Desenhos Tokio. Design e Impressão Rui Carvalho Design

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Desenhos Tokio. Design e Impressão Rui Carvalho Design"

Transcrição

1 Manual de Apoio 1

2 Manual de Apoio para a Promoção de uma Pesca Mais Sustentável e de um mar seguro para cetáceos Textos José Vingada, Marisa Ferreira, Jorge Santos, Hélder Araújo, Isabel Oliveira, Sílvia Monteiro, Ana Marçalo, Lídia Nicolau, Célia Tavares e Catarina Eira. Desenhos Tokio Fotografia José Vingada, Marisa Ferreira, João Petronilho, João Quaresma, Joana Miodonski, Ana Henriques, Jorge Santos, Filipe Leigo, Isabel Oliveira. Design e Impressão Rui Carvalho Design Citação recomendada Vingada, J., Ferreira, M., Marçalo, A., Santos, J., Araújo, H., Oliveira, I., Monteiro, S., Nicolau, L., Gomes, P., Tavares, C. & Eira, C. (2011), SafeSea - Manual de Apoio para a Promoção de uma Pesca Mais Sustentável e de um mar seguro para cetáceos; Programa EEAGrants - EEA Financial Mechanism (Projecto 0039). 114 pp. Braga. Coordenação José Vingada e Pedro Gomes Gestão do projecto Célia Tavares Página de Internet Filipe Rocha Técnicos de campo Marisa Ferreira, Isabel Oliveira, Jorge Santos, Hélder Araújo, Sílvia Monteiro, Rute Costa, Catarina Eira, Jorge Vaqueiro, Ana Marçalo, Lídia Nicolau, Carolina Bento, Paula Mendez Fernandez, Angela Llavona Vallina, Josep Alonso Farré, Maria Llarena Reino, Sabine Goetz, Fiona Read, Ana Henriques, Joana Miodonski, Paulo Landeck. Técnicos de Laboratório Magda Graça, Amaro Rodrigues, Pedro Santos e Joana Ferreira Consultores Arne Bjorg (IMR), Alfredo Lopéz (CEMMA) e Graham Pierce (Univ. Aberdeen)

3 Entidade Financiadora Financiado por Islândia, Liechtenstein e Noruega através do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu Entidades participantes Universidade do Minho - Dep Biologia/CBMA Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem Coordinadora para o Estudo dos Mamíferos Mariños Institute of Marine Reseach Centro Litoral O.P. VianaPesca O.P. Entidades colaboradoras Centro de Estudos sobre Ambiente e Mar - Universidade de Aveiro (CESAM) Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) Associação Nacional das Organizações dos Produtores da Pesca do Cerco (ANOPCERCO) Instituto de Investigaciones Marinas de Vigo (IIM/CSIC) Centro Oceanografico de Vigo (COV/IEO) University of Aberdeen, OceanLab Université de La Rochelle, Littoral Environnement et Sociétés (LIENSS) Universitat de Barcelona, Facultat de Farmácia (UB) Fumunda Marine BetterGear, LLC

4 Projecto premiado pelos Green Project Awards com a Menção Honrosa na categoria Investigação e Desenvolvimento. 4 Este prémio não é só para a equipa do SafeSea, é também um reconhecimento do apoio e ajuda que armadores, mestres e pescadores têm dado ao projecto. Sem o seu apoio este projecto não seria possível.

5 Índice 09 CAPÍTULO 1 Introdução 79 CAPÍTULO 5 Medidas de mitigação para reduzir a captura acidental de cetáceos em artes de Pesca 15 CAPÍTULO 2 Espécies de Cetáceos em Portugal Continental 97 CAPÍTULO 6 Análise de custo-benefício para a aplicação de medidas de mitigação 49 CAPÍTULO 3 As pescas em Portugal Continental 113 REFERÊNCIAS 65 CAPÍTULO 4 Interacções entre cetáceos e artes de pesca 5

6

7 Capítulo 1

8 8 Alagem da rede de cerco

9 Introdução A pesca em Portugal foi sempre uma fonte de rendimento importante, principalmente para as comunidades costeiras. Com uma tradição marítima bastante forte, Portugal possui artes de pesca bastante diversificadas que variam regionalmente em termos de tecnologia e métodos de pesca utilizados. As interacções existentes entre as artes de pesca e os cetáceos envolvem quase todos os tipos de artes e têm consequências negativas quer para a economia pesqueira quer para o estado de conservação de várias espécies de cetáceos. Estas interacções normalmente tomam duas formas: a captura acidental de cetáceos e a predação efectuada pelos mesmos, levando à perda de pescado e danificação dos aparelhos de pesca. O Projecto SAFESEA, através de um envolvimento estratégico com duas associações de pesca local, manteve entre 2008 e 2011 um programa de monitorização com o objectivo de recolher dados científicos de base, de modo a: - Avaliar o estado das populações de cetáceos, - Avaliar as capturas acidentais de cetáceos nas artes de pescas, e - Implementar ensaios piloto de dispositivos de alerta, que visam diminuir a captura acidental de cetáceos. A área inicial de implementação do projecto SAFESEA foi a zona centro e norte de Portugal, entre Peniche e Caminha, cobrindo uma faixa costeira de cerca 300 km. A área marinha monitorizada estendeu-se desde a linha de costa até às 50 milhas náuticas, cobrindo a totalidade da plataforma continental e do seu talude. Nesta área é possível encontrar alguns dos principais portos de pesca de Portugal e também importantes comunidades piscatórias locais que dependem da pesca tradicional. Em 2010, o projecto SafeSea teve a oportunidade de aplicar na região Algarvia as metodologias já em uso nas regiões Norte e Centro, tendo por isso ampliado a sua área de intervenção em mais 200 km. 9

10 10 Golfinho-comun

11 Assim, o Projecto SAFESEA foi o primeiro projecto estratégico direccionado para a promoção de uma maior compatibilização da actividade pesqueira com a conservação de cetáceos, visando contribuir para o desenvolvimento sustentável da pesca local. Para atingir tais objectivos, o projecto encontra-se dividido em 5 acções estruturantes e interligadas: Acção 1: Avaliação das interacções entre a actividade pesqueira e os cetáceos; Acção 2: Estimativas de abundância e distribuição das populações de cetáceos; Acção 3: Ensaio de medidas de mitigação para reduzir as interacções de cetáceos e pescas; Acção 4: Divulgação do projecto ao público e comunidade científica; Acção 5: Educação ambiental direccionada para a promoção do uso sustentável dos recursos e uso de medidas mitigadoras de capturas acidentais. O presente Manual, pretende ser um documento de divulgação e de apoio direccionado à comunidade de pescadores das artes polivalente, cerco e de xávega. Este documento pretende apoiar a continuação das acções já iniciadas pelo SafeSea e mostrar que a promoção de acções de conservação só é possível com o envolvimento directo das comunidades de pescadores. Este manual pretende também contribuir para a implementação de boas práticas e servir como um guia de aconselhamento sobre como tornar a pesca uma prática mais sustentável. Baleia-anã na proximidade de barco de pesca polivalente 11

12

13 Capítulo 2

14

15 Espécies de Cetáceos em Portugal Continental Actualmente estão descritas cerca de 90 espécies de cetáceos a nível mundial, das quais 25 ocorrem no Atlântico Nordeste (Reid et al., 2003) e 21 ocorrem no Mediterrâneo e Mar Negro (IUCN, 2006). Na costa continental portuguesa e durante o Projecto SafeSea foi possível registar a ocorrência de 23 espécies de cetáceos, sendo 16 pertencentes à sub-ordem dos odontocetes (cetáceos com dentes) e 7 à sub-ordem dos misticetes (cetáceos com barbas). Algumas destas espécies são consideradas residentes - como os golfinhos-comum e riscado, o roaz-corvineiro, o bôto, o grampo, a baleia-anã e a baleia-piloto - enquanto outras são apenas ocasionais (ver tabela 2.1). No entanto, a informação disponível sobre as populações de cetáceos na costa continental portuguesa é escassa. Por esta razão, muitas das espécies estão incluídas na categoria de Informação Insuficiente, no livro vermelho dos vertebrados de Portugal (Cabral et al. 2005). Para algumas espécies potencialmente mais raras ou de mais difícil observação, ainda não foi possível efectuar uma avaliação do seu estatuto nas águas continentais Portuguesas. 15

16 Tabela 2.1. Nomes comuns e científicos de espécies encontradas em Portugal Continental durante o Projecto SafeSea, bem como o grau de ocorrência e estatuto de conservação segundo o livro vermelho dos vertebrados de Portugal (Cabral et al. 2005). Nome comum Nome científico Ocorrência Estatuto (Livro Vermelhos dos Vertebrados de Portugal) 16 Golfinho-comum Delphinus delphis Residente Pouco preocupante Golfinho-riscado Stenella coeruleoalba? Pouco preocupante Golfinho-malhado-do-Atlântico Stenella frontalis? Não avaliado Roaz-corvineiro Tursiops truncatus Residente Pouco preocupante Bôto Phocoena phocoena Residente Vulnerável Baleia-piloto Globicephala melas? Informação Insuficiente Baleia-piloto-tropical Globicephala macrorhynchus? Informação Insuficiente Grampo Grampus griseus Residente Informação Insuficiente Orca Orcinus orca? Informação Insuficiente Falsa-orca Pseudorca crassidens Ocasional Não avaliado Cachalote Physeter macrocephalus Ocasional Não avaliado Cachalote-pigmeu Kogia breviceps? Informação Insuficiente Zífio Ziphius cavirostris? Informação Insuficiente Baleia-de-bico de Gervais Mesoplodon europaeus? Não avaliado Baleia-de-bico de Sowerby Mesoplodon bidens? Não avaliado Botinhoso Hyperoodon ampullatus? Não avaliado Baleia-anã Balaenoptera acutorostrata Residente Vulnerável Baleia-sardinheira Balaenoptera borealis Ocasional Não avaliado Baleia-comum Balaenoptera physalus Ocasional Não avaliado Baleia de Bryde Balaenoptera edeni? Não avaliado Baleia-azul Balaenoptera musculus Ocasional Não avaliado Baleia-de-bossa Megaptera novaeangliae Ocasional Não avaliado Baleia-basca Eubalaena glacialis Ocasional Não avaliado

17 A principal fonte de informação disponível sobre a ocorrência de mamíferos marinhos é representada pelos arrojamentos (situações em que um ou mais cetáceos dão à costa). Apesar de estes arrojamentos permitirem a recolha de dados relativos à biologia destes animais (através da recolha e análise de amostras), estas situações não fornecem informações detalhadas sobre a origem dos animais arrojados. Para conhecer o estado das populações em termos ecológicos é muito importante a obtenção de informação relativa à ocorrência e distribuição das espécies através de uma constante monitorização. Esta informação permite inferir sobre os movimentos destas populações (residentes ou migratórias) e detectar áreas de alimentação ou reprodução. Simultaneamente, permite perceber de que modo estas espécies poderão estar a ser influenciadas pelo Homem, já que se poderá saber se ocorrem por exemplo em zonas especialmente poluídas ou se ocupam áreas específicas em que ocorra uma maior competição pelos mesmos recursos (dieta vs. pesca). Toda esta informação poderá orientar uma futura implementação de estratégias de gestão e conservação. Tornam-se assim essenciais a actualização e a monitorização contínua da ocorrência das várias espécies de cetáceos na costa portuguesa. Deste modo, é possível conhecer as várias populações, detectar e prevenir possíveis problemáticas associadas à influência do homem, e entender as variáveis que conduzem à presença/ausência das diferentes espécies em águas portuguesas, nomeadamente aquelas que normalmente prefeririam outros habitats mas que já foram observadas em águas de Portugal Continental. 17

18 18 Golfinhos-comuns junto a embarcação de pesca

19 Golfinho-comum Delphinus delphis O golfinho-comum é a espécie de cetáceo mais abundante na nossa costa. São animais esguios e com um bico proeminente, que possuem uma coloração escura no dorso e branca no ventre. No entanto, é lateralmente e abaixo da barbatana dorsal que se distinguem um V e um padrão cromático, típicos desta espécie. Na parte anterior deste V observa-se uma mancha amarelada enquanto que na parte posterior até à cauda distingue- -se outra mancha de um cinzento mais claro. Uma faixa escura liga a mandíbula inferior à barbatana peitoral. Quando adultos, os machos são ligeiramente maiores do que as fêmeas podendo medir entre os 1,7 e os 2,6 m e pesar entre os 70 e 135 kg. Não existe um dimorfismo sexual evidente, sendo que a identificação do sexo é possível através da observação da zona genital onde as fêmeas exibem 3 fendas paralelas (glândulas mamárias e a fenda genital) anteriormente ao ânus e os machos exibem apenas 2 fendas longitudinais (fenda genital e o ânus). As barbatanas peitorais são longas e pontiagudas enquanto que a barbatana dorsal é alta e ligeiramente falciforme. Actualmente estão descritas duas formas distintas de acordo com o tamanho do bico: os golfinhos-comuns de bico curto (Delphinus delphis) e de bico comprido (Delphinus capensis) (Rosel et al., 1994). Estes cetáceos apresentam um comportamento bastante gregário. É possível encontrar grupos de centenas de animais, bem como grupos mais pequenos de 30 ou ainda menos indivíduos. Os grupos são constituídos por animais de diferentes idades, embora possa existir alguma segregação sexual. Está descrito que estes animais possuem fortes vínculos sociais e pensa-se que poderão comunicar através de vocalizações que incluem vários estalidos e assobios. Observam-se com relativa facilidade na nossa costa e aproximam-se frequentemente à proa de embarcações. Os golfinhos-comuns são animais bastante ágeis e rápidos, sendo capazes de grandes saltos. Associações com outras espécies de cetáceos não são invulgares (Jefferson et al. 1993), nomeadamente com roaz- -corvineiro e o golfinho-riscado. Na costa Portuguesa, a presa preferencial do golfinho comum é a sardinha. No entanto estes cetáceos podem alimentar-se de outros peixes como cavalas e fanecas e também cefalópodes. O golfinho-comum tende a caçar em grupo e adapta a sua actividade ao movimento das suas presas (Silva, 1999). Quando as encontram, é habitual empurrar os cardumes para a superfície onde estes são mais vulneráveis (Gallo, 1991). Aparentemente, os grupos de golfinho-comum podem percorrer grandes distâncias em busca de alimento, geralmente durante a noite até às primeiras horas da manhã. Durante o dia restabelecem energias e relacionam-se com os elementos do grupo. Em latitudes mais elevadas, a actividade reprodutora do golfinho-comum é sazonal embora em águas tropicais possa prolongar-se durante todo o ano. Na Península Ibérica, a actividade reprodutora ocorre geralmente em 19

20 Golfinho-comum 20 Ilustração Tokio

21 Maio e Junho e as fêmeas tendem a permanecer em latitudes mais baixas ou mais longe da costa na época de reprodução e lactação (Reeves et al., 2003). Ainda pouco se sabe sobre a maturidade sexual nesta espécie, sendo que estudos mais recentes sugerem que pode ocorrer entre os 3 e os 7 anos de idade. O período de gestação pode ser de 10 a 11 meses e o período de lactação pode atingir os 16,5 meses. Actualmente, e apesar de, na maior parte dos países já ser proíbida por lei, a captura directa de golfinhos-comuns para fins alimentares ainda ocorre. Para o golfinho-comum, as principais ameaças são as capturas acidentais em diversos tipos de artes de pesca. Os núcleos populacionais mais costeiros estão também mais vulneráveis a outros tipos de pressões antropogénicas como poluição, tráfego marítimo e perda de habitat decorrente da implementação de estruturas de produção de energia. O golfinho-comum é uma espécie amplamente distribuída nas regiões temperadas, tropicais e subtropicais do mundo inteiro, onde a temperatura superficial da água varia entre os 10º e os 28º, limitando a sua distribuição à faixa situada entre os 40 Sul e 50º Norte. No entanto, alguns indivíduos poderão viajar para fora desta área quando encontram correntes quentes. Esta espécie pode ocorrer em águas costeiras e águas oceânicas, sendo mais frequente nas zonas da plataforma continental (Carwardine, 1995). Pode ser igualmente encontrada em corpos de água fechados como o Mar Vermelho ou o Mar Mediterrâneo. Algumas populações são estáveis ao longo do ano enquanto outras parecem migrar seguindo um padrão sazonal. As variações na aparência de certas populações sugerem pouca interacção entre diferentes grupos. Em Portugal Continental, esta espécie encontra-se amplamente distribuída sendo frequente tanto nas zonas próximas da costa, como nas zonas mais oceânicas. Na região centro/norte de Portugal, a avaliação da distribuição e abundâncias de golfinho-comum permitiu verificar que esta espécie é comum em toda a área de estudo monitorizada (Mapa 1). A análise integrada de todos os dados recolhidos permitiu verificar que esta espécie ocorre em toda a zona de estudo, apresentando dois núcleos de maior concentração de detecções. O núcleo mais a sul caracteriza-se por ocorrer numa zona entre Aveiro e S. Pedro de Moel, desde as 1,5 milhas náuticas e as 25 milhas. Este núcleo ocorre em águas menos profundas parecendo haver uma preferência por batimétricas próximas dos 100 metros. A segunda zona de maior concentração de animais desta espécie surge no norte da área de estudo, junto à fronteira da Galiza. Este núcleo apresenta uma distribuição com uma influência mais oceânica e menos costeira, ocorrendo a norte da Póvoa de Varzim, numa zona mais próxima do limite da plataforma, entre as batimétricas dos 100 e 200 metros. 21

22 Mapa 1. Distribuição das observações totais de golfinho-comum, mediante a representação de Kernels, obtidas durante censos aéreos, costeiros e em plataformas de oportunidade no centro e norte de Portugal. Contudo, com base numa análise mais pontual resultante, dos censos aéreos efectuados na Primavera-Verão de 2010, é possível verificar que existe uma maior fragmentação da distribuição de golfinho-comum que resulta em 4 zonas de maior concentração das observações (Mapa 2). Duas destas zonas coincidem com as zonas já anteriormente referidas. A terceira zona de maior concentração ocorre sensivelmente em frente ao Furadouro, enquanto que a quarta zona de forte ocorrência de golfinhos-comuns ocorre a sudoeste das Berlengas. Ambas as zonas são mais oceânicas do que costeiras, estando próximas da batimétrica dos 200 metros. Esta avaliação permitiu também verificar que a zona costeira desde Mira até sensivelmente Viana do Castelo, correspondeu a uma extensa área com fraca ocorrência de golfinhos-comuns durante a Primavera-Verão de

23 -10 Mapa 2. Distribuição das observações de golfinho-comum, mediante a representação de Kernels, obtidas durante censos aéreos no centro e norte de Portugal. Porto Com base nos censos de avião efectuados durante o SafeSea (Mapa 3), foi possível estimar a abundância de golfinho-comum na área de estudo. Os valores obtidos variaram entre 0,0135 e 0,0389 avistamentos por km 2, com um valor médio de 0,0229 avistamentos por km 2. Estes valores foram relativamente similares aos obtidos no SCANS-II (Hammond, 2006). Contudo, o número médio de indivíduos em cada avistamento foi ligeiramente inferior, tendo no presente caso sido de 11,5 indivíduos, resultando numa densidade de 0,263 animais por km Para estes valores estima-se que em Portugal Continental, entre a costa e as 50 milhas naúticas, poderão ocorrer em média ± indivíduos de golfinho-comum

24 24 Mapa 3. Distribuição e número de golfinhos- -comuns observados em cada um dos grupos durante censos aéreos no centro e norte de Portugal.

25 Bôto Phocoena phocoena Bôto - Pormenor da cabeça arredondada e quase sem bico. Unlisted Images/Fotosearch.com O bôto possui um corpo pequeno mas robusto. Os adultos não costumam exceder 1,70 m de comprimento e os 70 Kg, sendo que as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. Na Peninsula Ibérica, têm sido registados animais de maiores dimensões, quando comparados com as populações do Mar do Norte, sendo que o animal de maior tamanho correspondeu a uma fêmea de 2,05 metros. A sua coloração pode ser variável mas normalmente é cinzenta escura no dorso clareando até à zona ventral que é branca. Em alguns animais pode-se notar uma mancha escura no queixo, algumas linhas escuras entre a boca e as barbatanas peitorais e por vezes umas manchas cinzentas esbatidas ao longo do corpo. Possui uma barbatana dorsal triangular situada a meio do corpo. O focinho é curto e não tem bico perceptível. Os indivíduos desta espécie costumam ser avistados sozinhos ou em pequenos grupos de 2 a 5 animais. O tamanho do grupo tende a aumentar ligeiramente no fim do Verão mas pouco se sabe sobre as suas interacções sociais. Quando emergem para respirar, na maior parte das vezes, só é possível reconhecer a sua pequena barbatana dorsal e um pouco do corpo arqueado, uma vez que não costumam sair muito fora de água nem executar grandes saltos. Nesta espécie está descrita a ocorrência de migrações sazonais, geralmente associadas ao movimento das suas presas ou à severidade das condições meteorológicas. A ocorrência de movimentos perpendiculares à costa para águas mais oceânicas, sugere que os bôtos podem utilizar zonas oceânicas durante parte do seu ciclo de vida. Em algumas áreas é possível que interacções negativas entre bôto e roaz-corvineiro determinem os limites de ocorrência desta espécie. O bôto alimenta-se de peixes demersais e bentónicos, mas também de espécies pelágicas principalmente espécies com comportamento agregativo em cardume. Nas costas Ibéricas parece haver uma clara preferência para espécies como: o verdinho, carapau e fa- 25

26 Fêmea de Bôto com uma cria 26 Ilustração Tokio

27 neca (López, 2003). Também podem alimentar-se de cefalópodes e pequenos crustáceos. Nesta espécie, a maturidade sexual ocorre bastante cedo, por volta dos 3 ou 4 anos de idade. A gestação é de 10 a 11 meses e as fêmeas permanecem com os lactantes entre 8 a 12 meses. As fêmeas podem ter crias durante vários anos consecutivos e por vezes podem engravidar enquanto amamentam as crias. Esta estratégia reprodutiva é muito exigente e daí talvez possa resultar uma longevidade um pouco menor do que a de outros cetáceos. Na Península Ibérica, a maior parte dos nascimentos ocorre entre Maio e Agosto. Durante muitos anos, esta espécie foi usada não só para a produção de óleo mas também na alimentação humana, principalmente nos países nórdicos. Em Portugal, esta espécie chegou a ser alvo de pesca direccionada, prática que deixou de ser efectuada nos finais dos anos 70. Embora já tenha sido proibida em quase todo o Mundo, ainda há regiões que continuam a caçar, como por exemplo a Gronelândia. Na nossa costa, as maiores ameaças à sobrevivência desta espécie são as capturas acidentais em artes de pesca. A sua preferência por habitats mais costeiros e menos profundos, fazem com que esta espécie seja mais vulnerável à interacção com a arte Xávega e redes de emalhar mais próximas da costa. Esta espécie é mais frequente em águas frias, temperadas e subárticas do hemisfério Norte, onde a temperatura ronda os 15. Contudo, nos últimos anos, tem sido possível registar a ocorrência de uma população ao longo da costa atlântica de África, especialmente nas costas de Marrocos e Mauritânia (Boisseau et al. 2007). É uma espécie costeira e pode ser facilmente observada em zonas de profundidade inferior a 200 metros, estuários e baías. Também está descrita a existência de populações de bôtos, ainda que residuais, no Mar Báltico e no Mar Negro. No Mar Mediterrâneo esta espécie está dada como extinta. Em Portugal, distribui-se ao longo de toda a orla costeira, embora seja mais frequente na zona Norte, nomeadamente na zona entre Aveiro e Figueira da Foz e na zona da Arrábida e Costa da Galé (Sequeira, 1996). Recentemente, através de dados de observações oportunistas em barcos de turismo de observação de cetáceos foi possível confirmar a ocorrência de Bôtos no Algarve, com especial incidência na zona entre Sagres e Lagos (Castro, 2010). A área de estudo do projecto SafeSea é uma das zonas onde a plataforma continental é mais extensa, pelo que estamos perante uma das áreas potencialmente mais favoráveis para a ocorrência de bôtos. A recolha de dados efectuada ao longo do projecto permitiu detectar um importante núcleo de ocorrência entre o norte de Mira e a Nazaré, com uma clara preferência pelas zonas mais costeiras (Mapa 4). No entanto, em frente à Figueira da Foz e a Aveiro, foi possível registar algumas observações em zonas mais oceânicas, na proximidade do talude e inclusivamente na proximidade da batimétrica dos 1000 metros. 27

28 28 Mapa 4. Distribuição das observações totais de Bôto, mediante a representação de Kernels, obtidas durante censos aéreos, costeiros e em plataformas de oportunidade no centro e norte de Portugal.

29 Golfinho-riscado Stenella coeruleoalba O golfinho-riscado é muito semelhante ao golfinho-comum tanto em forma como em tamanho. A sua coloração é escura no dorso e bastante clara no ventre, que pode variar desde branco a rosa claro. As suas riscas laterais são características e conferem o nome à espécie: a maior risca escura vai desde o olho até à região anal, possui uma outra mais pequena que começa no olho e termina na base da barbatana peitoral e por vezes pode ser vista uma terceira risca que se prolonga até um pouco depois do olho. A área acima das riscas laterais é de um cinzento claro que se estende do bico até à barbatana dorsal, curvando para cima. A barbatana dorsal é proeminente e falciforme e as barbatanas peitorais são curtas e pontiagudas. O bico é escuro na parte superior e na ponta, podendo ser um pouco mais claro na parte inferior. Os adultos medem cerca de 2,5 m podendo pesar 150 kg. Os machos e fêmeas são muito semelhantes, diferindo apenas no tamanho (as fêmeas são ligeiramente mais pequenas) e na zona genital, tal como os golfinhos-comuns. Esta espécie possui um comportamento gregário, podendo formar grupos numerosos e fortemente coesos, variando entre 30 a 500 animais. É frequente os animais segregarem- -se de acordo com o sexo ou a maturidade sexual: grupos de juvenis, adultos ou sub- -adultos ainda sem capacidade reprodutora (Archer and Perrin, 1999). Estes cetáceos são extremamente activos, podendo atingir grandes velocidades (até 28 nós) e realizar um grande número de acrobacias enquanto saltam. Esta característica, em conjunto com o seu padrão de riscas laterais, torna-os facilmente reconhecíveis no mar. Há registos de avistamentos desta espécie associada ao golfinho-comum, ainda que, ao contrário deste último, não costumem interagir com as embarcações (Cawardine, 1995). Devido à sua ampla distribuição, esta espécie apresenta uma dieta muito diversificada que inclui uma grande diversidade de peixes, crustáceos e cefalópodes, que pode variar de acordo com a área geográfica. Os golfinhos- -riscados caçam em grupo e quando estão à procura de alimento, são capazes de mergulhar a profundidades que vão de 200 a 700 metros, tipicamente durante 5 a 10 minutos. Apesar desta capacidade de mergulho, a maior parte das capturas ocorre no início da noite, quando as presas se encontram mais próximas da superfície. A maturidade sexual varia bastante entre os dois sexos: nos machos dá-se entre os 7 e os 15 anos, enquanto as fêmeas maturam um pouco mais cedo, entre os 5 e os 13 anos de idade. Estão descritas diferentes épocas de acasalamento consoante a zona geográfica onde se encontram: no Outono na zona do Mediterrâneo e no fim do Verão/Outono no Atlântico (Archer and Perrin, 1999). Nesta espécie, o intervalo entre o nascimento de duas crias é usualmente de 4 anos sendo que o período de repouso entre a lactação e o próximo acasalamento é de 2 a 6 meses e o período de gestação é de 12 a 13 meses (Calzada et al., 1996). 29

30 Golfinho-riscado 30 Ilustração Tokio

31 As populações do golfinho-riscado têm vindo a registar um decréscimo em algumas zonas do mundo, especialmente no Japão onde esta espécie é alvo de captura. Aparentemente, os caçadores tiram proveito da forte coesão dos seus grupos para direccioná-los para águas menos profundas onde são mais facilmente aprisionados (Reeves et al., 2003). No ocidente, os principais problemas são a degradação de habitat, a poluição e a ocorrência de capturas acidentais em artes de pesca. O golfinho-riscado é uma espécie cosmopolita de hábitos oceânicos, com uma preferência por zonas de grande profundidade. Ocorre em mares quentes e temperados do mundo inteiro. Ocasionalmente, em áreas como a costa do Mediterrâneo e especialmente no Verão, podem aparecer bastante próximo de costa, muito provavelmente devido ao movimento das suas presas. A área de estudo do projecto SafeSea é dominada por uma extensa plataforma continental com profundidades inferiores a 200 metros, o que corresponde a zonas não preferenciais para o golfinho-riscado. Assim, devido à sua especialização oceânica, as poucas observações desta espécie ocorreram na proximidade do talude da plataforma continental ou então já em zonas próximas dos 1000 metros de profundidade (Mapa 5). A maior concentração de observações ocorreu a norte da Figueira da Foz, com um núcleo de maior actividade na zonas próximas do talude continental em frente a Aveiro. 31

32 Mapa 5. Distribuição das observações totais de golfinho-riscado, mediante a representação de Kernels, obtidas durante censos aéreos, costeiros e em plataformas de oportunidade no centro e norte de Portugal. -10 Porto

33 Roaz-corvineiro Tursiops truncatus O roaz-corvineiro possui uma cabeça robusta, com um bico relativamente curto. Esta espécie apresenta uma coloração predominantemente cinzenta. Apesar de o dorso ser ligeiramente mais escuro não é visível uma delimitação evidente em nenhuma zona, sendo que normalmente o cinzento mais escuro estende-se desde o bico até à ponta posterior da barbatana dorsal, sendo cada vez mais claro desde os flancos até à zona ventral, não sendo visível qualquer tipo de marca nos flancos. A barbatana dorsal, situada no centro do corpo, é falciforme e relativamente alta, enquanto as barbatanas peitorais são largas. Os adultos apresentam um corpo robusto que pode alcançar 2,5 a 3,8 metros, ocorrendo dimorfismo sexual relativamente ao tamanho e ao peso (machos podem atingir 500 kg enquanto que as fêmeas apenas cerca de 260 Kg). São conhecidas duas variantes morfológicas desta espécie, associadas a habitats distintos: uma variante oceânica, com animais maiores, mais escuros e com barbatanas peitorais mais pequenas e uma variante costeira, com animais de menores dimensões. Esta espécie apresenta um comportamento gregário. O tamanho dos grupos e o tipo de associações, varia ao longo do tempo consoante o habitat, o tipo de actividade em que os animais estão envolvidos, a idade, estado reprodutivo e as ligações familiares dos indivíduos. Como exemplo, verifica-se que a variante costeira tende a formar grupos mais pequenos (2-15 indivíduos), enquanto a variante oceânica pode formar grupos de centenas de indivíduos. De igual modo, verifica-se que fêmeas com crias parecem ocorrer em grupos maiores do que os dos machos. Esta espécie apresenta associações complexas e diversas, sendo a maioria delas bastante estáveis. Podem formar grupos de fêmeas aparentadas, aos quais se juntam ocasionalmente machos adultos, grupos de machos sub-adultos ou adultos aparentados entre si, e grupos de fêmeas adultas com crias. Pode também associar-se a tartarugas marinhas ou cetáceos, como baleia piloto, golfinho comum ou grampo e por vezes baleias. É possível a ocorrência de animais solitários, normalmente machos, que se aproximam de barcos ou banhistas. Esta espécie pode ser agressiva tanto com co- -específicos como com outras espécies, como por exemplo o bôto. O roaz-corvineiro é um nadador activo, rápido e vigoroso, podendo ser visto a dar saltos e a efectuar batimentos caudais. Esta espécie é considerada oportunista, uma vez que a dieta varia com a disponibilidade de presas. Alimenta-se de várias espécies de peixes bentónicos e invertebrados, na zona costeira, e peixes pelágicos e cefalópodes, nas zonas oceânicas. Animais solitários podem caçar sozinhos, no entanto é mais frequente caçarem em grupo. Utilizam diversas estratégias para capturar as presas, como por exemplo, golpear a presa com a barbatana caudal para a atirar para fora de água ou, em grupo, aprisionar os cardumes de presas junto à superfície da água, junto à 33

34 Roaz-corvineiro 34 Ilustração Tokio

35 costa ou em águas pouco profundas, para conseguir capturá-los mais facilmente. A maturidade sexual, nesta espécie, varia com o sexo (entre os 8 e 14 anos nos machos e os 5 e 12 anos nas fêmeas). Parece haver um pico na época de reprodução nos meses mais quentes, no entanto há registo de nascimentos durante todo o ano. O período de gestação dura cerca de um ano e as crias nascem com cerca de 0,9 a 1,3 metros e 90 Kg de peso. A amamentação dura entre 12 a 20 meses, fazendo com que o ciclo reprodutor possa durar entre 2 a 3 anos. Existem ainda alguns lugares no mundo onde ocorre a captura directa desta espécie para obtenção de comida ou para utilização da gordura como isco (Sri Lanka, Peru, Taiwan, Japão). O roaz-corvineiro é a espécie mais encontrada em cativeiro, sendo por vezes capturada com esse fim. Adicionalmente são também ameaçados por capturas acidentais em artes de pesca, especialmente as populações costeiras que estão também mais vulneráveis a outros tipos de pressões antropogénicas como poluição do meio marinho e tráfego marítimo. Esta espécie é por vezes responsável por predação de pescado em artes de pesca (principalmente em palangres e redes de emalhar) facto que gera conflitos com as comunidades de pescadores. O roaz-corvineiro é uma espécie amplamente distribuída, podendo ser encontrada em águas temperadas e tropicais dos dois hemisférios, evitando apenas as latitudes mais elevadas. Ocupa diversos tipos de habitats, tanto costeiros como oceânicos. As populações costeiras habitam desde zonas de costa exposta, a lagunas, estuários e recifes, em águas de pouca profundidade mas com elevada disponibilidade de recursos alimentares. Por sua vez, as populações oceânicas habitam águas com elevada produtividade, em profundidades superiores a 1000 metros. Em Portugal, existe uma população residente de roaz-corvineiro, no estuário do Sado, desde a década de 70. Nos finais dos anos 80, estimava-se que esta população rondava os 40 indivíduos, sendo que as estimativas mais recentes referem a ocorrência de apenas 25 indivíduos dos quais 14 são adultos já com uma idade avançada (Roazes do Estuário do Sado - Durante as campanhas do SafeSea foi possível registar a ocorrência de roazes um pouco por toda a área de estudo (Mapa 6), havendo uma clara preferência por águas mais costeiras. A zona de maior ocorrência registou-se na proximidade das Berlengas e do Canhão da Nazaré. Associada a este núcleo aparece uma outra zona com algumas observações na proximidade da Figueira da Foz. Mais para norte, aparecem 3 pequenos núcleos de ocorrência de roazes na proximidade do Porto e em águas mais oceânicas em frente a Viana do Castelo. Estas observações poderão estar associadas a movimentações dos indivíduos que ocorrem de forma mais constante na zona das Rias Baixas na Galiza. 35

36 Mapa 6. Distribuição das observações totais de roaz-corvineiro, mediante a representação de Kernels, obtidas durante censos aéreos, costeiros e em plataformas de oportunidade no centro e norte de Portugal. -10 Porto

37 Baleia-piloto Globicephala melas Esta espécie possui uma cabeça proeminente e bulbosa, com um bico muito curto, quase imperceptível. Apresenta coloração cinzento- -escura, com uma zona ligeiramente mais clara atrás da barbatana dorsal, bem como uma marca acinzentada em forma de âncora na zona ventral. A barbatana dorsal, situada na dianteira do corpo, tem uma base larga e inclinada para trás. As barbatanas peitorais são grandes, estreitas e pontiagudas. A baleia-piloto é o maior delfinídeo, apresentando dimorfismo sexual principalmente em relação ao tamanho (cerca de 6 m nos machos e 5 m nas fêmeas), ao peso (2 t nos machos e cerca de 1,3 t nas fêmeas) e à forma da barbatana dorsal (côncava nos machos e mais triangular nas fêmeas, mais similar à dos golfinhos). Esta espécie apresenta um comportamento gregário, sendo possível encontrar-se grupos constituídos por centenas de animais, apesar de normalmente serem vistos grupos menores (10-20 animais). Ainda que a estrutura social desta espécie seja complexa e pouco co- nhecida, crê-se que os grupos são compostos por animais aparentados entre si, de todos os sexos e idades, com fortes laços matriarcais, sendo frequente a formação de grupos de fêmeas adultas com crias. Podem ser vistos associados a outras espécies de cetáceos, como o roaz-corvineiro ou grandes baleias. O comportamento desta espécie à superfície é muito variável, podendo encontrar-se frequentemente grupos de indivíduos com uma natação lenta ou a descansar à superfície da água, bem como a emergir a cabeça fora de água ou a fazer batimentos caudais. Esta espécie apresenta uma dieta diversificada e variável consoante a localização geográfica. Apesar de maioritariamente composta por cefalópodes, especialmente lulas, consome também espécies gregárias de peixe, quando disponíveis. Alimentam-se principalmente à noite. Em termos reprodutivos, a maturidade sexual varia com o género (13 anos nos machos e 8 anos nas fêmeas). No Atlântico norte, a época de reprodução ocorre entre Abril e Setembro, seguida de um período de gestação de cerca de 15 meses. As crias nascem com cerca de 1,5-2 m e Kg de peso. A amamentação ocorre durante cerca de 23 a 27 meses e como as fêmeas tendem a não sobrepor a amamentação com a gravidez, o ciclo reprodutor pode alcançar entre 3 a 5 anos. 37

38 Baleia-piloto 38 Ilustração Tokio

39 A baleia-piloto é das poucas espécies de cetáceos que são ainda exploradas comercialmente. A captura legal desta espécie ocorre ainda nas Ilhas Faroé. A captura legal desta espécie ocorre nas Ilhas Faroé, com uma remoção média anual de 850 indivíduos. No entanto, no Noroeste Atlântico, mais precisamente em Newfoundland, a pesca desta espécie foi proibida nos anos 70, por se considerar que contribuiu fortemente para a redução do número de baleias-piloto nesta área. Para além da captura legal desta espécie, também ocorre captura acidental de indivíduos em artes de pesca como arrastões, palangre e redes de emalhar, o que juntamente com a poluição por organoclorados e metais pesados, constituem factores de ameaça para esta espécie. Esta espécie apresenta uma ampla distribuição por águas subpolares e temperadas do Atlântico Norte e do Hemisfério Sul. As populações dos dois hemisférios estão separadas geograficamente, constituindo grupos distintos que, por vezes, são identificados como subespécies (G. melas edwardii no hemisfério Sul e G. melas melas no hemisfério Norte). É uma espécie predominantemente oceânica, ainda que possa aproximar-se de zonas costeiras, principalmente devido ao movimento de presas no Verão e Outono. Os resultados obtidos durante as campanhas do SafeSea colocam em evidência a preferência desta espécie por zonas mais oceânicas, tendo sido possível registar uma zona de maior ocorrência no norte de Portugal, junto à fronteira com a Galiza (mapa 7). Aparentemente este núcleo dispersa-se ao longo do talude oceânico até à zona da Figueira da Foz. Algumas das observações efectuadas ocorreram relativamente próximo da costa com a detecção de animais em zonas com profundidades entre os 50 e os 100 metros. 39

40 Mapa 7. Distribuição das observações totais de baleia-piloto, mediante a representação de Kernels, obtidas durante censos aéreos, costeiros e em plataformas de oportunidade no centro e norte de Portugal. -10 Porto

41 Baleia-anã Balaenoptera acutorostrata A baleia-anã apresenta um corpo alongado com cabeça pontiaguda, onde é possível observar apenas uma crista rostral desde o espiráculo até a boca. Possui uma coloração cinzento-escura na zona dorsal e branca na zona ventral e parte dos flancos, com uma característica marca branca nas barbatanas peitorais. Exibe um conjunto de pregas na zona ventral (característica dos rorquais), que expandem durante a ingestão do alimento, que será posteriormente filtrado pelas barbas pequenas e brancas ou amareladas. A barbatana dorsal é alta, pontiaguda e curva quando comparada com a dos restantes rorquais e encontra-se a cerca de um terço da barbatana caudal. O sopro desta espécie é baixo e quase imperceptível. Quando emerge, é possível observar o espiráculo e a barbatana dorsal ao mesmo tempo. A baleia-anã representa o mais pequeno e mais comum dos rorquais, com um adulto a atingir aproximadamente 10 m de comprimento e 8 t de peso. As baleias-anãs são normalmente animais solitários, embora seja possível observar grupos de 2 ou 3 indivíduos. No entanto, durante a alimentação podem agregar-se em grupos maiores (10-15 animais) e ainda ser vistos associados a outras espécies de cetáceos como roazes e, por vezes baleias-corcundas. O comportamento desta espécie à superfície pode variar de uma natação rápida por curtos períodos de tempo (13 a 16 nós), a uma natação normalmente mais lenta (2 a 4 nós). Podem ser vistas a dar saltos (entre 1 e 3) e são curiosas ao ponto de se aproximarem de barcos. Ao contrário de outros rorquais que se alimentam quase exclusivamente de Krill, esta espécie é mais generalista, podendo consumir arenque, sardinha, cavala, não rejeitando de igual modo o Krill. A baleia-anã pode utilizar diversos métodos de captura de presas, como nadar para a superfície com a boca expansível aberta para capturar os cardumes de peixe à superfície da água, ou fazer investidas a cardumes. Esta espécie ingere as presas juntamente com água e filtra o alimento através das barbas. Os locais preferidos para alimentação, no Verão, incluem zonas de afloreamento em torno de pequenas ilhas e promontórios, onde normalmente ocorre um fluxo de correntes forte. Durante a alimentação, estão frequentemente associados a aves marinhas. A maturidade sexual é alcançada entre os 7 e 8 anos. A época de reprodução ocorre no Inverno, seguida de um período de gestação de 10 meses. As crias nascem com cerca de 3 m e 300 Kg. A amamentação decorre apenas durante cerca de 4 a 6 meses, fazendo com que o ciclo reprodutor dure cerca de 2 anos. Esta espécie é ainda legalmente capturada na Noruega (aproximadamente 600 por ano), Gronelândia (aproximadamente 150 animais por ano) e Japão (aproximadamente 100 por ano). Apesar de se crer que a captura de indivíduos desta espécie não irá afectar as populações a médio-longo prazo, por ser abundante e por existirem quotas anuais para 41

42 Baleia-anã 42 Ilustração Tokio

43 a sua captura, esta actividade era já responsável pela diminuição em cerca de 45-70% da abundância desta espécie antes de ser autorizada a sua captura legalmente. A competição entre as baleias-anãs e os pescadores pelos mesmos recursos naturais (dieta vs. interesse comercial), bem como a sobre-exploração das presas desta espécie poderão ter um impacto negativo, já que esta espécie é fortemente afectada por capturas acidentais em artes de pesca, podendo ocorrer interacções com redes de emalhar ou de arrasto. A baleia-anã apresenta ampla distribuição em ambos os hemisférios, desde as regiões polares até às regiões subtropicais, sem atingir os trópicos. Acredita-se que a nível mundial existam três populações isoladas: a do Pacífico, a do Atlântico Norte e a do Hemisfério Sul (Evans, 1987). Ainda pouco é conhecido em termos de migrações, no entanto, esta espécie parece efectuar migrações sazonais, dirigidas a Norte no Inverno, para alimentação em águas mais frias, e a Sul no Verão para se reproduzirem em águas mais quentes. No entanto, também é possível observar a ocorrência em alguns locais de populações residentes. A baleia-anã percorre uma grande diversidade de habitats, desde zonas oceânicas a áreas costeiras. Pode ser observada na zona de plataforma continental, com profundidades iguais ou inferiores a 200 m, uma vez que pode aproximar-se de terra e entrar em estuários ou baías. Na região centro/norte de Portugal, as observações de baleia-anã ocorreram um pouco por toda a área de estudo, sendo que na maior parte das observações foram registados 1 ou 2 indivíduos. Estas observações ocorreram maioritariamente na proximidade do talude, mas algumas observações ocorreram relativamente próximo de costa (± 20 milhas náuticas) e em profundidades inferiores a 100 metros (Mapa 8). A zona de maior concentração de observações ocorreu entre o Porto e a Figueira da Foz. 43

44 Mapa 8. Distribuição das observações totais de baleia-anã, mediante a representação de Kernels, obtidos durante censos aéreos, costeiros e em plataformas de oportunidade no centro e norte de Portugal. -10 Porto

45 Tabela resumo de hot-spots para as diferentes espécies no norte e centro de Portugal Espécie Nome comum Hot-Spots de ocorrência Delphinus delphis Golfinho-comum Zona Costeira entre Aveiro e S. Pedro de Moel (Mapa 1) Zona Oceânica a norte da Póvoa do Varzim (Mapa 1) Phocoena phocoena Bôto Mira a Nazaré (Mapa 4) Stenella coeruleoalba Golfinho-riscado Zona oceânica a nordeste de Aveiro (Mapa 5) Tursiops truncatus Roaz-corvineiro Norte de Peniche (Mapa 6) Globicephala melas Baleia-piloto Zona oceânica a nordeste da Póvoa do Varzim (Mapa 7) Zona oceânica entre Porto e Figueira da Foz (Mapa 7) Balaenoptera acutorostrata Baleia-anã Zona oceânica entre Porto e Figueira da Foz (Mapa 8) 45

46 46

47 Capítulo 3 47

48 48 A diversidade da frota de pesca Portuguesa é uma das suas mais valias.

49 As pescas em Portugal Continental Portugal é um país onde a pesca é uma actividade de grande tradição e importância cultural. Esta importância está relacionada com o facto de Portugal possuir uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) de cerca de km 2, uma extensa zona costeira e uma plataforma continental de elevada produtividade. Desde a entrada na União Europeia, em 1986, a politica de gestão do sector das pescas está em conformidade com a política comunitária, que visa a implementação progressiva de uma abordagem à gestão das pescas na perspectiva do ecossistema, de forma a viabilizar a actividade pesqueira do ponto de vista económico e minimizar os impactes da pesca nos ecossistemas marinhos (PO Pesca 2007/2013). Para tal, foram estabelecidas quotas para algumas espécies, foram criadas áreas de interdição à pesca, existe restrição das artes de pesca, foi definido um tamanho mínimo de captura para as espécies exploradas, existe uma padronização do tamanho da malhagem da rede e uma definição da percentagem máxima de capturas acidentais. Houve também um decréscimo significativo da frota, embora a potência por embarcação tenha aumentado, o número de pescadores e desembarques diminuiu, e de uma maneira geral o sector perdeu alguma importância a nível económico, representando actualmente um peso relativamente baixo na economia nacional (Baeta & Cabral, 2005). A frota de pesca portuguesa apresenta uma grande diversidade nas suas características de zona para zona e em relação à actividade e tecnologias de pesca utilizadas (Baeta & Cabral, 2005). De acordo com o tamanho das embarcações (comprimento ou tonelagem), potência do motor e área em que as embarcações operam, a frota de pesca portuguesa pode ser classificada em três categorias: local, costeira e de largo (Tabela 3.1). Embarcação de pescal local Tabela 3.1. Requerimentos legais para a classificação da frota como local, costeira e de largo. Frota Área de pesca Tamanho (comprimento ou GT) Potência do motor Local Cabinados 1-30 milhas < 9m < 100HP Não-Cabinados ¼ - 6 milhas < 9m < 60HP Costeira Fora da 1 milha Fora das 6 milhas se GT>100 > 9m e mais de 180GT > 35HP Largo Fora das 12 milhas > 100GT 49

50 Embarcações de cerco 50 As embarcações de pesca local caracterizam- -se por uma grande heterogeneidade e baixo grau de autonomia. São embarcações que operam normalmente em águas interiores ou na orla marítima perto da costa, com artes de pesca diversas, existindo em número elevado. Esta frota é de extrema importância para o sector devido ao seu peso sócio-económico nas comunidades piscatórias, dela dependendo um grande número de postos de trabalho. A frota de pesca costeira apresenta uma maior autonomia, maior tonelagem e potência e melhores meios de conservação do pescado a bordo que as embarcações da frota local, pelo que têm condições para operar em zonas mais afastadas da costa, podendo mesmo actuar fora da ZEE nacional. A frota de pesca de largo é formada por navios de maiores dimensões, com condições de autonomia e meios de transformação e conservação do pescado a bordo, o que lhes permite actuar em zonas distantes como por exemplo, o Atlântico Norte, o Atlântico Central e o Atlântico Sul. Por definição, considera-se que o sector da pesca artesanal engloba todas as embarcações com menos de 12 metros de comprimento fora-a-fora, quaisquer que sejam as suas artes. No entanto, as embarcações acima

51 Embarcação polivalente de 12 metros tais como as da pescaria de cerco, pela sua componente operacional, podem ser incluídas no sector artesanal. As principais espécies capturadas ao longo da costa portuguesa são, no sistema pelágico a sardinha, a cavala, o biqueirão, o carapau, o carapau-negrão e o verdinho. Os peixes mais importantes da comunidade demersal são a pescada, o tamboril, o linguado e outros peixes chatos. Existem também muitas espécies de elasmobrânquios na região, incluindo raias e tintureiras, sendo que também os cefalópodes, tais como o polvo e o choco, apresentam alguma importância em termos de descargas. 51

52 52 Embarcação de Xávega

53 Características sócio-económicas da pesca artesanal O sector das pescas apresenta um peso relativamente baixo na economia nacional. A população relacionada com a pesca representa cerca de 0,3% da população activa com mais de 12 anos de idade e cerca de 6,9% da população empregada no sector primário (INE, 2010). No entanto, se analisarmos o impacto do sector das pescas a nível local ou regional, verifica-se que este sector tem um forte impacto social na medida que a pesca funciona como um factor de fixação das populações, existindo muitas comunidades ao longo da costa que têm a pesca como a sua actividade principal (PO Pesca ). Os profissionais da pesca distribuem-se maioritariamente entre os grupos etários dos 35 a 44 anos e dos 45 a 54 anos, correspondendo no seu conjunto a cerca de 60% do total. A maioria dos pescadores matriculados encontram-se registados na região Norte (27%), na região Centro (21%) e no Algarve (19%). Quanto ao nível de ensino da população da pesca, este é na sua generalidade baixo. Cerca de 75% da população possui habilitações abaixo do 3.º ciclo do ensino básico, sendo que destes, 55% apenas tem o 1.º ciclo do ensino básico (INE, 2010). A maioria dos profissionais do sector das pescas é trabalhador por conta de outrem (73% do total) e cerca de 27% são patrões ou trabalhadores por conta própria. Ao longo das últimas décadas tem-se observado um aumento do número de patrões ou trabalhadores por conta própria, enquanto que o número de trabalhadores por conta de outrem tem vindo Pescadores a preparar as redes de cerco a diminuir (INE, 2010). Na realidade, tal acontece porque normalmente o patrão/dono da embarcação é também o mestre e faz parte da tripulação. Para além disso, a maioria das embarcações de pesca artesanal é composta por uma ou duas pessoas. O número de tripulantes aumenta com a complexidade das artes que se utilizam, pelo que embarcações de cerco ou arrasto têm mais tripulantes que a frota polivente. 53

ANDAM GOLFINHOS NA COSTA

ANDAM GOLFINHOS NA COSTA ANDAM GOLFINHOS NA COSTA ESCOLA DE MAR INVESTIGAÇÃO, PROJECTOS E EDUCAÇÃO EM AMBIENTE E ARTES Delphinus delphis Toninha, assim se chama o mais comum dos golfinhos em Portugal. O golfinho-comum (Delphinus

Leia mais

Newsletter. Ano I - Janeiro de 2010. O Projecto SafeSea. Arrojamentos

Newsletter. Ano I - Janeiro de 2010. O Projecto SafeSea. Arrojamentos Ano I - Janeiro de 2010 Newsletter O Projecto SafeSea As interacções entre cetáceos e as diferentes artes de pesca apresentam efeitos negativos tanto para as populações destas espécies, como para a economia

Leia mais

Trabalho realizado por: João Rabaça. 11º Ano do Curso Técnico de gestão de Equipamentos Informáticos

Trabalho realizado por: João Rabaça. 11º Ano do Curso Técnico de gestão de Equipamentos Informáticos Trabalho realizado por: João Rabaça 11º Ano do Curso Técnico de gestão de Equipamentos Informáticos Introdução Animais em vias de extinção - O que são? - O que é a extinção? -O cachalote -O Lince Ibérico

Leia mais

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ANO 2011

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ANO 2011 RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ANO 2011 CRISTINA BRITO, NINA VIEIRA, FRANCISCO MARTINHO e INÊS CARVALHO INTRODUÇÃO A Escola de Mar Investigação, Projetos e Educação em Ambiente e Artes, Lda. é uma empresa

Leia mais

Estudando a Ecologia dos Golfinhos nos Açores

Estudando a Ecologia dos Golfinhos nos Açores Estudando a Ecologia dos Golfinhos nos Açores por Sophie Quérouil, Irma Cascão, Renato Bettencourt e Joana Wisznievski O que é que andam os golfinhos a fazer? Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira,

Leia mais

É esta imensidão de oceano, que mais tarde ou mais cedo teremos de aproveitar de um modo sustentável.

É esta imensidão de oceano, que mais tarde ou mais cedo teremos de aproveitar de um modo sustentável. Pescas Senhor Presidente da Assembleia Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhoras e Senhores Membros do Governo É inevitável olhar as ilhas na sua descontinuidade e imaginá-las

Leia mais

Contribuição do CCR Sul relativamente à consulta da CE sobre a revisão do regime de acesso à pesca de alto mar

Contribuição do CCR Sul relativamente à consulta da CE sobre a revisão do regime de acesso à pesca de alto mar Amarelo: Questão? Azul: inserção Contribuição do CCR Sul relativamente à consulta da CE sobre a revisão do regime de acesso à pesca de alto mar * O CCR Sul agradece à Comissão Europeia a oportunidade que

Leia mais

BOTO-CINZA: SOTALIAGUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864)

BOTO-CINZA: SOTALIAGUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864) BOTO-CINZA: SOTALIAGUIANENSIS (VAN BÉNÉDEN, 1864) Juliana Ywasaki Lima Leonardo Serafim da Silveira Boto-cinza: Sotaliaguianensis (Van Bénéden, 1864) Juliana Ywasaki Lima, MV, MSc., Doutoranda do Programa

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS Introdução Os oceanos ocupam cerca de 71% da superfície da Terra As partes mais profundas atingem quase 11000 metros Profundidade média dos oceanos é 3800 m. Volume

Leia mais

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves 1. Introdução A energia eólica é a fonte de energia que regista maior crescimento em todo o mundo. A percentagem

Leia mais

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 NOTA METODOLÓGICA De acordo com a definição nacional, são pequenas e médias empresas aquelas que empregam menos de 500 trabalhadores, que apresentam um volume de

Leia mais

BLOCO 11. ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS:

BLOCO 11. ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS: BLOCO 11 ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS: PROBLEMA 1 O empresário do Monte da Ribeira pretende realizar uma

Leia mais

CAPA DO RELATÓRIO DE VIAGEM

CAPA DO RELATÓRIO DE VIAGEM CAPA DO RELATÓRIO DE VIAGEM - A preencher por cada saída. ID_OBSERVADOR(ES) NOME DO BARCO MATRÍCULA Nome do observador, nome e matrícula do barco respectivamente. TRÂNSITO: Data e hora de saída/entrada

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

Espécies de cetáceos registrados entre a praia de Guaibim e costa leste da ilha de Itaparica e áreas circunvizinhas, incluindo a BTS

Espécies de cetáceos registrados entre a praia de Guaibim e costa leste da ilha de Itaparica e áreas circunvizinhas, incluindo a BTS Espécies de cetáceos registrados entre a praia de Guaibim e costa leste da ilha de Itaparica e áreas circunvizinhas, incluindo a BTS ESPÉCIE NOME POPULAR ENCALHE OBSERVAÇÃO Megaptera novaeangliae baleia

Leia mais

EDP. PREPARAR A ECONOMIA DO CARBONO Eficiência energética em alerta vermelho EMPRESA

EDP. PREPARAR A ECONOMIA DO CARBONO Eficiência energética em alerta vermelho EMPRESA EDP PREPARAR A ECONOMIA DO CARBONO Eficiência energética em alerta vermelho EMPRESA O Grupo EDP Energias de Portugal centra as suas actividades na produção, distribuição e comercialização de energia eléctrica,

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

Jornal Oficial da União Europeia 30.4.2004

Jornal Oficial da União Europeia 30.4.2004 L 150/12 PT Jornal Oficial da União Europeia 30.4.2004 REGULAMENTO (CE) N.º 812/2004 DO CONSELHO de 26.4.2004 que estabelece medidas relativas às capturas acidentais de cetáceos no exercício das actividades

Leia mais

ESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas

ESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas Resumo das Conclusões Ainda vamos a tempo de evitar os piores impactos das alterações climáticas, se tomarmos desde já medidas rigorosas. As provas científicas são presentemente esmagadoras: as alterações

Leia mais

A Vida do Cagarro. durante 1 ano

A Vida do Cagarro. durante 1 ano A Vida do Cagarro durante 1 ano Outubro-Novembro A grande viagem para Sul Em Outubro, os cagarros juvenis, já com o tamanho e a plumagem de cagarros adultos, são abandonados no ninho pelos seus progenitores,

Leia mais

Mais clima para todos

Mais clima para todos Mais clima para todos 1 Mais clima para todos Na União Europeia, entre 1990 e 2011, o setor dos resíduos representou 2,9% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e foi o 4º setor que mais contribuiu

Leia mais

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005.

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005. Estudo da vegetação 1. Introdução A intensa actividade humana desenvolvida na região Centro ao longo dos últimos milénios conduziu ao desaparecimento gradual de extensas áreas de floresta autóctone, que

Leia mais

A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul

A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul Projeto educativo A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul A Ponte Entre a Escola e a Ciência Azul é um projeto educativo cujo principal objetivo é a integração ativa de estudantes do ensino secundário

Leia mais

Pescas e Aquicultura na Região Centro BREVE CARACTERIZAÇÃO

Pescas e Aquicultura na Região Centro BREVE CARACTERIZAÇÃO Pescas e Aquicultura na Região Centro BREVE CARACTERIZAÇÃO As distintas actividades das pescas têm uma representação expressiva na área de actuação da DRAPCentro: frota de pesca (local, costeira e do largo);

Leia mais

O Ser Humano como potencial destruidor do ecossistema marinho. Carlos Bastos

O Ser Humano como potencial destruidor do ecossistema marinho. Carlos Bastos O Ser Humano como potencial destruidor do ecossistema marinho Carlos Bastos Índice 1 - Introdução 2- As actividades marítimas como prática destrutiva do ecossistema marinho 2.1 - Como se caracteriza a

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por: A metodologia do Projecto SMART MED PARKS ARTIGO TÉCNICO O Projecto SMART MED PARKS teve o seu início em Fevereiro de 2013, com o objetivo de facultar uma ferramenta analítica de confiança para apoiar

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

XI Mestrado em Gestão do Desporto

XI Mestrado em Gestão do Desporto 2 7 Recursos Humanos XI Mestrado em Gestão do Desporto Gestão das Organizações Desportivas Módulo de Gestão de Recursos Rui Claudino FEVEREIRO, 28 2 8 INDÍCE DOCUMENTO ORIENTADOR Âmbito Objectivos Organização

Leia mais

CURSO SOBRE PARTICIPAÇÃO DE GRUPOS DE INTERESSE

CURSO SOBRE PARTICIPAÇÃO DE GRUPOS DE INTERESSE CURSO SOBRE PARTICIPAÇÃO DE GRUPOS DE INTERESSE CENÁRIO: GESTÃO COLABORATIVA DE PESCAS Este caso de estudo é largamente fictício e foi baseado em Horrill, J.C., n.d. Collaborative Fisheries Management

Leia mais

IUCN Red List Categories - Version 3.1

IUCN Red List Categories - Version 3.1 IUCN Red List Categories - Version 3.1 IUCN 2001. IUCN Red List Categories: version 3.1. Prepared by the IUCN Species Survival Commission.IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, UK. I. DEFINIÇÕES 1. População

Leia mais

Índices Teleconectivos

Índices Teleconectivos Índices Teleconectivos NAO North Atlantic Oscillation ENSO El Niño Southern Oscillation Dinâmica do Clima Ana Picado 338 Carina Lopes 868 Introdução: Dinâmica do Clima A circulação atmosférica é bem conhecida

Leia mais

MUNICÍPIOS E O MAR Associação Fórum Empresarial da Economia do Mar. Município da Nazaré

MUNICÍPIOS E O MAR Associação Fórum Empresarial da Economia do Mar. Município da Nazaré MUNICÍPIOS E O MAR Associação Fórum Empresarial da Economia do Mar Município da Nazaré PROJECTO VIVER O MAR Valorizar a associação da Nazaré ao Mar como factor de identidade Assegurar o conhecimento Científico

Leia mais

Geografia - Clima e formações vegetais

Geografia - Clima e formações vegetais Geografia - Clima e formações vegetais O MEIO NATURAL Clima e formações vegetais 1. Estado do tempo e clima O que é a atmosfera? A atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra e permite a manutenção

Leia mais

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 28/IX SOBRE A REVISÃO DA POLÍTICA COMUM DAS PESCAS

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 28/IX SOBRE A REVISÃO DA POLÍTICA COMUM DAS PESCAS PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 28/IX SOBRE A REVISÃO DA POLÍTICA COMUM DAS PESCAS A Assembleia da República, reunida em Plenário para um debate de urgência sobre as propostas da Comissão Europeia de reforma

Leia mais

Escola Secundária de Valongo PROFESSORAS: DINORA MOURA ISABEL MACHADO PIMENTA

Escola Secundária de Valongo PROFESSORAS: DINORA MOURA ISABEL MACHADO PIMENTA Escola Secundária de Valongo PROFESSORAS: DINORA MOURA ISABEL MACHADO PIMENTA 1º PERÍODO TEMAS / CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS O ALUNO DEVERÁ SER CAPAZ DE: BLOCOS (90 min) ALGUMAS SUGESTÕES DE EXPERIÊNCIAS

Leia mais

QUALIDADE E INOVAÇÃO. Docente: Dr. José Carlos Marques

QUALIDADE E INOVAÇÃO. Docente: Dr. José Carlos Marques QUALIDADE E INOVAÇÃO Docente: Dr. José Carlos Marques Discentes: Estêvão Lino Andrade N.º 2089206 Maria da Luz Abreu N.º 2405797 Teodoto Silva N.º 2094306 Vitalina Cunha N.º 2010607 Funchal, 28 de Março

Leia mais

VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO EM PORTUGAL

VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO EM PORTUGAL VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO EM PORTUGAL O regime térmico de Portugal acompanha a variação da radiação solar global ao longo do ano. Ao longo do ano, os valores da temperatura média mensal

Leia mais

Plano de Actividades do CEA para 2006

Plano de Actividades do CEA para 2006 Plano de Actividades do CEA para 2006 A Direcção do CEA propõe-se preparar as condições para atingir diferentes objectivos e procurar apoios para a sua realização. 1. Objectivos Prioritários 1.1 Redesenhar

Leia mais

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Ponto de situação em 31 de Outubro de 2007 As listas de consumidores com direito à restituição de caução foram

Leia mais

Observatório da Criação de Empresas. Observatório da Criação de Empresas

Observatório da Criação de Empresas. Observatório da Criação de Empresas Observatório da Criação de Empresas O Observatório da Criação de Empresas é um projecto desenvolvido pelo IAPMEI, com a colaboração da Rede Portuguesa de Centros de Formalidades das Empresas (CFE), que

Leia mais

Projeto de Voluntariado para a Cooperação: MUITO MAIS MUNDO. Plano de acção para o Município de Santa Cruz, Santiago, Cabo Verde.

Projeto de Voluntariado para a Cooperação: MUITO MAIS MUNDO. Plano de acção para o Município de Santa Cruz, Santiago, Cabo Verde. Projeto de Voluntariado para a Cooperação: MUITO MAIS MUNDO Plano de acção para o Município de Santa Cruz, Santiago, Cabo Verde Versão concisa Coordenadores: Dr. José Mendes Alves, Câmara Municipal de

Leia mais

Projecto REDE CICLÁVEL DO BARREIRO Síntese Descritiva

Projecto REDE CICLÁVEL DO BARREIRO Síntese Descritiva 1. INTRODUÇÃO Pretende-se com o presente trabalho, desenvolver uma rede de percursos cicláveis para todo o território do Município do Barreiro, de modo a promover a integração da bicicleta no sistema de

Leia mais

1- Foca-da-Gronelândia (Pagophilus groenlandicus) 2 - Cavalo-marinho Pigmeu (Hippocampus bargibanti) 3 - Lontra-marinha (Enhydra lutris)

1- Foca-da-Gronelândia (Pagophilus groenlandicus) 2 - Cavalo-marinho Pigmeu (Hippocampus bargibanti) 3 - Lontra-marinha (Enhydra lutris) 2 - Cavalo-marinho Pigmeu (Hippocampus bargibanti) Características: É um peixe. Tem características semelhantes às do camaleão, como mudar de cor e mexer os olhos independentemente um do outro. Mede entre

Leia mais

Em 2007, por cada indivíduo nascido em Portugal, foram criadas 1,6 empresas

Em 2007, por cada indivíduo nascido em Portugal, foram criadas 1,6 empresas Em 2007, por cada indivíduo nascido em Portugal, foram criadas 1,6 empresas O Instituto Nacional de Estatística apresentou os primeiros resultados 1 sobre o empreendedorismo em Portugal para o período

Leia mais

8 DE MAIO 2013. ONDE NASCE O NOVO EMPREGO EM PORTUGAL Teresa Cardoso de Menezes

8 DE MAIO 2013. ONDE NASCE O NOVO EMPREGO EM PORTUGAL Teresa Cardoso de Menezes 8 DE MAIO 2013 ONDE NASCE O NOVO EMPREGO EM PORTUGAL Teresa Cardoso de Menezes a empresa activa mais antiga em Portugal nasceu em 1670? 2001 foi o ano em que nasceram mais empresas em Portugal? ontem quando

Leia mais

PRESSUPOSTOS BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO NO ALENTEJO

PRESSUPOSTOS BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO NO ALENTEJO PRESSUPOSTOS BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO NO ALENTEJO ÍNDICE 11. PRESSUPOSTO BASE PARA UMA ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO 25 NO ALENTEJO pág. 11.1. Um sistema regional de inovação orientado para a competitividade

Leia mais

Métodos de treino da resistência

Métodos de treino da resistência Métodos de treino da resistência Índice 1. Introdução... 2 2. Noções básicas sobre exercício e sistemas energéticos... 2 2.1. Capacidade e potência dos sistemas energéticos... 3 3. Métodos de Treino da

Leia mais

Seminário de discussão, Buenos Aires, 3 e 4 de Dezembro de 2009

Seminário de discussão, Buenos Aires, 3 e 4 de Dezembro de 2009 Maria de Lurdes Rodrigues ISCTE Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) Departamento de Sociologia Av. das Forças Armadas, 1600, Lisboa, Portugal mlreisrodrigues@gmail.com Seminário de discussão,

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. O aumento da esperança de vida, conseguido através do desenvolvimento,

Leia mais

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE NOS SERVIÇOS SAGRA ONLINE

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE NOS SERVIÇOS SAGRA ONLINE AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE NOS SERVIÇOS SAGRA ONLINE Relatório de Apreciação Ref.ª IT 08/82/2007 1. Introdução No Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio (COTR) a qualidade é encarada como

Leia mais

CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS

CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS A conservação dos recursos haliêuticos envolve a necessidade de assegurar uma exploração sustentável desses mesmos recursos e a viabilidade a longo prazo do setor.

Leia mais

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS Intervenção do Senhor Presidente da CIP Confederação da Indústria Portuguesa, Eng.º Francisco van Zeller, na Audição Pública (CCB, 04/04/2008)

Leia mais

Conclusões CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES. O Ambiente Interior e a Saúde dos Ocupantes de Edifícios de Habitação. 217

Conclusões CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES. O Ambiente Interior e a Saúde dos Ocupantes de Edifícios de Habitação. 217 Conclusões CAPÍTULO 7 CONCLUSÕES O Ambiente Interior e a Saúde dos Ocupantes de Edifícios de Habitação. 217 Capítulo 7 7. CONCLUSÕES 7.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7.2. SÍNTESE DE INOVAÇÃO 7.3. DESENVOLVIMENTOS

Leia mais

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na 1 Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na composição predominante da vegetação. O padrão climático (temperatura e precipitação) representa o principal aspecto utilizado

Leia mais

O TURISMO NO ESPAÇO RURAL 2005

O TURISMO NO ESPAÇO RURAL 2005 O TURISMO NO ESPAÇO RURAL 2005 Elaborado por: Maria Julieta Martins Coordenado por: Teresinha Duarte Direcção de Serviços de Estudos e Estratégia Turísticos Divisão de Recolha e Análise Estatística Índice

Leia mais

IAGC. Associação Internacional dos Contratistas de Geofísica. Possui um Comitê Ambiental cuja missão é:

IAGC. Associação Internacional dos Contratistas de Geofísica. Possui um Comitê Ambiental cuja missão é: IAGC Associação Internacional dos Contratistas de Geofísica Possui um Comitê Ambiental cuja missão é: Estabelecer um fórum no qual se facilite o intercâmbio dos aspectos ambientais e assuntos relacionados

Leia mais

8 anos de Planos de Promoção do Desempenho Ambiental (PPDA)

8 anos de Planos de Promoção do Desempenho Ambiental (PPDA) 8 anos de Planos de Promoção do Desempenho Ambiental (PPDA) PPDA CONCRETIZAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES ESTATUTÁRIAS DA ERSE Estatutos Ferramentas Contribuir para melhorar o desempenho ambiental das empresas que

Leia mais

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 O Sol e a dinâmica da natureza. O Sol e a dinâmica da natureza. Cap. II - Os climas do planeta Tempo e Clima são a mesma coisa ou não? O que

Leia mais

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano Projeto 1 Onde existe Vida? Tempo Previsto: 4 quinzenas (do 1ºPeríodo) Ciências Naturais A ÁGUA, O AR, AS ROCHAS E O SOLO MATERIAIS TERRESTRES 1.ª Fase: Terra um planeta com vida 2.ª Fase: A importância

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de

Leia mais

Turismo no Espaço Rural. A oferta e a procura no TER

Turismo no Espaço Rural. A oferta e a procura no TER A oferta e a procura no TER 2007 Índice Introdução Capacidade de alojamento Estimativa de dormidas Taxas de ocupação-cama Anexos 2 Introdução. Em 2007 estavam em funcionamento em Portugal 1.023 unidades

Leia mais

Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental

Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental A Nestlé, na qualidade de Companhia líder em Nutrição, Saúde e Bem-Estar, assume o seu objectivo

Leia mais

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade Projectos contribuem para: aplicação, desenvolvimento, avaliação e seguimento da política e legislação da UE na área da natureza e da biodiversidade, incluindo

Leia mais

97% dos indivíduos com idade entre os 10 e os 15 anos utilizam computador, 93% acedem à Internet e 85% utilizam telemóvel

97% dos indivíduos com idade entre os 10 e os 15 anos utilizam computador, 93% acedem à Internet e 85% utilizam telemóvel 97% dos indivíduos com idade entre os 10 e os 15 anos utilizam computador, 93% acedem à Internet e 85% utilizam telemóvel De acordo com o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da pelas

Leia mais

Construção e Energias Renováveis. Volume IV Energia das Ondas. um Guia de O Portal da Construção. www.oportaldaconstrucao.com

Construção e Energias Renováveis. Volume IV Energia das Ondas. um Guia de O Portal da Construção. www.oportaldaconstrucao.com Construção e Energias Renováveis Volume IV Energia das Ondas um Guia de Copyright, todos os direitos reservados. Este Guia Técnico não pode ser reproduzido ou distribuído sem a expressa autorização de.

Leia mais

Estudos de Imagem e Notoriedade

Estudos de Imagem e Notoriedade Estudos de Imagem e Notoriedade 1- Enquadramento O Serviço: Relatórios Avaliação da Imagem e Notoriedade das organizações, bem como da força de marca e posicionamento face à concorrência. Para que Serve:

Leia mais

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente. The role of Project management in achieving Project success Ao longo da desta reflexão vou abordar os seguintes tema: Definir projectos, gestão de projectos e distingui-los. Os objectivos da gestão de

Leia mais

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS 2001-2008 DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E SEUS CONCELHOS. F e v e r e i r o d e 2 0 1 0

ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS 2001-2008 DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E SEUS CONCELHOS. F e v e r e i r o d e 2 0 1 0 ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS 2001-2008 DISTRITO DE VIANA DO CASTELO E SEUS CONCELHOS U n i d a d e d e S a ú d e P ú b l i c a d o A l t o M i n h o F e v e r e i r o d e 2 0 1 0 U n i d a d e d e S a ú d

Leia mais

Disciplina: Geografia. Trabalho realizado por: Mónica Algares nº 17. Turma: B

Disciplina: Geografia. Trabalho realizado por: Mónica Algares nº 17. Turma: B Disciplina: Geografia Trabalho realizado por: Mónica Algares nº 17 Turma: B 1 Índice Introdução... 3 Principais fontes de poluição dos oceanos e mares... 4 Prejuízos irremediáveis... 5 As marés negras...

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA Como pode cair no enem (ENEM) Várias estratégias estão sendo consideradas para a recuperação da diversidade biológica de um ambiente degradado, dentre elas, a criação

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

CEF/0910/26436 Relatório final da CAE (Univ) - Ciclo de estudos em funcionamento

CEF/0910/26436 Relatório final da CAE (Univ) - Ciclo de estudos em funcionamento CEF/0910/26436 Relatório final da CAE (Univ) - Ciclo de estudos em funcionamento Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.9 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade

Leia mais

ANEXO 3. A floresta portuguesa FACTOS E NÚMEROS

ANEXO 3. A floresta portuguesa FACTOS E NÚMEROS ANEXO 3 FACTOS E NÚMEROS A floresta portuguesa 1. Os espaços florestais ocupam 5,4 milhões de hectares e representam cerca de dois terços da superfície de Portugal Continental. Destes, 3,4 milhões de hectares

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Observatório Pedagógico Desigualdade Económica em Portugal Carlos Farinha Rodrigues ISEG / Universidade Técnica de Lisboa Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos 18 de Outubro de 2012 2 Objectivos:

Leia mais

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. SISTEMAS DE GESTÃO DE BASE DE DADOS Microsoft Access TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. SISTEMAS DE GESTÃO DE BASE DE DADOS Microsoft Access TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Microsoft Access TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO CONCEITOS BÁSICOS 1 Necessidade das base de dados Permite guardar dados dos mais variados tipos; Permite

Leia mais

Os diferentes climas do mundo

Os diferentes climas do mundo Os diferentes climas do mundo Climas do Mundo Mapa dos climas do mundo Climas quentes Equatoriais Tropical húmido Tropical seco Desértico quente Climas temperados Temperado Mediterrâneo Temperado Marítimo

Leia mais

PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (8.º ANO) 2015/2016 Docentes: João Mendes, Madalena Serra e Vanda Messenário

PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (8.º ANO) 2015/2016 Docentes: João Mendes, Madalena Serra e Vanda Messenário PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (8.º ANO) 2015/2016 Docentes: João Mendes, Madalena Serra e Vanda Messenário 1 Metras Curriculares Estratégias Tempo Avaliação TERRA UM PLANETA COM VIDA Sistema Terra: da

Leia mais

ANÁLISE DO MERCADO DE REMESSAS PORTUGAL/BRASIL

ANÁLISE DO MERCADO DE REMESSAS PORTUGAL/BRASIL Banco Interamericano de Desenvolvimento Fundo Multilateral de Investimentos Financiado pelo Fundo Português de Cooperação Técnica ANÁLISE DO MERCADO DE REMESSAS PORTUGAL/BRASIL SUMÁRIO EXECUTIVO Equipa

Leia mais

A taxa de desemprego do 3º trimestre de 2007 foi de 7,9%

A taxa de desemprego do 3º trimestre de 2007 foi de 7,9% Estatísticas do Emprego 3º trimestre de 2007 16 de Novembro de 2007 A taxa de desemprego do 3º trimestre de 2007 foi de 7,9 A taxa de desemprego estimada para o 3º trimestre de 2007 foi de 7,9. Este valor

Leia mais

Projeto 1 do Plano de Ação Lixo Marinho Açores

Projeto 1 do Plano de Ação Lixo Marinho Açores Projeto 1 do Plano de Ação Lio Marinho Açores Projeto DQEM DeLioMar Lio Marinho Descrição É um projeto de âmbito nacional, incluído no programa de monitorização de Portugal, para responder ao Descritor

Leia mais

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso Pedro João 28 de Abril 2011 Fundação António Cupertino de Miranda Introdução ao Plano de Negócios Modelo de Negócio Análise Financeira Estrutura do Plano de

Leia mais

ANEXO A. Carta Educativa do Concelho de Mafra Anexo A, Pág. 305

ANEXO A. Carta Educativa do Concelho de Mafra Anexo A, Pág. 305 ANEXO A Anexo A, Pág. 305 Jardim de Infância (JI) Faixa Etária: 3 aos 5 anos Observações Percursos escola-habitação A pé - preferencial até 15 minutos; Em transporte público - máx. aceitável 20 minutos.

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DOS AGREGADOS FAMILIARES PORTUGUESES COM MENORES EM IDADE ESCOLAR Alguns resultados

CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DOS AGREGADOS FAMILIARES PORTUGUESES COM MENORES EM IDADE ESCOLAR Alguns resultados CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DOS AGREGADOS FAMILIARES PORTUGUESES COM MENORES EM IDADE ESCOLAR Alguns resultados Os dados apresentados resultam do estudo: "Caracterização Social dos Agregados Familiares Portugueses

Leia mais

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção 02 Estratégia Nacional de

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Desigualdade Económica em Portugal Principais resultados 1 A publicação anual pelo Eurostat e pelo INE de indicadores de desigualdade na distribuição pessoal do rendimento em Portugal, e a sua comparação

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Universidade de Aveiro Departamento de Física. Dinâmica do Clima. Precipitação

Universidade de Aveiro Departamento de Física. Dinâmica do Clima. Precipitação Universidade de Aveiro Departamento de Física Dinâmica do Clima Precipitação Objectivos Analisar a evolução do Clima, no nosso caso a taxa de precipitação, desde Dezembro de 1994 até Dezembro de 2006.

Leia mais

Fotografias PauloHSilva//siaram. Saber Mais... Ambiente Açores

Fotografias PauloHSilva//siaram. Saber Mais... Ambiente Açores Fotografias PauloHSilva//siaram Saber Mais... Ambiente Açores Convenção Diversidade Biológica O que é a Convenção da Diversidade Biológica? A Convenção da Diversidade Biológica é um acordo assinado entre

Leia mais

contexto estratégico, económico e empresarial

contexto estratégico, económico e empresarial A Marina de Albufeira Uma história de 10 anos A Marina e a cidade de Albufeira, uma relação de futuro 1997 2001 2020 A Marina de Albufeira - descrição Albufeira Algarve - Portugal 475 postos de amarração

Leia mais

Ecologia Geral (ECG33AM) Estrutura populacional (crescimento e dinâmica populacional)

Ecologia Geral (ECG33AM) Estrutura populacional (crescimento e dinâmica populacional) Ecologia Geral (ECG33AM) Estrutura populacional (crescimento e dinâmica populacional) A dinâmica populacional crescimento e regulação do tamanho populacional Quando se menciona um aumento do tamanho populacional,

Leia mais

A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel.

A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel. A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel. Projecto A Oficina+ ANECRA é uma iniciativa criada em 1996, no âmbito da Padronização de Oficinas ANECRA. Este projecto visa reconhecer a qualidade

Leia mais

A taxa de desemprego foi de 11,1% no 4º trimestre de 2010

A taxa de desemprego foi de 11,1% no 4º trimestre de 2010 Estatísticas do Emprego 4º trimestre de 2010 16 de Fevereiro de 2011 A taxa de desemprego foi de 11,1% no 4º trimestre de 2010 A taxa de desemprego estimada para o 4º trimestre de 2010 foi de 11,1%. Este

Leia mais

PERFIL DO JOVEM EMPREENDEDOR

PERFIL DO JOVEM EMPREENDEDOR DESCRIÇÃO DOS MÓDULOS E UNIDADES DE PERFIL DO JOVEM EMPREENDEDOR UNIDADES FUNDAMENTAIS QEQ NÍVEL QNQ parceiros HORAS DE PONTOS ECVET UNIDADES GENÉRICAS NÍVEL QEQ QNQ HORAS DE APRENDIZAG EM PONTOS ECVET

Leia mais

Protocolo de Colaboração Rede Embaixadores para a Responsabilidade Social das Empresas dos Açores

Protocolo de Colaboração Rede Embaixadores para a Responsabilidade Social das Empresas dos Açores Protocolo de Colaboração Rede Embaixadores para a Responsabilidade Social das Empresas dos Açores Introdução Considerando que nos Açores, são já muitas as empresas e organizações que assumem convictamente

Leia mais