Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro)"

Transcrição

1 Conceitos de substrato de via metabólica, coenzima, grupo prostético e cofactor. Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) rui.fontes@mail.telepac.pt Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto 1 s conceitos de substrato da via metabólica e coenzima só têm sentido se analisamos uma via metabólica no seu contexto celular. Na glicólise o substrato da via metabólica é a que se consome gerando piruvato ou lactato... s outros reagentes intervenientes (NAD, por exemplo) são também substratos das enzimas... mas na células a concentração do somatório NADH NAD é de alguns µm e a via glicolítica só pode ter lugar se o NADH for re-oxidado a NAD. NADH e o NAD (assim como o NH e o N e a coenzima A) costumam designarse como coenzimas: olhadas no contexto da célula não se consomem no metabolismo 2 mantendo (tal como as enzimas) uma concentração estacionária. s conceitos de apoenzima, grupo prostético e holoenzima podem ser definidos fora do contexto de uma via metabólica. grupo prostético é um resíduo não aminoacídico ligado de forma estável (frequentemente covalente) à apoenzima. Exemplos: (1) FAD nas desidrogénases dependentes do FAD (2) A biotina em determinadas carboxílases (como a carboxílase do piruvato) conceito de cofactor é o menos preciso. Cofactor é uma substância (orgânica ou não) que não se encontra ligada de forma covalente à enzima, é essencial ao processo catalítico mas...não é reagente nem produto da reacção. X Mg 2 X-P Exemplo: as reacções em que intervém o exigem a presença de Mg 2 (que podemos designar de cofactor) No entanto, muitos autores usam a palavra cofactor para designar 3 compostos que definimos como grupo prostético ou como coenzima. As concentrações dos intermediários do metabolismo variam de indivíduo para indivíduo e com o estado metabólico mas mantêm-se em torno de determinados valores. As concentrações dos intermediários do metabolismo dizem-se estacionárias. Exemplo: A concentração de (e a maioria dos outros compostos existentes nos seres vivos) considerando as várias reacções em que intervém como reagente ou produto não está em equilíbrio químico....mas a velocidade do conjunto de reacções que formam é (quase) sempre igual à velocidade do conjunto de reacções em que este se gasta... existe nas células uma concentração estacionária de. s mecanismos que permitem manter o, os intermediários do metabolismo, a do plasma, etc em concentrações estacionárias são muito complexos e denominam-se 4de mecanismos homeostáticos.

2 A regulação do metabolismo de modo a adaptar-se a diferentes condições (actividade ou descanço, jejum ou estado absortivo, diferentes tipos de dieta, etc.) é uma condição de sobrevivência. nutrientes C 2 ureia 2 trabalho mecânico contracção muscular transporte activo Ca Na Estado absortivo= Glicemia Estado de jejum = Glicemia A adaptação a diferentes condições só é possível porque a actividade das 5 enzimas se modifica quando se alteram essas condições. As enzimas são sensores do ambiente onde se encontram variando a sua actividade em função de variações nesse ambiente A 1000 As enzimas que catalisam reacções fisiologicamente reversíveis catalisam a conversão líquida no sentido directo ou inverso de acordo com a lei da acção das massas mas não são determinantes no sentido nem na velocidade de fluxo (J) da via metabólica... S 10,01 P B 0,01 As enzimas marca passo de uma via metabólica catalisam reacções fisiologicamente irreversíveis e a sua actividade determina a velocidade de fluxo nessa via metabólica. Estas enzimas (1) têm baixa actividade, (2) tem um papel determinante na regulação do metabolismo e (3) são controladas por efectores que só às vezes coincidem com os substratos e produtos... Glicólise 6 Aumentar a actividade de uma enzima que catalisa uma reacção de desequilíbrio (M2 M3) pode significar um aumento transitório na concentração do intermediário M3 mas, a enzima a jusante que catalisa a conversão reversível M3 M4 rapidamente repõe a concentração de M3 num valor próximo do original. J 1 = (10) = ( ) = 10 É na barragem que se controla o caudal (fluxo) de um rio mudanças no valor do fluxo (J) na barragem provocam mudanças de fluxo idênticas a montante e a jusante da barragem. J 2 = (20) = ( ) = 20 7 Diferentes tipos de mecanismos podem participar na regulação das enzimas marca-passo das vias metabólicas: 1- De instalação lenta (horas ou dias): a quantidade de enzima como a resultante das velocidades da sua síntese e da sua degradação Modificação alostérica (, Ca 2 ) 2- De instalação rápida (segundos ou milisegundos): 3- De instalação rápida mas, geralmente, com papel menos importante (pelo menos no metabolismo normal) 2.2- Modificação covalente (fosforilação e defosforilação, clivagem hidrolítica ) 2.3- Ciclos de substratos ( fúteis ) 2.4- Acesso ao substrato por regulação do transporte transmembranar (GLUT4, CPT ) 3.1- Concentração de substratos 3.2- Inibição isostérica (competitiva) e inibição pelo produto 3.3- ph 3.4- Temperatura M M M-P M 8

3 1- Mesmo quando o que varia é apenas a concentração da enzima E sem que tenha variado a actividade de cada uma das suas moléculas se a velocidade da reacção que E catalisa aumentou dizemos que a actividade enzímica da enzima E aumentou (e vice-versa). É um mecanismo de instalação lenta. RNAm v1 Síntese proteica v2 RNAm 2.1- Quando uma fibra muscular se contrai aumenta a velocidade de hidrólise do e aumenta a concentração de (e ; 2 ). liga-se à fosforílase muscular induzindo uma conformação mais activa o é um activador alostérico da fosforílase muscular. Fosforílase muscular na conformação tensa (inactiva) sítio alostérico Fosforílase muscular na conformação relaxada (activa) Glicose-1-P v1 > v2 v2 > v1 Se a velocidade de síntese de uma determinada enzima (v1) é maior que a velocidade com que se degrada (hidrolisa) na célula (v2) a concentração e a actividade dessa 9 enzima aumenta. Na condição inversa a concentração e a actividade diminuem. centro activo 10 C 2 Na cínase-1 da frutose-6-p ( Frutose-1,6-bisfosfato) o é, simultaneamente, substrato e inibidor alostérico. Para concentrações fisiológicas de, o (e o ) é um activador alostérico. A complexidade dos processos de regulação de enzimas induzida por hormonas e neurotransmissores tem levado a que a palavra alostérico não se use neste contexto mesmo quando o termo seria adequado. Insulina ligada ao seu receptor (3) (e o ) compete com o pelo mesmo sítio alostérico impedindo a sua acção inibidora. receptor da insulina pode ser visto como uma enzima alostérica com o seu centro alostérico activador virado para o lado extra-celular (onde se liga a insulina) e o centro activo no lado citoplasmático. (1) Um dos substratos da cínase da frutose-6-p é o. (2) Contudo, existe na enzima um sítio alostérico onde o se liga inibindo-a. Para concentrações fisiológicas de essa acção inibidora é muito 11 marcada. Efeitos da insulina A ligação da insulina induz uma alteração conformacional no receptor que se torna capaz de catalisar a fosforilação de resíduos tirosina de proteínas designadas de Substratos do Receptor da Insulina (IRS). 12

4 A ligação entre os modificadores (activadores ou inibidores) alostéricos e os sítios alostéricos das enzimas é reversível e é de tipo não covalente. Activador alostérico 2.2- A modificação da actividade de uma enzima pode envolver a sua modificação covalente (hidrólise irreversível ou fosforilação reversível) por acção catalítica de enzimas (normalmente outras enzimas). Certas enzimas são activadas por hidrólise irreversível. São exemplos a activação dos zimogénios na digestão dos nutrientes. Inibidor alostérico e o mesmo acontece nas ligações dos substratos e dos inibidores isostéricos competitivos ao sítio activo das enzimas. Exemplo 1: tripsinogénio é segregado pelo pâncreas. Convertese em tripsina (protéase digestiva) por acção da enteropeptídase (uma ectopeptídase presente no pólo apical dos enterócitos). Tripsinogénio Enteropeptídase Exemplo 2: pepsinogénio é segregado pelas células principais do estômago. Converte-se em pepsina (protéase digestiva) por acção hidrolítica do ph ácido do estômago e da próprio pepsina que já se formou. Inibidor isostérico competitvo 13 Tripsina (activa) polipeptídeo inactivo 14 Muitas enzimas são reguladas por mecanismos de fosforilação/desfosforilação catalisadas por enzimas (cínases e fosfátases). Forma desfosforilada (activa) A fosfátase da piruvato catalisa a desfosforilação da piruvato que no estado desfosforilado fica activa. Forma fosforilada (inactiva) A cínase da piruvato catalisa a fosforilação da piruvato que no estado fosforilado fica inactiva. A actividade da piruvato depende da percentagem da enzima total que está na forma activa (desfosforilada). valor desta percentagem depende das actividades relativas da (1) cínase 15 da piruvato e da (2) fosfátase da piruvato. 2.2, 2.1 e 1- A controlo da actividade das enzimas pode envolver mais de um mecanismo sendo o conjunto dos mecanismos de análise complexa. Ca 2 entra nas fibras musculares quando estas são estimulas pelo nervo motor e um dos efeitos é a estimulação alostérica da fosfátase da piruvato Ca 2 A insulina aumenta no sangue quando a glicemia aumenta e um dos seus efeitos é reprimir o gene codificador da cínase da piruvato Ca 2 e a insulina estimulam a oxidação do piruvato. 16

5 2.1 e 2.2- A fosforílase do glicogénio (quer hepática quer muscular) também é regulada por mecanismos de fosforilação (activadores) e desfosforilação (inibidores) induzidos pela acção de hormonas. A glicagina (no caso do fígado) e as catecolaminas (nos casos do músculo e fígado) podem desencadear uma cadeia de reacções que levam à fosforilação e consequente activação da fosforílase do glicogénio e, consequentemente, da fosforólise do glicogénio (formação de -1-P). A insulina activa uma fosfátase que reverte o processo; a fosfátase 1 de proteínas desfosforila a fosforílase do glicogénio inactivando-a. PKA= cínase de proteínas dependente do cíclico 17 Fosfátase 1 de proteínas 2.3- A existência de ciclos de substrato (antigamente chamados de fúteis ) permite amplificar o efeito de um sinal. (cuja concentração aumenta aquando do exercício) activa a glicólise muscular porque estimula a cínase da frutose-6-p mas também porque inibe a frutose-1,6-bisfosfátase. aumento de fluxo na glicólise é muito mais marcado que o que seria de prever do efeito do apenas numa das enzimas. J=1 J=89 J=1 C 2 v = 9 v = 10 C 2 v = 1 v = 90 J= Também há ciclos de substrato no fígado (principal órgão da gliconeogénese). Aqui, o sentido do fluxo pode inverter-se. Após uma refeição que contenha glicídeos, a concentração intracelular de frutose-2,6-bisfosfato é alta e fica estimulada a cínase 1 da frutose-6-p (e a glicólise). No jejum, a concentração intracelular de frutose-2,6-bisfosfato é baixa e fica estimulada a frutose-1,6-bisfosfátase (e a gliconeogénese). Glicose-6-P Glicose-6-P J=10 J= - 10 v = 20 Frutose-2,6- v = 10 v = 20 bisfosfato Frutose- 2,6- bisfosfato v = A acessibilidade aos substratos. Nas fibras musculares a entrada de (e a sua subsequente metabolização) é limitada pelo número de transportadores (GLUT4) presentes na membrana sarcoplasmática. Contracção muscular ou insulina Quer o exercício físico quer a insulina estimulam a entrada de para as fibras musculares porque nestas condições, de forma rápida, vesículas intracelulares contendo GLUT4 fundem-se com a membrana sarcoplasmática. J=10 Fosfoenol-piruvato J= Fosfoenol-piruvato Nos adipócitos o mesmo efeito é induzido pela insulina. A insulina e o exercício físico estimulam a remoção da do plasma para as células. 20

6 2.1, 2.2 e 2.4- A entrada de acil-coa (ácidos gordos activados ) para a mitocôndria (local onde ocorre a sua oxidação) depende da actividade da carnitina-acil transférase I que é inibida (inibição alostérica) pelo malonil-coa. Quando a concentração citoplasmática de malonil-coa desce a entrada de acil-coa para a mitocôndria acelera. É dentro da mitocôndria que se dá a oxidação dos ácidos gordos (oxidação em beta). s factores que estimulam a K levam à fosforilação da carboxílase da acetil- CoA. A fosforilação inactiva a carboxílase de acetil-coa o que baixa a concentração de malonil-coa. A descida do malonil-coa desinibe a carnitinapalmitoil transférase I... acelerando-se a entrada de acil-coa para a mitocôndria. oxidação em β 21 oxidação em β Estudamos até agora os mecanismos 1, 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4. Falta referir os 3.1, 3.2, 3.3 e De instalação lenta: a quantidade de enzima como a resultante das velocidades da sua síntese e da sua degradação. 2- De instalação rápida: 3- De instalação rápida mas, geralmente, com papel menos importante (pelo menos no metabolismo normal) 2.1- Controlo alostérico (, Ca 2 ) 2.2- Modificação covalente (fosforilação e defosforilação, clivagem hidrolítica ) 2.3- Ciclos de substratos ( fúteis ) 2.4- Acesso ao substrato por regulação do transporte transmembranar (GLUT4, CPT ) 3.1- Activação pelos substratos 3.2- Inibição isostérica (competitiva) e inibição pelo produto 3.3- ph 3.4- Temperatura Nas enzimas marca-passo, geralmente, o efeito directo da variação da concentração do substrato é pequeno (que mais não seja porque, in vivo, as concentrações dos metabolitos são estacionárias). Mas, em alguns casos foi possível estudar in vivo a variação da actividade de enzimas com a concentração do substrato. Num estudo de Brindle et al. (1989) estimulou-se electricamente o nervo ciático de ratos e mediu-se, na musculatura da perna, por NMR (1) a concentração de e (2) a incorporação de no (síntase do ). Baixa actividade contráctil Brindle et al. (1989) Biochemistry 28: Alta actividade contráctil 23 A entrada (GLUT2) e a fosforilação da no fígado (cínase da /hexocínase IV) é regulada directamente pela concentração de na veia porta e nos hepatócitos. Actividade do GLUT2 Concentrações de possíveis na veia porta Actividade do Glicocínase Concentrações de possíveis no hepatócito Quando a concentração de aumenta no sangue após as refeições entra para os hepatócitos provocando a dissociação do complexo glicocínase proteína nuclear inibidora da glicocínase. Quer o GLUT 2 quer a glicocínase são sensíveis às variações fisiológicas da concentração de 24

7 3.2- produto como inibidor das enzimas marca-passo. Na reacção catalisada pela desidrogénase da -6-P (via das pentoses- P) a reacção inversa não existe mas o NH compete com o N pelo local de ligação deste no centro activo (inibição isostérica e competitiva). N N G 18 kj; Keq/QR fosfogliconolactona NH A PKA é uma enzima que na forma inactiva tem o seu sítio activo bloqueado pela ligação a sub-unidades reguladoras que contêm um domínio pseudo-substrato (inibição isostérica e competitiva). A ligação do cíclico às sub-unidades reguladoras induz a dissociação das subunidades catalíticas que são activas. c c P fosfodiestérase NH NH A desidrogénase da -6- fosfato é activada sempre que a concentração intracelular de NH desce. Para além de regulada ao nível da transcrição (a desidrogénase da -6-P é induzida pela insulina) a descida da concentração intracelular de N5 (um dos produtos) também estimula a actividade da enzima. Subunidades reguladoras Subunidades catalíticas PKA inactiva (ligada e sub-unidades reguladoras) Domínio semelhante aos substratos Sítio activo A PKA (cínase de proteínas dependente do c) dissociada das unidades reguladoras é activa e catalisa a 26 fosforilação de enzimas 3.3- Pensa-se que a variação do ph não tem, em geral, um papel importante na regulação das enzimas intracelulares mas a) No estômago o ph do suco gástrico é ácido e as enzimas deste suco têm ph óptimo ácido. b) suco pancreático neutraliza o quimo gástrico (H HC 3- C 2 ) e as enzimas do suco pancreático e as enzimas intestinais têm ph óptimo neutro. c) Pensa-se que a diminuição da oxidação dos ácidos gordos durante a glicólise anaeróbia nas fibras musculares esqueléticas se deve à diminuição de actividade da carnitina-palmitil-transférase I cuja actividade diminui quando o ph desce. ph baixo Acidificação das fibras musculares durante glicólise anaeróbia No homem, a alteração de actividade das enzimas das células em situações de abaixamento da temperatura corporal ou de febre poderá ser importante mas não desempenha um papel relevante na regulação do metabolismo normal. As enzimas e transportadores humanos (ao contrário do que acontece com outros seres vivos) foram seleccionados de forma a manterem velocidades de fluxo adequadas à vida (nas vias anabólicas e catabólicas) numa estreita gama de temperaturas. Francisco Lázaro ( ) s órgãos para transplante são transportados a baixas temperaturas de forma a lentificar os processos catabólicos nomeadamente a hidrólise de proteínas (enzimas, transportadores, actina-miosina, etc) 28

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro)

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) rui.fontes@mail.telepac.pt Laboratório de Bioquímica da Faculdade de edicina do Porto 1 As concentrações dos intermediários

Leia mais

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reações enzímicas in vivo e in vitro)

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reações enzímicas in vivo e in vitro) Conceitos de substrato de via metabólica, coenzima, grupo prostético e cofator. Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reações enzímicas in vivo e in vitro) ruifonte@med.up.pt Departamento de

Leia mais

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio Página 1 de 5 Aulas de grupo 2001-02; Rui Fontes Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio 1- Gliconeogénese 1- A gliconeogénese é um termo usado para incluir o conjunto de processos pelos quais o organismo

Leia mais

Cinética e regulação enzímica (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro)

Cinética e regulação enzímica (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) Cinética e regulação enzímica (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) Conceitos de substrato de via metabólica, coenzima, grupo prostético e cofactor. Os conceitos de substrato da via

Leia mais

Visão geral do metabolismo glicídico

Visão geral do metabolismo glicídico Visão geral do metabolismo glicídico 1. Todas as células do organismo podem usar glicose oxidando-a (processo exergónico) de forma acoplada com a formação de (processo endergónico). a) O catabolismo da

Leia mais

O 2 CO 2 + H 2 O. Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato. ADP + Pi. nutrientes ATP

O 2 CO 2 + H 2 O. Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato. ADP + Pi. nutrientes ATP Absorção da glicose, glicólise e desidrogénase do piruvato Em todas as células ocorre continuamente a hidrólise do ATP (formando ADP + a uma velocidade tal que, mesmo em repouso, todo o stock de ATP se

Leia mais

Metabolismo e Regulação

Metabolismo e Regulação Metabolismo e Regulação PRBLEMAS - Série 1 Soluções 2009/2010 idratos de Carbono (Revisão) e Metabolismo Central 1 R: (α 1 4) (lineares) Ο (α1 6) (pontos de ramificação) 2. R: Locais de glicosilação são

Leia mais

A actividade das enzimas e o seu controlo na regulação do fluxo das vias metabólicas

A actividade das enzimas e o seu controlo na regulação do fluxo das vias metabólicas A actividade das enzimas e o seu controlo na regulação do fluxo das vias metabólicas Índice 1. A actividade das enzimas cujas reacções são fisiologicamente reversíveis é controlada pelas concentrações

Leia mais

Resumo esquemático da glicólise

Resumo esquemático da glicólise Resumo esquemático da glicólise Destino do piruvato em condições aeróbicas e anaeróbicas Glicólise Fermentação Oxidação completa Em condições aeróbicas o piruvato é oxidado a acetato que entra no ciclo

Leia mais

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro)

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) Conceitos de substrato de via metabólica, coenzima, grupo prostético e cofactor. Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) ruifonte@med.up.pt Laboratório de

Leia mais

Gliconeogénese. glicose-6-p + H 2 O glicose + Pi (1)

Gliconeogénese. glicose-6-p + H 2 O glicose + Pi (1) Gliconeogénese 1- A palavra gliconeogénese é, num sentido mais estrito, usada para designar colectivamente o conjunto de processos pelos quais o organismo pode converter substâncias não glicídicas (como

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Origem das proteínas e de suas estruturas Níveis de Estrutura Protéica Estrutura das proteínas Conformação

Leia mais

Enzimas revisões. v o = V max [S] K m + [S]

Enzimas revisões. v o = V max [S] K m + [S] nzimas revisões k 1 k + 3 + S k 2 S P v o = V max [S] K m + [S] quação de Michaelis-Menten V max é o valor para o qual tende a velocidade à medida que se aumenta a concentração de substrato; corresponde

Leia mais

Biossíntese e degradação de glicogênio. Integração entre o controle da glicólise e da glicogenólise em diferentes tipos celulares

Biossíntese e degradação de glicogênio. Integração entre o controle da glicólise e da glicogenólise em diferentes tipos celulares Biossíntese e degradação de glicogênio Regulação da via glicolítica Integração entre o controle da glicólise e da glicogenólise em diferentes tipos celulares O glicogênio é o polissacarídio de reserva

Leia mais

Enzimas e Actividade enzimática

Enzimas e Actividade enzimática Enzimas e Actividade enzimática Energia de activação de uma reacção Em todas as células de um organismo vivo ocorre um número infindável de reacções químicas. Estas reacções implicam a quebra, e posteriormente,

Leia mais

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reações enzímicas in vivo e in vitro)

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reações enzímicas in vivo e in vitro) Conceitos de substrato de via metabólica, coenzima, grupo prostético e cofator. Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reações enzímicas in vivo e in vitro) ruifonte@med.up.pt Departamento de

Leia mais

A atividade das enzimas e o seu controlo na regulação do fluxo das vias metabólicas

A atividade das enzimas e o seu controlo na regulação do fluxo das vias metabólicas A atividade das enzimas e o seu controlo na regulação do fluxo das vias metabólicas Índice 1. A atividade das enzimas cujas reações são fisiologicamente reversíveis é controlada pelas concentrações dos

Leia mais

Revisão do Metabolismo da Glicose

Revisão do Metabolismo da Glicose Gliconeogênese Revisão do Metabolismo da Glicose Esquema Geral da Glicólise lise 1 açúcar de 6 C 2 açúcares de 3 C A partir deste ponto as reações são duplicadas 2 moléculas de Piruvato (3C) Saldo 2 moléculas

Leia mais

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase 1 5 Enzimas a) Conceito - O que são enzimas? São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Moléculas que aumentam a velocidade de reações sem se alterarem neste processo. - Catalisam

Leia mais

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro)

Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) Cinética e regulação enzímicas (a velocidade das reacções enzímicas in vivo e in vitro) rui.fontes@mail.telepac.pt Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto 1 As concentrações dos intermediários

Leia mais

Actividade ou v 0 ou v inicial =k cat [E S] v inicial = k cat [E S] = Vmax. v inicial = k cat [Etotal]/2 v inicial = Vmax/2. k cat

Actividade ou v 0 ou v inicial =k cat [E S] v inicial = k cat [E S] = Vmax. v inicial = k cat [Etotal]/2 v inicial = Vmax/2. k cat Numa reacção enzímica existe um ciclo catalítico em que da ligação entre a enzima lire e o resulta a formação do complexo E S; o complexo E S pode dissociar-se mas também ai formando produto e regenerando

Leia mais

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE Profa. Dra. Marina Prigol GLICONEOGÊNESE PROCESSO DE SÍNTESE DE GLICOSE A PARTIR DE COMPOSTOS NÃO GLICÍDICOS OCORRÊNCIA: Citosol do

Leia mais

Estratégias de regulação do metabolismo. Epinefrina, glucagon e insulina

Estratégias de regulação do metabolismo. Epinefrina, glucagon e insulina Estratégias de regulação do metabolismo Epinefrina, glucagon e insulina Estratégias de regulação do metabolismo Com a participação de enzimas Aula sobre enzimas... Com a participação de hormônios como

Leia mais

A actividade das enzimas e a sua regulação

A actividade das enzimas e a sua regulação A actividade das enzimas e a sua regulação 1- A actividade das enzimas cujas reacções são fisiologicamente irreversíveis regula a velocidade de fluxo nas vias metabólicas onde intervêm Numa determinada

Leia mais

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich Acetil CoA e Ciclo de Krebs Prof. Henning Ulrich Glicose + Consumo de 2 ATP 2 Ácidos Pirúvicos + 4H + + Produção de 4 ATP (2C 3 H 4 O 3 ) 2H + são Transportados pelo NAD passando Para o estado reduzido

Leia mais

Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose

Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose Introdução e apresentação geral do metabolismo da glicose Índice 1- O transporte transmembranar e a fosforilação da glicose...1 2- A glicólise e a oxidação da glicose a CO 2...1 3- A oxidação da glicose-6-fosfato

Leia mais

Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática

Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática Biologia 12 Fermentação e actividade enzimática Uma elevada percentagem de produtos que consumimos é produzida, mantida ou degradada por microorganismos. O conhecimento do metabolismo microbiano permitirá

Leia mais

Gliconeogénese Índice

Gliconeogénese Índice Gliconeogénese Índice 1- Definições de gliconeogénese... 1 2- A produção endógena de glicose e os contributos da glicogenólise e da gliconeogénese hepáticas para o processo.. 2 3- A gliconeogénese renal

Leia mais

PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS

PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS DEGRADAÇÃO DO GLIGOGÊNIO GLICÓLISE VIA DAS PENTOSES FOSFATO GLICONEOGÊNESE SÍNTESE DE CORPOS CETÔNICOS DEGRADAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E CICLO DA URÉIA CICLO DE KREBS Β-OXIDAÇÃO DE

Leia mais

Aula Neoglicogênese Gliconeogênese

Aula Neoglicogênese Gliconeogênese Aula 22.10.09 Neoglicogênese Gliconeogênese Metabolismo de açúcares Visão Geral Galactose Frutose Ácido láctico Fermentação Glicólise Glicose Piruvato Glicogenólise Gliconeogênese Glicogênese Glicogênio

Leia mais

Exemplos: Exemplos: Síntase da hidroxi-metil-glutaril-coa

Exemplos: Exemplos: Síntase da hidroxi-metil-glutaril-coa A palavra síntase (não confundir com sintétase) está popularmente associado a algumas enzimas e as síntases podem pertencer a diferentes classes. Algumas vezes o nome que foi originalmente atribuído a

Leia mais

Metabolismo e Regulação

Metabolismo e Regulação Metabolismo e Regulação PROBLEMAS - Série 1 Licenciatura em Bioquímica Licenciatura em Biologia Celular e Molecular Licenciatura em Química Aplicada Hidratos de Carbono e Metabolismo Central (Revisão)

Leia mais

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas Processo enzimático mais antigo conhecido é o da fermentação da glicose até etanol leveduras. (Pasteur, 1850). Enzima grego na levedura (Pasteur, 1877). Isolamento de todas as enzimas associadas a fermentação

Leia mais

A denominação das cínases não tem em linha de conta o sentido em que a reacção ocorre nos seres vivos

A denominação das cínases não tem em linha de conta o sentido em que a reacção ocorre nos seres vivos A denominação das cínases não tem em linha de conta o sentido em que a reacção ocorre nos seres vivos mesmo quando (por razões de índole termodinâmica) apenas a reacção em que ocorre formação de ATP pode

Leia mais

Regulação metabólica e equilíbrio energético. Na + Na + K + Ca + Ca + Semelhanças

Regulação metabólica e equilíbrio energético. Na + Na + K + Ca + Ca + Semelhanças Regulação metabólica e equilíbrio energético Semelhanças 1- Usam a oxidação de compostos orgânicos como fonte de energia. 2- A velocidade de oxidação dos compostos orgânicos aumenta com o exercício. Uma

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários Bioquímica Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes REFERÊNCIA: Bioquímica Ilustrada - Champe ESTÁGIOS DO CATABOLISMO

Leia mais

Introdução ao bloco II Enfermagem. Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres

Introdução ao bloco II Enfermagem. Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres Introdução ao bloco II Enfermagem Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres Programação de aulas 16/set 21/set 23/set 28/set 30/set 05/out 07/out 12/out 14/out Apresentação do bloco + Enzimas I (cinéeca) Enzimas

Leia mais

Aula de Bioquímica II SQM Gliconeogênese Glicogênio: Glicogenólise, Síntese e Regulação

Aula de Bioquímica II SQM Gliconeogênese Glicogênio: Glicogenólise, Síntese e Regulação Aula de Bioquímica II SQM04242015201 Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares Temas: Gliconeogênese Glicogênio: Glicogenólise, Síntese e Regulação Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química

Leia mais

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina, glucagon e insulina Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina ou adrenalina Estímulos para a secreção de epinefrina: Perigos reais ou imaginários Exercício físico

Leia mais

Regulação do metabolismo oxidativo e equilíbrio energético. Na + Na + K + Ca + Ca +

Regulação do metabolismo oxidativo e equilíbrio energético. Na + Na + K + Ca + Ca + Regulação do metabolismo oxidativo e equilíbrio energético Semelhanças Usam a oxidação de compostos orgânicos como fonte de energia. 2 A velocidade de oxidação dos compostos orgânicos aumenta com o exercício.

Leia mais

Hormônios do pâncreas. Insulina. Glucagon. Somatostatina. Peptídeos pancreáticos

Hormônios do pâncreas. Insulina. Glucagon. Somatostatina. Peptídeos pancreáticos Endocrinologia do Pâncreas! O pâncreas como um órgão endócrino Importante papel na absorção, distribuição e armazenamento de vários substratos energéticos Hormônios do pâncreas Insulina Glucagon Somatostatina

Leia mais

Proteínas II. (Enzimas) Bioquímica Prof. Dr. Marcelo Soares

Proteínas II. (Enzimas) Bioquímica Prof. Dr. Marcelo Soares Proteínas II (Enzimas) Conceitos Gerais e Funções As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas Consideradas as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade

Leia mais

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Índice 1 Introdução... 3 2 Metabolismo no período pós-prandial... 3 2.1 A digestão e absorção dos

Leia mais

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011. Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011. Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2010/2011 Unidade Curricular de BIOQUÍMICA II Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano ENSINO PRÁTICO E TEORICO-PRÁTICO 7ª AULA TEÓRICO-PRÁTICA

Leia mais

ENZIMAS. Dra. Flávia Cristina Goulart. Bioquímica

ENZIMAS. Dra. Flávia Cristina Goulart. Bioquímica ENZIMAS Dra. Flávia Cristina Goulart Bioquímica ENZIMAS CONCEITO: São proteínas que catalisam reações químicas diferentes no organismo. Como proteínas, elas são moléculas grandes, constituídas de 20 AA.

Leia mais

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Alexandre Havt Gliconeogênese Fontes de Energia para as Células Definição Via anabólica que ocorre no fígado e, excepcionalmente

Leia mais

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Princípios de Regulação do metabolismo 16/11/17

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Princípios de Regulação do metabolismo 16/11/17 QBQ 0230 Bioquímica Carlos Hotta Princípios de Regulação do metabolismo 16/11/17 Como controlamos o fluxo metabólico de uma célula? bases nitrogenadas lipídeos Glicose glicogênio CO 2 + H 2 O aminoácidos

Leia mais

Função proteica envolve a ligação reversível com outras moléculas O ligante se liga na proteína e um sítio específico, chamado SÍTIO DE LIGAÇÃO.

Função proteica envolve a ligação reversível com outras moléculas O ligante se liga na proteína e um sítio específico, chamado SÍTIO DE LIGAÇÃO. Estrutura Função 1. Função proteica envolve a ligação reversível com outras moléculas. A molécula que se liga reversivelmente à proteina LIGANTE 2. O ligante se liga na proteína e um sítio específico,

Leia mais

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado

Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Integração dos metabolismos dos carbohidratos, gorduras e proteínas ao longo do dia e no jejum prolongado Índice 1 Introdução... 3 2 Metabolismo no período pós-prandial... 3 2.1 A digestão e absorção dos

Leia mais

Metabolismo do Glicogénio

Metabolismo do Glicogénio Metabolismo do Glicogénio Metabolismo do glicogénio; Rui Fontes 1- O glicogénio é um polímero que contém resíduos de glicose ligados por ligações glicosídicas (1 4) e, nos locais de ramificação, glicosídicas

Leia mais

2- No dia estavam classificadas 4046 enzimas que podem ser consultadas em

2- No dia estavam classificadas 4046 enzimas que podem ser consultadas em A maioria das enzimas são de natureza proteica e, relativamente aos outros catalisadores, têm uma grande especificidade em relação aos substratos e produtos da reacção. 1- A palavra enzima (do Grego: en,

Leia mais

5/4/2011. Metabolismo. Vias Metabólicas. Séries de reações consecutivas catalisadas enzimaticamente, que produzem produtos específicos (metabólitos).

5/4/2011. Metabolismo. Vias Metabólicas. Séries de reações consecutivas catalisadas enzimaticamente, que produzem produtos específicos (metabólitos). Metabolismo Vias Metabólicas Séries de reações consecutivas catalisadas enzimaticamente, que produzem produtos específicos (metabólitos). 1 Endergônico Exergônico Catabolismo Durante o catabolismo de carboidratos,

Leia mais

Proteínas catalisadoras que AUMENTAM a VELOCIDADE das reações, sem sofrerem alterações no processo global.

Proteínas catalisadoras que AUMENTAM a VELOCIDADE das reações, sem sofrerem alterações no processo global. ENZIMAS Proteínas catalisadoras que AUMENTAM a VELOCIDADE das reações, sem sofrerem alterações no processo global. Toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é uma enzima! CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Leia mais

Exame normal módulo de Bioquímica 11 Fev 08

Exame normal módulo de Bioquímica 11 Fev 08 Licenciatura em Enfermagem Biofísica e Bioquímica 1º Ano - 1º Semestre 2007/2008 Exame normal módulo de Bioquímica 11 Fev 08 Duração = 2 horas Cotação máxima = 13,5 valores (A cotação de cada pergunta

Leia mais

BIOQUÍMICA 1º ano de Medicina Ensino teórico 2010/2011

BIOQUÍMICA 1º ano de Medicina Ensino teórico 2010/2011 BIOQUÍMICA 1º ano de Medicina Ensino teórico 2010/2011 10ª aula teórica 19 Outubro 2010 Príncipios gerais de enzimologia. Modo de acção das enzimas. Cinética enzimática (Eq. Michaelis-Menten; K M e V max

Leia mais

Digestão e Absorção de Proteínas

Digestão e Absorção de Proteínas Digestão e Absorção de Proteínas ruifonte@med.up.pt Departamento de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto 1 As proteínas são formadas por resíduos de aminoácidos ligados entre si (numa cadeia linear)

Leia mais

Utilização de glicose pelas células. A glicólise é a via metabólica mais conservada nos sistemas biológicos

Utilização de glicose pelas células. A glicólise é a via metabólica mais conservada nos sistemas biológicos Utilização de glicose pelas células A glicólise é a via metabólica mais conservada nos sistemas biológicos A glicose é o combustível preferencial e mais versátil disponível nas células vivas. Principais

Leia mais

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Generalidades sobre oxidação de nutrientes 1. A equação que descreve a oxidação completa da glicose é: Glicose (C 6 H 12 O 6 ) + 6 O 2 6 CO 2 + 6 H

Leia mais

Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese. Profa. Alessandra Barone

Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese. Profa. Alessandra Barone Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br Polissacarídeo de reserva animal Constituído por moléculas de α-d-glicose ligadas entre si por ligações glicosídicas

Leia mais

Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O

Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O Metabolismo CO 2 + H 2 O O 2 + CH 2 O Glicólise Glicólise A via de Embden-Meyerhof (Warburg) Essencialmente todas as células executam a glicólise Consiste em dez reacções iguais em todas as células

Leia mais

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi Gliconeogénese 1- A palavra gliconeogénese é, num sentido mais estrito, usada para designar coletivamente o conjunto de processos pelos quais o organismo pode converter substâncias não glicídicas (como

Leia mais

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635 Pâncreas Endócrino Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes navegantes@fmrp.usp.br Ramal: 4635 O diabetes mellitus É uma síndrome decorrente da falta de insulina ou da incapacidade de a insulina de exercer

Leia mais

PERÍODO ABSORTIVO E PÓS-ABSORTIVO

PERÍODO ABSORTIVO E PÓS-ABSORTIVO PERÍODO ABSORTIVO E PÓS-ABSORTIVO HORMONAS QUE REGULAM O METABOLISMO PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA CELULAR VIAS METABÓLICAS DO PERIODO ABSORTIVO ALTERAÇÕES METABÓLICAS DO PERIODO PÓS-ABSORTIVO PRODUÇÃO

Leia mais

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Metabolismo integrado do corpo 17/11/17

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Metabolismo integrado do corpo 17/11/17 QBQ 0230 Bioquímica Carlos Hotta Metabolismo integrado do corpo 17/11/17 Órgãos especializados: fígado - Garante a síntese de substrato energético para os demais tecidos - Sintetiza e armazena glicogênio

Leia mais

QBQ 0204 Bioquímica. Carlos Hotta. Glicólise 13/05/17

QBQ 0204 Bioquímica. Carlos Hotta. Glicólise 13/05/17 QBQ 0204 Bioquímica Carlos Hotta Glicólise 13/05/17 Uma visão geral do metabolismo Ribose 5P (5) NUCLEOTÍDEOS Algumas reações são irreversíveis Vias de síntese e degradação precisam ser separadas Uma visão

Leia mais

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1

Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Integração do metabolismo - sugestões de respostas 1 Generalidades sobre oxidação de nutrientes 1. A equação que descreve a oxidação completa da glicose é: Glicose (C 6 H 12 O 6 ) + 6 O 2 6 CO 2 + 6 H

Leia mais

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração?

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração? Respiração Mas o que é respiração? FISIOLOGIA VEGETAL Respiração É o processo pelo qual compostos orgânicos reduzidos são mobilizados e subsequentemente oxidados de maneira controlada É um processo de

Leia mais

Hormonas e mensageiros secundários

Hormonas e mensageiros secundários Hormonas e mensageiros secundários Interrelação entre os tecidos Comunicação entre os principais tecidos Fígado tecido adiposo hormonas sistema nervoso substratos em circulação músculo cérebro 1 Nos mamíferos,

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA GLICÓLISE Dra. Flávia Cristina Goulart CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus de Marília flaviagoulart@marilia.unesp.br Glicose e glicólise Via Ebden-Meyerhof ou Glicólise A glicólise,

Leia mais

Que relação existe entre a atividade enzimática e a velocidade das reações? Catalisadores

Que relação existe entre a atividade enzimática e a velocidade das reações? Catalisadores Que relação existe entre a atividade enzimática e a velocidade das reações? Catalisadores Que relação existe entre a atividade enzimática e a velocidade das reações? As enzimas diminuem a energia de ativação

Leia mais

1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 Fermentação e actividade enzimática

1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 Fermentação e actividade enzimática Unidade 4 Produção de alimentos e sustentabilidade 1- Microrganismos e indústria alimentar 1.1 1 Qual é a importância dos microrganismos na indústria alimentar? Queijo Os microrganismos são essenciais

Leia mais

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS Se carboidratos, gorduras e proteínas são consumidas em quantidades que excedam as necessidades energéticas, o excesso será armazenado

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

SINAIS EXTRACELULARES. sinais e receptores químicos

SINAIS EXTRACELULARES. sinais e receptores químicos SINAIS EXTRACELULARES sinais e receptores químicos SINAIS EXTRACELULARES principais tipos SINAIS EXTRACELULARES exemplos MOLÉCULAS Metabolitos Citocinas Interleucinas Factores de crescimento Hormonas Nutrientes

Leia mais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Enzimas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Enzimas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Enzimas Prof. Me. Cássio Resende de Morais Enzimas Catalisadores biológicos: substâncias de origem biológica que aceleram

Leia mais

Na aula de hoje continuaremos a estudar as funções bioquímicas das proteínas. Boa aula!

Na aula de hoje continuaremos a estudar as funções bioquímicas das proteínas. Boa aula! Aula: 20 Temática: Funções bioquímicas das proteínas parte II Na aula de hoje continuaremos a estudar as funções bioquímicas das proteínas. Boa aula! 1) Mediadores e reguladores metabólicos (continuação):

Leia mais

Formação e mobilização da glicose por tecidos hepáticos e extra-hepáticos

Formação e mobilização da glicose por tecidos hepáticos e extra-hepáticos Formação e mobilização da glicose por tecidos hepáticos e extra-hepáticos O funcionamento celular depende da sua capacidade de disponibilizar glicose para várias das suas vias metabólicas. A glicose para

Leia mais

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula 38 Citologia

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula 38 Citologia Prof. Marcelo Langer Curso de Biologia Aula 38 Citologia ENZIMAS Apenas alguns grupos de moléculas de RNA que apresentam função biocatalisadora, todas as enzimas são proteínas. FUNÇÕES DAS ENZIMAS: Proteínas

Leia mais

Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros

Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros Estudo da velocidade da reação enzimática e como ela se altera em função de diferentes parâmetros Importante abordagem para o entendimento do mecanismo de ação de uma enzima. Vários fatores afetam a atividade

Leia mais

Glória Braz GLICÓLISE

Glória Braz GLICÓLISE Glória Braz GLICÓLISE Utilização de glicose pelas células A glicólise é a via metabólica mais conservada nos sistemas biológicos A glicose é o combustível preferencial e mais versátil disponível nas células

Leia mais

Glicólise. Professora Liza Felicori

Glicólise. Professora Liza Felicori Glicólise Professora Liza Felicori Glicose Glicose (combustível metabólico) Fígado: Serve como tampão para manter o nível de glicose no sangue (liberação controlada de glicose) Glicose GLICOGÊNIO Estoque

Leia mais

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS Tiroxina Epinefrina (adrenalina) Glucagon Insulina Hormônios esteroides: Cortisol (Suprarenal) Progesterona Testosterona Estradiol Aldosterona

Leia mais

Enzimas versus outros catalisadores

Enzimas versus outros catalisadores Enzimas versus outros catalisadores Catalisadores proteicos Elevados factores de aceleração das reacções Grande especificidade para os substratos Estereo-especificidade (também absoluta) Reduzido número

Leia mais

Enzimas. Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

Enzimas. Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Enzimas Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Enzimas Proteínas especializadas em catalisar reações biológicas, ou seja aumentam a velocidade

Leia mais

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato?

Oxidação parcial o que acontece com o piruvato? A glicólise ocorre no citosol das células transforma a glicose em duas moléculas de piruvato e é constituída por uma sequência de 10 reações (10 enzimas) divididas em duas fases. Fase preparatória (cinco

Leia mais

Bibliografia. BIOQUÍMICA I 2010/2011 Ensino teórico - 1º ano Mestrado Integrado em Medicina. Stryer, Biochemistry, 5ª Ed, 2006, Capítulo 17

Bibliografia. BIOQUÍMICA I 2010/2011 Ensino teórico - 1º ano Mestrado Integrado em Medicina. Stryer, Biochemistry, 5ª Ed, 2006, Capítulo 17 BIOQUÍMICA I 2010/2011 Ensino teórico - 1º ano Mestrado Integrado em Medicina 14ª aula teórica Complexo da piruvato desidrogenase (PDH) e ciclo de Krebs. 15/11/2010 Bibliografia Stryer, Biochemistry, 5ª

Leia mais

Substratos Energéticos Para Exercício Físico

Substratos Energéticos Para Exercício Físico Substratos Energéticos Para Exercício Físico INTRODUÇÃO A especificidade metabólica do exercício (e do treino) é baseada na compreensão da produção de energia (e da sua utilização) pelos sistemas energéticos

Leia mais

Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional.

Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. Introdução às reações enzímicas. Equilíbrio químico, catálise e classificação funcional. ulas a cargo de na Branco e Rui Fontes ruifonte@med.up.pt s vias metabólicas existem porque existem enzimas que

Leia mais

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo energético: vias metabólicas de fornecimento de energia

Leia mais

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi

Gliconeogénese. glicose-6-fosfato + H 2 O glicose + Pi Gliconeogénese 1- A palavra gliconeogénese é, num sentido mais estrito, usada para designar coletivamente o conjunto de processos pelos quais o organismo pode converter substâncias não glicídicas (como

Leia mais

O pâncreas é constituído por dois tipos principais de tecidos: (1) os ácinos, que secretam sucos digestivos no duodeno, e (2) as ilhotas de

O pâncreas é constituído por dois tipos principais de tecidos: (1) os ácinos, que secretam sucos digestivos no duodeno, e (2) as ilhotas de 1 2 3 O pâncreas é constituído por dois tipos principais de tecidos: (1) os ácinos, que secretam sucos digestivos no duodeno, e (2) as ilhotas de Langerhans, que secretam insulina, glucagon e somatostatina

Leia mais

Cinética Enzimática. Prof Karine P. Naidek Novembro/2016

Cinética Enzimática. Prof Karine P. Naidek Novembro/2016 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC BIOQUÍMICA BIO0001 Cinética Enzimática Prof Karine P. Naidek Novembro/2016 Cinética das Reações Bioquímicas

Leia mais

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich

Acetil CoA e Ciclo de Krebs. Prof. Henning Ulrich Acetil CoA e Ciclo de Krebs Prof. Henning Ulrich No citossol Na mitocôndria Descarboxilação do piruvato: H 3 C- Piruvato Coenzima A Acetil CoA Redução de 1 NAD + Formação de acetil CoA (rica em energia)

Leia mais

O passo limitante de uma via metabólica (que determina a velocidade de toda a via) pode ser determinado por:

O passo limitante de uma via metabólica (que determina a velocidade de toda a via) pode ser determinado por: O passo limitante de uma via metabólica (que determina a velocidade de toda a via) pode ser determinado por: Limite por quantidade/velocidade de enzima Limite por quantidade de substrato Bioquímica 15

Leia mais

Teste de frequência módulo de Bioquímica 21 Jan 98

Teste de frequência módulo de Bioquímica 21 Jan 98 Licenciatura em Enfermagem Biofísica e Bioquímica 1º Ano - 1º Semestre 2007/2008 Teste de frequência módulo de Bioquímica 21 Jan 98 Cotação máxima 13,5 valores (A cotação de cada pergunta está indicada

Leia mais

Metabolismo do azoto dos aminoácidos e ciclo da ureia

Metabolismo do azoto dos aminoácidos e ciclo da ureia Metabolismo do azoto dos aminoácidos e ciclo da ureia 1- Os aminoácidos existentes no sangue e nas células resultam da hidrólise das proteínas endógenas ou das proteínas da dieta. A maior parte dos aminoácidos

Leia mais

Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos

Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos 1 Pâncreas - Função exócrina: Secreção de enzimas líticas - Função endócrina (ilhotas): secreção de insulina e glucagon

Leia mais

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2007/2008. Disciplina de BIOQUÍMICA I Curso de MEDICINA 1º Ano

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2007/2008. Disciplina de BIOQUÍMICA I Curso de MEDICINA 1º Ano Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2007/2008 Disciplina de BIOQUÍMICA I Curso de MEDICINA º Ano ENSINO PRÁTICO E TEORICO-PRÁTICO 8ª AULA PRÁTICA Determinação da actividade enzimática

Leia mais

ENZIMAS ENZIMAS ENZIMAS 19/02/17 DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL. ativa. inativa

ENZIMAS ENZIMAS ENZIMAS 19/02/17 DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL. ativa. inativa DFNÇÃO nzimas são proteínas que atuam como catalisadores biológicos o Aceleram a velocidade das reações químicas o Não alteram os produtos finais das reações o Zimogênio (inativas) / nzima (ativas) Composto

Leia mais