SIMULADO 2ª FASE EXAME DE ORDEM DIREITO DO TRABALHO CADERNO DE RASCUNHO

Transcrição

1 SIMULADO 2ª FASE EXAME DE ORDEM DIREITO DO TRABALHO CADERNO DE RASCUNHO Leia com atenção as instruções a seguir: Você está recebendo do fiscal de sala, além deste caderno de rascunho contendo o enunciado da peça prático-profissional e das quatro questões discursivas, um caderno destinado à transcrição dos textos definitivos das respostas. Ao receber o caderno de textos definitivos você deve: a) verificar se a disciplina constante da capa deste caderno coincide com a registrada em seu caderno de textos definitivos; b) conferir seu nome, número de identidade e número de inscrição; c) comunicar imediatamente ao fiscal da sala qualquer erro encontrado no material recebido; d) ler atentamente as instruções de preenchimento do caderno de textos definitivos; e) assinar o caderno de textos definitivos, no espaço reservado, com caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta. As questões discursivas são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado. Durante a aplicação da prova não será permitido: a) qualquer tipo de comunicação entre os examinandos; b) levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala; c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, máquina fotográfica, controle de alarme de carro, etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou qualquer acessório de chapelaria, como chapéu, boné, gorro, etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha ou corretivo de qualquer espécie. A FGV realizará a coleta da impressão digital dos examinandos no caderno de textos definitivos. Não será permitida a troca do caderno de textos definitivos por erro do examinando. O tempo disponível para esta prova será de 05 (cinco) horas, já incluído o tempo para preenchimento do caderno de textos definitivos. Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as respostas constantes do caderno de textos definitivos. Somente depois de decorridas duas horas do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova sem levar o caderno de rascunho. Somente depois de decorridas quatro horas do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova levando o caderno de rascunho. Quando terminar sua prova, entregue o caderno de textos definitivos devidamente preenchidos e assinado ao fiscal da sala. Os 03 (três) últimos examinados de cada sala só poderão sair juntos, devendo obrigatoriamente testemunhar o lacre da embalagem de segurança pelo fiscal de aplicação, contendo os documentos que serão utilizados na correção das provas dos examinandos, assinando termo quanto a esse procedimento. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de presenciar o procedimento descrito, deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas. Boa prova! XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE DIREITO DO TRABALHO

2 PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Élcio Ferraz de Vasconcelos ajuizou reclamação trabalhista, em 16/06/2015, por intermédio de advogado particular, pelo rito ordinário, sob o nº , em face da empresa Brinquedos de Praia LTDA. Aduziu que foi admitido para desempenhar a função de assistente de produção, em 20/12/2005, e dispensado sem justo motivo em 12/03/2012, percebendo como último salário mensal a quantia de R$ 2.110,00, tendo sempre laborado na sede da empresa localizada na cidade de Guarujá SP. Na inicial, afirmou que foi contratado pela ré em razão da dispensa por justa causa do Sr. Otacílio Lemos, que exercia função idêntica, na mesma localidade, porém percebia salário muito superior. Ademais, informa que no mês de dezembro de 2010, celebrou com a empresa um acordo individual para compensação de horas da jornada de trabalho, de forma que passou a trabalhar uma hora a mais em alguns dias de semana, com a consequente compensação nos outros dias. Na exordial, o Reclamante questiona a validade deste pacto por entender que somente mediante acordo ou convenção coletiva seria possível fixar esse ajuste. Alegou, ainda, que desde a data de sua admissão recebia pagamento de auxílio-habitação, de natureza indenizatória, para custear as despesas com moradia, sendo que tal benefício encontrava-se previsto em norma coletiva. Contudo, o pagamento desta vantagem perdurou até o termo final de vigência da convenção coletiva de trabalho de 2009/2010, aplicável à categoria profissional, pois nos instrumentos normativos subsequentes o direito à percepção do referido auxílio foi expressamente revogado. Além disso, pleiteou a manutenção do adicional de insalubridade cujo pagamento foi sustado em janeiro de 2011, quando o empregado deixou de ter contato com o agente agressor, por considerar ser detentor de direito adquirido, face ao princípio da irredutibilidade salarial. Por fim, requereu estabilidade no emprego, diante do fato de ter sido nomeado, em janeiro de 2012, delegado sindical de representação obreira. Em face de todo o exposto, pleiteou o reclamante: A) Pagamento das diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial com o paradigma apontado e dos reflexos no aviso prévio, férias integrais e proporcionais, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS e indenização compensatória de 40% (quarenta por cento); B) Pagamento das horas extras, em razão da invalidade do acordo de compensação de jornada; C) Incorporação do direito ao recebimento de auxílio-habitação ao seu contrato de trabalho, configurando direito adquirido, o qual não poderia ter sido suprimido pelo empregador; D) Pagamento do adicional de insalubridade suprimido, diante da irredutibilidade salarial; E) Reintegração ao emprego por ser detentor de estabilidade provisória; F) Honorários advocatícios; G) Danos morais. Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída à 2ª Vara do Trabalho de Guarujá - SP, redija, na condição de advogado contratado pela reclamada, a peça processual adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal ou jurisprudencial não pontua. (Valor: 5,00) XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE DIREITO DO TRABALHO

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8 QUESTÃO 01 Os herdeiros do Senhor Gustavo Bueno promoveram Reclamação Trabalhista com pedido de danos materiais e morais em face da empresa Limpeza Urbana Ltda., vez que o Senhor Gustavo, que exercia a atividade de coletor de lixo urbano, sofreu acidente fatal durante a jornada de trabalho, enquanto estava dependurado no caminhão e este se chocou com outro veículo, oportunidade na qual se constatou que a manutenção do caminhão havia sido negligenciada pela empresa. Em sua defesa, a Reclamada alegou, preliminarmente, a ilegitimidade ativa dos herdeiros, e no mérito aduziu não ter responsabilidade sobre o acidente que vitimou o ex-empregado, pois compete às autoridades públicas a adoção de medidas destinadas a segurança do trânsito. Diante deste caso hipotético, responda de maneira fundamentada: a) Procede o argumento de ilegitimidade ativa apresentado pela empresa? b) Caso o Magistrado conceda a réplica aos Reclamantes, quais argumentos poderiam ser oferecidos para rebater a alegação de mérito aduzida pela Reclamada? (Valor: 1,25) XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE DIREITO DO TRABALHO

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10 QUESTÃO 02 Esperança S.A., empresa do ramo de vestuário, levou ao conhecimento da autoridade policial suas suspeitas de que funcionários estariam subtraindo e revendendo lingeries a terceiros. No curso da investigação, a trabalhadora Mariana Pimenta confessou que, embora não tenha relatado o caso ao seu superior hierárquico, tinha ciência do fato de que alguns colegas de trabalho estavam furtando material da empresa, e, ainda, revelou que indicava aos interessados as pessoas com as quais elas poderiam adquirir os produtos furtados. Diante do exposto, responda de maneira fundamentada: a) A empresa, ciente do depoimento de Mariana Pimenta, poderá proceder a dispensa por justa causa da trabalhadora? b) Caso a empresa opte pela dispensa por justa causa da trabalhadora, ela poderá apor na CTPS que a extinção da relação do contrato de trabalho se deu por desonestidade do empregado? (Valor: 1,25) XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE DIREITO DO TRABALHO

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12 QUESTÃO 03 Em 23/07/2008, Marcela foi dispensada por justa causa pela empresa Manaus S.A., sob a alegação de que a empregada estaria desviando recursos da empresa. Promovida a ação penal, verificou-se a inocência da trabalhadora e que a própria empresa havia alterado documentos a fim de incriminar a funcionária, transitando em julgado a sentença penal absolutória em 25/07/2011. Posteriormente, em 24/07/2013, Marcela ingressou com Reclamação Trabalhista objetivando a condenação da empresa ao pagamento de indenização por danos morais em virtude da falsa imputação de crime. O juízo de primeiro grau pronunciou a prescrição total, considerando que o biênio prescricional para o ajuizamento da ação deve ser contato a partir da extinção do contrato de trabalho. Interposto Recurso Ordinário, este teve seu seguimento obstado. A Turma do Tribunal Regional do Trabalho conheceu e denegou provimento ao Agravo de Instrumento em Recurso Ordinário interposto pela Reclamante. Perante essa decisão, a autora interpôs Agravo Regimental, tempestivamente, objetivando a revisão da decisão regional. Diante disso, de maneira fundamentada, responda: a) O fundamento da decisão que pronunciou a prescrição está correto? b) O Agravo Regimental é medida apta para reverter o insucesso do Agravo de Instrumento no caso apresentado? (Valor: 1,25) XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE DIREITO DO TRABALHO

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14 QUESTÃO 04 Arnaldo Leite, motorista profissional empregado, foi admitido por Carga Pesada Ltda. para trabalhar com o transporte rodoviário de cargas. A empresa adota sofisticado sistema de rastreamento de veículos, possibilitando o controle da jornada dos seus motoristas. Nesse contexto, Arnaldo recebia diretrizes de seu empregador para que estendesse as viagens, de maneira que rotineiramente o empregado chegava a trabalhar até doze horas efetivas, sem que houvesse qualquer norma coletiva autorizando este procedimento, causando-lhe grande inconformismo. Diante disso, responda de maneira fundamentada: a) O inconformismo de Arnaldo é procedente? b) Caso a empresa não dispusesse de um sistema para rastreamento dos veículos, o tacógrafo seria elemento apto, por si só, para controle da jornada do motorista? (Valor: 1,25) XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE DIREITO DO TRABALHO

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