Como aumentar a participação do País no comércio internacional e a competitividade dos produtos brasileiros. Zeina Latif
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1 Fórum Estadão Brasil Competitivo Comércio Exterior Como aumentar a participação do País no comércio internacional e a competitividade dos produtos brasileiros Zeina Latif 15 de Outubro de 2013
2 Economia muito fechada, e ainda mais fechada recentemente 6 Trade Index e PIB per capita Trade freedom score (0-100) 100 Trade policy and Trade openess Brasil Relação de causalidade , , , , , ,00 PIB per capita (média ) trade freedom Chile Brazil AVERAGE Fonte: FMI, International Chamber of Commerce, Heritage Foundation (Index of Economic Freedom, 2013)
3 Barreiras impostas por países da América Latina Barreiras tarifárias Barreiras não tarifárias Grande complexidade de regras Fonte: BID Trade and Integration Monior, 2012
4 Graus de proteção muito diferentes entre setores Proteção nominal e efetiva (%) Tarifa Nominal Tarifa Efetiva Média 11,1 25,8 Desvio Padrão 6,8 33,3 Máxima 30,7 180,0 Mínima 0,0-4,6 Fonte: IBGE, Secex; cálculo: Projeto PIB Estrutura de Comércio Exterior e Proteção Efetiva (2012) Unicamp/UFRJ
5 Graus de proteção muito diferentes entre setores Fonte: IBGE, Secex; cálculo: Projeto PIB Estrutura de Comércio Exterior e Proteção Efetiva (2012) Unicamp/UFRJ
6 Baixo dinamismo exportador no Brasil Taxa de entrada de novos exportadores (1 ano) Fonte: Otaviano Canuto Banco Mundial (2013)
7 País está desconectado das cadeias de comércio mundial Fonte: Otaviano Canuto Banco Mundial (2013)
8 O que NÃO fazer: forçar a desvalorização da moeda Taxa de câmbionãoexplicao fracodesempehodo Brasil 200 Produção Industrial (volume) baixa 160,0 elasticidade 140,0 -preço das 120,0 exportações 100,0 Volume de exportações ,0 60, ,0 20,0 manufaturados - Brasil mundial 140 0,0 160, ,0 140,0 130, ,0 110,0 100,0 80 jan-02 jan-03 jan-04 jan-05 jan-06 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 90,0 80,0 70,0 Brasil América Latina mundo Brasil emergentes 60, Fonte: CPB, IBGE e BC
9 Qualtaxa de câmbiocompensariatantosproblemas, inclusive a baixa conectividade com o comércio mundial? 1. É verdade que a taxa de câmbio 180 não é neutra para a 160 competitividade. 2. Mas a taxa real de câmbio é uma 140 variável endógena: não é passível 120 de controle sistemático. 3. Taxa de poupança baixa no Brasil 100 impede ativismo no câmbio, 80 mesmo no curto prazo Câmbio fraco não deveria ser estratégia de longo prazo Mesmo como solução second 20 best é questionável. Risco de Taxa Real Efetiva de Câmbio adiar reformas estruturais Fonte: BC
10 Outracoisaa NÃO se fazer: elegersetores 1. Como escolher setores? Qual o critério? 2. Políticas verticais exigem mais planejamento e cuidado do que políticas horizontais. 3. As várias distorções na economia e a carga tributária cumulativa dificultam identificação de setores da indústria com vantagens comparativas. 4. Vantagens comparativas não são estáticas. 5. Setores vencedores tendem a se acomodar. Políticas setoriais podem ser conduzidas, mas com cobrança de metas como contrapartida, a serem sistematicamente monitoradas: cenoura e chicote 6. Mais interessante do que escolher setores, seria financiar a inovação de empresas nascentes. Empresas maduras inovam menos. 7. Processo precisa ser transparente para a sociedade, com inclusão dos custos das políticas no orçamento. E o benefício da política precisa ser monitorado.
11 Medidas horizontais pró-mercado deveriam ser prioridade Fonte: CNI Competitividade Brasil 2012
12 Custos, custos e mais custos Custo de logística no Brasil 2011 (% PIB) 11,5 transporte 7,1 estoque 3,2 armazenagem 0,8 gastos administrativos 0,4 EUA 8, Carga Tributária ,6% em 2010 Para Fundação Dom Cabral, esse custo representa 13% da receita bruta Custo da burocracia: 1,47% a 2,76% do PIB, segundo a Fiesp; 10% do valor das exportações, segundo OMC. Fonte: Instituto de Logística e Supply Chain, Fecomercio e IBT
13 Estabelecer prioridades e fazer planejamento Agenda de curto prazo 1. Reforçar o tripé macroeconômico. Macroeconomia desarrumada prejudica a competitividade: inflação e política fiscal expansionista aumentam a apreciação da taxa real de câmbio. 2. Reduzir intervencionismo estatal: houve aprofundamento de políticas localizadas nos últimos anos. 3. Redução paulatina e concomitante de carga tributária e barreiras ao comércio. Agenda de médio /longo prazo 4. Retomar agenda de reformas pró-mercado. 5. Focar a ação estatal na condução de políticas voltadas a promoção de ganhos de produtividade: infraestrutura, educação. 6. Repensar o Mercosul: muito influenciado por concepções de produção local e proteção de mercados, enquanto a tendência global é de fragmentação das etapas de produção industrial.
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