As tabelas a seguir descrevem algumas categorias gerais de resistência das luvas que servirão de orientação no momento da escolha.
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- Paula Lage Fonseca
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1 L U V A S Trata-se de um dos equipamentos de proteção individual (EPI) mais importantes, pois protege as partes do corpo com maior risco de exposição: as mãos. Seu uso exige treinamento, assim como qualquer outro tipo de equipamento de proteção, para poder se tornar uma eficiente barreira de proteção ao trabalhador. A decisão da escolha da luva deverá ser determinada por uma avaliação de risco criteriosa, devendo levar em consideração a natureza do risco, o(s) agente(s) de risco, o tipo de atividade ou ensaio a ser executado, além de considerar a resistência química específica do material assim como da razão de permeabilidade e tempo de rompimento. As recomendações do fabricante com a natureza dos componentes da luva e a ficha de segurança do produto devem sempre ser utilizadas na escolha do material e podem ser obtidas com o fabricante. Lembre-se que a penetração dos agentes de risco geralmente aumenta com o decréscimo da espessura e consequentemente com o aumento da porosidade da luva, quando mais concentrada a solução maior a velocidade da penetração; e que o calor e a abrasão afetam negativamente o desempenho da luva. A eficiência das luvas é medida por meio de três parâmetros: i. Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva; ii. Permeação: velocidade com que uma substância permeia através da luva; iii. Tempo de Resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e a ocorrência do produto químico no seu interior. Luvas mais resistentes incluem borracha natural, neoprene, nitrílicas, butílicas, Viton e cloreto de polivinila. Existem outros cuidados que devem ser lembrados no momento do uso das luvas: - é importante que estas se encaixem corretamente nas mãos, portanto elas devem ser do tamanho correto às mãos do usuário. As tabelas a seguir descrevem algumas categorias gerais de resistência das luvas que servirão de orientação no momento da escolha. AVENIDA DO CAFÉ, S/Nº - CEP RIBEIRÃO PRETO/SP - BRASIL PÁGINA 1
2 TABELA 1. Tipo de luva indicada em relação ao composto químico manipulado. M A T E R I A L I N D I C A Ç Õ E S Utilizado comumente em todos os setores industriais (para ácidos, álcalis, gorduras e alcoóis) 1. Ácidos, álcalis diluídos, alcoóis, sais e cetonas 1. BORRACHA NATURAL LUVA NITRÍLICA Ácidos, álcalis diluídos, alcoóis, derivados do petróleo (geralmente tem maior resistência que a borracha natural e neoprene), óleos, graxas, aminoácidos e solventes clorados 1. Ácidos, sais, cetonas, solventes à base de petróleo, detergentes, alcoóis, cáusticos e gorduras animais 1. Bom para solventes aromáticos, alifáticos e halogenados. Ruim para soluções aquosas 1. São permeáveis, apresentando resistência limitada à maioria dos produtos químicos perigosos usados em laboratórios. Não devem ser utilizadas em operações onde a contaminação química é prevista e deva ser imediatamente retirada das mãos por lavagem 1. AVENIDA DO CAFÉ, S/Nº - CEP RIBEIRÃO PRETO/SP - BRASIL PÁGINA 2
3 Proteção para altas temperaturas, resistentee a corte. Ácidos, álcalis diluídos, alcoóis, cetonas, ésteres (tem a maior resistência avaliada contra a permeação de gases e vapores aquosos) 1. BORRACHA BUTÍLICA VITON 2 Especial para solventes orgânicos clorados e/ou aromáticos, BPC, anilina (o melhor polímero para proteção contra solventes) 1. Luva de cobertura, praticamente para todas as classes de produtos químicos (uso especial em acidentes) 1. SILVER SHIELD 1 Di VITTA, PB. Gerenciamento de Resíduos Químicos de Laboratório. São Paulo: Universidade de São Paulo. [acesso em 2016 Mai 13]; [142 slides em PowerPoint]. Disponível em: 2 Marca registrada da Companhia DuPo ont, Wilmington Delaware. AVENIDA DO CAFÉ, S/Nº - CEP RIBEIRÃO PRETO/SP - BRASIL PÁGINA 3
4 TABELA 2. Resistência dos diferentes tipos de luva quanto ao tipo de produto químico manipulado. P R O D U T O Q U Í M I C O M A T E R I A L D A L U V A BORRACHA NATUTAL NEOPRENE BORRACHA BUTÍLICA BORRACHA NITRÍLICA * Uso Limitado RRR: Resistência Muito Boa RR: Resistência Boa R: Resistência Regular NÃO: Uso Não Recomendado Acetaldeído* RR RRR RRR RR Acetato de amila* NÃO R R NÃO Acetato de butila R RR R NÃO Acetato de etila* R RR RR R Acetona* RRR RR RRR NÃO Ácido acético RRR RRR RRR RRR Ácido clorídrico RR RRR RR RR Ácido crômico a 50% NÃO R R R Ácido fórmico* RRR RRR RRR RRR PÁcido fosfórico RR RRR RRR RRR Ácido nítrico* R RR R R Ácido oxálico RRR RRR RRR RRR Ácido perclórico a 60% R RRR RR RR Ácido sulfúrico RR RR RR RR Álcool butílico RRR RRR RRR RRR Álcool etílico RRR RRR RRR RRR Álcool isopropílico RRR RRR RRR RRR Álcool propílico RRR RRR RRR RRR Anilina R RR R NÃO Benzaldeído* R R RR RR Benzeno* R R R NÃO Brometo de metila R RR RR R Cetonas RRR RR RRR NÃO Cloreto de metila* NÃO NÃO NÃO NÃO Cicloxenol R RR RR RRR Clorobenzeno* NÃO R R NÃO Clorofórmio* NÃO RR NÃO NÃO Diisobutilcetona R NÃO RR NÃO Dimetilformamida R R RR RR Dioctilftalato NÃO RR R RRR Dioxano RR RRR RR RR Éter etílico RR RRR RRR RR Etilenoglicol RRR RRR RRR RRR Fenol R RRR RR R Formaldeído RRR RRR RRR RRR Hexano NÃO R NÃO RR Hidróxido de amônia RRR RRR RRR RRR Hidróxido de potássio RRR RRR RRR RRR Hidróxido de sódio RRR RRR RRR RRR Metanol RRR RRR RRR RRR Metilamina R R RR RR Metiletilcetona* RR RR RRR NÃO Metilisobutilcetona* R R RRR NÃO Peróxido de hidrogênio a 30% RR RR RR RR AVENIDA DO CAFÉ, S/Nº - CEP RIBEIRÃO PRETO/SP - BRASIL PÁGINA 4
5 Tetracloreto de carbono* NÃO R NÃO RR Tolueno* NÃO R NÃO R Trietanolamina RR RRR RR RRR Tricloroetileno* R R NÃO RR Xileno* NÃO NÃO NÃO R * Uso Limitado RRR: Resistência Muito Boa RR: Resistência Boa R: Resistência Regular NÃO: Uso Não Recomendado Fonte: AVENIDA DO CAFÉ, S/Nº - CEP RIBEIRÃO PRETO/SP - BRASIL PÁGINA 5
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