Índice. Cana-de-açúcar Controle de cupins e cigarrinha. Milho Manejo integrado de pragas contribui para sucesso da cultura. Feijão Manejo de doenças

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2 Índice 2 Cana-de-açúcar Controle de cupins e cigarrinha 6 14 Milho Manejo integrado de pragas contribui para sucesso da cultura Feijão Manejo de doenças Soja Estratégias de controle de doenças Citros Controle da mancha preta Algodão FiberMax - O máximo de pluma na lavoura Algodão Qualidade final depende do bom preparo da lavoura para a colheita Parcerias com a cadeia produtiva Deixamos de publicar a bibliografia da maioria das matérias desta edição, que permanece à disposição dos interessados. Correio Agrícola - Publicação Janeiro a Dezembro de 2006 Órgão informativo técnico, dirigido a engenheiros agrônomos, agricultores, técnicos agrícolas, faculdades de agronomia e bibliotecas. Editado pela Bayer CropScience Ltda. Rua Verbo Divino, 1207, Bloco B São Paulo - SP / Fone (0xx11) Produção: Assessoria de Propaganda da Bayer S.A. Coordenação geral: Adriana Porto Coordenação técnica: Engenheiros Agrônomos Paulo Renato Calegaro, Jedir Fiorelli, Gilmar Franco e Pedro Singer. Jornalista responsável: Allen A. Dupré, MTb Ambas as pragas têm se destacado pelos prejuízos que, ano após ano, vêm provocando à cultura. Para que sejam controladas de forma efetiva, são necessárias estratégias de manejo bem fundamentadas e conduzidas O Brasil é o líder mundial na produção de cana-de-acúcar e seus derivados, tendo como área plantada algo em torno de 6,4 milhões de hectares. O interesse internacional pelo etanol como fonte alternativa de energia renovável fez acender a chama do crescimento do setor, o qual será a tendência nos próximos dez anos. Entretanto, com o crescimento da área plantada e a busca por produtividades viáveis do ponto de vista econômico, o setor enfrenta alguns fatores agronômicos restritivos, dentre os quais os cupins e a cigarrinha-das-raízes destacam-se pela nocividade à cultura. 2 CORREIO

3 Cupins Os cupins são insetos pertencentes à ordem isoptera. São considerados insetos sociais, que vivem em colônias populosas e muito organizadas e se dividem em castas reprodutora, representada pelo casal real, e não reprodutora, representada pelos operários e soldados. Essa sociedade extremamente numerosa vive em ninhos de diversas formas e tamanhos denominados cupinzeiros. Em cana-de-açúcar no Brasil, na região Centro-Sul, ocorrem várias espécies, com destaque para Heterotermes tenuis, Heterotermes longiceps, Procornitermes triacifer, Neocapritermes parvus, Neocapritermes opacus e Cornitermes cumulans, sendo que as duas primeiras estão associadas aos maiores prejuízos aos canaviais. Na região Nordeste, além dos gêneros Heterotermes e Neocapritermes, foram registrados outros três Amitermes, Cylindrotermes e Nasutitermes que causam sérios danos à cultura da cana-de-açúcar. Os cupins atacam a cultura durante todo o seu ciclo, desde a fase inicial de plantio, quando atacam os toletes, provocando falhas no plantio, em touceiras e colmos, causando redução do número de perfilhos e secamento e quebra de colmos. Após o primeiro corte dos canaviais, podem atacar as soqueiras, provocando o surgimento de reboleiras. Isso, às vezes, dependendo de sua intensidade, exige a reforma do canavial. Os danos causados pelos cupins produzem perdas anuais de produtividade de 10 t/ha, em média, o que pode representar um prejuízo entre 40 e 50 t/ha durante o ciclo da cultura. Como fazer o controle 1. Amostragem Para uma correta tomada de decisão no controle de cupins em canaviais, devem ser tomados alguns cuidados e adotados os procedimentos descritos a seguir. Plantios em áreas de expansão Assim que forem definidas as áreas de expansão, o ideal é que se faça o uso de iscas atrativas antes da instalação da cultura. Essas iscas são constituídas por toletes de cana, que devem ser enterrados em uma profundidade de mais ou menos 15 cm, onde devem permanecer por 45 dias para que se possa identificar as espécies e a porcentagem de infestação. O ideal é que se coloque no mínimo duas iscas por hectare. A tomada de decisão deve ser baseada na espécie de cupim presente, nas notas populacionais e no percentual de dano nos toletes utilizados como iscas. Plantios em áreas de reforma Imediatamente após o último corte nas áreas de reforma, preferencialmente no período mais seco do ano, quando as populações de cupins são mais altas, faz-se o levantamento em dois pontos por hectare, compreendendo uma touceira por ponto, abrindo-se em cada um deles uma trincheira com 50 cm de largura por 50 cm de comprimento e 30 cm de profundidade. Avaliam-se, então, as espécies presentes e os respectivos níveis de infestação, utilizando-se a escala de notas apresentada na Tabela 1. Tabela 1 Escala de notas populacionais atribuídas a cupins Nota populacional Cupins por trincheira 0 Nenhum 1 1 a a Mais de 100 A tomada de decisão deve ser baseada na espécie de cupins presente, nas notas populacionais e no percentual de touceiras atacadas.

4 Heterotermes Prejuízos provocados por Heterotermes em cana de 2º corte Ninfa da cigarrinha-das-raízes Adulto da cigarrinha-das-raízes Prejuízos provocados pelas cigarrinha-das-raízes Tabela 2 Nível de controle (NC) para controle químico de cigarrinha-das-raízes NC (Nível de Controle) Canavial colhido em 3 a 4 ninfas/metro linear Final de safra 10 a 12 ninfas/metro linear Início e meio de safra Cigarrinha-das-raízes A cigarrinha-das-raízes mahanarva fimbriolata adquiriu importância econômica entre as pragas que atacam a cultura da cana-de-açúcar a partir do final dos anos 90, quando houve a intensificação do sistema de colheita de cana crua. Inicialmente, os primeiros focos foram observados no Estado de São Paulo, mas hoje sua presença é constatada em praticamente todos os estados do Centro-Sul e recentemente foram registrados crescimentos assustadores na região Nordeste, principalmente no Estado dealagoas. O ambiente proporcionado pelo sistema de cana crua contribuiu sobremaneira para a manutenção da umidade na base das touceiras de cana, que é altamente favorável ao crescimento populacional dessa praga. A partir do mês de setembro, com a chegada de chuvas, altas temperaturas e maior fotoperíodo, ocorre a eclosão dos ovos, seguida do surgimento das ninfas, que atingem seu pico entre dezembro e fevereiro. O maior dano à cultura da cana-de-açúcar é causado pelas ninfas, em razão de sua alta capacidade de sucção no sistema radicular, extraindo água e nutrientes. As formas adultas também causam danos sugando a seiva das folhas e causando a chamada "queima" da cana-de-açúcar. Os danos causados podem chegar a perdas na produtividade da ordem de 40% a 50% em canaviais colhidos em final de safra e de 8% a 10% em canaviais colhidos em começo e meio de safra. Além dos prejuízos à produtividade, ocorrem perdas consideráveis na qualidade da cana-deaçúcar, geralmente em função da redução nos valores de pol % cana e do aumento nos teores de fibra. Como fazer o controle Para um melhor retorno do investimento feito na estratégia de manejo, é importante efetuar um bom levantamento populacional da praga, o qual deve ser iniciado 15 a 20 dias após as primeiras chuvas da primavera, quando as ninfas começam a eclodir dos ovos que estavam em diapausa. Em cada hectare, devem ser tomados no mínimo dois pontos com 2 metros de sulco, onde, após sua demarcação com auxílio de um gabarito, faz-se o afastamento da palha dos dois lados e em seguida a contagem do número de ninfas e adultos presentes nas raízes. De posse do levantamento, recomenda-se adotar o controle baseado nos níveis de controle (NC) da tabela 2 levando em consideração o conhecimento do histórico da área, variedade e tempo pós corte da área em questão.

5 Resultados com Evidence no controle de cupins em cana-de-açúcar e recomendação de uso em cana planta Tabela 3 Média de notas populacionais, produtividade e incrementos em relação à testemunha no 1º corte (média de 25 ensaios) Evidence 480 SC inseticida flexível para o controle de cupins e cigarrinha-das-raízes No início dos anos 2000, a Bayer CropScience iniciou o processo de desenvolvimento do Evidence 480 SC objetivando o controle de cupins, migdolus, sphenophorus e cigarrinhas das raízes. Hoje o posicionamento de uso para o controle de cupins e cigarrinhas está totalmente definido e, para migdolus e sphenophorus, será definido brevemente. Especificamente no controle de cupins, é importante o conhecimento da duração do efeito do tratamento, uma vez que no momento do plantio faz-se o investimento de controle desta praga com um horizonte de efeito residual de no mínimo três cortes. Considerações gerais Além dos benefícios proporcionados pelo controle das pragas, como cupins e cigarrinhadas-raízes, Evidence 480 SC é um produto faixa verde, portanto de baixa toxicidade, cujo ingrediente ativo pertence a um novo grupo químico e apresenta um novo mecanismo de ação que vem ao encontro da necessidade de alternância de uso de produtos. Autor: Eng.Agr. João Paulo Pivetta Desenvolvimento de Mercado Cana-de-Açúcar - Bayer CropScience Ltda. Tratamentos NPC (1) aos 490 daa Produtividade (t/ha) Ganhos (t/ha) Testemunha 1,1 93,0 - Evidence 480 SC 0,2 104,0 + 11,0 Fipronil 0,2 102,6 + 9,6 (1) - Notas Populacionais Cupins Tabela 4 Média de notas populacionais, produtividade e incrementos em relação à testemunha no acumulado dos 1º e 2º cortes (média de 13 ensaios) Tratamentos NPC (1) Produtividade Ganhos Ganho aos 760 daa t/ha t/ha Média/Corte Testemunha 0,8 182,4 Evidence 480 SC 0,2 203,5 + 21,1 + 10,6 Fipronil 0,1 199,8 + 17,4 + 8,7 (1) - Notas Populacionais Cupins Tabela 5 Média de notas populacionais, produtividade e incrementos em relação à testemunha no acumulado dos 1º, 2º e 3º cortes (média de 6 ensaios) Tratamentos NPC (1) Produtividade Ganhos Ganho aos 972 daa t/ha t/ha Média/Corte Testemunha 0,8 300,8 - Evidence 480 SC 0,2 329,8 + 29,0 + 9,7 Fipronil 0,1 331,7 + 30,9 + 10,3 (1) - Notas Populacionais Cupins Tabela 6 Recomendação de Evidence 480 SC para o controle de cupins em plantios de cana-de-açúcar Situação de uso Quando os levantamentos populacionais apontarem infestações médias e altas de cupins. Aplicado no sulco de plantio na operação de cobertura dos toletes. Utilizar um volume de aplicação entre litros/ha Resultados com Evidence no controle de cigarrinha-dasraízes em cana-de-açúcar e recomendação de uso Gráfico 1 Flutuação populacional de ninfas de cigarrinha-das-raízes na região Centro-Sul (média de 7 ensaios) Tabela 8 Recomendação de Evidence 480 SC no controle de cigarrinha-das-raízes em de cana-de-açúcar Época de Nível de Dosagem colheita controle (l/ha) (ninfas/ metro linear) Meio de safra ,5 (Ação de longo prazo) Final de safra 1,5 (Aplicações até 3-4 dezembro) 1,0 (Aplicações de janeiro em diante) Tabela 7 Média de produtividade agrícola, agroindustrial e ganhos em relação à testemunha (média de 7 ensaios) Tratamentos Produtividade Ganhos Produtividade Ganhos agrícola t de cana/ha agroindustrial t ATR/ha t de cana/ha t ATR/ha Testemunha 83,0-12,00 - Evidence 92,6 9,6 13,46 1,46 Evidence 95,7 12,7 15,51 1,51 Thiametoxan 92,4 9,4 13,36 1,36 Thiametoxan 93,1 10,1 13,57 1,57 CORREIO 5

6 MANEJO INTEGRADO DE decisivo para sucesso da cultura 6 CORREIO

7 A evolução tecnológica da cultura do milho trouxe vantagens econômicas, porém acompanhadas de contratempos, exigindo maiores cuidados fitossanitários PRAGAS A produção de milho no Brasil evoluiu da condição de cultura de subsistência para cultura comercial graças a investimentos expressivos em tecnologia como mecanização, me - lhoramento genético e manejo cultural. Por outro lado, práticas como plantio direto, irrigação e cultivo da safrinha levaram a alte - rações significativas no agroecossistema, afetando profundamente as interações do am - bien te com os artrópodes associados à cultura. Atualmente, o sucesso dessa atividade, que era considerada imune a pragas, depende do manejo eficiente de várias espécies-praga, para que se obtenham altas produtividades. A adoção do Manejo Integrado de Pragas MIP, na sua plenitude, pode promover ganhos significativos de produtividade, com menos gastos com defensivos, menor impacto ambiental e maior lucratividade. Os investimentos em tecnologia promoveram ganhos expressivos em produtividade. A me - lhoria das plantadeiras e o tratamento de sementes para o controle das pragas iniciais reduziram as perdas de plantas produtivas. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nos últimos 15 anos, a área cultivada com milho caiu de cerca de 14 milhões para 12,5 milhões de hectares e a produção aumentou de aproximadamente 24 mi - lhões para 41,5 milhões de toneladas. Isso se deve aos ganhos em produtividade, que subiu de para kg/ha. Entretanto, alguns fatores continuam desafiando as estratégias de proteção do potencial produtivo das lavouras. A lagarta-do-cartucho do milho (LCM), pela sua incidência em todo o ciclo da cultura e por sua alta freqüência, tornou-se praga-chave na cultura do milho, do sorgo e do algodão. No MIP dessa praga, nas lavouras onde se utilizou o tratamento de sementes com inseticida à base de thiodicarb, têm sido necessárias de duas a três aplicações de inseticidas em cada ciclo da cultura. E em alguns casos, mesmo com várias aplicações, não se tem obtido controle satisfatório. A expansão das práticas de plantio direto, safrinha e culturas hospedeiras irrigadas, no período de entressafra, tem contribuído para o aumento da densidade populacional de várias espécies-praga. Isso se explica. Uma simples gradagem, por exemplo, pode eliminar até 50% das pupas da LCM no solo (Luginbill, 1928). O preparo do solo, além de promover o controle mecânico, expõe os insetos de hábito subterrâneo à dessecação e ação de vários inimigos naturais. Tanto a sa - frinha como os plantios irrigados, por supri - rem de alimento os insetos durante todo o ano, têm contribuído para o aumento da den - sidade populacional de insetos-praga que se alimentam e reproduzem exclusivamente no milho como a cigarrinha, Dalbulus maidis (Tsai 1988). A safrinha, plantio do milho em sucessão à soja, propiciou a incidência do percevejo barriga-verde no milho, causando perdas expressivas. Assim, esses sistemas têm promovido um aumento da densidade populacional de insetos-praga que passam pelo menos uma de suas fases no solo como, por exemplo, os corós, as lagartas do cartucho e da espiga e a broca-da-cana-de-açúcar, que passa a fase de pupa nos restos culturais das plantas hospedeiras. Aqui não se defende a ruptura desses sistemas de produção, mas se enfatiza a necessidade de medidas compensatórias de manejo fitossanitário para reduzir as perdas e dar maior sustentabilidade ao sistema de produção. A rigor, com a presença de hospedeiros durante todo o ano no campo, deveria ocorrer também um aumento da população de inimigos naturais, mas isso não tem sido observado. É possível que o uso de produtos de amplo espectro (piretróides e fosforados) na dessecação ou logo após o plantio tenham contribuído para a redução dos inimigos naturais, provocando o ressurgimento de lagartas e surtos de pulgões. Um maior entendimento da dinâmica populacional das comunidades de insetos nos sistemas integrados de produção poderá trazer grandes benefícios ao manejo dessas espécies-alvo. Identificação das principais espécies-alvo Várias espécies de insetos, antes sem expressão econômica, têm se tornado pragas importantes na cultura do milho. Para facilitar a organização das estratégias de manejo, as principais espécies-alvo no milho serão distribuídas em três grupos principais: 1.1. Insetos de hábito subterrâneo Incluem insetos que atacam as sementes, o sistema radicular e as plântulas. Neste grupo CORREIO 7

8 estão varias espécies cujos danos estão associados com a redução da população de plantas produtivas na lavoura e podem ser distribuídos em dois subgrupos: tipicamente subterrâneos e insetos que atacam a região do coleto das plântulas Tipicamente subterrâneos: Larva-arame É a forma imatura de besouros e inclui dois subgrupos, a verdadeira, que pertence ao gênero Conoderus spp., da família Elateridae, e a falsa, que inclui várias espécies da família Tenebrionidae. Larva-angorá ou peludinha É a forma imatura do besouro Astylus variegatus. Este tem cerca de 8 mm de comprimento, apresentando élitros de cor amarela, com cinco manchas negras grandes, facilmente observado se alimentando de pólen ou de néctar das plantas em geral. Adulto de Astylus variegatus Corós (bicho-bolo ou pão-de-galinha) Também são larvas de besouros de várias espécies dos gêneros Phyllophaga, Cyclocephala, Diloboderus, Eutheola, Dyscinetus e Stenocrate, cujos adultos variam de 15 a 25 mm de comprimento e, de acordo com a espécie, a coloração varia desde marrom-brilhante até pardo-escura. Larvas-de-diabrótica Incluem duas espécies, Diabrotica speciosa e D. viridula, cujas larvas preferem se alimentar nas raízes das gramíneas e tubérculos de batata e os adultos nas folhas de Leguminosae, Cucurbitaceae e Solanaceae e em Graminae raspam as folhas. Adulto de Diabrotica speciosa Insetos que atacam a região do coleto das plântulas causando redução de estande Este grupo inclui as lagartas que atacam a base das plantas, abrindo uma galeria que, ao destruir o ponto de crescimento, pode provocar o perfilhamento ou a morte da planta principal, causando o típico sintoma de "coração morto" ou plantas cortadas. Envolve quatro espécies de lagartas e uma de percevejo: Lagarta-elasmo, Elasmopalpus lignosellus. Os adultos, por serem pequenos, passam facilmente despercebidos no ambiente, movimentando-se rapidamente na vegetação rasteira, onde coloca seus ovos e suas larvas cons - troem um típico casulo de detritos, onde se escondem à menor ameaça. Seus danos causam a morte das plantas atacadas. Lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda Os danos típicos são no cartucho, mas sob determinadas condições, podem causar danos na região do coleto, na espiga ou no pendão; Broca-da-cana-de-açúcar, Diatraea spp. Embora os danos de suas larvas sejam tipicamente no colmo, infestações logo após a emergência das plântulas podem causar sua morte. Lagarta-rosca, Agrotis ipsilon Corta as plantas rente ao solo e também reduz o estande da lavoura. Percevejo barriga-verde, Dichelops spp. Apresenta a face dorsal do abdômen marrom e a ventral verde, daí o nome de barrigaverde. Esta espécie se multiplica no final do ciclo da soja e de outros hospedeiros, no verão, e ataca as plântulas de milho ou sorgo, na safrinha. Após a colheita da soja, a população de Dichelops aumenta com o desenvolvimento da cultura do milho, tornando-se o percevejo mais abundante (90%) nesta cultura (Correa-Ferreira et al. 2006). A sua alimentação na base das plântulas, logo Percevejo barriga-verde acima do solo, provoca lesões circulares com um halo amarelado no limbo foliar e alterações fisiológicas que resultam em Larva de coró (bicho-bolo ou pão-de-galinha) Lagarta de Spodoptera frugiperda Danos causados pelo percevejo barriga-verde plantas anormais, perfilhamento, podendo levar a planta toda à morte Insetos sugadores e vetores de fitopatógenos Neste grupo estão incluídos os insetos sugadores de seiva, que além do 8 CORREIO

9 dano direto transmitem fitopatógenos que causam doenças às plantas de milho. Neste grupo devem ser destacadas duas espécies: Cigarrinha-do-milho Cigarrinha-do-milho, Dalbulus maidis. Este inseto é vetor de três fitopatógenos causadores de importantes doenças do milho: os enfezamentos pálido (corn stunt spiroplasma CSS causado pelo Spiroplasma kunkelii) e vermelho (maize bushy stunt phytoplasma MBSP) e o rayado-fino (maize rayado fino marafivirus MRFV). Dependendo do fitopa - tógeno e do cultivar, as plantas doentes podem apresentar anomalias como superespigamento, desenvolvimento de limbo foliar nas palhas da espiga verde e grãos no pendão. Os adultos, medindo cerca de 4 mm de comprimento, são observados alimentando-se, preferencialmente, no cartucho do milho. Na cabeça, destacam-se duas manchas negras com o dobro do diâmetro dos ocelos. Uma das características da família desse inseto é a presença de duas fileiras de espi nhos nas tíbias posteriores. Os ovos translúcidos, com o formato de uma banana, medem menos de 1 mm e são facilmente observáveis olhando-se a folha do milho contra a luz. Depois de sete a dez dias, eles se tornam leitosos e das extremidades projetam tufos de microfilamentos, facilmente visíveis com uma lupa manual (10X). As ninfas, que passam por cinco mudas, são de coloração palha, com manchas escuras no abdômen e olhos negros. Elas tendem a permanecer estáticas, alimentando-se na folha, e só se movem se forem incomodadas. A biologia de D. maidis é afetada sensivelmente pela temperatura. As fêmeas colocam seus ovos, através de seu ovipositor, dentro do tecido da nervura central das folhas (postura endofítica). Abaixo de 20º C, não há eclosão de ninfas, entretanto, esses ovos permanecem viáveis. Sob condições favoráveis, a eclosão das ninfas se dá em nove dias e estas levam 15 dias para completar seu desenvolvimento, com a emergência dos adultos. As fêmeas depositam cerca de 14 ovos/dia, podendo colocar 611 ovos durante os seus 45 dias de vida. Entre 26 e 32º C, o seu ciclo biológico completa-se em 24 dias. A gama de hospedeiros de D. maidis está restrita ao gênero Zea e as espécies anuais ou perenes são consideradas uma espécie monófaga. Ocasionalmente, insetos podem ser encontrados em plantas de gêneros próxi - mos ao do milho, como o Tripsacum e a Euchlaena. Entretanto, adultos e ovos de D. maidis podem ser encontrados em outras espécies de plantas como, por exemplo, a do sorgo. Numa mesma área, a densidade de adultos e ovos de D. maidis no sorgo é, geralmente, cerca de dez vezes menor do que no milho. Levantamentos rea lizados em diferentes coberturas de solo re velaram que, em milho, 90% das espécies de cigarrinhas coletadas são D. maidis. A cigarrinha-do-milho é encontrada, geralmente, em toda a região neotropical, onde esse cereal é cultivado desde o nível do mar até altitudes superiores a m. A tempe ratura e a disponibilidade de hospedeiros são fatores li - mitantes para a manutenção e a explosão popu - lacional dessa espécie. Pouco se sabe sobre os inimigos naturais de D. maidis, mas, em geral, os predadores e parasitóides têm papel importante na dinâmica populacional. Na região Sudeste, levantamentos realizados ao longo do ano têm demonstrado que a densidade média de D. maidis é de um adulto/planta; entretanto, entre os meses de março e abril, essa densidade pode ultrapassar dez adultos/planta Pulgão-do-milho - Rhopalosiphum maidis - O pulgão-do-milho tem coloração verde-azulada com patas, antenas e cornículos pretos. Em algumas condições ele pode apresentar todo o corpo negro. Tanto os adultos ápteros como as ninfas dessa espécie preferem Pulgão-do-milho infestar os pontos de crescimento das plantas de gramíneas e, geralmente, estão presentes no cartucho, no pendão ou nas gemas florais. Os danos são devidos à sucção de seiva e transmissão de fitopatógenos entre as plantas, principalmente o mosaico da cana-deaçúcar, cujos prejuízos podem chegar a 50% na produção de grãos. Por outro lado, os prejuízos diretos causados por esta espécie tornam-se significativos somente em condições especiais, quando a população de insetos é alta e a cultura está sob estresse hídrico ou quando há fonte de inó culo de viroses próxima à área de plantio. Nas condições tropicais, a reprodução é parte - no gênica, com fêmeas produzindo somente fêmeas. Seu ciclo biológico é muito afetado pela temperatura e abaixo de 25º C a ninfa se transforma em adulto em uma sema na, sendo que cada fêmea pode produzir cerca de 3 ninfas/dia durante suas duas sema nas de vida. Plantas, sob algum estresse, induzem a forma - ção de adultos alados, que são os responsáveis pela disseminação dos insetos no campo e também pela transmissão do vírus do mosaico. Normalmente, esta espécie não requer con - trole e uma leve infestação pode ser benéfica ao atrair e manter inimigos naturais como os predadores, importantes agentes de controle biológico de outras espécies de pragas mais nocivas, como as cigarrinhas e as lagartas. O tratamento de sementes, com inseticidas sistêmicos, pode proteger as plantas no início de desenvolvimento contra as pragas iniciais. CORREIO 9

10 1.3. Lagartas-do-milho A lagarta-do-cartucho (LCM), Spodoptera frugiperda, a lagarta-da-espiga (LEM), Helicoverpa zea, a broca-da-cana-de-açúcar (BCA), Diatraea saccharalis e a lagarta-rosca (LRC), Agrotis ipsilon são as principais. A LEM ataca principalmente a ponta da espiga e seu potencial de dano direto está em torno de 8%. Porém, por abrir entrada para outros insetos e fungos causadores de podridão da espiga, torna-se por esse prejuízo indireto uma das pragas-chave na cultura. A BCA tem causado sérios prejuízos ao milho Dano em ponta de espiga causado por lagarta-do-milho cultivado na região Centro-Oeste, abrindo galerias nos colmos, o que provoca tombamentos e quebramentos das plantas. Um dos sinais da infestação do colmo por esta espécie é a presença de orifícios por onde a mariposa sai após completar a fase de pupa. Tanto a LEM como a LCM pode atacar a espiga do Dano em colmo causado por Diatraea saccharalis milho, causando perdas diretas de até 37%, e o sintoma de dano neste caso é o orifício de saída da lagarta na palha da espiga. Outra espécie que, esporadicamente, pode causar danos expressivos ao milho, é o curuquerê-dos-capinzais, Mocis latipes, que inicia seu ataque pelas folhas baixeiras, mas pode Dano em palha de espiga causado por Spodoptera frugiperda ou Helicoverpa zea consumir todo o limbo foliar da planta. Muitos danos atribuídos à LRC podem ter sido causados pela LCM atacando a região do coleto da planta. Entretanto, áreas de solo pesado, com densa concentração de detritos e restos cultu - rais mal dessecados, pode atrair as mariposas para oviposição. Neste caso, os prejuízos podem ser grandes devido à redução na população das plantas. Estas quatro últimas espécies citadas ocasionalmente demandam con - trole, e os métodos disponíveis nem sempre produzem resultados satisfatórios. Entretanto, por sua alta incidência todos os anos e por sua distribuição espacial e temporal, a LCM cons ti tui-se no principal problema de lagartas no milho, demandando um monitoramento cons tante e estratégias de controle permanente A lagarta-do-cartucho (LCM) Na lavoura de milho, os adultos da LCM são mariposas que se escondem no cartucho da Adulto de lagarta-do-cartucho planta e fazem posturas na folha. Em condições ideais, a eclosão das larvas ocorre em três dias. Inicialmente, as larvas se alimentam da casca dos ovos e raspam as fo - lhas. À medida que a lagarta se alimenta, dirige-se para o cartucho da planta ou para a espiga, onde causa seus maiores danos. A larva completamente desenvolvida pode ser identificada pela presença de um "Y" invertido na cabeça. O hospedeiro preferencial da lagarta-do-cartucho é o milho (Cruz, 1998), entretanto, estão registradas na literatura mais de 100 plantas hospedeiras (Pogue, 1995). Uma análise do ci - clo e do período de suscetibilidade das principais espécies hospedeiras cultivadas no verão, na safrinha e no inverno, nos dife - rentes agroecossistemas brasileiros, revela a abundância de alimento disponível para a LCM durante todo o ano. Portanto, nas regiões tropicais, onde a temperatura não limita o desenvolvimento do inseto, ocorre superposição de gerações e o crescimento populacional fica dependente da adaptação da lagarta aos diferentes hospedeiros e da ação de outros agentes de controle, como os inimigos naturais ou o controle artificial feito pelo homem. Embora a taxa de sobrevivência seja uma vari - ável indicadora de adaptação, o importante na dinâmica populacional é a taxa de indivíduos férteis produzidos em cada hospedeiro. Em estudos realizados na Embrapa Milho e Sorgo, a diferença observada na taxa de indivíduos normais afetou a taxa de indivíduos reprodutivos, o número de posturas e o número de ovos, que, para os insetos desenvolvidos no milheto e no milho resistente, foram significativamente menores. Entretanto, o número de ovos por postura e o número de posturas por fêmea foram semelhantes para os insetos desenvolvidos nos três hospedeiros. Esses resultados confirmam, também, o potencial que existe para se utilizar a resistência genética natural do milho à LCM. As larvas da LCM podem causar, no milho, perdas de 17% a 38,7% na produção, dependendo do ambiente e do estádio de desenvolvimento das plantas atacadas (Carvalho, 1970; Cruz e Turpin, 1983). Além do típico dano da LCM no cartucho, ela pode danificar também as plântulas na fase de estabelecimento da cultura, atacando o coleto da planta,

11 Dano no colo da planta causado por lagarta-do-cartucho causando o sintoma de coração morto, o pendão durante o florescimento ou mesmo a espiga durante a fase de enchimento de grãos. Neste caso, os danos vão além da simples redução da massa de grãos, mas, devido à abertura de entrada para fungos e outros insetos, reduz a qualidade dos grãos colhidos. Algumas características da LCM têm levado a vários insucessos no seu controle, destacando-se o sítio de alimentação. A LCM se alimenta no "palmito" da planta, que é cons - tituído das folhas antes de se desenrolarem, onde ela fica muito protegida das pulverizações e dos agentes de contaminação como os microrganismos. A ampla variedade de hospedeiros possibilita a sobrevivência das larvas em diferentes ambientes durante todo o ano nas regiões tropicais. A capacidade de migração dos adultos tem permitido o deslocamento dessa espécie a longas distâncias e resistência a inseticidas tem sido observada. Finalmente, a capacidade reprodutiva da LCM está sob grande pressão ambiental e, a qualquer desequilíbrio, sua população pode aumentar até 1000 vezes a densidade observada em gerações anteriores. Conseqüentemente, reclamações de fa - lhas no controle são muito freqüentes. Além dos fatores climáticos, das restrições dos hospedeiros alternativos e do canibalismo, vários inimigos naturais como artrópodes, pássaros, vírus, bactérias, fungos e nematóides contribuem para o equilíbrio populacional tanto da LCM como da LEM. Estima-se que, devido ao canibalismo, apenas 23% das lagartas eclodidas cheguem à fase de pupa (Lima et al. 2006). Os hospedeiros alternativos não são igualmente favoráveis para o desenvolvimento da LCM. Considerando a adaptação da LCM no milho em 100%, o índice de suscetibilidade relativa é de 28% no feijoeiro, 23% no capim marmelada, 15% no tanzânia e 8% no capim marandu (Boregas et al. 2006). Por outro lado, a introdução, o aumento e a preservação dos inimigos naturais no ambiente, para realizarem o controle biológico, são ações muito importantes para manter a popu - lação das espécies-alvo em equilíbrio e abaixo dos níveis de dano econômico. 2. Principais inimigos naturais no agroecossistema Entre os inimigos naturais prevalentes no agroecossistema, associados à cultura do milho, destacam-se os percevejos (Orius spp), a tesourinha (Doru luteipes) e joaninhas, tanto Tesourinha os adultos (ex. Cycloneda sanguinea) como as larvas. Várias outras espécies de inimigos naturais, como os chrisopídeos, carabídeos e outros coccinelídeos, também são observadas em lavouras de milho. Há, ainda, várias espécies de parasitóides e microorganismos que desempenham papel importante na dinâmica populacional da LCM. Adulto de Cycloneda sanguinea Larva de Cycloneda sanguinea Atualmente, existem no mercado produtos biológicos como, por exemplo, o parasitóide de ovos Trichogramma spp., que pode causar impacto na população de espécies-pragas como a LEM. Este método inundativo (saturação do ambiente com o parasitóide) tem sido usado com sucesso em muitos casos. Além dessa possibilidade, devem ser preservados os inimigos naturais já presentes, como a tesourinha e o Orius sp. O grande desafio do manejo integrado, para preservar o controle biológico das pragas na cultura do milho, está na disponibi lidade de métodos alternativos ou de produtos com alta seletividade, para a utilização em situações de emergência. Por outro lado, ainda há a necessidade da determinação dos níveis de não-controle em função da densidade popu lacional desses inimigos naturais para a tomada de decisão, principalmente para tesourinha. A população de inimigos naturais é especialmente importante na manutenção da população de pulgão sob controle.

12 3. Componentes do Manejo Integrado de Pragas -MIP Embora a prática do MIP venha sendo difundida por várias décadas, a plena aplicação de todos os seus componentes tem sido limitada. A base do MIP está na consideração da resistência ambiental em favor da cultura e isto implica no uso rigoroso de pelo menos três elementos: 1. Definir os níveis de dano econômico e ní vel de controle (NC). 2. Monitoramento periódico da densidade po - pulacional da espécie-alvo para detectar o momento da ação. 3. Utilização de mais de um método de contro - le visando manter a população da espéciealvo abaixo do nível de dano econômico. Para a detecção da incidência de alguns insetos-praga de hábito subterrâneo, pode se utilizar iscas (Waquil 1992). Por exemplo, para monitorar a presença da larva arame, deve-se enterrar na superfície do solo algumas amostras de sementes não tratadas (±200g), colocar um plástico sobre o local e identificá-lo, para posterior averiguação. Alguns dias depois, deve-se voltar ao local e examinar a amostra de sementes enterradas e verificar se há presença de larva-arame (Waquil et al., 1986). Para cupins, pode-se detectar sua presença em pedaços de colmo de gramíneas presentes no local ou utilizar rolos de papel higiênico (sem perfume) ou pedaços de colmo de milho distribuídos nas glebas a serem examinadas. A análise desse material, alguns dias depois, vai indicar a incidência de cupins subterrâneos no solo. Para algumas espécies de pragas-subterrâneas, existem níveis de controle recomendados. Para a larva-arame e para os corós, recomenda-se a amostragem de solo num volume de 30 x 30 cm que, ao ser peneirado, permite a observação da presença de insetos. Observando-se a média de uma larva por amostra, recomenda-se controle. Os danos causados pelas pragas iniciais são bastante influenciados pelas condições ambientais. Entre os fatores de mortalidade natural de alguns desses insetos-praga de hábito subterrâneo, no campo, destacam-se a dessecação, em solos bem drenados, e a infecção por fungos, principalmente do gênero Metarrhizium, em solos úmidos (Rossetto et al. 1989). Assim, as larvas-de-diabrótica e o percevejo-castanho só se tornam problema sob determinadas condições de solos encharcados devido ao excesso de precipitação ou de irrigação. Por outro lado, os períodos de estiagem, em solos secos e soltos, favorecem a incidência da lagarta-elasmo. Assim, no sistema de plantio direto, como há uma maior retenção de umidade do solo, a incidência da lagarta-elasmo é menor. Os danos dos insetos vetores de fitopatógenos são devidos, principalmente, aos prejuízos causados pelas doenças, que podem variar de 9% a 90%, dependendo da suscetibilidade do cultivar e dos patógenos envolvidos. Tanto a população de cigarrinhas, como a de pulgões, é altamente influenciada pelas condições ambientais, porém, sob condições favoráveis, são produzidas altas populações, que podem causar danos diretos expressivos. No caso da cigarrinha-do-milho, temperaturas abaixo de 20º C paralisam o desenvolvimento embrionário. Por outro lado, o pulgão, por ser uma presa fácil, tem sua densidade populacional muito afetada pela ação dos inimigos naturais, principalmente dos predadores. Os danos causados pelo percevejo barrigaverde ocorrem durante sua alimentação na base das plântulas, onde se observam pontuações escuras nas folhas novas do interior do cartucho. Se, no processo de alimentação, o meristema apical for danificado, as folhas centrais da plântula murcham e secam, manifestando o sintoma denominado "coração morto", podendo também ocorrer o perfilhamento da planta, tornando-a totalmente improdutiva. Quando o meristema apical não é danificado, as primeiras folhas que se desenrolam do cartucho apresentam estrias esbranquiçadas transversais, muitas vezes com perfurações de halo amarelado, provenientes das punções que o inseto fez quando se alimentou na base da planta ainda jovem. Existem, também, evidências de que o inseto, ao se alimentar, injeta saliva para facilitar a penetração do estilete no tecido foliar e, conseqüentemente, extrair o alimento (seiva da planta). Algumas folhas do cartucho não conseguem se desenrolar, adquirindo um aspecto de "encharutamento". Na safrinha, onde ocorre o percevejo barrigaverde, tem sido utilizada uma aplicação de inseticida antes da emergência. Se for usado junto com a dessecação, recomenda-se que esta seja feita pelo menos uma semana antes do plantio (Franco et al., 2006). Dependendo do local e da época, se houver histórico da ocorrência de enfezamentos e viroses, inseticidas à base de neonicotinóides têm sido recomendados para o tratamento de sementes, visando ao controle da cigarrinha-do-milho. Na região Centro-Oeste, têm ocorrido surtos da broca-dacana no milho. Em solos encharcados, devido à abundância de chuva ou irrigação, tem ocorrido a incidência de larvas-de-diabrótica causando danos expressivos ao milho. Assim, mesmo com o uso do MIP, perdas significativas são re - gistradas anualmente. Portanto, novas estratégias de controle devem ser desenvolvidas e, cada vez mais, será necessário um monitoramento minucioso da lavoura. Atualmente várias estratégias têm sido utilizadas para o manejo das principais espécies de pragas. Para o controle das pragas iniciais, têm sido usados tratamentos de sementes ou 12 CORREIO

13 do solo com inseticidas granulados ou por meio da pulverização dos sulcos de plantios. O tratamento de sementes é uma prática que tem dado bons resultados no estabelecimento da população ideal de plantas. Os produtos à base dos carbamatos dão boa proteção contra as pragas das sementes e de algumas das raízes. Também protegem contra alguns insetos mastigadores que atacam as plântulas logo após a emergência como, por exemplo, a lagarta-do-cartucho, por até 17 dias. Entretanto, estes produtos têm pouca ação contra os insetos sugadores que atacam as plantas jovens. Para o controle deste grupo de pragas, tem sido recomendado o uso dos inseticidas do grupo dos neonicotinóides. Portanto, para dar proteção às plântulas, há necessidade de tratar as sementes com uma mistura desses princípios ativos. O tratamento de sementes tem sido uma prática altamente econômica, pois, em milho, com um custo de apenas 4,8% dos insumos, obtémse aumentos de 15% na emergência de plantas e de até 18,9% na produtividade, dependendo do nível de infestação. A taxa de adoção dessa tecnologia varia de região para região, mas, em média, admite-se que cerca de 40% dos produtores utilizem o tratamento de sementes. Para o controle das pragas da LCM, tem sido recomendado o uso de pulverização com inseticidas seletivos, quando a incidência da LCM atingir o nível de controle (NC). Como este NC pode variar de lavoura para lavoura em função do custo de tratamento (CT = custo do inseticida + custo de aplicação) e do valor da produção (VP = estimativa da produção x valor do produto), ele pode ser determinado segundo a fórmula: Pragas controladas posturas para 10% de infestação. Como, em média, cada fêmea faz 4 posturas, o nível de alerta pode ser definido com a detecção de 250 fêmeas/ha. Essa densidade populacional de adultos representa o potencial do nível de controle. Portanto, deve se monitorar as larvas no cartucho para a tomada de decisão. Em levantamentos realizados, foi detectado que 90% dos produtores utilizam pelo menos uma pulverização para o controle do percevejo barriga-verde ou da LCM, sendo que um em cada dois produtores utiliza duas pulverizações. A incidência de plantas com dano da LCM, mesmo utilizando as estratégias de controle, tem variado de 20% a 30%. Geralmente as falhas no controle químico da LCM estão relacionadas com a tecnologia de aplicação. Está demonstrado que o uso correto do volume de calda (pelo menos 250 litros/ha) e a aplicação dirigida para o cartucho da planta podem aumentar a eficiência de controle de 32% para 96%, dependendo do produto (Silva, 1999). A rotatividade dos princípios ativos também é importante para evitar a seleção de biótipos resistentes aos inseticidas (IRAC-BR, 2002). Hoje, deve-se olhar para o ecossistema como uma unidade, operando uma teia de intera - ções, onde qualquer mudança pode ter conseqüências distantes. Portanto, cada agroecossistema deverá ser analisado como um complexo único. O manejo dos agentes bióticos dentro desse sistema seria, na verdade, uma combinação de estratégias, onde todos os fatores favoráveis devem ser utilizados para se convergir ao Manejo Ecológico de Pragas. Autor: José Magid Waquil Engº Agrº, PhD em Entomologia Embrapa Milho e Sorgo Sete Lagoas, MG waquil@cnpms.embrapa.br CropStar - Alvos registrados para cultura do milho Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) Percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus) Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta) Tripes (Frankliniella williamsi) Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis) * Equivalente a sementes Doses/ha* Produto comercial 0,30 a 0,35 litro 0,30 a 0,35 litro 0,25 a 0,35 litro 0,25 a 0,35 litro 0,25 a 0,35 litro 0,25 a 0,35 litro Início do controle de Spodoptera frugiperda Comparação de área sem e com tratamento de sementes NC% = 100*CT/(0,20*VP). Entre os pontos de estrangulamento para a boa prática do MIP está o monitoramento da população das espécies-alvo. No caso da LCM, o monitoramento para a tomada de decisão de controle depende do exame de amostras para se detectar a taxa de incidência de larvas pequenas no cartucho das plantas e comparar com o nível de controle. Esta é uma operação onerosa e geralmente o produtor decide pelo controle, ou não, baseando-se numa avaliação muito superficial. Uma alternativa para reduzir o investimento no monitoramento de larvas no cartucho é o monitoramento de adultos, por meio do uso de armadilhas de feromônio. Segundo estimativas de Cruz (2004), a armadilha de fero - mônio apresenta cerca de 1% de eficiência na coleta de machos. Por exemplo, se o NC indicar uma taxa de 10% de infestação, podese desenvolver os seguintes cálculos: uma postura infesta 5 plantas; portanto, em 1 ha ( plantas), seriam necessárias posturas para 100% de infestação ou Proteção da produtividade com o uso de CropStar (ensaio realizado em Florínea, SP, em cultura de milho híbrido 30F35 plantada em 01/10/2005) Desenvolvimento de inseticidas - Bayer CropScience CORREIO 13

14 FEIJÃO Manejo de doenças confere maior estabilidade e qualidade à produção 14 CORREIO

15 São muitas as doenças que afetam o feijoeiro e, se não forem adotados cuidados preventivos e tratamentos adequados, várias delas podem limitar severamente o rendimento da cultura O sistema de produção da cultura do feijoeiro tem sofrido grandes mudanças nesta última década, uma vez que a possibilidade de altos níveis de rentabilidade atraiu produtores dispostos a investir em tecnologia e maximizar recursos. Uma das dificuldades enfrentadas para incorporar o feijoeiro no sistema produtivo foi manejar adequadamente as doenças, as quais se constituem em uma das principais limitações a altas produtividades, estabilidade de produção e qualidade do produto final. Doenças transmitidas via semente A primeira preocupação para estabelecer o feijoeiro no sistema é com as enfermidades transmitidas via sementes, pois a qualidade destas definirá a maior parte das epidemias de uma lavoura. As sementes são o principal veículo de disseminação de fungos e Sadia Figs. 1 e 2 - Podridões radiculares Doente bactérias com grande poder de dano para várias culturas, especialmente para o feijoeiro. A produção de sementes em con - dições ambientais desfavoráveis ao desenvolvimento de fungos, com procedência conhecida e garantida, com cuidados sani - tários rígidos, é o primeiro passo para se obterem sementes de qualidade. O tratamento de sementes com fungicidas (mistura de um produto sistêmico com um de contato) é o passo seguinte para garantir a qualidade das sementes e protegê-las no solo. É importante lembrar, contudo, que a aplicação de fungicidas nas sementes não tem eficácia assegurada se estas tiverem procedência desconhecida ou altos níveis de contaminação. Crestamento e murcha bacteriana, doenças causadas por bactérias, são controladas principalmente via sementes sadias e também com a rotação de culturas com intervalos de dois anos sem o plantio de feijoeiros. Figs. 3, 4, 5 e 6 - Mofo branco Tabela 1 - Principais doenças transmitidas via semente Principais doenças Patógeno Importância da transmitidas via semente disseminação via sementes Podridões radiculares (Fusarium solani e Fungos Média Rhizoctonia solani) Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) Fungos Alta Murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum) Fungos Alta Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) Fungos Alta Mancha de Alternária (Alternaria spp.) Fungos Média Sarna do colo da planta (Colletotrichum truncatum) Fungos Média Mancha angular (Phaeoisariopsis griseola) Fungos Baixa Crestamento bacteriano (Xanthomonas axonopodis) Bactéria Alta Murcha bacteriana (Curtobacterium flaccumfaciens) Bactéria Alta

16 Doenças transmitidas via solo Durante a introdução do feijoeiro em sistemas produtivos, as doenças transmitidas via solo não têm caráter limitante à produtividade, pois as epidemias são de baixa intensidade e oriundas principalmente de sementes contaminadas. Contudo, com o passar dos anos de cultivo, muitos desses fungos, que possuem capacidade saprofítica elevada ou estruturas de resistência, se estabelecem e tornam o solo contaminado, com risco de epidemias precoces e intensas. É comum observar-se que, em situações de cultivo intensivo do feijoeiro, muitos produtores abandonam glebas ou pivôs centrais. Nestes casos, a rotação de cultura tem um controle parcial no manejo dessas doenças, de modo que outros métodos de controle tornam-se importantes. Dentre estes, podem ser citados a resistência genética, o tipo e a quantidade de cobertura do solo, as culturas supressoras, o sistema de semeadura e os agentes biológicos, entre outros. Na grande maioria dos casos, para manter essas doenças abaixo do nível de dano, é importante conciliar vários métodos de controle. Doenças foliares A ocorrência e a intensidade de epidemias de doenças foliares do feijoeiro pode variar em função de época de semeadura, suscetibilidade do genótipo, sanidade das sementes e condições ambientais. O controle eficiente e sustentável dessas doenças muitas vezes passa pela utilização correta dos fungicidas, momento de aplicação e eficácia dos produtos. Tabela 2 - Principais doenças transmitidas via solo Principais doenças Estruturas de Métodos de Grau de transmitidas via solo sobrevivência manejo efetividade (1 a 5) Podridões radiculares Clamidosproro / micélio Rotação de culturas *** (F. solani e R. solani) (micro escleródio) Resistência genética ** Sistema de semeadura (facão) ** Profundidade de semeadura ** Agentes biológicos * Adubos nitrogenados amoniacais * Retirada do potássio na ** linha de semeadura Semeadura em solo ** com umidade adequada Mofo branco Escleródio Rotação de culturas (gramíneas) *** (Sclerotinia sclerotiorum) Fungicidas foliares *** Plantio direto ** Quantidade de palha superficial ** Redução da população de plantas * Manejo da água de irrigação ** Indução de resistência * Murcha de Fusarium Clamidosporum / Rotação de culturas (gramíneas) *** (Fusarium oxysporum) nematóides Resistência genética **** Agentes biológicos * Sistema de semeadura (facão) * Como pode se observar na tabela 2, o manejo destas doenças passa por mais de um método de controle, e o sucesso muitas vezes resulta na combinação destes. Tabela 3 - Ocorrência de epidemias Principais doenças Condições favoráveis Principal forma transmitidas via semente Temperatura Umidade relativa de disseminação Ferrugem da folha 15 a 25 ºC > 95% Vento (Uromyces appendiculatus) Mancha angular 24 ºC (ótima) Elevada Vento (Phaeoisariopsis griseola) Antracnose 16 a 22 ºC Elevada, com Semente (C. lindemuthianum) chuvas freqüentes Mancha de Alternária 16 a 28 ºC Elevada Vento, chuva e semente (Alternaria spp.) Murcha de fusarium Antracnose Mancha de alternária Mancha angular Crestamento bacteriano Curtobacterium Ferrugem da folha A ferrugem da folha é uma doença de fácil controle, principalmente por meio do uso de fungicidas do grupo dos triazóis e estrobilurinas, sendo estes aplicados ao surgimento dos primeiros sintomas da doença. Os genótipos mais suscetíveis em con - dições de temperatura amena normalmente propiciam epidemias. A mancha angular é uma doença que varia de agressividade principalmente em função da época de semeadura. Quanto mais tardia a semeadura, maior será a agressividade. Outro fator importante no controle desta enfermidade é seu período latente, em torno de 12 dias, quando os primeiros sintomas da doença na lavoura podem ocultar uma epidemia ainda maior na forma latente. Sendo assim, o controle preventivo desta doença é decisivo. Os estádios da cultura mais importantes para aplicações são V4-5 (4 a 5 trifólios) e R5 (pré-florescimento). Aplicações no estádio R7 (formação de vagens) tornam-se importantes em semeaduras tardias e/ou em genótipos muito suscetíveis. Fungicidas dos grupos das estrobilurinas e triazóis normalmente apresentam alta eficiência em controles preventivos. O controle da antracnose é o mais difícil entre os das doenças foliares, pois o principal meio de disseminação desta enfermidade são as sementes. Seu controle preventivo também é fundamental, sendo as estrobilurinas um dos grupos de fungicidas indicados para isso. Contudo, em condições ambientais muito favoráveis à doença e no caso de sementes contaminadas, o controle se torna muito difícil, sendo necessários o aumento do número de aplicações e a associação de fungicidas protetores. Desse modo, para um con trole sustentável da doença, são necessárias sementes de qualidade, livres de contaminação ou com níveis de contaminação próximos de 0%. O momento de aplicação também é decisivo. A aplicação mais importante é no estádio R5. As aplicações nos estádios V4-5 e/ou R7 contribuem para uma proteção próxima a 100%. 16 CORREIO

17 Gráfico 1 - Efeito do momento de aplicação no controle da mancha angular, cv. Juriti e antracnose, cv. Bio Nobre, safra 2005/06, Castro PR, Fundação ABC, Silva O. C., Mosaico dourado O mosaico dourado é uma doença causada por vírus do grupo graminivírus, transmitido pela mosca-branca, Bemisia tabaci biótipos A e B, que pode causar perdas severas de rendimento. O mosaico está distribuído em todo o território nacional e sua ocorrência está associada a determinadas épocas do ano. Em muitas épocas e locais, a doença inviabiliza totalmente a semeadura do feijoeiro. A predominância do biótipo B da mosca branca no Brasil tornou o controle do mosaico ainda mais difícil, pois poucos inseticidas, principalmente dos grupos dos neonicotinóides e cetoenóis, são eficazes contra o vetor. A resistência genética dos principais cultivares comerciais no Brasil é mode - rada. Sendo assim, para o manejo sustentável da enfermidade, é necessário conciliar época de semeadura, cultivares com alguma resistência e uso de inseticidas efetivos via tratamentos de sementes e foliar, principalmente até a floração. Autor: Olavo Corrêa da Silva, Engº Agrº MSc. Pesquisador em Defesa Vegetal - Fundação ABC - Castro, PR - olavo@fundacaoabc.org.br CORREIO 17

18 Manejo integrado de doenças é mais eficaz e reduz custos A boa estratégia de controle de doenças exige um cuidadoso planejamento, englobando de forma equilibrada todas as medidas e ferramentas preventivas e curativas 18 CORREIO

19 A viabilidade econômica da cultura da soja tem sido colocada à prova nas últimas safras. Em função da desvalorização cambial e do expressivo aumento no custo de produção, o agricultor vem sendo cada vez mais pressionado. Dentre os principais fatores que têm reduzido a produtividade e aumentado o custo de produção, destacam-se as doenças, que têm ocorrido com maior freqüência e intensidade. Na região Sudoeste do Estado de Goiás, por exemplo, as doenças que mais têm causado preocupação entre técnicos e agricultores são: ferrugem asiática, mancha parda, crestamento foliar de cercospora, antracnose, podridão-branca-da-haste e nematóide de cisto. É importante salientar que a importância de cada doença varia de safra para safra e de região para região, em função das condições climáticas e da resistência das variedades utilizadas. Infelizmente, para evitar os danos causados por esses patógenos, o agricultor tem utilizado, na maioria dos casos, fungicidas como única alternativa de controle. Tal fato tem aumentado o custo de produção, mas não tem trazido os resultados esperados. É consenso entre os fitopatologistas que as doenças não devem ser controladas com uma única medida e, sim, manejadas. Desta forma, existe a necessidade crescente da adoção de medidas integradas de controle o que é conhecido como MID (Manejo Integrado de Doenças). O MID na cultura da soja deve ser encarado como uma fortaleza, que necessita ter pilares fortes e estar fundamentada em uma base só - li da. Seus pilares são as medidas de controle a serem empregadas, como por exemplo: sementes sadias e de boa qualidade, rotação de culturas, cultivares com resistência genética total ou parcial, época de plantio, sistema de cultivo, adubação equilibrada e con trole químico. E seu fundamento sólido pode ser resumido em uma palavra: planejamento. Por meio de planejamento, o agricultor ou técnico inicia o manejo integrado de doenças antes mesmo do plantio, estabelecendo um programa racional de rotação de culturas com espécies não hospedeiras dos principais patógenos, baseado no histórico da área; a escolha do cultivar a ser plantada; a época e o local de plantio; a adubação a ser reali zada com base na análise de solo e na exigência da cultura e a aquisição de sementes de alta qua - li dade sanitária e fisiológica. No sudoeste goiano, tem sido comum, após o cultivo de soja, a rotação e/ou sucessão com culturas como girassol, canola, feijão e algodão, as quais também são suscetíveis a Sclerotinia sclerotiorum (podridão-brancada-haste). Isso tem feito com que o potencial de inóculo seja cada vez maior e cause danos significativos na cultura da soja, ocasionando prejuízos aos agricultores. Um bom planejamento deve prevenir esse tipo de ocorrência. Em outros casos, é importante também se conhecer a reação de híbridos ao patógenoalvo. A rotação de culturas com milho é comumente recomendada para o manejo dos nematóides de galhas. Entretanto, em traba - lhos conduzidos na FESURV-Universidade de Rio Verde, tem se verificado que muitos híbridos atuam como multiplicadores desses nematóides. Assim sendo, o conhecimento técnico é indispensável para a correta tomada de decisão. O plantio de sementes sadias e tratadas cons - titui-se em outra importante medida de con - trole que deve ser implementada no manejo das doenças. Patógenos importantes, como os causadores da podridão vermelha da raiz (fusariose), antracnose, podridão-branca-dahaste, mancha parda, etc., são veiculados por sementes. Dessa forma, o agricultor deverá realizar uma análise patológica dessas sementes e determinar qual o melhor tratamento químico em função da gama de patógenos incidente naquele lote de sementes. A resistência genética, total ou parcial, destaca-se como a principal medida de con - trole de doenças. É muito eficaz e de baixo custo ao agricultor. Entretanto, nem sempre estão disponíveis comercialmente cultivares que sejam, ao mesmo tempo, produtivos e resistentes às principais doenças da cultura. Outro problema comumente observado é a má utilização dos cultivares resistentes. Quando é disponibilizado no mercado um novo cultivar com resistência a determinado patógeno, o agricultor utiliza exclusivamente esse cultivar durante várias safras consecutivas, exer cendo grande pressão de seleção sobre o patógeno. Com isso, a resistência do cultivar acaba sendo quebrada.

20 Ferrugem asiática Mancha-parda Crestamento-foliar-de-cercospora O sistema de cultivo, plantio convencional ou direto, também pode influenciar grandemente no manejo de doenças. Tem se verificado alguns problemas com doenças sob plantio direto, principalmente porque o agricultor não realiza a adubação de forma equilibrada, não emprega um programa eficiente de rotação de culturas e, além disso, utiliza sementes infestadas ou infectadas por patógenos. O controle químico, embora tenha sido citado como a última medida de controle, deve ser encarado por técnicos e agricultores como mais uma ferramenta no manejo integrado, apresentando a mesma importância das demais. Entretanto, é essencial que seja realizado de forma racional para se maximizar sua efetividade, reduzir seus custos e preservar o meio ambiente, o que só é alcançado quando respeitadas as recomendações técnicas. É muito comum no campo a redução de doses, a aplicação em épocas não recomendadas, as pulverizações em momentos ina - dequados (no que diz respeito ao horário de aplicação) e o emprego de tecnologia equi - vocada. A falta de conhecimento técnico sobre a cultura, o patógeno, a tecnologia de aplicação e o próprio fungicida comprometem grandemente sua eficácia. No caso específico da soja, fungicidas de amplo espectro, como as misturas formuladas, têm se destacado no controle das doenças. Compostas por dois ingredientes ativos diferentes, as misturas formuladas (misturas prontas) apresentam amplo espectro de ação, atuam em sítios diferentes do patógeno, reduzindo o risco de desenvolvimento de resistência, além de serem permitidas por lei, garantindo a preservação ambiental. Para que o agricultor alcance todos os objetivos almejados com o controle químico, torna-se primeiramente necessário que este seja encarado como ferramenta adicional no manejo integrado. Além disso, é importante ter ciência sobre cada ingrediente ativo especificamente, uma vez que fungicidas do mesmo grupo químico podem ser completamente diferentes quanto à eficácia sobre um mesmo patógeno, à seletividade e à sistemicidade na planta. Autores: Luis Henrique Carregal e Hercules Diniz Campos - FESURV-Universidade de Rio Verde. Faculdade de Agronomia. C.P lhcarregal@uol.com.br; Juliana Resende Campos Silva - CAMPOS CARREGAL Pesquisa e Tecnologia Agrícola Ltda. Rio Verde,GO. Antracnose Podridão -branca-da-haste

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