NEUROPRAXIA PÓS TRAUMA: RELATO DE CASO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "NEUROPRAXIA PÓS TRAUMA: RELATO DE CASO"

Transcrição

1 HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL NEUROPRAXIA PÓS TRAUMA: RELATO DE CASO ROBERTA MARTINS DEQUI Orientadora: Dra. Márcia Maria Takata Sekino SÃO PAULO -SP 2011

2 ROBERTA MARTINS DEQUI NEUROPRAXIA PÓS-TRAUMA: relato de caso Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à comissão de residência médica do Hospital do Servidor Público Municipal, para obter o título de Residência Médica. Área: Pediatria Orientadora: Dra. Márcia Maria Takata Sekino São Paulo 2011

3 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte e comunicação ao autor a referência da citação. São Paulo, 19 de outubro de 2011 ROBERTA MARTINS DEQUI

4 FICHA DE APROVAÇÃO ROBERTA MARTINS DEQUI NEUROPRAXIA PÓS-TRAUMA Este relato de caso foi avaliado e aprovado pela banca examinadora da Gerência Técnica de Ensino e Pesquisa do Hospital do Servidor Público Municipal como Trabalho de Conclusão de Curso de Residência Médica de Pediatria. BANCA EXAMINADORA: 1 NOME / INSTITUIÇÃO 2 NOME / INSTITUIÇÃO 3 NOME / INSTITUIÇÃO São Paulo, de de 2011.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço à Dra. Márcia Sekino e ao Dr. Franklin Frank por terem colaborado na construção deste trabalho.

6 SUMÁRIO 1. Resumo Abstract Introdução Relato de caso Discussão Conclusão Referências Bibliográficas...24

7 RESUMO As lesões agudas de nervos periféricos são muito comuns e podem estar associados a diferentes tipos de trauma. Estas podem resultar de traumas por tração, fraturas, lesões por esmagamento, estiramento, lesões penetrante ou secção. Os nervos do membro superior são os mais comumente lesionados, em função da fragilidade da musculatura que protege as raízes nervosas da região cervical. O processo de cicatrização da lesão do nervo pode levar de algumas semanas a alguns meses e tanto a recuperação quanto a reparação dependem do tipo de lesão e da extensão do dano sofrido. Palavras chaves: Nervos periféricos; Trauma; Neuropraxia.

8 ABSTRACT Acute nerve injuries are very common and may be associated with different types of trauma. Injury to the peripheral nerve (nerves outside of the brain and spinal cord) may result from blunt force, fractures, crush injuries, stretch, penetrating or cut injuries. The nerves of the upper limb are the most commonly injured due to the fragility of the muscle that protects the nerve roots of the cervical. The healing process from nerve injury can take from a few weeks to a few months. Both recovery and repair depends on the type of injury and the extent of damage. Words keys: Peripheral nerves; Trauma; Neuropraxis

9 INTRODUÇÃO As lesões agudas dos nervos periféricos resultam em considerável incapacidade ao redor do mundo, principalmente nos países envolvidos em conflitos militares ou civis. Atualmente, os acidentes automobilísticos e com máquinas industriais são as principais causas. Além de uma história e exame físicos apropriados, a avaliação eletrofisiológica é fundamental para uma avaliação adequada da lesão 5. O tratamento adequado das injúrias dos nervos periféricos depende da correta localização e da estimativa da extensão da lesão. As lesões traumáticas dos nervos periféricos são na maior parte das vezes associadas a traumas mais severos de outros tecidos, portanto devendo ser avaliadas em conjunto com outras especialidades médicas, agregando-se a fisioterapia como coadjuvante 2,6.

10 RELATO DE CASO Paciente L.S.F., masculino, 13 anos, estudante, natural e procedente de Mauá, foi admitido no Pronto Socorro Infantil (PSI) do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) em Maio/ 2011 referindo dificuldade para fechar as mãos há 01dia. A mãe refere que o menor recebeu o primeiro atendimento em outro serviço tendo iniciado o quadro com 1 episódio de vômito, onde recebeu hidratação endovenosa. Enquanto aguardava avaliação da neurologia, a mãe optou por removê-lo por conta própria ao HSPM no mesmo dia. O menor apresentava diminuição da força em ambas as mãos e limitação dos movimentos dos dedos. Refere que estava jogando videogame quando o quadro iniciou, tendo apresentado vômitos no mesmo dia, sem demais queixas. No interrogatório sobre os diversos aparelhos, negava cefaléia, febre, alterações da acuidade auditiva ou visual, diplopia ou mesmo dores relacionadas aos membros superiores, referindo ausência de qualquer sintoma em membros inferiores. De antecedentes neonatais: nascido de parto normal, a termo, sem intercorrências durante a gestação ou o parto; amamentação exclusiva até 3 meses, vacinação em dia conforme cartão de vacinas. Nos antecedentes pessoais: sofreu atropelamento por um ônibus, aproximadamente há 01 mês, enquanto andava de bicicleta, tendo sofrido

11 queda leve, sem perda de consciência ou traumatismo crânio-encefálico. A mãe refere que no mesmo dia foi atendido em um pronto socorro onde foi avaliado pelo ortopedista do local que deu alta com sintomáticos, já que o menor não apresentava nenhuma seqüela naquele momento. Nega internações hospitalares prévias. Sobre antecedentes familiares, nenhum dado digno de nota. Nos hábitos de vida, não fazia uso de nenhuma medicação diária, bom desempenho escolar, bom relacionamento com os membros da casa e da escola, realiza atividades físicas com freqüência na escola e fora dela. Ao exame físico geral mostrava-se em bom estado geral, corado, hidratado, acianótico, anictérico, afebril, eupnéico; aparelhos cardiovascular, respiratório e gastrointestinais sem alterações dignas de nota; oroscopia e otoscopia sem alterações; extremidades sem edema e perfundidas. Ao exame neurológico, apresentava alterações apenas nas mãos com presença de força grau III / V bilateralmente e dificuldade de extensão e flexão dos dedos das mãos, sensibilidade preservada ao toque e a dor, negava algias, sem tremores. Levantadas as hipóteses diagnósticas iniciais pelas equipes de Pediatria e Neuropediatria de Neuropraxia pós-trauma, alteração centro-medular e transtorno de ansiedade/distúrbio neuro-vegetativo. Nos exames complementares, Raio X de tórax e de cervical sem alterações significativas; exames laboratoriais: hemograma, função renal, eletrólitos, marcadores inflamatórios (VHS, PCR), glicemia, desidrogenase lática, creatinoquinase, creatinoquinase-fração MB sem alterações.

12 Recebeu avaliação da Psicologia Hospitalar e Assistente Social que deram alta por não haver alterações comportamentais ou intercorrências sociais até o momento. Passou também por avaliação pela Ortopedia, a qual o liberou com medicação sintomática e orientações gerais. Durante a internação realizou outros exames como Ressonância Nuclear Magnética, que não apresentou nenhuma alteração relevante; e Eletroneuromiografia a qual apresentou as seguintes alterações: redução da maioria dos potenciais de ação nos músculos dos miótomos C8 e T1 à esquerda, redução moderada de C8 e T1 à direita, sem descargas espontâneas no repouso. Amplitude motora pouco diminuída para os nervos mediano e ulnar à direita e diminuída para os nervos mediano e ulnar à esquerda. Conclusão: Radiculopatia C8 e T1 bilateral, lesão de ponta anterior da medula cervical baixa com comprometimento motor severo à esquerda, moderado a acentuado à direita, em fase de Neuropraxia (aguda). Após 9 dias de internação para observação do quadro clínico e investigação, o paciente recebeu alta hospitalar com encaminhamento para os ambulatórios de Neuropediatria e Neurocirurgia para acompanhamento, incluindo fisioterapia motora das mãos diariamente próximo ao local de origem. O paciente foi reavaliado por nossa equipe recentemente após 4 meses do trauma e apresentava melhora parcial da força da mão direita, porém permanecia com perda de força e atrofia da musculatura tênar e hipotênar da mão esquerda. Permanece em acompanhamento com as especialidades supracitadas.

13 DISCUSSÃO Lesões agudas dos nervos periféricos estão freqüentemente ligadas ao trauma. As lesões traumáticas dos nervos periféricos, por sua vez, são na maior parte das vezes associadas a traumas mais severos de outros tecidos, portanto devendo ser avaliadas em conjunto com outras especialidades médicas 5. Aproximadamente 3% dos pacientes politraumatizados apresentam lesão dos nervos periféricos. Quando os plexos e raízes são considerados, esse número cresce para 5%. Em lesões traumáticas do sistema nervoso central, até 30% dos pacientes podem apresentar lesão periférica associada. Devido à diminuição do estado de consciência, estas lesões são freqüentemente sub-identificadas no atendimento inicial ao trauma 1,3. O nervo radial é o nervo mais freqüentemente afetado nos membros superiores, seguido dos nervos ulnar e mediano. Os nervos dos membros inferiores são menos comumente lesados em traumas, sendo que o nervo ciático e fibular são os mais afetados. Lesões dos nervos tibial posterior e femoral são mais raras 1,5. A Neuropraxia ou neurapraxia é uma das formas de lesão nervosa descrita na classificação de Seddon, sendo dentre elas, a forma mais branda de lesão de nervo. Caracteriza-se por ser um episódio de paralisia motora com pouca ou nenhuma disfunção da sensibilidade ou da função automática. Na neuropraxia não há ruptura do nervo ou de sua bainha de mielina 3,5.

14 1) Anatomia do Nervo Periférico: Um nervo periférico é um conjunto de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Cada fibra nervosa é revestida por uma camada de mielina, conhecida como bainha de mielina, produzida pelas células de Schwann. Centenas a milhares de fibras nervosas formam um nervo periférico 1. O tecido conjuntivo que reveste o nervo é conhecido como epineuro. Dentro do epineuro, as fibras nervosas estão agrupadas em feixes que são revestidos pelo perineuro. Finalmente, cada fibra nervosa é revestida pelo endoneuro 1. Dentro de cada nervo podem existir apenas fibras motoras, apenas fibras sensoriais ou ambas. O corpo celular dos neurônios motores localiza-se no corno anterior da medula e o corpo celular dos neurônios sensoriais localiza-se no gânglio da raiz dorsal. Dependendo do nervo lesado, sintomas motores, sensoriais ou mistos podem ocorrer 1. A estrutura do nervo se deve basicamente por: a) Bainha: tecido fibroso que envolve todo o nervo e contém sua camada vasa nervorum. b) Epineuro: tecido conjuntivo que envolve o nervo como um todo interiormente à bainha. c) Perineuro: camada mesotelial fina e densa que envolve cada feixe de funículos nervosos.

15 d) Endoneuro: tecido conjuntivo que emoldura o interior do funículo nervoso; ele separa cada fibra nervosa. e) Célula de Schwan com membrana basal. f) Axônio: prolongamento fino, mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para outras células impulsos nervosos provenientes do corpo celular 1,3. Fonte: Guyton, Arthur C.,Tratado de Fisiologia Médica

16 2) Classificação: Segundo Herbert Seddon (1943), as lesões nervosas são classificadas em três grupos, que indicam seu nível de gravidade: neuropraxia, axoniotmese e neurotmese 1. a) Neuropraxia é uma lesão onde ocorre alteração da bainha de mielina, sem perda da continuidade do nervo, não ocorrendo à degeneração deste, onde seu mecanismo de lesão pode ocorrer por contusão ou compressão. b) Axoniotmese é mais grave que a neuropraxia, onde este já apresenta interrupções tanto na bainha de mielina quanto no axônio. Basicamente, ocorre a interrupção dos axônios, permanecendo intacto o tecido conectivo que o rodeia e portanto, sem perda da continuidade no nervo. Clinicamente, existe uma perda completa da função nervosa, tanto motora como sensitiva. c) Neurotmese caracteriza-se pela perda da continuidade anatômica do nervo produzida geralmente por secção ou arrancamento do nervo, sendo a mais freqüente e a mais grave das lesões nervosas. 3) Fisiopatologia da lesão: A Neuropraxia resulta da compressão desde o axoplasma (citoplasma do axônio) ao axônio distal, promovendo uma anóxia local dos axônios por compressão dos vasos sangüíneos. Ocorre um fenômeno de adelgaçamento da fibra nervosa com desmielinização focal (diminuição axoplasmática intensa e localizada). A condução nervosa se mantém preservada acima e abaixo do local de lesão, não ocorrendo Degeneração Walleriana (decomposição química da bainha de mielina em material lipídico e fragmentação das neurofibrilas) 11.

17 Uma vez removido o processo compressivo, ocorre remielinização, reaparecendo a condução em dias ou semanas, com função nervosa condutiva normal 2. Na neuropraxia as lesões traumáticas do nervo são mais leves. A alteração patológica presente é a desmielinização das fibras nervosas. Este fenômeno leva à perda da condutividade, mas sem qualquer degeneração de axônios. Clinicamente, pode haver paralisia motora completa na região do nervo atingida com perda de sensibilidade ou não 2. 4) Alterações histológicas após as lesões dos nervos periféricos: Os nervos periféricos podem se recuperar de três diferentes maneiras, dependendo do mecanismo da injúria 1,5,11 : Na desmielinização segmentar, a camada de mielina lesada se recompõe num processo chamado de remielinização. Esta é a forma mais rápida de recuperação, ocorrendo entre 2 e 12 semanas após a lesão 1,5,11. Nas lesões nervosas onde a continuidade dos axônios é interrompida, parcial ou totalmente, ocorre degeneração axonal distal à lesão, pois a comunicação com o corpo celular é interrompida. Isto inicia nos primeiros minutos após a lesão. Após as primeiras 24 horas, esta degeneração já é evidente e a destruição das bainhas de mielina se inicia. Após o terceiro dia inicia-se a quebra da bainha de mielina que se torna mais evidente a partir do quinto dia. Histologicamente, esse fenômeno é conhecido como câmaras de digestão de mielina 1,5,11.

18 Após lesão axonal ter ocorrido, inicia-se o processo de regeneração do nervosa. Esta regeneração se dará pelo menos após 3 semanas da lesão 1,11. Nas lesões axonais parciais ocorre um processo conhecido como brotamento axonal, onde axônios vizinhos intactos passam a inervar a área desnervada pela injúria. Este fenômeno demora de dois a seis meses para ocorrer 1,5,11. Após uma lesão completa de um nervo periférico, a regeneração das fibras proximais somente ocorre se houver preservação do corpo celular, presente no corno anterior da medula para os axônios motores e no gânglio da raiz dorsal para os axônios sensoriais. Esse processo ocorre numa velocidade de aproximadamente 1 mm por dia e pode levar até 18 meses para se completar 1. A regeneração da lesão da porção superior do plexo pode completar-se no prazo de 4 a 5 meses e entre 7 e 9 meses nas lesões da porção inferior do plexo 1. 5) Etiologia: Existem várias causas que podem provocar lesões traumáticas nos nervos periféricos 1,6 : - Incisão traumática (corte): A lesão do nervo pode ser parcial ou total e é provocada por instrumento cortante. - Compressão: Quando se associa a isquemia, tem sido uma das etiologias freqüentes.

19 prognóstico. - Tração: Freqüentes nas lesões do plexo braquial. Costuma ter o pior - Lesão Química: Alguns ácidos. - Lesão Térmica: Frio ou calor. 6) Sinais e sintomas de nervo lesado A lesão nervosa aguda é caracterizada pela perda de sua função normal. Isso depende do tipo de nervo lesado, motor ou sensorial, e do local da lesão. O comprometimento da função muscular pode ser em forma de fraqueza ou paralisia. A deficiência sensorial pode apresentar-se como perda de sensações, sensações anormais (parestesia) ou dor. Alguns dos sintomas podem se desenvolver muito mais tarde após a lesão, enquanto outros sintomas podem se recuperar completamente em algumas horas 1. 7) Diagnóstico: Do ponto de vista clínico, a história clínica é a que sugere o tipo de lesão produzida sobre um determinado nervo (tração, compressão/isquemia, etc.), embora seja necessário um cuidadoso e detalhado exame neurológico, o qual pode ajudar a localizar a lesão 1,6. Idealmente, quando não há implicações médico-legais no caso, opta-se pela realização do primeiro estudo eletrofisiológico após 3 a 4 semanas da lesão e repetição do estudo após 1 mês do estudo inicial 1,6.

20 As explorações eletrofisiológicas podem indicar o nível e tipo de lesão nervosa, distinguir entre lesões nervosas e musculares e, sobre tudo, seguir o processo de reinervação. Dentro das explorações eletrofisiológicas, a Eletromiografia procura estudar as variações da atividade elétrica das unidades motoras em repouso, durante a contração voluntária e em resposta a estimulação elétrica do nervo motor 1. A Eletromiografia (EMG) realiza-se colocando um elétrodo/agulha na massa muscular que se examina. O músculo normal, em estado de repouso, não produz atividade elétrica espontânea, a menos que o relaxamento seja insuficiente, porque as unidades motoras estão inativas. Como resposta a uma contração mínima, produzem-se potenciais de ação débil, bifásicos ou trifásicos 1,6. Estudos eletrofisiológicos seriados são importantes no seguimento dos pacientes com lesões parciais e naqueles com lesões totais reparados cirurgicamente. A EMG de agulha é muito mais útil que a condução nervosa nestas circunstâncias. Diminuição da quantidade de potenciais de desnervação ativa e surgimento dos potenciais de unidade motora polifásicos e de pequena amplitude (potenciais nascentes) indicam sinais de regeneração nervosa 1,6. 8) Tratamento O tratamento adequado das lesões dos nervos periféricos depende do local e da extensão da lesão. Além de uma história e exame físicos apropriados, a avaliação eletrofisiológica é fundamental para uma avaliação adequada da lesão 2.

21 A diferenciação entre lesões parciais (neuropraxia e axonotmese) e completas (neurotmese) é de extrema importância para o planejamento do tratamento. Enquanto lesões parciais são tratadas conservadoramente, as lesões completas devem ser corrigidas cirurgicamente 8,10. Utiliza-se três métodos de tratamento: medicamentoso, no qual a EMG sugere lesão parcial, empregando-se complexo vitamínico (vitamina B), corticóide (dexametasona) e glangliosídeos (ácido N-acetil neuramínico); cirúrgico, no qual ocorreram lesões completas; e observação clínica, quando o paciente alia a limitação funcional ao trabalho intensivo com fisioterapia e terapia ocupacional 8,9. Como objetivos do tratamento conservador temos 2,10 : - Criar melhores condições possíveis para a recuperação da capacidade funcional (prevenir contraturas de tecidos moles e das deformidades, comportamento motor adaptativo e do desuso do membro). - Controle da dor e do edema. - Manter ou aumentar a amplitude de movimento do membro afetado. - Proporcionar as condições ambientais necessárias para os músculos poderem reassumir sua função. - Treinar o controle motor mediante exercícios com fisioterapia motora. É difícil precisar se a recuperação será parcial ou completa. Pouca ou talvez nenhuma melhora adicional pode ser esperada após 15 meses de lesão 2,10.

22 CONCLUSÃO A neuropraxia ocorre com freqüência em atletas ou trabalhadores que realizam tarefas com trauma repetido, incluindo os mais variados acidentes, principalmente automobilístico. Infelizmente não existe meio de saber se a recuperação será parcial ou completa logo no início do tratamento. A melhora clínica dependerá da evolução e persistência da fisioterapia motora, sendo possível que pouca melhora adicional se dê após 15 meses da lesão.

23 BIBLIOGRAFIA 1 - GABRIEL, Mª. R. Serra. Fisioterapia em Traumatologia Ortopedia e Reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, SALTER, B. Robert. Distúrbios e lesões do sistema musculoesquelético. 3ª edição. Rio de Janeiro: Medsi, GRAY, D. Goss, C.M. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, LIANZA, Sérgio. Medicina de Reabilitação. 3ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, NITRINI, Ricardo, BACHESCHI, Luiz A. A Neurologia que todo médico deve saber. 3ª edição. São Paulo: Maltese, HEBERT, S., XAVIER, Renato. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 2ª edição. Porto Alegre: Artmed, ALLEN, Shawn. Anatomic danger zones in cutaneous surgery of the head and neck. New York, Mayo, Disponível via: up to date. 8 ROBINSON, Jenice, KOTHARI, Milind. Treatment of cervical radiculopathy.minnesota, January, Disponível via: up to date. 9 - LEFFERT, R.D,: Neurological problems, in Rockwood, C. & Matsen, F.: The Shoulder, W.B. Saunders, STOKES, Maria. Neurologia Para Fisioterapeutas. 4ª edição. São Paulo: Premier, 1992.

24 11- Guyton, Arthur C. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. São Paulo, Ed. Elsevier, 2006.

Lesão neurológica pós-bloqueio periférico: qual a conduta?

Lesão neurológica pós-bloqueio periférico: qual a conduta? Lesão neurológica pós-bloqueio periférico: qual a conduta? Profa Dra Eliana Marisa Ganem CET/SBA do Depto. de Anestesiologia Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP BNP - 50.233 lesão neurológica - 12

Leia mais

Estudo dirigido ELETRONEUROMIOGRAFIA Prof Vitor Tumas Prof Wilson Marques Jr

Estudo dirigido ELETRONEUROMIOGRAFIA Prof Vitor Tumas Prof Wilson Marques Jr Estudo dirigido ELETRONEUROMIOGRAFIA Prof Vitor Tumas Prof Wilson Marques Jr A eletroneuromiografia (ENMG) é um exame complementar fundamental para a avaliação das doenças neuromusculares, ou seja, o exame

Leia mais

Estrutura e Função dos Nervos Periféricos

Estrutura e Função dos Nervos Periféricos FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Estrutura e Função dos Nervos Periféricos Prof. Gerardo Cristino Aula disponível em: www.gerardocristino.com.br Objetivos

Leia mais

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO

FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO HUMANO Controle do funcionamento do ser humano através de impulsos elétricos Prof. César Lima 1 Sistema Nervoso Função: ajustar o organismo animal ao ambiente. Perceber e

Leia mais

Carlos Otto Heise. Discussão de casos: Lesões do Plexo Braquial

Carlos Otto Heise. Discussão de casos: Lesões do Plexo Braquial Carlos Otto Heise Discussão de casos: Lesões do Plexo Braquial Caso 1: Paciente masculino, 31 anos, 180 cm, IMC: 27 Queda de moto há 1 mês Inicialmente paralisia total do MSD Recuperou movimentação da

Leia mais

TECIDO NERVOSO (parte 2)

TECIDO NERVOSO (parte 2) TECIDO NERVOSO (parte 2) Profª Patrícia Mendes Disciplina: Histologia Geral e Embriologia Curso: Medicina Veterinária www.faculdadevertice.com.br Propagação do impulso nervoso A membrana do axônio permite

Leia mais

AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA (GIF) NA HANSENÍASE. Jordana Raquel Teixeira Nascimento Fisioterapeuta HST

AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA (GIF) NA HANSENÍASE. Jordana Raquel Teixeira Nascimento Fisioterapeuta HST apresentam AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA (GIF) NA HANSENÍASE Jordana Raquel Teixeira Nascimento Fisioterapeuta HST Hanseníase Doença dermatoneurológica Evolução lenta Tem cura Incapacidade x

Leia mais

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR Definição Entende-se por traumatismo raquimedular lesão de qualquer causa externa na coluna vertebral, incluindo ou não medula ou raízes nervosas, em qualquer dos seus segmentos

Leia mais

TECIDO NERVOSO NEURÔNIOS. Prof. João M. Bernardes. O tecido nervoso é composto basicamente por dois tipos de células:

TECIDO NERVOSO NEURÔNIOS. Prof. João M. Bernardes. O tecido nervoso é composto basicamente por dois tipos de células: TECIDO NERVOSO Prof. João M. Bernardes O tecido nervoso é composto basicamente por dois tipos de células: Neurônios: recebe, processa e envia informações; Neuróglia: sustentação, revestimento ou isolamento,

Leia mais

FUNDAMENTOS E CLÍNICA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA I. Profº Ms. Marcos Antonio P. Brito 6ºTermo UniSalesiano Araçatuba

FUNDAMENTOS E CLÍNICA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA I. Profº Ms. Marcos Antonio P. Brito 6ºTermo UniSalesiano Araçatuba FUNDAMENTOS E CLÍNICA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA I Profº Ms. Marcos Antonio P. Brito 6ºTermo UniSalesiano Araçatuba - 2017 Processo de avaliação em reabilitação Avaliação em Fisioterapia A avaliação

Leia mais

Data do Exame: 21/07/2016 Nome: Antonio Walter Peres Carneiro

Data do Exame: 21/07/2016 Nome: Antonio Walter Peres Carneiro Dados do Paciente Data do Exame: 21/07/2016 Nome: Antonio Walter Peres Carneiro Altura: 169 cm Sexo: Masculino Data do Nascimento: 10/07/1956 Idade: 60 Diagnóstico: Double crush syndrome Peso: 71 Kg IMC:

Leia mais

Roldão Coelho. Causo 1. Neurofisiologia Clínica.

Roldão Coelho. Causo 1. Neurofisiologia Clínica. Novos Causos Causo 1 Nome: AMARC, Feminino, 59 Anos e 11 Meses Dormência e dores na mão D, inicio +3anos Relata ENMG há cerca de 3 anos STC Bilateral Operada STC à esquerda dois anos antes NC Sensitiva

Leia mais

Disciplina: Anatomia e Fisiologia. Tecido muscular. Vera Campos. Programa Nacional de Formação em Radioterapia. Mestrado Profissional em Física Médica

Disciplina: Anatomia e Fisiologia. Tecido muscular. Vera Campos. Programa Nacional de Formação em Radioterapia. Mestrado Profissional em Física Médica Disciplina: Anatomia e Fisiologia Tecido muscular Vera Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia Tecido Muscular Tipos de tecido O tecido muscular, responsável pelos movimentos corporais, é

Leia mais

Métodos: Bolsas térmicas Banhos (frios, quentes, de parafina) Lâmpadas de Infravermelhos Gelo (massagem, saco de gelo) Spray de frio Compressas frias

Métodos: Bolsas térmicas Banhos (frios, quentes, de parafina) Lâmpadas de Infravermelhos Gelo (massagem, saco de gelo) Spray de frio Compressas frias Daniel Gonçalves Objectivos: Aliviar dor Alterar o processo de cicatrização dos tecidos Alterar as propriedades plásticas dos tecidos conectivos (músculo, tendão, ligamento e cápsula articular) Métodos:

Leia mais

Intervenção Fisioterapeutica em Queimados. Aluna: Giselle Sousa Pereira

Intervenção Fisioterapeutica em Queimados. Aluna: Giselle Sousa Pereira Intervenção Fisioterapeutica em Queimados Aluna: Giselle Sousa Pereira Recife, 01 setembro, 2013 Queimaduras: definição, classificação e incidência Podemos definir as queimaduras como lesões traumáticas

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. PROGRAMA DE DISCIPLINA/ ESTÁGIO Ano: 2008 IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. PROGRAMA DE DISCIPLINA/ ESTÁGIO Ano: 2008 IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE MARÍLIA Faculdade de Filosofia e Ciências PROGRAMA DE DISCIPLINA/ ESTÁGIO Ano: 2008 UNIDADE UNIVERSITÁRIA: Faculdade de Filosofia e Ciências CURSO: Fisioterapia

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Regeneração espontânea da lesão do plexo braquial no gato: Relato de caso

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Regeneração espontânea da lesão do plexo braquial no gato: Relato de caso PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Regeneração espontânea da lesão do plexo braquial no gato: Relato de caso Médica Veterinária Andressa Izabel Assis Freitas Resumo O plexo braquial

Leia mais

Fraturas e Luxações Prof Fabio Azevedo Definição Fratura é a ruptura total ou parcial da estrutura óssea 1 Fraturas Raramente representam causa de morte, quando isoladas. Porém quando combinadas a outras

Leia mais

PARÉSIA MONOMÉLICA COMPLICAÇÃO RARA E GRAVE

PARÉSIA MONOMÉLICA COMPLICAÇÃO RARA E GRAVE Reunião do Núcleo de Acessos Vasculares SPACV - 2014 Mª TERESA VIEIRA Cirurgia Vascular CHLN Isquémia distal complicação conhecida da cirurgia dos acessos Incidência varia de 1 a 6% Sintomas variam desde

Leia mais

Traumatologia. Distúrbios do Aparelho Locomotor tendo como Etiologia Sempre o TRAUMA, não importando a sua Magnitude.

Traumatologia. Distúrbios do Aparelho Locomotor tendo como Etiologia Sempre o TRAUMA, não importando a sua Magnitude. André Montillo UVA Definição: Traumatologia Distúrbios do Aparelho Locomotor tendo como Etiologia Sempre o TRAUMA, não importando a sua Magnitude. Propedêutica do Trauma: Tripé Propedêutico Anamnese Exame

Leia mais

FISIOTERAPIA NEUROMUSCULOESQUELÉTICA Código Interno: 100

FISIOTERAPIA NEUROMUSCULOESQUELÉTICA Código Interno: 100 RESIDÊNCIA SAÚDE 0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FISIOTERAPIA NEUROMUSCULOESQUELÉTICA Código Interno: 00 Você recebeu o seguinte material: - Um CADERNO DE QUESTÕES constituído de cinco questões

Leia mais

Sistemas Humanos. Sistema Nervoso

Sistemas Humanos. Sistema Nervoso Sistemas Humanos Prof. Leonardo F. Stahnke NEURÔNIOS: São células especializadas na condução de impulsos nervosos. Quanto a sua função podem ser classificados em: sensitivos, motores ou associativos. 1

Leia mais

SISTEMA NERVOSO neurônio dendrito, corpo celular, axônio e terminações do axônio sinapses

SISTEMA NERVOSO neurônio dendrito, corpo celular, axônio e terminações do axônio sinapses SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO Responsável pela maioria das funções de controle de um organismo, integrando todos os sistemas, coordenando e regulando as atividades corporais. Unidade funcional:neurônio.

Leia mais

Estudo por imagem do trauma.

Estudo por imagem do trauma. Estudo por imagem do trauma Dr. Ricardo Ferreira Mestre em radiologia UFTP Prof. Assist. Radiologia FEPAR Prof. Assist. Anatomia FEPAR Md radiologista do Centro Diagnostico Água Verde Md radiologista do

Leia mais

TECIDO NERVOSO JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.

TECIDO NERVOSO JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. Figura 1: Neurônio motor. Fonte: Histologia Básica, Texto e Atlas 12º Edição Junqueira e Carneiro. @historep TECIDO NERVOSO JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Leia mais

A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens.

A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. CLAUDIA WITZEL A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. De causa ainda desconhecida, foi descrita inicialmente em

Leia mais

Lesões Traumáticas do Membro Superior. Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão

Lesões Traumáticas do Membro Superior. Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão André Montillo UVA Lesões Traumáticas do Membro Superior Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão Lesões do Ombro e Braço Fratura da Escápula Fratura da Clavícula Luxação

Leia mais

ORGANIZADOR. Página 1 de 6

ORGANIZADOR. Página 1 de 6 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 07 PEDIATRIA (R) / ( 4) PROVA DISCURSIVA Página de 6 RESIDÊNCIA MÉDICA UERJ 07 PEDIATRIA (R) / ( 4) PROVA DISCURSIVA PEDIATRIA ) Menina de oito anos apresenta, há dois dias, febre

Leia mais

CONCEITUAÇÃO DE URGÊNCIA. Enfª Senir Amorim

CONCEITUAÇÃO DE URGÊNCIA. Enfª Senir Amorim CONCEITUAÇÃO DE URGÊNCIA Enfª Senir Amorim Segundo a organização Mundial Pan Americana de Saúde A unidade de emergência é destinada a promover serviços de saúde requeridas com caráter de emergência e urgência

Leia mais

Fisiologia Animal. Sistema Nervoso. Professor: Fernando Stuchi

Fisiologia Animal. Sistema Nervoso. Professor: Fernando Stuchi Fisiologia Animal Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi Sistema Nervoso Exclusivo dos animais, vale-se de mensagens elétricas que caminham pelos nervos mais rapidamente que os hormônios pelo sangue.

Leia mais

HISTOLOGIA TECIDO NERVOSO

HISTOLOGIA TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA TECIDO NERVOSO https://www.youtube.com/watch?v=nvd1xbnamou Classificação SNC corpos celulares dos neurônios (substância cinzenta) prolongamentos (substância branca) SNP Nervos sensitivos (aferentes)

Leia mais

Sustentação do corpo Proteção dos órgãos nobres Cérebro Pulmões Coração.

Sustentação do corpo Proteção dos órgãos nobres Cérebro Pulmões Coração. ESQUELETO ARTICULAÇÃO LESÕES MUSCULARES, ESQUELÉTICAS E ARTICULARES Sustentação do corpo Proteção dos órgãos nobres Cérebro Pulmões Coração. Junção de ossos (dois ou mais) Estruturas Ligamentos Ligar ossos

Leia mais

Síndromes medulares. Amilton Antunes Barreira Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica FMRP - USP

Síndromes medulares. Amilton Antunes Barreira Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica FMRP - USP Síndromes medulares Amilton Antunes Barreira Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica FMRP - USP Transsecção completa da medula espinal *Interrupção dos tratos motores e sensitivos

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra

Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra Tecido nervoso Principal tecido do sistema nervoso Anatomia e Fisiologia Sistema Nervoso Profª Andrelisa V. Parra Tipos celulares: - Neurônios condução de impulsos nervosos - Células da Glia manutenção

Leia mais

HISTOLOGIA TECIDO NERVOSO

HISTOLOGIA TECIDO NERVOSO HISTOLOGIA TECIDO NERVOSO Classificação SNC corpos celulares dos neurônios (substância cinzenta) prolongamentos (substância branca) SNP Nervos sensitivos (aferentes) Entrada Saída Nervos cranianos e nervos

Leia mais

SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES

SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO Sempre vivo com eletricidade, o SN é a principal rede de comunicação e coordenação do corpo. É tão vasta e complexa que numa estimativa reservada, todos os nervos de um

Leia mais

IV - SISTEMA NERVOSO

IV - SISTEMA NERVOSO Capítulo 3: Parte 1 1 IV - SISTEMA NERVOSO HISTOFISIOLOGIA DAS CÉLULAS NERVOSAS INTRODUÇÃO A capacidade de um organismo sobreviver e se manter em equilíbrio depende de sua habilidade em responder à variações

Leia mais

PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DAS LESÕES DO ESPORTE Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência

PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DAS LESÕES DO ESPORTE Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência fase aguda objetivos PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DAS LESÕES DO ESPORTE Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência Lesão dos tecidos moles: Músculos e tendões Articulações e ligamentos Associada a fratura

Leia mais

Autor. Revisão Técnica. Fábio Del Claro

Autor. Revisão Técnica. Fábio Del Claro Apresentação O Guia de Urgências e Emergências Cirúrgicas foi estruturado a fim de orientar o profissional que lida a todo instante com situações diversas e que exigem diferentes abordagens na urgência

Leia mais

O que é a SÍNDROME do DESFILADEIRO TORÁCICO

O que é a SÍNDROME do DESFILADEIRO TORÁCICO O que é a SÍNDROME do DESFILADEIRO TORÁCICO Consiste em um complexo sintomático resultante da compressão do fluxo neurovascular na saída torácica (artéria, veia ou nervos do plexo braquial) no seu percurso

Leia mais

Sistema nervoso. Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido

Sistema nervoso. Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido Tecido nervoso Sistema nervoso Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido Função Detectar mudanças, receber e interpretar informação sensorial, estimular músculos e glândulas Neurônios Corpo celular-

Leia mais

Tecido Muscular e Tecido Nervoso

Tecido Muscular e Tecido Nervoso Tecido Muscular e Tecido Nervoso Objetivos da aula: os estudantes deverão ser capazes de... descrever a estrutura e função do tecido muscular comparar e distinguir as características de contração e morfologia

Leia mais

Tecido Nervoso. Neurônios

Tecido Nervoso. Neurônios Tecido Nervoso O tecido nervoso forma os órgãos dos sistemas nervosos central, periférico e autônomo. Organizar e coordenar o funcionamento do organismo Neurônios É constituído por: Células células nervosas

Leia mais

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA PROJETO PEDAGÓGICO

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA PROJETO PEDAGÓGICO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA PROJETO PEDAGÓGICO I - Duração: 3 anos II - Número de vagas: 12 por ano III - Objetivo Geral: Formação de médicos para a atividade profissional

Leia mais

FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA A Fisioterapia Pediátrica é o ramo da Fisioterapia que utiliza uma abordagem com base em técnicas neurológicas e cardiorrespiratórias especializadas, buscando integrar os objetivos

Leia mais

TECIDO NERVOSO QUAIS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS?

TECIDO NERVOSO QUAIS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? TECIDO NERVOSO TECIDO NERVOSO QUAIS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? Alto grau de comunicação: células nervosas são capazes de transmitir informações entre células distantes no corpo; Forma o sistema nervoso,

Leia mais

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE TRAUMA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM Principal causa de morte em jovens Causas mais freqüentes: Acidentes automobilísticos Quedas Agressões 1 TCE a cada 15 segundos 1 óbito

Leia mais

TERMO ADITIVO DO NÚMERO DE VAGAS REFERENTE AO EDITAL

TERMO ADITIVO DO NÚMERO DE VAGAS REFERENTE AO EDITAL TERMO ADITIVO DO NÚMERO DE VAGAS REFERENTE AO EDITAL 2017.2 Curso Administração e Contábeis Disciplina: Matemática Financeira. Turno: Manhã/Tarde/Noite Vagas: 2 para cada turno Juros simples Juros compostos

Leia mais

NEUROCIRURGIA o que é neurocirurgia?

NEUROCIRURGIA o que é neurocirurgia? NEUROCIRURGIA o que é neurocirurgia? Neurocirurgia é a especialidade médica que se ocupa do tratamento de doenças do sistema nervoso central e periférico (como tumores, doenças vasculares, degenerativas),

Leia mais

TECIDO NERVOSO. Prof a Cristiane Oliveira

TECIDO NERVOSO. Prof a Cristiane Oliveira TECIDO NERVOSO Prof a Cristiane Oliveira TECIDO NERVOSO QUAIS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? Alto grau de comunicação: células nervosas são capazes de transmitir informações entre células distantes no

Leia mais

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica. Prof André Montillo

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica. Prof André Montillo Propedêutica Ortopédica e Traumatológica Prof André Montillo www.montillo.com.br Definição: Ortopedia - Traumatologia É a Especialidade Médica que Estuda as Patologias do Aparelho Locomotor: Doenças Ósseas

Leia mais

ORTOPEDIA.

ORTOPEDIA. ORTOPEDIA CONDIÇÕES SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO Compressão do nervo mediano no canal voltar do carpo. É a mais comum das neuropatias compressivas periféricas do membro superior. Acomete principalmente mulheres,

Leia mais

Neurônio. corpo celular. dendritos (espinhos) axônio

Neurônio. corpo celular. dendritos (espinhos) axônio Neurônio corpo celular dendritos (espinhos) axônio Corpo Celular do Neurônio Corpúsculo de Nills (acúmulo de reticulo endoplasmático rugoso) núcleo nucléolo corpo celular do neurônio Principais Tipos de

Leia mais

Disciplina de Traumato-Ortopedia e Reumatologia TRM. Prof. Marcelo Bragança dos Reis

Disciplina de Traumato-Ortopedia e Reumatologia TRM. Prof. Marcelo Bragança dos Reis Disciplina de Traumato-Ortopedia e Reumatologia TRM Prof. Marcelo Bragança dos Reis Introdução 1) Lesão medular 2) Exame neurológico 3) Padrões de lesão medular 4) Padrões de fratura 5) Choque medular

Leia mais

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento Carlos Alberto Souza Macedo Professor da Faculdade de Medicina da UFRGS Doutorado em Cirurgia pela Faculdade de Medicina da UFRGS

Leia mais

REABILITAÇÃO FÍSICA EM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA NA FASE AGUDA

REABILITAÇÃO FÍSICA EM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA NA FASE AGUDA 90 REABILITAÇÃO FÍSICA EM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA NA FASE AGUDA Cristiana Gomes da Silva Orientação: Fisioterapeuta Serginaldo José dos Santos Orientação Metodológica: Prof. Ms. Heitor Romero Marques

Leia mais

Caso Clínico #5. Identificação: MFS, feminina, parda, 35 anos; natural e procedente de Boa Vista - Roraima

Caso Clínico #5. Identificação: MFS, feminina, parda, 35 anos; natural e procedente de Boa Vista - Roraima Caso Clínico #5 Identificação: MFS, feminina, parda, 35 anos; natural e procedente de Boa Vista - Roraima Queixa Principal: Dor abdominal difusa há 8 anos HMA: Diagnóstico de Doença Renal Policística há

Leia mais

O PRESENTE ESTUDO É DIRECIONADO AO ALUNO DO SEXTO ANO PARA DAR NOÇÕES MÍNIMAS DE ORTOPEDIA- TRAUMATOLOGIA

O PRESENTE ESTUDO É DIRECIONADO AO ALUNO DO SEXTO ANO PARA DAR NOÇÕES MÍNIMAS DE ORTOPEDIA- TRAUMATOLOGIA O PRESENTE ESTUDO É DIRECIONADO AO ALUNO DO SEXTO ANO PARA DAR NOÇÕES MÍNIMAS DE ORTOPEDIA- TRAUMATOLOGIA PODE SER COPIADO COM A FINALIDADE DE ESTUDO NÃO PODE SER REPRODUZIDO PARA OUTRAS FINALIDADES DISCIPLINA

Leia mais

TECIDO NERVOSO. Substância cinzenta

TECIDO NERVOSO. Substância cinzenta TECIDO NERVOSO 1. Observação de neurônios e de células da glia Material: cérebro Técnica: Impregnação argêntica Substância cinzenta Observação com aumento total de 100x: Com este aumento é possível observar

Leia mais

Aspectos Gerais das Lesões Traumáticas Agudas dos Nervos Periféricos

Aspectos Gerais das Lesões Traumáticas Agudas dos Nervos Periféricos Aspectos Gerais das Lesões Traumáticas Agudas dos Nervos Periféricos Benedicto Oscar Colli 1. INTRODUÇÃO O cirurgião que se propõe a tratar de lesões traumáticas dos nervos periféricos deve estar familiarizado

Leia mais

Tecidos nervoso e muscular. Capítulos 9 e 10 Histologia Básica Junqueira e Carneiro

Tecidos nervoso e muscular. Capítulos 9 e 10 Histologia Básica Junqueira e Carneiro Tecidos nervoso e muscular Capítulos 9 e 10 Histologia Básica Junqueira e Carneiro Tecido nervoso Divisão anatômica do sistema nervoso central e periférico Neurônios Corpo celular- Contêm uma massa de

Leia mais

TRAUMATISMO RAQUI-MEDULAR TRM TRAUMA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM TRM Traumatismo Raqui Medular Lesão Traumática da raqui(coluna) e medula espinal resultando algum grau de comprometimento temporário ou permanente

Leia mais

UNIDADE 1 Seção 4. HISTOLOGIA SISTEMA NERVOSO

UNIDADE 1 Seção 4. HISTOLOGIA SISTEMA NERVOSO UNIDADE 1 Seção 4. HISTOLOGIA SISTEMA NERVOSO Objetivos da aprendizagem Criar condições didático pedagógicas para que os alunos desenvolvam seus conhecimentos com relação: - Estruturas e funções do cérebro,

Leia mais

EPICONDILITES LATERAL E MEDIAL

EPICONDILITES LATERAL E MEDIAL EPICONDILITES LATERAL E MEDIAL Epicôndilos são proeminências ósseas do úmero distal onde se originam muitos dos músculos que realizam os movimentos do antebraço. No epicôndilo lateral (ou externo) se originam

Leia mais

FRAQUEZA MUSCULAR. Diagnóstico

FRAQUEZA MUSCULAR. Diagnóstico FRAQUEZA MUSCULAR Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira A fraqueza muscular é um problema comum, mas, freqüentemente, tem significados diferentes

Leia mais

UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO

UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA DEFINIÇÃO É A INFECÇÃO DO OSSO E DA MEDULA ÓSSEA POR AGENTE ETIOLÓGICO INESPECÍFICO COM UM CARACTER DESTRUTIVO FULMINANTE ANATOMIA

Leia mais

Tempos médios de tratamento em Medicina Física e de Reabilitação por Grupos de Diagnóstico clínico mais frequentes em ambulatório

Tempos médios de tratamento em Medicina Física e de Reabilitação por Grupos de Diagnóstico clínico mais frequentes em ambulatório Tempos médios de tratamento em Medicina Física e de Reabilitação por Grupos de Diagnóstico clínico mais frequentes em ambulatório 1 Introdução: O presente estudo visa estabelecer tempos médios prováveis

Leia mais

ENFERMAGEM FRENTE A IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EM UM PRONTO ATENDIMENTO DA REGIÃO NORTE DO PARANÁ

ENFERMAGEM FRENTE A IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EM UM PRONTO ATENDIMENTO DA REGIÃO NORTE DO PARANÁ ENFERMAGEM FRENTE A IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES EM UM PRONTO ATENDIMENTO DA REGIÃO NORTE DO PARANÁ VIELEVSKI, Marcos Roberto¹; TEIXEIRA, Daniela Cristina Wielevski² RESUMO

Leia mais

Tecido Nervoso. Profa. Dra. Constance Oliver Profa. Dra. Maria Célia Jamur

Tecido Nervoso. Profa. Dra. Constance Oliver Profa. Dra. Maria Célia Jamur Tecido Nervoso Profa. Dra. Constance Oliver Profa. Dra. Maria Célia Jamur FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO O Sistema Nervoso tem a capacidade de receber, transmitir, elaborar e armazenar informações. Os neurônios

Leia mais

Figura 1. Partes do neurônio.

Figura 1. Partes do neurônio. 1. TECIDO NERVOSO Composto por células especializadas em gerar e conduzir impulsos nervosos eletroquímicos, o tecido nervoso é o responsável pela troca de informações rápidas nos animais, captando estímulos

Leia mais

Prof. Oscar Cirne Neto Pareceres Médico Legais Perícias Judiciais EXMA SR DR JUIZ DE DIREITO Xª VARA CIVEL DA COMARCA DE XZXZX.

Prof. Oscar Cirne Neto Pareceres Médico Legais Perícias Judiciais EXMA SR DR JUIZ DE DIREITO Xª VARA CIVEL DA COMARCA DE XZXZX. 1 EXMA SR DR JUIZ DE DIREITO Xª VARA CIVEL DA COMARCA DE XZXZX. Ref. Proc: 665/01 Autor: xzxzxzxz. Réu: xzxzxzxzxzxz. Oscar Luiz de Lima e Cirne Neto, médico, Assistente Técnico dos réus xzxzxzxzx e xzxzxzxzx

Leia mais

BIOLOGIA IV - Cap. 25 Profa. Marcela Matteuzzo. Sistema Nervoso

BIOLOGIA IV - Cap. 25 Profa. Marcela Matteuzzo. Sistema Nervoso Sistema Nervoso Dispões de mensagens elétricas que caminham por nervos; Coordena diversas funções do organismo; Reação rápida aos estímulos; Equilíbrio e movimento. Sistema Nervoso Central - SNC Medula

Leia mais

Deformidades no crescimento

Deformidades no crescimento A felicidade de uma infância vê-se pelos joelhos, cada marca é uma história A articulação do joelho situa-se na região de grande crescimento. Para se ter uma idéia, cerca de 70% do crescimento do membro

Leia mais

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA MARINA DALLA BARBA LONDERO MÉDICA FORMADA PELA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO PSIQUIATRA PELO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE DOUTORANDA PELA UNIVERSIDADE

Leia mais

Processo Seletivo para Residência Médica 2010

Processo Seletivo para Residência Médica 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Comissão de Exames de Residência Médica Processo Seletivo para Residência Médica 2010 3. Prova Escrita Cancerologia Pediátrica, Ano Opcional em Pediatria e Áreas de Atuação

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso

Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Nervoso O que é o sistema nervoso? Como é constituído? Quais são suas funções? Qual é a sua importância para o organismo? : Anatomia e Fisiologia Animal É uma rede de comunicações Capacitam animal a se ajustar

Leia mais

Você já alguma vez pensou o que acontece debaixo da

Você já alguma vez pensou o que acontece debaixo da Você já alguma vez pensou o que acontece debaixo da Nos humanos sabemos que um acidente imprevisto p o d e c a u s a r d o r e sofrimento por muito tempo. A a n a t o m i a d o c ã o é basicamente igual

Leia mais

Sistema Nervoso Somático ou voluntário

Sistema Nervoso Somático ou voluntário Sistema Nervoso periférico Divisão e organização Constituintes Função Prof. A.Carlos Centro de Imagens e Física Médica - FMRP Aferente Nervos, raízes e gânglios da raiz dorsal SNP Somático Sistema nervoso

Leia mais

Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores

Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores Prof André Montillo Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores Lesões do Joelho: Lesões Ósseas: Fratura Distal do Fêmur Fratura da Patela Fratura Proximal da Tíbia: Platô Tibial Anatomia: Lesões Traumáticas

Leia mais

Síndrome de Brown-Séquard

Síndrome de Brown-Séquard FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL MÓDULO SISTEMA NERVOSO NEUROANATOMIA FUNCIONAL Síndrome de Brown-Séquard Acd. Rafael Hesley w w w. s c n s. c o m. b r Relato do Caso Paciente D.A.B., 23 anos, sexo masculino,

Leia mais

Amplitude de Movimento. Amplitude de Movimento. Tipos de ADM 27/2/2012

Amplitude de Movimento. Amplitude de Movimento. Tipos de ADM 27/2/2012 Amplitude de Movimento Amplitude de Movimento Professora: Christiane Riedi Daniel É o movimento completo de uma articulação ADM completa depende de: ADM Articular termos como flexão, extensão... goniometria

Leia mais

Sistema nervoso. Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido

Sistema nervoso. Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido Tecido nervoso Sistema nervoso Cérebro, espinha, nervos e órgãos do sentido Função Detectar mudanças, receber e interpretar informação sensorial, estimular músculos e glândulas Sist. Nervoso central (SNC):

Leia mais

3/11/2010 LESÕES DO ESPORTE LESÕES DOS TECIDOS MUSCULOESQUELÉTICOS

3/11/2010 LESÕES DO ESPORTE LESÕES DOS TECIDOS MUSCULOESQUELÉTICOS LESÕES DO ESPORTE CLASSIFICAÇÃO GERAL AGUDA Lesão inicial, ocorre subtamente; Ex: fraturas, cortes, contusões. CRÔNICA Lesão que se desenvolve em um longo período ou perdura por muito tempo; Ex: cotovelo

Leia mais

Classificação e Características do Tecido Nervoso

Classificação e Características do Tecido Nervoso Classificação e Características do Tecido Nervoso CARACTERÍSTICAS GERAIS TRANSMISSÃO DE IMPULSOS NERVOSOS RELAÇÃO DIRETA COM O SISTEMA ENDÓCRINO Organização do Sistema Nervoso Humano Divisão Partes Funções

Leia mais

Fraturas Diáfise Umeral

Fraturas Diáfise Umeral Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Fraturas Diáfise Umeral As fraturas diafisárias do úmero, ocorrem na sua maioria das vezes por trauma

Leia mais

Prof. Dr. Harley Francisco de Oliveira

Prof. Dr. Harley Francisco de Oliveira Seminários de Oncologia Prof. Dr. Harley Francisco de Oliveira SERVIÇO DE RADIOTERAPIA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Caso Clínico ID: AJS, feminino, 56 anos, gerente

Leia mais

Constituição do sistema nervoso

Constituição do sistema nervoso Constituição do sistema nervoso ? Encéfalo? Medula espinal? Nervo O sistema nervoso subdivide-se em dois sistemas, o sistema nervoso central, constituído pelo encéfalo e pela medula espinal, e o sistema

Leia mais

Residência Médica 2018

Residência Médica 2018 1ª FASE: PROVA OBJETIVA DE MÚLTIPLA ESCOLHA - GABARITO QUESTÃO ALTERNATIVA QUESTÃO ALTERNATIVA 01 A 51 C 02 D 52 A 03 D 53 C 04 B 54 D 05 B 55 B 06 A 56 D 07 B 57 D 08 C 58 A 09 C 59 B 10 A 60 D 11 B 61

Leia mais

Sistema Nervoso. Aula Programada Biologia. Tema: Sistema Nervoso

Sistema Nervoso. Aula Programada Biologia. Tema: Sistema Nervoso Aula Programada Biologia Tema: Sistema Nervoso 1) Introdução O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas,

Leia mais

NEUROPATIAS DO MEDIANO

NEUROPATIAS DO MEDIANO Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira NEUROPATIAS DO MEDIANO INTRODUÇÃO O nervo mediano origina-se do cordão lateral (C5-C6) e do cordão

Leia mais

O PERFIL DOS PACIENTES COM SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

O PERFIL DOS PACIENTES COM SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 1 O PERFIL DOS PACIENTES COM SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Aluana Moraes 1 Ana Cristina Casarolli Geis 2 Thaís Eberhardt 3 Daisy Cristina Rodrigues 4 Lili Marlene Hofstatter

Leia mais

Lesão por esforço Repetitivo

Lesão por esforço Repetitivo Lesão por esforço Repetitivo Lesão por esforço repetitivo Inrodução A lesão por esforço repetitivo ( LER),são lesões nos sistemas músculo esquelético e nervoso por tarefas repetitivas, esforços vigorosos,

Leia mais

Relato de Caso: Porfiria Aguda Intermitente

Relato de Caso: Porfiria Aguda Intermitente INTRODUÇÃO: As porfirias agudas são doenças genéticas bem definidas da biossíntese do heme caracterizadas por crises agudas e graves de sintomas neurológicos inespecíficos. As principais manifestações

Leia mais

Plano de Aula Medula espinal Diagnóstico topográfico

Plano de Aula Medula espinal Diagnóstico topográfico Plano de Aula Medula espinal Diagnóstico topográfico Prof. Dr. José Carlos B. Galego 1-Introdução: A medula espinal estende-se da base do crânio até o nível da segunda vértebra lombar, por onde cursam

Leia mais

SUMÁRIO A...4 C...4 D... 6 E... 6 G... 6 H...7 I...7 M...7 N... 8 O... 8 P... 8 Q... 9 R... 9 T... 9 U...10

SUMÁRIO A...4 C...4 D... 6 E... 6 G... 6 H...7 I...7 M...7 N... 8 O... 8 P... 8 Q... 9 R... 9 T... 9 U...10 GLOSSÁRIO CLIENTE INTRODUÇÃO Este glossário foi desenvolvido pela Unimed Vale do Sinos com o objetivo de aproximar o cliente e a comunidade da cooperativa, por meio de esclarecimentos de diversos conceitos

Leia mais

Súmario. Introdução. O que é hérnia de disco? O que causa a hérnia de disco? Sintomas. Diagnóstico. Tratamento. Como conviver com o diagnóstico

Súmario. Introdução. O que é hérnia de disco? O que causa a hérnia de disco? Sintomas. Diagnóstico. Tratamento. Como conviver com o diagnóstico Súmario Introdução O que é hérnia de disco? O que causa a hérnia de disco? Sintomas Diagnóstico Tratamento Como conviver com o diagnóstico Conclusão Introdução Embora seja uma das partes mais importantes

Leia mais

FORMULÁRIO PARA O CADASTRO E VISTORIA DOS SERVIÇOS DE TREINAMENTO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA- SBOT

FORMULÁRIO PARA O CADASTRO E VISTORIA DOS SERVIÇOS DE TREINAMENTO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA- SBOT FORMULÁRIO PARA O CADASTRO E VISTORIA DOS SERVIÇOS DE TREINAMENTO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA- SBOT SERVIÇO: Serviço: Nome do responsável: CNPJ: Endereço: UF: Telefone serviço: ( ) Telefax: ( ) E-mail:

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 2015 PRÉ-REQUISITO (R1) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA

RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 2015 PRÉ-REQUISITO (R1) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 0 PRÉ-REQUISITO (R) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 0 PRÉ-REQUISITO (R) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA ) Idosa de 8 anos, ex-tabagista (carga

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019

RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019 RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE ABRIL DE 2019 Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia da Mão no Brasil. A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das

Leia mais