Março 2014 Volume 13 Número 1

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1 Março 214 Volume 13 Número 1

2 Relatório de Estabilidade Financeira Março 214 Volume 13 Número 1 ISSN CNPJ /1-5 Relatório de Estabilidade Financeira Brasília v. 13 nº 1 mar. 214 p. 1-69

3 Relatório de Estabilidade Financeira Publicação semestral do Banco Central do Brasil (BCB) É permitida a reprodução das matérias, desde que mencionada a fonte: Relatório de Estabilidade Financeira, volume 13, nº 1. Eventuais divergências entre dados e totais ou variações percentuais são provenientes de arredondamentos. Não são citadas as fontes das tabelas e dos gráficos de autoria exclusiva do Banco Central do Brasil. Divisão de Atendimento ao Cidadão Banco Central do Brasil Deati/Diate SBS Quadra 3 Bloco B Edifício-Sede 2º subsolo Brasília DF DDG: Fax: (61) Internet: <

4 Sumário Prefácio 5 Sumário executivo 6 1 Ambiente macroeconômico e financeiro Introdução Mercados financeiros internacionais Mercado financeiro nacional 12 2 Sistema bancário Introdução Liquidez Crédito Rentabilidade Solvência Testes de estresse de capital Análise de cenário Testes de estresse nas condições macroeconômicas Análise de sensibilidade 36 3 Sistema de Pagamentos Brasileiro Desempenho dos sistemas de transferência de fundos Desempenho dos sistemas de compensação e de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio 4 4 Organização do Sistema Financeiro Nacional Introdução Instituições bancárias Níveis de concentração no Sistema Financeiro Nacional Instituições não bancárias Participação estrangeira no Sistema Financeiro Nacional Participação de instituições financeiras brasileiras no exterior 5

5 5 Regulação do Sistema Financeiro Nacional Aperfeiçoamentos e inovações recentes em regulamentações do SFN Regulação do mercado de crédito: portabilidade e correspondentes no país Critérios para concessão de financiamento imobiliário Certificado de Operações Estruturadas Arranjos e instituições de pagamento Aprimoramentos nas regulamentações prudenciais Modernização das regulamentações de câmbio e de capitais internacionais Adiantamento sobre Contrato de Câmbio Recebimento antecipado de exportações Adaptação da regulamentação cambial e de capitais internacionais aos novos códigos de classificação das operações de câmbio Implementação das recomendações de Basileia III Balancete Conglomerado prudencial Conta de bancos centrais estrangeiros no BCB Revisão da codificação para classificação das operações de câmbio Modernização do Sistema de Transferências Internacionais em Reais (TIR) Alterações no Estatuto e Regulamento do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) 5 Boxes Análise de Sensibilidade do Sistema Financeiro Nacional a Variações Negativas dos Preços de Imóveis Residenciais 37 Depósito Centralizado e Registro de Ativos Financeiros e de Valores Mobiliários 43 Regulamentação do Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil para Arranjos e Instituições de Pagamento 44 Resultado do Regulatory Consistency Assessment Programme 56 Trabalhos para Discussão que versam sobre estabilidade financeira 57 Apêndice 59 Anexo 65

6 Prefácio O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) é uma publicação semestral do Banco Central do Brasil (BCB) destinada a apresentar, com foco no risco sistêmico, os principais resultados das análises sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN), especialmente com respeito à sua dinâmica recente, às perspectivas e ao grau de resiliência a eventuais choques na economia brasileira ou no próprio sistema. Esta edição concentra-se nos eventos ocorridos no segundo semestre de. 1 O relatório é constituído por cinco capítulos. No primeiro, Ambiente macroeconômico e financeiro, é realizada a análise dos principais mercados internacionais e o seu reflexo no mercado financeiro nacional. O segundo capítulo, Sistema bancário, apresenta um panorama da exposição a riscos, da rentabilidade e da solvência das instituições e dos conglomerados que compõem o sistema bancário brasileiro. Os testes de estresse de risco de mercado e de crédito e seus reflexos sobre a situação de solvência das instituições estão incluídos nesse capítulo. No terceiro capítulo, Sistema de Pagamentos Brasileiro, são descritos os resultados da avaliação acerca do funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e do desempenho dos sistemas de liquidação, as principais atividades e os avanços ocorridos no período, o comportamento da liquidez intradia e o resultado dos testes de estresse dos sistemas de compensação e de liquidação de títulos e valores mobiliários, de derivativos e de câmbio interbancário. O quarto capítulo, Organização do Sistema Financeiro Nacional, analisa as principais alterações ocorridas no controle acionário de instituições financeiras. O quinto capítulo, Regulação do Sistema Financeiro Nacional, trata das principais normas aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo BCB para regular o funcionamento do SFN. Esta edição apresenta, também, boxes tratando de: análise de sensibilidade do SFN a variações negativas dos preços de imóveis residenciais; depósito centralizado e registro de ativos financeiros e de valores mobiliários; regulamentação do CMN e BCB para arranjos e instituições de pagamento; resultado do RCAP; 2 Trabalhos para Discussão que versam sobre estabilidade financeira. O relatório em PDF está disponível no endereço eletrônico < Também está disponível a base de dados utilizada para a elaboração dos gráficos e tabelas do relatório, além de outros dados de interesse, como a matriz de migração de classificação de crédito e comparativos internacionais dos principais Financial Soundness Indicators (FSIs). 3 1/ Neste relatório, foi utilizada a data-base de 31 de dezembro de para os documentos contábeis e de 3 de novembro de para os documentos de limites operacionais. Eventuais divergências em relação à edição anterior e a outras publicações do BCB são decorrentes de substituições de documentos. 2/ Regulatory Consistency Assessment Programme. 3/ Os Financial Soundess Indicators (FSIs) foram desenvolvidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em conjunto com a comunidade internacional, com o objetivo de suportar análises macroprudenciais e avaliar os pontos fortes e as vulnerabilidades dos sistemas financeiros. Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 5

7 Sumário executivo No segundo semestre de, a atividade econômica global se fortaleceu, mas continuou o quadro de desempenhos heterogêneos entre os países, com as economias maduras consolidando a perspectiva de retomada do crescimento e os países emergentes sendo afetados pelas incertezas associadas ao início da retirada dos estímulos de política monetária nos Estados Unidos da América (EUA). Assim, ao longo do semestre no Brasil, as taxas de juros domésticas mantiveram trajetória crescente; a cotação do real e o mercado bursátil apresentaram grande flutuação; e o risco-país oscilou em torno do nível mais elevado alcançado ao término do primeiro semestre. Assim como nos semestres anteriores, e mesmo diante do cenário de redução na liquidez global, manteve-se a avaliação de baixo risco de liquidez e de elevada resiliência do sistema bancário brasileiro. Continua o movimento de redução da participação dos ativos líquidos na carteira dos bancos, conforme já havia sido observado em semestres anteriores, em razão da realocação de mais recursos em ativos de crédito na busca por maior rentabilidade. Neste semestre, essa redução intensificou-se por causa da redução no valor de mercado dos TPFs, decorrente da elevação das taxas de juros. O crescimento do crédito doméstico mais moderado, que havia sido observado no primeiro semestre, mantevese no segundo. Os bancos públicos e o crédito com recursos direcionados continuaram impulsionando a evolução dos estoques, mas apresentaram desaceleração no crescimento anualizado, principalmente no último trimestre. A inadimplência total do SFN seguiu em declínio por causa da redução ocorrida nos bancos privados. Manteve-se a tendência de aumento de participação na carteira de crédito de modalidades que apresentam menor inadimplência, principalmente financiamento imobiliário e crédito consignado. A redução no ritmo de crescimento do resultado com as operações de crédito, observada desde meados de 212, intensificou-se no segundo semestre de, aumentando a pressão sobre a rentabilidade do sistema bancário. Para amenizar esse efeito, os bancos continuaram empreendendo esforços na contenção de despesas administrativas e na ampliação da venda de serviços. Além disso, o resultado foi favorecido por eventos não recorrentes, de forma que o lucro líquido (LL) avançou levemente, mas o retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) manteve-se estável. A solvência do sistema bancário permaneceu elevada em semestre marcado pela entrada em vigor das normas conhecidas como Basileia III, que inserem regras mais rígidas, adaptando o arcabouço regulatório nacional às recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia. Essas mudanças são progressivas e seus efeitos serão integrais em 219, em linha com o cronograma internacionalmente acordado. O arcabouço regulamentar brasileiro foi avaliado pelo Bank for International Settlements (BIS), que concluiu, em dezembro de, pela sua plena aderência aos padrões internacionais, denotando o compromisso do Brasil na adoção dos melhores padrões internacionais em termos de definição de capital regulamentar e requerimentos mínimos de capital. Nas simulações de situações de estresse, o sistema bancário brasileiro apresentou adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes: de cenários macroeconômicos adversos; de mudanças abruptas nas taxas de juros, de câmbio ou na inadimplência; ou de queda generalizada dos preços dos imóveis residenciais. O SPB funcionou de forma eficiente e segura no segundo semestre de. As análises de backtesting, periodicamente realizadas para os sistemas de compensação e de liquidação de transações com títulos, valores mobiliários, derivativos e moeda estrangeira, Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 6

8 nos quais há uma entidade atuando como contraparte central (CPC), apresentaram resultados satisfatórios ao longo do semestre. Nos sistemas de transferência de fundos, a liquidez intradia agregada disponível continuou acima das necessidades das instituições financeiras participantes, o que garante que as liquidações ocorram com tranquilidade, sobretudo no que diz respeito ao Sistema de Transferência de Reservas (STR). Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 7

9 Ambiente macroeconômico e financeiro Introdução A atividade econômica global se fortaleceu no segundo semestre de, com destaque para as economias maduras que, mesmo ainda expandindo abaixo da tendência histórica, consolidaram a perspectiva de retomada do crescimento. Nos países emergentes, o ritmo de expansão da atividade não tem correspondido às expectativas, em que pesem a resiliência da demanda doméstica e o impacto do maior crescimento das economias maduras, por meio do canal do comércio exterior. Notadamente de maio a setembro de, as incertezas associadas ao início da retirada dos estímulos de política monetária introduzidos nos Estados Unidos da América (EUA) se traduziram na elevação das taxas de juros de longo prazo das economias maduras, em especial nos EUA, com contribuição negativa às condições de financiamento das economias emergentes, cujas moedas desvalorizaram-se frente ao dólar estadunidense. Nesse contexto, governos e autoridades monetárias adotaram medidas variadas entre elas, o uso de reservas internacionais, acordos bilaterais de swaps de moedas, elevações nas taxas básicas de juros e medidas prudenciais de limitações de posições em moedas estrangeiras, com o objetivo de suavizar os impactos que a retirada dos estímulos nos EUA poderia causar em seus mercados domésticos. O Banco Central do Brasil (BCB) continuou o ciclo de aumento da taxa básica de juros, iniciado em abril, e anunciou programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, com o objetivo de prover proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio. O anúncio, em 18 de dezembro, do início do processo de redução do volume de compras de ativos (tapering 4) por 4/ Tapering refere-se à redução do volume do programa de compras de ativos por parte do Federal Reserve e marca o início do processo de normalização da política monetária dos EUA. parte do banco central dos EUA (Federal Reserve [Fed]), a ser efetivado a partir de janeiro de 214, repercutiu modestamente nos mercados financeiros, sugerindo que parte dos seus efeitos já estava incorporada aos preços dos ativos financeiros. Ressalte-se, no entanto, que o tapering, ainda que implique volatilidade no curto prazo, é importante fator para consolidação da estabilidade financeira global. De qualquer forma, os riscos para a estabilidade financeira global permanecem elevados e seguem demandando monitoramento pormenorizado por parte das autoridades reguladoras. 1.2 Mercados financeiros internacionais No segundo semestre, a atividade econômica acelerou nos EUA, Área do Euro, Reino Unido e China, enquanto desacelerou no Japão. A Área do Euro registrou o primeiro semestre de expansão, após quatro semestres consecutivos de contração, 5 mas permanecem os desafios vinculados à consolidação fiscal, ao processo de desalavancagem financeira e à persistência de taxas de desemprego em patamares elevados. Nos EUA, ressalte-se a melhora dos indicadores associados ao mercado de trabalho, em especial da taxa de desemprego que, embora em patamar elevado, recuou para 6,7% em dezembro, de 7,5% em junho. 6 Em meio a esses avanços nas principais economias desenvolvidas, em especial nos EUA, intensificaramse as perspectivas associadas ao início do tapering por parte do Fed, ocasionando choques de alta nas taxas de 5/ Em termos trimestrais, a Área do Euro contabilizava, ao final de, o terceiro trimestre consecutivo de expansão. 6/ A redução da taxa de desemprego se deveu, em boa medida, à redução da participação da força de trabalho na população, a qual passou de 63,5%, em junho, para 62,8%, em dezembro, menor patamar desde fevereiro de 1978, quando atingira 62,7%. Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 8

10 juros de longo prazo dessas economias. Os rendimentos anuais dos títulos soberanos de dez anos dos EUA subiram para 3,3% no final de dezembro, de 2,49% no final de junho (1,63% em 2 de maio); na Alemanha, os rendimentos de papéis similares, na mesma base de comparação semestral, subiram para 1,93%, de 1,73%. Em sentido inverso, os rendimentos anuais dos títulos soberanos da Itália e da Espanha, em consonância com a redução acentuada da percepção de risco soberano dessas economias, reduziram-se para 3,56% e 4,15%, de 3,95% e 4,77%, na ordem (gráfico 1.2.1). Em relação a esses dois países, ressalte-se que, desde o primeiro trimestre de, as taxas de contração dos respectivos Produtos Internos Brutos (PIB) têm sido progressivamente reduzidas, com a Espanha registrando, no terceiro trimestre daquele ano, o primeiro crescimento trimestral após nove períodos consecutivos de contração. A alta dos juros nas economias avançadas, em especial nos EUA, impactou de forma adversa os fluxos de capital para as economias emergentes, especialmente de maio a outubro de. No entanto, de acordo com o Institute of International Finance (IIF), 7 associação privada que reúne membros da indústria financeira de todo o mundo, a retração dos referidos fluxos, além de temporária, foi menos intensa do que a anteriormente divulgada. 8 Em seu relatório de janeiro de 214, o IIF revisou para cima as estimativas dos fluxos líquidos de capital para economias emergentes em, em relação às de seu relatório de outubro. Parte dessa avaliação é creditada ao fortalecimento da atividade econômica global. Gráfico Rendimento de títulos soberanos (1 anos) Fonte: Bloomberg % a.a., EUA Alemanha Itália Espanha A melhora no desempenho econômico das principais economias desenvolvidas refletiu-se na redução da percepção de risco soberano desses países, expressa no declínio nos prêmios dos credit default swaps (CDS) ao longo do semestre. Adicionalmente, a redução da percepção de risco de evento extremo na Área do Euro também repercutiu as ações do Banco Central Europeu (BCE) e os avanços no processo de fortalecimento do sistema bancário da região. Na Itália e na Espanha, os prêmios de CDS de cinco anos (expressos em pontos-base [p.b.]) recuaram, respectivamente, para 168 e 157, de 281 em ambos os casos; na França e na Alemanha, os prêmios diminuíram, na ordem, para 54 e 25, de 8 e 32 (gráfico 1.2.2). Com relação às economias emergentes, ainda que com maior volatilidade nas respectivas trajetórias, os prêmios dos CDS de cinco anos da África do Sul, da Rússia, do México e do Chile reduziram-se, na ordem, para 24, 165, 92 e 8, de 216, 195, 131 e 98, enquanto os da Turquia e do Brasil elevaram-se para 245 e 194, de 191 e 185, respectivamente, na mesma base de comparação (gráfico 1.2.3). 8, 6,4 4,8 3,2 1,6 Gráfico CDS soberanos (5 anos) 7/ Capital Flows to Emerging Market Economies (3/1/214). IIF Research Note, disponível em < 8/ Os dados do IIF não corroboraram os divulgados pela Emerging Portfolio Fund Research (EPFR) sobre fluxos de capitais para emergentes no 2º semestre de. As estimativas do IIF indicam que, de maio a outubro de, os mercados emergentes receberam ingressos líquidos de investimentos em carteira de US$1 bilhões para ações (equities) e de US$71 bilhões para títulos de renda fixa (bonds), enquanto os dados disponibilizados pelo EPFR reportam saídas líquidas de US$36 bilhões (equities) e de US$37 bilhões (bonds). De acordo com o IIF, tal diferença decorre de os investidores institucionais, tais como fundos de pensão e fundos soberanos, terem mantido sua exposição aos mercados emergentes, aumentando a demanda por lançamentos de bonds, enquanto que os retail investors, captados pelas estatísticas do EPFR, apresentaram comportamento mais volátil, desfazendo-se de posições nesses mercados. Os dados do IIF agregam países emergentes que divulgam estatísticas mensais de fluxos para investimentos em ações e investimentos em renda fixa. O cenário-base do IIF incorpora gradual recuperação nos fluxos de capital em 214 e 215, a despeito de eventual volatilidade no curto prazo Fonte: Bloomberg Alemanha França Espanha Itália p.b. Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 9

11 Gráfico CDS soberanos (5 anos) p.b. 35 Gráfico Taxas de câmbio de economias emergentes versus dólar dos EUA = Fonte: Bloomberg África do Sul Rússia Turquia Brasil México Chile No mercado cambial, no semestre, o dólar valorizouse 6,2% frente ao iene (valorização de 21,4% no ano), influenciado pelo relaxamento monetário proporcionado pelo Banco do Japão (BoJ), mas depreciou-se 8,1% e 5,3%, respectivamente, em relação à libra e ao euro (gráfico 1.2.4). As economias emergentes, por sua vez, foram mais impactadas pela perspectiva de redução da liquidez global, com o dólar apreciando-se 21,7%, 11,4%, 6,2%, 5,8% e 5,3% frente às moedas da Indonésia, da Turquia, da África do Sul, do Brasil e da Tailândia, na mesma base semestral de comparação. Ressalte-se que, com relação às moedas da África do Sul, do Brasil e da Tailândia, o pico das desvalorizações frente ao dólar, em, concentrou-se no quadrimestre de maio a agosto, enquanto as moedas da Indonésia e da Turquia ainda desvalorizaram-se no último quadrimestre do ano, respectivamente, 8,1% e 5,1% (gráfico 1.2.5). Gráfico Câmbio de economias avançadas = Fonte: Bloomberg Rúpia indonésia Rande Real Lira Baht As bolsas de valores de economias desenvolvidas elevaram-se expressivamente no segundo semestre de, evidenciando a credibilidade dos investidores na sustentabilidade da recuperação econômica dessas economias. No período, os índices DAX (Alemanha), Nikkei (Japão), S&P5 (EUA) e FTSE1 (Reino Unido) valorizaram-se, na ordem, 2%, 19,1%, 15,1% e 8,6% (gráfico 1.2.6). De forma distinta, nos principais mercados emergentes, as bolsas de valores não operaram em sentido único, com os índices acionários da África do Sul, da Índia, do Brasil, da China e do México aumentando 16,9%, 9,2%, 8,5%, 6,9% e 5,2%, respectivamente; enquanto as bolsas da Indonésia, da Turquia e da Tailândia declinaram 11,3%, 11,1% e 1,6%, na ordem (gráfico 1.2.7). Gráfico Bolsas de valores Economias desenvolvidas = Euro/Dólar Iene/Dólar Libra/Dólar Fonte: Bloomberg EUA S&P 5 Reino Unido FTSE 1 Alemanha DAX Japão NIKKEI 225 Fonte: Bloomberg Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 1

12 Gráfico Bolsas de valores Economias emergentes = Os índices Morgan Stanley Capital International (MSCI) 1 para bancos dos EUA e da Europa elevaram-se, respectivamente, 1,7% e 22,9% no segundo semestre de, comparativamente às variações de 19,4% e -3,2%, na mesma sequência, no primeiro semestre do ano. O índice MSCI para bancos de economias emergentes subiu 2% no segundo semestre, após declinar 9,2% no semestre anterior (gráfico 1.2.9) Fonte: Bloomberg África do Sul Brasil Índia Indonésia Tailândia Turquia Gráfico MSCI Bancos = O índice Chicago Board Options Volatility Index (VIX), que afere o sentimento dos investidores a partir da volatilidade implícita de curto prazo dos preços das opções do índice S&P5, oscilou entre 11,8 e 2,3 pontos, pico alcançado em 8 de outubro, repercutindo notadamente o acirramento das incertezas advindas do impasse da negociação fiscal nos EUA. No fechamento do semestre, o índice VIX havia recuado para 13,7 pontos, de 16,9 pontos no final de junho (gráfico 1.2.8). Gráfico CBOE Volatility Index VIX Índice de volatilidade Fonte: Bloomberg pontos A percepção dos investidores em relação aos sistemas bancários estadunidense e europeu melhorou consideradas as perspectivas de fortalecimento da atividade nas economias avançadas e seu impacto positivo nos balanços dos bancos. 9 Nesse ambiente, os preços das ações do segmento bancário subiram, e os custos para proteção de crédito para bancos de economias avançadas se reduziram. 9/ Ressalte-se, no entanto, que nos EUA os bancos continuam registrando em seus balanços perdas decorrentes de acordos judiciais decorrentes de processos relacionados à crise financeira de 28. Adicionalmente, os bancos dos EUA e da Europa sofreram impactos diversos em seus balanços, em razão da aplicação de multas decorrentes da manipulação na determinação da taxa libor. Esses acordos afetaram a rentabilidade de importantes instituições financeiras no último trimestre de Fonte: Bloomberg EUA Europa Economias emergentes Os custos médios de proteção contra default (CDS) de bancos relevantes dos EUA e da Europa declinaram significativamente ao longo do segundo semestre, refletindo, ademais do aumento do vigor econômico nessas regiões, a menor percepção de risco soberano nas economias maduras, bem como os avanços no fortalecimento dos seus sistemas bancários. Dentre esses, destaca-se o aumento nos índices de capitalização dos principais bancos, considerados sistemicamente importantes, dos EUA e da Europa. 11 Adicionalmente, os bancos da Área do Euro reportaram continuidade da melhoria nas condições de acesso a financiamento em todas as modalidades no terceiro trimestre de, mas informaram que, no quarto trimestre, houve alguma deterioração nas modalidades varejo e interbancário, enquanto o financiamento via emissão de títulos manteve a tendência positiva observada nos três trimestres anteriores. 12 Nesse sentido, os prêmios médios dos 1/ Os índices refletem médias ponderadas dos preços das ações das respectivas indústrias bancárias. 11/ Em seus relatórios para o 3º trimestre de, os bancos sistemicamente importantes em nível global dos EUA e da Europa publicaram estimativas de aporte de capital tier 1 fully loaded (especificação mais exigente do Acordo de Basileia III, que deverá estar em vigência em 219) acima de 9%. Vide Relatório de Estabilidade Financeira do Banco da Inglaterra (novembro de ), disponível em < publications/documents/fsr//fsrfull1311.pdf>. 12/ The Euro Area Bank Lending Survey referente ao terceiro e ao quarto trimestres de, divulgados, respectivamente, em outubro de e janeiro de 214. Disponíveis em < lend/html/index.en.html> Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 11

13 CDS de cinco anos de bancos declinaram 6,5% na Itália, 6,5% na Espanha, 32,1% na Alemanha, 46,3% na França, 49,3% no Reino Unido e 38,7% nos EUA, situando-se, respectivamente, em 143 p.b., 12 p.b., 97 p.b., 9 p.b., 73 p.b. e 72 p.b. (gráfico 1.2.1). Gráfico CDS de 5 anos Bancos Prêmios médios de países selecionados 1/ Espanha França Alemanha Reino Unido EUA Itália Fonte: Bloomberg 1/ Calculados pela média aritmética dos prêmios de CDS dos dois maiores bancos pelo critério de capitalização de mercado de cada país. Exceção: EUA: JPM Chase e Bank of America. Os riscos para a consolidação da estabilidade financeira em nível global permanecem elevados, a despeito de avanços no processo de fortalecimento dos sistemas bancários nas economias desenvolvidas, favorecidos, entre outros fatores, pela melhoria da atividade e pelo arrefecimento das tensões associadas aos riscos soberanos, que têm contribuído para a consolidação de condições mais favoráveis de financiamento para as instituições bancárias, 13 possibilitando oferta de crédito ao tomador final em condições menos restritivas. Na Área do Euro, apesar de as condições de financiamento para bancos terem melhorado, 14 o uso das linhas de financiamento do BCE manteve-se elevado em sistemas bancários de economias periféricas da união monetária, evidenciando os impactos adversos da fraca recuperação econômica sobre a lucratividade e a necessidade de provisionamentos elevados para cobertura de perdas com empréstimos em seus balanços. A fragmentação 13/ Basicamente, o nexo entre a precificação do risco soberano e as condições de financiamento dos bancos manifesta-se por meio de dois canais: 1) exposição direta, dada a dívida pública em carteira, o que, em caso de elevação do risco soberano, pode reduzir a solidez dos balanços e elevar seu risco como contraparte, dificultando o acesso aos mercados e aumentando os custos de obtenção de recursos; 2) risco soberano mais elevado, que reduz o valor de garantias governamentais que os bancos podem oferecer para obtenção de financiamento. 14/ Essa condição favoreceu a antecipação dos pagamentos de metade dos recursos inicialmente liberados pelo BCE por meio de operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO) de três anos. p.b financeira 15 persiste, ainda que declinante, explicitando que o processo de fortalecimento dos bancos tem sido lento e heterogêneo. O início efetivo da atuação do BCE como autoridade supervisora, em 214, tende a elevar a transparência sobre a posição financeira dos bancos, de forma a contribuir para a recuperação mais acentuada da confiança no sistema bancário europeu.16 As incertezas relativas ao início do tapering nos EUA pontuaram de forma adversa o sentimento dos mercados financeiros internacionais ao longo do segundo semestre de, especialmente em relação às economias emergentes. Neste ano, as reduções progressivas nos montantes de compras mensais de ativos pelo Fed podem impactar os fluxos de capitais para economias emergentes, bem como influenciar as taxas de juros de curto e/ou longo prazo em economias avançadas e emergentes, além da volatilidade do mercado cambial, com possível valorização adicional do dólar. Nesse sentido, portfólios sensíveis a posições alavancadas em moedas estrangeiras ou a mudanças nas taxas de juros são potenciais riscos à estabilidade financeira. Adicionalmente, destacam-se riscos associados à atividade econômica, como o impacto de eventual elevação, abrupta, nas taxas hipotecárias sobre a recuperação dos mercados imobiliários, prejudicando a atividade econômica em importantes economias maduras; e eventual desaceleração mais forte ( pouso forçado ) do ritmo de crescimento da China, com reflexos negativos no comércio global, impactando de forma mais relevante as economias emergentes e/ou exportadoras de commodities. 1.3 Mercado financeiro nacional Refletindo, em parte, a complexidade do ambiente internacional, ao longo do semestre, as taxas de juros domésticas exibiram trajetória crescente; a cotação do real apresentou grande flutuação e terminou o período com pequena desvalorização frente ao dólar norteamericano; o mercado bursátil ensaiou recuperação, mas voltou a cair a partir de outubro; e o risco-país oscilou 15/ A fragmentação se manifesta pela migração de fluxos de não residentes dos países mais vulneráveis da Área do Euro (Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e Portugal) para seus mercados domésticos, assim como a transferência de depósitos de residentes dessas economias para outras consideradas mais seguras. 16/ O BCE irá supervisionar diretamente bancos com ativos totais superiores a 3 bilhões, ou 5 bilhões se estes representarem mais de 2% do PIB do respectivo país, e pelo menos três grandes bancos de cada país do bloco. Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 12

14 em torno do nível mais elevado alcançado ao término do primeiro semestre. 17 No âmbito interno, contribuíram para esses movimentos a sinalização desfavorável dos índices de inflação, dos resultados fiscais e das projeções de crescimento econômico, 18 além da continuidade do ciclo de ajuste na taxa básica de juros. O BCB havia iniciado em abril de um ciclo de aumento da taxa de juros, com elevação de,25 p.p. da meta para a taxa Selic, seguida de alta de,5 p.p. em maio. Em razão da persistência das expectativas de inflação 19 acima do centro da meta de 4,5%, 2 o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, ao longo do segundo semestre, o ritmo de elevação da taxa básica de juros em,5 p.p. nas reuniões de julho, agosto, outubro e novembro. Ao final do ano, a taxa Selic estava em 1,%, e as taxas de curto prazo no mercado futuro de juros haviam acompanhado a trajetória da taxa básica de juros (gráfico 1.3.1). Gráfico Evolução das taxas de juros Taxa Selic e swap de 3 e 6 meses, 1 ano e 2 e 5 anos % a.a. 14, 12,5 11, a queda das taxas, a despeito da desvalorização do real frente ao dólar. No entanto, já a partir do final de julho, as taxas de médio e de longo prazo no mercado futuro de juros iniciaram propriamente a trajetória ascendente, reflexo do aumento de incertezas externas e internas. No âmbito externo, prevaleceram dúvidas quanto ao início da redução dos estímulos monetários por parte do Fed e o consequente movimento das taxas das treasuries, além do aumento da aversão ao risco com o impasse fiscal norte-americano para aprovação do orçamento e para ampliação do teto da dívida federal. No âmbito interno, a percepção do mercado sobre a evolução do quadro fiscal e o comportamento da taxa de câmbio influenciaram as taxas de juros. No final de agosto, após o BCB anunciar o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, o real começou a se valorizar, reduzindo a pressão do pass-through cambial sobre os preços e, portanto, sobre a curva de juros. As taxas longas se mantiveram relativamente estáveis nesse novo patamar até final de outubro, antes de o real voltar a se desvalorizar. A partir de então, sinalizações desfavoráveis relativas ao rating soberano do Brasil 21 e o anúncio de redução de estímulos pelo Fed, em 18 de dezembro, contribuíram para a elevação das taxas longas no mercado futuro de juros ao final do ano. Jan Fev Mar Abr Mai Jul Ago Set Out Nov Taxa Selic 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos Fontes: BM&FBovespa e BCB 9,5 8, 6,5 Gráfico Volatilidade das taxas de juros % a.a 4, 3,2 2,4 1,6,8 Ao longo do segundo semestre de, as taxas de juros no mercado futuro apresentaram trajetória crescente, e houve aumento da inclinação da curva de juros. Inicialmente, entretanto, os dados de inflação e atividade abaixo das expectativas e o anúncio do corte no orçamento fiscal de R$1, bilhões contribuíram para 17/ A média do EMBI+Brasil foi de 228,7 pontos no segundo semestre. 18/ A taxa estimada para o crescimento do PIB em, no relatório de inflação do BCB de março, de junho, de setembro e de dezembro, era de 3,1%, 2,7%, 2,5% e 2,3%, respectivamente. 19/ A mediana das expectativas de inflação (IPCA) acumulada para os próximos 12 meses (suavizada) subiu de 5,65% para 6,22% entre junho e setembro e declinou a partir de então, encerrando o ano de em 6,1% (fonte: site do BCB Expectativas de Mercado Séries Históricas). 2/ As resoluções nº 3.991, de 3 de junho de 211, nº 4.95, de 28 de junho de 212, e nº 4.237, de 28 de junho de, do Conselho Monetário Nacional (CMN), fixaram, respectivamente, as metas de inflação para, 214 e 215 em 4,5%, e os intervalos de tolerância em 2, p.p. abaixo e acima da meta. Jan Fev Mar Abr Mai Jul Ago Set Out Nov Fontes: BM&FBovespa e BCB Curto Médio Longo A volatilidade das taxas de juros domésticas de médio e de longo prazo recuou em relação aos máximos alcançados ao final de junho, mas apresentou elevação em agosto e um repique em setembro, mantendo-se baixa no último trimestre de. O aumento de volatilidade 21/ No início de junho, a agência de rating S&P mantinha a nota do rating soberano do Brasil em BBB, mas rebaixou sua perspectiva de estável para negativa; em julho, a agência Fitch Ratings confirmou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em BBB com perspectiva estável. No início de outubro, a Moody s rebaixou a perspectiva de rating dos títulos do governo do Brasil de positiva para estável, mas manteve o rating em Baa2., Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 13

15 das taxas de juros em agosto refletiu as incertezas quanto ao comportamento do câmbio, cedendo após a implementação do programa de leilões de swap cambial. Em setembro, a manutenção da política monetária por parte do Fed frustrou agentes do mercado que esperavam a retirada dos estímulos na reunião do dia 18, o que provocou queda acentuada das treasuries com reflexos nas taxas de juros domésticas, principalmente no trecho de longo prazo. A volatilidade das taxas de curto prazo, por seu turno, ancorada na maior homogeneidade das expectativas quanto à evolução da taxa básica de juros, manteve-se baixa ao longo do segundo semestre. Houve, no entanto, pequena elevação em agosto diante da expectativa, naquele momento, de sinalização de ciclo mais curto para a política monetária restritiva, o que não se materializou (gráfico 1.3.2). No segundo semestre de, o mercado de câmbio operou sob intensa volatilidade, influenciado pelo cenário externo. As incertezas associadas à antecipação da redução dos estímulos monetários por parte do Fed com a consequente elevação nos rendimentos anuais dos títulos de dez anos do Tesouro dos EUA tenderam a pressionar as cotações da moeda norte-americana. Em 22 de agosto, o dólar atingiu a maior cotação 22 do semestre (R$2,45), acumulando alta de 1,4%. No mesmo dia, com o objetivo de prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio, o BCB anunciou programa de leilões de câmbio em que efetuaria, a partir de 23 de agosto, leilões diários de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. 23 Com isso, o real reverteu a trajetória de alta, e a cotação alcançou R$2,16 em meados de outubro, mas voltou a subir já no final desse mês, ainda em razão das incertezas quanto ao início da redução dos estímulos à economia norte-americana somente em 18 de dezembro o Fed anunciaria que iria reduzi-los a partir de janeiro de 214. No início de dezembro, o BCB havia comunicado a continuação dos leiloes de swap cambial em 214, porém em menor volume. No semestre, o BCB efetuou leilões de swap cambial tradicional 24 no valor nocional de US$1,1 bilhões (incluídas as rolagens de vencimentos), 22/ Cotação da taxa de câmbio real/dólar divulgada pelo BCB (PTAX) calculada segundo metodologia divulgada pela Circular nº 3.56, de 23 de setembro de 21, e atualizada conforme a Circular nº 3.537, de 25 de maio de / Os leilões de swap seriam realizados às segundas, terças, quartas e quintasfeiras com oferta de US$5 milhões em cada evento. Às sextas-feiras, por meio de leilão de venda com compromisso de recompra, seria oferecida linha de crédito no valor de US$1 bilhão. 24/ Leilões de swap cambial realizados pelo Banco Central referenciados pela taxa Selic, nos quais o BCB assume a parte passiva em câmbio mais cupom cambial e a parte ativa em taxa de juros. terminando o período com posição líquida em swap passiva em câmbio de US$75,1 bilhões. O real encerrou dezembro cotado a R$2,34/US$, com desvalorização de 5,7% no semestre. Frente ao euro, no mesmo período, a desvalorização do real foi de 11,7% (gráfico 1.3.3). Gráfico Taxa de câmbio R$/US$ 2,45 2,35 2,25 2,15 2,5 1,95 Jan Fev Mar Abr Mai Jul Ago Set Out Nov Fonte: BCB e Bloomberg R$/US$ O saldo de câmbio contratado registrou fluxo negativo de US$21,8 bilhões no segundo semestre de, composto por US$16,1 bilhões no câmbio financeiro e por US$5,7 bilhões no comercial. O volume líquido de investimento estrangeiro direto (IED) foi de US$33,9 bilhões no mesmo período. Já as reservas internacionais, no conceito de caixa, encerraram o ano em US$358,8 bilhões, decréscimo de 2,9% no semestre. Gráfico Índice Bovespa Jan EUR/US$ EUR/US$ No mercado acionário, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) apresentou trajetória ascendente até meados de outubro, quando reverteu o movimento e reduziu parte dos ganhos, encerrando o segundo semestre de com alta de 8,5% (gráfico 1.3.4). Até outubro, o resultado da bolsa refletiu a percepção de que as economias da China e dos países europeus apresentavam boa recuperação, bem como a decisão do Fed de não alterar as compras mensais de bônus. Em,78,76,74,72 45 Fev Mar Abr Mai Jul Ago Set Out Nov Fonte: BM&FBovespa Pontos (mil) Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 14

16 seguida, a proximidade do início da retirada dos estímulos à economia norte-americana pressionou negativamente o Ibovespa. O ingresso líquido de recursos de investidores estrangeiros na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa). totalizou R$7,5 bilhões no semestre, com destaque para os meses de agosto e setembro, que registraram entrada de R$6,4 bilhões. Portanto, no período, houve melhora nas perspectivas para o crescimento econômico mundial, particularmente das economias desenvolvidas. A recuperação da economia norte-americana e a consequente expectativa de retirada dos estímulos monetários continuaram a afetar os mercados financeiros internacionais e também os indicadores domésticos. Nesse cenário, o BCB deu continuidade ao ciclo de aumento da taxa de juros, iniciado em abril, e, no final do semestre, a volatilidade das taxas de juros domésticas recuou em relação ao final de junho. Em agosto, o BCB implementou programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, com o objetivo de prover proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio, além de manter o nível das reservas internacionais. Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 15

17 Sistema bancário Introdução Tal como ocorreu no primeiro semestre do ano, mesmo diante do cenário de redução na liquidez global, mantevese a avaliação de baixo risco de liquidez e de elevada resiliência do sistema bancário brasileiro. Continua o movimento de redução da participação dos ativos líquidos na carteira dos bancos, conforme já havia sido observado em semestres anteriores, em razão da realocação de mais recursos em ativos de crédito na busca por maior rentabilidade. Neste semestre, essa redução intensificou-se por causa da redução no valor de mercado dos TPFs, decorrente da elevação das taxas de juros. O crescimento do crédito doméstico mais moderado, que havia sido observado no primeiro semestre, manteve-se no segundo. Os bancos públicos e o crédito com recursos direcionados continuaram impulsionando a evolução dos estoques, mas apresentaram desaceleração no crescimento anualizado, principalmente no último trimestre. A inadimplência total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) seguiu em declínio em razão de sua redução registrada nos bancos privados. Manteve-se a tendência de aumento de participação na carteira de crédito de modalidades de menor inadimplência, principalmente financiamento imobiliário e crédito consignado. A redução no ritmo de crescimento do resultado com operações de crédito, observada desde meados de 212, intensificou-se no segundo semestre de, aumentando a pressão sobre a rentabilidade do sistema bancário. Para amenizar esse efeito, os bancos continuaram empreendendo esforços na contenção de despesas administrativas e na ampliação da venda de serviços. Além disso, o resultado foi favorecido por eventos não recorrentes, de forma que o lucro líquido (LL) avançou levemente, mas o retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) manteve-se estável. A solvência do sistema bancário permanece em patamar elevado, apresentando estabilidade ao longo do segundo semestre de. Em outubro, entraram em vigor as normas conhecidas como Basileia III, que adaptam o arcabouço regulatório nacional às recomendações mais rígidas do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, resultantes dos riscos identificados na crise financeira internacional de 27/28. As mudanças, que objetivam reduzir a probabilidade e a severidade de eventuais crises bancárias e seus potenciais reflexos sobre a economia real, são progressivas e seus efeitos serão integrais em 219, em linha com o cronograma internacionalmente acordado. O arcabouço regulamentar brasileiro foi avaliado pelo Bank for International Settlements (BIS), que concluiu, em dezembro de, pela plena aderência aos padrões internacionais. Nas simulações de situações de estresse, o sistema bancário brasileiro apresentou adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes: de cenários macroeconômicos adversos; de mudanças abruptas nas taxas de juros, de câmbio ou de inadimplência; ou de queda generalizada nos preços dos imóveis residenciais. Destaca-se que, para efeito deste capítulo, o sistema bancário é integrado pelas instituições banco comercial, banco múltiplo, caixa econômica e banco de investimento, e pelos conglomerados financeiros compostos ao menos por uma das instituições anteriores. Os bancos de desenvolvimento não estão incluídos nas análises, exceto na seção 2.3 Crédito, na qual as análises envolvem todo o SFN. 2.2 Liquidez O risco de liquidez no sistema bancário brasileiro continua baixo, mas apresentou pequeno aumento no período. Assim como no primeiro semestre, houve Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 16

18 redução no valor de mercado dos TPFs, em razão da elevação da curva de juros, além de realocação de ativos em busca de maior rentabilidade. Mesmo o aumento nas captações, que foi superior ao crescimento do crédito no semestre, mostrou-se insuficiente para evitar a redução na liquidez. O índice de liquidez (IL) 25 do sistema continua em patamar confortável, mas reduziu de 1,63 para 1,52, por conta da diminuição dos ativos líquidos 26 concomitantemente ao aumento do fluxo de caixa estressado (gráfico 2.2.1). Gráfico Índice de liquidez R$ bilhões un , 1,6 1,2,8 O baixo risco de liquidez do sistema também é refletido na melhora da distribuição de frequência do IL individual, com aumento de 19 para 113 do número de instituições financeiras (IFs) com IL acima ou muito próximo a um, além de manutenção em 97% da representatividade em termos de ativos (gráfico 2.2.2). Os ativos líquidos continuaram a ser impactados negativamente pela queda no valor de mercado dos TPFs, provocada pelo movimento de elevação da estrutura a termo da taxa de juros. A adesão de bancos ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis), 27 que provocou saídas de caixa, também colaborou para a redução nos ativos líquidos. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela redução na volatilidade das taxas de juros, que liberou títulos vinculados a garantias para cobrir exposição a risco em bolsas, e pelo crescimento das captações, com o uso de instrumentos que não sofrem incidência de compulsório (gráfico 2.2.3). 13 Jan 212 Jul Jan Jul,4, Gráfico Variação dos componentes dos ativos líquidos -dez R$ bilhões Ativos líquidos Fluxo de caixa estressado Índice de liquidez -1,1-5 Gráfico Distribuição de frequência para o índice de liquidez 1/ Ativos na faixa/total de ativos do sistema <,8,8-1, 1,-1,2 1,2-1,4 1,4-1,6 1,6-1,8 1,8-2, 2, Índice de liquidez ho embro 1/ Os valores sobre as barras referem-se ao número de instituições financeiras com índice de liquidez pertencente àquele intervalo % ,2 3,6 5,1 A B C D E Observa-se que o crescimento no estoque de captações do sistema bancário foi superior ao aumento das operações de crédito (gráfico 2.2.4). Porém, essa diferença mostrouse insuficiente para evitar a queda nos ativos líquidos totais do sistema. 4,3 A = TPF (marcação a mercado e/ou variação quantitativa) B = TPF (vinculação a garantias exposição a risco em bolsas) C = Outros ativos D = Variação no compulsório requerido E = Variação total / O IL relaciona o volume de recursos líquidos disponíveis para a instituição com o fluxo de desembolso dos trinta dias (21 dias úteis) subsequentes em cenário de estresse. O fluxo de caixa estressado simula desembolsos em padrões bem acima dos esperados, tendo por parâmetro o histórico de crises passadas. Instituições com IL superior a 1, (1%) possuem ativos líquidos suficientes para suportar esse cenário de estresse. Como a metodologia simula um cenário de trinta dias em que os ativos líquidos teriam de ser convertidos em dinheiro, eles são marcados a mercado e/ou sofrem ponderação que simula redução de preço no caso de venda forçada. Essa métrica de liquidez tem por base os mesmos conceitos subjacentes ao Liquidity Coverage Ratio (LCR), índice introduzido por Basileia III. O LCR tem sua implementação prevista a partir de janeiro de / Para definição de ativos líquidos e de fluxo de caixa estressado, vide Conceitos e Metodologias, itens f e g. 27/ Refis é uma denominação genérica adotada para programas de parcelamento e refinanciamento de débitos tributários. No caso dos bancos, trata-se do parcelamento de débitos do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), instituído pelo artigo 39 da Lei nº , de 9 de outubro de. Por meio da Medida Provisória (MP) nº 627, de 11 de novembro de, o governo federal aumentou os benefícios do programa, estimulando a adesão pelas instituições financeiras e seguradoras. O prazo para adesão encerrou-se em 29 de novembro de. Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 17

19 Gráfico Variação do estoque de ativos líquidos, operações de crédito e captações 1/ R$ bilhões instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD) e de Letras Financeiras Subordinadas (LFS) (gráfico 2.2.8) Gráfico Perfil das captações R$ bilhões º Sem 2º Sem Captações líquidas Operações de crédito Ativos líquidos 1/ Líquidas de compulsório Maior captação resultou em elevação na estimativa de resgates em cenário de estresse, o que colaborou para a queda do IL. Esse movimento foi atenuado pela queda na estimativa de perdas por estresse de mercado, decorrente da redução na volatilidade das taxas de juros ao final do semestre (gráfico 2.2.5). Gráfico Variação dos componentes do fluxo de caixa estressado -dez R$ bilhões 25 Depósitos a vista Depósitos de poupança Compromissadas (títulos privados) IHCD + LFS Gráfico Captação líquida dos fundos de investimento 1/ Depósitos a prazo Empréstimos e repasses LCA + LCI + LF + DPGE Outros R$ bilhões ,9-9, º sem º sem º sem. 2º sem ,3 11, A B C D A = Estimativa de resgate de depósitos em situação de estresse B = Fluxo contratado C = Estimativa de perdas por estresse de mercado D = Variação total 1 5 1/ Fonte: Anbima Gráfico Variação do estoque de captações -dez R$ bilhões O estoque de captações atingiu R$3.418 bilhões no final de (gráfico 2.2.6), representando um avanço de 8,%, ante 5,3%, no semestre anterior. A evolução recente foi associada, entre outros fatores, à migração de recursos antes direcionados aos fundos de investimento, que tiveram resgates líquidos de aproximadamente R$36 bilhões no período (gráfico 2.2.7). Depósitos a vista Depósitos de poupança Compromissadas (títulos privados) IHCD + LFS Depósitos a prazo Empréstimos e repasses LCA + LCI + LF + DPGE Outros 2-2 Houve aumento significativo nas captações com títulos (notadamente Letras de Crédito Imobiliário [LCI] e Letras de Crédito do Agronegócio [LCA]), de depósitos de poupança, com empréstimos e repasses e com operações compromissadas utilizando títulos privados. Por outro lado, observou-se redução no estoque de depósitos a prazo e baixo crescimento das captações com base em Essa alteração de perfil de captações tende a perdurar, com a utilização de instrumentos de menor custo efetivo, associados a isenções de compulsório, de contribuição ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) ou de tributos. O crescimento de créditos longos, como os financiamentos imobiliários, provocou aumento maior no prazo médio Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 18

20 das operações de crédito vis-à-vis o prazo médio do estoque de captações (gráfico 2.2.9). 28 Gráfico Prazo médio dos estoques de crédito e de captações meses A dependência das instituições financeiras relativa a captações externas para suportar as operações no país continuou caindo no período em virtude da liquidação de passivos em moeda estrangeira que representam internalização de recursos 3. Os recursos captados no exterior e mantidos para operações fora do país 31 continuam com tendência de crescimento, em linha com o processo de internacionalização dos bancos brasileiros (gráfico ). 11 Gráfico Perfil das captações externas % A mudança de perfil das captações tem mantido suas características de estabilidade, 29 pois ganham relevância instrumentos com características de depósito, considerados estáveis e/ou com cobertura do FGC. Nesse sentido, é fundamental a adaptação da mensuração do tradicional loan-to-deposit (LTD) para evitar percepções equivocadas sobre o risco de liquidez do sistema bancário brasileiro. Com esses ajustes, as operações de crédito têm representado cerca de 86% dos depósitos e das outras captações com as mesmas características de estabilidade (gráfico 2.2.1), o que demonstra que o crescimento da carteira de crédito é compatível com a evolução do funding de boa qualidade. Gráfico Crédito sobre captações de recursos estáveis Prazo médio do estoque de captações Prazo médio da carteira de crédito / Foram computados os prazos médios das prestações vincendas da carteira de crédito e dos resgates das captações, ambos ponderados pelos respectivos fluxos. 29/ São definidos como recursos estáveis aqueles captados de aplicadores de varejo. Entre os recursos aplicados por detentores institucionais, também são considerados como estáveis os montantes captados em instrumentos com prazo de resgate maior que um ano. Essa métrica foi adaptada do conceito do Financial Soundness Indicator FSI I22, preconizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Para detalhes da definição, vide Conceitos e Metodologias, letra a. % Em suma, o IL voltou a apresentar pequena queda, mas continua em patamar confortável, refletindo a elevada liquidez do sistema. Os ativos líquidos reduziram-se diante da continuidade do cenário desfavorável para a precificação dos TPFs e de saídas de caixa. O aumento nas captações, mesmo superior ao crescimento do crédito, não foi suficiente para repor os ativos líquidos e ainda elevou as estimativas de resgates em cenário de estresse, o que colaborou para a queda do IL. Quanto ao crescimento das captações, mantém-se o aumento de participação de empréstimos e repasses, de títulos e de poupança, o que é benéfico no sentido de amenizar a elevação dos custos e para a estabilidade das captações. Acrescenta-se que a menor dependência das operações domésticas em relação ao funding externo é um aspecto positivo no cenário de redução da liquidez global. 3/ Estimativa de captações externas que ingressam no país com base em demonstrativos individuais de instituições financeiras no país. 31/ Estimativa de captações externas que não ingressam no país são captações externas de agências e subsidiárias no exterior, pertencentes a conglomerados bancários com sede no Brasil, que são mantidas nas localidades das respectivas agências e subsidiárias. Estimativa de captação de agências e subsidiárias no exterior que não ingressa no país versus captações totais Captação externa que ingressa no país versus captações totais Março 214 Relatório de Estabilidade Financeira 19

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