CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RAFAEL MENDES FREITAS

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1 1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RAFAEL MENDES FREITAS O PROCESSO DA LOGÍSTICA REVERSA DAS LATINHAS DE AÇO PRODUZIDAS POR UMA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PARA BEBIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA NO CEARÁ FORTALEZA 2014

2 2 RAFAEL MENDES FREITAS O PROCESSO DA LOGÍSTICA REVERSA DAS LATINHAS DE AÇO PRODUZIDAS POR UMA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PARA BEBIDAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA NO CEARÁ Monografia apresentada ao curso de Administração para a obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas. Orientador (a): Prof.ª Ms. Rosangela Soares de Oliveira. FORTALEZA 2014

3 Para minha mãe, minha eterna gratidão. 3

4 4 AGRADECIMENTOS A Deus pela dádiva da vida. vida. A minha mãe que está sempre ao meu lado em todos os momentos de minha Daniele, sempre presente desde que a conheci, meus sinceros agradecimentos com muito prestígio e amor. A minha orientadora, professora Rosangela Soares, pela atenção desempenhada desde o início desta pesquisa. Aos meus colegas que tornaram-se amigos para toda a vida, desde os que iniciaram junto comigo esta batalha, e aos que já concluíram, meus agradecimentos pela companhia e força na caminhada acadêmica. lembranças. Aos que conheci no caminho do curso, estão guardados nas boas A Alexandre Nascimento, que se mostrou bastante atencioso e empenhado em fornecer informações sobre a empresa que foram de grande importância para a pesquisa. A todos aqueles que de alguma forma ajudaram a semear, cultivar e colher os frutos desses anos de curso.

5 5 "A administração é uma questão de habilidades, e não depende da técnica ou experiência. Mas é preciso antes de tudo saber o que se quer." Sócrates Filósofo (-470 a.c. / -399 a.c.) Grécia Antiga

6 6 RESUMO A presente monografia tem como tema o processo da logística reversa das latinhas de aço produzidas por uma indústria de embalagens para bebidas na Região Metropolitana de Fortaleza/CE. Tendo como objetivo geral analisar o processo de logística reversa das latas de aço para bebidas produzidas pela empresa em pesquisa. Dentro desse contexto, os objetivos específicos desta pesquisa consistem em identificar quais os participantes da logística reversa da empresa, compreender a sistemática do processo de logística reversa das latas de aço e analisar quais os impactos sociais e ambientais resultantes da logística reversa desses bens. A pesquisa caracteriza-se como quali-quantitativa, com aplicação de questionário e entrevista com a finalidade de obter as informações necessárias para atingir os objetivos geral e específico, sendo um estudo de caso realizado na empresa em destaque. Em relação aos resultados obtidos, foi percebido que existe uma logística reversa de pós-consumo de ciclo aberto na empresa, com parceiros, como catadores e sucateiros, que recolhem as latas após o consumo, levando as mesmas para a usina siderúrgica encarregada de reaproveitar esse material em outros bens de consumo destinados à construção civil. Palavras-chave: Processo. Logística Reversa. Pós-consumo. Reciclagem.

7 7 ABSTRACT This monograph has as its theme the process of reverse logistics of cans steel produced by a beverage packaging industry in the region Metropolitan de Fortaleza/CE. Aiming to analyze the general process reverse logistics of steel cans for drinks produced by the company in research. Within this context, the specific objectives of this research are in identifying participants for the reverse logistics company, understand the systematic process of reverse logistics of steel cans and analyze which social and environmental impacts resulting from the reverse logistics of these goods. The research is characterized as quali-quantitative, with questionnaires and interview with the purpose to obtain the information necessary to achieve the General and specific objectives, being a case study in the enterprise featured. In relation to the results obtained, it was realized that there is a reverse logistics of open cycle company post-consumer, with partners, as scavengers and scrap dealers, who collect the cans after consumption, taking the same for the steel mill to reuse this material in other goods of consumptives for constructs. Keywords: Process. Reverse Logistics. Post-consumer. Recycling.

8 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Estágios Organizacionais de Crescimento das Competências da Gestão da Cadeia de Suprimentos Figura 2 - Objetivos de desempenho segundo Slack (2002) Figura 3 - Canais de Distribuição diretos e reversos Figura 4 - Exemplos de canais reversos de ciclo aberto Figura 5 - Logística Reversa x Logística Verde

9 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Conceitos e abordagens sobre logística reversa LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Números do mercado mundial de reciclagem de latas de aço Gráfico 2 - Caracterização da logística reversa Gráfico 3 - Caracterização do processo Gráfico 4 - Participantes da logística reversa Gráfico 5 - Impactos sociais e ambientais Gráfico 6 - Mudanças a partir da implantação da logística reversa Gráfico 7 - Logística reversa como estratégia competitiva Gráfico 8 - Origem da matéria-prima Gráfico 9 - Direcionamento do material recolhido Gráfico 10 - Reciclagem do material Gráfico 11 - Período de coleta e destinação do material... 51

10 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABEAÇO Associação Brasileira de Embalagens de Aço CDR Canais de Distribuição Reversos CDR-PC Canais de Distribuição Reversos de Pós-Consumo CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem CSCMP Council of Supply Chain Management Professionals EPR Extended Product Responsability (Responsabilidade Extendida sobre o Produto) PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos PTB Product Take back RMF Região Metropolitana de Fortaleza

11 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Objetivo Geral Objetivos Específicos LOGÍSTICA Origem Conceitos Evolução da Logística O papel da logística nas organizações LOGÍSTICA REVERSA Conceitos Diferença entre logística e logística reversa A relação entre logística reversa e o meio ambiente Legislação sobre logística reversa Logística Reversa de Pós Consumo Ciclos reversos abertos e fechados Logística verde e logística reversa Logística reversa e sustentabilidade METODOLOGIA Metodologia da pesquisa Tipologia da pesquisa Método de coleta de informações Universo da pesquisa ESTUDO DE CASO A empresa Projeto de reciclagem através de parcerias Estratégias de atuação Índice de reciclagem ANÁLISE DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE... 57

12 12 1 INTRODUÇÃO A logística, dentro do ambiente empresarial, mostra a necessidade das organizações em terem uma estratégia voltada para a reutilização de recursos advindos do consumo de seus produtos pelos seus clientes finais. Dentro desse conceito, Leite (2009) afirma que a logística reversa é a área dentro da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo de informações logísticas, o retorno dos bens depois do consumo de seus clientes finais, através de canais de distribuição, onde são agregados valores econômicos, ecológicos, legais, de imagem corporativa entre outros. De acordo com a pesquisa realizada pela Revista Tecnologística (2009), entre empresas de diversos ramos de atuação, os principais motivos para as organizações se preocuparem com o fluxo reverso estão entre a preservação da imagem (60%) e satisfação do cliente (57%), na totalidade das empresas pesquisadas. Desta forma, atualmente a logística reversa tem sido um ponto onde as organizações têm focado bastante, como diferencial competitivo, tanto na questão ambiental quanto financeira, tornando as mesmas reconhecidas pelos seus clientes, e tornando-as exemplo de empresas que se preocupam com a responsabilidade social e ambiental. Partindo desse pressuposto, torna-se necessário um estudo mais detalhado sobre esse assunto, buscando identificar suas causas, seus efeitos e consequências, tanto positivas e negativas, caso existam. Levando também em consideração a preocupação geral das pessoas em saber qual produto/serviço traz benefícios para as mesmas sem que haja um prejuízo do meio ambiente onde estão inseridos, tem-se a necessidade de reconhecer qual empresa procura preservar os recursos que são utilizados para produzir seus bens e que destino está dando aos mesmos depois do consumo final por parte de seus clientes. Essa pesquisa buscou realizar um estudo, detalhando o processo de destinação final do bem a ser pesquisado dentro do meio acadêmico, com base nos pensamentos e teorias dos autores que já escrevem sobre esse assunto. Entre outros conceitos temos o que relata Pereira (2013), quando define a logística reversa como uma das áreas da logística empresarial, e na mesma está inserido um conjunto de operações interligadas, de fundamental importância, que visam a redução de matérias-primas primárias, direcionando-as para um destino

13 13 final correto sendo este a reciclagem adequada ou a produção de energia para outros processos produtivos. Buscando fundamentos dentro da literatura sobre a logística reversa, surge a seguinte pergunta problema: Como funciona o processo da logística reversa das latinhas de aço produzidas por uma indústria de embalagens para bebidas na Região Metropolitana de Fortaleza/CE RMF. 1.1 Objetivo Geral Analisar o funcionamento do processo da logística reversa das latinhas de aço produzidas por uma indústria de embalagens para bebidas na Região Metropolitana de Fortaleza/CE, destacando os impactos sociais e ambientais resultantes dessa atividade. 1.2 Objetivos Específicos Partindo do objetivo geral, seguem os seguintes objetivos específicos a serem estudados nesta pesquisa: Identificar os participantes do processo da logística reversa das latinhas de aço produzidas por uma indústria de embalagens para bebidas na Região Metropolitana de Fortaleza/CE; Compreender o processo da logística reversa das latinhas de aço produzidas por uma indústria de embalagens para bebidas na Região Metropolitana de Fortaleza/CE; Analisar os impactos sociais e ambientais resultantes do processo da logística reversa das latinhas de aço produzidas por uma indústria de embalagens para bebidas na Região Metropolitana de Fortaleza/CE. A pesquisa está dividida em quatro capítulos, sendo este o primeiro, que trata-se da introdução ao trabalho, relatando o tema da pesquisa, a justificativa, a problemática da mesma junto com seus objetivos gerais e específicos. No segundo capitulo será relatado um pequeno histórico da logística empresarial, sua origem, seus conceitos baseados em vários autores especialistas

14 14 no tema, evolução da logística ao longo do tempo nas organizações, seu papel desempenhado no ambiente empresarial, e um resumo da sua presença no Brasil. Partindo para o terceiro capítulo, entraremos no foco da pesquisa que é a logística reversa, também com seus conceitos, diferenciando a mesma da logística convencional (empresarial), mostrando sua relação com o meio ambiente, sustentabilidade, suas derivações, como por exemplo: a logística reversa de pósconsumo, também presente em grande parte dessa pesquisa. Chegando ao quarto capitulo, será mostrada a metodologia da pesquisa em questão, definindo seus instrumentos de pesquisa e ferramentas para levantamento e análise das informações obtidas bem como seus resultados encontrados. No quinto capítulo, entraremos no estudo de caso da empresa em questão, com um resumo do seu histórico, tempo de atuação e atividades relacionadas à logística reversa dentro e fora da empresa, buscando realizar uma comparação e confirmação com as informações obtidas dentro da pesquisa realizada na mesma. E por fim, as considerações finais, deixando os detalhes da pesquisa de acordo com as informações coletadas e analisadas na empresa, com o incentivo de que novas pesquisas venham a ser realizadas na área da logística reversa.

15 15 2 LOGÍSTICA 2.1 Origem De acordo com Ching (2009), antigamente, as tropas militares tinham a necessidade de garantir o seu suprimento nos seus avanços durante as batalhas, cabendo aos seus generais desenvolver estratégias militares para que o deslocamento de suas tropas acontecesse no tempo certo, na hora certa, levando assim seus equipamentos para a guerra. Tais estratégias tinham de ser perfeitas para que houvesse o sucesso, sem erro algum para garantir que nada prejudicasse a missão. Seguindo o raciocínio do parágrafo anterior, Bussinger (2008), cita a Segunda Guerra Mundial como um exemplo disso, onde as Forças Armadas norteamericanas utilizaram da logística para gerenciar o recebimento de materiais e também a entrega para o suprimento durante os combates. Segundo Novaes (2001), a logística evoluiu bastante, de forma continuada e tornou-se hoje um importante elemento-chave para a estratégia competitiva das organizações. Ultimamente a logística tem sido uma atividade primordial para uma estratégia empresarial bem elaborada, com a finalidade de garantir a sustentabilidade das organizações e dentro desse contexto, a redução de custos, a qualidade no atendimento ao cliente aliados à competitividade são pontos que dão maior importância à logística. 2.2 Conceitos Segundo a definição de Ballou (2006, p. 27), a logística: trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até ao ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.

16 16 Aliando aos conceitos ditos anteriormente pelos autores, podemos ainda incorporar o que diz Guarnieri et al. (2006, p. 4): Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenamento de materiais, peças e produtos acabados, sua organização e dos seus canais de distribuição de modo a poder maximizar a lucratividade da empresa e o atendimento e satisfação dos clientes a baixo custo. Em face disto, a logística consta de um conjunto de processos, com a finalidade de atender um propósito, seja como objeto um produto e/ou serviço, a fim de garantir a satisfação de um indivíduo, antes deste, existem vários intermediários que podem influenciar no seu resultado final, sendo assim gerada a eficiência nos serviços oferecidos pela organização. A distribuição logística está ligada aos custos da organização, sendo o mesmo valorizado, criando uma nova forma de gerenciamento, sendo centralizada, integrada e lógica, causando na cadeia de suprimentos um desempenho satisfatório. Segundo Sousa (2002), o excesso de estoque de matéria prima é gerado por uma visão limitada da logística, causando mau processamento de pedidos, atrasos nas entregas aos clientes finais, e demais problemas que podem colocar em dúvida a confiabilidade e credibilidade da empresa. Segundo Guarnieri (2006), recentemente a logística teve uma evolução, sendo considerada como vantagem competitiva essencial para qualquer organização que a aplique de maneira correta. No Brasil, a logística teve inicio na década de 1990, depois da abertura comercial, quando foi observada a necessidade das empresas se manterem no mercado globalizado e atualizado. De acordo com Leite, Brito (2003), essa evolução na trajetória da logística se deve à eficiência na redução dos custos referentes aos sistemas de informação, consequência do avanço considerável da tecnologia e de demais fatores que propiciam as empresas realizarem um planejamento e execução das atividades organizacionais de forma vantajosa e satisfatória para todos da organização. Estão incorporados à logística, segundo Novaes (2007) os prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, durante toda a cadeia de suprimento, a integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da organização; parcerias com fornecedores e clientes, a busca da melhoria de forma global, envolvendo a integração dos processos e a redução de custos em toda cadeia de suprimento e a satisfação total do cliente, mantendo o nível de serviço.

17 17 E Ching (2009, p ), reforça o conceito de logística junto ao gerenciamento de custos: [...] é o gerenciamento do fluxo físico de materiais que começa com a fonte de fornecimento no ponto de consumo. A Logística está preocupada com a fábrica e os locais de estocagem, níveis de estoque e sistemas de informações, bem como seu transporte e armazenagem. 2.3 Evolução da Logística A evolução conceitual da Logística, segundo Boyson et al (1999), é dividida em quatro estágios distintos, dentro do processo de evolução da cadeia de suprimentos durante o século anterior, sendo que no primeiro estágio, onde se refere a logística subdesenvolvida, as atividades da logística tinham seu foco na distribuição eficiente nas atividades de transporte, armazenagem e estocagem, processamento de pedidos e expedição até a década de O mesmo autor releva o segundo estágio, dentro dos anos 1980, sendo denominado de logística incipiente, onde as funções da logística se integraram de forma a maximizar a eficiência das mesmas, trazendo a importância do transporte e armazenagem. Boyson et al (1999) traz o terceiro estágio, o da logística interna integrada, onde aparecem novos conceitos e canais dos processos produtivos, com foco na competitividade, controle de qualidade e atendimento ao cliente de maneira que sejam oferecidos mais serviços aos mesmos. E finalizando, com o quarto estágio, o da logística externa integrada, onde as atenções foram direcionadas para o aprimoramento da previsão da demanda e no planejamento da cadeia de suprimentos, investindo-se em sistemas para o compartilhamento de informações entre os envolvidos na cadeia.

18 18 Segue figura 1 abaixo para melhor visualização dos estágios: ALTO Logística Externa Integrada Foco na eficiência estratégica ESTÁGIO 4 Ambiente Interno Logística Interna Integrada Foco em serviços e clientes ESTÁGIO 3 Grau de Integração Logística Incipiente Foco no transporte e armazenagem ESTÁGIO 2 Ambiente Externo Logística Subdesenvolvida Foco no transporte ESTÁGIO 1 BAIXO TEMPO Figura 1 - Estágios Organizacionais de Crescimento das Competências da Gestão da Cadeia de Suprimentos Fonte: Adaptado de Boyson et al (1999) 2.4 O papel da logística nas organizações Essencialmente as organizações buscam lucros, e segundo Slack et al (2002), existem cinco objetivos de desempenho que devem ser levados em consideração, que são: a rapidez na resposta para o cliente; a flexibilidade na alteração das operações durante sua execução; a confiabilidade na realização das coisas, fazendo o cliente receber seus produtos e/ou serviços no tempo prometido; os custos que devem ser conhecidos, dentro de cada serviço prestado, para comparação dos custos unitários com os custos padrão, sabendo se os mesmos satisfazem ou não as necessidades; e por fim a qualidade, fator de satisfação essencial dos clientes, que pode ser detectado através de pesquisas de mercado. Tais objetivos são visualizados na figura 2 abaixo:

19 19 Figura 2 - Objetivos de desempenho segundo Slack (2002). Fonte: Adaptado de Slack, Nigel et al (2002). Dentro desse contexto, Dias (1993, p. 12), diz que a logística é composta de dois subsistemas de atividades que são a administração de materiais e a distribuição física, levando em conta a movimentação de produtos acabados ou semiacabados, sendo também a logística não só o ato de transporte de cargas, mas desde o inicio do processo produtivo na matéria-prima até o cliente final, com envolvimento de todas as áreas da empresa. Considerando a importância da logística dentro das organizações, Martins et al. (2006, p. 335), destaca componentes do sistema logístico que são de grande importância para o administrador sendo o primeiro elo da cadeia logística a área comercial, esta aliada à área de marketing, é responsável pela captação dos desejos explícitos do consumidor e dos recursos de que dispõe para torná-lo realidade. Na continuidade, em função dos desejos dos clientes, é feita a projeção para a operação da área industrial, onde envolve a escolha dos recursos tecnológicos mais indicados, juntamente com os conceitos que hoje são fundamentais para a competitividade. O papel dos fornecedores dentro da logística moderna tem sido o de parceiros operacionais, sendo esse conceito exigente de um relacionamento aberto compreendido desde o desenvolvimento conjunto do produto até os contratos de fornecimento. Contudo, há uma ênfase, cada vez maior, das empresas no fluxo de

20 20 caixa, visto que a agilidade da atividade logística tem levado a uma rapidez da geração de caixa pelas empresas. E para atingir o cliente tendo a confiança no produto/serviço, tem sido o desafio principal da logística, junto com a distribuição física e o lead times, que nada mais é o tempo decorrido desde o inicio até o fim de um processo, além da globalização que tem se tornado a mudança mais marcante dos últimos tempos dentro da sociedade. Seguindo a linha de raciocínio da pesquisa, no próximo capítulo serão abordados os conceitos de logística reversa, com base os principais autores da área, as diferenças entre logística empresarial e reversa, suas relações com o meio ambiente bem como sua evolução no Brasil no que diz respeito à tecnologia, dentre outros aspectos inerentes ao tema.

21 21 3 LOGÍSTICA REVERSA Neste capítulo serão explanados os conceitos sobre logística reversa com base em autores com vasta experiência no tema, bem como logística reversa de pós-consumo e suas variações. 3.1 Conceitos (CSCMP, 2010): De acordo com o Council of Supply Chain Management Professionals a logística reversa é um segmento especializado da logística que enfoca a movimentação e gestão dos produtos e dos recursos após a venda e após a entrega ao cliente. Inclui devoluções de produtos para reparação e / ou crédito. Mesmo com muitos autores que falam sobre a logística reversa, nos anos 1980 seu conceito ainda estava limitado de maneira contrária com relação à cadeia de suprimentos. Segundo Stock (1998), a logística reversa se concentra no retorno de produtos, substituição de materiais e também o seu reaproveitamento, a reciclagem aplicada a determinados materiais, dentre outros. Rogers e Tibben-Lembke (1999) tratam a logística reversa como um processo de planejamento, implementação e controle dos fluxos de matéria-prima, desde a sua origem até o ponto de consumo. Neste caso o consumidor final, visa o objetivo de recuperar o valor gasto no produto através do descarte correto dos resíduos originados pelo produto em questão. Leite (2009, p. 17), também mostra seu entendimento sobre a logística reversa: [...] como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. Dentro dos conceitos estudados sobre logística reversa, ainda podemos citar o que Dornier et al (2000, p ) relata sobre essa área da logística empresarial bastante comentada na atualidade:

22 22 A logística moderna engloba, entre outros, os fluxos de retorno de peças a serem reparadas, de embalagens e seus acessórios, de produtos vendidos devolvidos e de produtos usados/consumidos a serem reciclados. Dentro desses aspectos, trazemos a tabela a seguir com alguns conceitos e/ou abordagens que foram transformados e agregando valor ao decorrer do tempo, alguns já demonstrados neste capítulo sobre logística reversa e que contribuíram para a formação do conceito atualmente mais utilizado: Autor CLM (1993, p. 323) Stock (1998, p. 20) Rogers e Tibben- Lembke (1999, p. 2) Bowersox e Closs (2001, p ) Tabela 1 Conceitos e abordagens sobre logística reversa. Fonte: Adaptado de Pereira et al (2013). Conceito Logística reversa é um termo relacionado às atividades envolvidas no gerenciamento da movimentação e disposição de embalagens e resíduos. Logística reversa: refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura. Processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição. [...] Trata-se de um dos objetivos operacionais da logística moderna, referindo-se a sua extensão além do fluxo direto dos produtos e materiais constituintes e à necessidade de considerar os fluxos reversos de produtos em geral. Para tanto, com o passar do tempo, estes conceitos foram sendo reformulados e assim alcançou uma definição que atualmente é a mais complexa e na qual se identifica realmente todos os objetivos da logística reversa que é o conceito formulado por Leite (2009, p.17): Área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, de imagem corporativa, entre outros. E por outro lado, se tem o conceito de Mueller (2007, p. 6-7), onde o mesmo confronta com Leite, dizendo que a logística reversa pode ser classificada como sendo apenas uma versão contrária da logística que conhecemos. Utilizando

23 23 os mesmos processos que um planejamento convencional, tratando-se de nível de serviço e estoque, armazenagem, transporte, fluxo de materiais e sistema de informação, sendo um novo recurso para a lucratividade. E segundo Pereira et al (2013), o conceito de logística reversa é definido como uma das áreas da logística empresarial, onde o mesmo engloba o conceito de logística já tradicional no meio empresarial, dentro de um conjunto de operações e/ou ações interligadas, com base na redução de matérias-primas primárias chegando até o seu destino final correto dos seus produtos, materiais e embalagens, os destinando ao seu reuso adequado e/ou produção de energia. Ainda de acordo com Pereira et al (2013), é observado que a logística reversa também é denominada como logística integral ou inversa. 3.2 Diferença entre logística e logística reversa Partindo dos conceitos da logística e da logística reversa, Sinnecker (2007, p. 31) cita algumas diferenças que existem entre elas, destacando principalmente que na cadeia logística, a produção é puxada pelo sistema, sendo que na logística reversa, há uma combinação na produção puxada e empurrada dos produtos gerados pela cadeia de suprimentos. Em muitos casos, isso acontece devido a uma legislação que torna a responsabilidade do produtor muito maior do que o normal. Ainda citando Sinnecker (2007, p. 31), os fluxos logísticos reversos diferem dos fluxos logísticos normais, onde os reversos são dispostos divergentemente dos convencionais, sendo estes divergentes e convergentes no mesmo tempo. E o limite do processo produtivo é sempre ultrapassado na cadeia reversa, sendo este também caracterizado por uma incerteza bastante alta, onde a qualidade e a demanda são difíceis de controlar. 3.3 A relação entre logística reversa e o meio ambiente Com o aumento da preocupação das pessoas com o meio ambiente, houve uma considerável preocupação também por parte das organizações, aliado ao trabalho não governamental, como o controle da emissão de resíduos decorrentes dos processos fabris em geral, dentre outras questões ambientais que surgiram no início do século XXI.

24 24 Segundo Oliveira et al (2003), a necessidade de gerar fluxos reversos surgiu de preocupações em proteger o meio ambiente, com a finalidade de conservar seus recursos, tornando a prática da logística reversa não só uma maneira de redução de custos, mas sim um método de reduzir os impactos ambientais que são gerados pelas empresas no processo de fabricação de seus produtos. Vários países tem tratado a relação da logística reversa com o meio ambiente de forma jurídica, regulamentando, intervindo, orientando, disciplinando e controlando todas as fases diretas e reversas com o intuito de manter o equilíbrio ambiental aliado à redução da exploração de matérias na fonte e ao aumento das condições de oferta e demanda pelos produtos reutilizáveis ou recicláveis. Leite (2003) mostra os critérios de tratamento legal da logística reversa dos produtos acima citados, no tocante à legislação relativa à coleta e disposição final, que são a legislação sobre a proibição de lixões e aterros sanitários; legislação sobre implantação de coleta seletiva; legislação sobre PTB (product take back), ou seja, responsabilidade do fabricante sobre o canal reverso de seus produtos/embalagens; legislação sobre índices mínimos de reciclagem e a legislação sobre valor monetário pago/depositado na aquisição de certos produtos/embalagens. Já nas legislações relativas ao marketing se tem a legislação de incentivos fiscais e creditícios ao conteúdo de reciclados nos produtos; a legislação sobre proibição de venda ou uso de certos produtos, a legislação sobre proibição de embalagens descartáveis e a legislação sobre rótulos ambientais. E por fim as legislações relativas à redução na fonte existem a legislação de incentivos fiscais e financeiros e a legislação de apoio à pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e produtos. 3.4 Legislação sobre logística reversa Grande parte das legislações sobre os bens de pós-venda e pósconsumo é ligada de forma direta aos fabricantes, sendo os mesmos responsáveis pelos seus produtos e embalagens através de programas como o Extended Product Responsability (Responsabilidade Extendida sobre o Produto EPR e PTB, é o que afirma Pereira et al (2013), salientando que tais fabricantes também são

25 25 responsáveis por toda a organização dos canais reversos após o ciclo de vida útil dos seus produtos. Tais canais, reversos e diretos, tanto de pós-venda como pós-consumo são demonstrados na figura abaixo: Figura 3 - Canais de Distribuição diretos e reversos. Fonte: Leite, (2009, p. 7). Junto a este fato, existem países que ainda não possuem uma legislação voltada para os produtos finais consumidos, e Leite (2003), cita que diante das condições naturais que não propiciam um equilíbrio eficiente entre os fluxos diretos e reversos, o poder público tem a responsabilidade de criar legislações governamentais que possam alterar as condições e formas de retorno dos bens de pós-consumo e seus respectivos materiais que o constituem juntamente com suas embalagens. Como exemplos de legislações aplicadas em alguns países tem-se a Comunidade europeia, composta por 27 países, onde a reutilização e reciclagem são voltadas para as embalagens denominada de New Standard Approach, e nos Estados Unidos existem legislações estaduais sobre os resíduos sólidos há uma tributação diferenciada referente às atividades de reciclagem de materiais.

26 26 No próximo item, será abordado o conceito de logística reversa de pósconsumo, foco desta pesquisa, além de citar seus ciclos abertos e fechados expondo seus conceitos e características. 3.5 Logística Reversa de Pós Consumo Segundo Leite (2003), a logística reversa de pós-consumo se dá quando os bens duráveis, semiduráveis, descartáveis e demais resíduos industriais são colocados à disposição ou descarte após o uso por parte de seus consumidores finais, dando início assim o ciclo de distribuição reverso, onde os materiais oriundos do recolhimento após o consumo são destinados ao reuso ou reciclagem, gerando novas atividades comerciais e/ou industriais. Para Pereira et al (2013), os canais de distribuição reversa de pósconsumo (CDR-PC) são configurados seguindo as fases de comercialização na medida em que os bens de pós-consumo são disponibilizados, sendo também que não somente os bens em suas formas originais possam fluir pelo canal, mas sim em partes, como peças e materiais constituintes e/ou resíduos que de certa forma possam retornar à cadeia produtiva através de desmanche, reuso e/ou reciclagem. Pereira et al (pág. 34, 2013), a classificação dos bens de pós-consumo ocorre em relação à duração de sua vida útil, onde a vida útil de um bem é definida como o tempo transcorrido desde a sua produção original até o momento em que o primeiro possuidor se desfaz dele. Dentro deste aspecto, a logística reversa considera três grandes categorias de bens produzidos dentro do tema sobre canais reversos de pósconsumo que são as de produtos duráveis: que são bens que apresentam duração de vida útil média, isso variando entre alguns anos ou até mesmo décadas. São exemplos desses bens: automóveis, eletrodomésticos, eletrônicos, máquinas entre outros. Pereira et al (2013) diz que é necessário mostrar os fatores imprescindíveis para a organização da logística reversa que são os fatores econômicos, tecnológicos, logísticos, ecológicos e legais, todos estes voltados para atender as necessidades de uma logística reversa de pós-consumo bem estruturada, garantindo a qualidade e integridade dos materiais reciclados dentro do processo produtivo no qual eles estão inseridos.

27 27 Os produtos semiduráveis que agrega os bens que tem sua vida útil baseada em alguns meses, poucas vezes superior a dois anos, sendo de uma categoria intermediária com características de bens duráveis e bens descartáveis, como por exemplo: baterias de automóveis, de celulares, óleos lubrificantes, computadores e suas partes, etc. E os de produtos descartáveis, sendo estes os bens que duram em média algumas semanas, sendo muito raro passarem de seis meses, como por exemplo: embalagens, brinquedos, materiais de escritório, suprimentos para informática, fraldas, jornais, etc. Leite (2003) mostra que para melhor entendimento dos fluxos diretos e reversos de pós-consumo, são necessários índices que comparam de forma qualitativa e quantitativa as categorias de bens de pós-consumo e duração da vida útil desses produtos. Estes índices tratam da reciclagem de um bem durável, que se define pela relação percentual entre as quantidades recicladas de um bem durável de pósconsumo, por determinado período de tempo em alguma região e a quantidade produzida deste mesmo bem. Outro índice levado em conta é o índice de reciclagem dos componentes de um bem durável, onde se consideram as porcentagens dos componentes ou materiais reciclados que constitui determinado bem levando em conta seu peso. E por fim, o índice de reciclagem do material constituinte, que se refere ao percentual entre as quantidades recicladas de algum material que constitui um bem, dentro de um intervalo de tempo com as quantidades produzidas nesse mesmo intervalo, como por exemplo: papéis, plásticos vidros, latas, etc Ciclos reversos abertos e fechados Para Pereira et al (2013), após a conclusão das fases de fluxo logístico direto, boa parte dos bens de pós-consumo retornam ao ciclo de produção da matéria-prima, seguindo o que Leite (2003) relata, existem duas categorias de ciclos reversos para o retorno ao ciclo produtivo: as de canais de distribuição reversos de ciclo aberto e ciclo fechado, que são os CDRs formados por diversas partes de retorno de materiais que integram os produtos de pós-consumo, como por exemplo o ferro e o aço que são retirados das sucatas de automóveis, máquinas industriais, latas de embalagens para bebidas entre outros derivados que são reaproveitados

28 28 para a produção de chapas de aço, barras de ferro, metais, plásticos, vidros, papéis entre outros. Na figura abaixo pode ser mais bem observado o canal reverso de ciclo aberto: Figura 4 - Exemplos de canais reversos de ciclo aberto. Fonte: Adaptado de Leite (2003). Na figura anterior é visível o funcionamento desse canal, onde os bens de pós-consumo exemplificados acima, são encaminhados para a extração do seu material metálico que passam por outro procedimento, na sua reintegração ao ciclo produtivo dando origem a outros materiais que servem de base para construção civil, como chapas, vergalhões, barras de ferro, aço entre outros tipos de matériaprima. E existem os Canais de distribuição reversos de ciclo fechado, que são os CDRs onde as etapas que o constituem faz com que os produtos de pós-consumo sejam reutilizados ao final da sua vida útil para a composição de um produto similar ao original, que devido a interesses tecnológicos, econômicos fazem com que as fases dessa cadeia produtiva reversa sejam especializadas para tal produção. Como exemplo deste ciclo existem os óleos lubrificantes usados pelos automóveis, que passam por um processo de eliminação de impurezas e adição de aditivos que voltam a ser utilizados como meio de lubrificação em outros meios de

29 29 transportes. As baterias descartadas, tanto de automóveis, como de celular, ou até mesmo pilhas, que delas são extraídos o chumbo e outros metais e o plástico para que sejam produzidas novas baterias. O canal reverso de ciclo fechado tem como um exemplo importante as embalagens de metal descartadas, que através da extração das impurezas e das ligas metálicas, dão origem a novas embalagens. 3.6 Logística verde e logística reversa De acordo com Rogers e Tibben-Lembke (1998), existe uma distinção entre a logística reversa e a logística verde, sendo a primeira bastante conceituada nesta pesquisa, e para isso leva-se em consideração o que os autores relatam sobre a logística verde como sendo a parte da logística que busca compreender e minimizar impactos ecológicos gerados pelas inúmeras atividades logísticas. Atividades essas que compreendem também a medição do impacto ambiental ocasionados pelos meios de transportes, as ISO , reduções no consumo de energia e no uso moderado de materiais. Rogers e Tibben-Lembke (1998) destacam que várias atividades da logística verde não estão relacionadas de maneira direta com a logística reversa, pois deve-se levar em conta o marketing e produção bem como reuso, reciclagem entre outros. Para Donato (2008), a logística verde ou ecologística é a parte da logística que se preocupa com os aspectos e impactos ambientais causados pela atividade logística, e o mesmo afirma que por se tratar de uma ciência nova, ou seja, em desenvolvimento, é comum existir uma confusão conceitual a respeito deste tema. Esse movimento da logística verde, surgiu de acordo com Donato (2008), no final do século XX e no início do século XXI, e nesse mesmo período surgiram vários fatores em evidência que contribuíram para que esse movimento tivesse iniciado como a crescente poluição ambiental decorrente da emissão dos gases gerados pela combustão incompleta dos combustíveis fósseis durante os diversos sistemas de transportes, a crescente contaminação dos recursos naturais como consequência de cargas desprotegidas, tais como: caminhões com produtos químicos que acidentam e contaminam rios, navios petroleiros que contaminam os oceanos; a movimentação e armazenagem, sendo destaque o fator de extrema

30 30 importância que forma os impactos causados por vazamento dos diversos produtos contidos através de rompimento dos diques de contenção, utilizados pela armazenagem de resíduos da atividade produtiva (mineração e celulose); e a necessidade de desenvolvimento de projetos adequados à efetiva necessidade do produto contido, de forma a evitar qualquer as ações geradas pelo transporte ou armazenagem não causem avarias à embalagem em produtos químicos, petroquímicos, defensivos agrícolas e farmacêuticos. Para melhor compreensão, a figura abaixo mostra a logística reversa e a logística verde na sua intersecção, com a finalidade de mostrar o quanto estão relacionadas no sentido da reciclagem, reuso de materiais e embalagens entre outros: Logística Reversa Logística Verde Devolução de produtos Retorno comercial/vendas Mercados secundários Reciclagem Remanufatura Embalagens reutilizáveis Redução de embalagens Poluição sonora e do ar Impactos ambientais Figura 5 - Logística Reversa x Logística Verde. Fonte: Adaptado de Donato (2008). Para Donato (2008), a logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Este processo ocorre há algum tempo em indústrias de bebidas com o retorno de vasilhames de vidro e também na distribuição do gás de cozinha, com todos os produtos chegando de volta ao centro produtivo depois de passar pelo uso dos consumidores. Donato (2008) também relata que o processo da logística reversa é responsável pelo movimento de materiais reaproveitados que retornam ao início do processo tradicional de suprimento, produção e distribuição, sendo a logística reversa também composta por várias atividades que as empresas têm que

31 31 realizarem para suprir esse processo como coleta, embalagens, separações e expedição. Citando Barbieri e Dias (2002), a logística reversa tem que ser concebida como instrumento de uma proposta de produção e consumo sustentáveis, estabelecendo critérios de avaliações ao tomar a decisão de recuperar peças, componentes, embalagens reutilizáveis para reciclagem. 3.7 Logística reversa e sustentabilidade Para Pereira (2013), existe a necessidade de se esclarecer que a logística reversa nada mais é do que um processo com foco empresarial, ao contrário do que muitos pensam, que este processo visa retornos no mercado, e não um método para o alcance da sustentabilidade. De acordo com Rogers e Tibben-Lembke (1998), a logística reversa se refere a todos os esforços para movimentar mercadorias do seu lugar típico da eliminação a fim de capturar valor, ou seja, trata-se de um procedimento empresarial que busca agregar ou recuperar algum valor de um produto que está a margem do mercado. A logística reversa não invoca a sustentabilidade, conforme Pereira et al (2013), relata, mas sim, a redução de custos e obtenção de lucros, entretanto, em algumas prerrogativas dos processos da logística reversa contem indícios de sustentabilidade. Diante disso, Pereira et al (2013) relata que quando isso ocorre, o processo passa a ser denominado como logística verde ou logística ecológica. De acordo com esse pensamento, Pereira et al (2013) leva a compreender que a logística verde se refere à compreensão e minimização dos impactos ecológicos da logística. Nesse aspecto, as atividades logísticas verdes abordam a medição do impacto ambiental de alguns modais de transporte, certificação ISO , redução do consumo de energia e do uso de materiais (Rogers e Tibben-Lembke, 1998, p. 103). Dentre as atitudes tomadas que fazem relação entre a logística reversa e sustentabilidade, se tem a lei nº , instituindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS, que tem como objetivo aplicar diretrizes sobre o manejo de resíduos sólidos no Brasil.

32 32 Para Donato (2008), a logística verde ou ecologística utiliza da logística reversa como uma ferramenta operacional, com a finalidade de minimizar os impactos ambientais tanto de resíduos na operação e no pós-consumo e em todos os impactos durante o ciclo de vida dos produtos. Portanto, vale ressaltar que a logística verde não é uma nova denominação da logística reversa, nem aparece para contrariá-la, mas sim, apenas um conjunto de atitudes relacionadas ao meio ambiente, como preservação, redução de poluentes, impactos decorrentes dos processos produtivos e de transporte que a logística convencional e reversa acabam por causar em determinados momentos das suas execuções.

33 33 4 METODOLOGIA Neste capítulo será definido o método de pesquisa bem como sua tipologia e abordagem. A metodologia consiste em uma investigação de um determinado problema, através de procedimentos necessários para tal finalidade, onde são analisados e criadas observações, críticas e interpretações, levando em consideração as relações de causa e efeito (OLIVEIRA, 2002). Sendo a metodologia a ferramenta do pesquisador para alcançar seus objetivos e comprová-los mediante procedimentos e chegando assim a solução de sua problemática, tal ferramenta se enquadra em um conjunto de procedimentos e atividades sistemáticas, a serem realizadas nessa busca do conhecimento. De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 83), método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar os objetivos - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando-se os erros e auxiliando as decisões do cientista. 4.1 Metodologia da pesquisa A pesquisa se caracteriza como qualitativa porque, utilizará de entrevista com roteiro a ser seguido, pois segundo Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, isso corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. E quantitativa, pois haverá a aplicação de um questionário dentro do ambiente a ser explorado, com a finalidade de encontrar as respostas para os objetivos geral e específicos. De acordo com Fonseca (2002, p. 20), a pesquisa quantitativa é centrada na objetividade, é influenciada pelo positivismo, considerando que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 201), o questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. Sendo o

34 34 questionário, instrumento responsável pela obtenção das informações nesta pesquisa e o mesmo ficando disponível ao final da mesma. 4.2 Tipologia da pesquisa Como procedimento da pesquisa, a mesma se caracteriza como bibliográfica, pois de acordo com Lakatos (2003, p. 183), a finalidade da pesquisa bibliográfica é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. Também se trata de um estudo de caso, seguindo o que diz Gil (2007, p. 54) que este tipo de pesquisa é muito utilizado nas ciências biomédicas e sociais, com características de um estudo de uma entidade bem definida, podendo ser um programa, instituição, uma pessoa, ou unidade social. Alves-Mazzotti (2006, p. 640), cita exemplos comuns para o estudo de caso que focam em uma unidade como um indivíduo (como os casos clínicos descritos por Freud), um pequeno grupo (como o estudo de Paul Willis sobre um grupo de rapazes da classe trabalhadora inglesa), uma instituição (empresa), um programa, ou um evento (a eleição do diretor de uma escola). 4.3 Método de coleta de informações A obtenção das informações partiu através de questionários direcionados aos funcionários do setor responsável por coordenar e acompanhar este processo e por uma entrevista seguida de um roteiro pré-estabelecido. Cada um dos analistas, tanto comercial quanto de suporte técnico responderam o questionário, assim como outros funcionários, com quantidade limitada pela empresa e dessa forma se obteve as respostas para entender o processo de logística reversa das embalagens. Foi também realizada uma entrevista com o coordenador de suporte técnico e reciclagem, utilizando as mesmas perguntas que os demais funcionários responderam nos questionários, mas de forma aberta, que facilitasse o entendimento por parte do entrevistado e pesquisador. Segundo Lakatos (2003) a entrevista tem como finalidade obter informações, mediante conversa de duas

35 35 pessoas a respeito de determinado assunto, sendo essa conversação de natureza profissional. A visita à empresa foi realizada no dia 25 de março de 2014, no turno da manhã, ao chegar à mesma, na recepção, e após passar pelo procedimento de identificação, fui em direção junto ao coordenador do setor até sua sala de reuniões. Logo depois, foram aguardados os dois funcionários do setor de reciclagem e deuse início a aplicação dos dois questionários, onde os mesmos responderam prontamente. Logo após, foram distribuídos os demais questionários aos outros funcionários para que os mesmos respondessem. Finalizado os questionários por parte dos respondentes, se iniciou a entrevista com o responsável, no caso o coordenador do setor, como relatado antes, o mesmo respondeu as mesmas perguntas utilizadas nos questionários, mas de forma aberta. 4.4 Universo da pesquisa Como universo desta pesquisa, se tem o setor da empresa responsável pelo processo de logística reversa, que é composto por 03 (três) funcionários, um analista comercial, 37 anos, sexo feminino, com 09 (nove) anos de empresa, sendo denominado aqui por Respondente 01, um analista de suporte técnico e reciclagem, 28 anos, sexo masculino, com 02 (dois) anos de empresa, sendo denominado por Respondente 02, e o coordenador de suporte técnico e reciclagem, 37 anos, sexo masculino, que trabalha na empresa há 14 (quatorze) anos, sendo denominado nesta pesquisa como Entrevistado. E para complementar a pesquisa, foi solicitado que 15 (quinze) funcionários, escolhidos de forma aleatória dentro da empresa, independente do setor que trabalham, respondessem aos questionários, para que houvesse uma comparação com o que as pessoas envolvidas no setor falaram sobre o processo da logística reversa, ressaltando que esta quantidade foi limitada pela empresa em estudo, sendo esta a justificativa para a quantidade de pessoas que responderam a pesquisa. E no capítulo seguinte, será apresentado o estudo de caso realizado na empresa, bem como no setor responsável por coordenar todo o processo de logística reversa das latas. E também serão apresentadas informações sobre o

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