PROPOSTA DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DUOVIL CONSTRUÇÃO, UNIPESSOAL, LDA
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- Maria Fernanda Galvão Flores
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1 PROPOSTA DE PLANO DE RECUPERAÇÃO * DUOVIL CONSTRUÇÃO, UNIPESSOAL, LDA TRIBUNAL DO COMÉRCIO DE LISBOA 1.º Juízo PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO N.º 2044/13.3 TYLSB * Página 1
2 ÍNDICE ÍNDICE... 2 I ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO GERAIS II FINALIDADE DO PLANO DE RECUPERAÇÃO... 4 III A EMPRESA IV A SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA V SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS DA EMPRESA.9 VI VIABILIDADE ESTRATÉGICA VII MEDIDA PROPOSTA ANEXOS...18 Página 2
3 I ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO GERAIS A Sociedade A sociedade Duovil Construção, Unipessoal, Lda, pessoa coletiva número , com sede na Avenida Alfredo da Silva n.º 17, 2º E Barreiro, constituída sob a forma de sociedade por quotas, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Barreiro sob o aludido número , apresentou-se a juízo a requerer a abertura de PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO (PER), nos termos do art.º 17.º-A e seguintes do CIRE, tendo o pedido sido objecto de despacho favorável. Dados do Processo TRIBUNAL DO COMÉRCIO DE LISBOA 1.º Juízo PER n.º 2044/13.3 TYLSB Identificação da Empresa Denominação Social: Duovil Construção Unipessoal, Lda Sede: Avenida Alfredo da Silva n.º 17, 2º E em Barreiro NIPC: Gerente: Ricardo Manuel Rodrigues Bravo Serra Página 3
4 II FINALIDADE DO PLANO DE RECUPERAÇÃO A finalidade deste plano de recuperação é apresentar um conjunto de medidas, cuja concretização permita gerar um fluxo monetário superior ao que seria possível de obter caso não fossem apresentadas e que permita assim assegurar o pagamento das dívidas aos credores por parte do devedor. Visa ainda, através da aplicação das medidas nele propostas assegurar o seguinte: 1. Cumprir as obrigações assumidas perante os credores 2. Suportar a transição da Crise Internacional ; 3. Redimensionar a estrutura de gastos da empresa; 4. Adaptar os negócios à conjuntura económica e perspectivá-los de forma a tirar proveitos da sua evolução futura; 5. Aumentar a rentabilidade dos activos e a valorização da sua multifuncionalidade. III A EMPRESA A sociedade Duovil Construção Unipessoal, Lda (doravante designada apenas por Duovil), pessoa colectiva número , com sede na Avenida Alfredo da Silva n.º 17, 2º E em Barreiro, foi constituída sob a forma de sociedade por quotas. O seu objecto social consiste, na consultadoria para os negócios e para a gestão na área económica e informática. Construção de prédios para venda, Página 4
5 compra e venda de imóveis e/ou fracções autónomas e revenda dos adquiridos para esse fim, aquisição de loteamentos e urbanizações e a sua revenda no todo ou em parte, administração de imóveis próprios bem como a sua gestão. Execução de obras de construção civil a saber: novas construções, ampliações, beneficiações e reparações. Os problemas que se instalaram no seio da Duovil emergiram da confluência de quatro variáveis com sinal negativo: Crise Económico-Financeira mundial e nacional; Crise (consequente) do setor Imobiliário; Crise no sector financeiro; Dependência de financiamentos de terceiros. A Duovil foi predominantemente concebida para actuar no mercado imobiliário, sendo que tem vindo a dedicar-se quase exclusivamente ao investimento em activos imobiliários com o objectivo de arrendamento ou venda. A sociedade tem garantido ao longo destes anos, os recursos da empresa necessários ao investimento dos diversos activos e mantê-los nas melhores condições, assegurando a captação das qualificações técnicas necessárias a esse desenvolvimento. A Duovil continua a promover os activos imobiliários que possui em carteira tentando retirar a maior rentabilidade possível. Estes activos imobiliários têm permitido através das rendas recebidas, efectuar a respectiva manutenção e pagamento de impostos, no entanto não tem permitido efectuar outros investimentos que possibilite maior rentabilidade dadas as circunstâncias do mercado actual. Página 5
6 Nos próximos anos, a Duovil assentará a sua revitalização também no mercado de arrendamento, não descorando a promoção de imóveis para venda Outra vertente de desenvolvimento e promoção assenta na parceria no ramo da promoção e mediação imobiliária, com sociedades que permitam uma maior abrangência e alargamento do mercado direccionado para cada tipo diferenciado de clientes. Em função da evolução da actual envolvente económica nacional e internacional, prevê-se a venda de 5 imóveis, com vista ao pagamento da divida à Banca e reduzir os custos financeiros de financiamento. Trata-se de um ajustamento estratégico ditado por condições de mercado que, de qualquer modo, não podem fazer descurar a urgente preparação dos instrumentos técnicos e administrativos considerados, caso a caso, como os mais adequados ao aproveitamento das potencialidades reais e futuras dos vários activos. Estas acções, que não terão como obrigação a realização imediata de investimentos materiais, permitirão, quando o enquadramento económico evoluir favoravelmente, uma rápida resposta e rentabilização concreta destes activos. IV A SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA A Duovil encontra-se actualmente numa situação económica difícil, conforme se passa a demonstrar: Vem desenvolvendo a sua actividade essencialmente no ramo imobiliário de compra e venda de imóveis, construção e reparação de imóveis. Página 6
7 Todavia, a partir de meados de 2011, começou a sofrer os efeitos perversos da crise mundial e, sobretudo da crise em que Portugal mergulhou e que é do conhecimento e sofrimento de todos nós. Viu-se então confrontada com uma redução significativa do volume de facturação. Também as instituições bancárias com quem a Duovil vinha mantendo relações comerciais alteraram a sua política de actuação, obstaculizando a renovação dos instrumentos financeiros anteriormente contratualizados, fundamentais para assegurar a gestão corrente da empresa. A Duovil viu assim os spreads praticado pela Banca serem agravados, para além de ter sido confrontada com a não manutenção das linhas de crédito, com dificuldades criadas/agravadas, para aceder ao mesmo. A redução da facturação tem vindo a provocar constrangimentos na liquidez da Requerente e as dificuldades criadas pela Banca no domínio da gestão e concessão do crédito obrigaram a Duovil a rever as suas linhas de actuação estratégica. A empresa procedeu à redução dos custos de exploração, da massa salarial e até dos próprios recursos humanos. Não obstante as medidas de emagrecimento adoptadas, a impressionante redução do volume de facturação associada à falta de liquidez correspondente, arrastaram a Duovil para uma situação económica particularmente difícil. Os proveitos obtidos pela sociedade são imediatamente absorvidos pelo serviço da dívida, impostos e na regularização dos custos estruturais. A Duovil presentemente, vive sob a real possibilidade de deixar de poder cumprir as suas obrigações de forma pontual, ou mesmo os compromissos Página 7
8 assumidos junto dos seus credores, considerando a falta de liquidez e a impossibilidade de recurso ao crédito. Como antes referimos, a revitalização da Duovil poderá e deverá ser conjugada tendo em vista não só a venda dos diversos lotes de terreno, mas também promover a parceria com empresas de construção civil e de mediação imobiliária. Situação dos Activos imobiliários: Conforme se compreende, o desenvolvimento dos activos decorrerá em quatro etapas: i) Criação das condições técnicas e administrativas à viabilização dos diferentes tipos de activos imobiliários; ii) Dinamização e promoção dos activos com vista à venda ou arrendamento; iii) Comercialização; iv) Exploração (quando aplicável). Segundo a nossa experiência e de acordo com os especialistas de mercado, não parece evidente que haja retoma da procura nos próximos 2 a 3 anos; nesse contexto, a Duovil terá de assegurar junto dos seus credores nomeadamente a banca, que os financiamentos tenham uma carência de 2 anos até que se realizem as receitas emergentes da venda de imóveis. V SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS DA EMPRESA A situação actual e as perspectivas de evolução da empresa serão, no nosso entender, as seguintes: Página 8
9 A empresa tem em carteira um conjunto significativo de bens imóveis, localizados em zona privilegiada; A aposta na parceria com empresas do ramo de mediação imobiliária para a promoção da venda ou arrendamento; Ainda assim, a empresa deverá promover e acompanhar os instrumentos técnicos e administrativos tendo em vista a viabilização dos diferentes tipos de imóveis; A aceitação por parte do maior credor Bancário, relativamente à carência do reembolso de capital nos 2 primeiros anos, com a perspectiva de venda de 5 imóveis, com vista ao pagamento total da divida; O reforço dos contratos de arrendamento e maior dinamização de activos imobiliários em carteira. Face a este cenário, e com a colaboração dos credores, a manutenção em actividade da empresa é de molde a possibilitar a criação dos fluxos financeiros necessários ao exercício pleno da actividade da Duovil bem como a gerar as receitas necessárias para satisfação das obrigações da mesma perante todos os seus credores, através da consolidação do seu passivo, a realizar por meio deste procedimento. Para isso, é necessário que o presente PER produza os seus efeitos na Duovil para o que se deverá outorgar um acordo de conformidade com os seus credores. VI VIABILIDADE ESTRATÉGICA Página 9
10 Não obstante a crise que se instalou nos diversos sectores, e que se tem feito notar em particular na Europa, e apesar dos factores apresentados e condicionantes da actual situação da Duovil se reflectirem negativamente na sua actividade, a verdade é que, como qualquer ciclo conjuntural, o ajustamento do mercado provocado pela crise leva necessariamente à reorganização dos seus intervenientes e ao surgimento de novas oportunidades. O desenvolvimento conjunto do portfólio da Duovil na vertente imobiliária com as respectivas parcerias, conforme previsto e exposto, permitirá uma maior racionalidade e sinergias importantes com um impacto significativo nos rendimentos e nos custos que através de um desenvolvimento individual e não programado não será possível de obter. DA VIABILIADADE ECONÓMICA A sociedade tem que fazer a gestão dos seus recursos de forma a obter uma estrutura de custos flexível. Adoptando um conjunto de pressupostos, numa perspectiva da evolução da economia portuguesa e europeia prevista para os próximos anos, conjugados com os pressupostos retirados da prática empresarial da requerente, sendo estas condições satisfeitas, a EMPRESA É ECONOMICAMENTE VIÁVEL, podendo libertar os meios suficientes para liquidar as suas dívidas, nas condições definidas nas medidas propostas. A evolução previsível do Cash-flow da empresa, durante o período em análise, é demonstrativa dessa situação. Análise dos Proveitos Previsionais As receitas da empresa estão fortemente ligadas à evolução da conjuntura económica, pelo que, caso se verifique o cenário de início da retoma, ainda que Página 10
11 ligeira, então podemos esperar uma variação positiva mais acentuada nas suas taxas de crescimento (a preços constantes). Análise de Custos Previsionais A diminuição da dependência do financiamento bancário vai permitir uma redução dos encargos financeiros a longo prazo. Estas medidas são adequadas ao aumento da rendibilidade, dando um significativo contributo para que a empresa volte a uma situação de resultados positivos a médio e longo prazo. Análise dos Resultados Previsionais Os resultados líquidos previsionais estão em linha com as necessidades de libertação de meios financeiros suficientes para fazer face ao que está previsto no plano de pagamentos deste plano. VIABILIADADE FINANCEIRA A transformação da dívida de curto e médio prazo em dívida de médio e longo prazo, por transferência dos saldos das contas de Curto Prazo, para Médio e Longo Prazo, tem uma influência muito positiva na Liquidez da empresa, assim como na Estrutura de Capital. Os Fluxos de tesouraria líquida evidenciam que com esta estrutura de dívidas, a empresa será capaz de honrar os seus compromissos. Impacto expectável das alterações propostas em comparação com ausência de Plano de : Caso não fosse apresentado o Plano de, a requerente apenas poderia pagar aos seus credores o montante resultante da venda dos bens onerados. Conclusão: Página 11
12 Considerando a análise já efectuada, a situação comercial e a evolução dos negócios da empresa, assim como o diagnóstico traçado, a análise dos dados de exploração previsionais, elaborados com base em critérios de prudência e razoabilidade objectiva, a VIABILIDADE da empresa Duovil, Lda será POSSIVEL, caso seja aprovado o Plano de proposto. VII MEDIDA PROPOSTA O Plano de deve indicar claramente as alterações dele decorrentes para as posições jurídicas dos credores da devedora porquanto, e analisada a viabilidade económica da empresa e o seu equilíbrio financeiro, temos por bem propor: Notas prévias : Ao presente plano de pagamento aplica-se a cláusula de Salvo regresso de maior fortuna ; Os créditos subordinados só serão liquidados após o pagamento aos restantes credores; Não haverá distribuição de dividendo durante o período do plano. A) Estado: A.1) Fazenda Nacional Pagamento de 100% dos créditos de capital, coimas, multas, custas ou outras quantias da mesma natureza, até 15 prestações mensais, iguais e sucessivas e perdão de 80% dos juros de mora vencidos, a 1.ª prestação com vencimento no mês seguinte ao términus do prazo previsto no n.º 5 do art.º 17.º-D do CIRE; Garantia idónea a apresentar: hipoteca voluntária sobre um bem imóvel da empresa; Página 12
13 Face à garantia a prestar, a taxa de juro vincendo a considerar será de 2,5%, sem prejuízo de revisão pela Autoridade Tributária nos termos legais aplicáveis aos pagamentos em sede de regime de pagamento prestacional; As acções executivas que se encontrem pendentes para cobrança de dívidas tributárias não são extintas, mantendo-se no entanto suspensas após aprovação e homologação do plano de recuperação até integral cumprimento do plano de pagamentos autorizado. B) Créditos Bancários (CGD e Caixa Leasing) Pagamento de 100 % do capital ao fim de 2 anos, com carência de capital durante esse período, com a taxa de juro indexada à Euribor a 3 meses mais 3% de spread nos 2 anos de carência de capital. Capitalização de juros e encargos em vigor; Juros vincendos serão liquidados anualmente; Um período de carência de capital nos 2 primeiros anos é fundamental, a empresa prevê a finalização e venda de 4 imóveis, podendo proceder ao pagamento total em divida; Perdão total dos juros moratórios; Existe necessidade que a CGD liberte o valor de que ainda esta em falta referente a um empréstimo já aprovado, para além desse valor, será necessário um novo empréstimo de ,49 para que seja possível terminar a obra e obter todo o licenciamento necessário para a posterior venda dos imóveis, Como garantia deste novo empréstimo: 1ª Hipoteca sobre imóvel sito na Rua da Fonte nº6 A, R/ch Dtº, Santo António da Charneca; A CGD fica com privilégio creditório geral como esta descrito no artigo 17º - H, nº2 do C.I.R.E.; As garantias existentes mantêm-se, com suspensão das execuções, caso se verifique, relativamente aos avalistas. Página 13
14 C) Restantes Credores Pagamento de 100% do capital com as seguintes prorrogativas: Dividas até 1.000,00 pagamento em 12 prestações mensais, dividas entre os 1.001,00 e 3.500,00 pagamento em 24 prestações mensais, dividas entre 3.501,00 e 5.500,00 pagamento em 36 prestações mensais, dividas entre os 5.501,00 e ,00 pagamento em 60 prestações mensais, prestações mensais iguais e sucessivas, a primeira com vencimento nos 180 dias seguintes ao despacho de homologação do plano; Perdão total de juros vencidos e vincendos. Fiscalização O administrador judicial irá fiscalizar a execução do plano pelo período máximo de três anos, conforme previsto no n.º 6 do art.º 220º do CIRE. Por este serviço, o AJ propõe uma remuneração mensal de 375 à qual acresce IVA à taxa legal em vigor, assim como das despesas com deslocações e outras em que venha a incorrer no exercício das suas funções. II) Âmbito: As alterações dos créditos sobre a devedora introduzidas pelo plano de recuperação produzir-se-ão independentemente de tais créditos terem sido, ou não, reclamados ou verificados (n.º 1 do artigo 217.º do CIRE). Nos termos do artigo 209.º, n.º 3 do CIRE, o Plano de acautela os créditos eventualmente controvertidos em processo de impugnação de forma que venham a ter o mesmo tratamento que os da classe em que se inserem. III) Impacto expectável das alterações propostas: O Plano de apresentado pela administração da devedora, tem por finalidade expor as condições em que esta e os credores definem a Página 14
15 continuidade da empresa, sob administração da devedora, e nomeadamente os termos em que serão feitos os reembolsos dos créditos sobre a devedora. Mas considerando o volume de créditos reconhecidos e os valores estimados para os activos e, principalmente a sua natureza, nomeadamente nos termos de grau de liquidez, não se vislumbra alternativa que não seja um programa de continuidade da empresa com uma estrutura de custos reduzida e adaptada à nova realidade de mercado, conforme supra melhor exposto, permitindo libertar os meios que sejam necessários para satisfazer os créditos sobre a devedora. Na ausência do apoio dos credores ao Plano de, tornar-se-á como certo o cenário de Liquidação abrupta dos activos da empresa a revitalizar. Este cenário caracterizar-se-á exclusivamente pela venda dos activos. E, como também se depreende, o cenário de não não deixará de acarretar perdas substanciais para os credores. Em alternativa, com a aprovação do plano, teremos a garantia de pagamento das obrigações assumidas perante todos os credores nos termos supra expostos. De referir que se mostra imprescindível assegurar os períodos de carência supra apresentados, porquanto a empresa necessita desse período temporal para estabilizar a sua tesouraria, por forma a conseguir manter a sua actividade corrente dentro dos parâmetros que lhe permitam projectar a sua actividade, sendo certo que, pelo menos numa fase inicial, certamente não lhe serão concedidas facilidades de crédito. Terminado o período de carência e tendo em conta as previsões constantes deste plano, a empresa terá condições de tesouraria que lhe permitirão cumprir o que aqui está estabelecido. Assim, atendendo-se ao supra exposto, a aprovação do plano de recuperação afigura-se claramente mais vantajosa. Página 15
16 IV) Preceitos legais derrogados: Âmbito das derrogações ao CIRE Com o presente plano foram derrogados os seguintes preceitos legais do CIRE que importa esclarecer: Foi derrogado o princípio da igualdade (art.º 194.º do CIRE) relativamente aos créditos do Estado, na medida em que está previsto o pagamento da totalidade do crédito, por força do enquadramento legal que rege os pagamentos à Fazenda e Segurança Social (principio da indisponibilidade dos créditos tributários). Foi derrogado o princípio da igualdade (art.º 194.º do CIRE) relativamente aos créditos garantidos, estando previsto um pagamento em termos percentuais superior aos créditos comuns, em virtude das garantias que lhes assistem. V) Execução do plano de recuperação e seus efeitos: Com o despacho de homologação, além dos demais efeitos legais, produzemse as alterações dos créditos sobre a devedora introduzidas pelo plano de recuperação, independentemente de tais créditos terem sido, ou não, reclamados ou verificados (artigos 17.º-D, 17.º-F e 217.º do CIRE). Nos termos da alínea c) do n.º 2 do art.º 195.º do CIRE (vide art.º 17.º-F, n.º 5) juntam-se os seguintes documentos: - Anexo A: Balanços Previsionais - Anexo B: Demonstração dos resultados previsionais - Anexo C: Demonstração previsional dos fluxos A Gerência Página 16
17 BALANÇOS DE 2014 A 2020 ATIVO Ativo não corrente Ativos Fixos Tangíveis Soma Ativo corrente Inventários Clientes Estado e outros entes publicos Outros ativos correntes Caixa e Depositos Bancários Soma Total do Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital realizado Reservas Legais Resultados transitados Soma Resultado liquido do exercicio Total do capital próprio PASSIVO Passivo não corrente Financiamentos obtidos Soma Passivo corrente Fornecedores Adiantamentos de Clientes Estado e outros entes públicos Diferimentos Outros passivos correntes Soma Total do passivo Total do capital próprio e passivo
18 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PREVISIONAIS RENDIMENTOS E GASTOS Vendas e Serviços Prestados Variação nos inventários da produção Custo mercadorias vendidas e consumidas Fornecimentos e serviços externos Gastos com o pessoal Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas Resultado antes depreciações financeiro e impostos Gastos depreciação e amortização Resultado operacional (antes financeiro e impostos) Juros e rendimentos similares suportados Resultado antes impostos Imposto corrente Resultado líquido do período
19 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS PREVISIONAIS DE 2014 A 2020 RUBRICAS Fluxos caixa activ operacionais Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Soma Pagamento imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/(pagamentos) Fluxos caixa activ operacionais (A) Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos Juros e custos similares Fluxos caixa activ financiamento C) Variação de caixa e seus equivalentes Caixa e equivalentes no inicio do período Caixa e equivalentes no fim do período
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