UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM Alane Costa Lemes Anna Flávia Lima das Graças Daniele Venâncio Fontana Priscila Esteves Dias Sobrinho INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RELACIONADA A CATETERIZAÇÃO VESICAL: revisão literária Governador Valadares 2009

2 ALANE COSTA LEMES ANNA FLÁVIA LIMA DAS GRAÇAS DANIELE VENÂNCIO FONTANA PRISCILA ESTEVES DIAS SOBRINHO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RELACIONADA A CATETERIZAÇÃO VESICAL: revisão literária Monografia para a obtenção do grau de bacharel em Enfermagem, apresentada a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Vale do Rio Doce. Orientadora: Mônica Valadares Martins Governador Valadares 2009

3 ALANE COSTA LEMES ANNA FLÁVIA LIMA DAS GRAÇAS DANIELE VENÂNCIO FONTANA PRISCILA ESTEVES DIAS SOBRINHO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RELACIONADA A CATETERIZAÇÃO VESICAL: revisão literária Monografia para a obtenção do grau de bacharel em Enfermagem, apresentada a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Vale do Rio Doce. Governador Valadares, 23 de junho de Banca Examinadora: Enfª. Mônica Valadares Martins - Orientadora Universidade Vale do Rio Doce Enfª. Elizabete Maria de Assis Godinho Universidade Vale do Rio Doce Enfª. Débora Moraes Coelho Universidade Vale do Rio Doce Profª. Enfª. Késia Salvador Pereira Universidade Vale do Rio Doce

4 Dedicamos aos nossos familiares, esposos e namorados pelo incentivo, apoio e força nos momentos difíceis e de superação. Amigos e colegas que compreenderam nossa ausência e silêncio. Aos mestres pelo conhecimento e experiências compartilhados.

5 AGRADECIMENTOS Agradecemos... A Deus, que nos proporcionou força, coragem, persistência e nos ter mostrado o caminho a percorrer. Aos nossos familiares, esposos, namorados e amigos pelo amor, paciência, incentivo, apoio e por acreditar nos nossos objetivos e capacidade. Aos colegas de faculdade que estiveram presentes nesses anos. Aos professores que fizeram parte importante para nosso crescimento científico e prático da profissão que escolhemos. A nossa orientadora, Mônica Valadares Martins, por ter nos conduzido e compartilhado o seu conhecimento, com competência e dedicação. A todos que, direta ou indiretamente, deixaram sua parcela de contribuição e se mostraram presentes nesse trabalho.

6 A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda... Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir... Tudo aquilo que nós lhe oferecemos. Albert Einstein

7 RESUMO Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica com objetivo de revelar as descrições encontradas na literatura acerca das complicações infecciosas relacionadas ao uso de cateter urinário, bem como a atuação da equipe de enfermagem na sua prevenção e controle. Para a realização do estudo utilizou a revisão bibliográfica referente ao período compreendido entre 1997 a 2008 optando trabalhar com o banco de dados da biblioteca virtual Bireme, base de dados Lilacs e Scielo, sites do Ministério da Saúde, livros, revistas e artigos com abordagem em infecção do trato urinário relacionada a cateterização vesical. A infecção hospitalar é toda a complicação infecciosa relacionada a assistência realizada no ambiente hospitalar, onde a de maior freqüência é a infecção do trato urinário, que compreende processos infecciosos que podem acometer desde a uretra até o tecido renal, sua maior incidência esta relacionada ao cateterismo vesical. Sendo o enfermeiro o profissional mais relevante e sua atuação voltada para a prevenção e controle das infecções hospitalares, cabe a esse adotar e implantar medidas profiláticas em parceria com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. A pesquisa tornou-se ainda mais relevante pela alta ocorrência de complicações infecciosas associadas a manipulação do trato urinário através da cateterização vesical, tanto pela freqüência, quanto por serem as infecções nosocomiais com maior probabilidade de prevenção. Palavras-chaves: Infecção hospitalar. Infecção do trato urinário. Sondagem vesical. Assistência de enfermagem.

8 ABSTRACT This study is a bibliography review with the objective of reveal the descriptions found in the literature about the infectious complications related to the use of the urinary catheter, as well as the action of the team of nursing in its prevention and control. For the achievement of the study was utilized the bibliography review regarding the period understood between 1997 to 2008 by using the database from the virtual library like Bireme, Lilacs and Scielo, the Department of the Health website, books, magazines and articles with approach in infection of the urinary tract related to the use of vesical catheterization. The hospital infection is all the infectious complication related with the aid carried out in the hospital environment, where the major frequency is the urinary tract infection. This infectious process can occur since the urethra until the renal tissue, and the major incidence is related to the use of vesical catheterization. Being the nurse the most promitent professional acting to prevent and control the hospital infections, is her/his responsibility adopts and implants the prophilacts procedures in partnership with the Hospital Infection Control Commission. The research became more relevant by the high occurrence of infectious complications associated with the manipulation of the urinary tract through the use of vesical catheterization, as much by the frequency, as by be the nosocomial infections with major prevention probability. Keywords: hospital infection, urinary tract infection, sonda vesical, nursing assistency.

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO REVISÃO DA LITERATURA Infecção hospitalar História das infecções hospitalares Evolução e o controle das infecções hospitalares no Brasil Critérios para diagnóstico de infecção hospitalar Medidas gerais de prevenção das infecções hospitalares Higiene das mãos Principais sítios de infecção hospitalar Infecção no sítio cirúrgico Infecção no trato respiratório Infecções relacionadas ao acesso vascular Infecções relacionadas a dispositivos implantáveis Infecções do trato urinário SISTEMA URINÁRIO Anatomia e fisiologia Epidemiologia das infecções do trato urinário Patogênese Manifestações clínicas Fatores de risco Tipos de cateterismo vesical Sistema de drenagem urinária Sistema de drenagem de urina fechado Tratamento Prevenção e controle das infecções do trato urinário A atuação do enfermeiro no controle de infecções hospitalares e na prevenção das infecções do trato urinário Cuidados de enfermagem ao portador de cateterismo vesical METODOLOGIA CONCLUSÃO...47 REFERÊNCIAS...48

10 9 1 INTRODUÇÃO Segundo Veiga e Padoveze (2003), infecção é uma doença que envolve microorganismos como fungos, bactérias, vírus e protozoários e que se inicia com a penetração do agente infeccioso no corpo do hospedeiro ocorrendo assim uma proliferação com conseqüente apresentação de sinais e sintomas que podem ser febre, dor local, alteração dos exames laboratoriais, debilidade entre outros. Podem acontecer em diversas localizações topográficas do indivíduo ou disseminar pela corrente sanguínea, porém, alguns patógenos têm preferência por determinadas regiões. Infecção é a resposta inflamatória provocada pela invasão ou presença de microorganismos em tecidos orgânicos (SEEGMÜLLER et al. apud SOUZA; MOZACHI, 2005, p.153). Geralmente, as infecções são provocadas pela própria microbiota bacteriana humana que se desequilibra com os mecanismos de defesa antiinfecciosa em decorrência da doença, dos procedimentos invasivos e do contato com os microorganismos hospitalares (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2005). Para que a infecção aconteça é necessária uma cadeia de eventos como organismo etiológico, reservatório, porta de saída do reservatório, modalidade de transmissão para o hospedeiro, hospedeiro suscetível e porta de entrada para o microorganismo. Os organismos etiológicos que provocam infecções são as bactérias, Rickettsiae, fungos, vírus, protozoários e helmintos (SMELTZER; BARE, 2005). Conforme cita Smeltzer e Bare (2005) a infecção pode ser transmitida de qualquer pessoa através do Trato Respiratório, Trato Gastrintestinal, Trato Geniturinário e pelo sangue. Para a infecção acontecer o hospedeiro deve ser suscetível, ou seja, não possuir imunidade para o patógeno, pois uma pessoa imunossuprimida apresenta suscetibilidade muito maior que o hospedeiro saudável. Segundo a Portaria 2.616, de 12 de maio de 1998, as infecções podem ser classificadas em comunitárias e hospitalares (BRASIL, 2005). Fernandes (2000) explica que infecção comunitária é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. São também comunitárias: a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão,

11 10 a menos que haja troca de microorganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção, a infecções em recém-nascido com bolsa rota superior a 24 horas, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e se tornou evidente logo após o nascimento como herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). A Infecção Hospitalar é um processo infeccioso que o indivíduo adquire após a sua hospitalização ou realização de procedimentos ambulatoriais como cateterismo cardíaco e a sua manifestação pode ocorrer após sua alta, conforme Veiga e Padoveze (2003). Outras infecções hospitalares poderão emergir em decorrência de procedimentos realizados durante a internação, podendo acometer distintos sítios vinculados a esta manipulação. Cosendey (2000) relata que a infecção hospitalar é um processo infeccioso que não estava presente ou evidente quando o paciente foi internado no hospital. Pode ser causada pela microbiota do próprio corpo do paciente ou por microorganismos encontrados no ambiente e instrumental do hospital. SILVA et al. (2007) relatam que atualmente no Brasil, 15% dos pacientes internados contraem algum tipo deste agravo infeccioso, existindo casos que podem ser evitados. A infecção hospitalar representa um dos principais problemas de qualidade da assistência a saúde, um problema econômico devido à importante incidência e letalidade significativa. A sua ocorrência amplia o prejuízo da instituição, do paciente e da sociedade como um todo (SILVA, R., 2003). O risco de adquirir infecção em um hospital é diretamente proporcional à gravidade da doença, às condições nutricionais do paciente, aos procedimentos necessários em seu tratamento, bem como ao tempo de internação (MOURA & SILVA, 2001). Sua incidência é maior em hospitais universitários do que em hospitais da comunidade devido a maior gravidade das doenças ou procedimentos mais complicados que são ali realizados. As internações mais longas e a interação mais efetiva dos pacientes com vários profissionais de saúde, além de estudantes e membros da equipe, contribuem para esse aumento (COSENDEY, 2000). Em revisão literária BRAGA et al. (2004) observaram que pacientes graves que requerem cuidados intensivos e prolongados estão mais expostos a riscos de adquirirem infecções nosocomiais. Nas Unidades de Terapia Intensiva esta ocorrência infecciosa é motivo de preocupação em virtude de maior exposição aos

12 11 procedimentos de risco, necessários aos pacientes gravemente acometidos para elucidação terapêutica e preservação dos parâmetros vitais. A infecção hospitalar irá prolongar o tempo de internação, gerando um aumento do consumo de medicamentos e elevação dos custos adicionais para a instituição, pacientes e famílias. O processo infeccioso irá retardar o retorno do indivíduo às suas atividades normais, muitas vezes, retorno com graves seqüelas. Representam grandes transtornos para a instituição e pacientes nela internados devido à letalidade significativa. É responsável, direta ou indiretamente, por elevação das taxas de morbidade e mortalidade (BRAGA et al., 2004). De acordo com Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) e Oliveira (2005) a infecção do trato urinário, dentre todas as topografias, representa o principal sítio e corresponde a 35-45% do total. SILVA et al. (2007) e Oliveira (2005) relatam que as infecções do trato respiratório ocupam o 2º lugar e estimam que ocorram de 5-10 casos por 1000 admissões. A infecção do sítio cirúrgico, conforme cita Oliveira (2005), tem sido apontada como uma das mais temidas complicações do ato cirúrgico. Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) afirmam que a infecção adquirida nesta topografia representa cerca de 20% das infecções nosocomiais. Cerca de de 2 milhões de infecções hospitalares anuais estão vinculadas a corrente sanguínea, em decorrência do uso de algum dispositivo vascular, ressalta Oliveira (2005). Dentre as infecções hospitalares que acometem o trato urinário, cerca de 70 a 88% delas têm relação com a cateterização vesical. Nos grandes centros de terapia intensiva em clínicas médico-cirúrgicas dos Estados Unidos, a ocorrência de infecção do trato urinário é de cerca de 10 episódios/1.000 pacientes-dia, reduzindo em nosso meio para 7,8 episódios/1.000 pacientes-dia de acordo com Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) Os fatores de risco para essa síndrome estão relacionados ao sexo feminino, alterações anatômicas e uso de cateterismo vesical (OLIVEIRA, 2005). Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) consideram como principais fatores de risco para a infecção do trato urinário: o tipo de cuidado com o sistema de drenagem urinária, uso de sonda vesical de demora, tipo e qualidade do sistema de coleta de urina utilizado, sexo feminino, idade avançada, doença de base grave, insuficiência renal, diabetes melito e colonização meatal.

13 12 A prevenção e o controle das infecções do trato urinário no ambiente hospitalar baseiam-se em utilização de técnicas assépticas na inserção e manipulação do cateter vesical, lavagem adequada das mãos, eliminação do cateterismo desnecessário e manutenção da higiene perineal, asseveram COUTO et al. (2003), Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) e Oliveira, (2005). Considerando a descrição de SILVA et al. (2007) de que a infecção do trato urinário pode disseminar-se para outros sítios, mais freqüentemente para o sitio cirúrgico e que, 50% dos casos são causados pela Escherichia coli, associado ao fato de ser a cateterização procedimento comum em todas as unidades de tratamento, notadamente mais expressivo nas unidades de tratamento intensivo e a vivência dos pesquisadores durante os estágios obrigatórios quanto ao tema, além da necessidade de intensificar a capacitação e treinamento para o cuidado com cateter vesical de demora, tanto para os profissionais quanto para os pacientes que os utilizam, foi realizada pesquisa de revisão literária para melhor compreensão desse agravo. Este estudo torna-se ainda mais relevante pela alta ocorrência de complicações infecciosas associadas à manipulação do trato urinário através da cateterização vesical, tanto pela frequência, quanto por serem as infecções nosocomiais com maior probabilidade de prevenção. Portanto, sendo o controle de infecção hospitalar um tema de extrema importância científica, social, cultural e econômica, além de ser esta ocorrência um grave problema de saúde pública e, considerando o relato de que a infecção do trato urinário atinge patamares de destaque no ranking das infecções nosocomiais brasileiras, este estudo visou revelar as descrições encontradas na literatura acerca das complicações infecciosas relacionadas ao uso de cateter urinário, bem como a atuação da equipe de enfermagem na sua prevenção e controle. Para a condução desse estudo de revisão bibliográfica utilizou-se o banco de dados do acervo da biblioteca da Universidade do Vale do Rio Doce, como artigos científicos da BIREME e revistas de enfermagem que retratam esse tema.

14 13 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 REVISÃO DA LITERATURA Infecção hospitalar Infecção hospitalar é toda complicação infecciosa decorrente da assistência prestada em serviços de saúde e, quanto maior a complexidade dessa assistência, maior o risco para a sua aquisição (BRASIL, 2005). Conforme descreve Cosendey (2000) as pessoas que circulam pela instituição de serviço de saúde e em torno dos pacientes podem representar um fator de risco para a ocorrência de infecções hospitalares. Essas podem ser evitadas através de medidas educativas rigorosas quanto à imunização e comportamentos que minimizam a disseminação de doenças. O risco varia de acordo com o mecanismo de transmissão dos agentes. Segundo Turrini (2002) os avanços tecnológicos relacionados aos procedimentos invasivos, diagnósticos e terapêuticos e o aparecimento de microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos usados rotineiramente na prática hospitalar tornaram a Infecção hospitalar um problema de saúde pública. As maiores taxas desses processos infecciosos são observadas em pacientes nos extremos da idade e nos serviços de oncologia, cirurgia e terapia intensiva. Um estudo retrospectivo de registro de óbitos em um hospital de São Paulo realizado por Turrini (2002) retratou que as Infecções hospitalares têm contribuído para o aumento do risco de morte entre os pacientes mais graves e imunocomprometidos. Pacientes nos extremos de idade são considerados como mais suscetíveis a esse agravo, sendo essa a causa principal de morbidade e mortalidade em recém nascido. Ainda nesse estudo, constatou-se que apesar de pessoas acometidas pela Infecção hospitalar terem maior probabilidade de morrer, as infecções tendem a ocorrer em indivíduos que já possuem um risco potencial de morte pela doença base e que o grau de morbidade relaciona-se à gravidade da doença base, bem como a qualidade de assistência prestada ao cliente.

15 14 O diagnóstico da presença e localização da Infecção hospitalar é confirmado pelo conjunto de dados clínicos e laboratoriais. O tempo de acompanhamento do paciente para que se defina a instalação de processo infeccioso de origem nosocomial será de 48 horas após a alta do Centro de Terapia Intensiva; 30 dias após cirurgia sem prótese; ou 01 ano após cirurgia com prótese. Qualquer infecção do neonato até 28º de vida é classificada como hospitalar, desde que a via de aquisição não seja transplacentária (SILVA et al., 2007). [...] Quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado IH. [...] Quando se desconhecer o período de incubação do microorganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se como IH toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72horas após a admissão. (SEEGMÜLLER et al. apud SOUZA; MOZACHI, 2005, p.153). As Infecções hospitalares são perigosas para o cliente e profissionais de saúde, levam a sofrimentos e gastos excessivos e podem levar a processos judiciais quando há negligência comprovada. Prolongam as internações hospitalares e aumentam o risco de morrer, o diagnóstico e o tratamento custam bilhões de dólares anualmente e quanto mais tempo o cliente permanecer no hospital mais chance terá de desenvolver essa ocorrência (COSENDEY, 2000). É sabido que o índice de agravos infecciosos adquiridos nos serviços de saúde em decorrência de procedimentos é variável e tem relação direta com o tipo de atendimento prestado e complexidade de cada instituição hospitalar. É importante ressaltar que não existe uma taxa de Infecção hospitalar ideal, pois cada serviço tem a sua particularidade e todos devem almejar sua redução progressiva através da adoção das medidas de controle de infecção hospitalar preconizadas (WEY; DARRIGO apud VERONESI, 2002). A Infecção hospitalar tem-se tornado uma das principais preocupações na área da saúde e sua redução ainda é um desafio aos serviços, profissionais e gestores das instituições prestadoras de serviços. Coutinho (2006), baseado nos dados do Ministério da Saúde, refere que o Brasil apresenta um percentual de infecção nosocomial em torno dos 15% entre os pacientes internados. Brasil (2004) conta 5% na média mundial e 9% a 20% aceitos pela Organização Mundial de saúde (OMS).

16 15 No entanto, desde a promulgação da Lei Federal de 1998, todos os hospitais brasileiros foram obrigados a constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, que deve elaborar o Programa de Controle de Infecções Hospitalares, definido como um conjunto mínimo de ações para reduzir ao máximo possível a incidência e gravidade das infecções adquiridas em instituições e serviços de saúde. Assim, quem não tiver constituído sua comissão ou se ela não for atuante, elaborando um programa de controle eficaz, já incorre em um delito e pode sofrer as conseqüências legais decorrentes desse erro. O Estado já começa a se instrumentalizar para exercer seu papel de zelar pela saúde coletiva, elaborando um roteiro de vigilância para se avaliar as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (FERNANDES, 2005) História das infecções hospitalares Cavalcanti (2002) descreve que os microrganismos causadores das infecções, existem e convivem no meio ambiente muito antes do surgimento do ser humano. Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) afirmam que a infecção hospitalar é tão antiga quanto a origem dos hospitais. Os doentes eram internados sem separação quanto à patologia que apresentavam. As doenças infecciosas se espalhavam rapidamente entre os hospitalizados. Não havia saneamento adequado, a origem da água não era conhecida, as camas eram partilhadas por mais de um paciente. O concílio de Nicéia há 325 anos d.c. (depois de Cristo) determinou que os hospitais fossem construídos ao lado das catedrais. Os pacientes em recuperação ou infectados conviviam em um mesmo ambiente. As doenças infecciosas se disseminavam com grande rapidez entre os internados e, não raro, o paciente era admitido no hospital com determinada doença e falecia de outra, especialmente de cólera ou febre tifóide (COUTO, PEDROSA e NOGUEIRA, 2003). Em 460 d.c. na Grécia, Hipócrates com suas observações e registros dos fenômenos biológicos, relatou a importância da lavação das mãos antes da cirurgia, o uso da água fervida e vinho na limpeza dos ferimentos contribuíam para cura das feridas (OLIVEIRA, 2005).

17 16 Ainda no século XVII, na Europa, época em que a famosa Peste Negra dizimou milhares de pessoas, mesmo sem os conhecer o modo de transmissão das doenças infecciosas, empiricamente era recomendado o uso de vestimentas protetoras. O médico particular do rei Luiz XIV, Charles Delorme, idealizou uma vestimenta de couro, completada por luvas e uma longa haste de madeira para evitar contato próximo e/ou direto com os enfermos (SCHREIBER, 1987). Em 15 de maio de 1847, Ignaz Philip Semmelweis, em Viena, introduziu a lavagem das mãos com água clorada antes de procedimentos cirúrgicos. Uma medida simples e eficiente que conseguiu reduzir a taxa de mortalidade materna puerperal (OLIVEIRA, 2005; SILVA et al., 2007). Figura 1 - Semmelweis e a lavagem das mãos, Fonte: Rodrigues et al., Semmelweis em 1847 determinou que a partir de hoje, 15 de maio de 1847, todo estudante ou médico, é obrigado, antes de entrar nas salas da clínica obstétrica, a lavar as mãos, com uma solução de ácido clórico, na bacia colocada na entrada. Esta disposição vigorará para todos, sem exceção (RODRIGUES et al., 1997). Mais tarde, Florence Nightingale (1863) descreveu uma série de cuidados de enfermagem com o objetivo de diminuir o risco de infecção hospitalar, dando ênfase às questões de higiene e limpeza nos hospitais (OLIVEIRA, 2005; SILVA et al., 2007). A base do conhecimento para a criação dos seus inúmeros princípios foi

18 17 construída em hospitais militares a partir de suas experiências na Guerra da Criméia. Propôs que as enfermeiras mantivessem um relato de óbitos hospitalares como forma de avaliação do próprio serviço. Essa é certamente a primeira referência a alguma forma de vigilância epidemiológica e retorno de informações aos executores das atividades hospitalares como critério de melhoria da qualidade da assistência (WENZEL apud COUTO, PEDROSA e NOGUEIRA, 2003). Figura 2 - Florence Nightingale e os feridos na guerra da Criméia Fonte: Entre o Staphylococcus aureus, era o principal agente etiológico, mas o tratamento com antibióticos e os programas educativos diminuíram a infecção por esse microrganismo. Hoje se observa a incidência aumentada de Pseudomonas e outras bactérias gram negativas como Escherichia coli. O Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativa têm adquirido resistência ao antibiótico e ressurgiram na década de 90 patógenos de perigosas cruzadas (COSENDEY, 2000). Na década de 50, de acordo com SILVA et al. (2007), surgiram as primeiras cepas de Staphylococcus resistentes à penicilina e na década de 60 o uso indiscriminado de antibiótico favoreceu a instalação de cepas resistentes de Pseudomonas e Enterobactérias. Em meados de 1950, os Estados Unidos eram assolados por uma pandemia de Staphylococcus cada vez mais resistentes aos antimicrobianos disponíveis.

19 18 Nessa época, o Centro de Doenças Comunicáveis dos Estados Unidos, mais tarde, Centro de Controle de Doenças (CDC- Center for Dease and Prevention Control), criou uma divisão para assessorar os hospitais americanos na investigação das epidemias. Em 1958, foram realizadas duas conferencias para a discussão de questões relacionadas a infecção hospitalar. Foram discutidas as bases de transmissão de doença infecciosas e definidas estratégias de sua prevenção centradas na lavagem das mãos (HALLEY et al., 1980 apud COUTO, PEDROSA e NOGUEIRA, 2003). Os primeiros relatos de processos infecciosos relacionados a procedimentos realizados durante a assistência a saúde parecem surgir quando Cristóvão em 1956 questionou sobre esterilização do material hospitalar e Francisconi no ano 1959 levantou dúvidas sobre o uso indiscriminado/inadequado de antibióticos (SILVA et al., 2007). Em 1867 Joseph Listes contribuiu para as práticas assépticas. Os bons resultados do tratamento com ácido carbólico de feridas infectadas incitaram o uso desse ácido como anti-séptico de pele. Levando em consideração o ar como veículo de disseminação de doenças, preconizou o uso desse ácido aspergido no ambiente para diminuir essa forma de contágio (COUTO; PEDROSA e NOGUEIRA, 2003). No início do século XIX, na Inglaterra, foi estabelecido formalmente o isolamento de pacientes com algumas doenças, como a varicela. A eficácia desse procedimento passou a ser frequentemente descrita (FINLAND et al., 1986 apud COUTO; PEDROSA e NOGUEIRA, 2003). O estudo da infecção hospitalar no Brasil surgiu no início da década de 70, partindo da iniciativa de algumas instituições e de pesquisadores que manifestaram suas preocupações com advento do problema. A infecção cruzada está inserida na historia da medicina que se inicia com a luta, tanto pela sobrevivência quanto pelo intento de conhecer o mundo por forças poderosas e ocultas, assim descreve Oliveira (2005). A década de 1970 foi aberta com a primeira conferência internacional sobre infecções hospitalares que discutiu a validade das diversas formas de vigilância epidemiológica. Nessa ocasião, menos de 10% dos hospitais tinham enfermeiras nesse controle, adotavam o sistema de drenagem fechada de urina ou faziam troca regular de cânula venosa periférica a cada 72 horas. Em 1972 foi criada a Association for Practitioners in Infection Control (APIC) (HALEY et al., 1980 apud

20 19 COUTO; PEDROSA e NOGUEIRA, 2003). Nessa visão, ressaltam que, ainda na década de 1970, teve Início o National Nosocomial Infection Surveillance System (NNISS), que traduzido para o português significa sistema de vigilância nacional de infecções hospitalares, congregava 70 hospitais americanos com objetivo inicial de estabelecer uma visão panorâmica desse agravo infeccioso nos Estados Unidos. De acordo com Oliveira (2005), em 1860 James Young Simpson introduziu o termo Hospitalismo, referindo-se os riscos inerentes à assistência hospitalar; 1881 Robert Koch descreveu a esterilização a vapor; 1876 a 1882 Joseph Lister publicou trabalho sobre assepsia e anti-sepsia, introduziu conceito de cirurgia asséptica e 1928 a 1942 Fleming descobre a penicilina que reduz as infecções estreptocócicas nos pacientes hospitalizados. Segundo Gross (1991) apud Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) a década de 1990 se caracterizou pela expansão cada vez maior do campo da epidemiologia hospitalar. O sistema de saúde norte-americano vem tendo sua relação custo benefício duramente questionada. Os epidemiologistas passam a ser considerados motores desse movimento para melhoria de qualidade que se espera repercutir em melhores serviços com menor custo. As ferramentas da epidemiologia e da estatística, já usadas a muito em amplas áreas da ciência, passam a ser de fundamental importância no entendimento dos vários problemas hospitalares Evolução e o controle das infecções hospitalares no Brasil No Brasil, o problema da infecção hospitalar só foi assumido pelo estado em 1983, com a Portaria nº196, de 24 de junho de 1983, quando tornou obrigatória a implantação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar em todos os hospitais. Foram também criadas atribuições dessas comissões como: vigilância epidemiológica com coleta passiva de dados, notificação feita pelo médico ou enfermeira, treinamento em serviço, elaboração de normas técnicas, precauções para pacientes com alguma infecção, controle do uso de antimicrobianos, normas de seleção de germicidas e preenchimento de relatórios (BRASIL, 1983). A primeira Comissão de Controle de Infecção Hospitalar relatada no Brasil foi na década de 60 no Hospital Ernesto Dornelles, em 1963, no Rio Grande do Sul. As

21 20 primeiras comissões multidisciplinares foram criadas nos anos 70 em hospitais públicos e privados, principalmente aqueles ligados a escolas médicas (MARTINS, 2005 apud OLIVEIRA, 2005). No estado de Minas Gerais foi criada a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar no Hospital das Clínicas em 1 de agosto de 1978 pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 1993 houve a publicação da Lei n em 30 de março de 1993, em que os hospitais públicos e privados ficariam submetidos à condição de envio de relatórios anuais de situação da infecção hospitalar na instituição, prática indispensável para liberação de alvará de funcionamento (BRAGA et al., 2006). Lacerda (2002) em estudo de produção científica observou que na década de 60 os enfermeiros quase não discutem sobre as infecções cruzadas, mas contribuem referindo-se a higiene, anti-sepsia, desinfecção e esterilização. Já na década de 70 o país entra na era das infecções nosocomiais modernas endógenas e multirresistentes. A assistência médica e a tecnologia são introduzidas, o termo infecção hospitalar e as publicações sobre sua problemática geral intensificam-se, escreve-se sobre a necessidade desse controle em todos os hospitais. Ainda nessa década surge a principal alternativa para administrar o problema de forma sistematizada e, através das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar foi publicada pela primeira vez, a necessidade de uma enfermeira na comissão, reconhecendo-a como um dos agentes principais. Na década de 80 o Centro de Controle de Doenças recomendava um enfermeiro em tempo integral para 250 leitos no hospital a fim de alterar o controle de infecção. Nos anos 90 houve a implantação das precauções universais, hoje precauções padrão, que implicam o uso de Equipamento de Proteção Individual na assistência a todo e qualquer paciente, independente do seu estado infeccioso. Em 27 de Agosto de 1992, o Ministério da Saúde expediu na forma de anexos as normas para o controle das infecções hospitalares, revogando a Portaria 196, de 24 de Junho de 1983, editando a atual e vigente de nº. 930 onde todos os hospitais do país deverão manter Programas de Controle de Infecção Hospitalar, independentemente da entidade mantenedora e constituiu a comissão responsável pela normatização e pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, encarregado do exercício das ações programadas pela comissão, estabelecendo um médico e uma enfermeira para cada 200 leitos. A implantação e a fiscalização dessas comissões são de competência das Secretarias de Saúde dos Estados sendo

22 21 amparadas pela Lei Federal 9.431/97 que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programas de controle destes agravos pelos hospitais do país (NOGUEIRA, 2003 apud COUTO; PEDROSA e NOGUEIRA, 2003). Em 2002, de acordo com Oliveira (2005) a Unidade de Controle de Infecção Hospitalar é denominada Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções e Efeitos Adversos. Em 2003 a resolução RDC nº. 33 da ANVISA, de 5 de março de 2003 revogada por RDC nº. 306, de 07 dezembro de 2004 modifica alguns conceitos da regulamentação anterior, estabelece Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Os resíduos de serviços de saúde foram reclassificados e divididos nos seguintes em grupos: A (resíduos potencialmente infectados), B (Químicos), C (Radioativos), D (Comuns) e E (Pérfuro-cortantes). Em 2004 foi desenvolvido um software Sistema Nacional de Informação para Controle de Infecção em Serviço de Saúde, de domínio público (SINAIS) que é uma ferramenta para o aprimoramento das ações de prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência de saúde, possibilitando a consolidação do sistema de monitoramento da qualidade da assistência dos serviços de saúde no Brasil. O sistema permite a entrada de dados e emissão de relatórios em uma rotina de trabalho que acompanha as atividades já desenvolvidas pelas comissões de controle de infecção (OLIVEIRA, 2005) Critérios para diagnóstico de infecção hospitalar A Portaria nº , de 12 de Maio de dispõe sobre os princípios para os critérios de diagnóstico de infecção hospitalar: a) o diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações colhidas através de evidência clínica derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu prontuário, resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de visualização realizados, evidências de estudos com métodos de imagem, endoscopia, biópsia e outros; b) quando na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, foi isolado um germe diferente, seguido do agravamento das

23 22 condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar; c) quando se desconhecer o período de incubação do patógeno e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão; d) são também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante esse período; e) as infecções de recém-nascidos são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas; f) pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção são considerados portadores de infecção hospitalar da instituição de origem. Nesses casos, a Coordenação Estadual, Distrital, Municipal e/ou o hospital de origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção naquele serviço de saúde (BRASIL, 2005) Medidas gerais de prevenção das infecções hospitalares Smeltzer e Bare (2005) estimam que aproximadamente um terço de todas as infecções nosocomiais poderia ser evitado através do Programa de Controle de Infecção Hospitalar efetivo que inclui: a) programa de vigilância para infecção hospitalar e esforços de controle vigorosos; b) pelo menos um profissional de controle de infecção para cada 250 leitos hospitalares; c) um epidemiologista treinado; d) retroalimentação para cirurgia em risco de infecção de sítio cirúrgico.

24 23 Muitos hospitais não constituíram todos os quatro aspectos exigidos para Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e estima-se que apenas 9% das infecções esperadas sejam evitas (SMELTZER; BARE, 2005). O Programa de Controle de Infecção Hospitalar é responsável pela coleta de dados e identificação dos pacientes com infecção cruzada, determinando e notificando a incidência mensal à CCIH da instituição com o objetivo principal de reduzir o risco de infecções hospitalares dos pacientes, funcionários e visitantes, por isso, deve-se realizar vigilância metódica desses agravos infecciosos, estabelecer normas e recomendações processuais por escrito para evitar e controlar essas infecções, orientar os membros da equipe quanto aos métodos usados para evitá-las e controlá-las e avaliar periodicamente o programa para verificar sua eficiência. Também deve refletir as práticas de assistência aos pacientes e as recomendações processuais, baseados na epidemiologia e para ter eficácia na assistência ao cliente, este programa deve ser ajustado à população de pacientes com vários tipos de necessidade de atendimento, às práticas e aos recursos específicos de cada instituição (COSENDEY, 2000). Cosendey (2000) também afirma que algumas infecções hospitalares são inevitáveis, mas, alguns estudos calcularam que 30% delas poderiam ser evitadas se os profissionais de saúde lavassem as mãos cuidadosamente antes e depois de entrarem em contato com líquidos corporais, utilizando as técnicas assépticas rigorosas durante a introdução de cateter e durante a cirurgia, além de tomar precauções especiais quando manusear dispositivos respiratórios. O controle de infecção hospitalar, além de atender às exigências legais e éticas, tornou-se, também, uma necessidade econômica. A infecção adquirida dentro dos serviços de saúde passou a ser vista como um epifenômeno que serve como importante índice da qualidade de assistência a saúde, assim como o serviço de prevenção passou a ser considerado programa prioritário de garantia de qualidade na assistência (SILVA, R., 2003). Segundo Veiga e Padoveze (2003) a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar tem a função de: a) detectar casos de infecção hospitalar seguindo critérios de diagnósticos; b) conhecer as principais infecções hospitalares detectadas e definir sua ocorrência;

25 24 c) elaborar normas de padronização para que os procedimentos sigam técnica asséptica, diminuindo o risco do paciente adquirir infecções; d) colaborar no treinamento de todos profissionais de saúde no que se refere a prevenção e controle das infecções hospitalares; e) realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que sejam utilizados de maneira descontrolada; f) recomendar medidas de isolamento e precauções em casos de doenças transmissíveis quando se trata de pacientes internados; g) oferecer apoio técnico a administração hospitalar para aquisição correta de materiais e equipamentos para o planejamento adequado da área física das unidades de saúde. Para Cosendey (2000), hoje, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar tem suas próprias organizações e as instituições que prestam serviços de saúde investem em recursos significativos nas atividades de controle. Podendo assim, afirmar que os hospitais que implantam e mantém programa para controle destes agravos são capazes de reduzir em quase um terço os seus índices de infecções cruzadas. O profissional especializado em controle de infecção, geralmente tem formação em enfermagem, tecnologia médica ou microbiológica e recebeu treinamento em cursos aplicados pelas organizações regionais e/ou nacionais e instituições acadêmicas e deve participar do desenvolvimento das políticas e procedimentos de educação, do controle de qualidade, aperfeiçoamento, da consultoria e investigações sobre possíveis surtos de infecção, além de poder colher, organizar e analisar dados (COSENDEY, 2000) Higiene das mãos Oliveira e Armond apud Oliveira (2005, p.289) relatam que as mãos são a principal via de transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar, portanto, higienizar as mãos é um dos principais procedimentos na rotina dos profissionais de saúde e uma maior adesão a essa prática é um desafio para as equipes de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Além de proteger o paciente, a

26 25 lavagem das mãos representa uma importante barreira de biossegurança contra a disseminação de microrganismos entre pacientes, artigos e superfícies hospitalares. As mãos são os condutores para praticamente toda transferência de patógenos potenciais de um cliente para outro, de um objeto contaminado para o cliente, ou de um membro da equipe de saúde para o cliente. Assim, a lavagem das mãos é, isoladamente, o processo mais importante para a prevenção da infecção. Para proteger clientes de Infecções Hospitalares, a lavagem das mãos deve ser realizada rotineiramente e de modo completo. Com efeito, com as mãos limpas e saudáveis, pele intacta, unhas aparadas e sem anéis reduz-se ao mínimo o risco de contaminação. Unhas artificiais podem funcionar como reservatórios de microrganismos, e é mais difícil a remoção de microrganismos de mãos ásperas ou rachadas (ARCHER et al., 2005, p.77). A higienização das mãos irá depender do processo escolhido, podendo variar desde uma lavagem simples das mãos com água e sabão até a degermação ou antisepsia pré-operatória dos profissionais da equipe cirúrgica. Há mais de um século e meio que Semmelweis descobriu a importância da lavagem das mãos e ainda existe uma grande dificuldade desse procedimento ser implementado entre as equipes (OLIVEIRA; ARMOND apud OLIVEIRA, 2005, p.293). Cabe lembrar que as mãos dos profissionais da saúde são consideradas fatores de riscos em potencial na transmissão de patógenos, sendo a manobra mais fácil, barata e de melhor rendimento para a prevenção de qualquer infecção hospitalar (AMARANTE apud RODRIGUES et al., 1997) Principais sítios de infecção hospitalar Infecção no sítio cirúrgico De acordo com Smeltzer e Bare (2005) a pele é composta por três camadas: epiderme, derme e tecido subcutâneo que forma uma barreira entre os órgãos internos e o ambiente externo além de participar de várias funções vitais. Uma das funções é a proteção, apesar de não possuir mais de 1mm de espessura, proporciona proteção efetiva quanto a invasão por bactérias e outros materiais não próprios do corpo humano.

27 26 Seegmüller (2005) afirma que quando se realiza um procedimento cirúrgico haverá um rompimento da pele e que as infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas de acordo com o potencial de contaminação da ferida cirúrgica, este potencial se define com o número de microrganismos presentes no tecido a ser operado. O cirurgião deve classificar a cirurgia no final de seu ato seguindo a indicação de cirurgia limpa, potencialmente contaminada ou infectada. Apesar de grandes avanços na medicina em campo cirúrgico, a Infecção de Sítio Cirúrgico ainda é um grande desafio e continua a ser uma das mais temidas complicações decorrentes do ato cirúrgico, ressalta Fernandes; Filho; Oliveira apud Oliveira (2005, p.93). Oliviera, A.; Ciosak (2007) relatou que dentre as infecções hospitalares, essas têm sido apontadas como um dos mais importantes sítios de infecção, sendo a causa mais comum de complicações pós-operatórias. De acordo com Couto, Pedrosa e Nogueira (2003) a infecção pós cirurgia representa cerca de 24% de todas aquelas que se instalam no pós-operatório e Cosendey (2000) registra que ela prolonga as internações do paciente cerca de 6 dias. De acordo com Fernandes, Filho e Oliveira apud Oliveira (2005, p.93), o Centro de Controle de Doenças nos EUA, calcula um risco de infecção de 2,7% por procedimento, ocorrendo assim, aproximadamente episódios anuais de ISC, onde se realiza mais de 2 milhões de cirurgias todos os meses e a média de internação é de 1-3 dias. A infecção de sítio cirúrgico apresenta uma mortalidade de 4,3% e representa 14% de todos os efeitos adversos da hospitalização. Pode ser diagnosticada em 4 ou 5 dias após a realização da cirurgia, em casos de implante de prótese em até um ano após (COSENDEY, 2000). Fernandes, Filho e Oliveira apud Oliveira (2005, p.94) acreditam que a microbiota do paciente seja a principal origem da infecção de sítio cirúrgico e que microrganismos originados dos membros da equipe e um instrumental podem veicular indiretamente um agente infeccioso e que aproximadamente 40% dos profissionais que participam do procedimento cirúrgico são portadores do Staphylococcus aureus, assim quanto mais pessoas estiverem envolvidas na cirurgia, maior será o número de agentes patológicos no ar e quanto maior a movimentação da equipe, maior será a contagem bacteriana. SILVA et al. (2007) relatam que os agentes mais frequentes em infecções de sítio cirúrgico são aqueles comumente encontrados na pele do indivíduo sadio: Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativo. Este agravo poderá

28 27 ser causado por patógenos que atingem a incisão durante o ato cirúrgico na exposição de tecido interno ao meio ambiente. Quando não há o fechamento primário da ferida cirúrgica, na deiscência, dreno ou manipulação excessiva, poderá ocorrer a contaminação no período pós-operatório, o que permite, ocasionalmente, o implante secundário de patógenos por via hematogênica. Em estudo, o levantamento do banco de dados de uma instituição de saúde evidenciou a probabilidade de que infecções em ferida operatória são diretamente afetadas pelo potencial de classificação da cirurgia e que fatores como o tempo de duração do procedimento e classificação do índice podem estar relacionados ao risco do processo infeccioso. Observou-se ainda que essa instituição possui um elevado percentual de procedimentos cirúrgicos eletivos e demonstrou que 54% dos agravos infecciosos em pós operados ocorreram em cirurgias limpas, seguidas das potencialmente contaminadas (SILVA et al., 2007) Infecção no trato respiratório Como citado por Smeltzer e Bare (2005) o sistema respiratório é composto pelos tratos respiratórios superior e inferior que, em conjunto, são responsáveis pela ventilação. O superior é constituído pelo nariz, seios paranasais, passagens nasais, faringe, tonsilas, adenóides, laringe e traquéia e tem função de aquecer e filtrar o ar respirado. O inferior consiste nos pulmões que contêm as estruturas brônquicas e alveolares e sua função é realizar as trocas gasosas. Conforme SILVA et al. (2007) as infecções nesta topografia ocupam o 2º lugar nas doenças infecciosas em ambiente hospitalar, perdendo somente para as infecções do trato urinário. Essa incidência é causada pelos avanços tecnológicos na medicina, que utiliza cada vez mais os instrumentos invasivos de suporte de vida na assistência a pacientes críticos. Estes pacientes vulneráveis diferem e desestruturam os mecanismos naturais de defesa do organismo, favorecendo a ocorrência de infecções hospitalares e prolongando a internação dos pacientes em 4-9 dias (COSENDEY, 2000). Corrêa apud Oliveira (2005, p.133) diz que a pneumonia hospitalar é aquela adquirida no ambiente hospitalar, após 48 horas ou mais de internação. Estima-se

29 28 que ocorram de 5-10 casos para cada admissões, cujo risco aumenta de 1-3% por dia de pacientes intubados na Unidade de Terapia Intensiva. A incidência varia de 8-28% de acordo com o tipo e complexidade do tratamento intensivo, tempo de permanência, duração da ventilação mecânica e com a metodologia empregada. Carrilho (1999) em estudo realizado em um hospital no norte do Paraná identificou os seguintes fatores de risco para pneumonia hospitalar: rebaixamento do nível de consciência, craniotomia, uso prévio de antibióticos, ventilação mecânica, uso de sonda gástrica, dieta enteral, aspiração de conteúdo gástrico, presença de cateter venoso central e tempo de internação. As taxas de morbidade e letalidade são elevadas, especialmente quando os agentes etiológicos apresentam grande potencial de resistência antimicrobiana. A pneumonia associada à ventilação mecânica aumenta o tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva, elevando os custos hospitalares (CORRÊA apud OLIVEIRA, 2005, p.133). Os bastonetes gram negativos são os precursores da pneumonia em pacientes gravemente enfermos, relata Couto et al. (2003). A pneumonia é a infecção do trato respiratório em ambiente hospitalar mais estudada devido a sua importância na epidemiologia das infecções nosocomiais e por representar o agravo infeccioso relacionado a procedimentos realizados durante a assistência a saúde com maior dificuldade de controle por suas características fisiopatogênicas e pela maior morbimortalidade (VERONESI, 2002). As pneumonias hospitalares ocorrem com maior freqüência em pacientes submetidos a tratamento intensivo, sujeitos a assistência respiratória com ventilação mecânica e ao uso de cânulas traqueais (CORRÊA apud OLIVEIRA, 2005, p.133) Infecções relacionadas ao acesso vascular De acordo com Fernandes, Fernandes M. e Filho apud Oliveira (2005, p.189) mais da metade dos pacientes internados na Europa e nos Estados Unidos fazem uso de algum tipo de dispositivo vascular. Cerca de de 2 milhões de episódios anuais de complicações infecciosas adquiridas durante a hospitalização

30 29 têm como topografia a corrente sanguínea, causando óbitos anuais e, 87% dos casos de Infecção na Corrente Sanguínea relacionam-se ao acesso vascular. Segundo SILVA et al. (2007) cerca de 60% dos pacientes utilizam cateter endovenoso, contudo, desde o seu surgimento, em 1945, tornam-se consideráveis os riscos de infecção associada ao seu uso. Geralmente os cateteres vasculares tornam-se colonizados no decorrer de tempo após sua instalação, ocorrendo crescimento de colônias de microrganismos na sua superfície endoluminal ou externa, na interface com a pele e no tecido subcutâneo. A colonização do cateter é, em sua maioria, assintomática, sendo a infecção local manifestada pela presença de sinais flogísticos como rubor, calor, dor, edema e secreção purulenta no trajeto do dispositivo (FERNANDES; FERNANDES M.; FILHO apud OLIVEIRA, 2005, p.192). Consideram-se infecções nosocomiais primárias da corrente sanguínea, toda infecção em parte que tenha hemocultura positiva para bactéria ou fungo, colhida 48 horas após a hospitalização e que caracterize importância clínica (SILVA et al., 2007). As Infecções primárias da corrente sanguínea têm grande importância no contexto das infecções hospitalares pelo seu alto custo e, principalmente, pela alta taxa de mortalidade a ela atribuída, cerca de 14-38%. O risco global de adquirir infecções primárias da corrente sangüínea relacionadas ao cateter intravascular corresponde a 1%, sendo maior nos pacientes internados em unidades de terapia intensiva, onde são submetidos a intensa manipulação vascular e a vários procedimentos invasivos imprescindíveis ao tratamento (SILVA et al., 2007). Os fatores de risco relacionados à infecção do acesso vascular, de acordo com Franck (2005) são a colonização cutânea, colonização da conexão do cateter, infusão contaminada, cateterização prolongada, manipulação frequente do sistema, tipo de material do cateter, gravidade da doença de base e local de inserção do cateter. A mais grave complicação associada à inserção e manutenção de cateter vascular central é a sepse apresentando como patógeno principal o Staphylococcus coagulase negativo (SILVA et al., 2007).

USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI

USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI Débora Onuma Médica Infectologista INTRODUÇÃO O que são Indicadores? 1. Indicador é uma medida quantitativa que pode

Leia mais

Estabelecimentos de Saúde/Infec

Estabelecimentos de Saúde/Infec Secretaria Estadual de Saúde Centro Estadual de Vigilância em Saúde Divisão de Vigilância Sanitária Núcleo de Vigilância em Estabelecimentos de Saúde/Infec Ana Luiza Rammé Ana Carolina Kraemer Roberta

Leia mais

Relatório de Gestão da CCIH

Relatório de Gestão da CCIH Relatório de Gestão da CCIH 1 - Apresentação A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH é formada por membros executores -01 enfermeira, 01 farmacêutica e 01 infectologista e consultoresrepresentantes

Leia mais

Limpeza hospitalar *

Limpeza hospitalar * CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO São Paulo, março de 2009. Limpeza hospitalar * Limpeza hospitalar é o processo de remoção de sujidades de superfícies do ambiente, materiais e equipamentos,

Leia mais

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA IRAS As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) consistem em eventos adversos ainda persistentes nos

Leia mais

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU M Pr02 1 de 5 Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 1.00 Proposta inicial EB, MS RESUMO A infecção do trato urinário relacionada à assistência à saúde (ITU-RAS) no adulto

Leia mais

Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada ao Cateter na Prática. Drª Marta Fragoso NGSA Hospitais VITA fragoso@hospitalvita.com.

Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada ao Cateter na Prática. Drª Marta Fragoso NGSA Hospitais VITA fragoso@hospitalvita.com. Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada ao Cateter na Prática Drª Marta Fragoso NGSA Hospitais VITA fragoso@hospitalvita.com.br Definição de caso de Infecção de Corrente Sanguínea relacionada

Leia mais

CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR É DEFICIENTE EM MAIS DE 90% DOS HOSPITAIS DE SÃO PAULO

CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR É DEFICIENTE EM MAIS DE 90% DOS HOSPITAIS DE SÃO PAULO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR É DEFICIENTE EM MAIS DE 90% DOS HOSPITAIS DE SÃO PAULO 13/04/2009 Levantamento inédito sobre a situação do controle da infecção hospitalar realizado pelo Conselho Regional

Leia mais

ANEXO I TERMO DE COMPROMISSO DE APOIO À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

ANEXO I TERMO DE COMPROMISSO DE APOIO À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ANEXO I TERMO DE COMPROMISSO DE APOIO À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR Pelo presente termo de compromisso, de um lado a Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Rio de Janeiro/ Fundo Estadual de Saúde, com endereço

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010 PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010 Assunto: Desobstrução de sonda vesical de demora. 1. Do fato Profissional de enfermagem questiona se enfermeiros e técnicos de enfermagem podem realizar desobstrução

Leia mais

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DE DENGUE APÓS ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR INTRODUÇÃO: A Dengue é uma doença infecciosa febril aguda de amplo espectro clínico e de grande importância

Leia mais

Aspectos Microbiológicos das IRAS (infecções relacionadas à assistência a saúde) Infecções hospitalares Infecções nosocomiais

Aspectos Microbiológicos das IRAS (infecções relacionadas à assistência a saúde) Infecções hospitalares Infecções nosocomiais Aspectos Microbiológicos das IRAS (infecções relacionadas à assistência a saúde) Infecções hospitalares Infecções nosocomiais Prof. Cláudio Galuppo Diniz Prof. Cláudio 1 Qualquer tipo de infecção adquirida

Leia mais

Prevenção e Controle de Infecção em Situações Especiais: Pacientes em atendimento domiciliar. Enfª. Viviane Silvestre

Prevenção e Controle de Infecção em Situações Especiais: Pacientes em atendimento domiciliar. Enfª. Viviane Silvestre Prevenção e Controle de Infecção em Situações Especiais: Pacientes em atendimento domiciliar Enfª. Viviane Silvestre O que é Home Care? Metas Internacionais de Segurança do Paciente Metas Internacionais

Leia mais

PLANO DE AÇÃO Prevenção da Disseminação de Enterobactérias Resistentes a Carbapenens (ERC) no HIAE. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

PLANO DE AÇÃO Prevenção da Disseminação de Enterobactérias Resistentes a Carbapenens (ERC) no HIAE. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar PLANO DE AÇÃO Prevenção da Disseminação de Enterobactérias Resistentes a Carbapenens (ERC) no HIAE Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Fev 2011 1 Como prevenir a disseminação de Enterobactérias

Leia mais

Reportagem Gestão de Resíduos

Reportagem Gestão de Resíduos 22 Reportagem Gestão de Resíduos Conexão 32 Setembro/Outubro 2010 23 Enfermagem na gestão de resíduos Uma das etapas mais complexas da segurança e da limpeza hospitalar está relacionada à gestão dos Resíduos

Leia mais

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA Mateus Antonio de Oliveira Calori 1 Paula de Cássia Pelatieri 2 RESUMO Sondagem vesical de demora é um procedimento invasivo que tem por objetivo o esvaziamento

Leia mais

O papel da CCIH no Processamento de Roupas de Serviços de Saúde

O papel da CCIH no Processamento de Roupas de Serviços de Saúde O papel da CCIH no Processamento de Roupas de Serviços de Saúde A Portaria MS nº 2616/98 define a Infecção Hospitalar (IH) como sendo aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante

Leia mais

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012 RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012 Define e regulamenta as atividades da sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, no uso das atribuições que lhe

Leia mais

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ. N 0 Recomendação REC - 003

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ. N 0 Recomendação REC - 003 Página 1/6 1- INTRODUÇÃO: O trato urinário é um dos sítios mais comuns de infecção hospitalar, contribuindo com cerca de 40% do total das infecções referidas por hospitais gerais. Além das condições de

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL Seção II Da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

Leia mais

Contribuição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para a Segurança do Paciente

Contribuição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para a Segurança do Paciente Contribuição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para a Segurança do Paciente Paula Marques Vidal Hospital Geral de Carapicuíba- OSS Grupo São Camilo Abril -2013 TÓPICOS CCIH no Brasil Trabalho

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Qualidade e Segurança do Paciente: A perspectiva do Controle de Infecção. Paula Marques Vidal APECIH Hospital São Camilo Unidade Pompéia

Qualidade e Segurança do Paciente: A perspectiva do Controle de Infecção. Paula Marques Vidal APECIH Hospital São Camilo Unidade Pompéia Qualidade e Segurança do Paciente: A perspectiva do Controle de Infecção Paula Marques Vidal APECIH Hospital São Camilo Unidade Pompéia Tópicos 1. CCIH no Brasil 2. CCIH e a Segurança do Paciente: Qual

Leia mais

DoctorClean Controle de Infecção Hospitalar

DoctorClean Controle de Infecção Hospitalar DoctorClean Controle de Infecção Hospitalar Aspectos Técnicos - Especificação Funcional InfoMed Systems Cetarius A solução InfoMed Systems-Cetarius para Serviços de Controle de Infecção Hospitalar promove

Leia mais

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013.

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013. ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Drª Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias Infectologista Presidente da Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar 27/09/2013

Drª Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias Infectologista Presidente da Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar 27/09/2013 Drª Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias Infectologista Presidente da Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar 27/09/2013 Conceitos Básicos Organismo Vivo Conceitos Básicos Organismo Vivo

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte.

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte. ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Jessica Neves Pereira (latiifa@hotmail.com)

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Uso Racional de Medicamentos. Erros de medicação. Conscientização.

PALAVRAS-CHAVE: Uso Racional de Medicamentos. Erros de medicação. Conscientização. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

O desafio é A Segurança do Paciente

O desafio é A Segurança do Paciente O desafio é A Segurança do Paciente CAISM - Fevereiro de 2011: Implantação do Segundo Desafio Global Cirurgias Seguras Salvam Vidas Profª Drª Roseli Calil Enfº Adilton Dorival Leite Conhecendo um pouco

Leia mais

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual Diadema Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2013 PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual de Diadema Responsáveis: João Paulo

Leia mais

Manual de Competências do Estágio dos Acadêmicos de Enfermagem-Projeto de Extensão

Manual de Competências do Estágio dos Acadêmicos de Enfermagem-Projeto de Extensão Hospital Universitário Walter Cantídio Diretoria de Ensino e Pesquisa Serviço de Desenvolvimento de Recursos Humanos Manual de Competências do Estágio dos Acadêmicos de Enfermagem-Projeto de Extensão HOSPITAL

Leia mais

DOENÇA DIARREICA AGUDA. Edição nº 9, fevereiro / 2014 Ano III. DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09

DOENÇA DIARREICA AGUDA. Edição nº 9, fevereiro / 2014 Ano III. DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09 NOME DO AGRAVO CID-10: DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09 A doença diarreica aguda (DDA) é uma síndrome clínica de diversas etiologias (bactérias, vírus e parasitos) que se caracteriza por alterações

Leia mais

DA IH À IACS: A NOMENCLATURA MUDOU ALGUMA COISA? Elaine Pina

DA IH À IACS: A NOMENCLATURA MUDOU ALGUMA COISA? Elaine Pina DA IH À IACS: A NOMENCLATURA MUDOU ALGUMA COISA? Hospitais Públicos P e Privados Elaine Pina O NOME DAS COISAS What s s there in a name? A rose by any other name would smell as sweet William Shakespeare

Leia mais

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 1 Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Nome fantasia: Projeto de volta prá casa Instituições: Núcleo de Epidemiologia do Serviço de Saúde Comunitária da Gerência de saúde Comunitária

Leia mais

FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM ENFª MARÍLIA M. VARELA

FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM ENFª MARÍLIA M. VARELA FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM ENFª MARÍLIA M. VARELA INFECÇÃO As infecções são doenças que envolvem bactérias, fungos, vírus ou protozoários e sua proliferação pode ser vista quando o paciente tem os sintomas,

Leia mais

GLOSSÁRIO ESTATÍSTICO. Este glossário apresenta os termos mais significativos das tabelas do Relatório Estatístico Mensal.

GLOSSÁRIO ESTATÍSTICO. Este glossário apresenta os termos mais significativos das tabelas do Relatório Estatístico Mensal. ANEXO I GLOSSÁRIO ESTATÍSTICO Este glossário apresenta os termos mais significativos das tabelas do Relatório Estatístico Mensal. 1 - MOVIMENTO DE PACIENTES 1.1 - Internação Hospitalar (Portaria MS n 312/02)

Leia mais

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

TÍTULO: SE TOCA MULHER CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

Uma área em expansão. Radiologia

Uma área em expansão. Radiologia Uma área em expansão Conhecimento especializado e treinamento em novas tecnologias abrem caminho para equipes de Enfermagem nos serviços de diagnóstico por imagem e radiologia A atuação da Enfermagem em

Leia mais

O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores

O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, transcorreram já mais de duas décadas desde que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

Leia mais

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL...

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL... Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. Baseado na NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde Portaria N 1.748 de 30 de Agosto de 2011. HOSPITAL... Validade

Leia mais

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente?

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente? O tema Segurança do Paciente vem sendo desenvolvido sistematicamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde sua criação, cooperando com a missão da Vigilância Sanitária de proteger

Leia mais

CAMPANHA NACIONAL HOSPITAIS SEGUROS FRENTE AOS DESASTRES

CAMPANHA NACIONAL HOSPITAIS SEGUROS FRENTE AOS DESASTRES CAMPANHA NACIONAL HOSPITAIS SEGUROS FRENTE AOS DESASTRES Realização: Ministério da Integração Nacional Logo após um desastre, os governos e as comunidades que atuam em emergências, e também os meios

Leia mais

Como controlar a mastite por Prototheca spp.?

Como controlar a mastite por Prototheca spp.? novembro 2013 QUALIDADE DO LEITE marcos veiga dos santos Professor Associado Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP www.marcosveiga.net O diagnóstico da mastite causada por Prototheca spp.

Leia mais

Relatório de Gestão da CCIH

Relatório de Gestão da CCIH Relatório de Gestão da CCIH 1 - Apresentação A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH é formada por membros executores -01 Enfermeira, 01 Farmacêutica e 01 Medico Infectologista e consultores-representantes

Leia mais

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil Ruth Rangel * Fernanda Azevedo * Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Resumo A redução das desigualdades sociais tem sido

Leia mais

PORTARIA GM/MS N 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998

PORTARIA GM/MS N 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998 PORTARIA GM/MS N 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998 O Ministro de Estado da Saúde, Interino, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso II da Constituição, e Considerando as determinações da Lei

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

DIFICULDADES PARA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM NAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES

DIFICULDADES PARA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM NAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES DIFICULDADES PARA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM NAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES Julianny de Vasconcelos Coutinho Universidade Federal da Paraíba; email: juliannyvc@hotmail.com Zirleide

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

1- O que é infecção hospitalar? Para fins de classificação epidemiológica, a infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação

1- O que é infecção hospitalar? Para fins de classificação epidemiológica, a infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação 1- O que é infecção hospitalar? Para fins de classificação epidemiológica, a infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada previamente à internação)

Leia mais

DO TERMO DE CONSENTIMENTO

DO TERMO DE CONSENTIMENTO : DO TERMO DE CONSENTIMENTO AO CHECK LIST E fªl i Li Enfª Luciana Lima Hospital Procardíaco Aliança Mundial para Segurança do paciente Cirurgias seguras salvam vidas Check list baseado nas recomendações

Leia mais

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL HEMOCENTRO DE BELO HORIZONTE 2015 TRANFUSÃO SANGUÍNEA BREVE RELATO Atualmente a transfusão de sangue é parte importante da assistência à saúde. A terapia transfusional

Leia mais

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional Juarez Sabino da Silva Junior Técnico de Segurança do Trabalho Objetivo A Norma Regulamentadora 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação,

Leia mais

PARECER TÉCNICO I ANÁLISE E FUNDAMENTAÇÃO:

PARECER TÉCNICO I ANÁLISE E FUNDAMENTAÇÃO: PARECER TÉCNICO ASSUNTO: Solicitação de parecer acerca de Técnico de Enfermagem lotado no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de transtorno mental acompanhar paciente internado em outra instituição,

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos INTERPRETAÇÃO ISO 9001:2008 GESTÃO DE QUALIDADE O que é ISO? ISO = palavra grega que significa Igualdade CAPÍTULO: Preâmbulo ISO 9001:2008 0.1 - Generalidades: foi esclarecido que a conformidade com requisitos

Leia mais

Cuidando da Minha Criança com Aids

Cuidando da Minha Criança com Aids Cuidando da Minha Criança com Aids O que é aids/hiv? A aids atinge também as crianças? Como a criança se infecta com o vírus da aids? Que tipo de alimentação devo dar ao meu bebê? Devo amamentar meu bebê

Leia mais

GERENCIANDO O HOME CARE Utilizando os indicadores de desempenho para a melhor tomada de decisão. CONTROLE DE INFECÇÃO DOMICILIAR

GERENCIANDO O HOME CARE Utilizando os indicadores de desempenho para a melhor tomada de decisão. CONTROLE DE INFECÇÃO DOMICILIAR GERENCIANDO O HOME CARE Utilizando os indicadores de desempenho para a melhor tomada de decisão. CONTROLE DE INFECÇÃO DOMICILIAR Dra Carla Guerra Médica Infectologista Pronep-SP Patrocínio: Realização:

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÂO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH) E SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH) DO HU/UFJF

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÂO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH) E SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH) DO HU/UFJF REGIMENTO INTERNO DA COMISSÂO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH) E SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SCIH) DO HU/UFJF CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO Artigo 1º Atendendo à Portaria de número

Leia mais

ANEXO ROTEIRO DE INSPEÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

ANEXO ROTEIRO DE INSPEÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 1 OBJETIVO: ANEXO ROTEIRO DE INSPEÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Este Roteiro estabelece a sistemática para a avaliação do cumprimento das ações do Programa de Controle de Infecção

Leia mais

Positive Deviance: Engajamento da equipe para melhorar a adesão ao Checklist Cirúrgico Time Out Perfeito

Positive Deviance: Engajamento da equipe para melhorar a adesão ao Checklist Cirúrgico Time Out Perfeito Positive Deviance: Engajamento da equipe para melhorar a adesão ao Checklist Cirúrgico Time Out Perfeito Ana L. Vasconcelos Coordenadora Programa Integrado de Cirurgia O Protocolo de cirurgia segura do

Leia mais

Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT

Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT Informações do Sistema de Notificação Estadual de Infecções Hospitalares de Mato Grosso Enfª Ms. Rosangela de Oliveira Serviço Estadual de Controle de Infecção/COVSAN/SVS/SES-MT Indicadores de IH Sistema

Leia mais

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO CONCURSO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM TEMA 04: ATIVIDADES DO ENFERMEIRO ATIVIDADES DO ENFERMEIRO SUPERVISÃO GERENCIAMENTO AVALIAÇÃO AUDITORIA

Leia mais

INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA

INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA Enfª Marcia Daniela Trentin Serviço Municipal de Controle de Infecção Esta aula foi apresentada na Oficina de Capacitação para a utilização do Sistema Formsus na notificação

Leia mais

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) Enf.ª Cláudia Cristina Castro de Andrade SEC/SCIH devidos créditos! Plágio é Crime! UM POUCO DE HISTÓRIA... Até a metade do século XIX ISC= óbito Joseph Lister,

Leia mais

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: A CRIAÇÃO DE UMA FERRAMENTA INFORMATIZADA.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: A CRIAÇÃO DE UMA FERRAMENTA INFORMATIZADA. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: A CRIAÇÃO DE UMA FERRAMENTA INFORMATIZADA. ANDRADE 1, Elizandra Faria GRANDO 2, Simone Regina BÖING 3, Jaci Simão VIECELLI 4, Ana Maria SILVA 5, Jeane Barros

Leia mais

Legislação em Vigilância Sanitária

Legislação em Vigilância Sanitária Page 1 of 8 Legislação em Vigilância Sanitária PORTARIA N 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998 O Ministro de Estado da Saúde, Interino, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso II da Constituição,

Leia mais

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior 5.1 Nome da iniciativa ou Projeto Academia Popular da Pessoa idosa 5.2 Caracterização da Situação Anterior O envelhecimento é uma realidade da maioria das sociedades. No Brasil, estima-se que exista, atualmente,

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GEFIS Nº 29 / 2010 Abordagem Sindrômica. Participação Legal do Enfermeiro. Programa de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Programa de Atenção Integral em Doenças Prevalentes

Leia mais

Por que esses números são inaceitáveis?

Por que esses números são inaceitáveis? MANIFESTO DAS ONGS AIDS DE SÃO PAULO - 19/11/2014 AIDS: MAIS DE 12.000 MORTOS POR ANO NO BRASIL! É DESUMANO, É INADMISSÍVEL, É INACEITÁVEL. PRESIDENTE DILMA, NÃO DEIXE O PROGRAMA DE AIDS MORRER! Atualmente,

Leia mais

A Propaganda de Medicamentos no Brasil

A Propaganda de Medicamentos no Brasil A Propaganda de Medicamentos no Brasil As principais propagandas de medicamentos no Brasil tiveram início ainda na década de 80 do século XIX. Desde então, o que se constatou foi um crescimento contínuo

Leia mais

Gráfico 01: Número de EAS que notificaram mensalmente dados de IRAS no SONIH em 2013:

Gráfico 01: Número de EAS que notificaram mensalmente dados de IRAS no SONIH em 2013: BOLETIM INFORMATIVO DENSIDADES DE INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO ESTADO DO PARANÁ, NOTIFICADAS ATRAVÉS DO SISTEMA ONLINE DE NOTIFICAÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SONIH) Os

Leia mais

Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências

Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências Decreto Nº 94.406 / 1987 (Regulamentação da Lei nº 7.498 / 1986) Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências O Presidente da

Leia mais

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada.

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada. Influenza A H1N1 /GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: PERGUNTA 1. Quanto tempo o vírus da gripe suína permanece vivo numa maçaneta ou superfície lisa? 2. O álcool em gel é útil para limpar as mãos? 3. Qual

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Secretaria Municipal de Saúde de Janaúba - MG Edição Julho/ 2015 Volume 04 Sistema Único de Saúde TUBERCULOSE VIGILÂNCIA Notifica-se, apenas o caso confirmado de tuberculose (critério clinico-epidemiológico

Leia mais

1. CONCEITOS E OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

1. CONCEITOS E OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 1. CONCEITOS E OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SEGUNDO A LEI 8.080, DE 1990, QUE INSTITUIU O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), PODE SER DEFINIDA COMO: O CONJUNTO DE AÇÕES

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde Promoção da Saúde do Trabalhador da Saúde: conscientização acerca do uso de luvas e higienização das mãos pelos

Leia mais

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Considerando que a informação arquivística, produzida, recebida, utilizada e conservada em sistemas informatizados,

Leia mais

TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE TRANSPLANTE CARDÍACO

TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE TRANSPLANTE CARDÍACO TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Á CRIANÇA NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE TRANSPLANTE CARDÍACO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO RETIFICAÇÃO AO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N 01/2014

CONCURSO PÚBLICO RETIFICAÇÃO AO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N 01/2014 CONCURSO PÚBLICO RETIFICAÇÃO AO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N 01/2014 Dispõe sobre a retificação do edital de abertura de inscrições para o provimento de cargo público do Quadro Permanente de Pessoal do

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR

HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA 27 de abril DIREÇÃO DE ASSISTÊNCIA SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA INFECTOLOGIA CLÍNICA - ADULTO E PEDIÁTRICA SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Leia mais

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e PORTARIA SSST Nº 11, de 13/10/1994 "Publica a minuta do Projeto de Reformulação da Norma Regulamentadora nº 9 - Riscos Ambientais com o seguinte título: Programa de Proteção a Riscos Ambientais". A SECRETARIA

Leia mais

Sigla do Indicador. TDIHCVC UTI Adulto. TDIHCVC UTI Pediátrica. TDIHCVC UTI Neonatal. TCVC UTI Adulto

Sigla do Indicador. TDIHCVC UTI Adulto. TDIHCVC UTI Pediátrica. TDIHCVC UTI Neonatal. TCVC UTI Adulto Sigla do Indicador Domínio do Indicador Taxa de densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (CVC) na UTI Adulto TDIHCVC UTI Adulto SEGURANÇA Taxa de densidade

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE CURSO TÉCNICO PRÓTESE DENTÁRIA FICHA DA SUBFUNÇÃO/COMPONENTE CURRICULAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE CURSO TÉCNICO PRÓTESE DENTÁRIA FICHA DA SUBFUNÇÃO/COMPONENTE CURRICULAR UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE CURSO TÉCNICO PRÓTESE DENTÁRIA FICHA DA SUBFUNÇÃO/COMPONENTE CURRICULAR FUNÇÃO: Proteção e prevenção SUBFUNÇÃO: SEGURANÇA NO TRABALHO E BIOSSEGURANÇA

Leia mais

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO 1. A comunicação durante o processo de enfermagem nem sempre é efetiva como deveria ser para melhorar isto, o enfermeiro precisa desenvolver estratégias de

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Infeções associadas aos cuidados de saúde no contexto do CHCB. Vasco Lino 2015-06-16

Infeções associadas aos cuidados de saúde no contexto do CHCB. Vasco Lino 2015-06-16 Infeções associadas aos cuidados de saúde no contexto do CHCB Vasco Lino 2015-06-16 GCL- PPCIRA Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo das Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

Leia mais

SINAIS REMOTO + TRANSMISSÃO DE DADOS + CONSULTA WEB

SINAIS REMOTO + TRANSMISSÃO DE DADOS + CONSULTA WEB SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO PARA O CONTROLE DE INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE SAÚDE SINAIS REMOTO + TRANSMISSÃO DE DADOS + CONSULTA WEB GERÊNCIA DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES E DOS EVENTOS ADVERSOS

Leia mais

Funcionamento das comissões hospitalares metropolitanas que funcionam sob a gestão do Imip RELATOR: Cons. Mauro Luiz de Britto Ribeiro

Funcionamento das comissões hospitalares metropolitanas que funcionam sob a gestão do Imip RELATOR: Cons. Mauro Luiz de Britto Ribeiro PARECER CFM nº 4/13 INTERESSADO: CRM-PE ASSUNTO: Funcionamento das comissões hospitalares metropolitanas que funcionam sob a gestão do Imip RELATOR: Cons. Mauro Luiz de Britto Ribeiro EMENTA: Em obediência

Leia mais

I-070 - DIAGNÓSTICO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE EM UM HOSPITAL PÚBLICO EM BELÉM/PA

I-070 - DIAGNÓSTICO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE EM UM HOSPITAL PÚBLICO EM BELÉM/PA I-070 - DIAGNÓSTICO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE EM UM HOSPITAL PÚBLICO EM BELÉM/PA Lana Tais da Silva Coelho (1) Estudante do curso de Engenharia Ambiental do Instituto de

Leia mais

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal O que é Transmissão Vertical HIV e Sífilis? A transmissão vertical do

Leia mais

1. INTRODUÇÃO...3 2. TIPOS DE TRANSPORTE...3. 2.1 Transporte intra-hospitalar:...4. 2.2Transporte inter-hospitalar:...6

1. INTRODUÇÃO...3 2. TIPOS DE TRANSPORTE...3. 2.1 Transporte intra-hospitalar:...4. 2.2Transporte inter-hospitalar:...6 1 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO...3 2. TIPOS DE TRANSPORTE...3 2.1 Transporte intra-hospitalar:...4 2.2Transporte inter-hospitalar:...6 3. SEGURANÇA E CONTRA-INDICAÇÕES...7 4. CONSIDERAÇÕES...9 5. CRITICIDADE DE

Leia mais

Gerenciamento de Incidentes

Gerenciamento de Incidentes Gerenciamento de Incidentes Os usuários do negócio ou os usuários finais solicitam os serviços de Tecnologia da Informação para melhorar a eficiência dos seus próprios processos de negócio, de forma que

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO E/OU PERFUROCORTANTES ENTRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO E/OU PERFUROCORTANTES ENTRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO E/OU PERFUROCORTANTES ENTRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE Os acidentes de trabalho com material biológico e/ou perfurocortante apresentam alta incidência entre

Leia mais

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo Pág. 5. Cronograma de Aulas Pág. 8. Coordenação Programa e metodologia; Investimento

SUMÁRIO. Sobre o curso Pág. 3. Etapas do Processo Seletivo Pág. 5. Cronograma de Aulas Pág. 8. Coordenação Programa e metodologia; Investimento 1 SUMÁRIO Sobre o curso Pág. 3 Coordenação Programa e metodologia; Investimento 3 3 5 Etapas do Processo Seletivo Pág. 5 Matrícula 7 Cronograma de Aulas Pág. 8 2 PÓS-GRADUAÇÃO EM DOR Unidade Dias e Horários

Leia mais