tumores, sendo até raras nos mesmos, porém, quando incidem apresentam extrema agressividade (LANA et al., 2007). O uso de progestágenos aumenta a

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "tumores, sendo até raras nos mesmos, porém, quando incidem apresentam extrema agressividade (LANA et al., 2007). O uso de progestágenos aumenta a"

Transcrição

1 8 INTRODUÇÃO As neoplasias mamárias são o segundo tipo de tumor mais freqüentes em cães (MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Estudos têm demonstrado que a incidência de neoplasias mamárias aumenta, conseqüentemente, ao aumento da expectativa de vida da população canina, e principalmente, caso não seja realizada a prática da ovariohisterectomia (OSH) em cadelas jovens, ou então, havendo o uso de medicação contraceptiva para controlar o ciclo éstrico (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). O risco de desenvolver tumor mamário com a retirada dos ovários anteriormente ao primeiro cio é de 0.05%, cerca de 8% depois do primeiro cio, e 26% após o segundo cio, se comparado com cadelas inteiras (SCHNEIDER et al., 1969). A ovariohisterectomia após o quarto cio, ou acima de dois anos de idade tem pouco efeito caso a finalidade seja de proteção contra o desenvolvimento de tumores mamários malignos, segundo MISDORP et al. (1988). Portanto, a melhor forma de reduzir a incidência desse tipo de neoplasia é através da conscientização dos proprietários, ressaltando que a probabilidade de desenvolvimento de tumores mamários aumenta com a idade do animal, portanto, a idade média de manifestação tumoral, nas cadelas, está entre 10 a 12 anos de idade (LANA et al., 2007). Em gatos, o tumor mamário é o terceiro tipo mais comum de neoplasia, cerca de 10 a 12%, aparecendo após os tumores de pele e os do sistema hemolinfático, constituindo 17% nas gatas. (FAN, 2007; LANA et al., 2007; MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Segundo Getty (1981) o tipo histológico das neoplasias mamárias em felinos está diretamente ligado ao fator prognóstico, sendo que o tipo mais encontrado nestes são os adenocarcinomas. Apesar da incidência deste tipo de tumor na espécie felina ser inferior à metade da incidência na espécie canina, a percentagem de neoplasias malignas é superior, estimando-se que 85% a 93% dos tumores mamários das gatas apresentam comportamento maligno (LANA et al., 2007). Por esta razão a metastização linfática é comum, tendo-se observado que mais de 80% das gatas com neoplasias mamárias malignas apresentam metástases em um ou mais dos seguintes órgãos: linfonodos, pulmões, pleura, fígado, diafragma, glândulas adrenais, rins e ossos (LANA et al., 2007; VSSOb, 2008). Assim como em cães, os tumores mamários afetam principalmente as fêmeas, apresentando baixa incidência em machos, compreendendo apenas 1% a 5% do total dos

2 9 tumores, sendo até raras nos mesmos, porém, quando incidem apresentam extrema agressividade (LANA et al., 2007). O uso de progestágenos aumenta a incidência de tumores de mama, bem como as pseudocieses. Em contrapartida, a castração precoce tende a diminuir esta incidência nas fêmeas. Estudos demonstram que gatas submetidas à OSH antes do primeiro ano de idade têm significativa redução na incidência do carcinoma mamário (OVERLEY et al., 2005). Algumas características como modo e taxa de crescimento, volume total do tumor e envolvimento dos linfonodos regionais são fundamentais para a determinação do prognóstico e a melhor forma de tratamento. Os tumores malignos têm crescimento rápido e o modo de crescimento de uma neoplasia é freqüentemente o indicador da sua invasividade relativa. Lesões expansivas, bem circunscritas são mais facilmente excisadas. Tumores infiltrativos com ou sem ulceração ou de tecidos abaixo da glândula mamária são mais agressivos, apresentando alta taxa de recidiva no pós-operatório (ALBERTS,1994). Todos os tumores devem ser submetidos a exames histológicos, pois mesmo nódulos pequenos com aparência de benignos podem revelar focos de células malignas, o que torna de grande importância a análise dos linfonodos regionais para avaliação de metástase, pois o tumor com alto potencial metastático tem prognóstico desfavorável (DYCE, 1997).

3 10 1. NEOPLASIA MAMÁRIA EM CÃES E GATOS 1.1. Etiologia São vários os fatores determinantes de doença associados a um aumento do risco de tumores mamários nos cães e gatos. Porém, é importante esclarecer que a exposição a um ou mais destes fatores não conduz, invariavelmente, ao desenvolvimento de neoplasias deste tipo em alguma fase da vida do animal, nem se pode postular que num animal com um tumor mamário que tenha estado exposto a determinado fator, tenha sido esse o agente causal do processo neoplásico (MOORE, 2007). As neoplasias mamárias correspondem à metade dos tumores que acometem as cadelas. Apesar de menos prevalente em gatas, a neoplasia mamária é o terceiro tumor mais frequente. São mais comuns em animais idosos, com a média sendo de 10 anos. Os animais mais acometidos são fêmeas inteiras e as submetidas à ovariohisterectomia tardia (após dois anos de idade) (NELSON & COUTO, 2010) Fatores Endócrinos Os tumores mamários são um grupo de neoplasias típico do gênero feminino, podendo aparecer em machos freqüentemente associados a distúrbios hormonais, tais como os tumores testiculares das células de Sertoli produtoras de estrogênios (MISDORP, 2002). Segundo Klein (2007) as patologias como os cistos ovarianos e endometriais, as piometras, os leiomiomas vaginais e os tumores mamários surgem com mais frequência em fêmeas de idade avançada, que não foram submetidas à OSH, uma vez que estes apresentam dependência hormonal. A produção de hormônios femininos, estrógeno e progesterona, está ligada ao desenvolvimento de tumores mamários em cães e gatos. O risco relativo de desenvolvimento de tumor mamário é relacionado ao número de ciclos estrais de uma cadela (MORRIS, 2007). Alguns estudos reconhecem que a castração precoce das fêmeas (ovariohisterectomia) é o melhor método de prevenção do desenvolvimento de tumores

4 11 mamários malignos (LANA et al., 2007; NELSON & COUTO, 2010; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). O risco de aparecimento de tumor mamário em cadelas esterilizadas antes do primeiro cio é de 0.05%, cerca de 8% depois do primeiro cio, e 26% após o segundo cio, se comparado com cadelas inteiras (LANA et al., 2007). As gatas, quando overiohisterectomizadas até os seis meses de idade, têm uma redução de até 91% no risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias. Este número é reduzido para 86% quando as gatas são submetidas à OSH até um ano de idade (LANA et al., 2007). A ovariohisterectomia de cadelas e gatas após o quarto cio, ou acima de dois anos de idade tem pouco efeito caso a finalidade seja de proteção contra o desenvolvimento de tumores mamários malignos, segundo Lana et al. (2007) e Misdorp et al. (1988). No entanto, parece haver uma redução no número de tumores mamários benignos mesmo quando a esterilização é realizada em idades mais tardias (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Segundo Lana et al. (2007) o tecido mamário normal contém receptores para estrogênio e receptores para progesterona, em concentrações relativamente altas, havendo desta forma, dependência hormonal. Ao avaliar a presença destes receptores nos tecidos mamários tumorais, verificou-se que as neoplasias benignas mantêm elevados níveis de receptores para estrogênio, enquanto que tumores malignos apresentam diminuição considerável dos receptores para estrógenos, sendo possível constatar até mesmo a ausência de qualquer tipo de receptor em metade dos canídeos e mais de metade dos felídeos estudados (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003; VSSOb, 2008). Os receptores para progesterona parecem estar diminuídos nas neoplasias malignas em ambas as espécies, mantendo os felídeos alguns destes receptores nas neoplasias benignas (LANA et al., 2007; VSSOb, 2008). Misdorp (2002) observou que os carcinomas mamários com maior diferenciação revelaram níveis mais elevados de receptores hormonais que os carcinomas mais indiferenciados, conhecidos pelo seu pior prognóstico. Outros estudos investigativos das metástases ganglionares não detectaram a presença de qualquer um destes receptores, nem no tumor primário nem nas metástases (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002). Sobretudo, há uma perda da dependência em estrogênio e progesterona nas neoplasias mamárias malignas, tornando-as mais agressivas e menos diferenciadas (LANA et al., 2007; RUTTERMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Apesar da dependência hormonal que ocorre nestes tumores, não foi

5 12 observada qualquer relação entre o risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias e as irregularidades nos ciclos éstricos (MISDORP, 2002). A utilização de contraceptivos em cadelas está generalizada pelo mundo, porém nas gatas o mesmo ainda não acontece, existindo países em que os contraceptivos são proibidos como os Estados Unidos da América. O uso de contraceptivos em administração prolongada de estrogênios não revelou qualquer efeito potencializador do desenvolvimento de neoplasias mamárias em ambas as espécies (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002). Quando analisada a contracepção prolongada com progesterona ou progestinas, estimulantes do crescimento lóbulo-alveolar, as cadelas revelaram apenas um aumento na incidência de tumores mamários benignos, enquanto as gatas demonstraram também um ligeiro aumento do risco de desenvolvimento de tumores mamários malignos (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002). O desenvolvimento de neoplasias mamárias malignas ocorre, principalmente, nas fêmeas de ambas as espécies em que a contracepção é feita recorrendo a altas doses (superiores às fisiológicas) de uma combinação de estrogênios e progestinas (LANA et al., 2007; MISDROP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Em gatas, constatou-se um aumento de até três vezes no risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias, tanto benignas quanto malignas, quando sujeitas a esta combinação de hormônios (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Outro efeito dos níveis elevados de progestinas (e progesterona) na cadela é o aumento da secreção do Hormônio do Crescimento (GH), paralelamente ao aumento dos níveis séricos dos fatores de crescimento semelhantes à insulina I e II (IGF-I e IGF-II, respectivamente). Alguns tumores caninos revelaram a expressão de um gene que codifica a produção do hormônio do crescimento, sugerindo uma possível independência na sua produção quando as neoplasias evoluem em termos de malignidade, deixando de estar dependentes dos hormônios sexuais (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Nas gatas não foi observado um aumento do hormônio do crescimento induzido pelas progestinas. No entanto, constatou-se a presença dessa elevação em algumas neoplasias malignas, provavelmente devido a uma produção independente semelhante à observada nas cadelas (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Embora o papel desempenhado pelos hormônios no processo de carcinogênese não seja perfeitamente conhecido, vários autores defendem que as unidades terminais ductolobulares (UTDL) são os tecidos alvo da ação das mesmas (MISDROP, 2002). Estas UTDL são constituídas por um nicho de células estaminais em replicação contínua, sendo, portanto, responsáveis pela contínua regeneração da glândula mamária. A estimulação hormonal das células estaminais dos alvéolos mamários conduz a uma condição pré-neoplásica, associada

6 13 ao aumento do risco de desenvolvimento tumoral (MISDORP, 2002). Estudos de anatomia da glândula mamária canina revelaram a presença destas lesões pré-neoplásicas, sendo a mais comum os nódulos hiperplásicos alveolares, que se desenvolvem de modo crescente até atingirem grandes dimensões exibindo focos neoplásicos no seu interior (MISDORP, 2002). O carcinoma in situ é a lesão pré-maligna mais comum, pois apesar de ser constituído por células atípicas, características de malignidade, não apresenta sinais de infiltração das membranas basais, característica de benignidade (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Em cães e gatos não foi encontrada qualquer associação entre a gestação e a lactação precoces e a diminuição do risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias, como visto em humanos (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003) Fatores Genéticos As mutações genéticas com capacidade para causar tumores ocorrem, mais comumente, nas células somáticas, podendo também ocorrer na linhagem germinal, originando, dessa forma, informação transmitida à descendência (RASSNICK, 2007). Ao longo dos anos, têm-se desenvolvido inúmeros estudos com o objetivo de mapear genes cuja transcrição se traduza em alterações carcinogênicas (LANA et al., 2007). Os oncogenes são responsáveis pela codificação tanto de fatores de crescimento como de receptores celulares para esses fatores, promovendo, desse modo, divisão das células. No entanto, quando sobre expressos, podem conduzir a uma divisão celular descontrolada (MISDORP, 2002). O oncogene HER2 é responsável pela expressão de receptores para fatores de crescimento e foi objeto de vários estudos, onde a hipótese mais aceitável é a de que existe uma sobre expressão do HER2 nos tumores mamários malignos, não se encontrando expresso nas neoplasias mamárias benignas (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Nas gatas, este gene foi reportado como sobre expresso em 59% dos animais com carcinomas mamários, refletindo em um menor período de sobrevivência (LANA et al., 2007). Em tumores mamários caninos a incidência de mutação no gene p53 é variável: 17% em sessenta e nove carcinomas mamários (LANA et al., 2007). A presença desta mutação pode estar associada ao aumento do risco de recorrência e de morte devido à neoplasia (Lana et al., 2007). Na espécie felina, os estudos não apresentaram resultados tão

7 14 consistentes, pois não houve a confirmação da associação entre a malignidade das neoplasias mamárias e a mutação do gene p53 (LANA et al., 2007). As caspases são uma família de enzimas responsáveis pela coordenação do processo apoptótico das células, sendo a caspase-3, um dos seus membros mais importantes. Um estudo identificou um pequeno número de tumores mamários benignos e de carcinomas inflamatórios portadores de caspase-3 (1,3% e 2,3%, respectivamente), detectando, no entanto, uma maior expressão de caspase-3 nos carcinomas primários metastáticos (16,8%) e nas metástases pulmonares (12,2%). Esta disfunção apoptótica permite às células tumorais viverem por um período maior de tempo, contribuindo para a expansão neoplásica (SELMI, 2007). Um estudo das metilações do DNA como promotor do desenvolvimento tumoral em cães revelou que a metilação do gene supressor tumoral caderina-e estava presente tanto em neoplasias mamárias benignas como em malignas (CHUAMMITRI, 2006). Segundo Rutteman e Kirpensteijn (2003) há necessidade de existirem várias alterações genéticas antes de ocorrer a transformação de uma célula normal em uma célula neoplásica. A nível celular, os tecidos mamários neoplásicos malignos surgem, em 50% a 62% dos casos, com alterações (aumento ou diminuição) do conteúdo do DNA (aneuploidia). Também 15% a 25% dos tumores mamários benignos apresentaram aneuploidia, fato que sugere uma possível progressão para a malignidade (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003) Outros Fatores Segundo Rutteman & Kirpensteijn (2003) diversos estudos revelaram um aumento no risco de desenvolvimento de tumores mamários malignos em animais que apresentaram neoplasias benignas. A nutrição vem sendo estudada como mais um fator etiológico de neoplasias mamárias. Estudos recentes demonstram que dietas ricas em gorduras, alimentação exclusiva com dietas caseiras, assim como a obesidade, aumentam de fato o risco de desenvolvimento de tumores mamários nos animais (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Segundo Zhang & Hayek (2006) a ingestão de compostos antioxidantes pode diminuir

8 15 o risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias, sendo recomendada a introdução de frutas cítricas, frutas ricas em carotenóides e vegetais na dieta de cães e gatos. Em cadelas inteiras, a obesidade aos doze meses de idade demonstra ser um fator de risco para o desenvolvimento de tumores mamários (benignos ou malignos) (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). As enzimas cicloxigenase-2 (COX-2) vêm sendo estudadas devido ao seu possível papel como agentes carcinogênicos, pois são responsáveis pela libertação de prostaglandinas que participam na promoção da angiogênese e na inibição da apoptose (MORRISON, 2007). Um estudo realizado em cadelas revelou a ausência de expressão das COX-2 em tecidos mamários normais, verificando, por outro lado, um aumento na sua expressão em 24% dos tumores mamários benignos e em 56% dos malignos, sugerindo o seu possível envolvimento como agente tumorgênico (LANA et al., 2007). Selmi et al. (2007) detectaram a presença de COX-2 em tecidos tumorais por imunorreatividade. Este estudo detectou positividade em 25% dos adenomas, 35% dos carcinomas inflamatórios, 70% dos carcinomas metastáticos primários e 68% das metástases pulmonares. Deste modo, sugere-se o envolvimento das COX-2 na proliferação e no desenvolvimento das neoplasias, contribuindo para a progressão dos tumores mamários das cadelas (SELMI, 2007). Na espécie felina também foram registrados valores elevados das COX-2 em tumores mamários malignos Patologia A glândula mamária consiste em ductos epiteliais e alvéolos situados entre tecido conectivo estromal. Ao redor de cada alvéolo estão as células mioepiteliais. Tumores que crescem de tecidos epiteliais são descritos como simples (apenas elementos epiteliais) ou complexos/mistos (elementos epiteliais e mioepiteliais). Outros tumores benignos, como o lipoma, e mesenquimais malignos, como o mastocitoma, podem ocorrer na glândula mamária, embora não sejam tumores estritamente mamários (MORRIS, 2007). Nos cães, muitos estudos histopatológicos mostram que cerca de 51% dos tumores descritos são benignos, compreendendo entre eles: tumores benignos mistos, fibroadenomas, adenomas simples e complexos, e tumores mesenquimais benignos. (MORRIS, 2007). Cerca de 49% são de caráter maligno, entre eles os principais: carcinomas sólidos, adenocarcinomas tubulares ou papilares, carcinomas anaplásicos, sarcomas, carcinossarcoma e tumores

9 16 malignos mistos. Sabe-se que vários tipos de tumor podem ocorrer na mesma glândula ou afetar diferentes glândulas no mesmo animal (MORRIS, 2007). Em gatos, acima de 80% dos tumores mamários são os carcinomas, sendo o restante constituído principalmente por fibroadenomas. A hiperplasia lobular, assim designadas as massas palpáveis em uma ou mais glândulas, e a hiperplasia fibroepitelial, assim chamada a hipertrofia mamária felina, ocorrem associadas à estimulação hormonal do tecido glandular (MORRIS, 2007). Os tumores benignos não invadem localmente ou apresentam o processo de metástase, mas tendem ao desenvolvimento de tumores múltiplos em cadelas. Após a excisão do nódulo existente, nesta cadeia mamária pode haver o desenvolvimento de novos tumores ou em grupo diferente de glândulas (MORRIS, 2007). Para Morris (2007) os tumores malignos podem se comportar de maneira benigna ou muito maligna. Histologicamente, o achado mais importante dos carcinomas é se o mesmo aparece bem diferenciado e definido ou é infiltrativo e invasivo. Aqueles que apresentam invasão local tendem a sofrer metástase rapidamente para linfonodos locais (inguinal superficial para glândulas axilares caudais, axilares ou cranial esternal para glândulas craniais) e pulmões, embora órgãos abdominais e ossos também possam ser afetados. Em felinos, carcinomas mamários apresentam em geral comportamento agressivo, e com frequência sofrem metástase (MORRIS, 2007). Carcinoma inflamatório é a designação atribuída aos carcinomas mamários que apresentam uma intensa reação inflamatória, não constituindo, deste modo, um tipo isolado de tumor, podendo qualquer tipo de carcinoma ser considerado inflamatório (MISDORP, 2002), ocorrendo em 4% a 18% das neoplasias mamárias (VSSOa, 2008). No entanto, os carcinomas inflamatórios anaplásicos são os mais comuns. O carcinoma inflamatório tem como característica afetar diversas glândulas mamárias e se desenvolver extremamente rápido, apresentando-se na forma de lesões firmes, quentes, dolorosas e mal circunscritas, com edema e eritema marcados (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). A metastização neoplásica classifica-se como regional (linfonodos regionais) ou à distância (via linfática ou sanguínea). A metastização à distância tende a ocorrer primeiramente a nível pulmonar (principalmente nos tumores nas glândulas mamárias mais caudais), podendo depois surgir ao nível dos linfonodos pré-escapulares, esternais ou inguinais profundos e/ou a nível hepático, renal e, menos freqüentemente, ósseo, cardíaco ou na pele (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003; VSSOa, 2008).

10 Epidemiologia Segundo Misdorp (2002) as cadelas de raça pura apresentam maior prevalência deste tipo de neoplasia, se comparados com as fêmeas sem raça definida. Cães da raça Pastor Alemão têm sido associados a um risco acrescido para as neoplasias mamárias malignas (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Porém, todas as raças podem ser acometidas (MORRIS, 2007) Em um recente estudo, nota-se a relação entre a incidência de tumores mamários e o tamanho da raça canina, segundo Itoh et al. (2005). Cerca de 25% das cadelas de raça pequena, as neoplasias apresentam-se histologicamente malignas, enquanto nas de raça média a grandes, os tumores malignos afetam cerca de 58% das fêmeas. Quanto às gatas, estudos epidemiológicos revelaram a existência de predisposição racial para o desenvolvimento desta neoplasia, uma vez que as raças Americano de pêlo curto e Siamês apresentaram maiores taxas de incidência que as outras raças (LANA et al., 2007; MISDROP, 2002; MORRIS, 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Em particular, os gatos siameses podem ter um risco de até duas vezes maior quando comparado às outras raças, e nos mesmos, esta patologia parece ocorrer mais precocemente, verificando-se como idade média de aparecimento os 9 anos de vida (LANA et al., 2007; MISDROP, 2002) Aspectos Clínicos Os tumores mamários em geral são discretos, firmes e nodulares, podendo ocorrer em qualquer região da cadeia mamária. O tamanho é extremamente variável, podendo ter alguns milímetros a vários centímetros de diâmetro. Podem acometer múltiplas glândulas em mais da metade dos casos. Os tumores podem aderir à pele, mas normalmente não estão aderidos à parede abdominal subjacente (NELSON & COUTO, 2010) Os tumores malignos tendem mais que os benignos a aderirem à parede abdominal e ficarem cobertos por pele ulcerada. Os linfonodos regionais (axilares ou inguinais) tendem a estar aumentados de volume se houver metástase (NELSON & COUTO, 2010).

11 Cães Nas cadelas, os tumores da glândula mamária surgem como nódulos associados ao mamilo ou, mais frequentemente, ao tecido glandular (LANA et al., 2007). Os cães possuem duas cadeias mamárias, divididas em direita e esquerda, cada uma delas com cinco glândulas: glândula torácica cranial (T1), torácica caudal (T2), glândula abdominal cranial (A1), abdominal caudal (A2) e uma inguinal (I1), como mostra a Figura 1. Qualquer uma delas pode ser foco de um ou mais tumores. Cerca de 70% das neoplasias ocorrem nas glândulas mamárias A2 e I1, devido a apresentarem maior volume de tecido glandular que as demais glândulas mamárias (LANA et al., 2007). Figura 1. Classificação das glândulas mamárias caninas Fonte: PINTO, Aproximadamente 50% dos casos neoplásicos aparecem à primeira consulta como lesões múltiplas e com rápida progressão do tumor (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Embora seja impossível estabelecer um diagnóstico de malignidade exclusivamente com base no aspecto macroscópico da neoplasia, existem algumas características que podem ser usadas como indicadores de um comportamento maligno, são eles: crescimento rápido, margens mal definidas, fixação à pele e aos tecidos adjacentes, ulceração e inflamação intensa, linfadenomegalia regional e a dispnéia (LANA et al., 2007; MISDORP et al., 1999; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). A presença de um ou mais destes sinais indica um risco acrescido de se tratar de uma neoplasia maligna (LANA et al.,

12 ). No entanto, a sua ausência não garante a benignidade da lesão (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). De mesmo modo, o crescimento lento de lesões bem delimitadas sugere a presença de neoplasias benignas, hiperplasias ou displasias (MISDORP et al., 1999). A Figura 2 apresenta uma cadela da raça Poodle com uma neoplasia mamária com sinais indicadores de comportamento maligno. Figura 2. Neoplasia mamária de aspecto maligno (ulcerado) em cadela da raça Poodle. Fonte: BRANQUINHO, Em alguns casos pode haver constipação devido à compressão do cólon pelos linfonodos ilíacos internos, quando aumentados devido à metástase, porém esse achado é considerado raro (LANA et al., 2007). Outros sintomas característicos são: febre, caquexia, anemia e neuropatias periféricas devido às síndromes paraneoplásicas decorrentes também das neoplasias mamárias (MORRISON, 2007; NELSON & COUTO, 2010; SELLON, 2008). Por vezes há também edema pronunciado nos membros adjacentes às lesões neoplásicas, causado pela obstrução do sistema linfático que conduz à acumulação de linfa nas extremidades (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Cadelas que apresentam carcinoma inflamatório tendem a apresentar fraqueza generalizada. Estudos revelaram que os animais com intensa reação inflamatória peritumoral apresentavam dor, um sintoma que apenas ocorria em 16% dos animais sem reação inflamatória (LANA et al., 2007). Lana et al. (2007) relatam a total ausência de receptores para estrogênio nos carcinomas inflamatórios. Devido ao seu comportamento agressivo, a infiltração no sistema linfático, e consequente metastização, ocorre de um modo extremamente rápido (LANA et al.,

13 ). Acredita-se que mesmo sem sinais radiográficos, todos os cães com carcinoma inflamatório possuem metástases sistêmicas (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003) Gatos Diferentemente dos cães, os gatos possuem quatro pares de glândulas mamárias, dois torácicos, o torácico cranial (T1) e o torácico caudal (T2), e dois abdominais, o abdominal cranial (A1) e abdominal caudal (A2). Qualquer uma das glândulas mamárias apresenta probabilidade igual de ser foco de um processo neoplásico (LANA et al., 2007). Na maioria dos casos apresentam várias glândulas envolvidas (MISDORP, 2002). A Figura 3 ilustra a classificação das glândulas mamárias felinas de acordo com a posição anatômica. Figura 3. Classificação das glândulas mamárias felinas Fonte: NORSWORTHY et al., (2006) Em gatas, geralmente quando a neoplasia mamária é verificada na consulta, apresentam-se em estado avançado de desenvolvimento da neoplasia, assim como ocorre em cadelas (LANA et al., 2007). As neoplasias de comportamento mais agressivo ou de grandes dimensões têm uma elevada tendência para aderir à pele e/ou à parede abdominal e cerca de 25% apresentam caráter ulcerativo, como mostra na Figura 4 (LANA et al., 2007; NELSON & COUTO, 2010; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Quando há envolvimento dos mamilos, estes podem apresentar vermelhidão, edema, e exsudado amarelo (LANA et al., 2007).

14 21 Devido ao frequente desenvolvimento metastático deste tipo de tumor, a sintomatologia respiratória pode estar presente como consequência de carcinomatose pleural com efusão, contendo muitas vezes células malignas (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Figura 4. Carcinoma mamário felino ulcerado. Fonte: NORTH, Diagnóstico A primeira abordagem de um paciente idoso com nódulos mamários deve consistir de exame físico minucioso, não apenas da glândula mamária afetada, mas também na investigação da cadeia mamária completa, além de avaliar o estado clínico geral do animal. É recomendada a coleta de material para a realização de exames complementares laboratoriais como hemograma completo e bioquímicos, urinálise, aconselhando-se também a realização de provas de coagulação no caso de existir reação inflamatória intensa, uma vez que esta é causa frequente de coagulação intravascular disseminada (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). As alterações sanguíneas que podem ocorrer devido às síndromes paraneoplásicas nos animais com neoplasias mamárias são: trombocitose, eosinofilia (particularmente no carcinoma anaplásico), basofilia, hipoglicemia e hipercalcemia (MORRISON, 2007; SELLON, 2008). O método mais rápido e acessível para avaliar a presença de trombocitopatias é através da medição do tempo de preenchimento capilar da mucosa oral. Estas análises permitem ainda avaliar a função geral dos órgãos, de modo a auxiliar a

15 22 pesquisa de desenvolvimento metastático em casos de confirmação de neoplasia mamária (SELLON, 2008) Outros parâmetros devem ser levados em consideração e registrados, são eles: consistência, número, local, dimensão e rapidez de desenvolvimento das lesões, assim como eventuais sinais de aderência aos tecidos envolvidos, deformações dos mamilos e ulceração da pele (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Um bom exame clínico envolve o exame dos linfonodos regionais, principalmente dos axilares e inguinais superficiais, verificando quanto ao tamanho e consistência e, caso os mesmos sejam considerados suspeitos, devem ser analisados, por BAAF (biópsia aspirativa por agulha fina) ou biópsia, para pesquisa de infiltração tumoral (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Apesar da porcentagem de linfonodos regionais com infiltração tumoral ser razoável (até 50%), poucos são os que se encontram hipertrofiados, apenas 20% (LIPTAK, 2008). Mesmo que não haja envolvimento dos linfonodos regionais no processo neoplásico, pode haver dispersão tumoral sanguínea com metastização à distância (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). A realização de duas a três projeções radiográficas do tórax (ventrodorsal e laterolaterais esquerda e direita) é essencial para avaliar a presença de metástases pulmonares e pleurais. Na análise radiográfica, a metastização pulmonar surge como áreas de densidade intersticial como mostra a Figura 5 (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Na espécie felina, os tumores mamários são particularmente agressivos, sendo mais frequente a metastização pulmonar que a metastização regional (MOORE, 2006). Efusão pleural está presente com relativa frequência e, em menor frequência, também a linfadenopatia esternal (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Sempre que haja remoção do fluido pleural, deve realizar-se uma citologia do mesmo, de forma a pesquisar a presença de células neoplásicas malignas (OGILVIE, 2005). Caso as neoplasias mamárias estejam localizadas nos dois pares de glândulas mais caudais é indicado pesquisar a presença de linfadenopatia metastática sublombar através de radiografia abdominal ou ultrassonografia (LANA et al., 2007). Uma média de 25% dos gatos apresenta metástases abdominais em alguma fase do desenvolvimento do processo neoplásico (BERGMAN, 2007). Nos cães, através de toque retal pode ser possível detectar o aumento do linfonodo ilíaco interno devido a metástases no mesmo (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003).

16 23 A avaliação através do ultrassom para neoplasias mamárias tem como objetivo encontrar características ecográficas que permitam a distinção entre tumores benignos e malignos. As neoplasias mamárias são avaliadas ecograficamente através de modo B e do modo doppler verificando uma maior irregularidade na forma dos tumores malignos e um aumento do número de áreas anecogênicas e de áreas de vascularização, se comparados com os tumores benignos. A maioria apresenta imagem hiperecogênica possuindo, por vezes, zonas de mineralização focal (NOVELLAS et al.,2007). A biópsia excisional é o método de escolha para a confirmação do diagnóstico, segundo NELSON & COUTO (2010). Figura 5. Raio-X indicando presença de metástase pulmonar em um gato com carcinoma mamário Fonte: NORTH, Diagnósticos diferenciais Segundo Liptak (2008) e Misdorp et al. (1999) os diagnósticos diferenciais para nódulos mamários são: tumores mamários malignos, tumores mamários benignos, tumores cutâneos e subcutâneos, mastites, hiperplasias ou displasias mamárias. As hiperplasias/displasias mamárias consistem num conjunto de lesões proliferativas e/ou degenerativas da glândula mamária que, apesar de serem alterações não neoplásicas de comportamento benigno, podem confundir-se com alterações malignas, segundo MISDORP et al.(1999). A hiperplasia fibroepitelial também é considerada um diagnóstico diferencial, já que aparece com relativa frequência em gatas jovens, normalmente com menos de dois anos

17 24 de idade, desenvolvendo-se de forma rápida e exuberante e associada a uma estimulação exagerada da glândula mamária por parte dos hormônios sexuais. Portanto, aparece com frequência logo após o primeiro estro, muitas vezes silencioso, ou durante a gravidez (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Para distinguir a neoplasia mamária dos diagnósticos diferenciais mencionados é necessária a sua avaliação microscópica, através da citologia ou histopatologia, para se estabelecer um diagnóstico conclusivo (LANA et al., 2007; MISDORP et al., 1999). A citologia por punção aspirativa de agulha fina, em lesões preferencialmente sólidas e não císticas, é bastante utilizada por citologistas experientes no diagnóstico de patologias mamárias (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). A avaliação citológica destas amostras tem uma sensibilidade de 65% e uma especificidade de 94% (MISDORP, 2002). No entanto, muitos tumores malignos possuem poucos sinais citológicos indicativos da sua malignidade, podendo muitas vezes ser erroneamente diagnosticados de natureza benigna (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Além disso, muitos processos tumorais possuem áreas de diferentes tipos de tumores, podendo coexistir as neoplasias benignas e malignas (QUEIROGA, 2008). A exatidão desta diferenciação é baixa (19%) (MISDORP, 2002). O exame citológico é um método muito eficaz para diferenciar as mastites (ou outras lesões não neoplásicas) das neoplasias, uma vez que estas, ao contrário das primeiras, possuem poucas células inflamatórias e numerosos aglomerados de células epiteliais de grandes dimensões resultantes da esfoliação tumoral (MEUTEN, 2005). Este tipo de exame também é muito útil para diferenciar neoplasias mamárias de outras neoplasias, como lipomas ou mastocitomas, carcinomas inflamatórios, ou para identificar a presença de infiltração neoplásica nos linfonodos regionais (VSSOa, 2008). A melhor forma de diagnóstico para determinar o grau de malignidade dos tumores mamários é através da avaliação histopatológica, realizando a extirpação cirúrgica das massas e enviando a mesma para análise (MISDORP et al., 1999). A biópsia pré-cirúrgica das massas neoplásicas não apresenta considerável vantagem para o clínico uma vez que, a grande maioria dos casos tem como primeira abordagem terapêutica a excisão cirúrgica dos nódulos e por outro lado, principalmente em felinos, a maioria dos tumores mamários são histologicamente malignos e, portanto apresentam indicação para remoção cirúrgica (LANA et al., 2007). Há apenas duas situações em que deve ser ponderada a biópsia pré-cirúrgica: quando a possibilidade de excisão dos nódulos é questionável e nos casos em que os proprietários não têm disponibilidade para avançar com o tratamento cirúrgico (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). A biópsia

18 25 deve ser feita de modo que o local incisado possa ser removido na sua totalidade como quando realizada a cirurgia de excisão tumoral (RASSNICK, 2007). O exame histopatológico se diferencia pela capacidade de identificar o tipo de tumor; o tipo de crescimento (intraductal, infiltrativo ou invasivo) e, concomitantemente, o grau de infiltração dos tecidos e vasos envolventes. O exame histopatológico avalia os detalhes da histomorfologia tumoral (presença ou ausência de pleomorfismo, grau de diferenciação, índice mitótico, presença ou ausência de necrose) e avalia se há possibilidade de uma excisão completa da neoplasia. Deste modo, todos estes parâmetros devem ser incluídos no relatório histopatológico enviado ao médico veterinário (MISDORP et al., 1999; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). O diagnóstico histopatológico de malignidade é possível pela observação de uma ou mais das seguintes características microscópicas (MISDORP, 2002): Crescimento infiltrativo/destrutivo para os tecidos adjacentes; Invasão dos vasos sanguíneos e linfáticos. Descontinuidade ou ausência das membranas basais; Focos de necrose; Elevados índices de figuras mitóticas; Elevadas quantidades de marcadores de proliferação AgNORs (Regiões Organizadoras Nucleolares Argirofílicas) e PCNA (Antígeno Nuclear de Proliferação Celular); Grande proporção de aneuploidia do DNA; Presença de anaplasia e pleomorfismo celular e nuclear (mais comum nos tumores malignos que nos benignos). O pleomorfismo, presença de diferentes tipos de células, organizadas ou não, pode ser observado tanto em neoplasias mamárias malignas como nas benignas (MISDORP, 2002). Mesmo através da análise histopatológica, o diagnóstico de malignidade é dificultado pela presença de estruturas histomorfológicas que podem sugerir um grau de malignidade superior ao que realmente apresenta. Isso ocorre devido a focos de elevado índice mitótico, células de metaplasia escamosa, pseudo-infiltração de células epiteliais em matrizes de tecido fibroso reativo, atipia nuclear, cartilagem ou osso ou desordem estrutural presente em alguns tumores complexos (MISDORP et al., 1999).

19 Sistema de Estadiamento O estadiamento clínico dos tumores mamários é importante para tomar a decisão quanto à abordagem terapêutica a ser usada conforme cada caso (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Portanto, antes da cirurgia é fundamental realizar o estadiamento clínico através do sistema TNM ( tumor-node-metastasis ), que estabelece uma estrutura lógica de base para o estadiamento bem como informações importantes para o seu prognóstico. Essa classificação para tumores mamários foi estabelecida em 1980 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e utiliza três parâmetros para avaliação: tamanho do tumor primário, metastização dos linfonodos regionais (inguinais superficiais e axilares) e metastização à distância (FOALE, 2011; LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Através da classificação TNM mostrada no Quadro 1, a determinação do prognóstico dos tumores mamários é facilitada (FOALE, 2011; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). A partir das divisões apresentadas no Quadro1, cinco diferentes fases da doença podem ser estabelecidas como apresentado no Quadro 2 (FOALE, 2011). T1 T2 T3 N0 N1 M0 M1 Quadro 1. Classificação TNM de tumores mamários Tumor maior que 3 cm de diâmetro Tumor entre 3-5 cm de diâmetro Tumor maior que 5 cm de diâmetro Não detectada metástase em linfonodo pela citologia ou histologia Metástase em linfonodo detectada pela citologia ou histologia Não detectadas metástases distantes Detectadas metástases distantes Fonte: FOALE, 2011.

20 27 Quadro 2. Cinco diferentes estágios da doença identificados pelo TNM Estágio I T1N0M0 Estágio II Estágio III Estágio IV Estágio V Fonte: FOALE, T2N0M0 T3N0M0 Qualquer TN1M0 Qualquer TN1M Tratamento A abordagem terapêutica de referência para os tumores mamários, tanto nos cães como nos gatos, é a excisão cirúrgica, com exceção dos casos de neoplasias inoperáveis, tais como os carcinomas inflamatórios e os nódulos de grandes dimensões ou nas situações em que são detectadas metástases à distância (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002). Em animais com tumores metastizados à distância há indicação cirúrgica quando estes causarem um grande desconforto ao paciente, principalmente quando os nódulos estiverem muito grandes e/ou ulcerados, mas apenas como terapia paliativa (LIPTAK, 2008). Por outro lado, a estratégia de ignorar os pequenos nódulos indolentes pode converter uma condição operável numa condição inoperável devido à invasão local e metastização (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Por vezes os nódulos mamários podem surgir em glândulas em lactação com mastite, dificultando a avaliação concreta da extensão da lesão. Nestes animais deve iniciarse, em primeiro lugar, uma terapia antibiótica e supressora da lactação (inibidores da prolactina) de modo a, posteriormente, avaliar-se corretamente as lesões (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003) Cirurgia

21 28 I. Cães A excisão cirúrgica dos nódulos ou neoplasias mamárias é um dos principais métodos terapêuticos escolhidos, porém há uma variedade de terapias utilizadas mediante a situação de cada caso clínico (LANA et al., 2007). Em neoplasias benignas, a excisão cirúrgica permite a cura da doença, mesmo que as margens de tecido não neoplásico ao redor da massa extirpada sejam reduzidas. No entanto, quando houver incerteza do grau de malignidade da lesão, é aconselhada a retirada dos nódulos com uma margem de pelo menos 3 cm de tecido limpo ao redor (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Os tumores que apresentarem fixação aos tecidos adjacentes devem ser removidos em conjunto com a primeira fáscia de tecido não infiltrado subjacente à neoplasia (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Existem diferentes tipos de técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas na extirpação dos tumores mamários, variando de autor para autor. Alguns defendem a utilização de procedimentos cirúrgicos mais conservadores devido à diminuição da morbidade e do tempo e custo do tratamento, enquanto outros defendem a utilização de técnicas mais invasivas, pois diminuem o risco de recorrência local (LANA et al., 2007). A escolha da técnica deve atentar a fatores como o tamanho, número, grau de infiltração e localização dos nódulos, bem como a avaliação dos linfonodos regionais (MISDORP, 2002). Segundo Lana et al (2007) e Rassnick (2007) o principal objetivo do cirurgião num paciente com neoplasia mamária é a extirpação completa das massas tumorais com margens livres de tecido neoplásico através da técnica mais simples, não descurando a possível extensão da neoplasia pelo sistema linfático local. i. Técnicas cirúrgicas: a) Lumpectomia ou Nodulectomia: indicada para nódulos únicos, com até 1 cm de diâmetro, firmes, superficiais e sem aderência aos tecidos adjacentes (geralmente benigna). Deve haver remoção de uma pequena porção de tecido normal em torno deste. Este procedimento nunca deve ser utilizado em casos de nódulos anteriormente diagnosticados como malignos (FOALE, 2011; LANA et al., 2007).

22 29 b) Mastectomia simples: indicada para nódulos centrados no interior de uma única glândula mamária, com diâmetro superior a 1 cm e que apresentem alguma fixação à pele ou às fáscias subjacentes (LANA et al., 2007). A técnica consiste na remoção total de uma glândula mamária, assim como parte da pele e/ou fáscias abdominais caso estejam envolvidas. Misdorp (2002) afirma que se o tumor mamário for maligno e atingir a circulação linfática, a lumpectomia e a mastectomia simples apresentam um risco maior de ocorrência de recidiva local. c) Mastectomia regional: indicada para nódulos mamários que afetam mais do que uma glândula mamária ou caso haja diagnóstico histopatológico de neoplasia maligna. Esta técnica necessita de maior conhecimento das conexões linfáticas entre as diferentes glândulas mamárias. A drenagem linfática pode ocorrer entre qualquer uma das glândulas da mesma cadeia mamária (esquerda ou direita), porém, existe uma conexão maior entre as glândulas T1 e T2 e entre as glândulas A2 e I1. As glândulas T1, T2, A1 e, ocasionalmente, A2 drenam para o linfonodo esternal cranial ou diretamente para o linfonodo axilar e deste para a veia jugular, enquanto os linfonodos inguinais superficiais recebem a linfa das glândulas A1, A2, I1 e, ocasionalmente T2 (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Estes últimos drenarão para os linfonodos ilíacos mediais, destes para os troncos lombares, ducto torácico e, finalmente, veia jugular (LANA et al., 2007). A mastectomia regional consiste na remoção de parte de uma ou de ambas as cadeias mamárias, com base nas relações de comunicação linfática entre as diferentes glândulas. Sendo assim, deve ser feita a remoção das glândulas T1, T2 e A1 em bloco (mastectomia regional cranial), caso o tumor esteja localizado em qualquer uma delas e, do mesmo modo, removidas as glândulas A2 e I1 e o respectivo linfonodo inguinal superficial (mastectomia regional caudal), caso a neoplasia apresente esta localização (LANA et al., 2007). d) Mastectomia unilateral ou bilateral: recomendada em casos que apresentam múltiplos tumores em diversas glândulas mamárias de uma só cadeia (mastectomia unilateral) ou de ambas as cadeias mamárias (mastectomia bilateral), ou caso o animal apresente tumores de grandes dimensões em uma ou em ambas as cadeias (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002). Para Misdorp (2002) esta técnica deve ser realizada também caso o nódulo apresente sinais de malignidade, como fixação e ulceração. Se for necessário realizar uma mastectomia bilateral, esta deve ser feita em duas fases, de preferência realizando duas mastectomias unilaterais com intervalos de

23 30 duas a seis semanas entre elas, pois desta forma, o procedimento tem melhor aceitação e recuperação pelo animal (LANA et al., 2007; VSSOa, 2008). e) Remoção dos linfonodos: a remoção dos linfonodos axilar e inguinal superficial deve ser feita apenas quando este estiver aumentado ou houver positividade para a presença de infiltração tumoral. Por vezes, o linfonodo inguinal superficial poderá ser removido profilaticamente, sempre que a glândula mamária I1 seja removida, uma vez que está diretamente associado a ela (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). II. Gatos Diferentemente dos cães, na espécie felina geralmente são indicadas a técnicas cirúrgicas mais agressivas, como a mastectomia unilateral ou bilateral (LANA et al., 2007; MOORE, 2006; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003) devido à elevada incidência de tumores mamários malignos e ao comportamento tipicamente invasivo na maioria dos casos, reduzindo assim, o risco de recorrência local, que acomete 2/3 dos pacientes quando se opta por cirurgias mais conservativas (MISDORP, 2002; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Portanto, se o tumor afetar apenas uma cadeia mamária (esquerda ou direita) deve realizar-se a respectiva mastectomia unilateral; se afetar ambas as cadeias, deve realizar-se uma mastectomia bilateral ou duas mastectomias unilaterais com intervalos de duas a seis semanas, dependente a quantidade de pele disponível (LANA et al., 2007). Sempre que houver à extirpação de qualquer uma das glândulas mamárias do par mais caudal, deve-se remover juntamente o linfonodo inguinal superficial ipsilateral, enquanto o linfonodo axilar só deve ser removido caso hipertrofiado ou positivo para a presença de células neoplásicas (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). A remoção profilática do linfonodo axilar, assim como o procedimento de ovariohisterectomia conjuntamente com a mastectomia, não demonstrou benefícios terapêuticos (LANA et al., 2007).

24 31 III. Cães e Gatos Algumas precauções devem ser tomadas quando se opta por um procedimento oncológico mamário: as cicatrizes das mastectomias anteriores ou locais das biópsias devem ser completamente removidas; a manipulação dos tecidos neoplásicos deve ser a mínima possível; os tecidos limítrofes das glândulas mamárias removidas devem ser manipulados com instrumentos cirúrgicos e não manualmente; não deve haver pressão sobre os nódulos quando estiverem sendo removidos, devido ao risco de originar trombos pela passagem de células tumorais para a circulação sanguínea; o campo cirúrgico deve ser abundantemente lavado após a remoção do tumor de modo a eliminar possíveis células esfoliadas a partir do mesmo; e o tumor deve considerado material contaminado (OGILVIE, 2005). Após o procedimento cirúrgico deve haver acompanhamento dos pacientes quanto à recorrência local e ao envolvimento dos linfonodos regionais um mês após a cirurgia, repetindo-se a avaliação a cada três meses durante o primeiro ano e, posteriormente, a cada seis meses (RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Caso o diagnóstico classifique a neoplasia como maligna, devem ser realizados ultrassonografias abdominais e radiografias torácicas a cada seis meses após a mastectomia (LIPTAK, 2008) Quimioterapia Todos os animais que possuírem um risco elevado de desenvolvimento de carcinomas ou sarcomas metastáticos devido à presença de fatores agravadores do prognóstico devem receber uma terapêutica adjuvante com quimioterápicos, discutindo previamente os prós e os contras com os proprietários dos pacientes (BERGMAN, 2007). Em cães é escassa a quantidade de informação quanto à eficácia da quimioterapia e seus compostos sobre os tumores mamários. A doxorrubicina, a cisplatina, a carboplatina, o 5-flurouracil e ciclofosfamida revelaram eficácia antitumoral em estudos in vitro apenas, não havendo muitos dados significativos in vivo (LANA et al., 2007; RASSNICK, 2005; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Em um estudo segundo Karayannopoulou et al. (2001), animais submetidos à cirurgia de excisão tumoral por mastectomia, e que receberam terapia adjuvante com

25 32 quimioterápicos: ciclofosfamida (100mg/m2 IV SID por 4 semanas) e concomitantemente 5- fluorouracil (150mg/m2 SID por 4 semanas) apresentou um aumento do período livre de doença de dois para 24 meses e do período de sobrevivência de seis para 24 meses, se comparado a animais submetidos apenas à mastectomia. A ciclofosfamida indicada para estes pacientes é ativada pelo fígado e excretada pelos rins, o que torna essencial a avaliação prévia das funções renal e hepática para o início da terapia (SMITH, 2005). Outro quimioterápico que tem sido empregado com sucesso no tratamento de pacientes oncológicos é o paclitaxel, um inibidor mitótico indicado em casos de carcinoma mamário metastático canino e felino (KITTCHELL, 2008). Sua dose recomendada é de 80 mg/m 2 em infusão lenta, sendo necessária atenção a qualquer manifestação de anafilaxia. Para que não haja qualquer complicação relacionada à reação anafilática, é recomendada a adoção de um protocolo pré medicamentoso cinco dias antes do início da quimioterapia com prednisolona (5 mg/animal VO SID), difenidramina (1 mg/kg VO BID) e famotidina (0,5 mg/kg VO SID). Imediatamente antes do início da infusão, é recomendado administrar fosfato de dexametasona sódica (2 mg/kg em bólus IV), difenidramina (4 mg/kg IM) e famotidina (1 mg/kg IV) (KITTCHELL, 2008). Para a espécie felina existem dois protocolos quimioterápicos que induziram uma resposta em curto prazo em mais da metade dos animais estudados com desenvolvimento metastático à distância ou com neoplasias inoperáveis (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). São eles: 1) doxorrubicina (25mg/m2 IV lento, cada 3 semanas); ou 2) doxorrubicina (25mg/m2 IV lento, cada 3 semanas) + ciclofosfamida (50 a 100mg/m2 administrados nos dias 3, 4, 5 e 6 após a doxorrubicina). Com o emprego destes protocolos foi observada a regressão tumoral superior a 50% em nove de quatorze gatas sujeitas ao protocolo 1 e em sete de quatorze gatas sujeitas ao protocolo 2, no entanto, não havendo grande variação na esperança média de vida se comparado aos animais não sujeitos a quimioterapia (LANA et al., 2007; RUTTEMAN & KIRPENSTEIJN, 2003). Em estudo que avaliou a eficácia da doxorrubicina como agente citostático único no tratamento das neoplasias mamárias, cerca de 67 gatas estudadas foram sujeitas à excisão cirúrgica da neoplasia mamária seguida de uma dose de 1mg/Kg de doxorrubicina intravenosa a cada três semanas, num total de cinco tratamentos. O acompanhamento destas gatas revelou um período médio de sobrevivência de 448 dias, com 59% dos animais vivos ao fim de um ano, 37% vivos ao fim de dois anos e 17% vivos ao fim de cinco anos. O período médio livre de doença foi de 255 dias (LANA et al., 2007). O principal efeito colateral destes protocolos é

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 14. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 14. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 14 Profª. Lívia Bahia Controle do câncer do colo do útero e de mama na Atenção Básica Controle do câncer da mama O câncer de mama é o mais incidente em

Leia mais

Neoplasias. Benignas. Neoplasias. Malignas. Características macroscópicas e microscópicas permitem diferenciação.

Neoplasias. Benignas. Neoplasias. Malignas. Características macroscópicas e microscópicas permitem diferenciação. - Neoplasias- Neoplasias Benignas Neoplasias Malignas Características macroscópicas e microscópicas permitem diferenciação. Neoplasias Neoplasias Benignas PONTO DE VISTA CLÍNICO, EVOLUTIVO E DE COMPORTAMENTO

Leia mais

05/01/2016. Letícia Coutinho Lopes 1. Definição Fibroma Ossificante Epidemiologia Oncogênese

05/01/2016. Letícia Coutinho Lopes 1. Definição Fibroma Ossificante Epidemiologia Oncogênese Neoplasias Tópicos da Aula A. Neoplasia B. Carcinogênese C. Tipos de Neoplasia D. Características das Neoplasias E. Invasão e Metástase 2 Definição Fibroma Ossificante Epidemiologia Oncogênese A. Neoplasia

Leia mais

Anais do 38º CBA, p.1751

Anais do 38º CBA, p.1751 LEVANTAMENTO RETROSPECTIVO DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS NA CIDADE DE TERESINA-PI RETROSPECTIVE SURVEY OF MAMMARY NEOPLASMS IN BITCHES IN THE CITY OF TERESINA-PI Alinne Rosa de Melo CARVALHO 1 ; Werner

Leia mais

CARCINOMA TUBULOPAPILAR DE MAMA EM FELINO RELATO DE CASO

CARCINOMA TUBULOPAPILAR DE MAMA EM FELINO RELATO DE CASO CARCINOMA TUBULOPAPILAR DE MAMA EM FELINO RELATO DE CASO SCOPEL, Débora¹; SILVA, Cristine Cioato da¹; FORTES, Tanise Pacheco¹; NUNES, Fernanda Camargo¹; SPRANDEL, Lucimara¹; N-GUIM, Tainã ²; FERNANDES,

Leia mais

DIAGNÓSTICO DE TUMORES DE MAMA: PARTE II

DIAGNÓSTICO DE TUMORES DE MAMA: PARTE II DIAGNÓSTICO DE TUMORES DE MAMA: PARTE II EXAME HISTOPATOLÓGICO O exame histopatológico de biópsias incisionais ou excisionais é o método de diagnóstico mais seguro. Além de facilitar a classificação da

Leia mais

AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS (Ultrasonographic evaluation of mammary gland tumour in dogs)

AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS (Ultrasonographic evaluation of mammary gland tumour in dogs) 1 AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS (Ultrasonographic evaluation of mammary gland tumour in dogs) Daniela da Silva Pereira CAMPINHO 1 ; Priscilla Bartolomeu ARAÚJO 1, Francine

Leia mais

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha. Tumores renais 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha As neoplasias do trato urinário em crianças quase sempre são malignas e localizam-se, em sua maioria, no rim. Os tumores de bexiga e uretra são bastante

Leia mais

ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES 1

ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES 1 ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES 1 Bruna Da Rosa Santos 2, Maria Andréia Inkelmann 3, Jerusa Zborowski Valvassori 4, Jessica Chiogna Ascoli 5. 1 PROJETO DE PESQUISA REALIZADO NO CURSO DE MEDICINA

Leia mais

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Mulher de 54 anos de idade, pré-menopausa, apresenta mamografia com lesão sólida de 1,3 cm no quadrante superior externo de mama esquerda e calcificações difusas

Leia mais

Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar. Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018

Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar. Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018 Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018 1 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GESTAÇÃO / LACTAÇÃO INDICAÇÃO DO EXAME ALTERAÇÕES BENIGNAS CÂNCER RELACIONADO

Leia mais

SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS EM EQUINOS

SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS EM EQUINOS SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS EM EQUINOS INTRODUÇÃO A expansão neoplásica pode comprimir o tecido normal adjacente ou bloquear seu suprimento sanguíneo, tanto na origem quanto em sítios metastáticos, resultando

Leia mais

Sistemas CAD em Patologia Mamária

Sistemas CAD em Patologia Mamária Sistemas CAD em Patologia Mamária Porto, 18 de Setembro de 2008 Sistemas CAD em Patologia Mamária Disciplina: Trabalhos Práticos Curso: Mestrado em Engenharia Biomédica da Universidade do Porto Aluna:

Leia mais

ADENOCARCINOMA SIMPLES TUBULOPAPILAR RELATO DE CASO SIMPLE ADENOCARCINOMA TUBULOPAPILLARY - CASE

ADENOCARCINOMA SIMPLES TUBULOPAPILAR RELATO DE CASO SIMPLE ADENOCARCINOMA TUBULOPAPILLARY - CASE 55 ISSN: 23170336 ADENOCARCINOMA SIMPLES TUBULOPAPILAR RELATO DE CASO Anelise Romera Ferraz 1, Dayane Rodrigues de Morais 1, Dheywid Karlos Mattos Silva 2, Flávia Barbieri Bacha 2 Resumo: As neoplasias

Leia mais

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein Tumores Ginecológicos Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein Tumores Ginecológicos Colo de útero Endométrio Ovário Sarcomas do corpo uterino Câncer de

Leia mais

Clínica Universitária de Radiologia. Reunião Bibliográfica. Mafalda Magalhães Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves

Clínica Universitária de Radiologia. Reunião Bibliográfica. Mafalda Magalhães Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves + Clínica Universitária de Radiologia Reunião Bibliográfica Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves Mafalda Magalhães 14-03-2016 + Introdução RM Mamária: Rastreio de cancro da mama em populações de alto

Leia mais

M.V. Natália Oyafuso Da Cruz Pet Care Centro Oncológico SP

M.V. Natália Oyafuso Da Cruz Pet Care Centro Oncológico SP M.V. Natália Oyafuso Da Cruz Pet Care Centro Oncológico SP 2018 Hiperadrenocorticismo hipófise dependente Hiperadrenocorticismo adrenal dependente Radioterapia para Hiperadrenocorticismo, tem indicação?

Leia mais

UNIPAC. Universidade Presidente Antônio Carlos. Faculdade de Medicina de Juiz de Fora PATOLOGIA GERAL. Prof. Dr. Pietro Mainenti

UNIPAC. Universidade Presidente Antônio Carlos. Faculdade de Medicina de Juiz de Fora PATOLOGIA GERAL. Prof. Dr. Pietro Mainenti UNIPAC Universidade Presidente Antônio Carlos Faculdade de Medicina de Juiz de Fora PATOLOGIA GERAL Prof. Dr. Pietro Mainenti Disciplina: Patologia Geral I II V conceitos básicos alterações celulares e

Leia mais

FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSSARCOMA E LIPOMA EM CADELA RELATO DE CASO FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSARCOMA AND LIPOMA IN BITCH - CASE REPORT

FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSSARCOMA E LIPOMA EM CADELA RELATO DE CASO FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSARCOMA AND LIPOMA IN BITCH - CASE REPORT FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSSARCOMA E LIPOMA EM CADELA RELATO DE CASO FIBROADENOCARCINOMA, CARCINOSARCOMA AND LIPOMA IN BITCH - CASE REPORT 1 SARA LETÍCIA DOS SANTOS ANDRADE¹, SUELLEN BARBOSA DA GAMA

Leia mais

Campus Universitário s/n Caixa Postal 354 CEP Universidade Federal de Pelotas.

Campus Universitário s/n Caixa Postal 354 CEP Universidade Federal de Pelotas. ESTUDO RETROSPECTIVO DAS NEOPLASIAS PULMONARES DIAGNOSTICADAS NO SETOR DE RADIODIAGNÓSTICO DO HCV-UFPel NO PERÍODO DE FEVEREIRO DE 2003 A AGOSTO DE 2006. XAVIER 1 *, Fernanda da Silva; SPADER 1, Melissa

Leia mais

O diagnóstico. cutâneas. Neoplasias Cutâneas 30/06/2010. Neoplasias Epiteliais. Neoplasias Mesenquimais. Neoplasias de Origem Neural

O diagnóstico. cutâneas. Neoplasias Cutâneas 30/06/2010. Neoplasias Epiteliais. Neoplasias Mesenquimais. Neoplasias de Origem Neural UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA DE PATOLOGIA VETERINÁRIA Patologia do Sistema Tegumentar 3ª parte Prof. Ass. Dr. Raimundo Alberto Tostes Neoplasias

Leia mais

OSTEOCONDROSSARCOMA DE MAMA RELATO DE CASO OSTEOCONDROSSARCOMA OF MAMA CASE REPORT

OSTEOCONDROSSARCOMA DE MAMA RELATO DE CASO OSTEOCONDROSSARCOMA OF MAMA CASE REPORT 1 OSTEOCONDROSSARCOMA DE MAMA RELATO DE CASO OSTEOCONDROSSARCOMA OF MAMA CASE REPORT Alinne Rezende SOUZA 1 ; Eric Orlando Barbosa MOMESSO 2 ; Artur Teixeira PEREIRA 1 ; Taísa Miranda PINTO 2 ; Matheus

Leia mais

CRISTINE CIOATO DA SILVA 1 ; CLAUDIA GIORDANI 2 ; THOMAS NORMANTON GUIM 3 ; CRISTINA GEVEHR FERNANDES 4, MARLETE BRUM CLEEF 5 1.

CRISTINE CIOATO DA SILVA 1 ; CLAUDIA GIORDANI 2 ; THOMAS NORMANTON GUIM 3 ; CRISTINA GEVEHR FERNANDES 4, MARLETE BRUM CLEEF 5 1. Estudo retrospectivo dos pacientes portadores de neoplasmas mamários atendidos pelo Serviço de Oncologia Veterinária da Universidade Federal de Pelotas no ano de 2013 CRISTINE CIOATO DA SILVA 1 ; CLAUDIA

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS Andreia Herculano da Silva Casa de Saúde e Maternidade Afra Barbosa Andreiah.silva@hotmail.com

Leia mais

DIAGNÓSTICO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO DE NEOPLASMAS CUTÂNEOS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NA ROTINA CLÍNICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA 1

DIAGNÓSTICO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO DE NEOPLASMAS CUTÂNEOS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NA ROTINA CLÍNICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA 1 361 DIAGNÓSTICO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO DE NEOPLASMAS CUTÂNEOS EM CÃES E GATOS ATENDIDOS NA ROTINA CLÍNICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA 1 Márcia Suelen Bento 2, Marcelo Oliveira Chamelete 3,

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta.

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. TESTE DE AVALIAÇÃO 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. 1. São indicação para a realização de RM todas as situações, excepto: ( 1 ) Mulher com

Leia mais

AULA 1: Introdução à Quimioterapia Antineoplásica

AULA 1: Introdução à Quimioterapia Antineoplásica FARMACOLOGIA DOS QUIMIOTERÁPICOS AULA 1: Introdução à Quimioterapia Antineoplásica Profª. MsC Daniele Cavalheiro Oliveira Zampar Farmacêutica Especialista em Oncologia - Sobrafo Campo Grande, 29/09/2012

Leia mais

CARCINOMA SÓLIDO MAMÁRIO EM CADELA COM METÁSTASE CUTÂNEA TRADADA COM CARBOPLATINA

CARCINOMA SÓLIDO MAMÁRIO EM CADELA COM METÁSTASE CUTÂNEA TRADADA COM CARBOPLATINA 1 CARCINOMA SÓLIDO MAMÁRIO EM CADELA COM METÁSTASE CUTÂNEA TRADADA COM CARBOPLATINA Jessica MAGNANI¹; Gilmar Santos COSTA¹; Marília Carneiro de Araújo MACHADO²; Laís Pereira SILVA 3 ; Mário Jorge Melhor

Leia mais

Agentes físicos, químicos e biológicos podem induzir agressão ao. genoma e ocasionar alterações fenotípicas configurando uma

Agentes físicos, químicos e biológicos podem induzir agressão ao. genoma e ocasionar alterações fenotípicas configurando uma .Carcinogênese: Agentes físicos, químicos e biológicos podem induzir agressão ao genoma e ocasionar alterações fenotípicas configurando uma neoplasia. O processo pelo qual se desenvolvem as neoplasias

Leia mais

Tumores Malignos do Endométrio

Tumores Malignos do Endométrio Tumores Malignos do Endométrio Francisco José Candido dos Reis Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da F.M.R.P.U.S.P. Conteúdo Estrutura e fisiologia do endométrio Carcinogênese do endométrio Epidemiologia

Leia mais

CARCINOMA PULMONAR MESTASTÁTICO RESPONSIVO À QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA EM CADELA: RELATO DO CASO

CARCINOMA PULMONAR MESTASTÁTICO RESPONSIVO À QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA EM CADELA: RELATO DO CASO CARCINOMA PULMONAR MESTASTÁTICO RESPONSIVO À QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA EM CADELA: RELATO DO CASO METASTATIC LUNG CARCINOMA RESPONSIVE TO ANTINEOPLASTIC CHEMOTERAPY IN BITCH: CASE REPORT Adna Carolinne

Leia mais

CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE

CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR LOCAIS MAIS FREQUÊNTES DAS LESÕES PRECOCES Mashberg e Meyer LESÕES PRE- CANCEROSAS CAMPO DE CANCERIZAÇÃO FOCOS MÚLTIPLOS MAIOR PROBABILIDADE DE ALTERAÇÕES

Leia mais

ANAIS 37ºANCLIVEPA p.0282

ANAIS 37ºANCLIVEPA p.0282 1 HIPERFOSFATASEMIA NO PACIENTE CANINO PORTADOR DE CARCINOMA MAMÁRIO Kilder Dantas FILGUEIRA 1* ; José Artur Brilhante BEZERRA 2 ; Vitor Brasil MEDEIROS 2 ; Ramon Tadeu Galvão Alves RODRIGUES 2 1 Médico

Leia mais

Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário.

Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário. Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário. 1 - Um homem de 50 anos com queixas de fadiga muito acentuada fez um exame médico completo que incluiu RX do tórax. Identificaram-se lesões

Leia mais

ONCOLOGIA. Aula I Profª.Enfª: Darlene Carvalho (www.darlenecarvalho.webnode.com.br)

ONCOLOGIA. Aula I Profª.Enfª: Darlene Carvalho (www.darlenecarvalho.webnode.com.br) ONCOLOGIA Aula I Profª.Enfª: Darlene Carvalho (www.darlenecarvalho.webnode.com.br) CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS Lábeis Estáveis Perenes CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS Células lábeis: São aquelas em constante renovação

Leia mais

O que é e para que serve a Próstata

O que é e para que serve a Próstata O que é e para que serve a Próstata A próstata é uma glândula que faz parte do aparelho genital masculino. Está localizada abaixo da bexiga, atravessada pela uretra. Seu tamanho e forma correspondem a

Leia mais

TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA

TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA Augusto Schneider Carlos Castilho de Barros Faculdade de Nutrição Universidade Federal de Pelotas TÉCNICAS Citologia Histologia Imunohistoquímica/imunofluorescência Biologia

Leia mais

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Hospital São Lucas SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA José Antônio de Figueiredo Pinto DEFINIÇÃO Lesão arredondada, menor que 3.0 cm

Leia mais

QUESTÕES PROVA DISCURSIVA TEMA 2018

QUESTÕES PROVA DISCURSIVA TEMA 2018 QUESTÕES PROVA DISCURSIVA TEMA 2018 1) Paciente de 40 anos submetida à adenomastectomia bilateral com reconstrução imediata. Três semanas após procedimento queixa-se de dor abaixo da mama esquerda. Baseado

Leia mais

O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO

O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO DRA MARINA PORTIOLLI HOFFMANN DRA MARIA HELENA LOUVEIRA DR GUILBERTO MINGUETTI INTRODUÇÃO: O câncer de mama associado a gestação

Leia mais

Aula 07: Câncer de mama

Aula 07: Câncer de mama Instituto Politécnico de Educação Profissional do Ceará Disciplina Enfermagem em Saúde da Criança, do Adolescente e da Mulher Aula 07: Câncer de mama Profa. Karine Moreira de Melo Objetivos da aula Apresentar

Leia mais

TUMORES DE PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO EM CÃES E GATOS

TUMORES DE PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO EM CÃES E GATOS TUMORES DE PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO EM CÃES E GATOS Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa Maria INTRODUÇÃO AOS TUMORES DE

Leia mais

Ultrassonografia na miomatose uterina: atualização

Ultrassonografia na miomatose uterina: atualização Ultrassonografia na miomatose uterina: atualização Andrey Cechin Boeno Professor da Escola de Medicina da PUCRS - Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia Preceptor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do

Leia mais

ESTUDO RETROSPECTIVO DE NEOPLASMAS FELINOS DIAGNOSTICADOS DURANTE O PERÍODO DE 1980 A INTRODUÇÃO

ESTUDO RETROSPECTIVO DE NEOPLASMAS FELINOS DIAGNOSTICADOS DURANTE O PERÍODO DE 1980 A INTRODUÇÃO ESTUDO RETROSPECTIVO DE NEOPLASMAS FELINOS DIAGNOSTICADOS DURANTE O PERÍODO DE 1980 A 2006. GUIM, Thomas Normanton 1 ; XAVIER 1, Fernanda da Silva; SPADER 1, Melissa Borba; SECCHI 2, Priscila; GUIM 2,

Leia mais

OSTEOSSARCOMA CONDROBLÁSTICO: Relato de Caso

OSTEOSSARCOMA CONDROBLÁSTICO: Relato de Caso OSTEOSSARCOMA CONDROBLÁSTICO: Relato de Caso LEMOS, Carolina Decker 1 ; LOBO, Carolina Gomes 2 ; ANCIUTI, Andréa 3 ; SCOPEL, Débora 4 ; CARAPETO, Luis Paiva 5 1 Médica Veterinária residente em Imagenologia-HCV-UFPel,

Leia mais

SAÚDE MAMÁRIA E CÂNCER DE MAMA

SAÚDE MAMÁRIA E CÂNCER DE MAMA SAÚDE MAMÁRIA E CÂNCER DE MAMA Uma abordagem multidisciplinar Valdenrique Macêdo de Sousa Mastologista OUTUBRO ROSA Semana Nacional de Incentivo à Saúde Mamária Brasil Mausoléu do Soldado Constitucionalista

Leia mais

ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES 1 STUDY OF MAMMARY NEOPLASMS IN DOGS

ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES 1 STUDY OF MAMMARY NEOPLASMS IN DOGS ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES 1 STUDY OF MAMMARY NEOPLASMS IN DOGS Bruna Da Rosa Santos 2, Maria Andréia Inkelmann 3, Simoní Janaína Ziegler 4, Cassiel Gehrke Da Silva 5 1 PROJETO DE PESQUISA REALIZADO

Leia mais

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem 01. Ressonância Margnética do Abdomen Imagem 02. Angiorressonância Abdominal Paciente masculino, 54 anos, obeso, assintomático, em acompanhamento

Leia mais

DIAGNÓSTICO DE MASSAS TUMORAIS EM CANINOS E FELINOS - CONCORDÂNCIA ENTRE RESULTADOS DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS

DIAGNÓSTICO DE MASSAS TUMORAIS EM CANINOS E FELINOS - CONCORDÂNCIA ENTRE RESULTADOS DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS DIAGNÓSTICO DE MASSAS TUMORAIS EM CANINOS E FELINOS - CONCORDÂNCIA ENTRE RESULTADOS DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS Autores: TÍTULO DO RESUMO MAIUSCULO. Adrielly Ehlers Residente em Patologia

Leia mais

Noções de Oncologia. EO Karin Bienemann

Noções de Oncologia. EO Karin Bienemann Noções de Oncologia EO Karin Bienemann O Câncer representa uma causa importante de morbidez e mortalidade, gerador de efeitos que não se limitam apenas aos pacientes oncológicos, mas que se estendem principalmente

Leia mais

Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais

Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais Instituto Fernandes Figueira FIOCRUZ Departamento de Ginecologia Residência Médica Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais Alberto Tavares Freitas Tania da Rocha Santos Abril de 2010 Introdução Representam

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO DIA - 20/12/2009 CARGO: MASTOLOGISTA C O N C U R S O P Ú B L I C O - H U A C / 2 0 0 9 Comissão de Processos

Leia mais

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos Caso Clínico Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos Realização: Escola Brasileira de Mastologia Antônio Frasson, Francisco Pimentel e Ruffo de Freitas Autor do Caso Márden Pinheiro

Leia mais

ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES¹ 1. Juliana Costa Almeida2, Maria Andreia Inkelmann3, Daniela Andressa Zambom4,

ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES¹ 1. Juliana Costa Almeida2, Maria Andreia Inkelmann3, Daniela Andressa Zambom4, ESTUDO DE NEOPLASMAS MAMÁRIOS EM CÃES¹ 1 Juliana Costa Almeida 2, Daniela Andressa Zambom 3, Maria Andreia Inkelmann 4, Jessica Chiogna Ascoli 5. 1 Projeto Institucional desenvolvido no Departamento de

Leia mais

TERAPÊUTICA CLÍNICO-CIRÚRGICA DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS LUCAS AMORIM CABRAL¹ FABIANA SPERB VOLKWEIS²

TERAPÊUTICA CLÍNICO-CIRÚRGICA DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS LUCAS AMORIM CABRAL¹ FABIANA SPERB VOLKWEIS² 16 TERAPÊUTICA CLÍNICO-CIRÚRGICA DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS LUCAS AMORIM CABRAL¹ FABIANA SPERB VOLKWEIS² 1- Graduando em Medicina Veterinária nas FACIPLAC, Gama - DF 2- Professora de Medicina Veterinária

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR MANEJO CLÍNICO CIRÚRGICO DE UMA CADELA COM LIPOSSARCOMA E TERATOMA EM CAVIDADE ABDOMINAL - RELATO DE CASO ELAINE CRISTINA STUPAK¹, ORLANDO MARCELO MARIANI¹, MARINA LAUDARES COSTA¹, LARISSA FERNANDES MAGALHÃES¹,

Leia mais

Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células.

Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células. Noções de Oncologia Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células. No crescimento controlado, tem-se um aumento localizado

Leia mais

uterino com o objetivo de promover a redução volumétrica do leiomioma e GnRH. No entanto, CAMPUSANO et al.(1993), referem maior facilidade na

uterino com o objetivo de promover a redução volumétrica do leiomioma e GnRH. No entanto, CAMPUSANO et al.(1993), referem maior facilidade na 6 DISCUSSÃO Discussão 54 O uso de análogo de GnRH tem sido indicado no tratamento do leiomioma uterino com o objetivo de promover a redução volumétrica do leiomioma e possibilitar a realização de tratamento

Leia mais

Está indicada no diagnóstico etiológico do hipotireoidismo congênito.

Está indicada no diagnóstico etiológico do hipotireoidismo congênito. 108 Tireoide Debora L. Seguro Danilovic, Rosalinda Y Camargo, Suemi Marui 1. ULTRASSONOGRAFIA O melhor método de imagem para avaliação da glândula tireoide é a ultrassonografia. Ela está indicada para

Leia mais

Fatores de risco: O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau

Fatores de risco: O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau Câncer O que é câncer? Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase)

Leia mais

Relato de caso de um cão de 4 anos SRD portador de Linfossarcoma atendido no Hospital Veterinário da Anhanguera (UNIAN), São Bernardo do Campo - SP

Relato de caso de um cão de 4 anos SRD portador de Linfossarcoma atendido no Hospital Veterinário da Anhanguera (UNIAN), São Bernardo do Campo - SP Relato de caso de um cão de 4 anos SRD portador de Linfossarcoma atendido no Hospital Veterinário da Anhanguera (UNIAN), São Bernardo do Campo - SP MATTOS, Fernanda de [1] Mattos, Fernanda de; Reis, Eduardo.

Leia mais

ETUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE NEOPLASIAS DE CÃES E GATOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO

ETUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE NEOPLASIAS DE CÃES E GATOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO ETUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE NEOPLASIAS DE CÃES E GATOS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE Vol. 13, N. 21, Ano 2010 Amanda Tosta Carneiro Débora

Leia mais

NEOPLASIA MAMÁRIA CANINA: EVIDENCIAS CLÍNICO - EPIDEMIOLÓGICAS CANINE MAMARIA NEOPLASIA: CLINICAL - EPIDEMIOLOGICAL EVIDENCES

NEOPLASIA MAMÁRIA CANINA: EVIDENCIAS CLÍNICO - EPIDEMIOLÓGICAS CANINE MAMARIA NEOPLASIA: CLINICAL - EPIDEMIOLOGICAL EVIDENCES NEOPLASIA MAMÁRIA CANINA: EVIDENCIAS CLÍNICO - EPIDEMIOLÓGICAS CANINE MAMARIA NEOPLASIA: CLINICAL - EPIDEMIOLOGICAL EVIDENCES Camila Silva de MORAIS 1 ; Rachel Melo RIBEIRO 2, Ferdinan Almeida MELO 3,

Leia mais

[CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS]

[CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS] [CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS] Geriatria é o ramo da Medicina que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idosos. Seus objetivos maiores são: manutenção da saúde, impedir

Leia mais

Tratamentos do Câncer. Prof. Enf.º Diógenes Trevizan

Tratamentos do Câncer. Prof. Enf.º Diógenes Trevizan Tratamentos do Câncer Prof. Enf.º Diógenes Trevizan As opções de tratamento oferecidas para os pacientes com câncer devem basear-se em metas realistas e alcançáveis para cada tipo de câncer específico.

Leia mais

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico Dr Frederico Perego Costa Centro de Oncologia Hospital Sírio Libanês São Paulo - Brasil Merkel cell carcinoma - incidência Carcinoma neuroendócrino bastante

Leia mais

Mutações em ESR1 e DNA tumoral circulante

Mutações em ESR1 e DNA tumoral circulante Mutações em ESR1 e DNA tumoral circulante Diagnóstico de resistência ao tratamento endócrino CristianeC. B. A. Nimir cristiane.nimir@idengene.com.br Resistência molecular e heterogeneidade tumoral RESISTÊNCIA

Leia mais

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM MASTOLOGIA ) Complete o desenho abaixo com os nomes das respectivas drogas: a) b) c)

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM MASTOLOGIA ) Complete o desenho abaixo com os nomes das respectivas drogas: a) b) c) PROVA TEÓRICO-PRÁTICA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM MASTOLOGIA 2017 1) Complete o desenho abaixo com os nomes das respectivas drogas: a) b) c) 2) Paciente de 52 anos realizou punção-biópsia com agulha grossa

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 15. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 15. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 15 Profª. Lívia Bahia Controle do câncer do colo do útero e de mama na Atenção Básica Controle do câncer da mama Exame Clínico das Mamas Métodos de imagem:

Leia mais

Prostatic Stromal Neoplasms: Differential Diagnosis of Cystic and Solid Prostatic and Periprostatic Masses

Prostatic Stromal Neoplasms: Differential Diagnosis of Cystic and Solid Prostatic and Periprostatic Masses Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Setor Abdome Prostatic Stromal Neoplasms: Differential Diagnosis of Cystic and Solid Prostatic and Periprostatic

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Neoplasia mamária: Relato de caso. Fabrieli Tatiane Lusa

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Neoplasia mamária: Relato de caso. Fabrieli Tatiane Lusa PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Neoplasia mamária: Relato de caso Fabrieli Tatiane Lusa Médica Veterinária. Pós-graduanda em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (UNIGRAN/QUALITTAS).

Leia mais

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA Lesões Benignas do FígadoF Tumores Epiteliais Hepatocelular Hiperplasia nodular focal Hiperplasia

Leia mais

Prevenção e Tratamento

Prevenção e Tratamento Outubro mês do cancro da mama 1 - A PREVENÇÃO FAZ A DIFERENÇA Mama Saudável O cancro da mama é o cancro mais frequente na mulher e, em muitos países, é ainda a sua principal causa de morte. Na população

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Jônatas Catunda de Freitas Fortaleza 2010 Lesões raras, acometendo principalmente mandíbula e maxila Quadro clínico

Leia mais

BIOLOGIA. Hereditariedade e Diversidade da Vida Câncer. Prof. Daniele Duó

BIOLOGIA. Hereditariedade e Diversidade da Vida Câncer. Prof. Daniele Duó BIOLOGIA Hereditariedade e Diversidade da Vida Câncer Prof. Daniele Duó A palavra câncer é um termo amplo que abrange mais de 200 doenças que possuem duas características em comum: - Um crescimento celular

Leia mais

CASO CLÍNICO Pós graduação em Mastologia 28 Enfermaria Santa Casa da Misericórdia RJ María Priscila Abril Vidal

CASO CLÍNICO Pós graduação em Mastologia 28 Enfermaria Santa Casa da Misericórdia RJ María Priscila Abril Vidal CASO CLÍNICO 2015 Pós graduação em Mastologia 28 Enfermaria Santa Casa da Misericórdia RJ María Priscila Abril Vidal Paciente RPG, 31 anos, sexo femenino, solteira, estudante, residente em B. Roxo. HPP:

Leia mais

CÂNCER. Prof. Ernani Castilho

CÂNCER. Prof. Ernani Castilho CÂNCER Prof. Ernani Castilho ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ÁTOMOS (Carbono, Oxigênio, Nitrogênio, Hidrogênio) MOLÉCULAS (água, oxigênio, carbono, açúcares, lipídeos, proteínas, ácidos nucleicos, nucleotídeos,

Leia mais

Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas. Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP

Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas. Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP Hemangioma Típico Prevalência: 1 a 20%. F: M até 5:1 Assintomático. Hiperecogênico bem definido

Leia mais

A PREVENÇÃO faz a diferença

A PREVENÇÃO faz a diferença Cancro da Mama Mama Saudável O cancro da mama é o cancro mais frequente na mulher e, em muitos países, é ainda a sua principal causa de morte. Na população em geral, uma em cada dez mulheres virá a ter

Leia mais

Braquiterapia Ginecológica

Braquiterapia Ginecológica Braquiterapia Ginecológica Indicações e recomendações clínicas American Brachytherapy Society (ABS) European Society for Radiotherapy & Oncology (GEC-ESTRO) Rejane Carolina Franco Hospital Erasto Gaertner-

Leia mais

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA Outubro é o mês da luta contra o câncer de mama. Este movimento começou nos Estados Unidos onde vários Estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama e ou mamografia

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Tumores das Glândulas Salivares. Ubiranei Oliveira Silva

Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Tumores das Glândulas Salivares. Ubiranei Oliveira Silva Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Tumores das Glândulas Salivares Ubiranei Oliveira Silva 1. INTRODUÇÃO Glândulas salivares maiores / menores Embriologicamente: Tubuloacinares

Leia mais

Patologia da mama. [Business Plan]

Patologia da mama. [Business Plan] Patologia da mama [Business Plan] Maria João Martins Março 2014 Estudo macroscópico Tipos de abordagem diagnóstica/terapêutica Biópsias por agulha Por tumor Por microcalcificações Ressecção de galactóforos

Leia mais

Sobre o câncer de pulmão

Sobre o câncer de pulmão Sobre o câncer de pulmão Sobre o câncer de pulmão Câncer de pulmão É um dos mais comuns de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% ao ano na incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados,

Leia mais

Biologia da célula neoplásica e interacção com o hospedeiro (I)

Biologia da célula neoplásica e interacção com o hospedeiro (I) Biologia da célula neoplásica e interacção com o hospedeiro (I) Rui Henrique Departamento de Patologia e Imunologia Molecular Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Universidade do Porto & Serviço

Leia mais

HEMANGIOSSARCOMA ESPLÊNICO EM CÃO: RELATO DE CASO

HEMANGIOSSARCOMA ESPLÊNICO EM CÃO: RELATO DE CASO HEMANGIOSSARCOMA ESPLÊNICO EM CÃO: RELATO DE CASO MACHADO, Rodrigo 1 ; LAMB, Luciana¹; LUNARDI, Gabriele¹; PALMA, Heloísa. 2 Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ, Campus, Cruz Alta, RS. e-mail: unicruz@unicruz.com.br

Leia mais

A fase inicial do câncer de próstata apresenta uma evolução silenciosa e não causa sintomas, mas alguns sinais merecem atenção:

A fase inicial do câncer de próstata apresenta uma evolução silenciosa e não causa sintomas, mas alguns sinais merecem atenção: Novembro Azul O movimento mundialmente conhecido como Novembro Azul ou Movember visa conscientizar os homens sobre a importância da prevenção do câncer de próstata e tem o bigode como símbolo adotado para

Leia mais

Módulo: Câncer de Colo de Útero

Módulo: Câncer de Colo de Útero Módulo: Câncer de Colo de Útero Caso 1 TR, 32 anos, médica, sem comorbidades Paciente casada sem filhos Abril/13 Citologia Útero- Negativo para células neoplásicas Abril/14 - Citologia uterina- Lesão alto

Leia mais

Ameloblastoma acantomatoso canino: aspecto clínico-diagnóstico e manejo terapêutico

Ameloblastoma acantomatoso canino: aspecto clínico-diagnóstico e manejo terapêutico Ameloblastoma acantomatoso canino: aspecto clínico-diagnóstico e manejo terapêutico Canine acanthomatous ameloblastoma: clinical diagnosis and therapeutic management aspect FILGUEIRA, K. D. 1* ; RODRIGUES,

Leia mais

TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS

TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS QUIMIOTERAPIA PALIATIVA: 03.04.02.015-0 - Quimioterapia Paliativa do Carcinoma de Nasofaringe avançado (estádio IV C ou doença recidivada) C11.0, C11.1, C11.2, C11.3, C11.8,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS REALEZA - PR CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ALESANDRA STAZIAKI

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS REALEZA - PR CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ALESANDRA STAZIAKI UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS REALEZA - PR CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA ALESANDRA STAZIAKI AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS PATOLÓGICOS, CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DOS NEOPLASMAS DE GLÂNDULA MAMÁRIA,

Leia mais

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS CONCURSO PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PATOLOGIA Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SÃO PAULO/SP Departamento de Patologia, 1º andar, sala 1154 20 e 21 de MAIO DE 2016 GABARITO PROVA TEÓRICA

Leia mais

RADIOGRAFIA ABDOMINAL. Profª Drª Naida Cristina Borges

RADIOGRAFIA ABDOMINAL. Profª Drª Naida Cristina Borges RADIOGRAFIA ABDOMINAL Profª Drª Naida Cristina Borges Produção de Radiografias Diagnósticas Preparo adequado jejum/enema Pausa da inspiração evita o agrupamento das vísceras Indicações para a Radiologia

Leia mais

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues Hospitais da Universidade de Coimbra Serviço de Ortopedia Diretor: Prof. Doutor Fernando Fonseca Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues História Clínica PRGP Sexo feminino 23 anos Empregada de escritório

Leia mais

Existem algumas enfermidades ósseas de causas desconhecidas, ou ainda, não muito bem definidas. Dentre essas, vale ressaltar:

Existem algumas enfermidades ósseas de causas desconhecidas, ou ainda, não muito bem definidas. Dentre essas, vale ressaltar: Radiologia das afecções ósseas II Existem algumas enfermidades ósseas de causas desconhecidas, ou ainda, não muito bem definidas. Dentre essas, vale ressaltar: Osteodistrofia Hipertrófica Outras enfermidades

Leia mais