Infecções dos animais de abate transmissíveis ao homem pelas carnes. Profa. Silvana de Vasconcelos Cançado

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1 Infecções dos animais de abate transmissíveis ao homem pelas carnes Profa. Silvana de Vasconcelos Cançado

2 Pasteureloses (febre do transporte, septicemia hemorrágica, cólera aviar, coriza) Etiologia Pasteurella multocida (4 sorotipos), P. Hemolytica, P.pneumotropica, P. ureae Distribuição geográfica: mundial Ocorrência Grande número de mamíferos e aves aparentemente normais podem alojar pasteurelas no trato respiratório superior Enfermidade de animais debilitados, submetidos a estresse e a más condições higiênicas Enfermidade Feridas infectadas, afecções do aparelho respiratório e afecções localizadas em diferentes órgãos e tecidos Animais: enfermidade de animais debilitados

3 Pasteurelose Fonte de infecção e transmissão Comum nas espécies domésticas e silvestres, podendo ser transmitida por mordeduras e arranhões e pelas vias respiratórias ou digestivas Controle Bom manejo dos rebanhos Vacinação

4 Leptospiroses Etiologia Leptospira interrrogans, subdividido em 18 sorogrupos com cerca de 180 sorotipos Distribuição geográfica: Mundial Ocorrência Pode ocorrer na forma esporádica ou em surtos epidêmicos Grupos ocasionais estão especialmente expostos Comum em roedores e em outros mamíferos silvestres e domésticos Enfermidade Ictérico ou hepatonefrítico Anictérico

5 Leptospiroses Fonte de Infecção e transmissão Animais eliminam a leptospira por via urinária, contaminando o meio ambiente A infecção do homem e dos animais se produz por via direta ou indireta, através da pele e das mucosas bucal e nasal. A via mais comum é a indireta, através da água, do solo e dos alimentos contaminados pela urina de animais infectados Controle Higiene pessoal Construções a prova de roedores Proteção dos alimentos Controle das infecções dos animais domésticos Vacinação de grupos ocupacionais expostos a alto risco

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7 Erisipela Etiologia Erysipelothrix rhusiopathie, responsável pela doença conhecida como ruiva dos suínos Distribuição geográfica: agente etiológico está distribuído em todos os continentes em muitas espécies de mamíferos e aves Ocorrência Enfermidade ocupacional, ocorrendo principalmente em funcionários de abatedouros Espécie animal mais afetada - suínos Enfermidade Enfermidade cutânea no homem (erisipelóide) Animais - lesões cutâneas características, em forma de urticárias de coloração vermelha, rombóides de diferentes tamanhos

8 Erisipela Fonte de infecção e transmissão Patógeno pode sobreviver por muito tempo fora do organismo animal, no meio ambiente e nos produtos de origem animal (resistente à salga e a defumação) Homem se infecta através de feridas e abrasões da pele Controle Higiene das mãos Tratamento apropriado das feridas Controle de roedores nos estabelecimentos Vacinação dos animais Destruição dos cadáveres, desinfecção das instalações e tratamento dos animais enfermos

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10 Listeriose Etiologia Listeria monocytogenes Distribuição geográfica: Mundial, mais frequente em climas temperados Ocorrência Grupo mais afetado são recém-nascidos e idosos Amplo espectro de hóspedes animais tanto domésticos como silvestre. Espécies animais mais afetadas: ovina, caprina e bovina Enfermidade Mortalidade perinatal e nascimento de criança enferma Meningite neonatal, meningoencefalite em adultos Endocardites, abscesso externos e internos, conjuntivite Animais: encefalites, mortalidade neonatal e septicemias

11 Listeriose Fonte de infecção e transmissão Agente causal está amplamente difundido, tanto nos animais como no meio ambiente Bovinos, ovinos e muitas outras espécies de animais eliminam o agente nas fezes Infecção de adultos por via oral, contaminação através da ingestão de alimentos (leite cru, carne moída e linguiças de suínos e frangos) Controle Pasteurização do leite, controle de roedores e medidas comuns de higiene ambiental e pessoal Afecção sensível a maioria dos antibióticos

12 Febre Aftosa Etiologia RNA-vírus da família Picornaviridae Hospedeiros naturais são os biungulados (bovinos, ovinos, caprinos e suínos) Distribuição geográfica Ocorrência Baixa incidência no homem, para que ocorra a infecção deve haver uma grande exposição ou causas predisponentes Nos animais podemos distinguir diferentes situações epizootiológicas - zonas livres, zonas em que a infecção ocorre esporadicamente e zonas enzoóticas

13 Febre Aftosa Enfermidade Pirexia, cefaléia, anorexia e taquicardia. Vesícula primária aparece no lugar da penetração do vírus, seguindo com a formação de aftas na boca, mãos e pés Importância econômica por sua rápida difusão, alta morbidade e pelas perdas causadas na produção Fonte de infecção e transmissão Animal infectado elimina o vírus por todas as secreções e excreções Transmissão: contato direto, aerossóis, água de beber e pastos contaminados Carne e produtos de origem animal podem dar origem a surtos em lugares distantes

14 Febre Aftosa Controle Proibir a introdução de animais susceptíveis, produtos de origem animal potencialmente contaminados Estabelecer vigilância epidemiológica através dos serviços de inspeção e sistema de notificação Surtos: fechamento do estabelecimento e sacrifício dos animais enfermos e expostos Vacinação sistemática dos bovinos Fiscalização do transporte de animais e desinfecção de veículos Maturação da carne

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19 Febre Q (febre dos matadouros) Etiologia Coxiella burnetti Vetores: carrapatos e outros artrópodes Distribuição geográfica: Mundial Ocorrência Acomete os ruminantes sem no entanto apresentar sintomas clínicos evidentes Homem: Surtos epidêmicos em matadouros Enfermidade Febre, calafrios, sudorese, mal-estar, anorexia, mialgias e as vezes náuseas e vômitos. Intensa cefaléia com dor retroorbital. Tosse leve, expectoração escassa e as vezes dor torácica Crônica: afeta sistema cardiovascular Fonte de infecção e transmissão Animais doméstico podem adquirir através de carrapatos infectados e por via aerógena Agente pode ser encontrado no solo até 6 meses Homem: animais domésticos e seus produtos contaminados Controle Vacina inativada com formol, ou vacina viva atenuada

20 Ornitosis (psitacose) Etiologia Chlamydia psittaci Aves domésticas e selvagens são reservatórios naturais Distribuição geográfica: Mundial Ocorrência Encontrada em mais de 100 espécies de aves e também parasitam muitas espécies de mamíferos Enfermidade Formas leves: confundem-se com enfermidades respiratórias comuns Febre, calafrios, anorexia e cefaléia, pneumonia atípica com evolução para broncopneumonia Fonte de infecção e transmissão Via aerógena em ambientes contaminados Enfermidade ocupacional Controle Quimioprofilaxia (tetraciclinas) Vigilância epidemiológica

21 Campilobacteriose Etiologia Campylobacter fetus Distribuição geográfica: Mundial Ocorrência Em bovinos e ovinos é uma enfermidade comum Enfermidade Surtos de abortos em ovinos e esporádico em bovinos Homem: geralmente ocorrem causas debilitantes predisponentes Abortos e partos prematuros Recém-nascidos: diarréia, dificuldade respiratória, icterícia e meningite Animais: perdas apreciáveis por infertilidade e aborto Fonte de infecção e transmissão O homem pode infectar-se pelo contato direto com animais infectados, pela ingestão de alimentos ou água contaminados Nos bovinos a via de transmissão é venérea Ovinos: ambiente contaminado Controle Semem de touros livres da infecção Vacinação anual das fêmeas Manejo sanitário

22 Carbúnculo hemático Etiologia Bacillus anthracis Se encontra no organismo humano e animal na forma vegetativa Distribuição geográfica: Mundial Ocorrência Trabalhadores rurais e de estabelecimento industrial Enfermidade Homem: cutânea, pulmonar ou respiratória e gastrintestinal, sendo a cutânea a mais comum Animais: apoplética ou sobreaguda (aploplexia cerebral e morte), aguda (febre, excitação, depressão, dificuldade respiratória, incoordenação, convulsão e morte) e crônica (edema da faringe e língua com morte por asfixia) Achados de necropsia Sangue nas aberturas abdominais, decomposição rápida, cadáver distendido por gases, rigidez cadavérica incompleta. Hemorragia nos órgãos internos, esplenomegalia. Fígado, rins e gânglios congestionados e aumentados de volume. Sangue negro com pouca tendência a coagulação.

23 Carbúnculo hemático Fonte de infecção e transmissão Homem: animais infectados, seus produtos (pêlos, pele, farinha de ossos e sangue) e a contaminação do meioambiente Animais: Pastos ou água contaminados Controle Controle da infecção nos animais Prevenção do contato com animais infectados e produtos contaminados Higiene ambiental e pessoal onde se manipulam produtos de origem animal Animais: vacinação sistemática de áreas enzoóticas Animais: diagnóstico rápido, isolamento e tratamento de animais doentes Incineração de animais mortos

24 Tuberculose Etiologia Mycobacterium bovis Distribuição geográfica: mundial Ocorrência Prevalência diminuída pelas melhores condições higiênicas dos produtos Enfermidade Forma clínica mais comum é a tuberculose pulmonar, agente penetra nos pulmões e multiplica-se, forma o foco primário que é acompanhado de lesão tuberculosa nos gânglios (complexo primário). A infecção pode difundir-se a outros órgãos A generalização também pode levar a tuberculose miliar aguda O processo é lento e pode ser clinicamente inaparente, constituindo ameaça potencial

25 Tuberculose Fontes de infecção e transmissão Bovino é o reservatório principal Homem se infecta por via digestiva, particularmente através do leite e de produtos lácteos crus, ou pela manipulação de carnes infectadas e por via aerógena Controle Pasteurização do leite, vacinação com BCG e principalmente controle e erradicação da tuberculose bovina Realização de provas tuberculínicas repetidas até eliminação completa dos animais infectados

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30 Bruceloses Etiologia Brucella abortus, B. melitensis e B. suis Distribuição geográfica: Mundial Ocorrência A ocorrência da infecção humana se dá pela prevalência da infecção nos reservatórios animais A brucelose humana é considerada uma enfermidade ocupacional de peões, pessoal de matadouros, magarefes, açougueiros e médicos veterinários Enfermidade Homem: enfermidade septicêmica, com febre contínua, intermitente ou irregular. Qualquer exercício produz pronunciada fadiga. Insônia, impotência sexual, constipação, anorexia, cefaléia e dores generalizadas. Irritação, nervosismo e depressão Meningites, neurites periféricas, espondilites, artrites supurativas e endocardites vegetativa Reação tissular do tipo granulomatoso Animais: aborto e expulsão prematura do feto

31 Bruceloses Fonte de infecção e transmissão Homem se infecta por contato direto ou por ingestão de produtos de origem animal Animais se infectam principalmente pelos fetos, envolturas fetais e descargas vaginais que contém grande número de brucelas Controle Controle e eliminação da infecção dos reservatórios animais Obrigatoriedade da pasteurização do leite Vacinação das fêmeas de 3 a 8 meses Eliminação dos animais positivos

32 Doença de Newcastle Pode ser contraída por trabalhadores que lidam com aves Gastroenterite vírica Vírus ECHO, Coxsackie, reovírus e adenovírus Falta de higiene pessoal, manipulação dos alimentos por trabalhadores infectados Febre hemorrágica boliviana RNA-vírus Fonte: roedor que contamina os alimentos com suas excreções e secreções Meningoencefalite bifásica ou Encefalite primavero-estival russa Vírus transmitido pela picada do carrapato infectado, por leite cru, queijo fresco de cabra ou ovelha Coriomeningite linfocítica Vírus transmitido por qualquer alimento contaminado por ratos Febre de Lassa Gastroenterite por rotavírus

33 BSE Doença da Vaca Louca A encefalopatia espongiforme transmissível (TSE) ocorre em muitas espécies diferentes e é invariavelmente fatal. Não é passível de tratamento e é de difícil diagnóstico. Muitas vezes não é possível dizer-se se um indivíduo está infectado até que os sintomas finais comecem a manifestarse.

34 BSE A Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) é um tipo de encefalopatia espongiforme transmissível que ocorre em seres humanos. Nas ovelhas, a doença é chamada scrapie e está presente há mais de 200 anos na Grã Bretanha e outros países. A doença da vaca louca ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) é a forma da doença que ataca o gado. Os primeiros casos confirmados de BSE foram detectados em Em outubro de 1994, mais de cabeças de gado morreram da doença na Grã Bretanha e muitas outras devem ter sido abatidas para consumo humano antes de apresentarem os sintomas clínicos.

35 BSE O agente infeccioso é uma proteína anormal, chamada prion, que interage com material genético do hospedeiro (DNA) produzindo mais proteína, cujo acúmulo anormal provoca a doença.

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