PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ICTIOPLÂNCTON

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1 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ICTIOPLÂNCTON CONSÓRCIO AMBIENTAL ELETROSUL - IJUÍ ENERGIA 2º RELATÓRIO PARCIAL NOV-14/ABR-15 Rua Santos Dumont, CEP: Bairro Lídice Uberlândia - MG

2 Programa de Monitoramento de Ictioplâncton - 2º Relatório Parcial - Elaborado para Consórcio Ambiental ELETROSUL - IJUÍ ENERGIA Elaborado por RAIZ CONSULTORIA HÍDRICA E AMBIENTAL LTDA Contrato n , firmado em Outubro de 2014 entre Consórcio Ambiental ELETROSUL - IJUÍ ENERGIA e a empresa RAIZ CONSULTORIA HÍDRICA E AMBIENTAL LTDA. Rua Santos Dumont, CEP: Bairro Lídice Uberlândia - MG

3 RESPONSABILIDADE TÉCNICA EMPRESA CONTRATADA E RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO / COORDENAÇÃO DO TRABALHO Razão Social: Raiz Consultoria Hídrica e Ambiental Ltda. CNPJ: / Endereço: Rua Santos Dumont, 1515, Bairro Lídice, Uberlândia, MG. CEP Telefones: (34) / (34) / (34) raizambiental@raizambiental.com.br Website: Registro no IBAMA: Registro no CRBio 4: 0344/2013 FUNÇÃO TEMA NOME PROFISSÃO Coordenação Técnica Geral Biólogos Coordenação Geral, Revisão e Formatação de Relatórios Responsável Técnica pelo Monitoramento de Ictioplâncton Auxiliar técnica pelo Monitoramento de Ictioplâncton REGISTRO PROFISSIONAL ART 1 nº Daniel Fernandes Loureiro Biólogo, Esp. CRBio nº 44348/04-D 2014/17074 Roberta Moura Martins Oliveira Bióloga, Msc. CRBio nº /04-D 2014/16773 Tharlianne Bióloga, Msc. CRBio nº 76710/04-D 2014/16816 Anexo 1 - Em anexo as ARTs dos profissionais envolvidos. Rua Santos Dumont, CEP: Bairro Lídice Uberlândia - MG

4 SUMÁRIO SUMÁRIO... 4 ÍNDICE DE TABELAS... 5 ÍNDICE DE FIGURAS... 5 MONITORAMENTO DE ICTIOPLÂNCTON APRESENTAÇÃO CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS INTRODUÇÃO OBJETIVO MATERIAIS E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO DESCRIÇÃO DOS PONTOS AMOSTRAIS PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO PONTO AMOSTRAGEM RESULTADOS E DISCUSSÃO PARCIAIS DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE OVOS E LARVAS OVOS E LARVAS X FATORES ABIÓTICOS COMPOSIÇÃO TAXONÔMICA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ARTS DOS PROFISSIONAIS ANEXO FOTOGRÁFICO DE OVOS E LARVAS Rua Santos Dumont, CEP: Bairro Lídice Uberlândia - MG 4

5 ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1. DENSIDADE DE OVOS E LARVAS DISTRIBUÍDAS POR PONTO AMOSTRAL AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) TABELA 2. VALORES MÉDIOS DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA NOS DIFERENTES PONTOS AMOSTRAIS NAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) TABELA 3. LISTA DOS TÁXONS DE LARVAS DE PEIXES COLETADOS DISTRIBUÍDOS NOS 14 PONTOS AMOSTRAIS, DURANTE O PERÍODO DE NOVEMBRO DE 2014 A ABRIL DE SSC= SEDENTÁRIAS SEM CUIDADO PARENTAL, SCC= SEDENTÁRIAS COM CUIDADO PARENTAL, MIG= MIGRADORAS DE LONGA DISTÂNCIA ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1. MAPA DOS 14 PONTOS AMOSTRAIS DISTRIBUÍDOS NAS ÁREAS DE INFLUENCIA DAS UHE PASSO SÃO JOÃO E SÃO JOSÉ NO RIO IJUÍ (RS) FIGURA 2. TRECHO A JUSANTE DA UHE PASSO SÃO JOÃO, NO PONTO FIGURA 3. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO FIGURA 4. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO FIGURA 5. TRECHO DA UHE PASSO SÃO JOSÉ, NO PONTO FIGURA 6. TRECHO NO ARROIO LAGEADO DAS PEDRAS, NO PONTO FIGURA 7. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE PASSO SÃO JOÃO, NO PONTO FIGURA 8. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE PASSO SÃO JOÃO, PRÓXIMO À FOZ DO ARROIO TIGRE, NO PONTO FIGURA 9. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE PASSO SÃO JOÃO, NO PONTO FIGURA 10. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO FIGURA 11. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO FIGURA 12. TRECHO DO RESERVATÓRIO DA UHE SÃO JOSÉ, NO PONTO FIGURA 13. TRECHO DO ARROIO URUQUÁ, NO PONTO FIGURA 14. TRECHO DO RIO IJUÍ, NO PONTO FIGURA 15. TRECHO DO RIO IJUÍZINHO, NO PONTO FIGURA 16. MODELO DE ARMADILHA LUMINOSA UTILIZADA. A SETA VERMELHA, INDICA A POSIÇÃO DA LÂMPADA DE LED, FIXADA NO INTERIOR DA ARMADILHA FIGURA 17. DEMONSTRAÇÃO DO PROCESSO DE ARMAÇÃO DE ARMADILHA LUMINOSA FIGURA 18. DEMONSTRAÇÃO DO PROCESSO DE RETIRADA DE ARMADILHA LUMINOSA FIGURA 19. MODELO DE REDE PELÁGICA DE ARRASTO COM FLUXÔMETRO FIGURA 20. ARRASTO DE SUPERFÍCIE COM A REDE PELÁGICA DE ARRASTO AMARRADA AO BASTÃO. OBSERVA-SE AS DUAS REDES SENDO ARRASTADAS NAS LATERAIS DO BARCO FIGURA 21. AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA FIGURA 22. NÚMERO DE AMOSTRAS POSITIVAS E NÃO POSITIVAS ANALISADAS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS DE (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 23. DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS AMOSTRAS POSITIVAS ANALISADAS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS DE (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 24. DENSIDADE DE OVOS DE PEIXES (IND/10M³) AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 25. DENSIDADE DE OVOS DE PEIXES (IND/10M³) POR PONTOS AMOSTRAIS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) Rua Santos Dumont, CEP: Bairro Lídice Uberlândia - MG 5

6 FIGURA 26. DENSIDADE DE OVOS DE PEIXES (IND/10M³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 27. DENSIDADE DE OVOS DE PEIXES (IND/10M³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 28. DENSIDADE DE LARVAS DE PEIXES (IND/10M³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 29. DENSIDADE DE LARVAS DE PEIXES (IND/10M³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 30. DENSIDADE DE LARVAS DE PEIXES (IND/10M³) POR PONTOS AMOSTRAL AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 31. DENSIDADE DE OVOS E LARVAS DE PEIXES (IND/10M³) DISTRIBUÍDAS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 32. COMPARAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS MÉTODOS DE COLETA DE OVOS E LARVAS DE PEIXES DISTRIBUÍDAS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 33. COMPARAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA ÁREA DE COLETA DO RIO DISTRIBUÍDAS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 34. NÚMERO DE CAPTURAS DE LARVAS EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DISTRIBUÍDAS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 35. NÚMERO DE CAPTURAS DE LARVAS EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DISTRIBUÍDAS AO LONGO DAS SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 36. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS AMOSTRAIS COM CAPTURAS DE LARVAS DE PEIXES DE ESPÉCIES-ALVO AO LONGO DE SEIS CAMPANHAS (NOV/2014 A ABR/2015) FIGURA 37. OVOS SEMI-DENSOS COLETADOS NO PONTO 04 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 27/11/ FIGURA 38. OVOS DENSOS E SEMI-DENSOS COLETADOS NO PONTO11 POR REDE DE ARRASTO NO MEIO EM 21/11/ FIGURA 39. SCHIZODON NASUTUS COLETADO NO PONTO12 ATRAVÉS DA REDE DE ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 05/12/ FIGURA 40. APAREIODON AFFINIS COLETADO NO PONTO 03 ATRAVÉS DA REDE DE ARRASTO NO MEIO EM 22/11/ FIGURA 41. ASTYANAS BIMACULATUS COLETADO NO PONTO 09 ATRAVÉS DA REDE DE ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 24/03/ FIGURA 42. ASTYANAS FASCIATUS COLETADO NO PONTO 02 ATRAVÉS DA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 24/11/ FIGURA 43. BRYCONAMERICUS STRAMINEUS COLETADO NO PONTO 11 ATRAVÉS DA REDE DE ARRASTO MEIO EM 05/12/ FIGURA 44. BRYCONAMERICUS SP2. COLETADO NO PONTO 09 ATRAVÉS DA REDE DE ARRASTO MARGEM DIREITA EM 04/12/ FIGURA 45. GALEOCHARAX SP. COLETADO NO PONTO 12 ATRAVÉS DA REDE DE ARRASTO NO MEIO EM 21/11/ FIGURA 46. MOENKAUSIA INTERMEDIA COLETADO NO PONTO 12 ATRAVÉS DA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM DIREITA EM 21/02/ FIGURA 47. OLIGOSARCUS JENYNSII COLETADO NO PONTO 02 ATRAVÉS DE REDE DE ARRASTO NO MEIO EM 23/11/ FIGURA 48. ODOTOSTILBE SP. COLETADO NO PONTO 02 ATRAVÉS DE REDE DE ARRASTO NA MARGEM ESQUERDA EM 08/12/ FIGURA 49. SERRASALMUS MACULATUS COLETADO NO PONTO 09 ATRAVÉS DE ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 05/12/ FIGURA 50. HOPLIAS GR. LACERDAE COLETADA NO PONTO 09 POR REDE DE ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 22/11/ FIGURA 51. PROCHILODUS LINEATUS COLETADA NO PONTO 02 POR ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 24/11/ FIGURA 52. POECILIA SP. COLETADA NO PONTO 04 POR REDE DE ARRASTO NA MARGEM ESQUERDA EM 04/12/ Rua Santos Dumont, CEP: Bairro Lídice Uberlândia - MG 6

7 FIGURA 53. STEINDACHNERINA BIORNATA COLETADA NO PONTO 12 POR ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM DIREITA EM 22/11/ FIGURA 54. EIGENMANNIA VIRESCENS COLETADA NO PONTO 02 POR ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 09/12/ FIGURA 55. GYMNOGEOPHAGUS SP. COLETADO NO PONTO 06 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 25/11/ FIGURA 56. LORICARIICHTHYS ANUS COLETADA NO PONTO 03 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 23/11/ FIGURA 57. PIMELODUS MACULATUS COLETADA NO PONTO 08 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM DIREITA EM 09/12/ FIGURA 58. IHERINGICHTHYS LABROSUS COLETADA NO PONTO 08 PELA ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 09/12/ FIGURA 59. PIMELODELLA SP. COLETADA NO PONTO 02 POR ARRASTO NA MARGEM DIREITA EM 23/11/ FIGURA 60. RHAMDIA QUELEN COLETADA NO PONTO 08 POR ARMADILHA LUMINOSA NA MARGEM ESQUERDA EM 22/01/ Rua Santos Dumont, CEP: Bairro Lídice Uberlândia - MG 7

8 MONITORAMENTO DE ICTIOPLÂNCTON 1. APRESENTAÇÃO Este relatório apresenta os resultados obtidos no Monitoramento do Ictioplâncton no âmbito do serviço de Monitoramento da Comunidade de Peixes e Ictioplâncton, e de Transposição de Peixes nas usinas hidrelétricas Passo São João e São José, localizadas entre os municípios de Roque Gonzales e Dezesseis de Novembro e entre os municípios de Cerro Largo e Rolador, respectivamente, no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, relativo ao Contrato Nº As capturas foram realizadas durante os seguintes períodos: 1ª Campanha: de 21/11 a 26/11 e 29/11 a 30/11 referente à campanha do mês de novembro; 2ª Campanha: de 01/12 a 08/12 referente à campanha do mês de dezembro de 2014; 3ª Campanha: de 19/01 a 26/01 referente à campanha de janeiro de 2015; 4ª Campanha: de 20/02 a 27/02 referente à campanha de fevereiro; 5ª Campanha: de 23/03 a 30/03 referente à campanha de março; e 6ª Campanha: de 21/04 a 28/04 referente à campanha de abril. Todas realizadas em quatorze pontos de amostragem distribuídos ao longo das usinas Passo São João e São José. No presente relatório são apresentados os objetivos, procedimentos metodológicos utilizados, a composição da assembléia de ovos e larvas de peixes, a distribuição espacial e temporal relacionada à sua abundância e com alguns fatores ambientais. 2. CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS As Usinas Hidrelétricas Passo São João e São José, estão localizadas no rio Ijuí, afluente do rio Uruguai, bacia do Prata, noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. 8

9 A Usina Hidrelétrica Passo São João aproveita o potencial do rio Ijuí abrangendo os municípios de Roque Gonzales, Dezesseis de Novembro, São Luiz Gonzaga, São Pedro do Butiá e Rolador. É uma usina fio d água, com reservatório de aproximadamente 20 quilômetros quadrados, constituída de uma barragem que utiliza um canal de adução para conduzir a água até a casa de força, de forma a aproveitar a queda natural do rio Ijuí. A UHE São José, implantada também no rio Ijuí, entre os municípios de Cerro Largo e Rolador, é uma usina fio d água na qual seu reservatório tem somente a função de manter o desnível necessário para a geração de energia. Possui uma barragem com casa de força incorporada, com uma potência instalada de 51 MW. 3. INTRODUÇÃO Um dos eventos mais importantes no ciclo de vida das espécies é a reprodução (KING, 1995), visto que a perpetuação das espécies depende desse processo (LAGLER et al., 1962). Para muitas espécies a reprodução está relacionada às inundações (BEDNARSKI et al., 2008), as quais desempenham um papel importante na vida dos peixes (HUMPHRIES et al., 2002), pois propiciam a formações de novos habitats e disponibilizam maior quantidade de alimento (LOWE-MCCONNELL,1987; JUNK et al.,1989), além de aumentarem a conexão entre os diversos habitats, favorecendo a dispersão dos organismos (THOMAZ et al., 2007). Os estudos sobre distribuição de ovos e larvas fornecem evidências consistentes sobre época de desova, locais de reprodução e criadouros naturais. Essa informação é valiosa na tomada de medidas efetivas de proteção destas populações, no contexto de manejo dos reservatórios, visto que o recrutamento depende fortemente da integridade desses ambientes (AGOSTINHO et al., 1993). As informações sobre ovos e larvas de peixes brasileiros de água doce são muito escassas e, nos últimos anos, tem-se verificado um interesse crescente no seu estudo em decorrência principalmente de sua eficácia na identificação de áreas de desova e criadouros naturais. A localização dessas áreas, por outro lado, constitui-se em um dos dados mais preciosos na racionalização do aproveitamento dos recursos hídricos (NAKATANI, 1994). Estudos dessa natureza requerem o reconhecimento específico do material biológico (ovos e larvas), tarefa das mais complicadas (NAKATANI et al., 1997), principalmente quando envolve uma fauna endêmica e relativamente pouco estudada como a da bacia do Rio Uruguai. Além disso, trabalhos deste tipo são impossíveis de serem realizados sem instrumentos adequados para identificação específica das larvas (NAKATANI et al., 1997). 9

10 A fauna de peixes na bacia do alto rio Uruguai, Brasil, que foi transformada pela construção de várias barragens, é caracterizada pela predominância de espécies de pequeno e médio porte, com fecundação externa que não migram ou apresentam migração reprodutiva curta, embora grandes espécies reofílicas também ocorram (REYNALTE-TATAJE & ZANIBONI-FILHO, 2008). Migração reprodutiva longa é apresentada em oito espécies dentro da bacia hidrográfica (ascendente e / ou descendente), incluindo Leporinus obtusidens, Prochilodus lineatus, Salminus brasiliensis, e Steindachneridion scriptum (ZANIBONI-FILHO & SCHULZ, 2003). Essas espécies já foram encontradas no reservatório da Usina Hidrelétrica de Passo São João, na cachoeira do Salto do Pirapó, bem como no reservatório da UHE São José. No entanto, a reprodução de populações remanescentes dessas espécies ainda não foi confirmada dentro destes reservatórios, embora muitas amostras de peixes migratórios com gônadas maduras já foram capturadas durante as atividades de Transposição 2014/2015. Ressalta-se, porém que apesar de amostras de peixes migratórios com gônadas maduras seja um evento muito significativo, o registro de ovos é o que realmente confirma a desova (NAKATANI et al., 2001) e, além disso, estudos relacionados aos ovos são essenciais para determinar o momento e as áreas onde ocorre a desova (HEMPEL, 1973). Essa informação também é importante para indicar áreas que devem ser protegidas e para a compreensão do recrutamento anual das espécies, quando associada à abundância de larvas (NAKATANI et al, 2001;. REYNALTE-TATAJE et al, 2008a.). Vários estudos sobre a comunidade ictioplanctônica da bacia do Rio Uruguai têm sido realizados ao longo dos últimos anos (REYNALTE-TATAJE et al, 2008a;. REYNALTE-TATAJE et al, 2008b;.. HERMES-SILVA et al, 2009), a maioria deles relacionados com ovos e larvas de distribuição no espaço e no tempo nas regiões impactadas pelos reservatórios. Esses estudos confirmaram a existência de áreas de desova de espécies sedentárias e/ou espécies que realizam migrações curtas na região (REYNALTE-TATAJE et al., 2008c), mas, apesar do aumento do esforço de amostragem nos últimos anos (HERMES-SILVA et al, 2009;.. CORREA et al, 2011), há uma contínua falta de informações sobre a desova de grandes migradores. Isso nunca foi reportado tanto para a área de influência das barragens ou para toda a região, o que gerou dúvidas sobre a existência de desova e criadouros naturais na região das áreas de influência dos reservatórios de Passo São João e São José. Ademais, a determinação dos locais de desova e crescimento de peixes é um dos principais desafios quando se avalia uma comunidade íctica de uma determinada bacia (KING, 1995; NAKATANI et al., 2001; WERNER, 2002). 10

11 4. OBJETIVO O programa de monitoramento de Ictioplâncton tem por objetivo estudar a distribuição e abundância de ovos e larvas de peixes a fim de identificar áreas de desova e de criação das formas jovens, principalmente das espécies alvo do monitoramento de migradores: dourado (Salminus brasiliensis), pintado-amarelo (Pimelodus maculatus), grumatã (Prochilodus lineatus), piava (Leporinus obtusidens) e voga (Schizodon nasutus). 5. MATERIAIS E MÉTODOS 5.1 Área de Estudo As Usinas Hidrelétricas de Passo São João e São José, localizam-se no rio Ijuí. A Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí possui uma superfície aproximada de Km 2, possui formato aproximadamente triangular, com dimensão de 185 Km no sentido Leste-Oeste. No sentido Norte-Sul a bacia tem maior dimensão na porção Leste, com aproximadamente 110 Km, reduzindo gradativamente até 15 Km na porção oeste da bacia, junto ao Rio Uruguai. 5.2 Descrição dos Pontos Amostrais As amostragens foram realizadas no período de 21 de novembro de 2014 a 28 de abril de 2015 perfazendo um total de seis campanhas mensais, com duração de oito dias cada, em 14 pontos amostrais estabelecidos (Figura 1), conforme descrição a seguir: 11

12 Figura 1. Mapa dos 14 pontos amostrais distribuídos nas áreas de influencia das UHE Passo São João e São José no rio Ijuí (RS)

13 Ponto 01: (E: ,08; N: ,96) - Rio Ijuí a jusante da UHE Passo São João, no município de Roque Gonzales: Trecho a montante do Salto Pirapó, próximo a Usina Pirapó; Leito com cerca de 100 m de largura; Baixa velocidade da água; Substrato com pedras, areia e lodo; Vegetação marginal em estágio médio de regeneração. Figura 2. Trecho a jusante da UHE Passo São João, no ponto

14 Ponto 02: (E: ,25; N: ,63) - Rio Ijuí a jusante do barramento da UHE São Jose, nos municípios de Rolador e Salvador das Missões: Leito com aproximadamente 80 m de largura; Alta velocidade da água; Vegetação marginal em estagio médio de regeneração; Figura 3. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto

15 Ponto 03: (E: ,87; N: ,29) Rio Ijuí a montante do barramento da UHE São José, no município de Salvador das Missões, próximo à foz do Arroio Alexandrino. Leito com aproximadamente 150 m de largura; Vegetação marginal em estágio inicial; Baixa velocidade da água. Figura 4. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto

16 Ponto 04: (E: ,82; N: ,08) - Rio Ijuí a jusante do Salto Pirapó, na alça de vazão reduzida da UHE Passo São João. Trecho com cerca de três metros de profundidade; Água clara, correnteza media; Vegetação marginal em estágio médio. Figura 5. Trecho da UHE Passo São José, no ponto

17 Ponto 05: (E: ,66; N: ,83) - Arroio Lageado das Pedras, primeiro afluente logo abaixo da barragem da UHE Passo São João. Lageado com profundidade de até 2 m na foz, com água clara ou barrenta, dependendo das condições do rio Ijuí; Baixa velocidade da água; Substrato com pedras, galhadas e lodo; Vegetação marginal em estágio médio de regeneração. Figura 6. Trecho no arroio Lageado das Pedras, no ponto

18 Ponto 06: (E: ,93; N: ,17) - Rio Ijuí no reservatório da UHE Passo São João. Leito com cerca de 120 m. Vegetação marginal em estagio médio e avançado. Figura 7. Trecho do reservatório da UHE Passo São João, no ponto

19 Ponto 07: (E: ,89; N: ,44) - Rio Ijuí no reservatório da UHE Passo São João, no município de Roque Gonzales, próximo à foz do arroio Tigre. Leito com cerca de 90 m de largura; Baixa velocidade da água; Vegetação marginal em estágio médio e avançado. Figura 8. Trecho do reservatório da UHE Passo São João, próximo à foz do arroio Tigre, no ponto

20 Ponto 08: (E: ,66; N: ,13) - Rio Ijuí na área do reservatório da UHE Passo São João, no município de Rolador. Leito com cerca de 200 m de largura; Baixa velocidade da água; Substrato com galhadas; Vegetação marginal em estágio avançado. Figura 9. Trecho do reservatório da UHE Passo São João, no ponto

21 Ponto 09: (E: ,54; N: ,76) -Rio Ijuí na área do reservatório da UHE São José, próximo à foz do arroio Encantado, município de Cerro Largo. Leito com cerca de 100 m de largura; Vegetação marginal em estagio de regeneração; Baixa velocidade da água; Presença de macrófitas. Figura 10. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto

22 Ponto 10: (E: ,30; N: ,07) - Rio Ijuí na área do reservatório da UHE São José, localidade de Ressaca, município de Cerro Largo. Leito com aproximadamente 100m de largura; Vegetação marginal em estágio inicial. Figura 11. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto

23 Ponto 11: (E: ,49; N: ,56) - Rio Ijuí a montante do reservatório da UHE São José, no município de Cerro Largo. Leito com aproximadamente 100 m de largura; Vegetação marginal em estágio inicial e médio de regeneração. Figura 12. Trecho do reservatório da UHE São José, no ponto

24 Ponto 12: (E: ,01; N: ,00) - Rio Uruquá, afluente do rio Ijuí, na margem esquerda, no município de Mato Queimado. Leito com cerca de 40 m de largura; Baixa velocidade da água; Ausência de vegetação marginal. Figura 13. Trecho do arroio Uruquá, no ponto

25 Ponto 13: Rio Ijuí, entre os municípios de Entre-Ijuis e Ijuí. Neste ponto, para definição do local de amostragem, serão avaliados os resultados obtidos para posterior determinação como ponto amostral. Desta forma, na campanha referente ao mês de novembro foi realizado coleta no local com as seguintes coordenadas: E: ; N: , enquanto que no mês de dezembro o local foi: E: ; N: , tendo sido repetido o mesmo local de coleta nos meses subsequentes. Leito com aproximadamente 50 metros de largura; Alta velocidade da água; Vegetação marginal bem preservada; Presença de muitos pescadores. Figura 14. Trecho do rio Ijuí, no ponto

26 Ponto 14: Rio Ijuizinho, a montante da foz com o rio Ijuí. Seguindo o mesmo procedimento do ponto 13, para definição do local de amostragem, serão avaliados os resultados obtidos para posterior determinação como ponto amostral. Assim, na campanha referente ao mês de novembro foi realizado coleta no local com as seguintes coordenadas: E: ; N: , enquanto que no mês de dezembro o local foi: E: ; N: , tendo sido repetido o mesmo local de coleta nos meses subsequentes. Figura 15. Trecho do rio Ijuízinho, no ponto

27 5.3 Amostragem As amostragens para obtenção de Ictioplâncton foram realizadas no período de 21 de novembro de 2014 a 28 de abril de 2015, sendo que cada campanha teve a duração de oito dias. Foram utilizados dois diferentes equipamentos de captura: a armadilha luminosa e a rede pelágica de arrasto, para aumentar o número de organismos capturados e diminuir os efeitos de seletividade dos equipamentos. O modelo de armadilha luminosa foi adaptado de Reynalte-Tataje et al. (2012a), sendo confeccionada em um formato cônico-cilindrico. A parte cilíndrica foi constituída por dois aros metálicos de aço inoxidável, e preso a esse aro uma rede do tipo cônica de 500 µm com um copo coletor de PVC na extremidade distal. Na boca da armadilha (extremidade proximal) foi colocada uma rede com 8 mm entre nós, para impedir a entrada de peixes de maior porte, vegetação e outros materiais indesejados (Figura 16). Figura 16. Modelo de armadilha luminosa utilizada. A seta vermelha, indica a posição da lâmpada de LED, fixada no interior da armadilha. A iluminação da armadilha foi proporcionada por uma lâmpada de LED (1W) contendo três pequenas baterias em seu interior. Essa estrutura luminosa foi fixada na parte proximal da armadilha na sua região central. A cor da lâmpada utilizada na armadilha foi a verde, considerada por REYNALTE-TATAJE et al. (2012a) a cor que apresenta os melhores índices de captura de larvas de peixes. 27

28 As armadilhas luminosas foram instaladas no início da noite (19h), (Figura 17) e retiradas antes do amanhecer (05h) (Figura 18). Essas foram colocadas, uma na margem direita e outra na margem esquerda do rio, a uma profundidade média de 1,5 m. A disposição foi realizada de forma aleatória, garantindo duas armadilhas luminosas em cada ponto amostral. Figura 17. Demonstração do processo de armação de armadilha luminosa. Figura 18. Demonstração do processo de retirada de armadilha luminosa. As redes pelágicas de arrasto que foram utilizadas eram do tipo cônicocilíndricas e possuíam uma tela de náilon de 500 µm presa pela sua extremidade proximal, através de uma lona a um aro metálico de aço inoxidável, que por sua vez se 28

29 conecta por três cordas a um cabo, tendo em sua extremidade distal um copo coletor de PVC. No centro do aro metálico foi instalado um fluxômetro, para o calculo do volume filtrado, conforme proposto por NAKATANI et al. (2001) (Figura 19). Figura 19. Modelo de rede pelágica de arrasto com fluxômetro. Foram utilizadas duas redes pelágicas de arrasto, sendo amarradas a um bastão na frente do barco, uma em cada lado. Onde foram realizados três arrastos superficiais, distribuídos na margem esquerda, no meio e na margem direita (Figura 20). Estes arrastos foram realizados no período noturno, com duração de 15 minutos cada. Ao total de cada campanha foram obtidos 112 amostras de 500 ml cada. Assim, ao final de seis campanhas mensais foram coletadas um total de 672 amostras de Ictioplâncton. Figura 20. Arrasto de superfície com a rede pelágica de arrasto amarrada ao bastão. Observa-se as duas redes sendo arrastadas nas laterais do barco. 29

30 Todo material coletado foi acondicionado individualmente em frascos de 500ml de polietileno, e em seguida, fixado em formalina a 4% para posteriormente ser analisado em laboratório. Em todos os pontos amostrais foram avaliados os parâmetros físico-químicos da água, tais como: temperatura ( C), concentração de oxigênio dissolvido (mg/l), ph, condutividade elétrica (µs/cm) e transparência com disco de Secchi (cm) (Figura 21). Figura 21. Avaliação dos parâmetros físico-químicos da água. Em laboratório, as amostras foram triadas e o ictioplâncton foi separado do restante do material. Para separação de ovos e larvas, as amostras foram colocadas em placas de Petri e Bogorov sob microscópio estereoscópico. A abundância de ovos e larvas foi padronizada para um volume de 10 m³ para as amostras coletadas com rede pelágica de arrasto de acordo com (NAKATANI et al., 2001), e para as larvas capturadas com as armadilhas luminosas foram utilizados os dados brutos encontrados, por se tratar de uma coleta passiva e não haver possibilidade de quantificar o volume filtrado. Os ovos foram classificados de acordo com WOYNAROVICH & HORVÁTH (1983) que propõe que ovos saudáveis (viáveis) são transparentes ou brilhantes e que o seu conteúdo é claro, enquanto os gorados (não viáveis) são brancos, opacos e com conteúdos turvos. As larvas foram identificadas até o menor táxon possível, utilizando como caracteres à forma do corpo, presença de barbilhões, a posição relativa da boca e da abertura anal em relação ao corpo, sequência de formação das nadadeiras, número de miômeros e raios das nadadeiras, entre outros e classificadas de acordo com seu grau de 30

31 desenvolvimento, em estágios: larval vitelino (LV); pré-flexão (PF); flexão (FL); pósflexão (FP) e juvenil (JU) utilizando a técnica de sequência regressiva de desenvolvimento proposta por AHLSTROM & MOSER (1976) modificado por NAKATANI et al. (2001). 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO PARCIAIS 6.1 Distribuição espacial e temporal de ovos e larvas Ao longo das seis campanhas mensais foi coletado um total de 672 amostras de ictioplâncton, das quais 20% foram consideradas amostras positivas, ou seja, aquelas onde foram observadas presenças de ovos e/ou larvas e 80% representaram amostras não positivas, conforme a Figura 22. Figura 22. Número de amostras positivas e não positivas analisadas ao longo das seis campanhas de (Nov/2014 a Abr/2015). Em relação à distribuição temporal das amostras positivas, estas apresentaram um declínio em sua abundancia a partir do mês de janeiro, sendo o mês de fevereiro o que apresentou a menor porcentagem sugerindo que a intensidade da atividade ocorreu nos três primeiros meses de coleta, conforme Figura

32 Figura 23. Distribuição temporal das amostras positivas analisadas ao longo das seis campanhas de (Nov/2014 a Abr/2015). Nessas amostras positivas foi encontrado um total de 699 Larvas (73,5%) e 251 Ovos (26,5%), distribuídas nos 14 pontos de amostragem durante os seis meses de coleta (Tabela 01). Tabela 1. Densidade de Ovos e Larvas distribuídas por ponto amostral ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). PONTO AMOSTRAL N OVOS N LARVAS P P P P P P P P P P P P P P Total Geral

33 No tocante a distribuição espacial de ovos a calha principal do rio registrou as maiores densidades (243), enquanto que nos tributários registrou apenas (8) ovos, conforme Figura 24. Figura 24. Densidade de ovos de peixes (Ind/10m³) ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). Na calha principal do rio, ao longo das seis campanhas de coleta, o trecho do ponto 11 apresentou a maior abundância (188) ovos seguido do ponto 01 (14) e ponto 8 (10) conforme Figura 25. Figura 25. Densidade de ovos de peixes (Ind/10m³) por pontos amostrais ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). 33

34 Nos tributários, houve uma significativa redução na abundância de ovos em relação à calha principal do rio, sendo registrada a presença de ovos apenas nos pontos 07 (Arroio Tigre) e ponto 05 (Lageado das Pedras) (Figura 26). Figura 26. Densidade de Ovos de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). Do total de ovos coletados, 61% (152) foram classificados em semi-densos, 36% (90) em densos e 4% (9) pelágicos (Figura 27). Figura 27. Densidade de Ovos de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). 34

35 Em relação à distribuição de larvas, a tendência observada foi inversa à encontrada para ovos, já que nos tributários foram registradas as maiores densidades (Figura 28). Figura 28. Densidade de Larvas de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). Nos tributários, durante as seis campanhas, as maiores capturas ocorreu no trecho que compreende o ponto 9 (Arroio Encantado) (206), seguido do ponto 12 (Arroio Uruquá) (189) (Figura 29). Figura 29. Densidade de Larvas de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). 35

36 Na calha principal do rio, os pontos que registraram maiores densidades de larvas foram os pontos 03 local de soltura (72), seguido do ponto 11 (63) e ponto 08 (53), conforme Figura 30. Figura 30. Densidade de Larvas de peixes (Ind/10m³) por pontos amostral ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). No tocante a distribuição temporal foi constatada uma marcante sazonalidade na abundância de ovos e larvas, com pico de abundância de ovos registrada no mês de novembro/2014, sendo que nos meses de março e abril não foi coletado nenhum ovo na área em estudo e pico de abundância de larvas no mês de dezembro/2014 se estendendo até o mês de março (Figura 31). 36

37 Figura 31. Densidade de Ovos e Larvas de peixes (Ind/10m³) distribuídas ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). Em relação ao método de coleta, durante os seis meses de coleta, no presente estudo, o método utilizando a rede de arrasto demonstrou mais eficiência com a captura de 550 larvas e 142 ovos, enquanto que a armadilha luminosa capturou 149 larvas e 109 ovos (Figura 32). Figura 32. Comparação da eficiência dos métodos de coleta de Ovos e Larvas de peixes distribuídas ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). 37

38 Quanto à utilização da área do rio, os dados revelam que, de modo geral, as margens do rio foram mais eficientes do que a área do meio do rio, em especial, a margem esquerda, a qual contribuiu com 43% das capturas de ovos e larvas, seguidos da margem direita com 37% e por fim o meio com 19% do total de capturas (Figura 33). Figura 33. Comparação da eficiência da área de coleta do rio distribuídas ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). O Rio ijuí apresentou uma alta densidade de larvas e baixa densidade de Ovos. Do total de organismos ictioplanctônicos capturados, 73,5% foram larvas e 26,5% eram ovos. Esta predominância de larvas, constatada no presente estudo, corrobora com o dados obtidos por (FUENTES et al., 1998) para o médio rio Paraná, onde houve o predomínio de larvas em estágios avançado. Ademais, de acordo com Hahn (2000), os peixes reofílicos subiriam o rio Uruguai para desovar próxima a região de Itá, no entanto, devido à alta velocidade de correnteza, os ovos seriam carreados até as regiões do médio Uruguai, regiões do rio Ijuí onde estão às barragens Passo São João e São José, as quais as larvas se criariam nas lagoas marginais existentes nesta região. A grande captura de ovos e larvas no período de novembro de 2014 a janeiro de 2015 demonstra um pico de desova bem marcado neste período do ano em todos os pontos amostrais. MANTERO & FUENTES (1997) em estudos de distribuição de ovos e larvas de peixes na região do baixo rio Uruguai, observaram que a atividade reprodutiva nesta 38

39 região ocorre principalmente entre outubro e março, tendo sido registrado picos de desova nos meses de dezembro e janeiro. Segundo Vazzoler (1996), a maioria das espécies de peixes do Alto Rio Paraná apresentam maior atividade reprodutiva entre novembro e janeiro; no entanto, dependendo do tipo de estratégia reprodutiva, este período pode antecipar-se para setembro e pode prolongar-se até abril. Na região do alto rio Uruguai a época de desova concentrou-se entre os meses de novembro a janeiro, onde foi observada uma nítida influencia da elevação da temperatura da água e da vazão dos rios para desencadear o início da reprodução dos peixes (HERMES-SILVA, 2003), havendo ocorrência de ovos e larvas tanto no rio principal como nos tributários (HERMES-SILVA, 2003; REYNALTE-TATAJE & ZAMBONI FILHO 2008b), corroborando com os resultados desse trabalho. Espécies como o dourado (Salminus brasiliensis), a Piracanjuba (Brycon orbignyanus) e grumatã (Prochilodus lineatus) que realizam migrações reprodutivas iniciam o processo de maturação gonadal com o aumento da temperatura da água (primavera verão), aguardando, no entanto, as primeiras chuvas da estação, que permitem o deslocamento rio acima, para realizar a desova (ZANIBONI-FILHO e SCHULZ, no prelo), sendo registrada a desova para estas espécies no alto Rio Paraná na região de confluência de dois rios, ocorrendo tanto na calha do rio principal como nos tributários (REYNALTE-TATAJE, 2007). A maior quantidade de ovos foi encontrada nos pontos amostrais localizados na calha principal do rio, em especial no ponto 11. Este fato pode estar relacionado à proximidade deste ponto amostral com áreas de desova, possivelmente localizada rio acima, uma vez que neste ponto foram registradas as maiores densidades de ovos e larvas vitelinas, sugerindo a utilização deste habitat como um local de deriva. No que se refere a maior concentração de larvas nos tributários, em especial no trecho que corresponde ao ponto 09 (Arroio Encantado) (206), seguido do ponto 12 (Arroio Uruquá) (189), pode ser explicado devido este locais de amostragem apresentarem características mais compatíveis com locais de criação ou crescimento, sendo observada uma maior abundância de larvas em estágios avançados de desenvolvimento, embora todos os estágios tenham sido capturados. Esses pontos apresentam características ambientais observadas na região de desembocadura, com uma aparente incongruência podendo ser justificada pelas variações hidrológicas. Quando há elevação do nível da água do rio principal ocorre o represamento das águas do tributário e a formação temporária de um ambiente favorável ao desenvolvimento das larvas de peixes. Essas áreas represadas, com baixa correnteza e elevado tempo de residência da água, possibilitam a decantação do material em suspensão e a elevação da transparência, favorecendo o desenvolvimento planctônico e criando condições favoráveis ao desenvolvimento das formas jovens. 39

40 A maior captura de exemplares do Ictioplâncton no período noturno, observada no presente trabalho, confirma a periodicidade diária de deriva dos ovos e larvas citada por BAUMGARTNER (2001). Como sugere VAZZOLER (1996), os peixes apresentam diversas táticas reprodutivas que variam em função de variações no ambiente, como a qualidade e as flutuações das condições abióticas, a disponibilidade de alimentos e a predação, buscando, com isso, garantir o sucesso da reprodução e maximizar a sobrevivência da prole. As desovas ao entardecer são induzidas pela diminuição da intensidade luminosa e pelos maiores valores de temperatura da água registrados no período (GRAAF et al., 1999). Além disso, a abundancia de larvas no período noturno pode estar relacionado à busca por alimento e fuga de predadores visuais (BAUMGARTNER et al., 1997; BAUMGARTNER (2001); NAKATANI et al., 1997). OLIVEIRA & ARAÚJO-LIMA (1998) em estudo realizado no rio Solimões AM encontrou maior abundância de larvas de Mylossoma sp. concentrada nas regiões de margens do rio, causada provavelmente devido a processos hidráulicos do rio, como correntes secundárias radiais e a um comportamento ativo das larvas. Comportamento semelhante foi observado no presente trabalho, onde as margens esquerda e direita apresentaram maior eficiência em relação ao meio do rio. 6.2 Ovos e Larvas X Fatores Abióticos A Tabela 02 apresenta os valores dos parâmetros ambientais registrados durante o período de estudo nos diferentes pontos de amostragem. Tabela 2. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água nos diferentes pontos amostrais nas seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). Monitoramento do Ictioplâncton Parâmetros físico-químicos PH Condutividade Temperatura OD (µs/cm) ( C) (mg/l) P01 7,2 57,4 25,4 8,4 36 P02 7,1 53,1 25,5 8,3 38 P03 7,5 53,8 26,7 7,2 43,5 P04 7,7 53,43 26,5 7,3 46,2 P05 7,7 87,8 24,9 8,2 52,3 P06 7,5 53,4 27,0 8,3 42,2 P07 7,6 53,5 27,2 7,8 45,2 P08 7,3 53,4 26,4 7,9 46,5 Pontos amostrais Transparência (cm) 40

41 P09 7,2 54,5 25,6 7,6 34,8 P10 7,4 54,1 25,7 7,3 35,3 P11 7,4 52,9 25,6 8,6 31,3 P12 7,6 45,7 27,6 7,4 48,7 P13 7,1 51,0 24,2 9,3 37,7 P14 7,3 53,5 24,6 9,0 50,8 As variáveis ambientais apresentaram semelhança entre os pontos amostrais. Os valores médios de temperatura da água variaram de 24,2 C a 27,6 C, sendo que os maiores valores foram registrados nos tributários (P12 arroio Uruquá; P07 Arroio Tigre). O mesmo pode ser observado para os valores médios de condutividade elétrica que variaram de 45,7 µs/cm no ponto 12 a 87,8 µs/cm no ponto 05 (Lageado das Pedras). Nos pontos amostrais localizados nos tributários revelaram os maiores valores médios de transparência da água, onde o ponto 05 (Lageado das Pedras) apresentou 52,3cm sendo o maior valor, seguido do ponto 14 (rio Ijuizinho) com 50,8cm e ponto 12 arroio Uruquá com 48,7cm de transparência da água. Os valores médios de OD variaram de 7,2mg/l encontrado no ponto 03 (barragem UHE São José) a 9,3mg/l no ponto 13 (rio Ijuí Entre-Ijuís). Os fatores abióticos, que incluem as diferentes variáveis físicas e químicas da água, além das climáticas e topográficas, associadas aos fatores bióticos, tais como a disponibilidade de alimento e presão de predação podem afetar diretamente a ictiofauna, influenciando a distribuição e padrões de abundância de espécies de peixes (NORCROSS & SHAW, 1984; VAZZOLER et al., 1997; REYNALTE-TATAJE et al., 2008a). Durante o presente estudo, a maioria dos fatores abióticos não diferiu entre os pontos amostrais, provavelmente devido à sua proximidade. Contudo foi observado que à temperatura da água e a transparência da água, de modo geral, nos pontos localizados nos tributários obtiveram os maiores valores médios em relação aos pontos localizados na calha do rio principal. Esses ambientes apresentam baixa velocidade da água o que provoca um aumento no tempo de residência da água, permitindo a decantação do material em suspensão e, consequentemente, o aumento da transparência da água. Estas condições tanto favorecem o desenvolvimento de organismos planctônicos e cria condições favoráveis ao desenvolvimento de formas jovens de peixes (ZANIBONI-FILHO & SCHULZ, 2003) como podem também facilitar a predação e a sedimentação de ovos e larvas recém-eclodidas. Foi observado esse padrão de distribuição no presente trabalho, onde as larvas foram mais abundantes nos pontos amostrais localizados nos tributários. 41

42 A relação de fatores ambientais com a distribuição de ovos e larvas de peixes tem sido demonstrada em muitos trabalhos (CAVICCHIOLI, 2000; NAKATANI et al, 2001; BAUMGARTNER et al. 2004; SANCHES et al, 2006). A ocorrência das larvas correlacionada com altas temperaturas na bacia do rio Paraná, tem sido documentada por vários autores: BAUMGARTNER et al., 1997; CAVICCHIOLI et al., 1997 e BIALETZKI et al., Variáveis como o foto período, a hidrodinâmica do rio e a temperatura da água são essenciais na ocorrência, densidade e crescimento dos peixes nos primeiros estágios de vida (VLAMING, 1972; HUMPHRIES et al., 1999). 6.3 Composição taxonômica Durante o período de estudo foram coletadas um total de 699 larvas, representando 04 ordens, 13 famílias e 30 espécies. A ordem Characiformes foi a mais representativa com 63% do total de larvas capturadas, seguido por Siluriformes (30%) e Gymnotiformes e Perciformes que contribuíram cada uma com (3%). Das 13 famílias verificadas, as que apresentaram maior número de táxon foram Characidae, com doze representantes, seguida de Loricariidae, Pimelodidae e Heptapteridae com três representantes cada. As demais famílias apresentaram apenas um táxon. No ponto 12 arroio Uruquá foi capturado o maior número de espécies (13), seguida do ponto 2 Balsa Faxinal com (12) espécies capturadas e ponto 09 Arroio Encantado e ponto 08 Balsa São Pedro do Butiá contribuindo com (11) espécies cada. No ponto 12 arroio Uruquá, os táxons mais abundantes foram Bryconamericus spp, M. intermedia, S. maculatus, A. bimaculatus e S. nasutus. No ponto 02 Balsa Faxinal, os táxons mais abundantes foram Parapimelodus sp. e Bryconamericus sp 2. No ponto 09 arroio Encantado, foram as espécies A. affinis, S. nasutus, M. intermedia, Parapimelodus sp. e Bryconamericus sp 2. Enquanto que no ponto 08 Balsa São Pedro do Butiá, a espécie A. affinis foi a mais abundante. Das 30 espécies identificadas, ao longo de seis campanhas mensais, nenhuma espécie esteve presente em todos os pontos. A. affinis foi considerada a espécie mais abundante contribuindo com (33%) do total de capturas, seguida de Bryconamericus sp 2 com (20%), M. intermedia (9%), Parapimelodus sp. (6%), S. maculatus com (5%), A. bimaculatus e S. nasutus as quais contribuíram com (4%) cada (Tabela 3). 42

43 Tabela 3. Lista dos táxons de larvas de peixes coletados distribuídos nos 14 pontos amostrais, durante o período de novembro de 2014 a abril de SSC= Sedentárias sem cuidado parental, SCC= Sedentárias com cuidado parental, MIG= migradoras de longa distância. Grupos Taxonômicos Nome Popular Ponto de Amostragem Estratégia CHARACIFORMES Anostomidae S. nasutus voga MIG Parodontidae A. affinis charuto SSC Characidae A. bimaculatus lambari SSC A. fasciatus lambari SSC B. iheringii lambari 1 SSC B. stramineus lambari 1 2 SSC Bryconamericus sp 1 lambari SSC Bryconamericus sp 2 lambari SSC Galeocharax sp. cachorra 1 1 SSC M. intermedia lambari SSC O. jenynsii cachorra 1 SSC Oligosarcus sp. cachorra 1 SSC Odontostilbe sp. lambari 1 SSC S. maculatus palomita SCC Acestrorhynchidae A. pantaneiro cachorra 1 SSC Erythrinidae H. lacerdae traíra SCC Prochilodontidae P. lineatus grumata 1 MIG Poeciliidae Poecilia sp. barrigudinho 1 SSC Curimatidae S. biornata biru 2 SSC GYMNOTIFORMES Sternopygidae E. virescens tuvira SSC PERCIFORMES Cichlidae Gymnogeophagus sp. acará 1 SCC SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp. cascudo 1 1 SSC Loricariichthys anus cascudo viola 2 SCC Loricariichthys sp. cascudo viola 4 3 SCC Pimelodidae I. labrosus mandi beiçudo 1 SSC P. maculatus pintado 1 MIG Parapimelodus sp. ferrudo SSC Heptapteridae Pimelodella sp. mandizinho 3 SSC Rhamdia quelen jundiá 1 SSC Rhamdella sp. mandi 1 SSC 43 43

44 No que se refere ao desenvolvimento larval, ao longo das seis campanhas mensais, a grande maioria das larvas capturadas (41%) encontravam-se em estágios avançados de desenvolvimento, sendo flexão (15%) e pós-flexão (26%). Em contraste, 27% das larvas encontradas estavam nos estágios iniciais de desenvolvimento, sendo larval vitelino (9%) e pré-flexão (18%). Nos pontos amostrais localizados na calha do rio as maiores capturas foram de larval vitelino e pré-flexão, enquanto que nos pontos localizados nos tributários foram as larvas nos estágios mais avançadas tais como, flexão e pós-flexão. Ressalta-se ainda, que neste ambiente foram encontradas as maiores capturas de juvenis correspondendo a (32%) do total de capturas (Figura 34). Figura 34. Número de capturas de larvas em diferentes estágios de desenvolvimento distribuídas ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). No tocante a distribuição temporal, os estágios de desenvolvimento larval revelaram que durante as seis campanhas realizadas, exceto o mês de abril, o qual foi capturado apenas juvenil e adulto, os demais meses obteve a representação de todos os estágios larvais (Figura 35). 44

45 Figura 35. Número de capturas de larvas em diferentes estágios de desenvolvimento distribuídas ao longo das seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). A população observada de ictioplâncton foi composta, principalmente, das larvas de espécies de peixe de pequeno e médio porte que são definidas por suas diversas características oportunistas. Tais espécies de peixes apresentam desova parcelada, períodos reprodutivos longos, ovos menores, deslocamentos migratório mais curto e falta de cuidado parental. Os resultados obtidos indicam que estas espécies, as quais foram as mais abundantes nos reservatórios de Passo São João e São José e que também foram as mais abundantes no reservatório de Itá (Reynalte-Tataje et al., 2008b), estão se reproduzindo nos pontos amostrais estudados. A composição dessas espécies foi composta principalmente por Characiformes e Siluriformes, estando de acordo com a composição da ictiofauna da região, e as 30 espécies registradas no presente trabalho, representam 30% do total de espécies (98) reconhecidas na região do Alto rio Uruguai segundo inventário da Ictiofauna do Alto Rio Uruguai realizado por Zaniboni Filho et al. (2004) De acordo com a classificação das estratégias reprodutivas proposta por SUZUKI et al., (2005), dentre as 30 espécies identificadas, 27 apresenta estratégia reprodutiva não migratória, sendo 22 sem cuidado parental e 5 com cuidado parental, enquanto que três espécies P. lineatus, P. maculatus e S. nasutus apresentam comportamento migratório de longa distância. Zaniboni Filho et al. (2002) em levantamentos realizados na bacia do rio Uruguai encontraram exemplares adultos de L.obstusidens, P. Lineatus, P. Maculatus, S. brasiliensis e S. scriptum. 45

46 No presente trabalho foram raras as capturas de larvas de peixes reofílicos. Foram encontradas larvas de P. maculatus no ponto 8 na calha principal do rio, contudo uma unica larva, enquanto que larvas de S. nasutus foram encontradas nos pontos 9 arroio Encantado e ponto 12 arroio Uruquá. Foi encontrada, por fim, uma larva de P. lineatus no ponto 2 Balsa Faxinal (Figura 36). Figura 36. Mapa de localização dos pontos amostrais com capturas de larvas de peixes de espécies-alvo ao longo de seis campanhas (Nov/2014 a Abr/2015). Em relação à espécie P. maculatus, embora a mesma tenha sido considerada uma espécie migratória por diversos autores (Godinho, 1984; Agostinho et al, 2003), Zaniboni Filho & Schulz (2003) sugerem que a espécie realiza apenas migrações reprodutivas laterais, ou seja, fazem um deslocamento entre a calha do rio principal e os tributários durante a migração reprodutiva. A presença de diferentes estágios de desenvolvimento das larvas observadas para várias espécies registradas neste trabalho indica que estas espécies utilizam os tributários como área de crescimento ou criação das formas jovens. As áreas de crescimento das larvas de peixes são ambientes permanentes ou temporários que apresentam condições físicas, químicas e biológicas para o desenvolvimento de uma determinada espécie e de seu alimento (Reynalte-Tataje et al., 2008). As larvas de peixes necessitam de habitat com baixa correnteza e pequena 46

47 pressão de predação, além de apresentarem abundante disponibilidade de alimento adequado para poder permitir o desenvolvimento das larvas (WERNER, 2002). Na calha principal do rio, no trecho que comprende o ponto 11 apresentou maior abundancia de ovos e larvas em estágio larval vitelínica sugerindo que esta área esteja possivelmente sendo utilizada como área de deriva desde as áreas de desova, situadas possivelmente rio acima, até as áreas de criação, nos tributários. Desta forma, torna-se evidente a importância de preservar estes ambientes, como forma de aumentar a produção pesquiera e manter e integridade da fauna aquática. 47

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