerrar a discussão desse item, devemos ainda situar que a atuação conjunta entre a gestão e o controle social, de nenhuma forma deve comprometer a autonomia de qualquer um desses dois espaços, os quais, ao mesmo tempo em que se aproximam por atuarem na esfera de uma mesma política pública a Assistência Social, possuem responsabilidades específicas, devendo ser preservada a sua autonomia e suas atribuições privativas. Desta forma, é indispensável preservar o caráter de espaço de discussão, negociação e conflito (do CMAS), devendo-se resguardar seu papel de instância propositora, fiscalizadora, controladora e reivindicadora (BOSCHETTI, 2003) Monitoramento e Vigilância Socioassistencial AVigilância Socioassistencial, instituída pela PNAS (2004) e normatizada como uma das funções da Assistência Social na NOB/SUAS (2012) constitui uma ferramenta diretamente vinculada à gestão dessa Política uma vez que cumpre a função de viabilizar a produção, sistematização, análise e disseminação de informações territorializadas sobre o público-alvo da assistência, seus equipamentos e serviços. Ao lado do monitoramento, a Vigilância propicia 0 (re)planejamento da gestão com vistas a ampliar e/ou consolidar, em sua realidade especifica, a estrutura demandada pelo conjunto das necessidades sociais de sua população. Do ponto de vista legal-normativo, o Monitoramento da Assistência Social é estabelecido pela LOAS (1993) e reforçado pela NOB/SUAS (2012), regulamento que determina a necessidade de cada ente governamental definir, em seu nível de competência, os indicadores necessários ao processo de acompanhamento, monitoramento e avaliação da Política em debate, compreendida enquanto direito social. Para tanto, devem ser definidos indicadores e variáveis que retratem a operacionalização da Política, bem como a situação real de seus componentes (programas, projetos, benefícios, serviços). Nestes, podem-se incluir as condições de funcionamento, infraestrutura, quadro de pessoal, demandas e 10

11 formas de acesso dos usuários, estratégias de planejamento da gestão e da equipe técnica, entre outros elementos. No que se refere à operacionalização da Vigilância Socioassistencial no município de Salgueiro, os dados do monitoramento estadual da Assistência Social 2013, apontam para a existência dos setores de Vigilância Socioassistencial e de Monitoramento na estrutura da gestão da política. De acordo com o Monitoramento realizado em 2012, 69% das cidades que compõem o estado de Pernambuco não possuíam naquele ano sistema próprio de monitoramento, sendo assim, este município se destaca dos demais por comportar esses dois setores considerados primordiais ao desenvolvimento efetivo da política no território. Os dados do monitoramento 2013 indicam um quadro satisfatório no município em questão, acerca da Vigilância Socioassistencial. Isto porque, o município dispõe de determinados instrumentos que consubstanciam o processo de Vigilância Socioassistencial, entre eles: o diagnóstico das áreas de risco e vulnerabilidade social atualizado nos últimos 06 meses por meio de bases de dados fornecidos pelo MDS e por levantamentos realizados pelo próprio município. Além desse diagnóstico, foi ainda observado o registro de outros dados e informações indispensáveis para o gerenciamento da Assistência Social municipal, sendo estes armazenados em meio eletrônico e em arquivos físicos (pastas, prontuários). De maneira ilustrativa, a tabela a seguir sintetiza o conjunto dessas informações registradas pelo município: Tabela 6: conteúdo das informações registradas pela gestão da Assistência Social no município de Salgueiro Para finalizar essa reflexão, reafirma-se que a Vigilância Socioassistencial só se realiza efetivamente quando esse conjunto de informações que expressam a realidade do território é de fato utilizado como subsídio ao processo de gestão, planejamento e operacionalização da Assistência Social. Dessa maneira os dados aqui apresentados devem 11

12 ser articulados a outros componentes dessa política, destacando-se a estrutura da Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE), bem como a configuração dos processos e equipes de trabalho que caracterizam a gestão do SUAS na esfera municipal. A discussão dos dados que informam esses elementos constitui o conteúdo dos próximos itens desse relatório. Cabe destacar ainda que em Salgueiro foi identificada na estrutura organizacional da gestão da Política de Assistência Social, profissionais específicos para acompanhamento das proteções sociais, básica e especial. Este é um aspecto positivo na gestão quando se considera que esse tipo de representação é importante para a consolidação de uma gestão descentralizada e participativa no âmbito da Assistência Social, garantindo a efetividade da democratização do conteúdo e ações da Política. 4. CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CMAS C onforme preconiza a LOAS, a criação do CMAS deve ser estabelecida por Lei Municipal específica 2. Na política de Assistência Social a possibilidade de participação democrática se inscreve essencialmente na previsão dos Conselhos de Assistência Social na LOAS (1993), os quais devem comparecer em âmbito nacional, estadual e municipal, como instâncias deliberativas do SUAS, possuidoras da competência de realizar o acompanhamento da execução dessa política social nessas três esferas de governo. Com vista o entendimento de que a avaliação da Assistência Social deve necessariamente considerar a mediação do seu controle social, é que o Monitoramento Estadual dessa política, em 2013, priorizou também a identificação da atuação do CMAS em todos os municípios pernambucanos Estrutura Organizacional do CMAS de Salgueiro E m Salgueiro não foi informado no momento do monitoramento o instrumento legal de criação do referido órgão de controle social do SUAS. Apenas foi declarado que o mesmo possui regimento interno próprio. No que se refere à organização do Conselho Municipal de Assistência Social de Salgueiro, este funciona com plenário, possui ainda presidência e vicepresidência, secretaria executiva, no entanto, não dispõe de equipe técnica e de apoio. É fundamental reconhecer a relevância dessa estrutura para o efetivo funcionamento do controle social da Assistência no município, devendo-se para tanto, fazer cumprir de fato o papel de cada uma delas. Nessa perspectiva, cabe situar a indicação do CNAS 3, de que o plenário, obrigatoriamente, assegure suas reuniões uma vez ao mês (e extraordinariamente, sempre que necessário), e, no que se refere à secretaria executiva, que 2 Essa diretriz é estabelecida especificamente no 4 da LOAS, em redação estabelecida pela Lei nº , de Resolução CNAS, n 237 de

13 esta subsidie o plenário com assessoria técnica, e nas reuniões e divulgação de suas deliberações, devendo, para isso, contar com o apoio de pessoal técnico-administrativo. Por fim, ressalta-se ainda a necessidade de que essa composição e responsabilidades do CMAS constem no seu regimento interno, o que ocorre na realidade de Salgueiro, revelando uma potencialidade para a efetividade desse conselho. Foi identificado, ainda pelo monitoramento 2013, a inexistência de comissões temáticas nesse espaço, dado que reforça a necessidade do referido conselho avaliar a possibilidade de criação destas, uma vez que as comissões temáticas poderiam assumir, no âmbito do CMAS, o importante papel de aprofundar discussões acerca das diversas questões que sejam de interesse direto desse conselho, assegurando, dessa maneira, maior subsídio para sua tomada de decisões referentes ao controle social da Assistência. Acerca da composição da instância de controle em debate, ressalta-se que os conselhos de Assistência Social devem operar como mecanismos de democratização e partilha de poder acerca do SUAS em cada uma das instâncias em que se realiza. Desta maneira, devem ser compostos, paritariamente, por membros da sociedade civil e do Estado (50% de representantes de cada uma dessas esferas), recomendando-se, para cada mandato, a alternância dessas duas representações na presidência e vice-presidência do conselho, permitindo-se ainda uma recondução para cada uma delas (BRASIL, 2006). De acordo com os dados coletados no monitoramento não se pode afirmar se o conselho de Salgueiro atua de modo alternado, dividindo as gestões entre governo e sociedade civil na ocupação da presidência do CMAS de Salgueiro já que o questionário do município apresentou diversas questões em aberto. Outro elemento de destaque acerca desse tema constitui a representação das duas esferas que compõem esse CMAS. Em Salgueiro, as mesmas entidades e setores têm se repetido ao longo das duas últimas gestões do seu CMAS, que na esfera da sociedade civil, observa-se a prevalência de entidades representantes de profissionais e usuários (sindicatos, conselhos de categoria, associações/conselhos de moradores, etc.). No caso da representação governamental não houve informações a esse respeito, ficando inviável qualquer análise acerca das secretarias envolvidas na gestão atual deste conselho. Nesse item, cabe ainda ressaltar 4 que os Conselhos de Assistência Social devem ter a estrutura necessária ao seu funcionamento (recursos materiais, humanos e financeiros), provida pelo órgão gestor dessa política social. A esse respeito pouco tem a ser analisado uma vez que o instrumental aplicado no CMAS deste município trouxe poucos subsídios e grande parte das questões não foram informadas Infraestrutura e Dinâmica de funcionamento do CMAS As informações trazidas pelo monitoramento 2013 a respeito da realidade de Salgueiro apontam que o CMAS não funciona em sede própria nem dispõe de estrutura física e de equipamentos exclusivos. Cabe situar no âmbito da atuação deste Conselho que 4 Nos termos do parágrafo único da Lei /2011, que alterou a LOAS (1993), e do Art. 20 da resolução nº 237/2006 do CNAS 13

14 a falta de informações para muitas questões, impossibilitaram tecer qualquer análise aprofundada sobre o funcionamento deste órgão de controle do município. Na verdade, as observações feitas acerca da atuação e funcionamento do CMAS de Salgueiro, indicam que o fato deste não ter SEDE de funcionamento, as suas reuniões acontecem em locais diversos como: Bolsa Família, Secretaria de Ação Social, casa dos conselhos, entre outras. Foi declarado ainda, que o CMAS não possui nenhum equipamento ou material. Outra informação relevante é que o questionário do CMAS foi respondido apenas pelo representante da sociedade civil, segundo o mesmo, este ano só houve eleição para representantes da sociedade civil e nenhum conselheiro do governo do ano anterior apresentou disponibilidade ou pôde ser contatado pela secretaria de ação social do município. Diante do exposto fica evidente a desestruturação da gestão da assistência social do município de Salgueiro, encontrada no momento da visita de monitoramento. Isto se confirma pelas afirmações da referida gestão, quando a mesma declara que o CMAS existe, está em funcionamento e a própria secretaria de ação social tem assento no Conselho. Informações estas, não colocadas pelo representante da sociedade civil que respondeu ao questionário do CMAS, o qual está esvaziado de informações válidas para a análise da atuação e funcionamento deste órgão no município. 5. Capacidade Instalada da Política de Assistência Social 5.1. Proteção Social Básica PSB o Município de Salgueiro, a prevenção das situações de risco da população, N definidas, no âmbito do SUAS, a partir dos serviços e equipamentos sociais da Proteção Social Básica/PSB, conta com uma satisfatória rede de serviços composta por 02 CRAS urbanos e 01 equipe volante, pelos serviços de proteção social básica, tanto ofertados pelo CRAS como aqueles referenciados por este equipamento na rede privada da assistência social. Também o Benefício de Prestação Continuada (BPC) constitui a proteção social básica do município além dos benefícios eventuais. Como mostra a tabela a seguir: 14

15 EQUIPAMENTOS 02 CRAS Urbanos e 01 equipe volante. Fonte: PMAPAS 2013 Tabela 7: Rede de PSB em Salgueiro SERVIÇOS BENEFÍCIOS ofertado Referenciados Serviço de Proteção e Atendimento à Família (PAIF) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (ofertados pelos 02 CRAS) Serviço de proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas (Ofertados por 01 CRAS) BPC Benefícios Eventuais PROGRAMAS PE no Batente PROJOVEM adolescente e urbano Todos com a nota Programas de inclusão produtiva e digital Para os municípios, a estruturação de uma rede de atendimento em níveis satisfatórios, representa a possibilidade de se ofertar respostas capazes de dar conta da complexidade das demandas e necessidades dos usuários, considerando a complementaridade entre serviços, programas e ações disponíveis na rede. Nesse processo, a atuação dos CRAS tem caráter central, uma vez que se constitui como unidade articuladora do trabalho em rede, além de ofertar e referenciar os serviços de PSB. Considerando a especificidade da atuação dos CRAS na prestação do atendimento especializado a famílias e indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social e/ou pessoal, este relatório apresentará, a seguir, a análise acerca da operacionalização do trabalho social destes equipamentos no município de Salgueiro. Tratará, ainda, do BPC, BPC na escola e dos benefícios eventuais, considerados fundamentais à discussão da Política de Assistência Social no país (já que representam a possibilidade do acesso a bens e serviços sociais, num contexto em que se contrapõem assistencialismo e garantia de direitos). 15

16 Centro de Referência da Assistência Social CRAS Ilustração 1: Identificação dos CRAS existentes em Salgueiro Como visto na tabela anterior, Salgueiro possui 02 CRAS urbanos e 01 equipe volante, todos instalados na zona urbana da cidade conforme identificação na ilustração ao lado. Dos equipamentos existentes, 01 declararou receber recursos federais e municipais para operacionalização dos seus serviços e 02 deles diz operar com recursos exclusivamente municipais. Em nenhum deles registrou-se a presença de financiamento da esfera estadual. (ilustração abaixo). Ilustração 2: Financiamento dos CRAS em Salgueiro. Nos CRAS de Salgueiro, as demandas dos usuários atendidos se referem, sobretudo, à famílias em descumprimento das condicionalidades do PBF, pessoas sem documentação civil, que estão presentes nos 02 CRAS do município, conforme indica a ilustração abaixo. Já a inclusão em benefícios e programas sociais, como os benefícios eventuais, e inclusão produtiva e/ou digital, entre outras demandas que podem ser visualizadas, estão em destaque no atendimento de pelo menos 01 CRAS, a exemplo dos atendimentos relacionados ao enfrentamento das diversas violências e negligências contra idosos, pessoas com deficiência e crianças, adolescentes e usuários de drogas. (ilustração abaixo). 16

17 Ilustração 3: situações atendidas e predominantes nos CRAS de Salgueiro Com base nesses dados, evidencia-se a necessidade da estruturação de ações de enfrentamento às situações apresentadas, fundamentalmente relacionadas a situações de pobreza e extrema pobreza e à fragilidade do acesso a direitos, políticas e serviços sociais. Nesse sentido, PSB e PSE devem atuar de forma integrada, fortalecendo serviços e ações, na perspectiva da complementaridade, que envolve, ainda, a articulação no âmbito da rede socioassistencial local. No âmbito da atuação dos CRAS, é possível identificar ainda, atividades e ações essenciais à operacionalização de seu trabalho social e que orientam o desenvolvimento de ações, atividades e estratégias de intervenção. Nessa perspectiva, destaca-se nos CRAS do 17

18 município, a realização de diagnóstico socioterritorial, busca ativa, atividades em grupo e de inclusão de pessoas com deficiência, acompanhamento familiar, articulações e encaminhamentos, sistematização de dados e informações e avaliação do trabalho. (ilustração abaixo). Dentre estas atividades as que mais se destacam na realidade do município de salgueiro são: a busca ativa, o acompanhamento dos usuários e a avaliação do trabalho desenvolvido, todas realizadas pelos 02 CRAS em questão. Ilustração 4: atividades e ações realizadas nos CRAS de Salgueiro A análise dos dados acima ilustrados, revelam que a realização de diagnóstico socioterritorial e o desenvolvimento de estratégias para inclusão de pessoas com deficiência são as atividades com as maiores fragilidades no município, considerando que apenas 01 CRAS possui o diagnóstico atualizado e 01 deles declaram possuí-lo, mas, desatualizado. Quanto ás estratégias de inclusão para pessoas com deficiência, seu desenvolvimento está presente também em 01 dos equipamentos. Diante dessa realidade, faz-se necessário apreender o que ocasiona a não realização de atividades tão importantes, de modo a se definir alternativas capazes de responder a esses impeditivos, com vistas a solucioná-los e a garantir que sejam realizadas, viabilizando a identificação de demandas e prioridades específicas dos territórios e o acesso de pessoas com deficiência a direitos e serviços sociais. 18

19 Ilustração 5: Mobilização e disseminação de informações nos CRAS de Salgueiro Ainda no âmbito das atividades desenvolvidas nos CRAS, a mobilização de usuários e a disseminação de informações nos territórios, ganham destaque quando se trata de viabilizar o exercício do controle social, na perspectiva da participação e da organização popular, contribuindo para o acesso a direitos e para a efetivação do SUAS. Entre os CRAS de Salgueiro, as atividades de mobilização e disseminação compreendem, sobretudo: a realização de campanhas socioeducativas, o desenvolvimento de trabalhos com grupos de usuários, as articulações com a rede socioassistencial do território, a divulgação de informações nas redes sociais, construção de materiais socioeducativos e a realização de fóruns, reuniões, encontros, palestras e/ou seminários. Todas elas desenvolvidas em 100% dos CRAS do município. Já as articulações com lideranças comunitárias e associações, Ongs, Igrejas entre outras entidades da comunidade comparecem em 01 (um) deles. Nesse sentido, é possível observar, no processo em questão, a articulação de profissionais da Assistência Social, usuários, redes de apoio (comunidade) e serviços e políticas da rede revelando que as atividades desenvolvidas buscam assegurar espaços de debate e discussão, aproximando-se da realidade dos usuários e seus territórios, como demonstra a articulação com as lideranças comunitárias. Ao mesmo tempo, as informações indicam a existência de um fluxo segundo o qual as redes acionadas (de apoio e socioassistencial) assumem o papel de disseminar informações entre os usuários. Finalmente, é preciso pontuar que tais atividades devem privilegiar a temática da garantia de direitos e os objetivos da Política de Assistência Social, não se limitando ao repasse de informações acerca de rotinas e normas. 19

20 No âmbito de sua atuação, os CRAS assumem a função de gestão territorial, que compreende a articulação da rede socioassistencial de PSB referenciada ao CRAS; a promoção da articulação intersetorial; e a busca ativa, todas realizadas em seu território de abrangência (MDS, 2009, p.19). A tabela abaixo demonstra como ocorrem essas articulações nos CRAS de Salgueiro, destacando aquelas mais recorrentes. Como é possível visualizar na Tabela 8, os CRAS de Salgueiro e a equipe volante se articulam, sobretudo, com a rede de atendimento do SUAS e políticas sociais diretamente relacionadas ao universo da Assistência Social no país, além de instâncias pertencentes ao sistema de garantia de direitos e estratégias de enfrentamento à pobreza. Trata-se de serviços de saúde, coordenação municipal do PBF, Conselho Tutelar, unidades públicas de PSB, serviços de educação, serviços ou programas de segurança alimentar, unidades de apoio sócio-jurídico, unidades públicas de PSE e órgãos responsáveis pela aquisição de documentação civil básica. Desse modo, estabelecem-se condições favoráveis ao desenvolvimento de práticas intersetoriais, capazes de potencializar o atendimento às demandas e necessidades da população, viabilizando seu acesso às demais políticas públicas e serviços setoriais. Já no que se refere às formas como são realizadas as articulações, observa-se que entre os CRAS de Salgueiro ocorre o estabelecimento de contatos; recebimento e realização de encaminhamentos; acompanhamento de usuários atendidos e encaminhados; e realização de reuniões com os diferentes sujeitos da rede socioassistencial, visitas institucionais, estudos de caso e atividades em parceria. A ocorrência dessas estratégias entre as diferentes instâncias com as quais os CRAS se articulam, pode ser detalhada na tabela acima, que apresenta o quantitativo de equipamentos que realiza cada estratégia. Em relação a articulações com outras políticas sociais, abaixo a ilustração sintetiza as informações dos equipamentos monitorados. 20

21 Tabela 8: Articulações estabelecidas nos CRAS de Salgueiro Ilustração 6: Articulação dos CRAS com as políticas setoriais. No âmbito das articulações entre políticas sociais, os CRAS do município estabelecem-nas, sobretudo, com as políticas de saúde, educação, previdência social, habitação e juventude presentes nos 02 CRAS de Salgueiro. Já com os setores de direitos humanos as articulações não aparecem nos CRAS. Esses dados demonstram os tipos de demandas que prevalecem nos territórios e que determinam a realização das articulações e do trabalho social desenvolvido nos CRAS. Assim, evidenciam-se, pois, entre os usuários, necessidades no âmbito das políticas de seguridade social (saúde, previdência e assistência 21

22 social) e relacionadas a condições de habitação e aspectos específicos da população jovem, que podem envolver de qualificação profissional ao enfrentamento à violência, por exemplo. Nesse sentido, é fundamental a implementação de ações que atendam tais necessidades, mediante estratégias voltadas ao fortalecimento e ampliação das políticas acionadas de forma mais recorrente entre os CRAS do município. O Monitoramento 2013 também buscou identificar as dificuldades encontradas pelas equipes dos CRAS na realização de articulações. Como resultados, a sobrecarga de trabalho, a insuficiência e/ou ausência de serviços na rede socioassistencial, a fragilidade na atuação interdisciplinar e intersetorial e a falta de motivação dos profissionais da rede socioassistencial foram apontadas como as maiores dificuldades, comparecendo em 100% dos CRAS do município. Apareceu em menor escala as dificuldades com as mudanças de gestão e as fragilidades dos mecanismos utilizados para a realização das articulações, apontadas em 01 dos CRAS. Desse modo, faz-se necessário empreender, prioritariamente, ações que qualifiquem os mecanismos de articulação, com base em estudos e discussões e que ampliem a oferta dos serviços citados, na perspectiva de assegurar a efetividade das articulações. Ao mesmo tempo, não se pode desconsiderar a influência das condições de infra-estrutura no processo em questão, que podem viabilizar ou limitar a ocorrência de articulações. Diante dos dados, cabe destacar que o atendimento qualificado às demandas da população usuária, requer acompanhamento, discussões e avaliações, num processo que sofre prejuízos quando limitado ao repasse dessas demandas a outras unidades e serviços, sem a realização de articulações. Cabe destacar, ainda, que o objetivo da articulação intersetorial é proporcionar a melhoria das condições de vida das famílias, possibilitando o acesso a serviços e favorecendo a troca de experiências e a busca de apoio e de soluções para problemas comuns, de maneira a constituir uma rede de proteção social (MDS, op.cit., p.26). Tabela 9: Encaminhamentos realizados pelos CRAS de Salgueiro 22

23 No que se refere aos encaminhamentos, os CRAS e a equipe volante de Salgueiro os realizam, privilegiadamente, para o Cadúnico, BPC, PBF, benefícios eventuais e outras políticas públicas, o que foi referido em todos os equipamentos analisados. Em seguida, ocorrem com maior frequência aqueles direcionados às entidades da sociedade civil, registrados em 02 unidades. Dentre as estratégias utilizadas na realização dos encaminhamentos, comparecem: as visitas domiciliares, atendimentos psicossociais, interlocução com a rede socioassistencial, registro de informações e construção de relatórios, todas elas comparecendo em 100% dos equipamentos. Considerando-se os encaminhamentos destacados acima, observa-se a constituição de uma demanda significativa por ações de enfrentamento à pobreza e a situações de risco e vulnerabilidade social, expressa através das articulações com o BPC, com o PBF e o CadÚnico. Nesse sentido, revela-se a incidência acentuada da pobreza e outras destituições (materiais e de direitos) entre a população, bem como a atual tendência à valorização da transferência de renda no âmbito da Política de Assistência Social. Entretanto, é preciso clareza quanto ao fato de que o encaminhamento não se encerra em si mesmo, necessitando de ações complementares que garantam o atendimento efetivo às demandas dos usuários, como o acompanhamento dos casos encaminhados. Nesse ponto, observa-se uma situação satisfatória no município analisado uma vez que todos os encaminhamentos realizados são também acompanhados. Após a análise apresentada, é possível concluir que, no município de Salgueiro, o desenvolvimento do trabalho social dos CRAS tem ocorrido de forma satisfatória, contemplando elementos fundamentais como: a articulação entre serviços e unidades de PSB e PSE e demais políticas públicas; e o acompanhamento a famílias e indivíduos atendidos. O principal déficit mostra-se a debilidade na realização de diagnóstico socioterritorial, com a caracterização de especificidades, demandas e necessidades da população, registrada em apenas 01 equipamento. Nesse sentido, faz-se necessário assegurar condições que garantam a continuidade das ações desenvolvidas de forma satisfatória, potencializando o desenvolvimento do trabalho social, bem como empreender estratégias que viabilizem a solução dos limites e fragilidades vivenciados. Além disso, a gestão municipal deve estar atenta às dificuldades e limites observados no âmbito dos equipamentos, estabelecendo canais de comunicação com equipes e coordenações, com vistas a viabilizar alternativas de superação dos desafios Benefícios Eventuais Os Benefícios Eventuais são definidos na LOAS (93) e suas alterações 5 como provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do SUAS. Enquanto direitos sociais legalmente instituídos, visam ao atendimento das necessidades humanas básicas. Sua oferta deve ocorrer de forma integrada aos demais serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social nos municípios. 5 Lei Altera a LOAS (93) 23

24 No município de Salgueiro, os Benefícios Eventuais não são ofertados mediante regulamentação em lei municipal conforme previsto na legislação pertinente à operacionalização destes benefícios. No município em questão estes se constituem de: auxílio funeral, cesta básica e certidão de nascimento. Esses são disponibilizados à população, apenas em parte, em conformidade com as definições da LOAS. Isto porque, as iniciativas no campo do atendimento à natalidade não são registradas no município, além da concessão de cesta básica, que embora se configurem como benefício permitido em situações de vulnerabilidades temporárias, deve ser esclarecido que o enfrentamento às situações em tela não pode limitar-se à viabilização desses insumos. Antes, exige ações complementares e estruturantes, como a promoção do acesso a políticas, serviços e direitos sociais. Do contrário, as ações não atingirão a complexidade das demandas e necessidades da população, produzindo resultados insuficientes e sem efetividade. Observa-se, ainda, que a operacionalização e atendimento dos Benefícios Eventuais em Salgueiro ocorre na própria secretaria municipal de assistência social sendo que os atendimentos se inserem no cotidiano dos equipamentos dos CRAS, que se responsabilizam pelos encaminhamentos e acompanhamento de usuários. Como informam os dados do Monitoramento, 100% dos CRAS de Salgueiro possuem ações relacionadas a esses benefícios. Gráfico 1: Tipos de benefícios eventuais nos CRAS No que se refere aos tipos dos benefícios ofertados ou acionados pelos CRAS, foram citados o auxílio funeral destacado em todos os CRAS, assim como os recursos financeiros prestados em situação de calamidade temporária. A oferta da cesta básica aparece em 02 dos CRAS e os demais benefícios ofertados comparecem nos encaminhamentos de apenas 01 dos CRAS do município. Um dado contraditório verificado foi a existência do benefício de auxílio natalidade que não foi declarado existir no município pelo gestor, no entanto comparece como atendimento em 01 dos equipamentos do município. 24

25 Benefício de Prestação Continuada BPC O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma modalidade 6 de benefício assistencial prevista na Política de Assistência Social e demais instrumentos legais normativos da referida Política. Instituído pela Constituição Federal e regulamentado pela LOAS/93 7, este benefício integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e dispensa prévia contribuição junto à Previdência Social para acessá-lo. Segundo dados do MDS/SAGI, o município de Salgueiro apresenta um total de beneficiários do BPC, sendo pessoas com deficiência e 491 idosos. O valor repassado tendo por base o mês de fevereiro de 2013 foi de R$ ,62 para o público com deficiência e R$ ,00 para os idosos (MDS/SAGI, fevereiro/2013). As informações trazidas pelo monitoramento 2013 realizado no município em questão são de que no período da visita, o município de Salgueiro não dispunha de nenhuma pessoa responsável para responder pelo BPC. Desta forma, fica evidente o processo de desarticulação pela qual tem passado os municípios cujas gestões foram modificadas após o processo eleitoral de Este é um aspecto que aponta grande fragilidade na gestão municipal da política de assistência social, principal responsável pela sistematização de informações acerca do BPC. Configura-se, pois, como desafio a ser superado pela gestão municipal em parceria com a gestão estadual, ambas com responsabilidades conjuntas na operacionalização do benefício. Além disso, não identificamos no Município a aderência ao BPC na escola e BPC no trabalho. Ambos, são programas que objetivam desenvolver ações intersetoriais visando garantir o acesso e a permanência de crianças e adolescentes na escola e proporcionar autonomia e superação de barreiras ao acesso ao mundo do trabalho, respectivamente. 5.2 PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PSE atendimento assistencial às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e O social é realizado pela a rede de PSE. Nessa modalidade de proteção são estabelecidos dois níveis de complexidade: média, voltada a famílias e indivíduos com direitos violados e vínculos familiares e comunitários ainda preservados; e alta, que garante proteção integral a famílias e indivíduos sem referência e/ou em situação de ameaça, necessitando ser retirados do núcleo familiar e/ou comunitário (PNAS, 2004, p. 38). A principal unidade de atendimento da PSE é o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), que oferta serviços especializados e continuados de enfrentamento a situações de ameaça ou violação de direitos. Além de ofertar serviços 6 Outras modalidades são os benefícios eventuais, objeto de posterior análise. 7 Outros instrumentos de regulamentação do benefício são: Leis nº , de 06/07/2011 e nº , de 31/08/2011, que alteram dispositivos da LOAS e Decretos nº 6.214, de 26 de setembro de 2007 e nº 6.564, de 12 de setembro de

26 especializados em caráter continuado, o CREAS se constitui como pólo de referência, coordenador e articulador da PSE de média complexidade, sendo responsável pela oferta de orientação e apoio a indivíduos e famílias com seus direitos violados, mas sem rompimento de vínculos. Como demonstram os dados da tabela abaixo, em Salgueiro, a rede de PSE é composta por 01 (um) CREAS municipal; por serviços especializados de média complexidade, ofertados e/ou referenciados pelos CREAS e serviços de alta complexidade. No âmbito da média complexidade, a rede municipal de PSE está estruturada com serviços básicos para o atendimento às famílias nos CREAS através do PAEFI, e do serviço de atendimento à pessoas com deficiência, idosa e suas famílias. O CREAS do município desenvolve ainda os serviços de Liberdade Assistida - LA e de Prestação de serviço à comunidade - PSC, direcionados prioritariamente para o público adolescente/jovem. Com exceção do PAEFI, que é ofertado exclusivamente no CREAS, os demais serviços de média complexidade, existentes no município estão sendo ofertados também com o apoio da rede privada do município de forma referenciada ao CREAS, embora as orientações técnicas para estes serviços recomendem que sua oferta seja de fato, no equipamento do CREAS. Tabela 10: Rede de PSE em Salgueiro Já em matéria de alta complexidade, Salgueiro dispõe de 01 (um) serviço de acolhimento na modalidade de Casa de Passagem, voltada ao atendimento da população adulta em situação de rua independente do sexo. Possui ainda 02 (dois) abrigos, 01 (um) para atendimento a crianças e adolescentes e outro para população idosa. Essa rede de alta complexidade é privada, não há nenhum equipamento público nessa modalidade. Percebe-se deste modo, que existe uma rede satisfatória de alta complexidade nesse Município, cabendo as instâncias de controle social garantir o acompanhamento destes serviços a fim de que a perspectiva da assistência social como um direito seja preservada. A partir do reconhecimento da especificidade da atuação dos CREAS na prestação do atendimento especializado a famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos, este relatório apresentará, a seguir, a análise acerca da operacionalização do trabalho social destes equipamentos no município de Salgueiro. Com relação aos serviços de PSE, as análises serão apresentadas no relatório consolidado do estado de PE, uma vez que, do ponto de vista metodológico, sua inserção no presente relatório, de formato compacto, 26

27 implicaria numa apresentação superficial, comprometendo o debate e a problematização da realidade Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) A lém de ofertar serviços especializados em caráter continuado, o CREAS se constitui como pólo de referência, coordenador e articulador da PSE de média complexidade, sendo responsável pela oferta de orientação e apoio a indivíduos e famílias com seus direitos violados, mas sem rompimento de vínculos. Nessa perspectiva, o equipamento deve buscar a construção de um espaço de acolhida e escuta qualificada, fortalecendo vínculos familiares e comunitários, priorizando a reconstrução de suas relações familiares. Dentro de seu contexto social, deve focar no fortalecimento dos recursos para a superação da situação de vulnerabilidade apresentada. Cabe destacar, ainda, que o CREAS responde pela articulação dos serviços de Média Complexidade e pela operação da referência e da contra-referência com a rede de serviços socioassistenciais da PSB e PSE e as demais políticas públicas e instituições que compõem o sistema de garantia dos direitos, incluindo os movimentos sociais. Para que isso ocorra, é necessário estabelecer mecanismos de articulação permanentes, como reuniões, encontros para discussão, acompanhamento e avaliação das ações. Outro elemento fundamental para a realização do trabalho social do CREAS é o planejamento de suas ações e atividades, que deve explicitar a proposta da Unidade e dos Serviços ofertados, considerando, objetivos e metas a atingir em um determinado período de tempo, bem como os meios e recursos necessários para seu alcance, e admitindo a participação dos diferentes sujeitos envolvidos na atuação do equipamento (MDS, 2011, p. 53). Tabela 11: Planejamento das ações do CREAS Os dados trazidos pelo monitoramento 2013 indicaram que o planejamento no CREAS do município de Salgueiro é realizado anualmente abordando temas relativos ao desenvolvimento do trabalho social do CREAS, como a construção do plano de ações e atividades do CREAS; a definição de metas e prioridades 27

28 no serviço ofertado; a organização de ações de formação e capacitação; realização de discussão do trabalho social com famílias e dos serviços a serem implementados nos CREAS; a avaliação e discussão das ações e atividades em andamento e/ou concluídas; a divulgação e repasse de informações assim como a discussão sobre normas e rotinas e discussão sobre as condições de trabalho no equipamento. Observa-se, ainda, a adoção de uma metodologia avaliativa, o que contribui para o redirecionamento de ações e atividades. No que se refere à construção do planejamento, o CREAS Municipal assume uma perspectiva apenas em parte, participativa, uma vez que consegue articular no seu processo de planejamento: a gestão municipal, as equipes técnicas de nível médio e superior e Representantes da rede socioassistencial, mas não incluiu ainda os usuários neste processo. Entende-se que tal inclusão possibilita a adequada definição de metas e prioridades, além de ações e atividades coerentes com as demandas e necessidades da população usuária. No âmbito da atuação do CREAS, duas dimensões podem ser consideradas como norteadoras de ações, atividades e estratégias de intervenção. Trata-se do 1) diagnóstico socioterritorial, que permite identificar demandas e prioridades específicas dos territórios e das formas de acesso dos usuários ao equipamento, que indicam tanto o nível de sua consolidação na comunidade, quanto a capacidade de articulação da rede socioassistencial e 2) das formas de acesso dos usuários ao equipamento, que indicam tanto o nível de sua consolidação na comunidade, quanto a capacidade de articulação da rede socioassistencial. No que se refere ao diagnóstico socioterritorial, são abordados aspectos centrais, como a quantidade de famílias no território; a quantidade de famílias vulneráveis e, ainda, incidência de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos. (tabela abaixo). Já no caso das formas de acesso dos usuários ao equipamento em questão, os dados da tabela mostram que tais usuários acessam o CREAS por meio dos encaminhamentos da própria rede de assistência social, embora também ocorram casos provenientes de demanda espontânea e de busca ativa. Também são realizados atendimentos decorrentes de encaminhamentos das demias políticas públicas e dos conselhos de defesa de direitos além das unidades de atendimento sociojurídico. (tabela abaixo). Tabela 12: Diagnóstico socioterritorial e principais formas de acesso aos CREAS de Salgueiro 28

29 No âmbito das situações de violações de direitos frequentemente atendidas no CREAS de Salgueiro, é possível apreender, como demonstra a tabela abaixo, que comparecem aquelas tipicamente referenciadas na PSE. Tais violações, responsáveis pela ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social, devem ser consideradas em um contexto sócio-histórico e multidimensional, determinando a oferta e o desenvolvimento de ações e atividades, além de subsidiarem a construção de diagnósticos socioterritoriais. Nesse sentido, a identificação e a sistematização de dados e informações sobre a realidade de famílias e indivíduos com direitos violados são fundamentais para a construção de estratégias de enfrentamento e execução do trabalho social do CREAS. No que se refere à ocorrência destas violações entre os diversos públicos atendidos no equipamento social aqui destacado, nota-se em primeiro lugar, que as violações ocorrem indiferentes da pessoa ser do sexo feminino ou masculino, sendo que nas mulheres as violações advindas do trabalho infantil e da dependência química não encontraram registros no CREAS analisado. Também a exploração sexual não foi registrada nos atendimentos aos homens. A tabela ainda indica que as faixas etárias mais acometidas por estas violações são crianças, adolescentes e idosos, com destaque para o público adolescente que lidera nos atendimentos em 09 das 11 violações atendidas no CREAS em questão. (tabela abaixo). Tabela 13: Violações de direitos atendidas pelo CREAS de Salgueiro 29

30 Nesse contexto, cabe destacar que, no CREAS, os adolescentes atendidos sofrem, de modo geral, todos os tipos de violação de direitos referidos com exceção do trabalho infantil. Diante dos dados, é possível concluir que os adolescentes e as crianças são os grupos que apresentam os maiores níveis de violação de direitos, sobretudo aquelas que envolvem violências física, sexual e psicológica, além das negligências. Tal identificação requer ações prioritárias por parte do poder público, não apenas quando as violações já se concretizaram, mas em caráter preventivo, aliando PSB e PSE e suas respectivas redes de apoio. Para o desenvolvimento do trabalho social do CREAS, as orientações oficiais definem três dimensões essenciais e complementares que devem ser consideradas, quais sejam: Acolhida, Acompanhamento Especializado e Articulação em Rede (MDS, 2011, p.59). Nesse sentido, supõem a execução de atividades específicas, relacionadas à oferta dos serviços de PSE. No que se refere às articulações, o CREAS de Salgueiro as estabelecem com instâncias da rede essencial de articulação 8, para as quais são realizados, ainda, encaminhamentos. A esse respeito, observa-se, ainda, na tabela abaixo, que há instâncias com as quais o CREAS se articula, mas de outra forma que não seja o encaminhamento. Segundo as Orientações Técnicas para a operacionalização dos CREAS (MDS, 2011), a identidade desse equipamento deve ser fortalecida no processo de articulação com a rede, delimitando papéis e competências, de modo a assegurar o desenvolvimento de ações complementares e sinérgicas e prevenir que os serviços ofertados assumam funções que não lhes são concernentes. 8 CRAS; CadÚnico; serviços de saúde e educação; órgãos de defesa de direitos; serviços de acolhimento; trabalho e geração de renda (MDS, 2011, p. 62). 30

31 Tabela 14: Atividades desenvolvidas no CREAS de Salgueiro Já no âmbito do acompanhamento especializado, as equipes do CREAS de Salgueiro recorrem a elementos essenciais à sua realização, potencializando o enfrentamento às situações de violação de direitos e o desenvolvimento de ações para o fortalecimento ou restabelecimento de vínculos familiares e comunitários. Nesse processo, ganha destaque a elaboração do Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar, que deve delinear as estratégias a serem adotadas no decorrer do acompanhamento especializado, bem como os compromissos de cada parte, em conformidade com as especificidades das situações atendidas. Cabe dizer, ainda, que as famílias e indivíduos acompanhados devem ter a possibilidade de participar ativamente da construção do Plano de Acompanhamento, da definição dos encaminhamentos e da periodicidade dos atendimentos, para que o trabalho social no CREAS tenha viabilidade e coerência com suas necessidades (MDS, 2011). Após a análise apresentada, é possível concluir que, no município de Salgueiro, o desenvolvimento do trabalho social do CREAS tem ocorrido de forma satisfatória, 31

32 contemplando elementos fundamentais como: a articulação entre serviços e unidades de PSB e PSE e demais políticas públicas; a realização de diagnóstico socioterritorial, com a caracterização de especificidades, demandas e necessidades da população; e o acompanhamento a famílias e indivíduos atendidos, mediante estratégias qualificadas e coerentes com as prerrogativas da Política de Assistência Social. Nesse sentido, faz-se necessário assegurar condições que garantam a continuidade dessa atuação, potencializando o desenvolvimento do trabalho social. Além disso, a gestão municipal deve estar atenta às dificuldades e limites observados no âmbito deste equipamento, estabelecendo canais de comunicação com equipes e coordenações, com vistas a viabilizar alternativas de superação dos desafios. 6. GESTÃO DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO 6.1. Composição e formação profissional dos Recursos humanos da Assistência Social Agestão do trabalho no SUAS, conforme exposto na NOB/SUAS 2012, compreende o planejamento, a organização e a execução das ações relativas à valorização do trabalhador e à estruturação do processo de trabalho institucional, em todas as esferas de governo. Na perspectiva da referida Norma, tal valorização comporta um grupo de ações que devem ser realizadas no intuito de desprecarização da relação e das condições de trabalho (NOB/SUAS 2012, art. 109). Entre as estratégias adotadas estão: a adoção de quadro profissional por via do concurso público; a instituição de avaliação de desempenho; a implantação de Plano de Capacitação e Educação Permanente com certificação; o esforço de adequar os perfis profissionais às necessidades do SUAS; a instituição de planos de cargos, carreira e salários (PCCS) e a garantia de ambiente de trabalho saudável e seguro, em consonância às normativas de segurança e saúde dos trabalhadores (idem). Ainda em consonância com o previsto na NOB/SUAS 2012, a estruturação do processo de trabalho no SUAS deve levar em consideração: a elaboração de desenhos organizacionais; existência de processos de negociação do trabalho e sistemas de informação, além de supervisão técnica. Vale salientar que todas as ações previstas para implementação da gestão do trabalho no SUAS deverão ser asseguradas financeiramente pelos entes federativos, sobretudo, na adoção das responsabilidades compartilhadas. Para uma análise mais ampliada do tema da Gestão do Trabalho no âmbito do SUAS, é imprescindível pensar esta gestão a partir da sua organização e das condições de sua realização. Significa entender que as questões que envolvem a regulação e a gestão deste trabalho, precisam ser pensadas sob a perspectiva de totalidade, que considere pelo menos três dimensões indissociáveis, quais sejam: 1. atividades desenvolvidas 2. condições materiais, institucionais, físicas e financeiras e, 3. meios e instrumentos necessários ao adequado exercício profissional. (Parâmetros, CFESS, 2009). 32

33 De um modo geral, as informações do monitoramento 2013, agrupadas na tabela abaixo, monstram que há no município de Salgueiro a presença de 24 profissionais concursados no quadro de pessoal do município, trabalhando nos mais variados serviços, programas e equipamentos da política em questão. Ao se analisar isoladamente, os números, percebe-se que os CRAS e CREAS são os espaços privilegiados de maior presença de pessoal concursado em detrimento dos serviços Socioassistenciais presentes no município. Tabela 15: Composição dos recursos humanos de Assistência Social em Salgueiro Dos 141 profissionais que compõem as equipes da assistência no município, apenas 18 possuem vínculo empregatício permanente capaz de garantir a continuidade dos serviços ofertados pela política. O exposto acima ratifica os resultados encontrados no município destacado aqui, que é retrato de uma tendência nacional e estadual de precarização dos vínculos trabalhistas, consequência da falta de definição de orçamentos para a assistência social em todas as esferas governamentais e da pouca prioridade da qual é alvo a área social de um modo geral, no campo da política brasileira. Desta maneira, a realidade encontrada no campo no momento das visitas in loco associada aos dados colhidos, demonstram como é grande o desafio de se constituir a assistência social como política pública, se a cada eleição municipal ou término de contrato/projeto, as equipes são renovadas/modificadas e todo o registro da política implementada até então é interrompido ou apagado da memória pública. Na tabela abaixo, estão expostas as formações profissionais de que a assistência social dispõe no município como importante elemento de profissionalização desta política que tem demandado, ao longo da sua história, profissionais qualificados e apropriados para o desenvolvimento do trabalho social com famílias e indivíduos na perspectiva da garantia de direitos e de valorização da assistência social como política pública e de responsabilidade estatal. 33

34 Tabela 16: Formação profissional da Assistência Social em Salgueiro É possível constatar na tabela acima que o quadro de profissionais de nível superior da Assistência Social em Salgueiro, em relação à PSB, cumpre o requisito previsto na NOB-RH/SUAS/2011 da composição dos recursos humanos por profissões regulamentadas em lei e que possuem Conselho Profissional. Para os Centros de Referência de Assistência Social - CRAS, as categorias de assistente social e psicólogo se fazem presentes embora, esta primeira categoria, compareça em quantitativo inferior ao recomendado para o desenvolvimento do trabalho com os usuários, representando um déficit de pelo menos 03 profissionais para cobrir o trabalho nos 03 CRAS do município. Já quando se trata da proteção social especial de média complexidade - PSEMC, na modalidade dos serviços prestados no âmbito do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, a Norma estabelece que nos municípios de gestão plena como é o caso do município analisado, cuja capacidade de atendimento seja de 80 pessoas/indivíduos, haja 01 coordenador, 02 assistentes sociais, 02 psicólogos, 01 advogado, 04 profissionais de nível superior ou médio (para abordagem dos usuários) e 02 auxiliares administrativos. Entretanto, a equipe do CREAS em Salgueiro encontra-se reduzida à metade do quantitativo que deveria existir neste Centro. Como pode ser visualizado na tabela anterior, só comparecem no município 01 assistente social, 01 psicólogo e 01 advogado para dar cobertura ao CREAS existente. Apreende-se, portanto, com base nos dados acima, que tal déficit impacta diretamente na prestação dos serviços socioassistenciais à população em situação de vulnerabilidade social e violação de direitos, podendo ocasionar além do não atendimento às necessidades dos (as) usuários (as), a sobrecarga de trabalho aos técnicos (as), de quem será exigido maior empenho em atender todo o público em questão. 34

35 6.2. Condições de trabalho no âmbito do SUAS A análise das condições do trabalho realizado nas ações do SUAS é um requisito importante como forma de verificar a qualidade do serviço prestado à população que acessa a política de assistência social no município. Sendo assim, entende-se que a proteção nos espaços de trabalho, a existência de remuneração correspondente às funções, a instituição e manutenção de direitos trabalhistas assim como a definição de equipes de referência, são condições laborais dignas reconhecidas como primordiais para uma atuação profissional que responda aos objetivos da assistência social enquanto política pública não contributiva disponível para quem dela necessite. Tabela 17: Espaços Físicos dos Equipamentos Sociais em Salgueiro No contexto específico de operacionalização da política de assistência social em Salgueiro, foi identificado que os equipamentos sociais do município operam com os espaços físicos mínimos necessários à realização do trabalho em equipe. Como pode ser visualizado na tabela acima, 100% dos CRAS dispõem de cozinhas e banheiros, no entanto, quando se trata de ambientes como sala de atendimento individual, almoxarifado e espaços externos para lazer, são itens inexistentes. Os espaços privilegiados para este tipo de equipamento estão representados pela existência de sala para administração e/ou coordenação e sala de atendimento coletivo ou familiar, itens obrigatórios para implantação do equipamento em questão, conforme recomenda a NOB/RH/SUAS já citada, a qual orienta que nos equipamentos devem conter, em geral, espaços para atendimentos e atividades individuais e/ou coletivos, salas adequadas com vistas à realização de atividades administrativas, de planejamento e reunião de equipes e/ou usuários, assim como demais instalações (banheiros, condições de acessibilidade, refeitórios), dentre outros. 35

Centro de Referência de Assistência Social. Paraná, agosto de 2012

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