Capítulo 14 CUPINS (ISOPTERA): BIOLOGIA, ECOLOGIA GERAL E DIVERSIDADE NA REGIÃO DO PARQUE NACIONAL DO PICO DA NEBLINA, SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, AM

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 14 CUPINS (ISOPTERA): BIOLOGIA, ECOLOGIA GERAL E DIVERSIDADE NA REGIÃO DO PARQUE NACIONAL DO PICO DA NEBLINA, SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, AM"

Transcrição

1

2 Capítulo 14 CUPINS (ISOPTERA): BIOLOGIA, ECOLOGIA GERAL E DIVERSIDADE NA REGIÃO DO PARQUE NACIONAL DO PICO DA NEBLINA, SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, AM 257

3

4 CAPÍTULO 14 CUPINS (ISOPTERA): BIOLOGIA, ECOLOGIA GERAL E DIVERSIDADE NA REGIÃO DO PARQUE NACIONAL DO PICO DA NEBLINA, SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, AM José Wellington de Morais¹; Daniel Reis Maiolino de Mendonça²; Cristian de Sales Dambros¹; Leonardo Monteiro Pierrot¹;Alexandre Vasconcellos³ ¹Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, Av. André Araújo, 2936, Petrópolis. CEP , Manaus, AM. Fone: (92) , morais@inpa.gov.br, csdambros@gmail.com, leonardopierrot@gmail.com; ²Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBio Resex Rio Ituxi, Lábrea, AM, reis_bio@ hotmail.com; ³Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia. CEP , Natal, RN, Fone: (84) , avasconcellos@cb.ufrn.br. Os cupins ou térmitas são insetos sociais pertencentes à ordem Isoptera (do grego isos, igual; ptera, asas), que se distribuem principalmente pelas regiões tropicais e subtropicais, entre os paralelos 52º N e 45º S. Estes insetos vivem em colônias, muitas vezes instaladas no interior de ninhos, também chamados de cupinzeiros, que podem possuir de algumas poucas dezenas até mais de um milhão de indivíduos. Na maioria das vezes, os cupins são tratados apenas como insetos pragas, sem nenhuma importância para os seres humanos ou para o meio ambiente. Na realidade, menos de 10% das espécies são pragas e a grande maioria desempenha um importante papel ecológico na decomposição da matéria orgânica vegetal e na formação dos solos em ecossistemas tropicais. ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os cupins diferem da maioria dos insetos por serem eussociais, apresentarem sobreposição de gerações dentro da mesma colônia, os membros cooperarem no cuidado com a prole e apresentarem uma divisão de tarefa reprodutiva, com indivíduos estéreis (soldados e operários) e reprodutores férteis (reis e rainhas). Os soldados (Figura 1) são incumbidos da defesa do ninho e proteção dos operários durante o forrageamento (busca por alimento). As armas utilizadas na defesa são basicamente as mandíbulas e/ou substâncias químicas produzidas principalmente pela glândula frontal, localizada na cápsula cefálica, e esguichadas nos seus opositores por uma estrutura parecida com um nariz conhecida como nasu. A presença de uma ou de outra arma, ou até mesmo 259

5 Desvendando as fronteiras do conhecimento na região amazônica do alto Rio Negro de ambas, vai depender da espécie. As mandíbulas são utilizadas para cortar ou desmembrar os opositores, enquanto as substâncias químicas são tóxicas e/ou pegajosas. Nem todas as espécies de cupins possuem soldados. Algumas utilizam apenas os operários como agentes de defesa da colônia. (a) (b) (c) Figura 1. Características de cupins (Termitidae) com função de soldados (a) Crepititermes verruculosus, (b) Cylindrotermes parvignathus e (c) Nasutitermes corniger. Fotos: Sunny Petiza. Os operários representam a casta mais numerosa da colônia. Apesar de serem cegos, assim como os soldados, são responsáveis pela construção, reparo e limpeza dos ninhos, cuidados com os ovos e recém-nascidos, forrageamento e até pela defesa da colônia. Além disso, são incumbidos da alimentação das outras castas, através da trofalaxia. Esse fenômeno consiste na troca de fluidos corporais, de origem estomodeal (transferência pela boca) ou proctodeal (transferência pelo ânus), entre os indivíduos de uma mesma espécie. Os fluidos podem ser compostos basicamente por substâncias nutritivas e feromônios que auxiliam no equilíbrio social da colônia. A casta dos cupins alados são indivíduos que possuem dois pares de asas membranosas, popularmente conhecidos como siriris ou aleluias, que serão os futuros reis e rainhas da colônia. Os alados são geralmente liberados no início da estação chuvosa. Neste período, é comum encontrá-los pelo chão durante o dia, depois de uma chuva, ou voando ao redor de pontos de iluminação à noite. É a casta mais importante para a reprodução da espécie. Os reprodutores reis e rainhas são relativamente fáceis de serem reconhecidos, pois são maiores que as castas estéreis, têm corpo com coloração escura, com abdômen de varias tonalidades de marrom, olhos compostos e um par de ocelos na cápsula cefálica. Em algumas espécies, o abdômen da rainha fica extremamente dilatado (Figura 2), tendo em vista o desenvolvimento do seu aparelho reprodutor, sendo este fenômeno conhecido como fisogastria. A rainha pode viver vários anos, às vezes mais de 10 anos, e produzir milhares de ovos, sendo então incapaz de se locomover e se alimentar sozinha, ficando enclausurada na câmara real e totalmente aos cuidados dos operários, que se encarregam da sua alimentação e limpeza. A grande quantidade de indivíduos de uma colônia é devido à elevada taxa de postura de ovos pela rainha. O número de ovos postos diariamente por uma rainha varia de 260

6 CAPÍTULO 14 aproximadamente oito, na família Kalotermitidae, até alguns milhares para espécies da família Termitidae. Na espécie Odototermes obesus esse número pode chegar a quase ovos/ dia, ou seja, um ovo a cada segundo (Edwards & Mill, 1986). O rei é menor que a rainha e geralmente permanece ao lado dela ao longo da vida do casal. Figura 2: Rainha de térmita (Isoptera). Foto: Leonardo Monteiro Pierrot. A fundação de novas colônias ocorre após a revoada dos alados de uma colônia mãe. Para que ocorra a revoada é necessário que as condições meteorológicas estejam favoráveis (temperatura, umidade relativa do ar, luminosidade). Os alados saem dos ninhos a partir de aberturas construídas pelos operários e podem voar desde alguns metros até alguns quilômetros com a ajuda de correntes de vento. Quando caem no solo, perdem as suas asas, encontram outro parceiro e saem à procura de um orifício ideal para construir o novo ninho (Figura 3), que pode ser no solo, em madeira morta, em árvores, sob cascas de árvores, etc. Só a partir de então ocorre a cópula que se repete várias vezes durante a vida do casal real. Os primeiros ovos são postos após alguns dias ou semanas depois o estabelecimento do casal. Os cupins recém-nascidos são alimentados pelos pais até se tornarem operários e soldados adultos. Após alguns anos, a colônia já madura, possuindo milhares de indivíduos, estará pronta para produzir a nova ninhada de indivíduos alados. Figura 3. Formação de um casal após a revoada, com macho seguindo a fêmea. Foto: Leonardo Monteiro Pierrot. 261

7 Desvendando as fronteiras do conhecimento na região amazônica do alto Rio Negro Nos ecossistemas tropicais, como florestas úmidas, savanas e até mesmo em regiões áridas, os cupins podem construir seus ninhos em uma grande variedade de microhábitats (Figura 4 e 5). Os ninhos podem ser do tipo arborícola, subterrâneo ou montículo, mas existem algumas espécies que não constroem ninhos conspícuos na paisagem. Os ninhos arborícolas são constituídos, em diferentes proporções, por terra, fezes, matéria orgânica e saliva. Na Figura 4 podem-se observar os principais microhábitats onde os ninhos de cupins são encontrados nas florestas tropicais úmidas. Figura 4. Diversidade de microhabitats utilizados por térmitas para construção de seus ninhos: 1) ninho arborícola; 2) ninho arborícola policálico (vários ninhos que abrigam uma mesma colônia); 3) ninho do tipo montículo; 4) ninho em tronco semi enterrado; 5) ninho em plântula; 6) ninho associado à raízes finas; 7) ninho em base de árvores; 8) ninho subterrâneo difuso; 9) ninho em plantas mortas; 10) ninho em raiz de palmeira. Figura: Cristian de Sales Dambros. Figura 5. Colônias de Nasutitermes spp., em postes na cidade de Manaus, AM: a) poste de acariquara totalmente encoberto pelo ninho onde pode-se observar a parte superior esquerda com sinais de ataques e b) ninho em poste de concreto. Foto: Leonardo Monteiro Pierrot. 262

8 CAPÍTULO 14 Os ninhos de cupins são constituídos por um sistema de galerias e câmaras fechadas, relativamente isoladas das condições ambientais externas, dentro das quais o microclima é até certo ponto controlado. O sucesso adaptativo dos cupins, sobretudo nos trópicos, é em parte atribuído ao desenvolvimento deste sistema, que além de abrigo contra variações climáticas bruscas, serve de proteção contra inimigos e para armazenagem de alimento. A maioria das espécies de cupins constrói ninhos formados por uma única estrutura, conhecida como ninho primário, que abriga o casal real e sua prole. No entanto, algumas espécies das famílias Rhinotermitidae e Termitidae possuem o hábito de construir ninhos com várias partes (também conhecidas como cálies) interligadas, que são comumente chamados ninhos compostos ou policálicos. Nestes casos, há um ninho primário, com reprodutores interligados a várias cálies, geralmente desprovidas de reprodutores, formando uma verdadeira malha de ninhos pelo ecossistema. Além dos próprios cupins, os ninhos podem abrigar outros animais, conhecidos como inquilinos. Entre eles, estão formigas, abelhas, aranhas, lacraias, besouros, escorpiões e percevejos. É possível encontrar até mesmo alguns vertebrados, como lagartos, cobras, ratos e aves. Há também espécies de cupins que são especializadas em viver no interior de ninhos de outros cupins. Isso ocorre em Constrictotermes cavifrons, uma espécie construtora de ninhos arborícolas na Floresta Amazônica. Os seus ninhos freqüentemente são habitados por indivíduos da espécie Inquilinitermes inquilinus, que nunca são encontrados em outro microhabitat. ALIMENTAÇÃO A alimentação dos cupins envolve uma grande variedade de materiais orgânicos, como madeira, gramíneas, herbáceas, serrapilheira, fungos, folhas, raízes, excrementos de animais e até mesmo carne em decomposição (restos de animais mortos). Parte dos cupins que se alimentam de madeira não possui as enzimas necessárias para a sua digestão. Por esta razão, eles possuem microrganismos celulolíticos no seu intestino posterior, protozoários flagelados e/ou bactérias simbiontes que auxiliam na degradação da celulose. Por outro lado, os estudos recentes mostraram que várias espécies de cupins da família Termitidae podem sintetizar a enzima celulase, não ocorrendo uma dependência obrigatória da atividade dos seus microrganismos intestinais. A troca de alimento entre os indivíduos da colônia é uma regra dentro da sociedade dos cupins. O processo de troca de alimentos entre os cupins é conhecido como trofalaxia, que consiste em transmitir o alimento de um individuo para outro através do contato boca- -boca ou ânus-boca. A trofalaxia retal se efetua através de estímulos das antenas do solicitante ao doador que libera através do ânus algumas gotas do liquido que contém simbiontes. Este comportamento também serve para transmitir substâncias conhecidas como feromônios, que auxiliam na regulação da composição e comportamento da colônia. IMPORTÂNCIAS ECOLÓGICA E ECONÔMICA Nos ecossistemas naturais, os térmitas são conhecidos, juntamente com as minhocas e as formigas, como engenheiros de ecossistema porque têm a habilidade de modificar a 263

9 Desvendando as fronteiras do conhecimento na região amazônica do alto Rio Negro estrutura do seu hábitat e influenciar a disponibilidade de recursos para outros organismos de categorias tróficas diferente. Eles também melhoram as propriedades do solo ao agregar partículas e transportar material verticalmente no perfil do solo. Além disso, os cupins atuam nas florestas tropicais como mediadores do processo de decomposição, fragmentando grandes quantidades de matéria orgânica vegetal e, por isso, facilitando a atuação de fungos e bactérias e outros componentes da biomassa microbiana e macrofauna do solo. Desta forma, os cupins podem influenciar a composição das comunidades de plantas e animais. Algumas espécies de cupins exóticas ou nativas também podem causar prejuízos vultosos no meio urbano ou na agricultura. Na Amazônia, Bandeira & Martius (2009) detectaram danos em plantas cultivadas e até em árvores de florestas nativas e estruturas de madeiras no meio urbano. COLETA DE CUPINS A identificação dos cupins é baseada primariamente na morfologia da cápsula cefálica dos soldados, exceto para as espécies de Apicotermitinae que na Região Neotropical não possuem a casta dos soldados. A preferência dos taxonomistas (profissionais que trabalham com taxonomia) pelos soldados deve-se à grande variação no formato das suas mandíbulas e nasus. Na coleta de cupins é aconselhável capturar todas as castas, priorizando-se os soldados. Os cupins coletados devem ser armazenados em recipientes com álcool 75-80%. O material deve ser etiquetado, guardado em frascos de boca larga, preferencialmente com tampa de rosca e com boa vedação. Devem ser armazenados em armário fechado, protegidos dos raios solares. É importante que no laboratório, após a coleta de campo, esse material seja limpo, retirando toda a sujeira que eventualmente é coletada junto com os cupins, e tenha o seu álcool trocado. AS FAMÍLIAS DE CUPINS No mundo existem cerca de espécies de cupins, distribuídas em sete famílias: Mastotermitidae, Kalotermitidae, Termopsidae, Hodotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae. No Brasil são conhecidas cerca de 300 espécies distribuídas em quatro famílias: Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae. Na Amazônia são conhecidas aproximadamente 280 espécies. Na região do Parque Nacional do Pico da Neblina, São Gabriel da Cachoeira, AM, foram registradas 78 espécies. As espécies encontradas nessa região representam aproximadamente 33% das espécies conhecidas e com ocorrência na Amazônia brasileira e aproximadamente 27% das espécies encontradas no Brasil. Dentre as famílias registradas no Brasil, apenas exemplares da família Serritermitidae não foram coletadas no Parque Nacional Pico da Neblina. 264

10 CAPÍTULO 14 KALOTERMITIDAE As espécies classificadas nesta família de Kalotermitidae compreendem os cupins conhecidos como cupins de madeira seca. Esta família não possui uma casta definida de operários, e as suas colônias são formadas por indivíduos da linhagem reprodutiva que ainda não se desenvolveram completamente, denominados pseudergates. Os cupins desta família constroem seus ninhos no interior da madeira ou na mobília, quando habitam o ambiente urbano, sem conexão com o solo. Em geral formam colônias com um número de indivíduos relativamente baixo e em uma única estrutura de madeira podem ser formadas várias colônias, inclusive de espécies diferentes. Estes cupins são freqüentemente encontrados em móveis e peças de madeira seca em muitas regiões do planeta, e portanto, podem causar inúmeros prejuízos econômicos sendo alvos de práticas de controle. Os soldados de Kalotermitidae têm geralmente cabeça bastante endurecida e com uma ornamentação peculiar, denominada de cabeça fragmótica, e mandíbulas pequenas e vigorosas. Os gêneros mais conhecidos no Brasil são: Cryptotermes, Neotermes e Rugitermes. No Parque Nacional do Pico da Neblina, o único representante da família Kalotermitidae foi Glyptotermes sp. No meio urbano da cidade de Manaus, Cryptotermes sp. pode ser comumente encontrada atacando os móveis e o madeiramento de portas e telhados. RHINOTERMITIDAE Nesta família dos cupins as espécies são conhecidas como cupins subterrâneos e geralmente constroem seus ninhos abaixo da superfície do solo. Como estratégia de defesa eles possuem mandíbulas e armas químicas (secreção frontal). O comportamento de construírem seus ninhos abaixo da superfície do solo os protegem dos efeitos desidratantes ou do ressecamento do ar, assim como de inimigos naturais, principalmente formigas. Os gêneros mais conhecidos são Coptotermes e Heterotermes, ambos encontrados no Amazonas. As espécies do gênero Coptotermes atacam assoalhos de madeira e móveis diretamente apoiados sobre o piso ou sem conexão com o mesmo, mas em ambientes com alta umidade e pouca luminosidade. Uma espécie muito comum na floresta, Heterotermes tenuis também pode causar muitos prejuízos no ambiente urbano. Em diferentes sistemas de uso da terra estudados em Benjamin Constant (AM), H. tenuis foi uma das espécies mais presentes em todos os locais observados. No Parque Nacional do Pico da Neblina, os representantes mais comuns da família Rhinotermitidae foram Heterotermes tenius, Coptotermes testaceus e Dolichorhinotermes longilabius. SERRITERMITIDAE Não tem importância econômica conhecida. O nome da família é devido à mandíbula do soldado em forma de serra. Esta família possui três espécies: Serritermes serrifer, Glossotermes oculatus e G. sulcatus, restritas à América do Sul. Serritermes serrifer ocorre principalmente no cerrado do Brasil e Glossotermes oculatus ocorre na Amazônia, mas não foram encontrados na região do Parque Nacional do Pico da Neblina. 265

11 Desvendando as fronteiras do conhecimento na região amazônica do alto Rio Negro TERMITIDAE Esta família de Isoptera é a mais diversificada e engloba a maioria das espécies de cupins. Seus representantes podem possuir uma grande variedade de formatos, estratégias de nidificação, hábitos alimentares e tipos de defesa contra predadores. Os gêneros mais conhecidos no Brasil são Nasutitermes, Microcerotermes, Termes, Syntermes e Cornitermes. No meio urbano das grandes cidades da região Norte, as espécies do gênero Nasutitermes destroem madeiramento de telhados, forros, portais ou outras peças de madeiras acima do solo. Constroem seus ninhos em postes e árvores (Figura 5), telhados, paredes ou em qualquer outro suporte, construindo túneis que levam até a sua fonte de alimento. Em um levantamento realizado na cidade de Manaus, as principais espécies encontradas de Termitidae foram pertencentes aos gêneros Amitermes, Termes, Microcerotermes e Nasutitermes. As espécies desta família de cupins representaram mais de 80% das amostras coletadas no ambiente urbano. Foram registradas as seguintes espécies de Nasutitermes: N. acangussu, N. callimorphus, N. corniger, N. guayanae, N. similis, N. cf. ephratae e N. peruanus. No Parque Nacional do Pico da Neblina, os representantes mais comuns da família Termitidae foram Armitermes sp.a, Neocapritermes centralis, Nasutitermes guayanae, Nasutitermes sp.e, Anoplotermes sp.d, Ebiratermes neotenicus, Cylindrotermes parvignathus, Creptitermes verruculosus, Termes medioculatus e Nasutitermes guayanae. PARQUE NACIONAL DO PICO DA NEBLINA Durante as atividades de pesquisas no âmbito do Projeto Fronteiras, a coleta na região do Parque Nacional do Pico da Neblina foi realizada na BR-307 (00º 12 43,3 N e 66º 45 34,4 S), cerca de 70 km da cidade de São Gabriel da Cachoeira. No total foram percorridos m e amostrados 900 m². Todos os microhábitats onde os cupins poderiam ser encontrados foram observados, incluindo troncos de árvores, tocos, galhos, troncos caídos ou semi-enterrados, cupinzeiros, superfície do solo, camada de húmus e próximo às raízes de árvores maiores. Os 30 pontos percorridos da área do Parque Nacional do Pico da Neblina estavam dispostos com uma distância mínima de 1 km um do outro, localizados transversalmente à BR 307 e orientados na sua margem direita na direção norte do município de São Gabriel da Cachoeira. Foram encontradas 78 espécies de cupins. A família mais abundante foi Termitidae, com 69 espécies (88%) capturadas, seguido por Rhinotermitidae, com oito espécies (10%) e Kalotermitidae, com apenas uma espécie (2%). Dentre as subfamílias, a mais abundante foi Nasutitermitanae, com 61 espécies (78%) e o gênero mais abundante foi Nasutitermes, com 15 espécies (20%) encontradas. A maioria dos cupins coletados na região do Parque Nacional do Pico da Neblina foi composta por 26 (38%) espécies xilófagas, que se alimentam exclusivamente de madeira, 20 (29%) espécies que apresentavam hábito alimentar associado ao húmus, 17 espécies (24%) que se alimentam tanto de madeira em alto grau de decomposição quanto de serrapilheira (folhas e outros materiais em decomposição) e apenas seis espécies (9%) que se alimentam 266

12 CAPÍTULO 14 exclusivamente de serrapilheira. As espécies Convexitermes junceus e Dentispicotermes brevicarinatus, coletadas no Parque Nacional do Pico da Neblina, são novas ocorrências para a região da Amazônia brasileira. As espécies Triangularitermes triangulariceps, Neocapritermes unicornis e Neocapritermes pumilis são novas ocorrências para o estado do Amazonas. Uma espécie do gênero Acorhinotermes encontrada, representa uma nova ocorrência para o Brasil e uma nova espécie para a ciência. Aproximadamente 52 espécies (68%) foram consideradas raras, ocorrendo em menos que 10% das amostras. O grande número de espécies consideradas raras na área de estudo reflete a alta diversidade encontrada na região amazônica, e especialmente no Alto Rio Negro. Desta forma, os trabalhos realizados nesta região devem apresentar adaptações na metodologia de coleta que permitam uma busca mais detalhada, com o intuito de maximizar a coleta de espécies. Vinte e quatro espécies (31%) foram classificadas como esporádicas. As espécies mais comuns foram Heterotermes tenuis e Armitermes sp.a, encontradas em mais de 40 locais. Nenhuma das espécies teve o padrão de ocorrência classificado como freqüente ou constante. No bioma amazônico, os térmitas são diversos, apresentam uma elevada biomassa e desempenham um importante papel na decomposição da serrapilheira. Porém, os estudos realizados na região encontram-se concentrados próximos às grandes cidades principalmente Belém e Manaus, assim como ao longo dos grandes rios. Há muitos locais pouco pesquisados e as dificuldades de acesso ás áreas de interflúvios também dificulta os estudos de biodiversidade dos Isoptera. Os inventários de térmitas realizados em regiões próximas às áreas de fronteiras amazônicas, além de identificarem novos registros, por serem áreas ainda não investigadas, apresentam grande possibilidade de descoberta de espécies novas para a ciência. Assim, muitas questões ligadas à biogeografia das espécies de cupins ficariam mais claras e o registro de novas espécies contribuiria para a melhoria das coleções entomológicas. Por isso é importante a realização de grandes inventários na Amazônia e a formação de recursos humanos qualificados que permitam conhecer melhor o padrão de distribuição das espécies e os fatores ambientais e históricos que exercem influência sobre esta distribuição. 267

13 268 Desvendando as fronteiras do conhecimento na região amazônica do alto Rio Negro

14 CAPÍTULO 14 SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS BANDEIRA, A.G; MARTIUS, C Isoptera, p In: FONSECA, C.R.V.; MAGALHÃES, C.; RAFAEL, J.A.; FRANKLIN, E. (Eds.). A fauna de artrópodos da Reserva Florestal Ducke. Estado atual do conhecimento taxonômico e biológico. Ed. INPA. Manaus. CONSTANTINO, R.; ACIOLI, A.N.S Biodiversidade do solo em Ecossistemas Brasileiros, p In: MOREIRA, F.M.S.; SIQUEIRA, J.S.; BRUSSAARD, L. (Eds.). Diversidade de cupins (Insecta; Isoptera) no Brasil. Ed. UFLA. Lavras, p EDWARDS, E.; MILL, A.E Termites in buildings: their biology and control. East Grinstead, Rentokil Limited. 261p. FONTES, L.R.; BERTI FILHO, E Cupins. O desafio do conhecimento. FEALQ, Piracicaba. 512p. 269

A madeira como substrato para organismos xilófagos -Cupins-

A madeira como substrato para organismos xilófagos -Cupins- UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS Faculdade de Ciências Agrárias Departamento de Ciências Florestais A madeira como substrato para organismos xilófagos -Cupins- Francisco Tarcísio Moraes Mady Introdução

Leia mais

Simone de Souza Prado, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente

Simone de Souza Prado, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Cupins subterrâneos Simone de Souza Prado, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Os cupins são insetos da ordem Isoptera, também conhecidos por térmitas, siriris ou aleluias. Estes insetos são espécies

Leia mais

Ordem Isoptera. Alunos: Carlos Felippe Nicoleit; Celso Junior; Charles Magnus da Rosa; Daniella Delavechia.

Ordem Isoptera. Alunos: Carlos Felippe Nicoleit; Celso Junior; Charles Magnus da Rosa; Daniella Delavechia. Ordem Isoptera Alunos: Carlos Felippe Nicoleit; Celso Junior; Charles Magnus da Rosa; Daniella Delavechia. Classificação: Reino: Animal Filo: Artropoda Classe: Insecta Ordem: Isoptera Definição Ordem de

Leia mais

LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE CUPINS ATACANDO RESIDÊNCIAS NOS BAIRROS DO MUNICIPIO DE GURUPI TO.

LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE CUPINS ATACANDO RESIDÊNCIAS NOS BAIRROS DO MUNICIPIO DE GURUPI TO. LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE CUPINS ATACANDO RESIDÊNCIAS NOS BAIRROS DO MUNICIPIO DE GURUPI TO. Gracielle Rodrigues da Costa 1 ; Edy Eime Pereira Baraúna 2 ; Renato da Silva Vieira 3 1 Aluno do Curso de

Leia mais

RIQUEZA DE CUPINS (ISOPTERA) EM VEREDAS DE UMA ÁREA DE MIRACEMA DO TOCANTINS

RIQUEZA DE CUPINS (ISOPTERA) EM VEREDAS DE UMA ÁREA DE MIRACEMA DO TOCANTINS RIQUEZA DE CUPINS (ISOPTERA) EM VEREDAS DE UMA ÁREA DE MIRACEMA DO TOCANTINS Julyana Flavia dos Santos Lima¹; Hélida Ferreira da Cunha² ¹Graduanda do curso de Ciências Biológicas -Licenciatura,UnuCET-UEG

Leia mais

CUPINS DA CANA-DE- AÇÚCAR

CUPINS DA CANA-DE- AÇÚCAR CUPINS DA CANA-DE- AÇÚCAR 1. DESCRIÇÃO DA PRAGA Eles ocorrem em todas as regiões do Brasil e são divididos em rei, rainha, soldados e operários, cada um com um trabalho a fazer. São insetos sociais, operários

Leia mais

LEVANTAMENTO DE CUPINS EM ESTRUTURAS DE MADEIRAS DE BLOCOS DO MINI-CAMPUS (SETOR-SUL) DA UFAM.

LEVANTAMENTO DE CUPINS EM ESTRUTURAS DE MADEIRAS DE BLOCOS DO MINI-CAMPUS (SETOR-SUL) DA UFAM. LEVANTAMENTO DE CUPINS EM ESTRUTURAS DE MADEIRAS DE BLOCOS DO MINI-CAMPUS (SETOR-SUL) DA UFAM. Manoel Braga de BRITO 1 ; Raimunda Liége Souza de Abreu ; Basílio Frasco VIANEZ 3 1 Bolsista PIBIC/INPA/Fapeam;

Leia mais

Bem-vindo!?!? República de cupins

Bem-vindo!?!? República de cupins Bem-vindo!?!? República de cupins Aelton Giroldo, Ana Carolina Ramalho, Claudinei Santos, Degho Ramon, Mariana Caixeta, Renan Janke Introdução Os cupins são insetos de tamanho pequeno a médio (0.4 a 4

Leia mais

Pirâmides de números

Pirâmides de números Fluxo de energia Pirâmides de números COBRA (1) RATO (15) MILHO (100) PROTOZOÁRIOS CUPIM (100) (1) ÁRVORE (1000) ARANHAS (100) MOSCAS (300) (1) BANANA NAO HA PADRAO UNICO!!! - Massa de matéria orgânica

Leia mais

Associação entre Cornitermes spp. (Isoptera: Termitidae) e cupins inquilinos em uma área de floresta de terra firme na Amazônia Central Thiago Santos

Associação entre Cornitermes spp. (Isoptera: Termitidae) e cupins inquilinos em uma área de floresta de terra firme na Amazônia Central Thiago Santos Associação entre Cornitermes spp. (Isoptera: Termitidae) e cupins inquilinos em uma área de floresta de terra firme na Amazônia Central Thiago Santos Introdução Os cupins (Insecta: Isoptera) são organismos

Leia mais

MANEJO INTEGRADO DE CUPINS

MANEJO INTEGRADO DE CUPINS 1 MANEJO INTEGRADO DE CUPINS Os cupins são insetos sociais que apresentam castas reprodutoras e não reprodutoras, vivendo em colônias permanentes chamadas de termiteiros ou cupinzeiros. São mastigadores

Leia mais

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS - Folha 1 Cupins Subterrâneos ou Solo - Biologia Os cupins são também conhecidos por térmitas, formigas brancas (operários), siriris ou aleluias (alados reprodutores). São insetos da ordem Isoptera (iso

Leia mais

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 CAP. 02 O território brasileiro e suas regiões.( 7º ano) *Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal (DF), organizados em regiões. * As divisões

Leia mais

Prof. MSc. Leandro Felício

Prof. MSc. Leandro Felício Prof. MSc. Leandro Felício Ecossistema: Sistema integrado e auto funcionante que consiste em interações dos elementos bióticos e abióticos e cujas dimensões podem variar consideravelmente. Bioma: Conjunto

Leia mais

Anexo VI Lista de espécies registradas de cupins: Isoptera

Anexo VI Lista de espécies registradas de cupins: Isoptera Anexo VI Lista de espécies registradas de cupins: Isoptera Espécies de Cupins (Isoptera) registrados na região de Jirau, Porto Velho, RO. ISOPTERA KALOTERMITIDAE Táxon Nome popular Habitat Calcaritermes

Leia mais

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 2 Tipos de vegetação Vegetação é caracterizada como o conjunto de plantas de uma determinada região. Em razão da

Leia mais

Broca da madeira. Atividade de Aprendizagem 19. Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente

Broca da madeira. Atividade de Aprendizagem 19. Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente Atividade de Aprendizagem 19 Broca da madeira Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente Tema Interações entre os seres vivos / características e diversidade dos seres vivos / manutenção da vida e integração

Leia mais

Benefícios da Madeira Tratada na Construção Civil.

Benefícios da Madeira Tratada na Construção Civil. Benefícios da Madeira Tratada na Construção Civil. Humberto Tufolo Netto Obs: Alguns slides foram produzidos pelo colega: Dr.Ennio Lepage e outros foram cedidos pelo FPInnovations-Forintek-Ca O que é a

Leia mais

Manuella Rezende Vital Orientado: Prof. Dr. Fábio Prezoto

Manuella Rezende Vital Orientado: Prof. Dr. Fábio Prezoto UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FOR A Instituto de Ciências Biológicas Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação de Recursos Naturais Manuella Rezende Vital Orientado: Prof.

Leia mais

ATIVIDADE INTERAÇÕES DA VIDA. CAPÍTULOS 1, 2, 3 e 4

ATIVIDADE INTERAÇÕES DA VIDA. CAPÍTULOS 1, 2, 3 e 4 ATIVIDADE INTERAÇÕES DA VIDA CAPÍTULOS 1, 2, 3 e 4 Questão 1) Abaixo representa uma experiência com crisântemo, em que a planta foi iluminada, conforme mostra o esquema. Com base no esquema e seus conhecimentos,

Leia mais

Ecologia: interações ecológicas

Ecologia: interações ecológicas FACULDADES OSWALDO CRUZ Curso: Engenharia Ambiental Disciplina: Microbiologia Aplicada Prof a MsC. Vanessa Garcia Aula 12 (2º semestre): Ecologia: interações ecológicas Objetivos: analisar os principais

Leia mais

Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros. Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia. Bioma

Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros. Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia. Bioma Cap. 26 De norte a sul, de leste a oeste: os biomas brasileiros Sistema de Ensino CNEC Equipe de Biologia Bioma Conjunto de vida, vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação, condições

Leia mais

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES FORMAÇÕES VEGETAIS - Os elementos da natureza mantém estreita relação entre si. - A essa relação, entendida como a combinação e coexistência de seres vivos (bióticos) e não vivos (abióticos) dá-se o nome

Leia mais

O MUNDO DAS FORMIGAS LAMANA, Isabel C. A. C. MESSIAS, Leidi Renata SPRESSOLA, Nilmara H.

O MUNDO DAS FORMIGAS LAMANA, Isabel C. A. C. MESSIAS, Leidi Renata SPRESSOLA, Nilmara H. O MUNDO DAS FORMIGAS LAMANA, Isabel C. A. C. MESSIAS, Leidi Renata SPRESSOLA, Nilmara H. Resumo O tema das formigas foi escolhido de maneira espontânea devido ao grande número das mesmas em nossa escola,

Leia mais

Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas

Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas MOUZER COSTA O que é Ecologia? É a parte da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. Conceitos Básicos Espécie População

Leia mais

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp BIOMAS DO BRASIL BIOMA Definição: Bioma, ou formação planta - animal, deve ser entendido como a unidade biótica de maior extensão geográfica, compreendendo varias comunidades em diferentes estágios de

Leia mais

Carlos Massaru Watanabe/ Marcos Gennaro Engenheiros Agrônomos

Carlos Massaru Watanabe/ Marcos Gennaro Engenheiros Agrônomos DEDETIZAÇÃO Carlos Massaru Watanabe/ Marcos Gennaro Engenheiros Agrônomos TRATAMENTO DOMISSANITARIO: MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS Carlos Massaru Watanabe Engenheiro Agrônomo Pragas Interesse Agrícola Interesse

Leia mais

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS

5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS 5ª SÉRIE/6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL UM MUNDO MELHOR PARA TODOS Auno(a) N 0 6º Ano Turma: Data: / / 2013 Disciplina: Ciências UNIDADE I Professora Martha Pitanga ATIVIDADE 01 CIÊNCIAS REVISÃO GERAL De

Leia mais

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida Introdução A ciência que estuda como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem e quais as conseqüências dessas relações é a Ecologia (oikos = casa e, por extensão, ambiente; logos

Leia mais

Por que os alimentos estragam? Introdução. Materiais Necessários

Por que os alimentos estragam? Introdução. Materiais Necessários Intro 01 Introdução Quando deixamos um alimento aberto ou fora da geladeira por alguns dias, ele estraga. Aparece mofo, bolor e, dependendo da quantidade de tempo, pode aparecer até larvas. O tipo de alimento

Leia mais

Compreensão das diferenças entre os artrópodes, crustáceos, insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes, reconhecendo suas características

Compreensão das diferenças entre os artrópodes, crustáceos, insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes, reconhecendo suas características Compreensão das diferenças entre os artrópodes, crustáceos, insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes, reconhecendo suas características O que são artrópodes? Para que servem? Onde podem ser encontrados?

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 2. o ANO/EF - 2015

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 2. o ANO/EF - 2015 SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA MANTENEDORA DA PUC MINAS E DO COLÉGIO SANTA MARIA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 2. o ANO/EF - 2015 Caro (a) aluno(a), É tempo de conferir os conteúdos estudados

Leia mais

INQUILINISMO EM CORNITERMES (ISOPTERA, TERMITIDAE) EM DUAS ÁREAS DE PASTAGEM

INQUILINISMO EM CORNITERMES (ISOPTERA, TERMITIDAE) EM DUAS ÁREAS DE PASTAGEM INQUILINISMO EM CORNITERMES (ISOPTERA, TERMITIDAE) EM DUAS ÁREAS DE PASTAGEM Ana Cristina da Silva¹, José Max Barbosa de Oliveira Junior¹, Lauana Nogueira², Letícia Gomes ¹, Thales Amaral² Reginaldo Constantino³

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS DO MUNDO SAVANAS E DESERTOS 2011 Aula VI AS PRINCIPAIS FORMAÇÕES VEGETAIS DO PLANETA SAVANAS As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo

Leia mais

Ecologia Geral. Padrões geográficos em comunidades

Ecologia Geral. Padrões geográficos em comunidades Ecologia Geral Padrões geográficos em comunidades Padrões geográficos em comunidades O que seriam padrões geográficos? As grandes regiões zoogeográficas Origem a partir dos trabalhos de Alfred Russel Wallace

Leia mais

Resumo de SAÚDE AMBIENTAL E ECOLOGIA. Parte 01. Nome: Curso:

Resumo de SAÚDE AMBIENTAL E ECOLOGIA. Parte 01. Nome: Curso: Resumo de SAÚDE AMBIENTAL E ECOLOGIA Parte 01 Nome: Curso: Data: / / 1 - Introdução Diversas são as definições que podem ser atribuídas à Ecologia. Segundo diversos autores, Ecologia é: a) O estudo das

Leia mais

A Vida no Solo. A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local;

A Vida no Solo. A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local; A Vida no Solo A Vida no Solo A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local; O solo é constituído por alguns componentes: os minerais, o húmus, o ar, a água e os seres

Leia mais

Prof Thiago Scaquetti de Souza

Prof Thiago Scaquetti de Souza Prof Thiago Scaquetti de Souza Moluscos Animais de corpo mole Os moluscos são os animais de corpo mole, habitam ambientes terrestres e aquáticos. Representantes: ostra, lula, polvo, sépia, lesma e caracol.

Leia mais

Ciências Naturais 6º ano Lígia Palácio

Ciências Naturais 6º ano Lígia Palácio Relações Ecológicas Tema: Ecologia Ciências Naturais 6º ano Lígia Palácio 1) Introdução A interação dos diversos organismos que constituem uma comunidade biológica são genericamente denominadas relações

Leia mais

Matéria: Biologia Assunto: Relações Ecológicas Prof. Enrico Blota

Matéria: Biologia Assunto: Relações Ecológicas Prof. Enrico Blota Matéria: Biologia Assunto: Relações Ecológicas Prof. Enrico Blota Biologia Ecologia Relações ecológicas Representam as interações entre os seres vivos em um determinado ecossistema. Podem ser divididas

Leia mais

DICAS DE SAÚDE Proteja sua família

DICAS DE SAÚDE Proteja sua família DICAS DE SAÚDE Proteja sua família Elaborado: Apoio: Saúde e o Sistema Imunológico Saber como o organismo combate os agressores e se protege, assim como conhecer os fatores que o levam a um funcionamento

Leia mais

XIV SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CONTROLE DE CUPINS EM POSTES DE MADEIRA MÉTODO BIORRACIONAL

XIV SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CONTROLE DE CUPINS EM POSTES DE MADEIRA MÉTODO BIORRACIONAL XIV SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CONTROLE DE CUPINS EM POSTES DE MADEIRA MÉTODO BIORRACIONAL AUTORES : CLÁUDIO ANTÔNIO SODÁRIO ALEX SILVEIRA JOSE FRANCISCO RESENDE DA SILVA JURACY

Leia mais

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano Projeto 1 Onde existe Vida? Tempo Previsto: 4 quinzenas (do 1ºPeríodo) Ciências Naturais A ÁGUA, O AR, AS ROCHAS E O SOLO MATERIAIS TERRESTRES 1.ª Fase: Terra um planeta com vida 2.ª Fase: A importância

Leia mais

Nosso Território: Ecossistemas

Nosso Território: Ecossistemas Nosso Território: Ecossistemas - O Brasil no Mundo - Divisão Territorial - Relevo e Clima - Fauna e Flora - Ecossistemas - Recursos Minerais Um ecossistema é um conjunto de regiões com características

Leia mais

TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25. Profº André Tomasini

TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25. Profº André Tomasini TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRNTE 8 A - aula 25 Profº André Tomasini Localizado na Região Centro-Oeste. Campos inundados na estação das chuvas (verão) áreas de florestas equatorial e tropical. Nas áreas mais

Leia mais

Classificação dos processos sucessionais

Classificação dos processos sucessionais SUCESSÃO ECOLÓGICA A SUCESSÃO ECOLÓGICA PODE SER DEFINIDA COMO UM GRADUAL PROCESSO NO QUAL AS COMUNIDADE VÃO SE ALTERANDO ATÉ SE ESTABELECER UM EQUILÍBRIO. AS FASES DISTINTAS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA SÃO:

Leia mais

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015 Biologia e ecologia do mosquito vetor da dengue Porto Alegre, 19 de agosto de 2015 Biologia do vetor Aedes aegypti macho Aedes aegypti Aedes albopictus Mosquitos do gênero Aedes. Característica Aedes aegypti

Leia mais

Conceitos Ecológicos. Prof. Dr. Mauro Parolin

Conceitos Ecológicos. Prof. Dr. Mauro Parolin Conceitos Ecológicos Prof. Dr. Mauro Parolin Hábitat [1] ou habitat (do latim, ele habita) é um conceito usado em ecologia que inclui o espaço físico e os fatores abióticos que condicionam um ecossistema

Leia mais

Cupins Subterrâneos: Métodos de Controle

Cupins Subterrâneos: Métodos de Controle Cupins Subterrâneos: Métodos de Controle Introdução As principais estratégias de controle de cupins serão apresentadas a seguir. É interessante frisar, neste momento, que os dados apresentados a seguir

Leia mais

MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA?

MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA? MAS O QUE É A NATUREZA DO PLANETA TERRA? A UNIÃO DOS ELEMENTOS NATURAIS https://www.youtube.com/watch?v=hhrd22fwezs&list=plc294ebed8a38c9f4&index=5 Os seres humanos chamam de natureza: O Solo que é o conjunto

Leia mais

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA A prova de Biologia da UFPR apresentou uma boa distribuição de conteúdos ao longo das nove questões. O grau de dificuldade variou entre questões médias e fáceis, o que está

Leia mais

MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, CRISTIANE CIDÁLIA CORDEIRO E SUELLEN ARAÚJO. Introdução

MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, CRISTIANE CIDÁLIA CORDEIRO E SUELLEN ARAÚJO. Introdução 1 TRABALHANDO AS BORBOLETAS E AS ABELHAS COMO INSETOS POLINIZADORES NAS AULAS PRÁTICAS DE DUCAÇÃO AMBIENTAL E ZOOLOGIA NO CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES,

Leia mais

MIGDOLUS EM CANA DE AÇÚCAR

MIGDOLUS EM CANA DE AÇÚCAR MIGDOLUS EM CANA DE AÇÚCAR 1. INTRODUÇÃO O migdolus é um besouro da família Cerambycidae cuja fase larval causa danos ao sistema radicular da cana-de-açúcar, passando a exibir sintomas de seca em toda

Leia mais

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências Nome: Ano: 5º Ano 1º Etapa 2014 Colégio Nossa Senhora da Piedade Área do Conhecimento: Ciências da Natureza Disciplina:

Leia mais

Peixes e crustaceos Nativos da PVSuL

Peixes e crustaceos Nativos da PVSuL Peixes e crustaceos Nativos da PVSuL Alguns, encobertos pela água. Outros, ativos à noite. A maioria, raramente vista. Os peixes e crustáceos presentes no PV-Sul representam dois grupos de animais presentes

Leia mais

Os Grandes Biomas Terrestres. PROF Thiago Rocha

Os Grandes Biomas Terrestres. PROF Thiago Rocha Os Grandes Biomas Terrestres PROF Thiago Rocha Bioma: Uma comunidade de plantas e animais, com formas de vida e condições ambientais semelhantes. (Clements, 1916) Florestas tropicais A área de ocorrência

Leia mais

L C F 5 8 1. Recursos Florestais TEMA N 14 PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS

L C F 5 8 1. Recursos Florestais TEMA N 14 PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS TEMA N 14 PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS 1990-177.400m³ L C F 5 8 1 CONSTRUÇÃO 0,1 5,3 MOIRÕES 16,9 ESTACAS CRUZETAS OUTROS 24,5 DORMENTES 53,2 POSTES CONSTRUÇÃO 15,0% 2010-1.300.000m³

Leia mais

Unidade. 6 Coleção IAB de Ciências / 3º ANO

Unidade. 6 Coleção IAB de Ciências / 3º ANO I Unidade 6 Coleção IAB de Ciências / 3º ANO UNIDADE I: A VIDA EM NOSSO PLANETA Introdução A ciência se faz com observação da natureza, perguntas e busca de respostas. Você já observou como o Planeta Terra

Leia mais

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense

Biomas Brasileiros. 1. Bioma Floresta Amazônica. 2. Bioma Caatinga. 3. Bioma Cerrado. 4. Bioma Mata Atlântica. 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense Biomas Brasileiros 1. Bioma Floresta Amazônica 2. Bioma Caatinga 3. Bioma Cerrado 4. Bioma Mata Atlântica 5. Bioma Pantanal Mato- Grossense 6. Bioma Pampas BIOMAS BRASILEIROS BIOMA FLORESTA AMAZÔNICA

Leia mais

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO)

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula de hoje: ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula 07 Antes de iniciarmos os estudos sobre populações e seus componentes precisamos conhecer e conceituar as estruturas

Leia mais

Nomes: Melissa nº 12 Naraiane nº 13 Priscila nº 16 Vanessa nº 20 Turma 202

Nomes: Melissa nº 12 Naraiane nº 13 Priscila nº 16 Vanessa nº 20 Turma 202 Nomes: Melissa nº 12 Naraiane nº 13 Priscila nº 16 Vanessa nº 20 Turma 202 A doença de chagas é assim denominada em homenagem ao seu descobridor, o médico brasileiro Dr. Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas.

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

O que é preciso para desenvolver uma experiência global sobre florestas e mudanças climáticas?

O que é preciso para desenvolver uma experiência global sobre florestas e mudanças climáticas? O que é preciso para desenvolver uma experiência global sobre florestas e mudançasclimáticas? Entrevista com o Dr. Stuart Davies, Diretor do CentrodeCiênciasFlorestaisdoTrópico Em2007,oBancoHSBCdoou100milhõesde

Leia mais

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS - Folha 1 Cupins de Madeira Seca - Biologia O Cryptotermes brevis, chamado popularmente de cupim de madeira seca, é um cupim que encontra-se normalmente restrito à peça atacada. Ele não tem capacidade

Leia mais

Biodiversidade e monitoramento da ordem Isoptera em Olinda, PE

Biodiversidade e monitoramento da ordem Isoptera em Olinda, PE REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 3 - Número 2-2º Semestre 2003 Biodiversidade e monitoramento da ordem Isoptera em Olinda, PE [1] Welber Eustáquio de Vasconcelos; [2] Érika

Leia mais

FLORESTAS PLANTADAS E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL

FLORESTAS PLANTADAS E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL FLORESTAS PLANTADAS E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL Uma posição institucional conjunta de: Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais Sociedade Brasileira de Silvicultura Departamento de Ciências

Leia mais

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005.

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005. Estudo da vegetação 1. Introdução A intensa actividade humana desenvolvida na região Centro ao longo dos últimos milénios conduziu ao desaparecimento gradual de extensas áreas de floresta autóctone, que

Leia mais

Aula 3 de 4 Versão Aluno

Aula 3 de 4 Versão Aluno Aula 3 de 4 Versão Aluno As Comunidades Indígenas Agora vamos conhecer um pouco das características naturais que atraíram essas diferentes ocupações humanas ao longo dos séculos para a Região da Bacia

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DA ENTOMOFAUNDA CO-HABITANTE EM NINHOS DE CUPINS EPÍGEOS DE CAMPINAS E REGIÃO

IDENTIFICAÇÃO DA ENTOMOFAUNDA CO-HABITANTE EM NINHOS DE CUPINS EPÍGEOS DE CAMPINAS E REGIÃO IDENTIFICAÇÃO DA ENTOMOFAUNDA CO-HABITANTE EM NINHOS DE CUPINS EPÍGEOS DE CAMPINAS E REGIÃO Nina Maria Ornelas Cavalcanti Faculdade de Ciências Biológicas Centro de Ciências da Vida nina.moc@puccamp.edu.br

Leia mais

ORÉADES NÚCLEO DE GEOPROCESSAMENTO RELATÓRIO DE ATIVIDADES

ORÉADES NÚCLEO DE GEOPROCESSAMENTO RELATÓRIO DE ATIVIDADES ORÉADES NÚCLEO DE GEOPROCESSAMENTO PROJETO CARBONO NO CORREDOR DE BIODIVERSIDADE EMAS TAQUARI RELATÓRIO DE ATIVIDADES ASSENTEMENTOS SERRA DAS ARARAS, FORMIGUINHA E POUSO ALEGRE JULHO DE 2011 INTRODUÇÃO

Leia mais

GLOSSÁRIO: - MEIO URBANO; - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL; - RISCOS AMBIENTAIS; - IMPACTO SIGNIFICATIVO.

GLOSSÁRIO: - MEIO URBANO; - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL; - RISCOS AMBIENTAIS; - IMPACTO SIGNIFICATIVO. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DISCIPLINA: NAI PROFESSORA: Drª CÁTIA FARIAS GLOSSÁRIO: - MEIO URBANO; - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL; - RISCOS AMBIENTAIS; -

Leia mais

FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber. Ipê Amarelo

FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber. Ipê Amarelo FORMAÇÃO VEGETAL BRASILEIRA DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Aziz Ab`Saber Ipê Amarelo Fatores que influenciam na distribuição das formações vegetais: Clima 1. Temperatura; 2. Umidade; 3. Massas de ar; 4. Incidência

Leia mais

Ozooplâncton de água doce é constituído predominantemente por Protozoa,

Ozooplâncton de água doce é constituído predominantemente por Protozoa, 5 5.1 Caracterização Geral do Zooplâncton Ozooplâncton de água doce é constituído predominantemente por Protozoa, Rotifera e Crustacea, este último composto, principalmente, por Copepoda e Cladocera. 5.1.1

Leia mais

A importância do continente europeu reside no fato de este ter

A importância do continente europeu reside no fato de este ter Conhecido como velho mundo, o continente europeu limitase a oeste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Mediterrâneo, ao norte com o oceano Glacial Ártico e a leste com a Ásia, sendo que os Montes Urais

Leia mais

BICUDO DA CANA (SPHENOPHORUS LEVIS)

BICUDO DA CANA (SPHENOPHORUS LEVIS) BICUDO DA CANA (SPHENOPHORUS LEVIS) 1. INTRODUÇÃO Uma outra praga que vem assumindo um certo grau de importância é conhecida como o bicudo da cana-de-açúcar de ocorrência restrita no Estado de São Paulo,

Leia mais

REGISTRO FOTOGRÁFICO MUNGUBA PRAÇA DA CONSTITUIÇÃO

REGISTRO FOTOGRÁFICO MUNGUBA PRAÇA DA CONSTITUIÇÃO REGISTRO FOTOGRÁFICO MUNGUBA PRAÇA DA CONSTITUIÇÃO FIGURA 1. Indivíduo arbóreo da espécie Munguba com o estado fitossanitário comprometido. FIGURA 2. Vista da parte aérea demonstrando a ausência de folhas.

Leia mais

193 - TRABALHOS COM HORTAS ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE DIONÍSIO CERQUEIRA, SC

193 - TRABALHOS COM HORTAS ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE DIONÍSIO CERQUEIRA, SC Sociedade e Natureza Monferrer RESUMO 193 - TRABALHOS COM HORTAS ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE DIONÍSIO CERQUEIRA, SC Fabia Tonini 1 ; Andréia Tecchio 2 O espaço Horta Escolar pode ser utilizado como meio

Leia mais

Específicas. I. Harmônicas. II. Desarmônicas. I. Harmônicas 1) SOCIEDADE. Estas relações podem ser

Específicas. I. Harmônicas. II. Desarmônicas. I. Harmônicas 1) SOCIEDADE. Estas relações podem ser Relações Ecológicas Os seres vivos mantém constantes relações entre si, exercendo influências recíprocas em suas populações. INTRA ou INTERESPECÍFICAS Estas relações podem ser HARMÔNICAS OU DESARMÔNICAS

Leia mais

ANIMAL: PORQUINHO DA ÍNDIA. LAURA E ANA BEATRIZ 2º ano H

ANIMAL: PORQUINHO DA ÍNDIA. LAURA E ANA BEATRIZ 2º ano H ANIMAL: PORQUINHO DA ÍNDIA LAURA E ANA BEATRIZ 2º ano H PORQUINHO DA ÍNDIA São roedores e tem hábitos noturnos. Tempo de vida: de 5 a 8 anos Alimentação: comem verduras, capins, raízes, sementes e tubérculos.

Leia mais

As Questões Ambientais do Brasil

As Questões Ambientais do Brasil As Questões Ambientais do Brasil Unidades de conservação de proteção integral Existem cinco tipos de unidades de conservação de proteção integral. As unidades de proteção integral não podem ser habitadas

Leia mais

Ø As actividades humanas dependem da água para a agricultura, indústria, produção de energia, saúde, desporto e entretenimento.

Ø As actividades humanas dependem da água para a agricultura, indústria, produção de energia, saúde, desporto e entretenimento. Ø As actividades humanas dependem da água para a agricultura, indústria, produção de energia, saúde, desporto e entretenimento. Ä A água é indispensável ao Homem, a sua falta ou o seu excesso, pode ser-lhe

Leia mais

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso Biodiversidade Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Pode ser entendida como uma associação de vários

Leia mais

vacina? se produz uma

vacina? se produz uma Como vacina? se produz uma A tecnologia Este é o Instituto Butantan, o maior produtor de vacinas e soros da América Latina e cujo maior cliente atualmente é o Ministério da Saúde. Já a tecnologia original

Leia mais

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS ECOLOGIA GERAL Aula 05 Aula de hoje: FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS Sabemos que todos os organismos necessitam de energia para se manterem vivos, crescerem, se reproduzirem e, no caso

Leia mais

Unidade Portugal. Nome: 3 o ano (2ª série) Manhã. AVALIAÇÃO DO GRUPO X 4 o BIMESTRE. Borboletas Urbanas

Unidade Portugal. Nome: 3 o ano (2ª série) Manhã. AVALIAÇÃO DO GRUPO X 4 o BIMESTRE. Borboletas Urbanas Unidade Portugal Ribeirão Preto, de de 2011. Nome: 3 o ano (2ª série) Manhã AVALIAÇÃO DO GRUPO X 4 o BIMESTRE Eixo temático - Natureza amiga Disciplina/Valor Português 3,0 Matemática 3,0 Hist/Geo 3,0 Ciências

Leia mais

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA

FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA FLUXO DE ENERGIA E CICLOS DE MATÉRIA Todos os organismos necessitam de energia para realizar as suas funções vitais. A energia necessária para a vida na Terra provém praticamente toda do sol. Contudo,

Leia mais

Biomas Brasileiros I. Floresta Amazônica Caatinga Cerrado. Mata Atlântica Pantanal Campos Sulinos ou Pampas Gaúchos

Biomas Brasileiros I. Floresta Amazônica Caatinga Cerrado. Mata Atlântica Pantanal Campos Sulinos ou Pampas Gaúchos Biomas Brasileiros I Floresta Amazônica Caatinga Cerrado Mata Atlântica Pantanal Campos Sulinos ou Pampas Gaúchos Floresta Amazônica Localizada na região norte e parte das regiões centro-oeste e nordeste;

Leia mais

Que ambiente é esse?

Que ambiente é esse? A U A UL LA Que ambiente é esse? Atenção Leia o texto abaixo: (...) Florestas bem verdes, cortadas por rios, lagos e corixos. Planícies extensas, que se unem ao horizonte amplo, cenário para revoadas de

Leia mais

A árvore das árvores

A árvore das árvores A árvore das árvores Resumo O documentário apresenta os múltiplos usos do carvalho para as sociedades, desde tempos remotos até os dias de hoje; além de retratar lendas e histórias sobre essas árvores

Leia mais

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO É claro que o Brasil não brotou do chão como uma planta. O Solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, a porção do espaço sob domínio,

Leia mais

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério 1 FLORESTA AMAZÔNICA 2 Características Localiza-se: Região Norte; parte do norte do Mato Grosso e Goiás; e parte oeste do Maranhão; O maior bioma brasileiro ocupa, praticamente, um terço da área do País.

Leia mais

Insígnia Mundial do Meio Ambiente IMMA

Insígnia Mundial do Meio Ambiente IMMA Ficha técnica no. 2.1 Atividade Principal 2.1 SENTINDO A NATUREZA Objetivo da 2 Os escoteiros estão trabalhando por um mundo onde o habitat natural seja suficiente para suportar as espécies nativas. Objetivos

Leia mais

DESMATAMENTO DA MATA CILIAR DO RIO SANTO ESTEVÃO EM WANDERLÂNDIA-TO

DESMATAMENTO DA MATA CILIAR DO RIO SANTO ESTEVÃO EM WANDERLÂNDIA-TO DESMATAMENTO DA MATA CILIAR DO RIO SANTO ESTEVÃO EM WANDERLÂNDIA-TO Trabalho de pesquisa em andamento Sidinei Esteves de Oliveira de Jesus Universidade Federal do Tocantins pissarra1@yahoo.com.br INTRODUÇÃO

Leia mais

NECESSIDADE BÁSICAS DOS SERES VIVOS. Estágio docência: Camila Macêdo Medeiros

NECESSIDADE BÁSICAS DOS SERES VIVOS. Estágio docência: Camila Macêdo Medeiros NECESSIDADE BÁSICAS DOS SERES VIVOS Estágio docência: Camila Macêdo Medeiros Necessidades básicas O planeta oferece meios que satisfaçam as necessidades básicas dos seres vivos. Necessidades básicas dos

Leia mais

truta - sapos - rãs - tartaruga - serpente - garça - andorinha - morcego - macaco

truta - sapos - rãs - tartaruga - serpente - garça - andorinha - morcego - macaco PROFESSOR: EQUIPE DE CIÊNCIAS BANCO DE QUESTÕES - CIÊNCIAS 3º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ========================================================================== 01- Marque com um (X) a(s) alternativa(s)

Leia mais

ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 2º Trimestre. 3 ano DISCIPLINA: BIOLOGIA B

ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 2º Trimestre. 3 ano DISCIPLINA: BIOLOGIA B ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 2º Trimestre 3 ano DISCIPLINA: BIOLOGIA B Observações: 1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar. 2 - Os exercícios

Leia mais

Luz, olho humano e óculos Capítulo 12 (pág. 219)

Luz, olho humano e óculos Capítulo 12 (pág. 219) Luz, olho humano e óculos Capítulo 12 (pág. 219) Raios de Luz - Alguns filósofos gregos pensavam que nossos olhos emitiam raios que permitiam enxergar os objetos; - Só nos é possível ver quando há luz

Leia mais

BIOLOGIA COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA

BIOLOGIA COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA Nota-se claramente que a prova de biologia da segunda fase da UFPR refletiu um esforço no sentido de privilegiar questões que envolvam raciocínio lógico aplicado ao domínio

Leia mais