REVISTA GRATUITA DA NETCOM2 EDITORIAL Nº 3 ABRIL
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- Derek Pereira Bergler
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1 BD Net Magazine REVISTA GRATUITA DA NETCOM2 EDITORIAL Nº 3 ABRIL º Volume da série KEOS: A COBRA ARTIGO DE HISTÓRIA O contexto histórico d A Última Profecia por Sergi Vich. MARGOT: UM 2CV Preview das primeiras páginas do álbum. Já à venda. Nº 3 ABRIL GRATUITA BD Net 1
2 BD Net Nº 3 ABRIL 2013 Exemplar gratuito. Venda proibida NetCom2 Editorial Caspe, Barcelona editorial@netcom2.com Tel: (+34) Fax: (+34) Copyright 2013 NetCom2 Editorial A capa pertence a: A Última Profecia Glénat / Gilles Chaillet Brevemente JUNHO 2013 Magazine - A ÚLTIMA PROFECÍA: Volume 2: As Mulheres de Emesa Volume 3: Sob o Signo de Ba al LIVRARIAS COLABORADORAS Braga Livraria 100ª Página C.Rolão - Av. Central, Tel: Coimbra Livraria Dr. Kartoon R. Manutenção Militar, 15 Tel: Carcavelos Livraria Apolo 70 Rua Bartolomeu Dias, 47 Loja 10 Tel: Évora Livraria Dom Pepe Rua de Chartres, 7b Tel: Funchal Livraria Sétima Dimensão Galerias 5 de Outubro, Lj 15 Tel: Leiria Livraria Letras & Livros Rua da Restauração, 26 Tel: Lisboa Livraria Sá da Costa Rua Garrett 100 Tel: PRÓXIMOS LANÇAMENTOS Livraria Pó dos Livros Av. Marquês de Tomar, 89 Tel: Livraria KingPin Books Rua Quirino da Fonseca, 16-B Tel: Livraria Multinova Avenida Santa Joana Princesa, 12-E Tel: Marinha Grande Livraria Letras & Livros C.Comercial Cristal Atrium-Lj 54n Tel: Porto UNICEPE - Coop. Livreira Est. Praça Carlos Alberto, 128-A Tel: Livraria Paraíso do Livro Rua José Falcão, 214 Tel: Livraria Lello - Prólogo Livreiros Rua das Carmelitas 144 Tel: Porto Alegre - RS BRASIL Livraria Tutatis Av. Assis Brasil, 650, P. D Areia Tel: Revista nº 4 - Apresentação de uma nova série. - Continuação de Allan MacBride e novas antevisões. Contacta-nos para o (+34) Paquet Queres ser distribuidor dos nossos livros de BD? Se queres pertencer à nossa rede de livrarias e ter também a nossa revista gratuita BDNet, entra em contacto connosco. Queres subscrever as nossas coleções? Subscreve a nossa lista de subscritores e sê o primeiro a receber todas as novidades assim como outras vantagens que temos para ti. editorial@netcom2.com
3 LIVROS PUBLICADOS MARGOT A ÚLTIMA PROFECIA KEOS O CONTEXTO HISTÓRICO D A ÚLTIMA PROFECIA Glénat / Gilles Chaillet Os bárbaros, Teodósio e o fim do paganismo Dizer quando começou a queda do Império Romano é uma tarefa difícil, para não dizer quase impossível, pois tratou-se de um processo que durou séculos. Desde cedo, no ano 9 d.c., depois do legado de Públio Quintílio Varo ter sofrido uma derrota esmagadora às mãos do Querusco Armínio, na floresta de Teuteburgo, Octávio Augusto convenceu-se da impossibilidade de subjugar os germanos, portanto, optou por mantê-los além de uma linha fortificada que se estendia ao longo dos canais do Reno e do Danúbio: nascia assim o conceito de "limes" (fronteiras não-conquistadas). No início, o sistema pareceu viável e assim se manteve durante décadas. Mas a vitalidade dos germanos, e de outros povos de ascendência iraniana que a eles se juntaram (alanos e sármatas), assim como a impossibilidade de proteger a fronteira em toda a sua extensão, retiraram-lhe eficácia. A situação agravou-se a partir do reinado de Marco Aurélio ( ) e já não houve governante romano que não tivesse de dedicar ingentes esforços para serenar a permanente ebulição das suas fronteiras. No entanto, a situação pôde ser parcialmente restabelecida após as reformas de Diocleciano ( ), embora às custas de permitir que os bárbaros entrassem no Império ou como colonos, ou para servir numa legião, iniciando assim o processo de germanização daqueles que pareciam mais preparados para defender o Império de outros bárbaros. No entanto, eram gentes de línguas uralo-altaicas: os hunos, que como fichas de dominó, desencadearam um movimento imparável que acabaria por pôr fim à metade ocidental do Império Romano. Movidos por diferentes fatores (sobrepopulação, fome e saques), os hunos chegaram às fronteiras do Império por volta de 370 e cinco anos depois tinham vencido e incorporado os alanos, os ostrogodos e os visigodos na sua acometida, o que provocou que milhares de refugiados se apresentassem nas margens do Danúbio pedindo refúgio aos romanos, cujo imperador Valente ( ) aceitou que se estabelecessem em Mésia. Mas a derrota e morte perante os visigodos de Fritigerno, em Adrianópolis (378), acabou com a primeira solução e transformou a fronteira num vazio real. Perante a situação delicada, o coimperador Graciano ( ) chamou para o ajudar o general de origem hispânica: Flávio BD Net 3
4 Teodósio ( ), nomeando-o chefe do Exército (Magister Militum) e posteriormente augusto, encarregando-o da administração da parte oriental do Império. Depois da morte de Valentiniano II, em 392, refaria na sua pessoa, e pela última vez, a unidade do Império. O seu reinado não se revelou fácil, tendo que fazer frente a várias usurpações. Como a de Máximo, que se rendeu em Aquileia (388), tendo sido assassinado, ou à de Eugénio, vencido na batalha do Rio Frígido (394). No entanto, a história censurou a sua permissividade relativamente à barbarização do exército, não só nos escalões mais baixos como também nos mais altos, sendo o do vândalo Estilicão o caso mais chamativo. Pois não só foi nomeado Magister Militum, como já o tinha sido antes e também lhe havia confiado a tutela do seu filho Honório, o novo imperador romano da parte Ocidental de Roma quando Estilicão morreu. No plano político-militar, e ainda que tenha demorado um século, o Império acabou por cair nas mãos dos bárbaros. Mas, quem sabe, a faceta menos conhecida de Teodósio era a religiosa. A fragilidade do Império levou-o a procurar aliados, sendo a Igreja católica um dos mais fortes. Por isso, se aceitava a ortodoxia tridentina que surgiu no Concílio de Niceia (380) e que colocou os poderes públicos a perseguir as diferentes variantes cristãs, que naquele tempo emergiam no decadente império. A mais perigosa, devido à sua extensão e força, era o Arianismo que defendia que o Filho de Deus não era consubstancial ao Pai, esta seria a mais perseguida. Não foi por acaso que esta era a que profetizavam os, cada vez mais romanizados, visigodos. Mas também o Maniqueísmo, mais universalista e que defendia a eterna luta entre o Bem e o Mal; e como não, os restos do paganismo que ainda subsistiam. As associações pagãs de qualquer índole foram proibidas, os templos fechados ou destruídos, as cerimónias e sacrifícios às mais variadas divindades proibidas, inclusive no seio familiar e pessoal. Já não se podiam realizar oráculos, nem consultar os livros sibilinos e, inclusivamente, foram proibidos os jogos olímpicos para os pagãos, fez-se extinguir o fogo eterno que iluminava o Templo de Vesta. Pelo menos oficialmente, o paganismo tinha morrido, se bem que muitos autores consideram que este sobreviveu nas mais variadas facetas. No entanto, isto não livraria Teodósio da ira do clero. Acusado da feroz repressão que aconteceu em Salónica, foi excomungado por São Ambrósio, bispo de Milão, e teve que fazer penitência pública antes de voltar a ser aceite no seio de uma Igreja cada vez mais poderosa. Sergi Vich Sáez Historiador Glénat / Gilles Chaillet
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11 JEAN PLEYERS e KEOS Entrevista realizada por Stéphane Jacquet para a Alix Mag Foi em fevereiro de 1992, quando a editora Bagghera publicou a nova série dos autores de Jhen: Jean Pleyers e Jacques Martin. Vinte anos depois da aparição de KEOS, a NetCom2 Editorial recupera-o para Portugal e Espanha. Entre uma página e outra da próxima aventura de Jhen, Jean Pleyers responde, com a sua visão tão particular, às perguntas da Alix Mag e mostra-nos esboços do início do seu trabalho, entre eles... o primeiro desenho de Keos! Jacques Martin reconhecia ao falar de Keos: Foi Jean Players quem me pediu que escrevesse sobre o Antigo Egito, pois queria mudar de época. Pode explicar-nos o nascimento de Keos? Para não romper a nossa associação, produto do processo iniciado em 1990 contra a Casterman (disputa ideológica entre BD histórica e BD para adultos pós-1968), Jacques Martin perguntou-me que época eu gostaria de ilustrar. Porque não o Antigo Egito, um período mítico sem comparação? disse-lhe. Convém saber que ambos tínhamos numerosas memórias, mais ou menos difusas, de vidas egípcias passadas, que nos apareciam há anos. A ele, memórias faraónicas e a mim, memórias da Atlântida mais antigas mas paradoxalmente mais modernas, tecnologicamente falando (herança Atlântida muito avançada; ver neoegiptología e neoarqueología americana do grande vidente norte-americano, Edgar Cayce). Pensámos num jovem Príncipe egípcio, e só faltava encontramos-lhe um nome! Kheops, o pseudo-construtor da Grande Pirâmide (embora esteja provado que a pirâmide é antediluviana por informática estrelar devido à conjunção de Orión, e tendo em conta os fósseis marinhos encontrados perto da sua cúspide) cujo nome nos inspirou, e retirando a letra P... Esqueletos, múmias, o além e a transmigração das almas, elementos tão queridos para o povo egípcio, deram-nos KEOS. Nesta trilogia fala-nos sobretudo do povo judeu, que quer regressar às suas terras. Porquê esta escolha? Há também um lado muito fantástico bíblico nesta série e esta combinação f u n c i o n a admiravelmente bem. Passa-se do mais fantástico para outras cenas mais históricas, como a tomada de poder e a criação de uma religião (O Bezerro de Ouro), o que lhe dá um toque apaixonante, não acha? Casterman / J.Martin / J.Pleyers BD Net 11
12 O êxodo do povo judeu através do terrível deserto do Sinai acontece, provavelmente, quando o seu guia, o grande iniciado Moisés (Moshe na série), aparece sob o reinado do faraó Minepah, aproximadamente em 1500 a.c. Esta época misteriosa é particularmente rica em acontecimentos dramáticos e cosmofantásticos... É a época das pragas do Egito. Martin e eu pensámos que, como sugerido no final do O segredo dos Templários (Jhen), todas as religiões se aproveitam destas tragédias e, do mesmo modo que todos os caminhos vão dar a Roma, todas elas conduzem a Deus... Em meados dos anos 90, Jacques Martin teve um período chamado o período leão onde encontramos este animal no El río Estigia (Orión), O Bezerro de Ouro (Keos), El león de Nabatea (Alix). Porque pôs em cena este animal, precisamente nesta época? Exatamente, Balança com ascendente em Leão, é em 1990 quando o pai de Alix se lançou numa cruzada ideológico religiosa contra a BD para adulto através de grandes processos contra a editora Casterman. Quando nos convidaram para o grande festival literário do livro de Nancy, o mestre Alain Berenmaun, o brilhante escritor e advogado da Casterman, falava-me com uma admiração sincera sobre a coragem notável do velho leão. O desenho e as cores desta série são admiráveis, este Egito da XIXª dinastia ficou muito bem. Pode falar-nos sobre a documentação? Dispomos claro, de uma biblioteca, bastante completa, sobre o Egito, que vai desde Champollion, pai, filho e neto, a Schwaller de Lubick. Em 1968, percorri, à boleia e num Land Rover, mais de kms de desertos (Saara, Hoggar, Tanezrouft, etc) e ali vivi muitas noites debaixo dos céus constelados pelos deuses as minhas melhores viagens extra corporais através da expansão da consciência. Convém recordar que, para além dos patos das lagoas de papiro da ilha de Philos, o leão também era caçado pelos arqueiros do faraó. Naqueles desertos onde nem moscas voavam, nem pássaros, paraíso de escorpiões, chacais, hienas, cobras e leopardos, os leões eram os reis. Casterman / J.Martin / J.Pleyers 12BD Net
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