Regras Gerais. Contrato de Sociedade

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Regras Gerais. Contrato de Sociedade"

Transcrição

1 Regras Gerais Contrato de Sociedade Noção O contrato de sociedade é aquele em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de certa actividade económica, que não seja de mera fruição, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa actividade. O elemento fundamental de distinção entre uma sociedade comercial e uma sociedade civil consiste na prática, ou não, de actos de comércio. Revestem por lei, a forma de sociedades civis, entre outras, as sociedades de advogados e as de revisores oficiais de contas. Os tipos de sociedades comerciais As sociedades comerciais são "aquelas que tenham por objecto a prática de actos de comércio e adoptem o tipo de sociedade em nome colectivo, de sociedade por quotas, de sociedade anónima, de sociedade em comandita simples ou de sociedade em comandita por acções." (artigo 1.º, n.º 2, do Código das Sociedades Comerciais). Estão sujeitas ao princípio da tipicidade. Isto significa que apenas podem adoptar um dos tipos previstos no Código das Sociedades Comerciais. Aos interessados está vedada a faculdade de celebrar contratos de sociedades comerciais diversos daqueles previstos na lei. Os tipos de contratos de sociedade previstos são: Sociedade em nome colectivo; Sociedade por quotas; Sociedade anónima; Sociedade em comandita simples; Sociedade em comandita por acções.

2 Os tipos acima referidos apresentam diferenças entre si que serão abordadas adiante. As mais relevantes manifestam-se ao nível da responsabilidade dos sócios perante a sociedade e os credores da sociedade, do regime da transmissão das participações sociais, da sua estrutura organizatória e do número mínimo de sócios. Elementos essenciais Forma O contrato de sociedade deve ser reduzido a escrito e as assinaturas dos seus subscritores devem ser reconhecidas presencialmente (cf. artigo 7.º do Código das Sociedades Comerciais). As câmaras de comércio e indústria, reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n.º 244/92, de 29 de Outubro, os conservadores, os oficiais de registo, os advogados e os solicitadores podem fazer reconhecimentos simples e com menções especiais, presenciais e por semelhança, autenticar documentos particulares, certificar, ou fazer e certificar, traduções de documentos nos termos previstos na lei notarial. Os reconhecimentos, as autenticações e as certificações efectuados pelas entidades previstas nos números anteriores conferem ao documento a mesma força probatória que teria se tais actos tivessem sido realizados com intervenção notarial. Desapareceu, portanto, a regra da obrigatoriedade da celebração do contrato de sociedade por escritura pública. A mesma apenas se manterá nos casos em que seja essa a forma exigida para a transmissão dos bens com que os sócios tenham entrado para a sociedade (por exemplo, bens imóveis). No âmbito do regime especial de constituição de sociedades, "empresa na hora" e "empresa on-line", destinados à constituição de sociedades comerciais e civis sob a forma comercial do tipo por quotas e anónima, os interessados optam por um pacto social pré-criado e aprovado pelo Director-Geral dos Registos e Notariado e procedem ao seu preenchimento junto dos serviços competentes.

3 Do documento de constituição de qualquer tipo de sociedade comercial devem constar obrigatoriamente os seguintes elementos: os nomes dos sócios fundadores, a firma, o objecto, a sede, o capital social (excepto nas sociedades em nome colectivo) e o montante da quota de capital subscrita por cada sócio, bem como o montante realizado por cada uma (ou, em alternativa, a declaração de que se comprometem no prazo de cinco dias úteis a efectuar o respectivo depósito). Para além destes elementos obrigatórios, o documento de constituição contém os estatutos propriamente ditos. Os estatutos mais não são que o próprio contrato de sociedade ou pacto social, que contém as cláusulas, aprovadas pelos sócios, pelas quais o funcionamento da sociedade se regerá. Nos casos em que seja necessário recorrer à escritura pública para constituir uma sociedade comercial (por exemplo, quando das entradas façam parte bens imóveis), os sócios deverão submeter à apreciação do notário uma minuta do respectivo pacto social. Este apreciará o texto apresentado, devendo cuidar que o mesmo não inclua qualquer cláusula ou artigo que contrarie normas legais. Os estatutos poderão fazer parte da escritura propriamente dita ou ficar anexos a esta, em documento complementar, sendo este igualmente assinado por todos os intervenientes no acto notarial. Nos casos de constituição de sociedades em que a intervenção notarial é dispensada, o controlo de legalidade acima mencionado caberá apenas ao Conservador do Registo Comercial, o qual apreciará a legalidade do pacto e dos elementos necessários ao registo da sociedade, após o que lavrará o registo competente ou, no limite, recusá-lo-á. No que aos regimes da "empresa na hora" e "empresa on-line" respeita, os particulares não têm de submeter qualquer pacto à apreciação, por enquanto. Ao invés, o Estado disponibiliza modelos de pactos sociais pré-aprovados, para que os interessados os escolham e os preencham, adaptando-os à constituição da sua sociedade em concreto. Os elementos acima referidos encontram-se previstos no artigo 9.º do Código das Sociedades Comerciais. Identificação dos sócios Devem constar do documento constitutivo da sociedade os nomes completos de cada um dos sócios, a naturalidade (freguesia e concelho), a residência e o estado civil, os números de contribuinte e de

4 bilhete de identidade, bem como a data e local da emissão deste último. Sendo os sócios casados, deverão ser indicados os nomes dos respectivos cônjuges e o regime de bens que vigora entre eles (comunhão de adquiridos, comunhão geral ou separação de bens). Se um dos sócios for uma sociedade, deverá ser indicada a firma, a sede, o capital social, o número de pessoa colectiva e o nome completo, naturalidade, residência, e a qualidade de quem se encontrar a representá-la, isto é, gerente, administrador ou procurador. Os documentos necessários para comprovar os elementos acima descritos são os seguintes: Bilhetes de identidade e cartões de contribuinte, para as pessoas singulares; Certidão do registo comercial emitida há menos de um ano e cartão de identificação de pessoa colectiva (se o respectivo número fiscal não constar da certidão), para as sociedades. Na certidão deverá(ão) constar o(s) nome(s) do(s) gerente(s) que a represente(m) como tal. Se se tratar de um procurador, este deverá exibir a respectiva procuração. Desta procuração deverão constar, em princípio, os poderes para representar a sociedade naquele acto concreto: constituição de uma sociedade comercial, qual a firma desta e o montante ou quota ou parte social que irá subscrever. Firma A firma da sociedade é a designação que esta irá adoptar no exercício da sua actividade. Além das regras relativas às firmas consoante o tipo de sociedade em causa em nome colectivo, por quotas, unipessoais por quotas, anónimas ou em comandita simples e por acções, existem requisitos genéricos a que devem obedecer. Assim, as firmas devem obedecer aos princípios da verdade e da novidade. No que respeita ao princípio da verdade, exige-se que os seus elementos e componentes sejam verdadeiros e não induzam em erro sobre a identificação, natureza ou actividade do seu titular. Quando as firmas forem constituídas por designações de fantasias, siglas ou composições, não podem sugerir actividade diferente da que constitui o objecto social. Os vocábulos de uso corrente e os topónimos, bem como qualquer indicação de proveniência geográfica, não são considerados de uso exclusivo.

5 Das firmas e denominações não podem fazer parte: i) Expressões que possam induzir em erro quanto à caracterização jurídica da pessoa colectiva, designadamente o uso, por entidades com fim lucrativo, de expressões correntemente usadas na designação de organismos públicos ou de associações sem finalidade lucrativa; ii) Expressões que sugiram de forma enganadora uma capacidade técnica, financeira ou âmbito de actuação manifestamente desproporcionados, relativamente aos meios disponíveis ou que correspondam a qualidades ou excelências em detrimento de outrem; iii) Expressões proibidas por lei ou ofensivas da moral ou dos bons costumes; iv) Expressões incompatíveis com o respeito pela liberdade de opção política, religiosa ou ideológica; v) Expressões que desrespeitem ou se apropriem ilegitimamente de símbolos nacionais, personalidades, épocas ou instituições cujo nome ou significado seja de salvaguardar por razões históricas, patrióticas, científicas, institucionais, culturais ou outras atendíveis. Quanto ao princípio da novidade, as firmas e denominações devem ser distintas e não susceptíveis de confusão ou erro com as registadas ou licenciadas no mesmo âmbito de exclusividade, mesmo quando a lei permita a inclusão de elementos utilizados por outras já registadas, ou com designações de instituições notoriamente conhecidas. Quando, por qualquer razão, deixe de ser associado ou sócio alguém cujo nome figure na firma ou denominação de pessoa colectiva, deve tal firma ou denominação ser alterada no prazo de um ano, a não ser que o associado ou sócio que se retire, ou os herdeiros deste, se falecer, consintam por escrito na continuação da mesma firma ou denominação. A incorporação na firma ou denominação de sinais distintivos registados está sujeita à prova do seu uso legítimo. Sempre que tal contribua para melhor distinção entre as firmas ou denominações de duas pessoas colectivas de tipo diferente, das quais faça parte algum elemento comum, pode o RNPC, oficiosamente ou a requerimento de qualquer das interessadas, determinar que ambas, ou alguma delas, usem por extenso o aditamento que legalmente as caracterize. Ademais, para cada tipo de sociedade existem regras a cumprir, no que respeita à composição da firma.

6 Assim: Nas sociedades comerciais em nome colectivo: quando a firma não individualizar os nomes de todos os sócios, deve conter, pelo menos, o nome ou firma de um deles, com o aditamento de "e Companhia" ou qualquer outra expressão que indique a existência de outros sócios (artigo 177.º do Código das Sociedades Comerciais). Exemplo: "Fonseca & Lima e Companhia". É ainda possível que alguém que não seja sócio da sociedade inclua o seu nome ou firma na firma social. Porém, se o fizer, ficará sujeito à responsabilidade imposta aos sócios. Nas sociedades comerciais por quotas: a firma deve ser formada com ou sem sigla, pelo nome ou firma de todos, algum ou alguns dos sócios, por uma denominação particular, ou pela reunião de ambos esses elementos, mas em qualquer caso terminará com a palavra "Limitada" ou com a abreviatura "Lda." (artigo 200.º do Código das Sociedades Comerciais). Exemplos: "Fonseca & Lima Comércio de Vestuário, Lda." ou ainda "Show Biz Realização de Espectáculos, Lda.". Nas sociedades comerciais unipessoais por quotas: a firma deve ser formada pela expressão "sociedade unipessoal", ou pela palavra "unipessoal" antes da palavra "Limitada" ou da abreviatura "Lda." (artigo 270.º-B do Código das Sociedades Comerciais). Exemplo: "Pás e Picaretas Exploração de Minérios, Sociedade Unipessoal, Lda.". Nas sociedades anónimas: a firma será formada com ou sem sigla, pelo nome ou firma de um ou alguns sócios, por uma denominação particular, ou pela reunião de ambos esses elementos, mas, em qualquer caso, terminará com a expressão "sociedade anónima" ou com a abreviatura "S. A." (artigo 275.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais). Exemplos: "Fonseca & Lima Comércio de Vestuário, S. A.", ou ainda "Pás e Picaretas Exploração de Minérios, S.A.". Na firma não podem ser incluídas ou mantidas expressões indicativas de um objecto social que não esteja especificamente previsto na respectiva cláusula do contrato de sociedade.

7 No caso de o objecto contratual da sociedade ser alterado, deixando de incluir actividade especificada na firma, a alteração do objecto deve ser simultaneamente acompanhada da modificação da firma. Nas sociedades comerciais em comandita: a firma é constituída pelo nome ou firma de pelo menos um dos sócios comanditados e o aditamento "em Comandita", "e Comandita", "em Comandita por Acções" ou "e Comandita por Acções" (artigo 467.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais). Exemplos: "Fonseca & Lima em Comandita" ou "Fonseca & Lima e Comandita"; ou "Fonseca & Lima em Comandita por Acções", ou ainda "Fonseca & Lima e Comandita por Acções". Para obter-se a firma da futura sociedade caso não se opte por recorrer ao regime da "empresa na hora" ou "empresa on-line" para constituir a sociedade, deverá requerer-se ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC) a necessária autorização. Tal requerimento, o pedido de "certificado de admissibilidade de firma", deverá ser feito em impresso próprio, o qual poderá ser enviado pelo correio ou apresentado ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC) que funciona em Lisboa. Tal pedido poderá ainda ser efectuado através da Internet, no sítio constituindo, aliás, um meio célere de o fazer. O certificado, do Modelo 11, deve ser pedido, sempre que se pretenda constituir uma nova entidade ou alterar a firma e (ou) sede e (ou) objecto de uma já existente. O requerente do certificado de admissibilidade tem de ser sempre um dos constituintes ou a própria entidade, nos casos de alteração de pessoa colectiva já existente. O pedido pode, no entanto, ser subscrito, para além do requerente, por advogado, solicitador ou procurador, devendo, neste último caso, remeter a procuração ao RNPC. Quer o requerente, quer o subscritor, quando seja diferente daquele, deve identificar-se com o nome completo e mencionar o documento de identificação.

8 No caso das pessoas colectivas já constituídas, considera-se como o próprio subscritor a pessoa singular que nela exerça as funções de gerente, administrador ou director. No RNPC deverá igualmente ser requerido um número de contribuinte para a futura sociedade, o qual se chama Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC). É de toda a conveniência requerer ambas as coisas em simultâneo: o certificado de admissibilidade de firma e o número de identificação de pessoa colectiva. O Registo Nacional de Pessoas Colectivas emitirá um número de pessoa colectiva com a indicação "P" (provisório), que a sociedade utilizará até que o processo de constituição da mesma esteja formalmente concluído, após o que será retirada pela mesma entidade a menção "P". Caso se opte por efectuar o pedido electronicamente, deverá efectuar-se o pagamento através dos dados que se encontram descritos no comprovativo que se imprime. É de salientar o facto de a ordem de prioridade da apresentação no RNPC só ser definida a partir da verificação do pagamento devido pelo respectivo pedido electrónico de certificado de admissibilidade. Este pagamento deve ser efectuado durante um prazo de quarenta e oito horas, após a formalização do pedido. Sem pagamento, o pedido electrónico de certificado de admissibilidade não será executado e não será recepcionado no RNPC. O prazo de emissão de pedidos efectuados por esta via é de quatro dias úteis, acrescidos do prazo de expedição. Caso se pretenda emissão mais rápida, é necessário formular o pedido, assinalando que tem urgência e os fundamentos da mesma. A urgência do certificado implica um agravamento emolumentar. O procedimento relacionado com a firma e o número de identificação de pessoa colectiva altera-se, caso se opte por recorrer ao regime da empresa na hora ou da empresa on-line para constituir sociedades comerciais. O Estado mantém uma lista de firmas pré-criadas (que poderá ser consultada no sítio estando associada a cada uma um número de identificação de pessoa colectiva.

9 No âmbito da empresa na hora, os interessados limitam-se a escolher de entre uma das disponíveis. No quadro da empresa on-line estão disponíveis três possibilidades: i) a opção por uma firma préaprovada e registada a favor do Estado, como na empresa na hora; ii) a obtenção de uma firma admissível escolhida pelos interessados por via exclusivamente electrónica; iii) o envio de um certificado de admissibilidade da firma, previamente obtido através de um meio não electrónico. Neste último caso, os interessados ficam obrigados à inutilização do mesmo (artigo 6.º, n.º 1, alínea b), do Decreto-Lei n.º 125/2006, de 29 de Junho). Cabe ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas declarar a perda do direito ao uso de firmas ou denominações, quando se verificar terem sido violados os princípios consagrados da verdade e da novidade. Qualquer interessado pode ainda requerer ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas a declaração de perda do direito ao uso de firma ou denominação de terceiro, mediante prova da verificação das seguintes situações: i) Falta de inscrição da firma ou denominação no ficheiro central de pessoas colectivas pelo seu titular, directamente ou por intermédio da conservatória competente, consoante os casos, decorrido um ano sobre o prazo em que o deveria ter feito; ii) Não exercício de actividade pelo titular da firma ou denominação durante um período de dois anos consecutivos. É de realçar que o período de dois anos de inactividade acima referido corresponde a uma novidade introduzida pelo Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, na medida em que anteriormente se previa um período superior a 10 anos. A declaração pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas da perda do direito ao uso de firma ou denominação implica o cancelamento dos correspondentes registos em todos os serviços em que se encontrem lavrados. Objecto Consiste na descrição da(s) actividade(s) a que a sociedade se irá dedicar. É um elemento fundamental, uma vez que a sociedade só poderá exercer aquela(s) actividade(s).

10 O objecto deverá estar correctamente redigido em língua portuguesa e pode, salvo algumas excepções, conter diversas actividades distintas entre si, isto é, uma sociedade pode dedicar-se a diferentes tipos de actividades comerciais que não têm necessariamente qualquer tipo de ligação entre si. Nestes casos, a sociedade terá uma actividade principal e uma ou mais actividades acessórias. Esta é, aliás, uma informação que deverá ser fornecida ao RNPC, quando se requer o número de pessoa colectiva. Será com base nela que será atribuído à sociedade o seu Código de Actividade Económica (CAE), que constará do respectivo cartão de identificação de pessoa colectiva. Há, no entanto, certas sociedades comerciais que, pela sua própria natureza, só podem exercer uma actividade comercial, como, por exemplo, as sociedades de mediação imobiliária e as sociedades gestoras de participações sociais, que se regem por legislação própria. Devem, obrigatoriamente, indicar na sua firma a expressão "mediação imobiliária", "sociedade gestora de participações sociais" ou "SGPS". As sociedades comerciais não se podem obrigar através da prestação de garantias reais ou pessoais que não tenham a ver com o seu próprio objecto. Considera-se contrária ao fim da sociedade a prestação de garantias reais ou pessoais a dívidas de outras entidades. Noutros casos, existe um justificado interesse próprio da sociedade ou de sociedades garantes que se encontrem em relação de domínio ou de grupo com ela. As cláusulas contratuais e as deliberações sociais que fixem à sociedade determinado objecto ou proíbam a prática de certos actos não limitam a capacidade da sociedade, mas constituem os órgãos da sociedade no dever de não excederem esse objecto ou de não praticarem esses actos. Quanto ao objecto das sociedades comerciais, refira-se ainda que, actualmente, os emolumentos devidos pelos regimes especiais de constituição de sociedades (empresa na hora) e de constituição on-line sofrem uma redução, quando a actividade principal da sociedade seja classificada como actividade informática ou conexa ou ainda como de investigação e desenvolvimento. Sede A sede deve ser estabelecida em local perfeitamente definido. Ao contrário do que sucedia antes da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, em que o contrato da sociedade podia autorizar a administração, com ou sem consentimento de outros órgãos, a deslocar a sede dentro do mesmo

11 concelho ou para concelho limítrofe, agora dispõe-se que, à partida, a administração pode deslocar a sede da sociedade dentro do território nacional. Só assim não será, se se dispuser de forma diferente no contrato da sociedade (cf. artigo 12.º, n.º 2, do Código das Sociedades Comerciais). A mudança da sede da sociedade constitui um facto sujeito a registo comercial. A sociedade poderá ainda criar sucursais, agências ou delegações noutros locais do país. No entanto, a sua sede principal deverá ser uma única num local definido. A matrícula da sociedade será feita na Conservatória do Registo Comercial. Quanto ao registo de actos societários, importa referir que desde 10 de Julho de 2007,estão disponíveis os serviços de registo comercial online, destinados a simplificar a vida dos cidadãos e das empresas. Assim, passa a ser possível solicitar, através da Internet, o registo de alteração ao contrato de sociedades, de aumento ou de redução do capital social, de transformação, de fusão e de cisão, e a certidão da prestação de contas de uma empresa, sendo o serviço mais barato quando solicitado por esta via. Para o efeito, deverá ser utilizado o sitio da internet, O capital O capital social é o valor que representa a contribuição de cada sócio, em dinheiro ou em espécie, para a sociedade. Este valor deve ser, sempre e apenas, expresso em moeda com curso legal em Portugal. O capital social deve ser depositado até ao momento da celebração do contrato de sociedade, sem prejuízo de estipulação contratual que preveja o diferimento da realização das entradas em dinheiro, nos casos e termos em que a lei o permita. É permitido diferir por algum tempo a efectivação das entradas em dinheiro: Metade das entradas nas sociedades por quotas, mas o quantitativo global dos pagamentos feitos por entradas contadas, juntamente com a soma dos valores nominais das quotas correspondentes às entradas em espécie, deve perfazer o capital mínimo fixado na lei; Setenta por cento do valor nominal das acções, nas sociedades anónimas. A soma das entradas em dinheiro já realizadas deve ser depositada em instituição de crédito, numa conta aberta em nome da futura sociedade, até ao momento da celebração do contrato.

12 Os sócios devem declarar no acto constitutivo, sob sua responsabilidade, que procederam ao depósito referido no número anterior. Podem também declarar caso ainda não tenham procedido ao depósito do capital social que o farão no prazo de cinco dias úteis. Da conta bancária em que foi depositado o capital social, só podem ser efectuados levantamentos: a) Depois de o contrato estar definitivamente registado; b) Depois de celebrado o contrato, caso os sócios autorizem os gerentes a efectuá-los para fins determinados; c) Para liquidação provocada pela inexistência ou nulidade do contrato ou pela falta de registo; d) Nos casos das sociedades anónimas em que a subscrição de acções pelo público veio a verificarse incompleta, para devolução das entradas dos subscritores. Quanto ao tempo por que podem diferir-se as entradas em falta, dispõe o artigo 203.º, n.º 1, no que respeita às sociedades por quotas, que a prestação pode ser exigida a partir do momento em que se cumpra o período de cinco anos sobre a celebração do contrato ou se encerre prazo equivalente a metade da duração da sociedade, se este limite for inferior. Quanto às sociedades anónimas, dispõe o artigo 285.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais, que o contrato de sociedade não pode diferir a realização das entradas em dinheiro por mais de cinco anos. Em qualquer dos casos, o sócio só fica em mora depois de interpelado pela sociedade para cumprir. O capital social releva em vários aspectos da vida da sociedade. Designadamente, no que à distribuição de lucros respeita. Nos termos do disposto no artigo 32.º do Código das Sociedades Comerciais, não podem ser distribuídos aos sócios bens da sociedade, quando a situação líquida desta, tal como resulta das contas elaboradas e aprovadas nos termos legais, for inferior à soma do capital e das reservas que a lei ou o contrato não permitem distribuir aos sócios ou se tornasse inferior a esta soma, em consequência da distribuição. Alvo de regulamentação é também a questão da perda do capital social. De harmonia com o artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais, resultando das contas de exercício ou de contas intercalares, tal como elaboradas pelo órgão de administração, que metade do capital social se encontra perdido, ou havendo em qualquer momento fundadas razões para admitir que essa perda se verifica, devem os gerentes convocar de imediato a assembleia geral ou os administradores requerer

13 prontamente a convocação da mesma, a fim de nela se informar os sócios da situação e de estes tomarem as medidas julgadas convenientes. Considera-se estar perdida metade do capital social, quando o capital próprio da sociedade for igual ou inferior a metade do capital social. Do aviso convocatório da assembleia geral constarão, pelo menos, os seguintes assuntos para deliberação pelos sócios: a) A dissolução da sociedade; b) A redução do capital social para montante não inferior ao capital próprio da sociedade (sendo certo que é permitido deliberar a redução do capital a um montante inferior ao mínimo estabelecido nesta lei para o respectivo tipo de sociedade, se tal redução ficar expressamente condicionada à efectivação de aumento do capital para montante igual ou superior àquele mínimo, a realizar nos 60 dias seguintes àquela deliberação cf. n.º 1 do artigo 96.º do Código das Sociedades Comerciais); c) A realização pelos sócios de entradas para reforço da cobertura do capital. O contrato pode ser declarado nulo, depois de efectuado o registo definitivo, caso os preceitos legais que exigem a liberação mínima do capital social não tenham sido cumpridos. Sem prejuízo do atrás mencionado, de acordo com o regime actualmente previsto no Código das Sociedades Comerciais, o valor pelo qual são emitidas as acções não pode ser inferior ao respectivo valor nominal. Porém, no presente contexto de contracção dos mercados financeiros, a maior dificuldade na realização de operações de capitalização que possam revelar-se necessárias torna urgente a criação de medidas excepcionais, com garantias associadas, que se assumam como facilitadoras das referidas operações. O Decreto-Lei 64/2009 de 20 de Março contempla, assim, dois mecanismos extraordinários de flexibilização da regra acima enunciada, tendentes a superar as dificuldades descritas, sem prejuízo da intervenção das entidades administrativas competentes ao abrigo de regimes especiais aplicáveis. Esta flexibilização é, por enquanto, introduzida no nosso ordenamento jurídico de forma prudente e limitada, à luz do enquadramento constante do Código das Sociedades Comerciais, não se optando ainda pela consagração da possibilidade de acções sem valor nominal, já vigente noutros ordenamentos jurídicos.

14 Assim, quanto às sociedades com acções admitidas à negociação em mercado regulamentado, caso o valor nominal das acções seja igual ou inferior ao valor contabilístico e sob condição de que seja simultaneamente deliberado, ou de que tenha sido prévia ou simultaneamente autorizado e, posteriormente, realizado um novo aumento de capital, prevê-se o alargamento da faculdade de aquelas sociedades poderem optar por reduzir o valor nominal das acções sem redução do capital, passando este a ser representado pela componente valor nominal e pela componente da diminuição do valor nominal, a qual apenas pode ser utilizada para posterior aumento do valor nominal das acções e para emissão de novas acções, podendo ser eliminada no caso de o capital ser reduzido, à semelhança do que já se encontra actualmente estabelecido para o caso da remição de acções. O montante desta diminuição do valor nominal das acções deve ser estabelecido tendo em conta o interesse social e a sua adequação à realização do aumento de capital de acordo com as circunstâncias do mercado. Tendo ainda em vista preservar o equilíbrio entre a estrutura accionista e a administração, a tutela das posições accionistas minoritárias e o princípio de tratamento igualitário dos accionistas, estabelece -se que, independentemente da sua modalidade, no aumento de capital deliberado simultaneamente com a diminuição do valor nominal, ou que tenha sido prévia ou simultaneamente autorizado, não pode ser limitado ou suprimido o direito de preferência dos accionistas na subscrição de acções. Paralelamente, por razões de paridade de tratamento entre aquelas sociedades e as que não têm acções admitidas à negociação em mercado regulamentado, é também consagrada a possibilidade de as sociedades anónimas em geral, em simultâneo com a normal redução do capital por diminuição do valor nominal das acções, nos termos já actualmente admitidos, poderem também deliberar a criação de uma reserva especial em valor igual ao da redução do capital, sujeita ao regime do capital social no que respeita às garantias perante os credores, com a consequência de não serem aplicáveis, por desnecessários, os n. os 1 e 3 do artigo 95.º do Código das Sociedades Comerciais. Finalmente, o capital social pode servir ainda de bitola para aferir da existência da maioria necessária para aprovação de diversas deliberações sociais, nomeadamente quanto a alterações do contrato, dissolução da sociedade, etc. Outros elementos

15 O contrato de sociedade deverá conter outro tipo de cláusulas que se prendem com o funcionamento dela. Por exemplo: deverá ser claramente indicada a forma de obrigar de uma sociedade. Por forma de obrigar entende-se a vinculação da sociedade nos seus actos externos. São todos os gerentes ou basta a assinatura de um para obrigar a sociedade? No pacto social ou no documento de constituição da sociedade, devem ficar disposições que prevejam o levantamento do capital social e é útil que num ou noutro destes documentos (ou em acta feita imediatamente a seguir) se nomeiem os respectivos gerentes ou administradores. Exemplos: "Fica qualquer um dos gerentes da sociedade desde já autorizado a efectuar o levantamento do capital social, para obviar às despesas de constituição e de instalação desta."; "Ficam nomeados gerentes ". A matrícula da sociedade na conservatória competente Um momento importante no processo de constituição de uma sociedade é o seu registo definitivo. O registo comercial destina-se a dar publicidade à situação jurídica dos comerciantes individuais, das sociedades comerciais, das sociedades civis sob forma comercial e dos estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada, tendo em vista a segurança do comércio jurídico (artigo 1.º do Código do Registo Comercial). Este momento é de tal modo relevante que o próprio legislador determina que as sociedades apenas "gozam de personalidade jurídica" e "existem como tais" a partir do registo definitivo do contrato pelo qual se constituem (artigo 5.º do Código das Sociedades Comerciais). É também com o registo definitivo do contrato que as sociedades comerciais assumem de pleno direito: Os direitos e obrigações decorrentes dos negócios jurídicos referidos no artigo 16.º, n.º 1; Os direitos e obrigações resultantes da exploração normal de um estabelecimento que constitua objecto de uma entrada em espécie ou que tenha sido adquirido por conta da sociedade, no cumprimento de estipulação do contrato social;

16 Os direitos e obrigações emergentes de negócios jurídicos concluídos antes do acto de constituição e que neste sejam especificados e expressamente ratificados; Os direitos e obrigações decorrentes de negócios jurídicos celebrados pelos gerentes ou administradores, ao abrigo de autorização dada por todos os sócios no acto de constituição. Os direitos e obrigações decorrentes de outros negócios jurídicos realizados em nome da sociedade, antes de registado o contrato, podem ser por ela assumidos, mediante decisão da administração, que deve ser comunicada à contraparte nos noventa dias posteriores ao registo. Antes do registo definitivo, portanto, não existe um procedimento perfeito de constituição de uma sociedade comercial. Daí que assuma relevo efectuar o acto de registo no prazo legal, que agora, após a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, baixou de três para dois meses a contar da data em que o acto tiver sido titulado (artigo 15.º, n. os 1 e 2, do Código do Registo Comercial). O registo comercial, aliás, assume grande relevância na vida da sociedade, desde a sua génese, durante toda a sua existência e nos seus actos mais importantes, até à sua extinção. Estão sujeitos a registo os seguintes factos relativos às sociedades comerciais e sociedades civis sob forma comercial: A constituição; A deliberação da assembleia geral, nos casos em que a lei a exige, para aquisição de bens pela sociedade; A unificação, divisão e transmissão de quotas de sociedades por quotas, bem como de partes sociais de sócios comanditários de sociedades em comandita simples; A promessa de alienação ou de oneração de partes de capital de sociedades em nome colectivo e de sociedades em comandita simples e de quotas de sociedades por quotas, bem como os pactos de preferência, se tiver sido convencionado atribuir-lhes eficácia real, e a obrigação de preferência a que, em disposição de última vontade, o testador tenha atribuído igual eficácia; A transmissão de partes sociais de sociedades em nome colectivo, de partes sociais de sócios comanditados de sociedades em comandita simples, a constituição de direitos reais de gozo ou de garantia sobre elas e a sua transmissão, modificação e extinção, bem como a penhora dos direitos aos lucros e à quota de liquidação; A constituição e a transmissão de usufruto, o penhor, arresto, arrolamento e penhora de quotas ou direitos sobre elas e ainda quaisquer outros actos ou providências que afectem a sua livre disposição;

17 A exoneração e exclusão de sócios de sociedades em nome colectivo e de sociedades em comandita, bem como a extinção de parte social por falecimento do sócio e a admissão de novos sócios de responsabilidade ilimitada; A amortização de quotas e a exclusão e exoneração de sócios de sociedades por quotas; A deliberação de amortização, conversão e remissão de acções; A emissão de obrigações, quando realizada através de oferta particular, excepto se tiver ocorrido, dentro do prazo para requerer o registo, a admissão das mesmas à negociação em mercado regulamentado de valores mobiliários; A designação e cessação de funções, por qualquer causa que não seja o decurso do tempo, dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização das sociedades, bem como do secretário da sociedade; A prestação de contas das sociedades anónimas, por quotas e em comandita por acções, bem como das sociedades em nome colectivo e em comandita simples, quando houver lugar a depósito, e de contas consolidadas de sociedades obrigadas a prestá-las; A mudança da sede da sociedade e a transferência de sede para o estrangeiro; O projecto de fusão e de cisão de sociedades, bem como a deliberação de redução do capital social da sociedade; O projecto de constituição de uma sociedade anónima europeia por meio de fusão, o projecto de constituição de uma sociedade anónima europeia por meio de transformação de sociedade anónima de direito interno e o projecto de constituição de uma sociedade anónima europeia gestora de participações sociais, bem como a verificação das condições de que depende esta última constituição; A prorrogação, fusão, cisão, transformação e dissolução das sociedades, bem como o aumento, redução ou reintegração do capital social e qualquer outra alteração ao contrato de sociedade; A designação e cessação de funções, anterior ao encerramento da liquidação, dos liquidatários das sociedades, bem como os actos de modificação dos poderes legais ou contratuais dos liquidatários; O encerramento da liquidação ou o regresso à actividade da sociedade; A deliberação de manutenção do domínio total de uma sociedade por outra, em relação de grupo, bem como o termo dessa situação; O contrato de subordinação, suas modificações e seu termo; A emissão de warrants sobre valores mobiliários próprios, quando realizada através de oferta particular por entidade que não tenha valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado nacional, excepto se tiver ocorrido, dentro do prazo para requerer o registo, a admissão dos mesmos à negociação em mercado regulamentado de valores mobiliários. Os documentos necessários para instruir o registo de um contrato de sociedade são os seguintes:

18 Certificado de admissibilidade de firma ou denominação; Documento de constituição; Comprovativo do depósito do capital social por meio de guia ou declaração dos sócios, prestada sob sua responsabilidade; Declaração fiscal de início de actividade; Relatório do revisor oficial de contas, quando houver entradas em espécie; Documento comprovativo da concessão de autorizações especiais, se for caso disso e o mesmo não vier mencionado no documento de constituição. De seguida, a constituição da sociedade está sujeita a publicação obrigatória, a qual deve ser feita em sítio na Internet de acesso público, regulado por portaria do Ministro da Justiça, no qual a informação objecto de publicidade possa ser acedida, designadamente por ordem cronológica. Actualmente, o endereço de tal sítio é Já no procedimento previsto no regime da "empresa na hora", é ao serviço que conduziu o procedimento que incumbe, no prazo de vinte e quatro horas, a tarefa de remeter a pasta da sociedade à conservatória do registo comercial territorialmente competente para efeitos de registo. Igual procedimento envio da pasta da sociedade à conservatória do registo comercial territorialmente competente é efectuado no âmbito da constituição on-line de sociedades comerciais. Sociedades irregulares Aquelas realidades em que duas ou mais pessoas se associem, dando a terceiros a aparência de entre si terem constituído uma sociedade, ou os casos em que o processo constitutivo de uma sociedade esteja viciado ou incompleto, denominam-se vulgarmente sociedades irregulares. O Código das Sociedades Comerciais, nos seus artigos 36.º a 52.º, prevê diversas normas dirigidas a algumas destas eventualidades. Designadamente, prevêem-se consequências jurídicas para as relações da sociedade antes do registo e até mesmo antes da celebração do contrato de sociedade.

19 Com efeito, se dois ou mais indivíduos, quer pelo uso de uma firma comum, quer por qualquer outro meio, criarem a falsa aparência de que existe entre eles um contrato de sociedade responderão solidária e ilimitadamente pelas obrigações contraídas nesses termos por qualquer deles (artigo 36.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais). Se for acordada a constituição de uma sociedade comercial, mas, antes da celebração do contrato de sociedade, os sócios iniciarem a sua actividade, são aplicáveis, às relações estabelecidas entre eles e com terceiros, as disposições sobre sociedades civis (n.º 2 do mesmo artigo). Antes do registo definitivo, mas após a celebração do contrato de sociedade, são aplicáveis às relações entre os sócios, com as necessárias adaptações, as regras estabelecidas no contrato social e no Código das Sociedades Comerciais, salvo aquelas que pressuponham o contrato definitivamente registado. Seja qual for o tipo de sociedade visado pelos contraentes, a transmissão por acto entre vivos das participações sociais e as modificações do contrato social requerem sempre o consentimento unânime dos sócios. A identificação da sociedade em actos externos Em todos os contratos, correspondência, publicações, anúncios e, de um modo geral, em toda a actividade externa das sociedades comerciais, devem ser indicados de forma clara: A firma; O tipo de sociedade; A sede; A conservatória do registo comercial onde se encontrem matriculadas; O número de matrícula nessa conservatória. Se for caso disso, deve adicionar a menção de que a sociedade se encontra em liquidação. As sociedades por quotas e anónimas e em comandita por acções devem ainda indicar o capital social e, bem assim, o montante de capital realizado, se for diverso.

20 As menções acima referidas são aplicáveis às sucursais da sociedade com sede no estrangeiro, inclusive a indicação da conservatória do registo comercial onde se encontram matriculadas e o respectivo número de matrícula nessa conservatória. Deve ainda indicar-se o número de pessoa colectiva. Assim, por exemplo, no intróito de um contrato em que uma sociedade comercial por quotas (exemplo: Fonseca & Lima Comércio de Vestuário, Lda.) intervenha, deverá constar a seguinte formulação, no que à sua identificação respeita: "Entre: Fonseca & Lima Comércio de Vestuário, Lda., sociedade comercial por quotas, pessoa colectiva número , com sede na Rua Augusto Marques Bom, número 11, freguesia de Santo António dos Olivais, concelho de Coimbra, matriculada na conservatória do registo comercial de Coimbra sob o número 0000, com o capital social de vinte mil euros " Copyright Dashöfer Holding Ltd. e Verlag Dashöfer, Edições Profissionais Sociedade Unipessoal, Lda.

21 Regras Gerais Contrato de Sociedade Comercial em Nome Colectivo As sociedades em nome colectivo caracterizam-se pela responsabilidade pessoal, solidária e ilimitada dos sócios pelas dívidas sociais (mesmo as contraídas antes da sua entrada para a sociedade), quando estas não possam ser satisfeitas pelo património social responsabilidade subsidiária (artigo 175.º, n. os 1 e 2, do Código das Sociedades Comerciais). Não existe obrigação de capital mínimo para este tipo de sociedades e basta que tenham, pelo menos, dois sócios. O sócio que satisfaça obrigações da sociedade tem direito de regresso contra os outros sócios, na medida em que o seu pagamento exceda a sua quota-parte de responsabilidade nas perdas sociais (artigo 175.º, n.º 3, do Código das Sociedades Comerciais). A ausência de uma autonomia patrimonial completa nas sociedades em nome colectivo e a consequente possibilidade de os credores sociais se fazerem pagar com os bens dos sócios justifica a existência de um escasso número de sociedades deste tipo. Sócios de indústria As contribuições de indústria são permitidas neste tipo social, ao contrário do que acontece nas sociedades por quotas e nas sociedades anónimas (artigos 202.º, n.º 2, e 277.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais). No entanto, os sócios de indústria, nas relações internas, não respondem pelas perdas sociais, salvo estipulação em contrário do contrato de sociedade. No que respeita aos credores sociais, os sócios de indústria respondem como os demais sócios. Nos casos em que uma sociedade em nome colectivo seja constituída unicamente por sócios de indústria, e na falta de estipulação contratual quanto à responsabilidade interna dos sócios, deve entender-se que todos os sócios são internamente responsáveis pelas perdas sociais nos mesmos termos e segundo as regras aplicáveis às relações externas.

22 No contrato de sociedade em nome colectivo deve ser especificado o valor atribuído à indústria com que os sócios contribuam, para o efeito da repartição de lucros e perdas, porém, o valor da contribuição em indústria do sócio não é computado no capital social. A impossibilidade, pelo sócio de indústria, de prestar à sociedade os serviços a que ficou obrigado, constitui causa de exclusão, nos termos do disposto no artigo 186.º, n.º 1, alínea c), do Código das Sociedades Comerciais. No que ao poder de decisão respeita, o sócio de indústria disporá sempre, pelo menos, de votos em número igual ao menor número de votos atribuídos a sócios de capital. Entradas em espécie A verificação das entradas em espécie, através de avaliação a efectuar por revisor oficial de contas, nos termos do disposto no artigo 28.º do Código das Sociedades Comerciais, pode ser dispensada nas sociedades em nome colectivo, se os sócios se responsabilizarem directa e solidariamente pelo valor atribuído aos bens. Neste tipo societário confere-se aos sócios a faculdade de optarem entre o regime de responsabilidade e o mecanismo legal de verificação das entradas em espécie, sendo, contudo, obrigatório que os sócios assumam expressamente no contrato de sociedade a sua opção pelo regime da responsabilidade. Proibição de concorrência Os sócios de uma sociedade em nome colectivo não podem exercer por conta própria ou alheia actividade concorrente com a da sociedade, ou participar noutras sociedades em que assumam responsabilidade ilimitada noutra sociedade, salvo expresso consentimento de todos os restantes sócios. Considera-se como concorrente com a actividade exercida pela sociedade qualquer actividade abrangida no seu objecto. No exercício por conta própria inclui-se a participação de, pelo menos, 20% no capital ou nos lucros de sociedade em que o sócio assuma responsabilidade limitada (artigo 180.º, n. os 3 e 4, do Código das Sociedades Comerciais).

23 A proibição de concorrência pode ser afastada pelo consentimento expresso de todos os sócios. Tal consentimento presume-se no caso de o exercício da actividade ou a participação noutra sociedade serem anteriores à entrada do sócio e todos os outros sócios terem conhecimento desses factos (artigo 185.º do Código das Sociedades Comerciais). Prevendo-se que um sócio venha desenvolver uma dada actividade concorrente com a da sociedade, o consentimento pode ser prestado antecipadamente no próprio contrato de sociedade, podendo igualmente isentar-se o sócio da proibição legal de concorrência e de participação noutras sociedades. Exemplos: "O sócio fica autorizado a participar em quaisquer sociedades, ainda que com objecto social coincidente com o da sociedade" ou "O sócio não é abrangido pelas proibições legais de concorrência contempladas no artigo 180.º do Código das Sociedades Comerciais." O sócio que violar o disposto no número antecedente fica responsável pelos danos que causar à sociedade. Em alternativa à indemnização por aquela responsabilidade, a sociedade pode exigir que os negócios efectuados pelo sócio, de conta própria, sejam considerados como efectuados por conta da sociedade e que o sócio lhe entregue os proventos próprios resultantes dos negócios efectuados por ele, de conta alheia, ou lhe ceda os seus direitos a tais proventos. Transmissão de partes sociais entre vivos A transmissão de partes sociais entre vivos ou a constituição de direitos reais de gozo ou de garantia sobre as mesmas depende do consentimento expresso dos restantes sócios. Efectua-se por documento particular. A lei não impõe requisitos especiais para a concessão do consentimento, que tanto pode ser oral ou escrito, prestado por cada sócio isoladamente, ou resultar de uma deliberação unânime da universalidade dos sócios reunidos em assembleia geral. Nas sociedades em nome colectivo não são admissíveis cláusulas contratuais que dispensem o consentimento dos sócios não cedentes (artigo 182.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais), mas os sócios podem prestar o seu consentimento à transmissão no contrato de sociedade. Exemplo: "Fica desde já autorizado por todos os sócios a cessão da parte do sócio "

24 Falecimento do sócio No caso de falecimento do sócio de uma sociedade em nome colectivo, o artigo 184.º do Código das Sociedades Comerciais estabelece um regime supletivo assente numa de três alternativas: Dissolução da sociedade; Liquidação da parte social em benefício do sucessor; Transmissão da parte do sócio falecido ao seu sucessor, continuando a sociedade com este e com os sócios sobrevivos. O regime directa e imediatamente aplicável é o da liquidação da parte do sócio em benefício do sucessor, o que se traduz na continuação da sociedade com os sócios sobrevivos. A dissolução da sociedade é decidida, sem que revista necessariamente a forma de deliberação social, por todos os sócios sobrevivos, dela não participando o sucessor do sócio falecido. O prazo legal máximo para que os sócios possam optar por esta alternativa é de noventa dias. Findo este, torna-se imediatamente aplicável o regime da liquidação da parte do sócio falecido. A terceira alternativa necessita do consentimento do sucessor do falecido, pois a sua entrada para a sociedade implica a assunção de responsabilidade pessoal. Este consentimento deve ser dado também no prazo de noventa dias, tem de ser expresso e não pode ser dispensado pelo contrato de sociedade. O contrato de sociedade já pode estabelecer uma cláusula nos termos da qual a participação se transmite ao sucessor, mediante o seu consentimento expresso. Uma tal cláusula tem como efeito dispensar o posterior consentimento dos sócios sobrevivos, uma vez que o deram no próprio contrato. Prestado o consentimento pelo sucessor do falecido, ficam os sócios impedidos de optar por qualquer das outras alternativas: dissolução da sociedade ou liquidação da parte em benefício do sucessor. Quer a dissolução da sociedade, quer a liquidação da parte social implicam a extinção dos direitos e obrigações inerentes a esta, operando-se a sucessão apenas quanto ao produto da liquidação daquela parte, calculado à data da morte e nos termos do artigo 1021.º do Código Civil. Exoneração do sócio

25 A exoneração corresponde à extinção da participação de um sócio por sua iniciativa, no exercício de um direito que lhe é conferido por lei ou pelo contrato (artigo 185.º do Código das Sociedades Comerciais). Entre as causas legais compreendem-se a faculdade de se exonerar ao sócio que não votou a deliberação de transferência da sede social para outro país (artigo 3.º, n.º 6, do Código das Sociedades Comerciais) ou ao sócio que veja a sua participação relevantemente reduzida, em virtude de deliberação de regresso à actividade tomada depois de iniciada a partilha da sociedade (artigo 161.º, n.º 5, do Código das Sociedades Comerciais). Resultam também da lei as faculdades de exoneração do sócio que haja detido a sua participação social durante dez anos, quando a sociedade tenha sido constituída por toda a vida de um sócio ou por período superior a trinta anos, ou quando ocorra justa causa. Há justa causa de exoneração do sócio, quando este for destituído da gerência da sociedade ou quando esta não delibere destituir um gerente ou excluir um sócio, havendo justa causa para tanto. O contrato de sociedade não pode impedir os sócios de se exonerarem nestas situações. Pode estipular outras causas de exoneração, iguais para todos os sócios ou diferentes entre eles, desde que descreva os factos com um grau de precisão suficiente para os ligar ao direito do sócio à exoneração. Exemplo: "Ao sócio é reconhecida a faculdade de se exonerar da sociedade, caso venham a ser admitidos novos sócios contra o seu voto expresso." O prazo de caducidade para o exercício do direito de exoneração fundada em justa causa é de noventa dias, a contar da data em que o sócio tomou conhecimento do facto que o permite. Ficam fora deste prazo todos os direitos de exoneração fundados em causas legais ou contratuais que não se enquadrem no conceito de justa causa previsto no artigo 185.º do Código das Sociedades Comerciais. A exoneração concretiza-se na comunicação do sócio à sociedade e só se torna efectiva no fim do ano social em que é feita tal comunicação, mas nunca antes de decorridos três meses sobre esta. A exoneração deve ser registada (artigo n.º 3, alínea g), do Código do Registo Comercial). Tal registo é feito por depósito, isto é, através de mero arquivamento dos documentos que titulem o facto.

Outros actos que têm de ser registados no Registo Comercial

Outros actos que têm de ser registados no Registo Comercial Outros actos que têm de ser registados no Registo Comercial A maior parte das alterações que ocorrem na vida de uma empresa têm de ser registadas no Registo Comercial. O registo comercial destina-se a

Leia mais

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil - São Paulo

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil - São Paulo PROCEDIMENTOS GERAIS PARA O REGISTO DE EMPRESAS EM PORTUGAL As sociedades estrangeiras podem praticar as suas actividades em Portugal através da constituição de uma representação permanente no território

Leia mais

FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES

FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES Associação Nacional de Jovens Empresários APOIO JURÍDICO FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários Casa do Farol Rua Paulo Gama s/n 4169-006

Leia mais

Extinção da empresa por vontade dos sócios

Extinção da empresa por vontade dos sócios Extinção da empresa por vontade dos sócios A dissolução de uma sociedade por deliberação dos sócios pode fazer-se de várias formas, designadamente de forma imediata, com liquidação simultânea, com partilha,

Leia mais

Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4

Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4 LEGAL FLASH I ANGOLA Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS 2 LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4 I. REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO

Leia mais

CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. I Denominação, objecto e sede

CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. I Denominação, objecto e sede CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A I Denominação, objecto e sede ARTIGO 1º A sociedade adopta a firma IMPRESA - Sociedade Gestora de Participações Sociais,

Leia mais

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO DE SOCIEDADES PROFISSIONAIS DE TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS E NOMEAÇÃO PELAS SOCIEDADES DE CONTABILIDADE DO RESPONSÁVEL TÉCNICO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito O

Leia mais

PASSAPORTE PARA ANGOLA

PASSAPORTE PARA ANGOLA PASSAPORTE PARA ANGOLA Susana Almeida Brandão 27 de Maio 2011 VEÍCULOS DE INVESTIMENTO Veículos de Investimento Sociedade comercial angolana Sucursal de sociedade estrangeira SOCIEDADES POR QUOTAS vs SOCIEDADES

Leia mais

Decreto-Lei n.º 15/97/M. de 5 de Maio

Decreto-Lei n.º 15/97/M. de 5 de Maio Decreto-Lei n.º 15/97/M de 5 de Maio Desenvolveram-se, nos últimos tempos, as sociedades dedicadas à entrega rápida de pequenos valores em numerário, entre diversos países e territórios, prestando serviços,

Leia mais

CONSEST, promoção imobiliária, S.A.

CONSEST, promoção imobiliária, S.A. CONSEST, promoção imobiliária, S.A. CAPITULO I Denominação, objecto e sede social Artigo 1º Denominação e sede 1. A Sociedade adopta a firma CONSEST Promoção Imobiliária, S.A., e tem sede na Av. Defensores

Leia mais

Percurso lógico para a criação de uma empresa:

Percurso lógico para a criação de uma empresa: Percurso lógico para a criação de uma empresa: [3] Formas jurídicas de criar um negocio: Os negócios desenvolvidos por uma pessoa poderão ter a forma jurídica de Empresário em Nome Individual, Estabelecimento

Leia mais

CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS Edição de Bolso 8.ª EDIÇÃO ACTUALIZAÇÃO N. 1 1 CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS EDIÇÃO DE BOLSO Actualização n. 1 ORGANIZAÇÃO BDJUR BASE DE DADOS JURÍDICA EDITOR EDIÇÕES

Leia mais

Albufeira, 18 de abril de 2012 Formalidades para a Constituição de Empresas

Albufeira, 18 de abril de 2012 Formalidades para a Constituição de Empresas Albufeira, 18 de abril de 2012 Formalidades para a Constituição de Empresas Quem Somos O Balcão do Empreendedor, presencial e eletrónico oferece às empresas um ponto único de contacto com a Administração

Leia mais

LEGISLAÇÃO CSC PARA CONSULTA NO EXAME

LEGISLAÇÃO CSC PARA CONSULTA NO EXAME ELEMENTOS DO CÒDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS PARA CONSULTA Artigo 28.º Verificação das entradas em espécie 1 - As entradas em bens diferentes de dinheiro devem ser objecto de um relatório elaborado por

Leia mais

Pacto social da AICEP Global Parques Gestão de Áreas Empresariais e Serviços, S.A.

Pacto social da AICEP Global Parques Gestão de Áreas Empresariais e Serviços, S.A. Pacto social da AICEP Global Parques Gestão de Áreas Empresariais e Serviços, S.A. CAPÍTULO I Denominação, sede, objecto e duração Artigo 1.º Denominação A sociedade adopta a denominação de AICEP Global

Leia mais

REGULAMENTO DE BENEFÍCIOS do Montepio Geral Associação Mutualista Título II DISPOSIÇÕES PARTICULARES - MODALIDADES INDIVIDUAIS

REGULAMENTO DE BENEFÍCIOS do Montepio Geral Associação Mutualista Título II DISPOSIÇÕES PARTICULARES - MODALIDADES INDIVIDUAIS Artigo 1.º (Definições e Interpretação) 1. Nesta Secção, os termos e expressões iniciados por maiúsculas têm o significado que lhes é atribuído no Título VI (Glossário) do Regulamento. 2. Em caso de conflito

Leia mais

ESTATUTO DA SOCIEDADE .. SOCIEDADE UNIPESOAL S.A.

ESTATUTO DA SOCIEDADE .. SOCIEDADE UNIPESOAL S.A. ESTATUTO DA SOCIEDADE.. SOCIEDADE UNIPESOAL S.A. CAPÍTULO I Da Firma, Tipo, Sede, Duração e Objecto Social ARTIGO 1.º (Natureza jurídica, denominação e duração) A sociedade adopta o tipo de sociedade anónima

Leia mais

Área Temática Unidades de Micro-Produção de Electricidade. A) Constituição Formal da Empresa. 1.Empresário em Nome Individual.

Área Temática Unidades de Micro-Produção de Electricidade. A) Constituição Formal da Empresa. 1.Empresário em Nome Individual. Área Temática Unidades de Micro-Produção de Electricidade A) Constituição Formal da Empresa 1.Empresário em Nome Individual Procedimentos: 1.º Passo Pedido de Certificado de Admissibilidade de Firma ou

Leia mais

CONTRATO SOCIAL ARTIGO PRIMEIRO

CONTRATO SOCIAL ARTIGO PRIMEIRO MINUTA DE PACTO SOCIAL DE SOCIEDADE DE ADVOGADOS CONTRATO SOCIAL ARTIGO PRIMEIRO Denominação, Sede Social e Duração Um A Sociedade adopta a denominação M., sociedade de advogados & associados, RL, e tem

Leia mais

CCV Correios de Cabo Verde, SA. Decreto Lei nº 9-A/95:

CCV Correios de Cabo Verde, SA. Decreto Lei nº 9-A/95: CCV Correios de Cabo Verde, SA Decreto Lei nº 9-A/95: Transforma a empresa Pública dos Correios e Telecomunicações CTT, em duas sociedades anónimas de capitais públicos. ESTATUTOS CAPÍTULO I Denominação,

Leia mais

Estatutos da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.

Estatutos da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A. Estatutos da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A. CAPÍTULO I Denominação, duração, sede e objecto Artigo 1º Denominação e duração 1 - A sociedade adopta a forma de sociedade anónima e a denominação

Leia mais

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho (Não dispensa a consulta do Diário da República) REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho CAPÍTULO I Suporte e processo de registo SECÇÃO I Suportes de registo Artigo 1.º Instrumentos

Leia mais

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos Convenção nº 146 Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada para Genebra pelo conselho administração da Repartição Internacional

Leia mais

Decreto-Lei n.º 255/99 de 7 de Julho- Versão27-08-2013. Texto consolidado com as alterações introduzidas pela Lei 5/2013 (texto sublinhado a amarelo)

Decreto-Lei n.º 255/99 de 7 de Julho- Versão27-08-2013. Texto consolidado com as alterações introduzidas pela Lei 5/2013 (texto sublinhado a amarelo) Decreto-Lei n.º 255/99 de 7 de Julho- Versão27-08-2013 Texto consolidado com as alterações introduzidas pela Lei 5/2013 (texto sublinhado a amarelo) Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1º Âmbito 1. O

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL O presente instrumento regulamenta a composição, exercício da competência, deveres, funcionamento e serviços de apoio do Conselho Fiscal da Sonae SGPS, SA. COMPOSIÇÃO 1.

Leia mais

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS E AMIGOS DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE LEAL DA CÂMARA RIO DE MOURO ESTATUTOS

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS E AMIGOS DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE LEAL DA CÂMARA RIO DE MOURO ESTATUTOS ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS E AMIGOS DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE LEAL DA CÂMARA RIO DE MOURO ESTATUTOS ARTIGO 1º (Constituição) A Associação dos Antigos Alunos e Amigos da Escola Secundária de Leal da Câmara,

Leia mais

NOVABASE - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

NOVABASE - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. NOVABASE - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Sociedade Aberta Sede: Av. D. João II, lote 1.03.2.3., Parque das Nações, Lisboa Capital Social: 15.700.697 Euros Número de matrícula na Conservatória

Leia mais

Decreto-Lei n.º 36/1992 de 28/03 - Série I-A nº74

Decreto-Lei n.º 36/1992 de 28/03 - Série I-A nº74 Alterado pelo DL 36/92 28/03 Estabelece o regime da consolidação de contas de algumas instituições financeiras A Directiva do Conselho n.º 86/635/CEE, de 8 de Dezembro de 1986, procedeu à harmonização

Leia mais

Lei n. o 7/2013. Regime jurídico da promessa de transmissão. de edifícios em construção. Breve introdução

Lei n. o 7/2013. Regime jurídico da promessa de transmissão. de edifícios em construção. Breve introdução Lei n. o 7/2013 Regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção Breve introdução 1. O que regula essencialmente o Regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção?

Leia mais

Manuel Fonseca. constituição jurídica das sociedades

Manuel Fonseca. constituição jurídica das sociedades Manuel Fonseca constituição jurídica das sociedades José Serrano constituição jurídica das sociedades Antes de iniciar um projecto, qualquer potencial empresário deve ponderar sobre o tipo de empresa que

Leia mais

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões O Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro - que estabelece o regime jurídico da constituição

Leia mais

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição 1. Quais as instruções a seguir pelos técnicos que pretendam exercer

Leia mais

Avisos do Banco de Portugal. Aviso nº 2/2007

Avisos do Banco de Portugal. Aviso nº 2/2007 Avisos do Banco de Portugal Aviso nº 2/2007 O Aviso do Banco de Portugal nº 11/2005, de 13 de Julho, procedeu à alteração e sistematização dos requisitos necessários à abertura de contas de depósito bancário,

Leia mais

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação?

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Índice Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Como efectuar uma operação de confirmação de estimativas? Como aceder ao Serviço de Certificação

Leia mais

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FIDELIZAÇÃO DO CARTÃO ZILIAN PROPRIEDADE E EMISSÃO

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FIDELIZAÇÃO DO CARTÃO ZILIAN PROPRIEDADE E EMISSÃO REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FIDELIZAÇÃO DO CARTÃO ZILIAN PROPRIEDADE E EMISSÃO 1. O CARTÃO ZILIAN é válido nos estabelecimentos comerciais Zilian, pertencentes ao Grupo Mar Capital, SGPS, SA, adiante designados

Leia mais

SEGURO UNIT LINKED CA INVESTIMENTO -1ª SÉRIE (Não Normalizado)

SEGURO UNIT LINKED CA INVESTIMENTO -1ª SÉRIE (Não Normalizado) CONDIÇÕES GERAIS SOLUÇÕES CAPITALIZAÇÃO SEGURO UNIT LINKED CA INVESTIMENTO -1ª SÉRIE (Não Normalizado) 1 CONDIÇÕES GERAIS DA APÓLICE CA Investimento 1ª Série (Não Normalizado) SEGURO INDIVIDUAL Cláusula

Leia mais

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação 27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação Os Estados signatários da presente Convenção: Desejosos de estabelecer disposições comuns sobre a lei aplicável aos

Leia mais

Autorização para o exercício da actividade de seguros

Autorização para o exercício da actividade de seguros Autorização para o exercício da actividade de seguros Entidade competente: Seguros (AMCM DSG) Autoridade Monetária de Macau Departamento de Supervisão de Endereço :Calçada do Gaio, N 24 e 26, Macau Telefone

Leia mais

Edital n.º 49/2008. O Presidente da Câmara Municipal de Sines. Manuel Coelho Carvalho

Edital n.º 49/2008. O Presidente da Câmara Municipal de Sines. Manuel Coelho Carvalho MUNICíPIO DE SINES Câmara Municipal Edital n.º 49/2008 Manuel Coelho Carvalho, Presidente da Câmara Municipal de Sines, no uso da competência que lhe confere a alínea v) do n.º 1 do art. 68º do D.L. 169/99

Leia mais

CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA ONLINE WWW.ZILIANCHOOSE.COM. Artigo 1.º. (Âmbito e Definições)

CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA ONLINE WWW.ZILIANCHOOSE.COM. Artigo 1.º. (Âmbito e Definições) CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA ONLINE WWW.ZILIANCHOOSE.COM Artigo 1.º (Âmbito e Definições) 1 As presentes condições gerais regulam a venda, incluindo o registo e a encomenda, de produtos através da página/sítio

Leia mais

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA Página 1 de 11

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA Página 1 de 11 MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA Página 1 de 11 PREÂMBULO Compete ao município promover acções de interesse municipal, de âmbito cultural, social, recreativo e outros, e exercer um papel dinamizador junto

Leia mais

Publicado no Diário da República, I série nº 79, de 28 de Abril. Decreto Presidencial N.º 95/11 de 28 de Abril

Publicado no Diário da República, I série nº 79, de 28 de Abril. Decreto Presidencial N.º 95/11 de 28 de Abril Publicado no Diário da República, I série nº 79, de 28 de Abril Decreto Presidencial N.º 95/11 de 28 de Abril O quadro jurídico-legal Geral das Instituições Financeiras, aprovado pela Lei n.º 13/05, de

Leia mais

Estatutos do Centro de Estudos em Administração Pública

Estatutos do Centro de Estudos em Administração Pública Estatutos do Centro de Estudos em Administração Pública Artigo 1º ( Designação e Sede) A associação adopta a designação de Centro de Estudos em Administração Pública e tem a sua sede no Campus universitário

Leia mais

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Artigo 102.º Objecto É aprovado o regime especial aplicável aos fundos de investimento imobiliário para arrendamento

Leia mais

Responsabilidades no crédito II

Responsabilidades no crédito II Responsabilidades no crédito II PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA SEGUNDA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2012 POR JM A Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal tem como principal objectivo apoiar

Leia mais

Disponibiliza em suporte electrónico actualizado e em tempo real

Disponibiliza em suporte electrónico actualizado e em tempo real Artº.75, nº5 do DL nº76a/2006, de 29/03 e Portaria nº.1416a/2006, de 19/12 Disponibiliza em suporte electrónico actualizado e em tempo real Os registos em vigor respeitantes a qualquer entidade sujeita

Leia mais

Estatutos Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da Universidade Évora = NEECUE = - Capitulo I Princípios Gerais

Estatutos Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da Universidade Évora = NEECUE = - Capitulo I Princípios Gerais Estatutos Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da Universidade Évora = NEECUE = - Capitulo I Princípios Gerais Artigo 1º Denominação, Âmbito e Sede O Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da Universidade

Leia mais

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ARTIGO 1.º (Âmbito e Aplicabilidade) 1. O presente regulamento estabelece as regras

Leia mais

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO PREÂMBULO CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Princípios Artigo 3.º Finalidades Artigo 4.º Atribuições Artigo 5.º Relações

Leia mais

O FOMENTO DAS MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

O FOMENTO DAS MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS O FOMENTO DAS MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS MAIO 2012 1. REGULAMENTO DAS MICRO,, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS A Lei n.º 30/11, publicada em Setembro, definiu o novo regime das Micro, Pequenas e Médias

Leia mais

PROPOSTA DE ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE SÃO JOSÉ, DA GUARDA

PROPOSTA DE ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE SÃO JOSÉ, DA GUARDA PROPOSTA DE ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE SÃO JOSÉ, DA GUARDA Capítulo I Da denominação, natureza e fins Artigo 1º Denominação A Associação de Pais e Encarregados de Educação

Leia mais

O RELATÓRIO DE GESTÃO E OS REQUISITOS DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

O RELATÓRIO DE GESTÃO E OS REQUISITOS DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS O RELATÓRIO DE GESTÃO E OS REQUISITOS DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS (Esta informação contém apenas informação geral, não se destina a prestar qualquer serviço de auditoria, consultadoria de gestão,

Leia mais

BANCO SANTANDER CENTRAL HISPANO, S.A.

BANCO SANTANDER CENTRAL HISPANO, S.A. BANCO SANTANDER CENTRAL HISPANO, S.A. Sede social: Paseo de Pereda nº 9 a 12, Santander, Espanha Capital Social: 2.384.201.471,5 euros Registada no Registro Mercantil de Santander Cantabria CIF A39000013

Leia mais

Estatutos. Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas. CAPÍTULO PRIMEIRO (Denominação, Sede, Objecto e Duração)

Estatutos. Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas. CAPÍTULO PRIMEIRO (Denominação, Sede, Objecto e Duração) Estatutos Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas CAPÍTULO PRIMEIRO (Denominação, Sede, Objecto e Duração) Artigo Primeiro A Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas (APDM) é uma Sociedade Cientifica

Leia mais

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária PLANOS PRESTACIONAIS - DEC-LEI Nº 124/96 REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS DE MORA VINCENDOS CONSTITUIÇÃO DE GARANTIAS - DEC-LEI

Leia mais

Regulamento Geral Interno Associação dos Amigos do Armazém das Artes RI AAAA

Regulamento Geral Interno Associação dos Amigos do Armazém das Artes RI AAAA RegulamentoGeralInterno AssociaçãodosAmigosdoArmazémdasArtes RI AAAA CAPÍTULOPRIMEIRO DisposiçõesGerais Artigo1.º Sede 1. Opresenteregulamentogeralinterno,aprovadoemAssembleia Geral,regula ofuncionamentodaassociação,comsedenaruaeng.duartepacheco,nº38,

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Faturas - Mediadores de seguros que pratiquem operações isentas Processo: nº 4686, por despacho de 2013-05-15, do SDG do IVA, por delegação

Leia mais

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras) - REGIMENTO - Considerando que, a Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19.º, n.º 2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais de educação; Considerando

Leia mais

Convocatória Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD Sociedade Aberta

Convocatória Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD Sociedade Aberta Convocatória Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD Sociedade Aberta Sociedade anónima desportiva, com sede no Estádio José Alvalade, Rua Professor Fernando da Fonseca, freguesia do Lumiar, em Lisboa,

Leia mais

Área Temática Restauração e bebidas. A) Constituição Formal da Empresa. 1.Empresário em Nome Individual. Procedimentos:

Área Temática Restauração e bebidas. A) Constituição Formal da Empresa. 1.Empresário em Nome Individual. Procedimentos: Área Temática Restauração e bebidas A) Constituição Formal da Empresa 1.Empresário em Nome Individual Procedimentos: 1.º Passo Pedido de Certificado de Admissibilidade de Firma ou Denominação O Empresário

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO DA EDP ENERGIAS DE PORTUGAL, S.A.

REGULAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO DA EDP ENERGIAS DE PORTUGAL, S.A. REGULAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO DA EDP ENERGIAS DE PORTUGAL, S.A. 13 de Outubro de 2015 REGULAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO EDP Energias de Portugal, S.A. ARTIGO 1.º (Âmbito)

Leia mais

REAL PPR Condições Gerais

REAL PPR Condições Gerais Entre a, adiante designada por Segurador, e o Tomador do Seguro identificado nas Condições Particulares, estabelece-se o presente contrato de seguro que se regula pelas Condições Particulares e desta apólice,

Leia mais

A expecificidade técnica e material da atividade a ser desenvolvida pela empresa;

A expecificidade técnica e material da atividade a ser desenvolvida pela empresa; 1 A entidade pública participante elabora ou contrata a elaboração de estudos técnicos, no plano do projeto, na ótica do investimento, da exploração e do financiamento. Desses estudos deve resultar: A

Leia mais

Artigo 1.º (Âmbito) Artigo 2.º (Empresas e Pró-Empresas) Artigo 3.º (Serviços Base) Artigo 4.º (Serviços Extra)

Artigo 1.º (Âmbito) Artigo 2.º (Empresas e Pró-Empresas) Artigo 3.º (Serviços Base) Artigo 4.º (Serviços Extra) REGULAMENTO O conceito de CENTRO DE EMPRESAS consiste na disponibilização de espaços destinados a empresas e pró-empresas, visando a promoção, desenvolvimento e consolidação das mesmas, com a finalidade

Leia mais

ESTATUTOS da Concórdia - Centro de Conciliação, Mediação de Conflitos e Arbitragem. Capítulo I. Denominação, sede e objeto.

ESTATUTOS da Concórdia - Centro de Conciliação, Mediação de Conflitos e Arbitragem. Capítulo I. Denominação, sede e objeto. ESTATUTOS da Concórdia - Centro de Conciliação, Mediação de Conflitos e Arbitragem Capítulo I Denominação, sede e objeto Artigo 1 É constituída por tempo indeterminado, com sede em Lisboa, na Rua Rodrigo

Leia mais

Regulamento do Conselho de Administração da Assembleia da República

Regulamento do Conselho de Administração da Assembleia da República Regulamento do Conselho de Administração da Assembleia da República publicado no Diário da Assembleia da República, II Série C, n.º 11 de 8 de Janeiro de 1991 Conselho de Administração O Conselho de Administração

Leia mais

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º. Âmbito

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º. Âmbito REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO DE SOCIEDADES PROFISSIONAIS DE CONTABILISTAS CERTIFICADOS E NOMEAÇÃO PELAS SOCIEDADES DE CONTABILIDADE DO DIRETOR TÉCNICO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito O presente

Leia mais

NOVAS REGRAS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E REEXPORTAÇÃO DE MERCADORIAS

NOVAS REGRAS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E REEXPORTAÇÃO DE MERCADORIAS NOVAS REGRAS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E REEXPORTAÇÃO DE MERCADORIAS O Aviso n.º 19/2012, de 19.04., do Banco Nacional de Angola estabelece o novo regime para as operações cambiais referentes

Leia mais

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO SER BEBÉ

ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO SER BEBÉ ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO SER BEBÉ Associação Portuguesa para a Saúde Mental da Primeira Infância (versão corrigida de acordo com as indicações da Procuradoria da República) Artigo 1º 1 - Denominação e natureza

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2 O Decreto-Lei n.º 28/2008 publicado em Diário da República, 1ª série, Nº 38, de 22 de Fevereiro de 2008, que criou os agrupamentos de Centros

Leia mais

REGRAS PARA A CONCESSÃO DO ESTATUTO DE TRABALHADOR- ESTUDANTE. Artigo 1.º (Valorização pessoal e profissional)

REGRAS PARA A CONCESSÃO DO ESTATUTO DE TRABALHADOR- ESTUDANTE. Artigo 1.º (Valorização pessoal e profissional) REGRAS PARA A CONCESSÃO DO ESTATUTO DE TRABALHADOR- ESTUDANTE Artigo 1.º (Valorização pessoal e profissional) 1. A ERC compromete-se a criar as necessárias condições por forma a proporcionar iguais oportunidades

Leia mais

Regulamento Interno da PROMUNDO Associação de Educação, Solidariedade e Cooperação Internacional

Regulamento Interno da PROMUNDO Associação de Educação, Solidariedade e Cooperação Internacional Regulamento Interno da PROMUNDO Associação de Educação, Solidariedade e Cooperação Internacional Capítulo I Objecto e Âmbito do Regulamento Interno Artigo 1º O presente Regulamento tem como objecto a PROMUNDO

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES

REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES Ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei

Leia mais

DIREITO DE EMPRESA SOCIEDADES

DIREITO DE EMPRESA SOCIEDADES DIREITO DE EMPRESA SOCIEDADES Prof. Cristiano Erse www.erse.com.br CONCEITO GERAL Sociedade, de acordo com CC em seu art. 981, é o contrato em que pessoas reciprocamente se obrigam a contribuir com bens

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo O Regimento da Câmara Municipal De Vila Franca do Campo foi elaborado de acordo com a alínea a) do número 1 do Artº 64º da Lei n.º 169/99,

Leia mais

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO A selecção dos textos legislativos disponibilizados no sitio Home Page Jurídica (www.euricosantos.pt)

Leia mais

CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º

CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º (Denominação, constituição e duração) É constituída e reger-se-á pelos presentes Estatutos e pela Lei aplicável, uma Associação de âmbito nacional,

Leia mais

NÚCLEO DE MEDICINA INTERNA DOS HOSPITAIS DISTRITAIS ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E OBJECTIVOS

NÚCLEO DE MEDICINA INTERNA DOS HOSPITAIS DISTRITAIS ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E OBJECTIVOS ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E OBJECTIVOS Art. 1 - O Núcleo de Medicina Interna dos Hospitais Distritais, também designado abreviadamente por N. M. I. H. D., é uma Associação sem fins lucrativos

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO I. DENOMINAÇÃO / SEDE

REGULAMENTO INTERNO I. DENOMINAÇÃO / SEDE I. DENOMINAÇÃO / SEDE Art.º 1.º A Instinto, Associação Protetora de Animais da Covilhã, é uma associação sem fins lucrativos, que se rege pelos Estatutos, pelo presente Regulamento Interno e demais disposições

Leia mais

ESTATUTOS DA FEDERAÇÃO ESCOTISTA DE PORTUGAL

ESTATUTOS DA FEDERAÇÃO ESCOTISTA DE PORTUGAL ESTATUTOS DA FEDERAÇÃO ESCOTISTA DE PORTUGAL CAPÍTULO I - DESIGNAÇÃO E NATUREZA Artigo 1º A Federação tem a designação de Federação Escotista de Portugal, ou Federação Escutista de Portugal e tem a sua

Leia mais

Regulamento Interno da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica

Regulamento Interno da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica Regulamento Interno da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica A Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) rege-se pelos seus estatutos, regulamento eleitoral e por um regulamento

Leia mais

Decreto n.o 7/90. de 24 de Março

Decreto n.o 7/90. de 24 de Março Decreto n.o 7/90 de 24 de Março Os Decretos executivos n.ºs 5/80 e 57/84, de 1 de fevereio e de 16 de Agosto respectivamente, pretenderam estabelecer os princípios regulamentadores da actividade das Representações

Leia mais

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR Município de Rio Maior CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR Regimento Preâmbulo A Lei nº 159/99, de 14 de Setembro, estabelece na alínea b) do nº2, do seu artigo 19, a competência dos órgãos municipais

Leia mais

Regulamento Eleitoral da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela. ARTIGO 1º 1- Os membros dos órgãos sociais da Real

Regulamento Eleitoral da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela. ARTIGO 1º 1- Os membros dos órgãos sociais da Real Regulamento Eleitoral da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela. ARTIGO 1º 1- Os membros dos órgãos sociais da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela, doravante

Leia mais

Decreto-Lei n.º 125/2006 de 29 de Junho

Decreto-Lei n.º 125/2006 de 29 de Junho Decreto-Lei n.º 125/2006 de 29 de Junho O presente decreto-lei estabelece um meio de criação de empresas através da Internet, introduzindo no nosso ordenamento jurídico uma via inovadora para a constituição

Leia mais