BOLETIM DOS REGISTOS E DO NOTARIADO

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1 BOLETIM DOS REGISTOS E DO NOTARIADO Março/Abril 2005 II Caderno PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO 3/2005 Proc. nº R.P. 141/2004 DSJ-CT - Cancelamento de Locação Financeira Existência de Registo de Penhora da posição jurídica do locatário. 2 Proc. nº R.Bm. 4/2004 DSJ-CT - Registo de propriedade de veículo automóvel princípio do trato sucessivo legitimidade para requerer duplicado do título de propriedade. 9

2 Nº 3/2005 Março/Abril Proc. n.º R.P. 141/2004 DSJ-CT Cancelamento de Locação Financeira Existência de Registo de Penhora da posição jurídica do locatário. Registo a qualificar: Cancelamento da Locação Financeira - registada sobre as fracções autónomas designadas pelas letras A e C, descritas sob os nºs 706-A e 706-C, da freguesia de, a favor de, Ldª -, requisitado pela Ap. 25, de 24 de Março de Relatório: A- É proprietária inscrita e locadora das referidas fracções autónomas, S.A. (G-1). É locatária inscrita destas fracções autónomas, pelo prazo de 10 anos a contar de ,, Ldª (F-1). Pela Ap. 14, de 13 de Março de 2003, foi registada a Penhora da Locação Financeira sobre a fracção autónoma descrita sob o nº 706-C -..., na execução em que é exequente a Fazenda Pública, para garantia da quantia exequenda de ,12 (Av. 01 a F-1). Pela Ap. 22, de 13 de Março de 2003, foi registada a Penhora da Locação Financeira sobre a fracção autónoma descrita sob o nº 706-A..., na execução em que é exequente a Fazenda Pública, para garantia da quantia exequenda de ,87 (Av. 01 a F-1). B- Pela Ap. 25, de 24 de Março de 2004, a locadora requisitou na Conservatória recorrida o cancelamento da locação financeira, com base em certidão extraída dos autos de Procedimento Cautelar com o nº 8514/03. 4TVLSB, instaurados na Sec. da Vara Cível de Lisboa, em que são requerente a locadora e requerida a locatária, que contém fotocópia da acta de audiência final que integra a seguinte Decisão: «Mostram-se verificados todos os pressupostos previstos no art. 21º do Dec. Lei nº 149/95 de 24 de Junho pelo que julgo procedente a Providência Cautelar de entrega judicial e cancelamento de registo prevista em tal diploma legal e consequentemente ordeno a entrega imediata à requerente das fracções autónomas, designadas pelas letras A e C, (...) do prédio urbano em regime de propriedade horizontal (...) descrito na Conservatória do Registo Predial da sob o nº da freguesia da [querer-se-ia dizer...] (...), bem como o cancelamento do respectivo registo de locação financeira». O registo peticionado foi recusado porque sobre as fracções objecto do registo encontra-se em vigor um registo de penhora da locação financeira, registo este que não tendo sido mandado cancelar depende da manutenção em vigor da inscrição de locação financeira art.s 68º e 69º, nº 2, do C.R.P.. C- Do despacho de recusa foi interposto o recurso hierárquico cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos, onde basicamente se aduziu a seguinte argumentação: a) O registo de penhora da locação financeira é ilegal, pois sendo a locação financeira um contrato o mesmo não pode ser objecto de penhora; b) Não havendo penhora da locação financeira, não poderá haver registo de penhora da locação financeira; c) Não consta tal facto do Código do Registo Predial, e bem se compreende que assim seja, pois a locação financeira é um ónus e não pode haver um registo de penhora a incidir sobre um ónus; d) E também não pode ser objecto de registo uma penhora que nada tem a ver com o imóvel nem com o proprietário do imóvel; e) O registo de penhora da locação financeira deveria ter sido recusado ou, quando muito, registado provisoriamente por natureza; f) De qualquer modo, o cancelamento do registo da locação financeira não pode ser recusado com fundamento na existência da penhora da locação financeira, sendo certo que tal recusa acarreta gravíssimas consequências para a recorrente; g) Não sendo cancelado o registo da locação financeira, a recorrente fica impedida de alienar os

3 Nº 3/2005 Março/Abril bens, como refere o parecer deste Conselho emitido no Pº R.P. 68/2000 DSJ-CT, in BRN nº 8/2000, págs. 32 e segs.; h) A recorrida deveria ter não só cancelado o registo da locação financeira mas também averbado o cancelamento do registo da penhora da locação financeira, que tratando-se de um averbamento à inscrição da locação financeira extingue-se com o cancelamento da inscrição de que depende. A final, pede que se proceda ao cancelamento do registo da locação financeira bem como ao cancelamento do registo da penhora da locação financeira. D- A recusa foi mantida por despacho cujos termos também aqui se dão por integralmente reproduzidos. Sustenta a recorrida que não lhe cabe emitir pronúncia sobre os factos alegados pela recorrente no que diz respeito ao cancelamento do registo da penhora. E que, embora as decisões judiciais devam ser acatadas pelo conservador, o cancelamento oficioso do registo da penhora da locação financeira, à revelia do exequente, destruiria irremediavelmente o direito deste. E- O processo é o próprio, as partes legítimas, o recurso tempestivo, a recorrente está devidamente representada, e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito. Fundamentação: 1- Independentemente da sua conexão com o registo objecto do pedido a que respeita o presente recurso hierárquico, haverá que enfrentar a questão do registo da penhora da locação financeira A lei sujeita expressamente a registo a locação financeira e as suas transmissões [art. 2º, nº 1, l), C.R.P.], e prescreve que será registada por averbamento à respectiva inscrição a transmissão da locação financeira [art. 101º, nº 1, m), do C.R.P.]. A locação financeira é um contrato, que tem por objecto quaisquer bens susceptíveis de serem dados em locação, firmado entre o titular do direito com base no qual é cedido à outra parte o gozo temporário do objecto e esta outra parte que, para além do gozo da coisa, adquire a faculdade de aquisição desta coisa (cfr. art. 1º do D.L. nº 149/95, de 24 de Junho). Sendo a locação financeira um contrato, é óbvio que não há transmissão da locação financeira. O que há é a transmissão das posições jurídicas do locador e do locatário no contrato (cfr. art.s 9º, 10º e 11º do citado D.L. nº 149/95, com a redacção do D.L. nº 265/97, de 2.10). A transmissão da posição jurídica do locador qua tale não está sujeita a registo. O que está sujeito a registo é a aquisição do direito com base no qual o contrato foi celebrado (obviamente se as coisas objecto da locação financeira forem imóveis ou móveis sujeitos a registo cfr. art. 3º, nº 3, D.L. 149/95, redacção do D.L. nº 265/97), que determina ipso iure a sucessão do adquirente nos direitos e obrigações do locador (cfr. art 1057º do Cód. Civil) 1. Assim sendo, o que está sujeito a registo é a transmissão da posição jurídica do locatário O art. 860º-A do C.P.C., aditado pelo D.L. nº 329-A/95, de 12 de Dezembro, regula expressamente a penhora de direitos ou expectativas de aquisição de bens determinados pelo executado. Como refere Rui Pinto 3, a introdução daquele artigo na Reforma do Processo Civil de 1995/1996 «visou adequar o regime dos actos de penhora à nova realidade económico-social da diminuição da importância do direito de 1 - Isto mesmo já sustentámos no Pº R.P. 342/2003 DSJ-CT, ainda não publicado. 2 - Não se nos afigura, portanto, pertinente a conclusão tirada no parecer emitido no Pº R.P. 3/96 R.P. 4, in BRN nº 5/96, pág. 12, na parte em que afirma que a transmissão da posição do locador no contrato de locação financeira está sujeita a registo por averbamento à inscrição respectiva. 3 - Penhora e Alienação de Outros Direitos, Execução Especializada Sobre Créditos e Execução Sobre Direitos Não Creditícios na Reforma da Acção Executiva, in Themis Ano IV nº , pág. 150.

4 Nº 3/2005 Março/Abril propriedade e sua substituição por direitos de gozo dos bens de terceiro, com possibilidade de futura aquisição». De acordo com o mesmo Autor, «o objecto desta penhora são prima facie situações jurídicas activas que, afectando em termos reais um bem, permitem que o titular possa no futuro adquiri-lo para si, já não o próprio direito de propriedade, ou outro direito real de gozo, pois este está na titularidade de terceiro, contraparte no contrato». Parece-nos pacífico que deste artigo estão excluídos os direitos ou expectativas de aquisição de natureza obrigacional v.g., promessa de compra sem eficácia real -, que são penhoráveis nos termos gerais da penhora de créditos (art.s 856º e segs. do C.P.C.). Como também se nos afigura líquido que a penhora dos direitos ou expectativas (reais) de aquisição, nos termos do art. 860º-A do C.P.C., não abrange apenas o direito ou a expectativa de aquisição mas também toda a restante posição do executado de conteúdo obrigacional. Segundo o ensinamento de Remédio Marques 4, direitos reais de aquisição são direitos através de cujo exercício se pode adquirir um outro direito real, de gozo ou de garantia. E expectativas jurídicas são, por sua vez, posições jurídicas preliminares ou instrumentais, relativamente a direitos subjectivos, cuja produção ou consolidação obedece a um processo complexo de formação sucessiva. A posição jurídica do locatário em contrato de locação financeira o qual, concomitantemente com a faculdade de gozo, dá a opção de aquisição do bem [art.s 1º e 9º, nº 1, c), do D.L. nº 149/95] encerra uma expectativa jurídica 5, pelo que aquela situação jurídica activa do locatário é penhorável nos termos do citado art. 860º-A do C.P.C. Nos termos desta disposição legal, a penhora é feita por notificação ao locador (nº 1, ex vi do art. 856º), e, como a coisa objecto da locação no caso dos autos é imóvel e está na posse do executado, haverá que proceder à sua apreensão material e à sua entrega ao locatário como depositário [nº 2, ex 4 - In Curso de Processo Executivo Comum à face do Código Revisto, 1998, págs. 229/ Cfr. Rui Pinto, op. cit., pág. 151, e Remédio Marques, ob. cit., pág. 231, nota (605). vi do art. 839º, nº 1, b)] 6. Finalmente, consumada a aquisição do imóvel pelo locatário com o exercício da faculdade de aquisição a penhora passa automaticamente a incidir sobre o próprio imóvel transmitido (nº 3) Mais delicada é a questão de saber se a penhora da posição jurídica do locatário 8, quando o objecto da locação financeira for um imóvel, é facto sujeito a registo predial. Remédio Marques ensina que consumada a aquisição - ou seja, adquirido o imóvel pelo locatário 9 antes da venda executiva o exequente deve inscrever no registo a penhora que, doravante, passa a incidir sobre o bem transmitido, e que os efeitos desta penhora não se retrotraem à data da realização da penhora da expectativa ou do direito de aquisição, uma vez que a penhora do direito ou da expectativa de aquisição não é registável (sublinhado nosso) Discute-se a natureza desta apreensão ou apossamento (cfr. Rui Pinto, op. cit., pág. 152, nota (31). O que importa acentuar, porém, é que esta apreensão não afecta a posição do locador quanto ao seu direito real de gozo sobre a coisa. 7 - Cfr. Lebre de Freitas e Armindo Ribeiro Mendes, in Código de Processo Civil anotado, Vol. 3º, 2003, pág. 462; e Lebre de Freitas, in A Acção Executiva à Luz do Código Revisto, 2ª ed., 1997, pág. 206 e nota (23). 8 - Não cremos que seja legítimo isolar nesta posição jurídica a expectativa de aquisição do bem locado para só sobre esta colocar a questão que procuramos abordar no texto. 9 - Não interessa aqui indagar sobre a possibilidade de o exequente, antes da venda executiva, se substituir ao locatário-executado no exercício do direito potestativo de aquisição (cfr. Lebre de Freitas, ob. cit., pág. 205) Ob. cit., pág Em nota de rodapé (614) o Autor afirma: «O registo da penhora sobre o móvel ou imóvel sujeitos a registo uma vez convertida a anterior penhora sobre o direito ou a expectativa de aquisição far-se-á, as mais das vezes na prática, provisoriamente por natureza, com base em certidão do despacho que mandara notificar a contraparte da penhora daquele direito ou expectativa, observando-se, depois, o disposto no artigo 119º do Cod.RP. Se a aquisição, segundo as declarações prestadas pelo titular inscrito, já se deu, o registo da penhora passará a definitivo, conservando a prioridade resultante daquele». Como é óbvio, esta anotação é anterior à Reforma da Acção Executiva (Dec. Lei nº 38/2003, de 8 de Março), que alterou a al. n) do nº 1 do art. 92º do C.R.P. Mas confessamos que nos custaria muito admitir que, ao abrigo daquela norma, na sua redacção inicial, fosse viável um registo provisório de

5 Nº 3/2005 Março/Abril Em sentido contrário, Rui Pinto 11 defende que a penhora deverá ser registada. Para o Autor, «a lei continua a ser omissa quanto a esta matéria, mas não pode deixar de ser assim. Efectivamente, no direito real de aquisição importa considerar a existência de uma relação entre o executado e o sujeito alienante, por um lado, e a sua oponibilidade erga omnes, traduzida na necessidade dos outros sujeitos da ordem jurídica respeitarem este direito, por outro. A primeira é acautelada através da notificação à contraparte, nos termos da penhora de créditos, como manda o nº 1. A segunda leva à necessidade do registo». Relativamente à posição do locatário no leasing, defende que a penhora desta não poderá deixar de ser registada [art. 2º, nº 1, l), do C.R.P.], porquanto «uma vez que o objecto da penhora são as situações jurídicas e o objecto do registo são as respectivas vicissitudes, deve-se registar a penhora das situações jurídicas reais de aquisição, nos termos da al. n) do nº 1 do art. 2º do C.R.P.». Finalmente, o Autor, tendo em conta as vicissitudes que a expectativa de aquisição do direito pelo locatário venha a conhecer, considera três hipóteses de evolução da penhora. Numa primeira hipótese, a coisa chega a ser efectivamente adquirida pelo locatário executado antes da venda, caso em que «evitando qualquer vazio por desaparecimento do objecto inicial da penhora, estatui o nº 3 do artigo [860º-A] a conversão automática da penhora de modo a passar a incidir sobre o direito adquirido, com a data da penhora da posição jurídica de aquisição. Será esse o direito a ser levado à venda executiva. Mudou, assim, o objecto da penhora da posição contratual para o direito real. O agente da execução deverá, então, efectivar a penhora correspondente: de imóveis (arts. 838º ss) ou de móveis, eventualmente sujeitos a registo (arts. 848º ss, e 851º, respectivamente». Numa segunda hipótese, o bem não chega a ser adquirido pelo executado-locatário antes da venda; por isso, «a penhora mantém-se como penhora de imóvel com base exclusivamente em despacho que ordenasse a penhora não desse imóvel mas da expectativa da sua aquisição. O tema não importa, porém, à decisão do caso dos autos Op. cit., págs. 152/154. estava e será levada à venda a posição contratual e inerente direito ou expectativa de aquisição». Numa terceira hipótese, «a penhora extingue-se por desaparecimento do seu objecto, podendo ser nomeados outros bens por insuficiência superveniente dos bens penhorados art. 834º, nº 3, b)». Pela nossa parte, também achamos que a inoponibilidade à execução dos actos de disposição, oneração ou arrendamento dos bens penhorados, consagrada no art. 819º do Cód. Civil (redacção do art. 5º do D.L. nº 38/2003) demanda o registo da penhora da posição jurídica do locatário. A nosso ver, o registo da penhora da posição jurídica do locatário garante a inoponibilidade à execução não só dos actos do executado que tenham por objecto aquela posição jurídica mas também dos actos do executado que tenham por objecto o bem por si adquirido no exercício do direito potestativo de aquisição. A lei quis evitar qualquer hiato com o desaparecimento do objecto inicial da penhora (a posição jurídica do locatário), impondo a conversão automática da penhora daquele objecto na penhora do próprio bem transmitido. Mas, se assim é, então parece-nos que não é apenas a penhora que se converterá automaticamente, mas também o registo da penhora da posição do locatário será automaticamente convertido no registo da penhora do próprio bem transmitido com o registo de aquisição deste bem a favor do executado 12. Só assim, se bem ajuizamos, se evitarão vazios que poderão prejudicar irremediavelmente os interesses da execução. Na hipótese de a posição do locatário ser vendida na execução, porque o bem não chegou a ser adquirido por si antes da venda, não restam dúvidas que a transmissão judicial da posição do locatário está sujeita a registo [ transmissão da locação financeira lhe chama a lei art.s 2º, nº 1, l), e 101º, nº 1, m), do C.R.P.]. Ora mal se 12 - Já sustentámos este ponto de vista no parecer emitido no Pº nº 39/96 R.P. 4, in BRN nº 2/97, págs. 10 e segs., a propósito do registo do arresto da meação de um dos cônjuges do casal dissolvido por divórcio (cfr. ainda Acórdão do S.T.J. de , BMJ nº 246, pág. 114).

6 Nº 3/2005 Março/Abril compreenderia que constituísse facto sujeito a registo a transmissão da titularidade de uma situação jurídica activa disponível do executado sobre o bem locado e já não a penhora dessa mesma situação jurídica 13. Da terceira hipótese extinção da penhora por desaparecimento do seu objecto falaremos adiante. Quanto à norma elegível para justificar o registo do facto, cremos que não pode deixar de ser a al. l) do nº 1 do art. 2º do C.R.P. Não questionamos que vigora no nosso sistema jurídico-registral o princípio da tipicidade (de direitos, não de factos). Mas já se nos afigura demasiado rigorosa a posição que defende a existência também de uma tipicidade de vicissitudes do direito 14. De qualquer modo, cremos que a transmissão da posição jurídica do locatário compreende a penhora desta situação jurídica, que antecipa a alienação executiva. Pela mesma ordem de razões, julgamos que o registo do facto deverá ter lugar por averbamento, tal como a transmissão [cfr. art. 101º, nº 1, m), C.R.P.]. 2- Importa não olvidar que o pedido de registo cuja qualificação é objecto de impugnação é o de cancelamento da locação financeira. O título apresentado é a decisão proferida em procedimento cautelar instaurado pelo locador contra o locatário ao abrigo do art. 21º do D.L. nº 149/95 (redacção do D.L. nº 265/97), que ordenou a entrega imediata e o cancelamento do registo da locação financeira. Não consta da certidão que a decisão transitou em julgado. A suficiência deste título para o cancelamento do registo da locação financeira não foi questionada. E cremos que acertadamente, porquanto parece-nos líquido que a decisão que ordene o cancelamento do registo não carece de trânsito em julgado para ser executada Voltamos a citar Rui Pinto, op. cit., pág. 135: «Toda a penhora tem por objecto uma situação jurídica activa disponível do executado sobre um determinado bem, cuja titularidade será transmitida na alienação executiva» Cfr., sobre o ponto, Oliveira Ascensão, in Direito Civil Reais, 5ª ed., 1993, págs. 342/343. Como acentuou Abrantes Geraldes 15, o legislador quis associar à regulamentação dos direitos e obrigações emergentes da nova figura contratual (locação financeira) «uma providência cautelar ajustada aos padrões exigidos por uma economia concorrencial, de modo a conferir ao credor a possibilidade de obter a satisfação antecipada de efeitos que tendem a ser produzidos apenas pela sentença definitiva», optando o legislador «por proporcionar ao credor um instrumento de natureza jurisdicional que, malgrado ter natureza provisória, acaba por conduzir, na prática, a resultados definitivos que, em princípio, apenas deveriam emergir dos meios comuns». O Autor assinala que «não terá sido de ânimo leve que o legislador se atreveu a ir tão longe na tutela dos interesses do locador (...)», optando «aqui por conferir ao locador o direito de reclamar a imediata entrega do bem e de o recolocar no mercado, assim evitando a degradação e a desvalorização que poderiam resultar da sua entrega a um fiel depositário ou da situação de imobilidade no período, por vezes longo, da pendência da acção principal», e que «na ponderação das vantagens e na avaliação dos riscos de injustiça inerentes a uma decisão cautelar de efeitos definitivos, não terá sido desconsiderada a natural facilidade de prova dos pressupostos da providência, designadamente no que concerne à existência do direito do locador emergente da caducidade do contrato ou do preenchimento dos requisitos da sua resolução». Cremos, assim, não restarem dúvidas que a providência cautelar não consiste apenas na imediata entrega da coisa ao locador mas também no imediato cancelamento do registo da locação financeira. Afigura-se-nos, portanto, que, no essencial 16, 15 - In Temas da Reforma do Processo Civil, IV Vol., 2001, págs. 301 e segs Dizemos no essencial porque para além da fundamentação ser sempre discutível [estamos perante uma providência cautelar inteiramente sui generis, desde logo porque desafecta a livre disposição dos bens cfr. art. 2º, nº 1, n), C.R.P. -, pelo que duvidamos que ao caso seja aplicável o art. 13º do C.R.P.] alguns aspectos da posição deste Conselho não serão inteiramente pertinentes. Por exemplo, parece que será possível utilizar a providência cautelar apenas para pedir o cancelamento do registo da locação financeira nos casos em que, resolvido o contrato e

7 Nº 3/2005 Março/Abril mantém-se actual a posição assumida no parecer deste Conselho, referido pela recorrente, emitido no Pº R.P. 68/2000 DSJ-CT, maxime na parte em que sustenta que a decisão de cancelamento do registo de locação financeira não tem que transitar em julgado para ser executada. 3- Estamos agora aptos para abordar a questão dos autos. Temos uma decisão proferida no procedimento cautelar que ordenou o cancelamento do registo da locação financeira. Mas sobre a posição jurídica do locatário existe penhora inscrita 17, sendo certo que o exequente não interveio naquele procedimento Parece-nos líquido que o cancelamento do registo (averbamento) da penhora demanda um despacho judicial proferido no processo executivo, transitado em julgado, que ordene o seu levantamento 18. Como é óbvio, não é ao conservador que competirá apreciar e julgar a extinção da penhora por desaparecimento do seu objecto (a 3ª hipótese restituído o bem ao locador, o locatário se recuse a assinar a declaração de resolução que constituiria o título para o cancelamento (cfr. Acórdão da Relação de Lisboa de , in CJ XXVIII IV 121) Os autos oferecem uma singularidade. É que, apesar de existir um só contrato de locação financeira abrangendo duas fracções autónomas, foram efectuadas duas penhoras julgamos que da posição do locatário -, uma em relação a cada uma das fracções autónomas, em processos executivos distintos. A nosso ver, tal não deveria ter acontecido, porquanto a situação jurídica do devedor é unitária. Há uma só posição jurídica contratual, embora com objecto mediato plural, e deveria ter sido essa posição o objecto das penhoras, do que resultariam dois averbamentos à inscrição de locação financeira na ficha de cada uma das duas fracções autónomas. Assim, a validade dos registos das penhoras da locação financeira suscita-nos sérias dúvidas. Mas, como é consabido, a nulidade do registo só pode ser invocada depois de declarada por decisão judicial com trânsito em julgado (art. 17º, nº 2, C.R.P.). Pelo que vamos aceitar a existência daqueles registos de penhora Como se referiu recentemente no parecer emitido no Pº C.P. 44/2003 DSJ-CT, in BRN nº 9/2004, pág. 30, «a penhora é levantada mediante despacho judicial, e será com base nesse despacho, transitado em julgado [cfr. art.s 497º, 498º, 671º e 740º, nº 2, c), do C.P.C.] que se procederá ao cancelamento do respectivo registo [cfr. art. 101º, nº 2, f), do C.R.P.]». referida em 1.3) - ou seja, por in casu o contrato de locação financeira ter findado por resolução -, e decorrentemente ordenar o levantamento da penhora. É ao juiz da execução que compete tal actividade 19. Assim sendo, afigura-se-nos seguro que a pretensão da recorrente de cancelar os averbamentos de penhora da locação financeira não pode proceder Mas será que o registo da penhora da posição jurídica do executado no contrato de locação financeira impede o cancelamento do registo da locação financeira? Trata-se, a nosso ver, de questão deveras delicada. De acordo com o art. 820º do Cód. Civil, «sendo penhorado algum crédito do devedor, a extinção dele por causa dependente da vontade do executado ou do seu devedor, verificada depois da penhora, é igualmente ineficaz em relação ao exequente» 20. Não está aqui em causa a interpretação desta norma 21. Até porque, como já salientámos, não é ao conservador que compete apreciar in casu a resolução do contrato de locação financeira. Esta foi certamente apreciada pelo juiz no procedimento cautelar 22. O que verdadeiramente está em causa é o regime da ineficácia (ou da inoponibilidade) em relação à execução da extinção da posição jurídica do locatário Cfr. Acórdão da Relação de Évora de , in CJ XXVI V 274/ Cfr. Januário da Costa Gomes, Penhora de Direitos de Crédito Breves Notas, in Themis Ano IV nº , pág. 116, que manifesta perplexidade perante a redacção do art. 819º do C.C., introduzida pela Reforma da Acção Executiva, em confronto com o art. 820º, que ficou inalterado, no que tange à manutenção neste das palavras ineficaz e igualmente e da expressão em relação ao exequente Cfr., a propósito, Gravato Morais, in Alienação e Oneração de Estabelecimento Comercial, 2005, pág. 173, e o Acórdão referido na nota (19) Os autos nem sequer nos elucidam sobre se da certidão do registo predial que certamente foi junta no procedimento cautelar consta o registo da penhora da posição contratual do locatário, e se o não pagamento das rendas pelo locatário é anterior à penhora.

8 Nº 3/2005 Março/Abril O registo da penhora da situação jurídica do locatário garante a inoponibilidade à execução da extinção daquela situação jurídica. Como registar, então, a extinção da situação jurídica comprovada por título suficiente? O problema não existiria se o acto «ineficaz» revestisse a vicissitude da transmissão, modificação ou oneração do direito penhorado. Nesses casos, como tem sido entendimento pacífico entre os cultores do registo, o registo do facto que determina a vicissitude é definitivo e a ulterior alienação executiva salta por cima daquele registo. Quando a vicissitude do direito penhorado é a extinção desse direito existe, a nosso ver, um problema. A extinção determina o cancelamento do registo que publicita o direito e convenhamos que mal se compreenderia que o ulterior registo da alienação (executiva) desse direito saltasse por cima do registo da sua morte (o direito ressuscitaria, portanto, nas tábuas). Haverá que compatibilizar nas tábuas as duas vicissitudes penhora e extinção da posição jurídica do locatário -, operacionalizando a inoponibilidade da extinção em relação à execução. A nosso ver, tal consegue-se com o registo não do cancelamento mas da decisão que o ordenou no procedimento cautelar. Com tal registo, o locador recupera a disponibilidade jurídica do bem. Mas também os actos de alienação, oneração ou arrendamento deste serão inoponíveis à execução onde foi penhorada a posição jurídica do locatário. 4- Nos termos expostos, somos de parecer que o recurso merece provimento parcial, devendo averbar-se à inscrição da locação financeira a decisão proferida no procedimento cautelar que ordenou o cancelamento do registo. A cota de referência respeitante a esta inscrição só deverá ser trancada após o cancelamento do averbamento da penhora da posição contratual do locatário lavrado com base em documento que comprove o levantamento desta penhora por extinção daquela posição jurídica. Em consonância, formulam-se as seguintes Conclusões I - Aquilo que a lei [art.s 2º, nº 1, l), e 101º, nº 1, m), do C.R.P.] designa por transmissão da locação financeira consiste na transmissão da posição jurídica do locatário no contrato de locação financeira. II - A transmissão da posição jurídica do locador qua tale não está sujeita a registo, traduzindo-se antes aquela transmissão no registo de aquisição do direito com base no qual o contrato foi celebrado, que determina ipso iure a sucessão do adquirente nos direitos e obrigações do locador (cfr. art. 1057º do Cód. Civil). III - A posição jurídica do locatário em contrato de locação financeira o qual, concomitantemente com a faculdade de gozo, dá a opção de aquisição do bem [art.s 1º e 9º, nº 1, c), do D.L. nº 149/95, de 24 de Junho] encerra uma expectativa jurídica (real), pelo que aquela posição é penhorável nos termos do art. 860º-A do C.P.C. IV - A inoponibilidade à execução dos actos de disposição, oneração ou arrendamento dos bens penhorados, consagrada no art. 819º do Cód. Civil, demanda o registo da penhora da posição jurídica do locatário, que, atenta a sua natureza, não pode deixar de se integrar na factispecie das normas dos art.s 2º, nº 1, l), e 101º, nº 1, m), do C.R.P. V - A extinção da penhora da posição jurídica do locatário por desaparecimento do seu objecto que pode ocorrer com a resolução do contrato ou com o decurso do prazo sem ter sido exercido o direito de compra terá que ser apreciada no respectivo processo executivo, e o registo (averbamento) da penhora só poderá ser cancelado com base em despacho, transitado em julgado [cfr. art.s 497º, 498º, 671º e 740º, nº 2,

9 Nº 3/2005 Março/Abril c), do C.P.C.], que ordene o seu levantamento [cfr. art.s 13º e 101º, nº 2, f), do C.R.P.]. VI - A natureza da vicissitude extinção do direito e a regra da ineficácia (ou inoponibilidade) em relação ao exequente (ou à execução) daquela extinção por causa dependente da vontade do executado ou do debitor debitoris consagrada no art. 820º do Cód. Civil demandam que, enquanto não for cancelado o averbamento da penhora da posição jurídica do locatário, o pedido de cancelamento do registo da locação financeira com base em título suficiente certidão da decisão, ainda que não transitada em julgado, proferida no procedimento cautelar regulado no art. 21º do citado D.L. nº 149/95 (com a redacção do D.L. nº 265/97, de 2.10), que ordenou o (imediato) cancelamento desse registo da locação financeira tenha tradução nas tábuas não com o cancelamento tout court do registo mas com o averbamento daquela decisão, mantendo-se íntegra a cota de referência da respectiva inscrição, que só será trancada após o cancelamento daquela penhora da posição jurídica do locatário com base em documento que comprove o seu levantamento por extinção do objecto. Este parecer foi aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de João Guimarães Gomes de Bastos, relator, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Luís Carlos Calado de Avelar Nobre, Vitorino Martins de Oliveira. Este parecer foi homologado por despacho do Director-Geral de Proc. nº R.Bm. 4/2004 DSJ-CT - Registo de propriedade de veículo automóvel princípio do trato sucessivo legitimidade para requerer duplicado do título de propriedade A - RELATÓRIO 1) - O título que serviu de base ao pedido foi o requerimento-declaração para registo de propriedade do veículo matriculado sob o nº GZ (modelo nº 2 - contrato verbal de compra e venda) em que surge como vendedor o reclamante e como comprador, Luís MNS. 2) O registo pretendido, pedido através de Conservatória intermediária, veio a ser declarado inviável por despacho datado de 19/03/2004, tendo sido afirmado que o vendedor não é o titular inscrito e que devia ser junto o duplicado do título emitido já em 27/01/2003 posterior ao apresentado para instruir o pedido inviabilizado que tem a data de 18/04/ ) Através de carta registada datada de 19/05/2004, o recorrente veio solicitar que lhe fosse passada nota especificada dos motivos da recusa (?) do registo pretendido, tendo sido respondido no próprio documento que, para os efeitos pretendidos, deveria apresentar os documentos de registo inviabilizado, não sendo bastante as suas cópias, tendo sido invocado o artº 51º nº 2 do DL 55/75 de 12/02. 4) Foram, então, em 2 de Julho de 2004 pela ap. 08, apresentados os documentos no diário, que entretanto tinham sido remetidos pelo recorrente, tendo a recorrida emitido nota especificada dos motivos da inviabilidade, datada de 2/07/2004 e notificada em 9/07/2004, tendo novamente sido argumentado que o veículo em causa se encontra registado a favor de pessoa diversa do subscritor vendedor, pelo que este não tem legitimidade para vender o veículo e que se verifica também haver sido emitido um duplicado

10 Nº 3/2005 Março/Abril de título de propriedade em 27/01/2003 posterior ao ora apresentado para instruir o pedido inviabilizado (cfr. artºs 9º e 34º do CRP aplicável por força do artº 29º do DL 54/75 de 12/02, artºs 9º, 10º, 11º da mesma disposição legal e artºs 16º e 22º do Decreto 55/75 de 12/02). 5) Do referido despacho de inviabilidade houve lugar a recurso hierárquico, tendo este sido apresentado no Diário sob o nº 389 em 02/08/2004 e, inter alia, foi aduzido pelo recorrente que em 31/03/2001 apresentou queixa junto da Polícia Judiciária, por burla contra desconhecidos, já que tinha vendido o veículo e entregue o mesmo, bem como o livrete e o título de registo de propriedade, sendo certo que o respectivo cheque para pagamento por si recebido, após submetido a desconto junto da instituição de crédito competente, veio a verificar-se que tinha sido furtado, tendo, contudo, mais tarde, sido devolvida a viatura ao recorrente. Submetido a registo a venda que entretanto fez em 9/12/2003 a Luís MNS do veículo visado, veio a apurar-se que o titular inscrito era outro, concretizando, era José ANG desde 27/01/2003. Argumentou ainda que é de referenciar no entanto que verificando-se da análise dos autos no seu todo que a omissão de pronúncia sobre questões não levantadas (mas que o deveriam ter sido) pode conduzir à feitura de registos nulos tem sido tomada uma posição preventiva relativamente à questão omissa in Geraldes Isabel, Impugnação das Decisões do Conservador nos Registos, Almedina, pág. 85, pelo que sempre que a fundamentação constante dos autos seja insuficiente por não ter aflorado todas as questões que deveria e dessa insuficiência possa resultar a viabilização de erros registrais, tem-se entendido que deve ser colmatada tal insuficiência em sede de recurso e decidido em conformidade com os reais obstáculos registrais dos autos (op. cit. pág. 85), bem como foi invocado o Pº RP.2/96 DSJ-CT in BRN nº 5/96, pág. 6, que refere na I conclusão o seguinte: O princípio segundo o qual a apreciação do mérito do recurso se deverá conter nos limites das questões suscitadas no despacho impugnado deverá ceder sempre que a omissão de pronúncia sobre questões não suscitadas possa conduzir à realização de registos nulos. Por fim, vem requerer que se cancele o registo de propriedade da viatura em causa a favor do referido José ANG e consequente reserva de propriedade a favor do, ambos realizados em 27/01/2003 e que se revogue a decisão que indeferiu o pedido de registo de propriedade pretendido, substituindo-a por decisão que o defira. 6) Por despacho de 24/08/2004 a recorrida indeferiu a reclamação, proferindo despacho de sustentação, com os mesmos argumentos já expendidos, invocando, contudo, que, atentas as conclusões proferidas no Pº C. Bm. 4/2004 DSJ- CT, publicitado no BRN nº 6/2004, pág. 38, procurou atribuir ao recurso efeitos úteis e para tal suscitou ao interessado a remessa dos documentos para que ao pedido em causa fosse atribuída nota de apresentação, o que fez. Invocou ainda que o recorrente tinha conhecimento da vigência de registo de propriedade a favor de pessoa diversa, uma vez que o veículo e respectivos documentos foram apreendidos e a ele entregues e que sabendo (ou devendo saber) que a cada veículo corresponde um título de registo de propriedade, regra esta de onde decorrem, quer os condicionalismos legais para a emissão de duplicado de título e consequente responsabilização criminal pelas declarações para tal prestadas (cfr. artºs 9º, 10º, 11º e 14º do já citado DL nº 54/75), quer a inutilização do título anterior mediante a emissão de um novo (cfr. artº 16º do também já citado decreto 55/75) e que o registo definitivo constitui presunção de que o direito existe e pertence ao titular inscrito, nos precisos termos em que o registo o define, nos termos do constante no artº 7º do CRP, ainda assim, pretendeu usar, para transmitir a propriedade do veículo, o título (duplicado) que detinha e havia solicitado sob a ap. 189 de 18/04/2001, ignorando o outro a favor de terceiro, que lhe havia sido entregue juntamente com o veículo aquando da apreensão. Por outro lado, argumentou ainda, tendo os registos sido lavrados com base em documentos falsificados (como foi alegado pelo recorrente no seu recurso), a nulidade daí resultante só pode ser invocada depois de declarada por decisão judicial transitada em julgado, nos termos dos artºs 16º e 17º do CRP.

11 Nº 3/2005 Março/Abril Por outro lado ainda, veio dizer finalmente que os cancelamentos pretendidos pelo recorrente, sem o que não se poderá invocar e usar do seu direito de propriedade, deverão ser por si requeridos, mediante preenchimento dos impressos de modelo legal, instruídos com decisão judicial comprovativa, transitada em julgado, além do título de registo de propriedade (no caso concreto deverá juntar ambos os existentes relativamente ao veículo) e pagamento dos emolumentos devidos (ver, entre outros, artºs 13º e 41º do CRP, 11º e 28º nº 1 do decreto 55/75 e Portaria nº 38/2002 de 10/01 e Regulamento Emolumentar). 7) A latere, a recorrida solicita igualmente que este Conselho Técnico se pronuncie sobre a questão controversa de quem tem legitimidade para requerer duplicado do título de registo de propriedade com a finalidade de eventuais alterações procedimentais com consequências aplicáveis a casos semelhantes ao espelhado no presente recurso. inviabilização ou na recusa, quer na de impugnar as decisões desfavoráveis às suas pretensões. 1 10) Ora, do nosso ponto de vista, no caso sub judice tal imperativo foi cumprido pela recorrida já que do seu despacho constam todos os motivos que levaram à sua efectiva e correcta inviabilização pelo que não vislumbramos motivos para aderir à tese do recorrente. 11) Antes de mais, é de referir que os veículos automóveis que a lei considera como sujeitos a registo, nos termos do preceituado no artº 2º nº 1 do DL nº 54/75 de 12/02, quanto aos princípios registrais, têm um tratamento igual ao que é dado aos imóveis, pelo que o princípio do trato sucessivo não poderá, de modo algum, fugir a essa regra (vide artº 34º do CRP dada a remissão do artº 29º do citado DL 54/75 e o facto dos princípios registrais, no registo automóvel, não terem tido nenhuma regulamentação pelo que, inequivocamente, os aplicáveis são os do registo predial). 8) - Uma vez que o processo é o próprio, é tempestivo, as partes são legítimas e não havendo qualquer questão prévia ou prejudicial que obste à apreciação do mérito do recurso, cumpre agora emitir parecer. B - FUNDAMENTAÇÃO 9) Começamos por afirmar que é pacífico o entendimento, segundo o qual, no âmbito do registo automóvel, os despachos de inviabilização de um pedido de registo, não se lavrando nota de apresentação, ou de recusa de um acto, após ter sido lavrada nota de apresentação, devem ser fundamentados por forma a darem logo a conhecer aos interessados todas as reservas e obstáculos que a nível das tábuas os actos requeridos suscitam, como imperativo do direito de resposta que a lei reconhece aos mesmos interessados, quer no sentido de remover os motivos invocados na 12) Aqui chegados, não parecem restar dúvidas que se torna necessário, também no registo automóvel, observar e cumprir a regra e princípio do trato sucessivo, ou seja, que o ingresso tabular de um facto jurídico suponha o registo do facto imediatamente anterior, melhor dizendo, só poderá efectuar-se nova inscrição quando haja intervenção do titular do registo de aquisição ou de reconhecimento de direito susceptível de ser transmitido ou de mera posse anteriormente lavrado. 13) É que a protecção devida ao titular inscrito, traduzida na presunção de que o direito lhe pertence, conduz a que o registo automóvel cumpra escrupulosamente a regra do trato sucessivo sob pena de pôr em causa os seus próprios princípios e objectivos, de dar publicidade aos factos nele registados. 1 - vide BRN nº 6/2004, II cad. pág. 39.

12 Nº 3/2005 Março/Abril ) Consequentemente, se o veículo está registado a favor de pessoa que não foi causante da transmissão e se o facto objecto imediato do registo não é consequência de outro anteriormente registado nenhuma outra qualificação poderá merecer o pedido que não seja a sua recusa. 2 15) É que o veículo em causa encontra-se inscrito desde 27/01/2003 a favor de José ANG e se, como induz o recorrente, tal registo é falso (o recorrente alega que nunca assinou qualquer outra declaração de venda do veículo em causa que não fosse o que serviu de base ao registo ora pretendido e objecto do presente recurso), desde logo o que poderá ser falso é o título que serviu de base ao registo, sendo certo que tal título não foi lavrado com intervenção da Conservatória, tendo sido levado ao registo, pelo que na sua elaboração nenhuma responsabilidade pode ser assacada à mesma Conservatória. 16) É bom realçar ainda que, conforme documentação junta aos presentes autos, a declaração de venda alegadamente falsa onde intervém o recorrente é aquela que deu origem à ap. 211 de 27/01/2003 a favor, não do actual titular inscrito, o já citado José ANG, mas sim a favor da sociedade SA que, por sua vez, procedeu à venda a favor do supracitado José ANG através duma outra declaração de venda onde consta que tal venda é efectuada com reserva de propriedade, tendo tais actos (transmissão e reserva) sido efectuados por força das aps. 212 e 213, também do dia 27/01/2003, pelo que a eventual acção de declaração de nulidade, a nosso ver, deve ser intentada contra a referida sociedade, 2 - Não esquecer que, ao contrário do que sucede em registo predial e comercial em que sempre que está em causa a violação do princípio do trato sucessivo há lugar a um registo provisório por dúvidas, em registo automóvel não existe esta qualificação como tal pelo que nestas circunstâncias outra alternativa não existe que não seja recusar o acto vide o já mencionado BRN nº 6/2004, II cad. pág. 39, nota 2, onde são explicitadas as razões de tal suceder. chamando-se também à demanda o actual titular inscrito, o já citado José ANG e solicitando-se nessa acção os cancelamentos das inscrições efectuadas a coberto das referidas aps. 211, 212 e ) Por outro lado, a norma do artº 17º nº 1 do CRP, aplicável ao registo automóvel por força do artº 29º do citado DL nº 54/75, não suscita quaisquer dúvidas ao dizer expressamente que a nulidade do registo só pode ser invocada depois de declarada por decisão judicial com trânsito em julgado, melhor dizendo, talvez, não há nulidade enquanto uma sentença judicial a não decretar. 3 18) Assim, o Conservador não pode declarar a nulidade do registo e consequentemente cancelar uma inscrição pois está-lhe vedado por lei o conhecimento de tal matéria. 19) Esta é até, sem dúvida, a prova cabal de que o acto de registo não é um acto administrativo pois se o fosse o conservador poderia declarar a todo o tempo a nulidade de um registo, sem prejuízo da possibilidade de atribuição de certos efeitos jurídicos a situações de facto decorrentes de actos nulos, por força do simples decurso do tempo, de harmonia com os princípios gerais de direito (cfr. artº 134º nºs 2 e 3 do Cód. do Procedimento Administrativo). 4 20) Quanto à questão suscitada pela recorrida quem é que tem legitimidade para requerer um duplicado do título de registo -, propendemos desde já para a solução de que tem legitimidade para tal quem tem a titularidade registada a seu favor, ou quem se arrogue como proprietário requerendo em simultâneo o respectivo registo de aquisição a seu favor, juntando documentação comprovativa de tal e 3 - Vide Catarino Nunes in Código do Registo Predial Anotado, 1968, pág Extracto da nota 76 do Proc. nº RP 112/97 DSJ-CT inserto no BRN nº 6/98, II cad. pág. 32.

13 Nº 3/2005 Março/Abril desde que tal registo venha a ser lavrado nos termos requeridos. Senão vejamos. 21) Nos termos do artº 9º do DL nº 54/75 de 12/02 a cada veículo automóvel corresponde um só título de registo de propriedade no qual devem constar todos os registos em vigor, com excepção dos de penhora, arresto ou apreensão (artº 10º nº 1 do mesmo diploma), sendo certo que nenhum acto sujeito a anotação no título de registo ou que tenha por objecto a extinção ou modificação de factos nele anotados pode ser efectuado sem que o título já emitido seja apresentado (cfr. nº 1 do artº 11º do citado DL). 5 24) Também nos termos do artº 4º do CRP, à excepção da hipoteca, os factos sujeitos a registo (imóveis e móveis sujeitos a registo, como é o caso dos automóveis, sendo aplicáveis ao registo automóvel, tal como já afirmámos, as disposições relativas ao registo predial por força do disposto no artº 29º do DL nº 54/75) são plenamente válidos e eficazes entre as partes (os que neles intervieram ou seus herdeiros) mesmo que não sejam registados, daqui se concluindo que no sistema português o registo tem valor predominantemente declarativo, sendo só constitutivo em relação à hipoteca. 6 22) Por outro lado, consta do nº 1 do artº 22º do Decreto nº 55/75 de 12/02 que a emissão de duplicado do título de registo, no caso de extravio ou destruição, só pode ter lugar em face de requerimento do proprietário, usufrutuário ou adquirente do veículo sob reserva, com reconhecimento presencial da assinatura, constatando-se, assim, que a própria disposição legal acima citada não afirma nem exige, para que se possa emitir um duplicado do título de registo, como conditio sine qua non, que o requerimento seja assinado por quem tenha o veículo registado em seu nome, pelo proprietário inscrito, expressase antes, como se viu, por apenas requerimento do proprietário, o que, do nosso ponto de vista, facilita a tese por nós defendida. 23) Nos termos do preceituado no artº 1316º do CC, o direito de propriedade adquirese por contrato, sucessão por morte, usucapião, ocupação, acessão e demais modos previstos na lei (cfr. artº 1316º do CC), sendo que o momento da aquisição, no caso do contrato, se dá nos termos dos artºs 408º e 409º, ambos do CC (cfr. artº 1317º nº 1 CC), dando-se, assim, a transferência de propriedade por mero efeito do contrato, solu consensu das partes. 5 - Contudo, esta última regra não pode ser vista como uma prescrição absoluta vide argumentação nesse sentido no BRN nº 6/98, II caderno, ponto 9,pág ) É certo que na maior parte das vezes o registo da transmissão da propriedade do veículo automóvel é feita com base em requerimentodeclaração para registo de propriedade (impresso modelo 2 - contrato verbal de compra e venda), contendo as assinaturas do comprador e do vendedor e com a declaração expressa de venda deste último em que é afirmado o contraente indicado no requerimento como vendedor declara que em. (data) efectivamente celebrou nessa qualidade o contrato nele especificado e por isso confirma-o sem quaisquer restrições, não exigindo a lei, assim, escritura pública já que estão em causa bens móveis. 26) Por tal facto, esse requerimento não poderá deixar de ter força probatória comprovativa da titularidade de quem solicita o registo a seu favor que lhe é dada pela própria lei, no artº 11º nº 3 do já citado Decreto nº 55/75, quando refere e transcreve-se os requerimentos para registo de propriedade fundados em contrato verbal de compra e venda devem conter a declaração de venda, assinada pelo vendedor, sendo este, sem dúvida, um meio prático e que o legislador 6 - Tal como afirma (e bem) o insigne mestre, Dr. Mouteira Guerreiro, in Noções de Direito Registral, 2ª edição, pág. 66, não é menos verdade que o facto de ter valor declarativo não quer significar que tem pouco valor já que o verdadeiramente importante é o efeito protector.

14 Nº 3/2005 Março/Abril entendeu suficiente, de se formalizar o contrato em causa. ibi incommoda aqui poderá também ter plena acuidade. 27) A nosso ver, é de bom tom recordar que, na verdade, a disposição legal acima citada referia que a declaração deveria conter o reconhecimento da assinatura mas em face das alterações introduzidas ao Código do Notariado, pelo DL nº 250/96 de 24/12, o simples reconhecimento notarial das assinaturas por semelhança foi erradicado, ou seja, foi abolido, sendo tal exigência substituída pela indicação, feita pelo signatário, do número, data e entidade emitente do respectivo bilhete de identidade ou documento equivalente emitido pela autoridade competente de um dos países da União Europeia ou do passaporte (cfr. artº 2º do mencionado DL nº 250/96). 28) A recorrida, quanto a esta questão em apreço, argumenta ainda que quem furtar um veículo e conhecer o nº do bilhete de identidade do proprietário desse veículo (porque, segundo afirma, proliferam fotocópias de bilhetes de identidade das pessoas, por lhe serem pedidas - e serem bastantes! para os mais variados efeitos), pode vendê-lo, assinando e apondo o número, data e entidade emitente do B.I., sendo o adquirente a solicitar o duplicado do título de propriedade, com reconhecimento presencial da assinatura deste. 29) Não deixamos de afirmar que, apesar de considerarmos a argumentação da recorrida válida e pertinente, do nosso ponto de vista ela apenas colheria para casos excepcionais, já que o que deve prevalecer é, sobretudo, uma mudança de mentalidades pois devemos pautar a nossa conduta por um clima cada vez maior de confiança que pressupõe uma nova relação entre o Estado e a sociedade (nunca, pois, por um clima de desconfiança em relação ao cidadão), com um menor peso burocrático do Estado que se reflecte, na eliminação de exigências caducas e ultrapassadas e, consequentemente, por uma simplificação de procedimentos, sendo certo que, contudo, não o negamos, a máxima ubi commoda, 30) Não concordamos, pois, com a tese da recorrida quando esta induz da sua argumentação que para efeitos de pedido de duplicado de título de propriedade apenas tem legitimidade para tal o titular inscrito no registo, pelas razões já aduzidas e ainda com o argumento de que desse modo iríamos entravar e dificultar o acesso dos cidadãos ao registo automóvel (veja-se a hipótese, por exemplo, em que não há intervenção voluntária do transmitente, como é caso dum veículo ter sido adjudicado a um dos herdeiros em partilha judicial que não sabe do paradeiro do título de propriedade, pois à morte do de cujus não foi o mesmo encontrado, ou ainda no caso dos documentos terem sido entregues pelo vendedor ao comprador, para efeitos de registos e este os ter extraviado negando-se, agora, o vendedor a assinar o requerimento do pedido do duplicado do título ou desconhecendo-se, por qualquer motivo, o actual paradeiro do vendedor). 31) - Em face do exposto, somos de parecer que o recurso não merece provimento em conformidade com as seguintes Conclusões I A regra do trato sucessivo que impõe a continuidade das inscrições (artº 34º nº 2 do CRP) constitui pressuposto do processo registral válido para todo e qualquer registo que dele não esteja dispensado, aplicando-se tal regra igualmente ao registo automóvel por força do contemplado no artº 29º do DL nº 54/75 de 12/02. II Outrossim, não pode ser invocada a nulidade dum registo, seja para que efeito for, enquanto essa mesma nulidade não for

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