Projeto: O Policiamento que a Sociedade Deseja. Análise das Discussões em Grupo com representantes da Sociedade Civil da Zona Oeste de São Paulo

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1 Projeto: O Policiamento que a Sociedade Deseja Análise das Discussões em Grupo com representantes da Sociedade Civil da Zona Oeste de São Paulo Viviane Cubas Foram realizados três grupos focais com moradores da região Oeste da cidade de São Paulo: o primeiro, com nove participantes, cinco homens e quatro mulheres, contou com a participação de moradores de bairros de classe média da região do Butantã e Lapa e de moradores de bairros populares também do Butantã como Jardim D Abril, João XXIII e Raposo Tavares. O segundo grupo, com sete participantes, quatro homens e três mulheres, quase todos moradores de bairros populares da região do Butantã como Raposo Tavares e Rio Pequeno, região do Jaraguá e Jaguaré. Já o terceiro grupo reuniu seis moradores, entre eles cinco mulheres, de bairros nobres de São Paulo como Cidade Jardim, Morumbi e Alto de Pinheiros. Essas diferenças entre os participantes refletiram-se nas opiniões apresentadas na discussão de alguns temas colocados. Nas discussões percebeu-se que, para alguns casos, havia uma concordância quase geral, enquanto que, em outros, as diferenças entre bairros e condições econômicas pareciam influenciar algumas opiniões. A região Oeste tem como uma de suas características a proximidade entre bairros nobres, de classe média, populares e favelas. Por isso, tentou-se obter uma participação que, sendo a mais abrangente possível, garantisse uma boa representatividade dos moradores dessa região. Os contatos com os participantes foram conseguidos através das associações de moradores, e os participantes pertenciam a estas associações. Para que as a associações indicassem as pessoas que participariam desta discussão, alguns dos critérios obedecidos foram: enviar pessoas que tivessem alguma participação nos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) ou em qualquer trabalho relacionado à segurança no bairro; ou pessoas que estavam em atividade há mais tempo nas respectivas associações. Dessa forma, o perfil dos participantes era o de pessoas que, de alguma maneira, atuavam no bairro; conheciam e debatiam os problemas locais com outros moradores; e, em alguns casos, participavam dos Consegs de suas regiões.

2 Durante o período de contato com as associações existentes na Zona Oeste, muitas não puderam ser localizadas por causa das alterações dos números de telefones, e, algumas das associações contatadas disseram que não dispunham de representantes para participarem destas discussões. Os grupos reuniram interesses e perspectivas diversas e, deste modo, apresentaram contribuições que expressam tanto esta diversidade como aquilo que é compartilhado em relação aos temas tratados. De maneira geral, pode-se dizer que o problema da insegurança é um dos incômodos que atingiu a todos, independente do bairro onde vivem. Neste ponto, existiu unanimidade em relação ao medo da criminalidade e ao trabalho ineficiente prestado pelas forças policiais. A única diferença que apareceu foi a maneira como cada um desses moradores, de acordo com seu perfil sócio-econômico, era atingido por essa violência. Enquanto entre os moradores de bairros populares e de classe média os principais problemas colocados como causas de insegurança eram consumo e tráfico de drogas, pequenos delitos, roubos e furtos, os moradores de bairros nobres apontaram roubos às residências e os seqüestros (relâmpagos ou não) como as principais ameaças. As preocupações em relação à polícia também foram diferenciadas para estes dois grupos. Para moradores de bairros populares e de classe média a polícia, quando percebida como parceira de criminosos locais, representava ameaça. Para moradores de bairros nobres, a privatização da polícia e a perda do caráter público da segurança eram as principais fontes de preocupações. As discussões em grupo demonstraram também que não era a primeira vez que esses participantes discutiam questões relacionadas à segurança e insegurança. Chamou atenção a maneira elaborada como a discussão foi desenvolvida o que nos fez pensar que este tema estava muito presente no dia a dia destes participantes e que, portanto, já haviam realizado algumas reflexões. Isso ficou particularmente evidente quando foram apontados os problemas da segurança pública e a discussão sobre a necessidade de haver um trabalho preventivo efetivo relacionado à violência. De modo geral, as discussões despertaram grande interesse, principalmente por ser uma forma pela qual os participantes podiam expor as suas percepções sobre os problemas relacionados à segurança e propor algumas alternativas. Dos temas, um dos mais discutidos foi a pouca atenção dada pela polícia aos problemas classificados como banais. Para vários participantes, os crimes considerados banais, muitas vezes, não eram coibidos pela polícia. Na opinião destes participantes, era necessário que mesmo os

3 pequenos delitos fossem coibidos, pois, na maioria das vezes, eram estes delitos quem contribuíam, com grande força, para o sentimento de insegurança vivido como também estimulavam a prática de outros crimes. Para se iniciar a discussão, foi feito um levantamento de como estes participantes avaliavam a situação de segurança e insegurança em seus bairros. Nesta discussão, os participantes relacionaram espontaneamente tanto a questão da segurança com o policiamento, como também com aspectos que não estavam diretamente ligadas às questões criminais como, por exemplo, a deterioração do espaço público e a carência de políticas públicas voltadas para jovens. Ou seja, aspectos relacionados à qualidade de vida da população que estão intrinsecamente relacionados à segurança. Relatos de experiências que os participantes ou seus conhecidos tiveram com a polícia também foram mencionados espontaneamente, adiantando o que seria a segunda etapa de nossa discussão. O DIAGNÓSTICO: A REGIÃO OESTE SEGUNDO OS SEUS MORADORES Quando questionados sobre como era a segurança do bairro em que viviam, os participantes abordaram vários tipos de delitos, concentrando-se naqueles que mais os incomodam e que eram os principais geradores de insegurança. Questões relacionadas ao tráfico, ao consumo de drogas e a sua estreita relação com os jovens foram apontadas como um dos principais motivos de insegurança pelos participantes moradores dos bairros populares. Este problema também esteve presente nos bairros mais recentes e ainda pouco habitados. Para alguns participantes, o uso de drogas contribuía para que os jovens se tornassem mais agressivos, aumentando, assim, a insegurança. O participante 10, morador do Rio Pequeno, relatou que o problema das drogas na região o preocupa muito, pois, por ter filhas adolescentes, temia que alguma delas acabasse se envolvendo com drogas. Para ele, aqueles que consomem drogas correm mais riscos que aqueles que as vendem, pois, estes apenas passam pelo local para deixarem as drogas, enquanto que os usuários eram moradores do bairro e, na sua opinião, eram estes usuários quem causavam conflitos. Além dos problemas causados pela presença do comércio e consumo de drogas, os participantes afirmavam que a inexistência de canais alternativos que pudessem ser acessados pela população os obrigava a conviver com este problema.

4 Participante 11 - Porque o adolescente hoje vive junto. Você coloca os seus filhos para brincar hoje e infelizmente o traficante e o usuário estão ali passando, entendeu? Então, você tem que estar sempre passando para a cabeça dos seus filhos que não é assim, que não é assim, que aquilo é errado. Você tem que procurar passar enquanto eles são pequenos, porque depois que passa dos 12 é meio complicado. E hoje também tem aquele negócio de amigo, né? Amigo leva você para lá e para cá e quando você vê... A gente já conheceu bastante gente que hoje já... pessoas que já morreram, que estão presas e que eram pessoas de famílias decentes, mas que entraram nesse mundo e não teve volta mais. Então, hoje a gente vive com essa violência constante. A gente que mora lá em 23 blocos e eu, como vicepresidente da Associação, a gente sabe dos problemas. A gente sabe tudo. Então, você não pode fazer nada, entendeu? Porque hoje em dia se falar, você é obrigado a deixar tudo para trás e sair rapidamente de onde você mora. Então, hoje em dia, você é obrigada a conviver. (Rio Pequeno) Como neste caso, é enorme o impacto que o consumo de drogas causa entre aqueles que têm filhos. Quando falam de consumo, os participantes não excluem o tráfico e todas as implicações que isso traz às famílias a ao bairro onde vivem. Salvo pequenas exceções, tanto o usuário quanto o traficante representavam ameaça e insegurança aos pais que se preocupam com os filhos. A drogas representavam duas fontes de insegurança aos moradores desses bairros: a do tráfico que ameaçava segurança das pessoas que viviam nessas áreas; e o medo de que seus filhos viessem a se envolver tanto com a venda quanto com o consumo de drogas. Entre os participantes moradores de bairros de classe média, o consumo e o tráfico de drogas apareceu relacionado à prostituição, principalmente nas regiões entre o Jóquei Clube e Cidade Universitária, nos bairros de Cidade Jardim e Butantã. Segundo algumas participantes, há 14 anos os moradores da região tentam tirar os travestis da área, mas não conseguiram e isso causou a desvalorização de imóveis daquela região. Para os participantes, além dos casos de atentado ao pudor, a prostituição também atraia o comércio de drogas, existindo inclusive uma estrutura de segurança montada pelos travestis, com rapazes de moto e que perseguem os clientes que tentam fugir sem pagar pelos serviços. A participante 9, que colaborou ativamente do movimento de moradores para a retirada dos travestis de sua região, disse já ter recebido ameaças de traficantes que atuam na região. Além disso, disse que os moradores tinham que ficar trancados em casa

5 por causa dos roubos e assaltos realizados por pessoas que compravam drogas na avenida. Esta participante relatou que já houve vários pedidos à polícia para que os travestis fossem retirados de lá, mas, legalmente, não havia nada que permitisse esse tipo de ação. Para ela, estas condições deixavam a polícia de mãos atadas por não poder fazer nada. Suspeitava ainda que os policiais tinham medo e por isso não agiam contra os travestis. Ao mesmo tempo uma das participantes afirmou que o problema não dizia respeito apenas à polícia, mas que era muito difícil envolver outras pessoas na busca de uma solução. Além das drogas, outros crimes como roubo, assaltos e seqüestros apareceram nas falas dos participantes como causadores de sentimento de insegurança. Os seqüestros estiveram mais presentes, principalmente, nas falas dos moradores de bairros de classe média e alta. Para uma das participantes, moradora do Morumbi, os principais problemas que geravam insegurança no bairro eram os seqüestros e o trânsito de veículos na região, que foi visto também como um empecilho ao trabalho policial. Entre os participantes da região do Alto de Pinheiros, o participante 21 afirmou que a ocorrência de crimes era pequena, mas que alguns casos isolados, de homicídio, seqüestro e roubos que aconteceram nos últimos tempos foram suficientes para que o sentimento de insegurança se instalasse. Por isso, a associação a qual pertence está estudando a proposta de contratar uma empresa de segurança privada para o bairro. A participante 20, da mesma associação, afirmou que os casos de seqüestro, relâmpagos ou não, se tornaram mais freqüentes sendo, ela própria, uma das vítimas e citou outros casos envolvendo pessoas de sua região. A mesma queixa apareceu na fala da participante 17, moradora do bairro vizinho, Vila Madalena, que também teve a filha vítima de seqüestro relâmpago. Entretanto, casos de roubo e de crimes mais graves também apareceram no relato dos moradores de bairros populares. O participante 3, morador do Jardim D Abril, afirmou que na sua região aconteciam vários tipos de crime, inclusive com envolvimento de policiais. Ainda segundo esse participante, os problemas que aconteciam no seu bairro eram causados por um grupo pequeno e conhecido de moradores. Mais uma vez, neste caso, ter de ficar calado para não se envolver em situações ainda mais perigosas foi a saída encontrada:

6 Participante 3 - No meu bairro, nós tivemos problemas de estupro e problemas de homicídio, que agora é moda. No meu bairro, latrocínio é moda e roubo de carro é moda. (...) A polícia arrecadando dinheiro é moda. A gente não tem confiança na polícia... Eu, por exemplo, são poucos os policiais honrados mesmos... aqueles que a gente vê que tem postura mesmo de polícia, entendeu? Então, a gente convive com muitas coisas que a gente, às vezes, tem que até ficar calado, porque se você abre a boca... Você tá ali, convivendo com o pessoal. Sobra pra você porque a polícia vai embora e o bandido está ali. Então, nós temos essa dificuldade aí. Segundo esta participante, a população deste bairro não só tinha conhecimento sobre os delitos que aconteciam como não tinha a quem recorrer já que mesmo a polícia era percebida como conivente com alguns desses delitos. Espontaneamente, a questão de problemas urbanos associados à violência e insegurança apareceu nas falas dos participantes. Entre aqueles que vivem em bairros nobres, vários falaram sobre o não cumprimento das leis de zoneamento e de suas conseqüências. Os participantes demonstraram que quando estavam pensando sobre segurança pública, não se fixavam apenas em uma abordagem que enfocava questões de policiamento, mas também incluíam os problemas urbanos. O desrespeito às leis de zoneamento, calçadas impedidas, acessos obstruídos, trânsito intenso, acesso aos túneis, entre outros fatores, influenciavam e propiciavam aumento dos crimes cometidos nos bairros com esses problemas. Em virtude disso, os participantes colocaram que era muito importante uma participação mais ativa dos moradores na realização do plano diretor dos bairros e nas decisões que envolviam os problemas citados, inclusive na criação de bolsões de ruas, o que, para alguns moradores, seria uma boa opção para melhorar a segurança. Além disso, falaram da importância que a Companhia de Engenharia de Tráfego teria nas decisões que envolvem o tráfego, outro fator apontado como influente na segurança dos moradores: Participante 21 - O grande problema é que a CET, que tem a filosofia da tradição que existe na polícia, no funcionalismo público... De achar que é um fato consumado não se pode reverter. Então, se começa a passar carro numa rua, numa rua Z1, só tem casas residenciais e tal, vai a CET e coloca ônibus ali. Passa ônibus... No ponto de ônibus o cara põe um Bar... Então, acabou o bairro. E vai o mesmo acontecer pra frente... (Alto de Pinheiros)

7 A presença do comércio e de uma intensa vida noturna nestas áreas residenciais foram vistas como as causas da degradação de várias áreas o que, por sua vez, aumentavam não só sensação de insegurança como também os casos concretos de violência na área. Na fala da moradora da Vila Madalena estavam os problemas de roubos e furtos que aconteciam na região, sobretudo nos finais de semana, por causa da movimentação noturna nos bares da região. Contou que houve no bairro uma tentativa de formar um grupo de moradores para contratar os serviços de uma empresa de segurança. Porém, como foram poucos os que se interessaram, o valor cobrado ficou muito alto e, hoje, somente algumas casas contam com o serviço. Além disso, falou sobre o problema dos vigias noturnos que já atuavam há algum tempo no bairro: Precisa ter um número mínimo de pessoas interessadas e a maioria ali não se interessa. (A maioria) acredita que tem de ser público porque é um absurdo você ter de pagar, além de tudo o que você já paga numa Z1, (sem ter) nenhum benefício por ser Z1, só tem despesas... Você não pode despedir aquele guariteiro que está lá, senão, ele mesmo, amanhã, volta para te pegar, porque ele vai estar passando fome... Aí você coloca esses sistemas mais organizados e ele fica absurdamente caro. Era em torno, mais ou menos... assim, se tivesse um número mínimo de 150 casas, ia sair em torno de 180 reais por mês. Por um carro, fora toda a aparelhagem que você paga em torno de 3 ou 4 mil reais por casa... Quer dizer, quem se interessou colocou, quem não, não. Isso é pessoal de cada um, não é uma coisa que você seria obrigada a fazer, porque você já paga para isso. Além dos problemas causados pela intensa movimentação de pessoas pelo bairro, havia os imóveis para fins residenciais que eram ocupados pelo comércio e para realização de festas e eventos em locais também não permitidos. Assim como o descaso da prefeitura na fiscalização do uso dos imóveis, algumas obras públicas, relacionadas ao trânsito, também foram associadas ao aumento da violência. Para a participante 18, moradora do bairro Cidade Jardim, a construção dos túneis na região foram determinantes para o aumento dos crimes porque causaram a deterioração da área: Participante 18...o que acabou com o nosso bairro foram os túneis. Os túneis foram mal projetados, eles começam em nada e dão em nada e nós recebemos agora na Cidade Jardim toda a fluência de tráfego que vem de toda parte lá de Vila Andrade, Giovanni Gronchi, toda aquela turma vem todas... Só tem um

8 lugar de escape. Se der um blecaute em São Paulo acabou, porque eles não tem saída! Eles estão presos porque não existe ponte, alças, nada disso. Então, todos descem ou pela Avenida das Begônias que vai dar no túnel ou pela Oscar Americano, não tem outra saída no Morumbi inteiro. Então, isso trouxe para o bairro, infelizmente, deterioração das casas. E as casas estão abandonadas, as que dão o lado para a Marginal, então, ali já tiveram vários seqüestros, vários assaltos, continuam ocorrendo e na Cidade Jardim, que é aquela Avenida Tajurás, em função do comércio que tem ali, tem uma banca de jornal, um Café, um não sei o que, e eles sabem que ali é o ponto de chegada de pessoas com o poder aquisitivo alto. Então eles estão nas imediações, pegando todos os filhos que param ali, seguem um quarteirão, e fazem o seqüestro relâmpago. Vários jovens já foram seqüestrados, inclusive os meus dois filhos, em épocas diferentes, também já foram seqüestrados nisso de ficar rodando. E eles ficam sempre rodando do mesmo jeito, os meus dois filhos... eles entram na Marginal, vão até aonde era o antigo Paes Mendonça, lembra daquele supermercado? Agora eu acho que é o Extra... eles rodam e ficam rodando até fazer... pegar o dinheiro de caixa, depois eles largam os jovens ali, no matagal e ainda falam assim: corre, corre, corre, que eu vou atirar pra ver se não pega em você, e eles correm, ficam traumatizadíssimos com essa história. É uma coisa horrorosa! Sempre no mesmo lugar, quer dizer, tem uma maneira de você eliminar isso, tirar aquele mato da Marginal, limpar a área. São soluções fáceis, não é difícil de fazer. Só, que eu acho, que precisava de uma pessoa dentro da polícia que compilasse esses dados: Então, está acontecendo isso? Então vamos atuar nessa área. Porque os dados existem, as queixas existem e as pessoas têm dado queixa. Então, eu acho que é isso, deterioração... Essa mesma participante ressaltou que a presença de uma favela na região não causa problema, pois existem vários trabalhos que são realizados na comunidade. A principal queixa é realmente o descaso das autoridades por não estarem atuando na região. O participante 21, morador do Alto de Pinheiros, disse que em seu bairro também havia problemas que a polícia não podia resolver por causa da limitação da lei. Disse que há, por exemplo, problemas com ônibus estacionados irregularmente, mas que a polícia não podia agir porque não havia nenhuma placa no local dizendo que era proibido estacionar. Outro participante (4), também de classe média e morador do Jd. Adalgisa, se queixou da ocupação realizada por integrantes dos movimentos de sem teto e sem terra num terreno ao lado de sua residência. Queixou-se também da ausência do Estado para

9 controlar essa ocupação. Ao seu ver, esta ocupação trouxe problemas para os moradores, trazendo vários casos de furto às residências do bairro. Segundo este participante, os furtos eram praticados por jovens, e essa área acabou virando refúgio para outras pessoas que assaltavam e se escondiam entre as casas montadas pelos ocupantes. Sua principal queixa, na verdade, era a ausência de policiamento naquela área apesar dos insistentes pedidos dos moradores. Quando questionados sobre a segurança, os jovens foi o assunto que mais marcou a fala dos participantes do segundo grupo. Como apontado anteriormente, para muitos participantes os jovens eram os principais atores envolvidos com drogas. Além disso, eram vistos como potencialmente perigosos por se envolverem em pequenos delitos ou até mesmo em crimes mais graves. Também houve críticas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que, na opinião de alguns participantes, incentiva a impunidade, pois na opinião de alguns participantes, este estatuto impedia que a polícia pudesse atuar contra os menores infratores: Participante 12 - Enquanto não houver um política em relação a isso aí, para tratar desse problema a gente vai continuar vivendo da mesma forma que está hoje. Talvez pior daqui a cinco, dez anos. Enquanto a legislação brasileira proteger o menor, porque o menor hoje em dia pode matar, pode consumir droga abertamente na rua e ninguém faz nada... Mas por quê? Porque é menor. Mas, espera aí. O menor está ali. Ele pode matar, pode roubar, pode consumir droga, pode traficar, pode estuprar e por que ele não pode assumir responsabilidade perante a sociedade? Acho que deveria ser revisto isso aí. Porque enquanto não for revisto isso aí, a gente vai estar sofrendo com o mesmo problema de insegurança. (Raposo Tavares) Um dos participantes chegou a afirmar que a maioria dos assaltos em seu bairro tinha o envolvimento de menores, além do uso que o tráfico fazia desses jovens. Porém, ao mesmo tempo em que defendia mudanças na legislação para que fossem aplicadas punições mais severas aos menores, esses mesmos participantes identificavam algumas causas gerais relacionadas ao problema. Para eles, o envolvimento de jovens com pequenos crimes era resultado da falta de estrutura familiar e de ausência do estado na garantia de uma educação de qualidade. Assim, como já foi colocado, para os participantes a relação entre jovens e drogas era direta. Em muitos casos estes jovens eram percebidos como potencialmente perigosos porque, além de serem defendidos pela lei, se envolviam com drogas e, a partir disso,

10 começavam se envolver também com outros tipos de delito. Segundo os participantes, alguns desses jovens eram moradores do bairro e, quando estavam sob efeitos de drogas, realizam pequenos furtos às residências. Outro problema apontado foi a falência das instituições encarregadas pela reeducação dos menores em conflito com a lei. Contudo, apesar dessas observações, continuavam defendendo punições mais severas para os jovens infratores. Teorias da violência Ao mesmo tempo em que relatavam as causas da insegurança em seus bairros, foi possível perceber que em suas falas também estavam presentes discursos, por vezes bem estruturados, que buscavam explicar a violência. Um dos principais pontos mencionados para explicar a violência foi a falta de educação. Pode-se dizer que houve unanimidade entre os participantes em apontar a falta de educação como uma das principais causas da violência no Brasil. Junto com a educação, a falta de lazer, trabalho e incentivo aos jovens apareceram como as principais causas para o ingresso dos jovens no mundo das drogas e do crime. Um dos participantes, morador da Vila Sônia, enfatizou que os problemas vividos hoje são resultado de uma cultura da impunidade que vem de muitos anos: Não existe segurança no país. Eu sou caminhoneiro, então eu ando no Brasil todo. Eu saio daqui com a carga, por exemplo, eu vou para Recife. Eu tenho que levar, no mínimo, R$ 500,00 em nota de dez, porque cada vez que você pára, o policial te rouba e, se você não paga, você é multado. Você também tem que se livrar dos outros bandidos, que são os que vão com a arma... Quando são os próprios policiais, é falta de cultura. Acho que todas as pessoas, nós como cidadãos, temos que ver isso. É a cultura. Nós somos da cultura do mais fácil e o mais fácil dá esse problema. Acho que a minha geração, geração 60, é que hoje desaguou nessa desgraça que estamos aqui. Foi a geração 60, não era a tua, não. Era a minha. Então tem que mudar. Mudar o código, as formas das leis, quando for punido tem que ser punido mesmo, se é seis meses é seis meses, não adianta... O cara pegou 300 anos, nós tivemos um coronel aí de 600, tá na rua! Tem o outro roubou não sei quanto, tá aí também. O outro, roubou e hoje é ministro. Então não adianta nada. Além da falta de educação, a desestrutura familiar, a violência doméstica e o consumo de drogas e álcool também foram apontados como causas da violência. A influência da mídia no aumento da violência também foi mencionada nas discussões.

11 Ao mesmo tempo em que apontaram possíveis causas da violência, também apontaram quais poderiam ser as soluções para diminuí-la. Alguns defendiam a necessidade de mudanças nas leis penais para que sejam incluídas punições mais severas aos bandidos que, segundo uma das participantes, não têm medo da polícia. Outros discordam dizendo que a lei já existe, que não precisa ser modificada, mas apenas aplicada de maneira efetiva. A questão dos presídios também apareceu nas discussões. Da mesma maneira houve uma divisão de opinião entre os participantes. Enquanto alguns pensam que os presos têm muitas regalias e deveriam ser tratados de maneira mais rígida, outros defendem que deveria ser realizada uma reestruturação do sistema prisional. Afirmaram que o sistema deve ter como objetivo a reeducação e a ressocialização dos detentos e não servir como uma escola do crime de onde os presos saem mais envolvidos com a criminalidade do que quando entraram. Apesar da defesa ao aumento das penas estar presente no discurso dos participantes, o tema da pena de morte também surgiu, mas foi colocado como um exemplo de medida que não diminui a violência ou a criminalidade. Os mesmos participantes que afirmam que os presos deveriam ter menos regalias também são aqueles que cobram medidas mais enérgicas dos governantes para as questões de segurança pública, sobretudo uma polícia mais repressiva. Os participantes também incluíram a corrupção, em todos os níveis, como uma das principais causas dos problemas brasileiros, entre eles o da segurança pública. Para esses participantes a violência só pode ser reduzida depois que o governo conseguir conter a corrupção e o tráfico de drogas. Além das medidas repressivas, os participantes destacaram também a necessidade de haver trabalhos preventivos e investimento em projetos sociais, que incluam principalmente os jovens da periferia para que o envolvimento com o tráfico de drogas deixe de se apresentar como a única opção de algo vantajoso a eles. Como afirmou uma das participantes, é necessário que se comece a investir no ser humano, não apenas na polícia. A participante 7, moradora da Cohab Raposo Tavares afirmou ainda que toda essa situação de violência acontece porque a classe média nunca se preocupou em participar de movimentos sociais e em amenizar a diferença social: Porque o marginal hoje está roubando a burguesia? São meus filhos que estão indo pra assaltar, que estão indo seqüestrar porque o pessoal de classe privilegiada fingia que não acontecia, fingia que não via. O senhor (dirige-se ao participante 4, vizinho à área ocupada no Jardim Adalgisa) só foi participar no momento

12 em que bateu na sua porta e é isso que nós não podemos deixar mais acontecer. Existem instituições na periferia que querem fazer um trabalho e que se tivessem 500 reais por mês poderiam fazer um trabalho com essa juventude de prevenção. Então, eu acho muito importante essa conversa aqui, mas, dessa conversa, não é só fazer esse workshop aí. Não é só isso não. É a gente do Butantã se juntar e começar a discutir o Butantã, a cidade de São Paulo, o Município de São Paulo, o Brasil e o Mundo... Eu acredito na transformação a partir dessa organização... De maneira geral, os participantes entendem que a violência tem raízes na ineficiência do Estado em garantir os direitos básicos à população. O Estado seria também responsável quando é conivente por não conseguir coibir a corrupção, sobretudo entre seus agentes. Os participantes mencionam também questões mais pontuais, que exigem intervenções sociais, voltadas para a valorização do ser humano. Apesar de alguns defenderem a adoção de medidas mais rígidas, para a maioria o endurecimento de leis e penas não seriam produtivos. Para estes, a prevenção é a maneira mais justa e eficaz de controlar a violência. A atuação da polícia: o seu relacionamento com a comunidade O tema do policiamento é constantemente relacionado, pelos participantes, à questão da segurança, principalmente entre os participantes do primeiro grupo da região Oeste, aquele formado por moradores de bairros de classe média e populares. Quando indagados sobre a segurança em seus bairros, os participantes falaram, espontaneamente, sobre o policiamento que é realizado na área e expuseram um pouco a avaliação que fazem desse serviço. Entre os participantes do último grupo, o relacionamento entre policiamento e segurança do bairro também foi espontâneo, porém, neste caso, envolvendo moradores de áreas mais nobres, junto à questão do policiamento surgiu também o problema da privatização da segurança. A posição dos participantes em relação à segurança pública é definida de acordo com a avaliação que esses moradores fazem do trabalho desenvolvido pela polícia como a rapidez e qualidade do atendimento. De maneira geral, com algumas exceções, os moradores avaliam que o serviço da polícia não é eficiente porque não atende aos chamados da população, quando atende o tratamento dispensado não é satisfatório e, por isso, trata-se de um serviço que é procurado quase que como a última alternativa. No entanto, existem áreas onde os

13 moradores fazem uma boa avaliação do trabalho da polícia, inclusive relatando a percepção de uma recente melhora na atuação dos policiais. No caso da participante 20, moradora do bairro de Pinheiros, de acordo com seu relato, a polícia está sempre atendendo os casos da região, mas todos sabem que o efetivo existente não é suficiente para atender a demanda, o que agrava o sentimento de medo e insegurança das pessoas. A participante 18, moradora do bairro Cidade Jardim também elogiou o policiamento do bairro dizendo que, hoje os policiais estão melhor equipados, uniformizados e bem educados. Essa mesma moradora também elogiou o trabalho do Secretário de Segurança do governo do Estado de São Paulo. Por causa das ações do Secretário é que ela percebe a melhora na estrutura da polícia que, na sua opinião, está mais organizada. Um dos moradores do Butantã, o participante 5, afirmou que o policiamento no seu bairro também havia melhorado após o estreitamento das relações entre moradores e polícia. Disse que o atendimento é eficiente, que sempre há viaturas fazendo a ronda na sua região e que os policiais estão mais bem preparados. Ele diz que antes a população tinha medo da polícia, que ela era muito corrupta mas que agora ela está melhor preparada, apesar de dizer que o policiamento nas áreas de periferia possivelmente não deva ser o mesmo daquele aplicado nas regiões centrais da cidade que são privilegiadas. A ausência de policiamento em áreas em situações de maior risco de violência também é outro problema destacado pelos participantes. Para o participante 4, morador do Jardim Adalgisa, vizinho de um terreno invadido pelos sem teto e sem terra, a maior dificuldade da associação da qual participava era a de conseguir um policiamento freqüente no entorno da área de ocupação. Um grupo formado por moradores do bairro, advogados e integrantes do movimento de ocupação esteve em reunião com representantes da polícia e da Secretaria de Segurança mas ainda não haviam conseguido que a reivindicação fosse atendida. O participante citou que os ocupantes do terreno ficaram surpresos quando foram informados que a reivindicação de policiamento serviria para garantir a segurança deles também e essa aproximação entre esse morador e os ocupantes da área, segundo ele, garantiu uma certa proteção pois: Participante 4: Eles estavam a poucos metros de mim e não me faziam mal nenhum. Até hoje, realmente, eu sou um daqueles que podem dizer que não tive nenhuma agressão física... Em todos meus vizinhos, pularam muro e roubaram coisas e tudo mais.

14 Ainda segundo o participante, além da ameaça que os ocupantes representavam aos moradores do bairro, havia vários crimes que aconteciam dentro da área de ocupação e que envolviam os próprios integrantes do movimento. Por toda essa situação, foram escritos vários textos que foram colocados na imprensa denunciando o descaso do governo com aquela área. Para o participante 3, morador do Jardim D Abril os problemas em relação ao policiamento no seu bairro acontecem por ele estar situado em uma região de divisa de municípios. Quando há uma ocorrência, as pessoas que ligam para a polícia têm que fazer mais de uma ligação até conseguir falar com aquela que é responsável pela área: Participante 3: Quando tem alguma ocorrência no bairro a gente solicita, liga lá 190: Aí, é... DP? E a DP fala: eu não vou porque aí é Osasco. Daí você fala: Companheiro, eu estou na parte de São, Ah! É parte de São Paulo? Só um minutinho. Esse minutinho leva 10 minutinhos. Ah! Senhor tudo bem, daqui a pouquinho eles te ligam de novo, no seu telefone, pra confirmar o endereço. Quer dizer, até aí a ocorrência já está andando porque o vagabundo não espera. Ele vem com a ação pra fazer, sai e vai embora e acabou. Já deixa a desgraça pronta ali e acabou. E nós temos essa deficiência: a polícia de Osasco não entra em São Paulo e a de São Paulo não entra em Osasco mesmo estando o problema acontecendo... Apesar desse problema, o participante afirma que o atendimento prestado pelo Batalhão, da área pertencente à São Paulo, havia melhorado um pouco por causa da presença de um coronel que era mais próximo da comunidade e que ouvia os moradores, mas que o atual comandante é desconhecido. Entre os participantes do primeiro grupo, um dos principais pontos levantados foi o descrédito na polícia que realiza a segurança no bairro e a alternativa da segurança propiciada pelos bandidos da região. Para vários participantes que vivem em bairros populares, a presença policial é substituída pela presença dos chefes das quadrilhas que mantêm a ordem na área. Os próprios bandidos é que se encarregam de garantir a proteção no bairro enquanto os moradores temem a polícia. Na verdade, os participantes percebem que isso representa uma proteção limitada porque os bandidos do bairro também são temidos, mas impedem que outros bandidos atuem na região e garantem uma certa tranqüilidade aos moradores. Para os participantes dos bairros João XXIII e da Cohab Raposo Tavares, o processo de falta de confiança da população no policiamento local vem ocorrendo há bastante tempo, ao mesmo tempo em que percebem que a

15 periferia tem problemas mais graves de segurança do que os bairros de classe média. No bairro da participante 2, a desconfiança na polícia advém da corrupção policial, principalmente quando ela se envolve com o tráfico de drogas porque isso faz com que os moradores não tenham como denunciar e coibir que o tráfico atue no bairro. Já a participante 7, moradora da Cohab Raposo Tavares, relatou de maneira mais detalhada os problemas de insegurança do seu bairro que envolvem policiais. Os moradores não confiam mais na polícia de jeito nenhum e preferem chamar os bandidos, com quem têm muito mais proximidade, do que a polícia para solucionar algum problema. A polícia é chamada somente em último caso, tudo para evitar que os moradores sofram alguma agressão por parte dela. Ela mesma contou um caso em que: Uma amiga minha mora em Pinheiros e foi me visitar. Deixou a moto na porta de casa às onze horas da noite. Quando nós saímos a moto não estava mais lá. O que eu fiz: chamei a molecadinha que tava ali, falei: Pegou a moto, fica mal e tal, pô. Aqui a minha casa e nanana.... Uma hora depois, veio um molequinho empurrando a moto. Ele devolveu a moto. Isso é a coisa mais comum de acontecer na periferia. Isso não é novidade e não é privilégio. Por que? Porque a gente conhece a família, a gente sabe quem é. Em casos extremos, a gente chama a polícia. A gente chama a polícia quando tem lá uma turma de dependente químico que está quebrando orelhão, fazendo arruaça, que tá querendo fazer pedágio, daí a gente chama a polícia. Quando a polícia chega, ela maltrata tanto aquela molecada quanto você, que é morador, que está ali próximo pra receber a polícia e tal: Quem você é? Você é do meio?. Enfim, não existe um respeito da polícia para com o morador. Você é colocado, em primeiro lugar, como culpado. Não tem papo. Você é culpado e acabou. Principalmente na periferia que é formada de negros e já tem a cara do pobre. Então, é culpado e pronto. Como é que você vai se relacionar com uma polícia dessas? Além de falar sobre o descrédito em relação à polícia, a participante também críticou à organização policial, apontando que as falhas têm origem em toda um desarranjo estrutural e de brechas que permitem ações irregulares: Pra nós, a gente vê que a polícia não tem comando e que é ao Deus dará. Cada um faz o que quer e da forma que quer. Porque, como é que você coloca um carro da polícia na rua com dois policiais e não sabe o que eles estão fazendo? Onde eles estão indo? Que intervenção eles estão fazendo na comunidade? Não existe um controle. Eu não vejo um controle disso. Segundo, não tem respeito, formação pessoal... O policial aparece e a gente vê

16 o policial como se ele não tivesse família. Como se ele fosse um carrasco. Como se fosse pior do que o malandro que tá ali que é o seu vizinho. Matador, porque ele também é um assassino, ele também mata. Ele não quer saber. Ele não é preparado para atender a comunidade, pra respeitar a comunidade. Aí, se a gente vai mais longe, o Governo, não existe um respeito do governo para com o contribuinte. Não existe esse respeito. Aí, a questão da polícia, que é o que está mais próximo da gente, você acaba não tendo como intervir. Você não tem como discutir... Diante desse quadro de sentimento de medo, insegurança e ausência de uma resposta efetiva por parte do Estado, a vigilância privada, realizada pelos guariteiros pagos pelos moradores de uma rua, foi citada pelos participantes moradores de bairros de classe média como uma alternativa de reforço da segurança. Apesar desses guariteiros terem uma estrutura precária, não contando com equipamentos como rádio ou celulares, essa é uma maneira que esses moradores encontraram para tentar coibir alguns tipos de crime e para terem maior sensação de proteção. De maneira geral, os participantes têm consciência do quanto o trabalho da polícia contribui para o sentimento de segurança e insegurança. A boa polícia resulta na sensação de segurança enquanto que a má polícia contribui para o sentimento de insegurança. Esse sentimento de insegurança acontece porque o atendimento não é satisfatório e isso ocorre por vários motivos: porque não existe policiamento na área, porque a polícia não atende aos chamados da população, porque quando ela atende não é eficiente ou, em casos mais graves, porque é conivente com os infratores. Na ausência do serviço público de qualidade, uma das principais opções adotadas pela população tem sido a adoção de esquemas privados de vigilância e policiamento. Em seguida, quando os participantes foram questionados sobre a experiência que têm com a polícia em seus bairros, focalizaram a discussão na avaliação do atendimento que a polícia presta em suas regiões, fazendo um balanço sobre os resultados que tiveram das tentativas de aproximação ou de solicitação do trabalho policial. Em vários relatos os participantes falaram de suas experiências, mas sem identificarem a qual polícia estavam se referindo, Militar, Civil ou Municipal. São histórias que, em sua maioria, demonstram o mau atendimento prestado pelos policiais, o despreparo desses profissionais e até casos de violência. Apesar da avaliação negativa, alguns participantes tiveram boas experiências com a polícia. A participante 17, moradora da Vila Madalena, afirma ter um bom relacionamento com a Polícia Civil que atende a sua região. Disse que está sempre

17 presente na DP e, por isso, algumas pessoas pensam até que ela é funcionária, o que faz com que tenha permissão para colocar o seu carro no estacionamento da delegacia. Já esteve duas noites de sábado no DP por causa das casas do bairro que são alugadas para festas e disse que foi muito bem atendida. A avaliação positiva também está presente na fala da participante 14, moradora do Jaraguá. Ela contou que a polícia que atende os casos em sua comunidade ainda respeita os moradores, mas que isso acontece porque se trata de uma comunidade muito organizada. Entre os participantes que não tiveram experiências positivas com a polícia, houve relatos interessantes que demonstram que, muitos deles, já tentaram colaborar com a polícia, chamando-a quando necessário e dando informações. Os relatos mostram que quando essas pessoas agiram com essa intenção, receberam um péssimo atendimento, foram mal tratadas ou foram vítimas da violência policial. O participante 12 relatou suas experiências com a Polícia Civil. Num primeiro caso, em que sua moto foi roubada, disse que foi muito bem atendido pela polícia. Porém, num segundo caso, também de roubo de moto, ele contou que foi tratado como criminoso e que, na delegacia, foi levantada a hipótese dele próprio ter envolvimento com os ladrões e que estaria registrando a queixa para tentar se isentar de qualquer culpa. Depois deste segundo episódio ele resolveu vender a sua moto e passou a tomar maiores cuidados, evitando sair de casa à noite, deixando de freqüentar alguns lugares, preferindo apenas locais já conhecidos. O participante também falou sobre a dificuldade que uma pessoa enfrenta quando vai procurar a polícia, porque a vítima se expõe e não há a certeza de que o caso será solucionado e ela ainda pode ser acusada injustamente. No caso da participante 11, moradora do Rio Pequeno, ela afirma que em sua comunidade é preferível que a polícia nem seja chamada para atender as ocorrências, apenas em casos extremos em que não haja outra alternativa. Isso porque ela e seu marido tiveram problemas por terem denunciado a presença de um veículo aparentemente abandonado. Ela contou que havia um carro abandonado próximo a sua residência e que seu marido resolveu fazer uma denúncia à polícia para que averiguassem se o veículo era roubado. Alguns dias depois, os policiais foram até a residência da participante para interrogar seu marido. Ela conta que, além do constrangimento sofrido, outro problema foi o fato dos traficantes do local ficarem sabendo que a polícia esteve lá e que isso poderia gerar conflitos entre sua família e as pessoas envolvidas no tráfico.

18 Outra participante, 13, moradora do Jaraguá, contou um episódio que sugere um despreparo dos policiais para lidarem com certas ocorrências. Segundo a participante, ela e uma amiga tinham ido ao cinema quando uma delas percebeu que havia um grupo de rapazes armado. Sua amiga resolveu contar ao policial o que tinha visto e, logo em seguida, o policial a pegou pelo braço, a levou junto ao grupo e pediu que ela confirmasse que a pessoa que estava armada era realmente aquela. Segundo a participante: Ele pegou no braço da minha colega e falou: É esse aqui? (risos), É esse aqui que você estava falando?. (...) Ela ficou vermelha... Os caras lá e ela não falou mais nada. Ficou vermelha e não falou mais nada. Aí, ela ficou sem saber o que falar. Pegou, olhou para ela e depois saiu. Ela sentou do meu lado e eu disse: Agora também eu vou morrer (risos) porque se ela sentou do meu lado. Ele vai ver que também sou amiga... Terminamos o filme e deixamos eles saírem primeiro e a gente foi no meio da multidão. Se a multidão fosse para outro lugar, a gente ia também. Se não fosse para a casa da gente, a gente não ia. A polícia não está preparada. Pegar a pessoa e mostrar ao bandido: esse aqui? Isso mostra que, ao mesmo tempo em que a polícia reclama da falta de cooperação da comunidade para a resolução dos casos, os participantes sugerem que essa hesitação da população decorre de experiências negativas. Segundo os relatos aqui apresentados, quando a população tenta ajudar a polícia, dando informações e indicando os casos que deveriam ser investigados, com freqüência esta colaboração não é bem recebida e em alguns casos, essas mesmas pessoas foram submetidas à situações embaraçosas. Ao invés de serem vistas como colaboradoras essas pessoas é que foram alvo da polícia ou tiveram a sua iniciativa exposta àqueles que estavam sendo denunciados. Além de acabarem virando vítimas do despreparo policial, os participantes relataram casos que demonstram a frustração da população quando a polícia lhes nega atendimento. O participante 12, morador do bairro Raposo Tavares, contou que houve um caso em que um homem tentou roubar o carro que estava na garagem de sua residência e, momentos mais tarde, quando a polícia chegou, ele pediu aos policiais que fizessem uma ronda pela área porque o ladrão tinha acabado de sair dali. Mesmo passando todos os detalhes e dizendo que poderia reconhecer a pessoa, os policiais disseram que ele deveria se encaminhar à delegacia. Esse caso reforçou a opinião do participante,

19 segundo a qual a maioria dos policiais é corrupta, podendo ser comprada com pouco dinheiro e que a dificuldade de pessoas mais simples serem atendidas e respeitadas pela polícia é ainda maior que aquela de outras condições sociais. Contou ainda que presenciou um roubo na Avenida Sumaré no qual os assaltantes, armados, fizeram os ocupantes de um carro saírem e levaram o veículo. Logo em frente o participante disse que viu um policial parado em um posto de gasolina e pediu que ele fosse atrás dos assaltantes ou que pedisse ajuda pelo rádio. O policial disse que não poderia fazer nada, que não tinha uma viatura disponível, ignorando o pedido de ajuda. Os participantes foram quase unânimes, principalmente os pertencentes aos dois primeiros grupos, formados por moradores de bairros de classe média e populares, ao afirmarem que a polícia só é procurada pela população como o último recurso. Com sabem que não serão bem tratados, essas pessoas recorrem à polícia somente quando são atingidas diretamente por algum problema que requer o trabalho policial. Nas discussões realizadas, houve relatos sobre pessoas que foram vítimas da violência policial, entre elas, um dos participantes. Os casos de abordagem violenta feita pela polícia também são freqüentes, principalmente na fala dos moradores de bairros populares. A moradora da Cohab Raposo Tavares, participante 7, relatou um caso de abuso policial. Segundo ela, em seu bairro, um casal foi abordado pela polícia, dentro de uma pizzaria. Não é possível identificar exatamente qual força policial que praticou as agressões relatadas, somente que a Polícia Civil recomendou que a vítima não registrasse a ocorrência: Chegaram os policiais e mandou todo mundo por a mão na cabeça... Toda aquela humilhação que todo mundo sabe que eles fazem mesmo... O marido da menina, que tem cabelo comprido, ele trabalha com artes plásticas e não sei o que... pelo fato dele falar pro policial que ele era trabalhador, não precisava ser empurrado... Foi espancado de uma forma covarde! Covarde! Foi para a delegacia, aquela delegacia que tem perto de você... fazer um BO. A delegada falou para ele pensar se ele queria fazer. O cara estava todo machucado. Inclusive, ele foi bater na minha casa. Aí, a gente foi procurar uns amigos que era escrivão e que trabalha na polícia pra saber se a gente deveria ir na Corregedoria. Ele falou: Olha, você pode ir dar parte, mas fique sabendo que você vai ser perseguido e vai ter que mudar de lugar.... Pô! Se o cara não tem nem onde morar, mora de favor ou mora numa ocupação, vai enfrentar a polícia? Vai enfrentar como?

20 Os participantes também relataram casos de violência e abuso policial envolvendo pessoas de suas comunidades ou elas próprias. Um dos casos foi apresentado pelo participante 2, líder comunitário no João XXIII, que foi vítima de uma abordagem violenta realizada por policiais, durante a noite, em frente à sua casa. Disse que tentou se identificar como o presidente da associação do bairro, fato que foi ignorado pelos policiais, foi revistado e ameaçado com uma arma. O participante observa ainda que: Quer dizer: um puta desrespeito porque, pra começar, se fosse uma polícia que conhecesse a comunidade, devia conhecer a liderança da comunidade. Isso precisava? Aquele lá é fulano, a liderança da comunidade... Quando eu falar: Não, eu sou..., iam olhar e pensar: Não, eu tô conhecendo. Eles não procuram fazer isso e eu acho que eles têm muito mais amizade com a bandidagem do que com as pessoas de bem do bairro... Além da violência, a negligência por parte da polícia também esteve presente na fala dos participantes. São casos em que há a estreita observância das normas por parte de alguns policiais, em detrimento do bem estar da população. No caso do Jd. D Abril, o participante 3 disse que os moradores conhecem as pessoas que causam problemas no bairro. Há um rapaz que a família mora há anos no bairro, todos sabem que ele está envolvido em vários assaltos mas nada pode ser feito. Contou que, durante um assalto a uma padaria, realizado pela garotada do bairro, ele telefonou para o Copom, de um orelhão próximo ao local do assalto. Como esse telefone está localizado em Osasco, os policiais chegaram e se recusaram a atender a ocorrência porque não poderiam atuar foram do limite do município pois a padaria está localizada em São Paulo. Quando uma nova viatura foi enviada, mais de uma hora depois do assalto, os policiais abordaram o participante 3 e o dono da padaria e os revistaram. Apesar das vítimas do assalto darem informações aos policiais, eles apenas deram algumas voltas pelo bairro e foram embora porque o turno deles estava acabando. Ainda sobre os garotos que se envolvem em assaltos o participante contou que: Nós já vimos situações que a polícia parou e enquadrou ele. Pegou ele armado, tomou a arma, deu uns tapas na cabeça dele e mandou ele embora... Ele ainda sai e tirou o sarro: Pô! Os caras me deram prejuízo. Além da violência direta exercida pela polícia, em alguns bairros ela também demonstra não estar preocupada em prender as pessoas que cometem os delitos em determinadas áreas e até serem coniventes com os infratores. Por essas experiências o

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