Módulo 5. Cortes. Secções. Planificações
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- Ágata Godoi Mangueira
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1 Módulo 5 Cortes Secções Planificações
2 CORTE
3 Cortar significa dividir, seccionar, separar as partes de um todo. Corte é um recurso utilizado em diversas áreas de ensino, para facilitar o estudo do interior dos objectos. Vejam alguns exemplos utilizados em Ciências.
4 Sem tais cortes não seria possivel analisar os detalhes internos dos objectos desenhados. Em Mecânica, também se utilizam modelos representados em corte para facilitar o estudo da sua estrutura interna e do seu funcionamento. Mas nem sempre é possivel aplicar cortes reais nos objectos, nalguns casos devemos apenas imaginar que os cortes foram feitos. É o que acontece em Desenho Técnico.
5 Comparem os seguintes desenhos: Mesmo sem saber ver a vista frontal em corte, todos devemos concordar que o desenho da direita é mais simples de ver que o outro. É de notar que é mais fácil analisar o desenho em corte porque neste tipo de representação usamos a linha para arestas e contornos visiveis em vez da linha para arestas e contornos não visiveis.
6 Tipos de corte: - corte total - corte por planos paralelos - corte por planos concorrentes - meio corte - corte local
7 Corte total Corte total é aquele que atinge a peça na totalidade da sua extensão, observa:
8 Corte por planos paralelos: Para certo tipo de peças, como as apresentadas em baixo, por apresentarem os seus elementos internos desalinhados, necessitam de outro tipo de corte.
9 Corte por planos paralelos: Imaginem então o modelo em baixo, seccionado por um plano de corte longitudinal vertical que atravessa o furo rectangular e vejam como fica a sua representação ortográfica.
10 Corte por planos paralelos: No entanto, o plano utilizado para seccionar o modelo só deixou visivel o furo rectangular, o que não permite visulizar os furos redondos. Para os podermos observar, teremos de imaginar outro plano de corte, um plano longitudinal vertical que atravesse os furos redondos, observem.
11 Corte por planos paralelos: Assim, temos 2 planos paralelos que realizam o corte pela peça por onde necessitamos de visualizar todos os seus elementos.
12 Corte por planos paralelos: Assim, temos 2 planos paralelos que realizam o corte pela peça por onde necessitamos de visualizar todos os seus elementos. Na figura ao lado, vemos como temos de representar graficamente o processo, o corte é indicado pela linha traço e ponto na vista superior (planta), nas suas extremidades os traços são largos e quando indicam mudanças de direcção. O nome do corte é indicado por duas letras maiusculas, representadas nas extremidades da linha traço e ponto. As setas indicam a direcção para se deve observar o corte.
13 Corte por planos paralelos: Na figura em baixo, podemos observar o modelo cujos elementos não são alinhados, assim devemos ter um corte representado como na vista superior da figura da direita.
14 Corte por planos concorrentes: Outra forma de representar um corte é através de planos concorrentes, observem o seguinte modelo:
15 Corte por planos concorrentes: Se imaginarmos um corte através de um plano de corte, só um dos furos ficará visivel. Para mostrarmos o outro furo, teremos de imaginar a flange com 2 planos concorrentes que se cruzam.
16 Corte por planos concorrentes: Assim, para podermos representar ambos os furos e em verdadeira grandeza, um dos planos de corte terá de sefrer uma rotação de forma a concidir com o outro plano de corte.
17 Corte por planos concorrentes: As vistas ortográficas ficariam assim representadas, após a rotação do elemento e a aplicação do corte. Na vista frontal, todos os elementos são visiveis e aparentam estar no mesmo plano, no entanto na vista
18 Exercicio: Analisa a perspectiva com a indicação de corte por planos concorrentes e assinala com um X as vistas ortográficas correspondentes: A) C) B)
19 Meio-corte Existem peças em que é possivel imaginar o corte numa só parte da peça, enquanto que a outra parte da peça permanece visivel, a este tipo de corte chamamos de meio-corte. Assim, o meio-corte é aplicado apenas a metade da extensão da peça, e somente em peças simétricas longitudinalmente e transversalmente, isto é, simétricas na sua largura ou no seu comprimento.
20 Meio-corte Neste exemplo a seguir podemos observar como se realiza o meio-corte neste peça simétrica.
21 Meio-corte Imaginem então que a parte que foi atingida pelo corte foi retirada.
22 Meio-corte A vista frontal irá ter esta representação, onde a linha traço-ponto, que divide a vista frontal ao meio, é a linha de simetria. As partes maciças, atingidas pelo corte, são representadas com um preenchimento, que é desenhado em função do material da peça, iremos ver mais à frente quais os tipos diferentes de materiais e como representá-los no preenchimento.
23 Meio-corte A metade não atingida pelo corte é igual à outra metade, assim não é necessário repetir a indicação dos elementos internos (furos passantes). Quando as peças são representadas com meio-corte, tambem não é necessário indicar os planos de corte.
24 Corte parcial Em algumas peças, os elementos internos que devem ser analisados estão localizados em determinadas partes da peça.
25 Corte parcial Nestes casos, não é necessário imaginar cortes que atravessem toda a extensão da peça, é suficiente representar um corte que atinja apenas os elementos que é necessário destacar. O corte parcial é o tipo de corte recomendado.
26 Corte parcial A linha contínua fina irregular desenhada à mão livre, é a linha de ruptura. A linha de ruptura mostra o local onde o corte está a ser imaginado, deixando visiveis os elementos internos da peça. A linha de ruptura é também utilizada nas vistas ortográficas.
27 Corte parcial A vista representada em corte é a vista frontal porque ao criar o corte o observador estava a ver a peça de frente. Nas partes não atingidas pelo corte parcial, os elementos internos devem ser representados pela linha para arestas e contornos não visiveis. Outra maneira de representar a linha de ruptura, numa vista ortogonal, é através de uma linha continua fina em ziguezague.
28 Corte parcial Para representar mais que um corte parcial na mesma vista do desenho técnico, pode-se representar da seguinte forma.
29 Corte parcial Por outro lado, o corte parcial também pode ser representado em qualquer uma das vistas do desenho técnico.
30 Preenchimento Como foi dito antes, o preenchimento seria desenhado em função do tipo de material que a peça é consituida. Às vezes, quando a área maciça atingida pelo corte é muito grande, o preenchimento pode ser representado apenas perto dos contornos do desenho. Metais Elastómeros, vidros, ceramica e rochas Terreno Betão Madeira Líquido
31 SECÇÃO
32 Secções Seccionar quer dizer cortar. Então, a representação da secção também é feita imaginando que a peça sofreu um corte. No entanto, existe uma diferença fundamental entre a representação em corte e a representação em secção. Observa a peça seguinte.
33 Secções No modelo da esquerda, a vista lateral apresenta o corte AA, ao passo que no modelo da direita a vista lateral apresenta a Secção AA. Um corte representa a parte da peça que foi seccionada e o resto dos elementos da mesma e a secção representa sómente a parte seccionada da peça.
34 Secções Sucessivas Quando analisamos uma peça com vários elementos diferentes, é aconselhável imaginar várias secções sucessivas de forma a podermos analisar o perfil de cada elemento. Neste método de representação de secções, deve-se indicar onde os cortes têm lugar.
35 Secções Rebatidas Neste método de representação de secções, não é necessário indicar os planos de corte, as secções devem somente estar alinhadas com o plano de corte.
36 PLANIFICAÇÕES
37 Planificações Planificar - desenhar ou traçar num plano; representar (um sólido geométrico) em desenhos no plano.
38 Planificações C A 50 B 30 D A 3 4 B A C D B A C A 1 2
39 D B C A B A B D D D B C A 30 o Planificações
Corte composto. abaixo, por apresentarem seus elementos internos fora de alinhamento, precisam de outra maneira de se imaginar o corte.
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