A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS 1 Marta R. Castilho 2 e Viviane Luporini 3

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1 A ELASTICIDADE-RENDA DO COMÉRCIO REGIONAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS 1 Mara R. Casilho 2 e Viviane Luporini 3 RESUMO: O arigo apresena um esudo comparaivo das elaicidades-renda das exporações seoriais brasileiras para seus principais mercados de desino uilizando dados rimesrais para o período de 1986 a Os seores escolhidos para a análise foram aqueles que se mosraram relevanes em ermos de paricipação relaiva na paua de exporações brasileiras e/ou relevanes para os principais parceiros comerciais do Brasil (Argenina, Chile, EUA, Japão, México, União Européia, e China). Um modelo uniequacional é analisado via coinegração e um modelo de defasagens disribuídas (ARDL) é uilizado para o cálculo das elasicidades. Os resulados indicam que os produos de origem mineral mosraram-se menos sensíveis a variações na renda dos parceiros comerciais do Brasil, com elasicidades inferiores a 1% (0,77 a 0,82), enquano que os produos de origem agrícola e os manufaurados apresenaram elasicidades basane elevadas. Denre os manufaurados, seores mais radicionais como êxil e químicos diversos apresenaram elasicidades-renda mais baixas (1,13 e 0,99%, respecivamene) que seores com maior elaboração como, por exemplo, veículos auomoores e equipamenos elerônicos, com elasicidades 2,51 e 1,96%. Palavras-chave: exporações; seores; elasicidade-renda; Brasil. Classificação JEL: F14 ABSTRACT: This aricle presens a comparaive sudy of income elasiciies for Brazilian expors o is main commercial parners. Using quarerly daa of several exporing indusries beween 1986 and 2007 and coinegraion analysis, an auoregressive disribued lag model (ARDL) is esimaed o provide he income elasiciies for each relevan indusry and imporers of Brazilian producs (Argenina, Chile, USA, Japan, Mexico, European Union and China). The indusries were seleced based on heir relaive imporance for oal Brazilian expors. Resuls indicae ha mineral producs are less sensiive o income changes of imporers, wih elasiciies smaller han 1% (beween 0,77 and 0,82), while agriculure and manufacure producs presened higher income elasiciies. Among hese, radiional indusries like exiles and chemicals presened esimaed elasiciies (1,13 e 0,99%, respecively) lower han hose esimaed for indusries of greaer echnological conen, such as moor vehicles and elecronics (2,51 and 1,96%, respecively). Keywords: Expors; indusries; income-elasiciy; Brazil. JEL Classificaion: F14 1 Ese rabalho foi preparado para a CEPAL, no âmbio do convênio com o IPEA, e conou com a assisência de pesquisa de Karla Sarmeno para a colea e organização dos dados esaísicos. Agradecemos os comenários de Renao Baumann à uma oura versão ampliada dese rabalho. 2 Depo. Economia UFF. 3 Insiuo de Economia UFRJ. 1

2 Inrodução O comércio exerior brasileiro em se expandido vigorosamene nos úlimos anos e aingiu um recorde hisórico em 2008 quando o grau de aberura da economia brasileira, medido como a soma das imporações e das exporações, aingiu a cifra de 29.5% do Produo Inerno Bruo. O crescimeno dos fluxos de comércio foi basane inenso a parir de 2002 aé 2008, a variação acumulada da soma de exporações e imporações foi de 245%. Embora o crescimeno das imporações enha sido um pouco superior ao das exporações, esas êm superado sisemaicamene as imporações gerando um saldo comercial posiivo, freqüenemene aponado como um dos faores responsáveis pelo bom desempenho da economia nacional. Ese ciclo recene de crescimeno das exporações em se caracerizado por uma mudança significaiva na disribuição geográfica da paua de exporações. De fao, o Brasil é considerado como um global rader desde os anos 80, quando sua paua (já) se disinguia daquela de muios de seus vizinhos laino-americanos por sua diversidade em ermos geográficos e seoriais. Como veremos a seguir, devido ao seu nível de desenvolvimeno inermediário, sua especialização comercial difere basane segundo seus parceiros ainda que haja uma cera coincidência enre a especialização geográfica e a seorial das exporações. O objeivo do presene arigo é apresenar um esudo comparaivo das elaicidades-renda das exporações seoriais brasileiras para seus principais mercados de desino uilizando dados rimesrais para o período de 1986 a Os seores escolhidos para a análise foram aqueles que se mosraram relevanes em ermos de paricipação relaiva na paua de exporações brasileiras e/ou relevanes para os principais parceiros comerciais do Brasil, quais sejam, Argenina, Chile, EUA, Japão, México, União Européia, e China. Evidenemene, a crise de 2008, que afeou significaivamene os fluxos de comércio inernacional, reduziu a axa de expansão da economia mundial e dos principais parceiros comerciais do Brasil, afeando assim o desempenho das exporações brasileiras. Infelizmene, os dados disponíveis ainda não permiem uma análise dealhada dos impacos da crise e, nesse senido, os resulados aqui apresenados deverão ser avaliados na perspeciva da expansão da economia mundial précrise. Em ermos meodológicos, os deerminanes das exporações seoriais brasileiras serão analisados aravés de um modelo uniequacional de defasagens disribuídas (ARDL) que considera faores ano da função de ofera quano da demanda por exporações. Ou seja, serão consideradas as variáveis, sejam de ofera, sejam de demanda, que poencialmene influenciaram o quanum exporado seorialmene pelo Brasil aos diversos mercados de desino. 1 Evolução desagregada das exporações brasileiras A paua de comércio brasileira reflee duas caracerísicas do país. Por um lado, por ser um país de nível de desenvolvimeno inermediário, sua inserção no sisema de comércio mundial é diferenciada segundo os diversos parceiros: enquano maném um comércio ipicamene nore-sul com alguns parceiros, vendendo produos pouco elaborados e comprando produos ecnologicamene mais avançados, com ouros, sua paua de exporação é mais concenrada em produos manufaurados e suas compras muias vezes mais concenradas em produos básicos que não produz. Por ouro lado, o Brasil se caraceriza há basane empo como um global rader: a dispersão geográfica de seu comércio que aliás vem crescendo nos úlimos anos o diferencia da maioria de seus vizinhos laino-americanos e de ouros países dios em desenvolvimeno. Como resulado deses dois fenômenos, o perfil da paua brasileira de comércio noadamene a de exporações é basane variado segundo as regiões com quem 2

3 comercializa. Tenaremos a seguir cruzar esas duas informações e colocar em evidencia a especialização seorial e geográfica das exporações brasileiras. 1.1 A disribuição geográfica das exporações brasileiras As relações comerciais brasileiras sempre se caracerizaram por uma relaiva diversificação geográfica. Desde o inicio do século XX, o Brasil e a Argenina se diferenciaram de seus vizinhos laino-americanos por maner imporanes relações econômicas com a Europa, ainda que a presença nore-americana enha se incremenado ao longo do século. Esa diversificação geográfica do comércio deses países foi na maior pare do empo benéfica para eles por não deixar-lhes compleamene dependene de um dos pólos econômicos mundiais. A parir dos anos 60, esa endência à diversificação das exporações brasileiras se acenuou ainda mais. Os países da Europa ocidenal, que sempre foram, por razões econômicas e culurais, o principal parceiro comercial brasileiro, viram sua paricipação cair ao longo do empo. Nos anos 70, as crises do peróleo afearam o comércio bilaeral ano pelo enfraquecimeno da demanda européia por produos exporados pelo Brasil como pelas necessidades de aproximação do Brasil dos países do Oriene Médio. A redução da paricipação européia foi compensada nos anos 70 e 80, em pare, pelo aumeno da paricipação de novos parceiros do Oriene Médio e o Japão, e em pare pela recuperação do peso dos EUA nas exporações brasileiras (a Tabela 1 apresena a evolução da paua exporadora brasileira por desino a parir de 1985). Os países da América Laina que na década de 70 respondiam por 17% das exporações brasileiras, viram o comércio regional se enfraquecer devido aos problemas macroeconômicos da década de 80. Em virude da crise da divida exerna e das conseqüenes necessidades de obenção de divisas, eses países fecharam suas economias e volaram-se para os parceiros fora da região que não enfrenavam as mesmas dificuldades e que, por isso, eram melhores mercados para seus produos. A década de 80 é marcada, enão, por um enfraquecimeno do comércio inra-regional na América Laina e pelo arrefecimeno das idéias inegracionisas na região. Ese fao se reflee no peso dos países laino-americanos no oal exporado pelo Brasil, que cai a menos de 12% durane a década de 80. Nos anos 90, a endência à diversificação se reforça. Enquano os dois parceiros mais radicionais do Brasil EUA e UE perdem espaço, cresce a paricipação da Ásia e da América Laina nas exporações brasileiras. Na Ásia, o Japão maném um peso relevane aé meados da década enquano a Coréia e a China aparecem como parceiros de crescene imporância. As exporações para a América Laina, por sua vez, ganham novo ímpeo devido à reomada do crescimeno na região e, obviamene, à criação do MERCOSUL. A Argenina se firma como principal parceiro do Brasil na América do Sul e chega a absorver mais de 10% das exporações brasileiras em 1998, ano de maior volume de comércio inra-mercosul. A América Laina e Ásia foram nos anos seguines os principais responsáveis pelo dinamismo das exporações brasileiras. A paricipação dos países da ALADI na paua de exporações brasileiras se esabilizam em orno de 22%, sendo o MERCOSUL responsável por cerca de 11% do oal. A paricipação dos rês parceiros do MERCOSUL variou basane desde a enrada em operação do bloco e isso se deve, em grande pare, à insabilidade econômica dos países. A desvalorização do Real e, poseriormene, a crise argenina foram dois momenos basane imporanes para o bloco, em que as mudanças nas políicas domésicas acabaram por desesabilizar o inercâmbio comercial e aé colocar em xeque os acordos aé enão assinados. A Ásia é ouro pólo imporane de absorção das exporações brasileiras, com desaque crescene para a China. Ese país em absorvido uma parcela crescene de nossas exporações, sua paricipação aingindo em ,8% do oal. Aualmene, a China é o segundo parceiro comercial do Brasil, se considerada a correne de comércio oal. O crescimeno dos fluxos 3

4 bilaerais de comércio foi basane acenuado nos úlimos 10 anos, a exemplo do que em ocorrido com ouros países. Como veremos adiane, a paua de exporações brasileiras para ese país ambém em passado por algumas ransformações. O crescimeno da China compensou a perda de imporância do Japão e mesmo da Coréia nese ulimo período. Deve-se considerar ainda o crescimeno de ouros parceiros, aé enão de menor imporância para o Brasil, como a Rússia, os países africanos, enre ouros. A axa de crescimeno das exporações brasileiras no período considerado coloca em evidencia as mudanças descrias acima. As axas de crescimeno acumuladas das exporações brasileiras para os países laino-americanos e para a Ásia superam em muio a axa acumulada para o oal das exporações. Porém, além das diferenças de especialização, que serão examinadas adiane, no caso da Ásia o incremeno se deve fundamenalmene ao desempenho das exporações para poucos países. Já no caso da América Laina, o desempenho das exporações brasileiras em sido basane posiivo para a maioria dos países. Além daqueles que figuram na abela abaixo, vale assinalar que o desempenho das exporações brasileiras para pequenos países da América Cenral ambém em sido basane saisfaório. Em suma, os países da América Laina êm se ornado nos úlimos anos parceiros de crescene imporância para o Brasil em ermos quaniaivos. 1.2 Especialização da economia brasileira segundo parceiros No mesmo horizone de empo analisado acima, percebe-se claramene o avanço e a consolidação das exporações brasileiras de manufaurados. De 1975 a 2007, enquano quase odos os produos agrícolas e alimenares iveram sua paricipação na paua (a mais imporane delas é a de exporações de café que passou de 18,8% das exporações oais para apenas 2,5%) 4, produos de origem mineral e manufaurados diversos aumenaram suas paricipações na paua de exporações. Os produos de origem mineral iveram seu peso aumenado de 16,7% para 26,4%, sendo que, os demais seores manufaurados viram sua paricipação na paua de exporações brasileiras quase dobrar enre 1975/76 (24,2% das exporações oais) e 2007 (46,7%). Apesar desa imporane mudança na esruura das exporações brasileiras, o desempenho dos seores são basane diferenciados. Porém, as diferenças se referem apenas às axas de crescimeno que podem ser basane díspares: elas dizem respeio ambém à especialização seorial por parceiro comercial. Como já dissemos aneriormene a especialização brasileira pode ser basane diferene dependendo do parceiro considerado, o que pode razer impacos imporanes em ermos do dinamismo dos seores. Uma análise da paua de exporações desagregadas em produos básicos, semi-manufaurados e manufaurados, segundo os parceiros comerciais, evidencia a ocorrência de rês padrões de especialização basane diferenes. Nos dois exremos, êm-se os países para os quais o Brasil vende majoriariamene ou produos manufaurados ou produos básicos, e, em erceiro lugar, aparece a UE para quem as exporações se dividem quase que simericamene enre os dois grupos de produos. Eses padrões são observados desde o final dos anos 80, com pequenas mudanças, que serão comenadas a seguir. No primeiro grupo de países (mercados para os quais as exporações são predominanemene de produos manufaurados), figuram os países americanos e africanos. Em primeiro lugar, para os vizinhos do MERCOSUL, quase a oalidade das exporações compõe-se de bens manufaurados. Considerando-se o oal de produos indusrializados, o peso dese cresceu ao 4 O único seor que apresenou crescimeno na paricipação na paua foi abae de animais (que passou de 2,2% para 7% das exporações oais brasileiras). 4

5 longo do empo (principalmene para a Argenina) e aingiu 95.8% (92,9% no caso dos manufaurados) do oal exporado pelo Brasil para a região em 2007 (ver Tabela 2). O perfil do comércio inra-mercosul é explicado em pare pelo acordo comercial, como ilusra o fao de que dois seores rigo e auomóveis.que pariciparam dos primeiros acordos enre Brasil e Argenina e que gozam de vanagem arifária imporane ou de um regime específico, são responsáveis hoje por grande pare do comércio regional. 5 Porém, vale assinalar que as exporações no inicio dos anos 90 inicio da inegração já era predominanemene de bens indusrializados (88,8%). Para os demais países da América Laina ano aqueles incluídos na ALADI quando os demais, o peso das exporações de manufaurados é basane elevado, ulrapassando com freqüência 80% do oal exporado. O desempenho é, no enano, basane díspare enre os países. Por um lado, em-se o Chile cujo peso dos produos básicos aumenou significaivamene desde 1990, aingindo 34% em 2007 devido às exporações de peróleo. Movimeno similar é observado para as exporações para o Peru. Por ouro lado, em-se a Venezuela, para quem o peso das exporações de manufaurados no oal aingiu 82,9% em 2007, em virude, sobreudo, de uma redução no peso dos semi-manufaurados. Para a África, as vendas brasileiras ambém se concenram nos bens manufaurados, que chegam a 68,9% do oal. Enfim, nese grupo figura ambém os EUA, para quem as exporações de manufaurados represenam aualmene 63,2% das exporações oais brasileiras para aquele país ao considerarmos o conjuno dos produos indusrializados, o percenual ainge 80,2%. Porém, no caso dos Esados Unidos, ao conrário dos demais, a similaridade do nível de desenvolvimeno econômico e, em paricular, indusrial não pode explicar o imporane peso das exporações de manufaurados. De fao, os EUA se desacam ano na comparação com os países em desenvolvimeno quano na comparação com os demais países desenvolvidos, como veremos a seguir. Vale assinalar que o peso dos manufaurados nas exporações brasileiras para os EUA já foi mais elevada, endo caído cerca de 10 ponos percenuais enre 1990/91 e 2007, compensados sobreudo pelo crescimeno dos produos básicos. Os países que compõem o segundo grupo êm em comum um peso elevado das exporações de produos básicos. Nese grupo figuram ano países desenvolvidos como o Japão, quano países considerados como em desenvolvimeno como China e aqueles do Oriene Médio. Para a Ásia em geral, o Brasil aparece crescenemene como um imporane exporador de produos básicos 59,5% do oal em 2007 ( Tabela 2) conra 30,1% em 1990/01 e imporador de produos manufaurados. Esa especialização é ainda mais marcada no caso do comércio com a China. Aualmene, 73,8% das exporações brasileiras para aquele país são de produos básicos. E, mesmo quando a China compra produos indusrializados do Brasil, eses se concenram nos produos menos elaborados, classificados como semi-manufaurados, que represenam aualmene 18% das exporações bilaerais enquano os produos manufaurados respondem apenas por 8,1% do oal. A mudança na paua de exporações para a China em sido basane inensa 45% da paua de exporações brasileiras deixou de ser de bens indusrializados e passou a ser de 5 Vale assinalar que, no comércio inra-regional, o peso dos bens indusrializados nas exporações brasileiras e o peso dos produos de origem agrícola nas imporações brasileiras é relaivamene alo. Ou seja, embora o peso do comércio inra-indúsria seja imporane no comércio inra-regional (devido às indúsrias auomoivas e química), a especialização do comércio iner-indusrial revela o maior nível de desenvolvimeno indusrial do Brasil. 5

6 produos básicos. Porém, esa mudança se localiza, sobreudo nos anos De fao, o comércio Brasil-China hoje se aproxima mais de um comércio ípico Nore-Sul do que Sul- Sul. Esa caracerísica não se revela apenas nas relações bilaerais com o Brasil: o fore desenvolvimeno indusrial da China nos úlimos 15 anos alvez a habiliem a deixar o chamado grupo de países em desenvolvimeno. As exporações para o Japão há muio se concenram em produos básicos e de baixa elaboração (semi-manufaurados), sendo eles preponderanemene os produos da indúsria exraiva mineral (minério de ferro em grande pare), alguns produos alimenares e ouros produos inermediários de origem mineral. Os países do Oriene Médio imporam hoje majoriariamene alimenos e produos minerais. Porém, no passado, o peso de bens manufaurados era bem maior. Enre 1990/91 e 2007, o peso deses caiu de 60,5% para 35,8%, endo sido compensado, sobreudo, pelo crescimeno de produos básicos. Por fim, o caso europeu é um pouco singular, pois as exporações se dividem enre produos básicos e manufaurados, que represenam respecivamene 45% e 40,4% das exporações oais (ver Tabela 2). Embora o peso dos produos básicos seja imporane, a UE se diferencia dos países consiuines do segundo grupo pelo peso dos produos manufaurados. Ese peso em se manido relaivamene esável desde o início dos anos 90. As diferenças em ermos de especialização bilaeral podem ser analisadas sob uma oura óica, buscando idenificar quem são os principais mercados de desino para cada caegoria de produos. Como mosram os valores em negrio na Tabela 3, as exporações de produos básicos se dirigem prioriariamene a duas regiões: UE e Ásia, que respondem respecivamene por 35,3% e 28,9% das exporações oais brasileiras deses produos. Já as exporações de produos manufaurados, êm uma disribuição geográfica mais diversificada, sendo os países laino-americanos seu principal mercado: enquano os vizinhos de MERCOSUL absorvem 19,2% das exporações brasileiras de manufaurados, os demais países da ALADI, em seu conjuno, respondem por 18,4% das exporações oais deses produos. Em seguida aparece a UE, que é o segundo mercado para as exporações brasileiras de bens manufaurados, ulrapassando aé mesmo os EUA, que respondem por 18,9% das exporações de manufaurados. Em comparação ao início da década de 90, houve um fore aumeno da imporância, por um lado, da Ásia como demandane de produos básicos (devido ao fore apeie chinês) e, por ouro, da América Laina como demandane dos produos manufaurados. Na América Laina, o crescimeno da demanda de manufaurados foi mais inenso no MERCOSUL, seguido dos demais parceiros da ALADI. Nesa comparação, fica evidene a perda de imporância de mercados radicionais ano para os produos manufaurados (EUA e, em menos inensidade, UE) quano para os produos básicos (UE). Enfim, vale mencionar o aumeno do peso da África nas exporações de manufaurados como reflexo de uma busca de diversificação de mercados pelo governo brasileiro. 6 Casilho (2007) mosra esa inensificação e chama aenção para o fao de que, em virude da prioridade dada pelo governo chinês ao desenvolvimeno das aividades de beneficiameno em seu próprio erriório, houve uma mudança na composição das exporações do complexo soja, endo as exporações da soja beneficiada sob forma de óleo e seus resíduos se reduzido em derimeno da expansão de grãos de soja (ese fao fica evidene pela queda do peso óleos vegeais e aumeno do peso dos produos agropecuários enre 1990/91 e 2007 ver seção 3.1). Puga e. al. (2004), afirmam que endência semelhane observada para os produos de origem mineral as exporações brasileiras de produos siderúrgicos e do complexo mineral êm se concenrado nos bens menos elaborados. 6

7 2 A esimação dos deerminanes das exporações Os deerminanes das exporações de um país podem ser elencados avaliando-se ano faores de ofera quano da demanda por exporações. A especificação dos modelos de exporação depende, no enano, da definição prévia de algumas quesões eóricas. A primeira diz respeio à manuenção ou não da hipóese de que o país exporador é pequeno, no senido de que a paricipação relaiva de suas exporações sobre o volume de exporações mundial é al que o volume exporado não é capaz de afear os preços inernacionais. As exporações seriam, enão, deerminadas exclusivamene por faores de ofera, ais como algum índice de renabilidade para os exporadores e o nível da demanda domésica (absorção). Nesse caso, ao menos eoricamene, a renda mundial ou do mercado de desino não deveriam afear o comporameno das exporações e somene a função de ofera de exporações seria esimada. A segunda quesão refere-se à consideração do bem exporado como um subsiuo perfeio ou imperfeio em relação ao bem domésico consumido no mercado de desino e em relação ao mesmo bem produzido por ouro país e comercializado no mercado inernacional. Assumindo-se a exisência de capacidade ociosa e uma ofera de exporação perfeiamene elásica, é possível se esimar somene a função de demanda por exporações. Nesse caso, a hipóese de bens subsiuos imperfeios garane que a elasicidade-preço da função de demanda não seja infinia, viabilizando sua esimação empírica. Os primeiros rabalhos empíricos sobre o desempenho das exporações brasileiras assumiam a hipóese de país pequeno e privilegiavam a esimação de equações de ofera para as exporações [ver, por exemplo, Cardoso e Dornbush (1980)]. Dada a relaivamene modesa paricipação do Brasil nas exporações mundiais durane a década de 1970 e o perfil das exporações, concenradas primordialmene em produos primários (mais homogêneos e porano subsiuos perfeios ), a hipóese de país pequeno era considerada razoável. As análises das exporações a parir do final dos anos 1970 passaram a lidar ambém com a hipóese de bens subsiuos imperfeios e a esimar funções de ofera e de demanda por exporações, de forma individual ou simulânea. Nese conexo, podemos desacar o rabalho de Goldsein e Khan (1978). Mais recenemene, em função das diferenças significaivas de preços praicados no mercado inernacional, mesmo para produos mais homogêneos como é o caso das commodiies, e do fao da renda mundial afear o comporameno das exporações ornando a hipóese de país pequeno muio resriiva, vários auores êm esimado modelos uniequacionais para as exporações que incluem faores ano de ofera quano de demanda [Casro e Cavalcani (1998), Moa (2001), Pourche (2003), Bonelli (2007)]. 2.1 A equação de exporações Nese rabalho, seguiremos a lieraura mais recene sobre deerminanes das exporações e esimaremos uma única equação de exporações que inclui ano faores de ofera quano de demanda. Especificamene, a equação de exporações envolverá o quanum exporado, o qual deve responder ao preço relaivo das exporações iso é, a relação enre o índice de preços das exporações (Px) e o índice de preços das exporações mundiais (Pw), a uma medida de renda mundial ou do mercado de desino especificamene analisado (PIB), à axa de câmbio e, como medida de conrole, ao nível de uilização da capacidade domésica (Ucp), conforme a equação (1): Px X = f ; PIB; Câmbio; Ucp (1) Pw 7

8 Teoricamene, podemos esperar que um aumeno no preço relaivo das exporações reduza, dado o câmbio, a compeiividade das exporações brasileiras e, porano, afee negaivamene o quanum exporado. Em relação ao PIB do país de desino das exporações ou à renda mundial, devemos esperar um sinal posiivo uma vez que uma elevação na renda do mercado de desino eleva a demanda por bens imporados naquele mercado e, dados o câmbio e os preços relaivos, deve elevar as exporações brasileiras. A variável câmbio, represenada pela axa de cambio real, esá pauada pela relação enre a moeda brasileira e a moeda (ou cesa de moedas) do mercado de desino. Assim, uma elevação dessa variável represena uma desvalorização da moeda brasileira. Devemos esperar, porano, um sinal posiivo para o câmbio, já que a desvalorização cambial esimula as exporações, dadas as demais variáveis. Finalmene, para o nível de uilização da capacidade, espera-se um sinal negaivo já que os exporadores brasileiros enderiam a suprir o mercado inerno anes do exerno. 7 Especificamene, o modelo de regressão a ser esimado é dado pela equação (2) a seguir: j, Px j e i ( ) Px = β Y d β, + 4 ln + β ln( Ucp ) + ε (2) i, j i j ln X 1 + β 2 ln + β Pw 3 ln Pd 5 onde, X = quanidade exporada ou um índice de quanum exporado Px Pw Yd = e Px = índice de preço das exporações, em dólar = índice de preço das exporações mundiais, em dólar PIB do mercado de desino Pd = medida da axa de câmbio real ou efeiva Ucp = índice do nível de uilização da capacidade i = 1, 2,..., 28 indexa os seores de exporação de acordo com a classificação seores-mariz do IBGE, uilizada aqui. j = 1, 2,...,7 refere-se aos see principais mercados de desino das exporações brasileiras. 2.2 Dados uilizados A base de dados uilizada nas esimações refere-se a observações rimesrais do período 1986:01 a 2007:04. Vale assinalar que os países laino-americanos incluídos na amosra são os principais mercados de desino para as exporações brasileiras, para os quais dispõem-se de séries de quanum compleas e sem quebras imporanes para a maioria dos seores analisados. Os dados e respecivas fones são descrios abaixo. 7 Apesar de haver regisros de coeficienes negaivos para o grau de uilização da capacidade na lieraura (ver, por exemplo, DeNegri, 2000), análises mais recenes do ciclo exporador brasileiro sugere que a conradição enre mercado inerno e exerno parece não mais se verificar. Os nossos resulados (não reporados aqui mas disponíveis mediane soliciação) indicam que para a grande maioria dos seores analisados em que o grau de uilização da capacidade (Ucp) pôde ser uilizado, essa variável não se mosrou esaisicamene significaiva, uma indicação de que não há conradição enre o mercado exerno e domésico. 8

9 X: Índice de quanum das exporações, segundo seor de aividade, por mercado de desino, base: média de 2006 = 100. Fone: elaborado pela FUNCEX a parir de dados da SECEX/MDIC. P x : Índice de preço das exporações, segundo seor de aividade, por mercado de desino. Base: média de 2006 = 100. Fone: elaborado pela FUNCEX a parir de dados da SECEX/MDIC. P w : Índice de preços das imporações mundiais. (base média de 2006 = 100). Fone: FMI/IFS (Ipeadaa). Y d : PIB do Mercado de desino, índice de volume, base média de 2006=100. Fones: Chile, México, EUA e Japão, fone: FMI/IFS. Argenina: de 1990:01 a 2007:04: fone: FMI/IFS. Para o período 1986:01 a 1989:04, a fone dos dados é a divulgação oficial do governo argenino: Insiuo Nacional de Esadísicas y Censos, INDEC. As séries foram encadeadas a parir de valores previsos pela regressão simples enre os dados do FMI/IFS e os do INDEC (período comum com 64 observações e R 2 ajusado = ). União Européia: de 1998:01 a 2007:04, fone: FMI/IFS. Para o período 1986:01 a 1997:04, foram uilizados os dados divulgados pela OCDE para a Zona Euro (15 países). As séries foram encadeadas a parir de valores previsos pela regressão simples enre os dados do FMI/IFS e os da OCDE-Sa (período comum com 54 observações e R 2 ajusado = ). China: dados rimesrais para o PIB, período 1986:01 a 2007:01, foram obidos de Abeysinghe e Gulasekaran (2004). Para o oal das exporações brasileiras, uilizou-se como medida de renda mundial as imporações mundiais. Os valores, originalmene em bilhões de US$, foram deflacionados pelo Índice de preços das imporações mundiais (P w ) e ransformados em índice (base = média 2006=100). Câmbio: A axa de câmbio real é calculada a parir da deflação da axa média mensal de câmbio nominal pelos índices de preço no aacado do país esrangeiro e do Brasil (IPA-DI, FGV). O índice rimesral corresponde à média simples dos meses. Fone: FUNCEX Ucp = Índice do nível de uilização da capacidade, em (%). Fone: FGV, com compaibilização de seores Funcex de acordo com Haguenauer, Markwald e Pourche (1998). Todas as variáveis (com exceção do nível de uilização da capacidade) foram log-linearizadas (log-naural), permiindo a direa inerpreação dos coeficienes como elasicidades. 2.3 Seores analisados Não obsane a relaiva diversificação da paua de exporações, dos 32 seores que compõe a paua de exporações brasileiras, 18 deles respondem por cerca de 34% das exporações brasileiras, com represenaividade elevada para odos os mercados de desino analisados. Eses 18 seores são os que possuem maior peso nas exporações para os países da América Laina: para a Argenina chega a represenar mais de 88% das exporações e, para o conjuno dos países da ALADI exclusive MERCOSUL, chegam a represenar mais de 82% das 9

10 exporações. 8 Esimamos os resulados para eses seores. Vale assinalar ainda que devido à classificação uilizada (seor-mariz do IBGE) e ambém pelo ineresse da comparação das elasicidades em função das caracerísicas dos produos, selecionamos seores que reúnem produos com diversos níveis de elaboração. A lisa com os produos e seus pesos nas exporações por desino enconram-se na abela 9. 3 Meodologia Trabalhos aneriores reporaram que as séries de ineresse possuem endência esocásica ou raiz uniária. Em sendo esse o caso, a meodologia que permie uma inerpreação mais direa dos coeficienes é a coinegração. A lieraura economérica apresena diversos eses de coinegração: Sargan e Bahargava (1983), Engle e Granger (1987), Sock e Wason (1988), Banerjee, Dolado e Mesre (1986, 1998), Johansen (1988, 1991). O méodo de Jahansen, que pare de um sisema de veores auo-regressivos (VAR), em sido o mais uilizado já que permie a esimação conjuna dos veores de coinegração e dos parâmeros do modelo de correção de erros, ornando o méodo mais eficiene assinoicamene. Para amosras pequenas, como as uilizadas nesse rabalho, no enano, a esimação do sisema VAR necessário para o méodo de Johansen em se mosrado basane insável, principalmene levando-se em cona a frequência rimesral dos dados uilizados. Assim, seguindo ouros rabalhos apresenados na lieraura sobre comércio exerior brasileiro [Carvalho e Parene (1999), Carvalho e DeNegri (2000), Pourche (2003), Ribeiro (2006), denre ouros] opou-se pela esimação uniequacional. A meodologia de esimação uniequacional adoada, na presença de variáveis com endência esocásica, envolve os seguines passos: a idenificação da ordem de inegração das variáveis aravés de eses de raiz uniária; se as variáveis de ineresse podem ser descrias como inegradas de primeira ordem ou I(1), prossegue-se para se esar a exisência de coinegração; se os eses indicam coinegração, esima-se um modelo de defasagens auo-regressivas disribuídas (ARDL) e calcula-se a solução de longo-prazo para a obenção das elasicidades. Para se verificar a ordem de inegração das variáveis, uilizamos os eses Dickey-Fuller Aumenado (ADF) e o Dickey-Fuller Generalizado (DF-GLS), o qual em sido reporado como endo um poder maior para pequenas amosras. Assumindo-se exogeneidade fraca para os regressores, a exisência de coinegração será verificada aravés do ese proposo por Banerjee, Dolado e Mesre (1998). A esimação das elasicidades de longo-prazo a parir da especificação de modelos ARDL ao invés de modelos esáicos possui a vanagem de fornecer esimaivas precisas dos coeficienes de longo-prazo e eses de significância válidos, mesmo na presença de regressores endógenos [Banerjee e. alli (1993) e Inder (1993)]. Convém desacar que para os casos em que a hipóese de coinegração foi descarada, opamos por esimar um modelo ARDL com as variáveis em primeira diferença. Nesse caso, os coeficienes esimados não mais represenarão as elasicidades de longo-prazo do quanum exporado vis-à-vis a renda e ao câmbio do país de desino, mas a relação enre as axas de crescimeno dessas variáveis. 8 A série de dados para o seor de peróleo e carvão é demasiado cura e voláil para possibiliar as esimações apesar de sua crescene imporância na paua. Ela é de paricular imporância para o Chile, como comenado na seção

11 Para se deerminar a ordem de inegração das variáveis para cada mercado de desino, uilizamos os eses de Dickey-Fuller Aumenado (ADF) e o Dickey-Fuller Generalizado (DF- GLS). Ambos esam a hipóese nula de que há raiz uniária ou endência esocásica e foram aplicados a odas as séries uilizadas no esudo: índices de quanum seorial exporado e preços relaivos seoriais das exporações para cada mercado de desino (ambos em log), variáveis de PIB e câmbio referenes aos mercados de desino (em log) e índices seoriais do nível de uilização da capacidade (Ucp). Os resulados são apresenados nas Erro! Fone de referência não enconrada. a Erro! Fone de referência não enconrada. (ver Anexo). Analisando-se os resulados dos eses de raiz uniária, consaa-se que para a maioria dos seores relevanes e mercados de desino, as variáveis que consiuem o modelo podem ser consideradas esacionárias após a primeira diferença ou inegradas de primeira ordem [I(1)]. Para efeio das regressões, assumimos que as séries são não-esacionárias se ao menos um dos eses indica a presença de raiz uniária, uilizando-se o nível de significância de 5%. Vemos, no enano, que para o oal das exporações e para mercados de desino específicos, em alguns seores, ambos os eses indicam que a variável quanum é esacionária. Nesses casos, não é possível buscar uma relação de coinegração com essa variável e um modelo de curo-prazo poderia ser esimado com a variável quanum em nível. Opamos, no enano, por esimar esses modelos com as variáveis em primeira diferença, obendo assim uma relação enre as axas de crescimeno do quanum exporado e da renda do país de desino. Esse procedimeno permiiu que ivéssemos somene duas classes de coeficienes: uma referene às elasicidades de longo-prazo obidas a parir das relações de coinegração, al como descrio na meodologia, e oura referene à relação enre as axas de crescimeno do quanum e da renda. Nesse segunda classe, esimamos coeficienes que são direamene comparáveis enre si para os seores em que não houve coinegração e/ou para os quais a variável quanum mosrou-se esacionária. Os resulados são apresenados na próxima seção. 4 Resulados Os resulados das esimações para as elasicidades-renda seoriais das exporações brasileiras por desino enconram-se na Tabela 5 a seguir. Foram esimados os coeficienes para os seores selecionados, obedecendo à meodologia descria aneriormene. Para a maioria dos seores analisados, os coeficienes esimados correspondem à elasicidade de longo-prazo do quanum exporado em relação à renda dos países de desino. Para os casos em que a naureza das variáveis envolvidas não permiiu a uilização da écnica de coinegração, as elasicidades esimadas relacionam a axa de crescimeno do quanum exporado com a axa de crescimeno da renda e/ou câmbio. 9 Logicamene, a inerpreação dos coeficienes coaduna com o procedimeno meodológico adoado e a mensuração das variáveis. Por exemplo, no caso das exporações de abae de animais, uma variação de 1% na renda oal dos parceiros leva a um crescimeno médio de 2,54% no quanum exporado. No caso dos seores que foram esimados aravés das axas de crescimeno das variáveis, o coeficiene relaciona o aumeno de 1% na axa de crescimeno da renda do parceiro ao aumeno percenual da axa de crescimeno do quanum exporado da magniude do coeficiene esimado. É o caso, por exemplo, das exporações da indúsria exraiva mineral para a Argenina: um aumeno de 1% na axa de crescimeno da renda na Argenina levará a um aumeno médio de 1,03% da axa de crescimeno do quanum exporado para aquele país. Desa forma, a comparação direa enre coeficienes esimados deve aer-se ao procedimeno meodológico adoado. 9 Esses casos esão desacados nas noas da Tabela 5. 11

12 Vale assinalar que primeiramene esimamos os coeficienes para o oal das exporações brasileiras a fim de obermos um valor de referência para, em seguida, esimarmos as equações para cada um dos 8 desinos selecionados. Dos 144 seores/países, diversos deles não puderam ser esimados por fala de dados seja pela inexisência de comércio, seja pelo fao das séries de quanum apresenar variações exremas associadas a valores relaivamene muio baixos de exporações. Para ouros seores, os coeficienes de ineresse não foram significaivos, ainda que para muios deles o modelo esimado enha apresenado um bom ajuse do pono de visa economérico. 10 O primeiro aspeco a ser ressalado dos resulados é que, em geral, o coeficiene esimado para o oal das exporações é mais baixo do que aqueles esimados para os países/blocos em separado. Iso se deve provavelmene ao fao de que esamos aqui levando em cona a oalidade dos países de desino, endendo assim a reduzir as grandes variações de renda associadas a países específicos. Ademais, como indicado na seção 4.2, a proxy usada para a renda mundial foi o oal das imporações mundiais. Assim, os coeficienes referenes às exporações oais não devem ser direamene comparados com aqueles desagregados por país de desino. Porém, eles são úeis para uma comparação enre seores. Como pode-se ver a parir da Tabela 5, os coeficienes esimados para o oal das exporações variam de 0,77 (exraiva mineral) a 2,54 (abae de animais). 11 Em geral, os produos de origem mineral são os que se mosram menos elásicos a variações de renda: odos os seores para os quais foram enconrados coeficienes significaivos apresenam elasicidade inferior a 1 (0,77 a 0,82). No que se refere aos produos de origem agrícola, os coeficienes significaivos - referenes a abae de animais e a agropecuária são basane elevados (2,54 e 1,93), comparáveis com aqueles observados para os produos manufaurados que se enconram reunidos no erceiro grupo (manufaurados diversos). Denre eses úlimos, veículos auomoores, equipamenos elerônicos e máquinas e raores apresenam os coeficienes mais elevados os valores são, respecivamene, 2,51, 1,96 e 1,82 enquano os seores mais radicionais como êxil e químicos diversos apresenam elasicidades esimadas mais baixas 1,13 e 0,99, respecivamene. No que se refere aos coeficienes esimados para seores/países, os valores podem apresenar fore variações, a exemplo do que ocorre na maioria dos rabalhos que se dedicam a esimar elasicidades-renda seoriais. 12 Os resulados referenes aos produos de origem agrícola foram aqueles com maiores dificuldades de se achar um ajuse coerene com a eoria. Poucos são os seores cujos resulados foram significaivos e, neses casos, os coeficienes apresenam uma fore variabilidade, podendo aingir valores basane elevados. Ainda que as exporações brasileiras de produos de origem agrícola desinem-se mais aos países asiáicos, as elasicidades-renda se mosraram relaivamene elevadas para a Argenina, Chile e União Européia. Vale ressalar que o Brasil expora menos produos de origem agrícola para os países da América Laina do que para o reso do mundo e, por conseqüência, em nossa amosra, não se pode esimar as elasicidades em muios casos. 10 Enconram-se em anexo, os resulados compleos das esimações, com os coeficienes esimados para as diversas variáveis da equação e os resulados dos eses realizados. 11 O coeficiene esimado para ouros produos mealúrgicos (0.70) relaciona as axas de crescimeno do quanum e da renda e não a elasicidade-renda de longo-prazo (ver noa 2 na abela 11). 12 Pourche (2003) sineiza os resulados de quaro rabalhos que buscam esimar elasicidades seoriais com relação à renda. Seus resulados evidenciam que, além da dificuldade de se ober resulados saisfaórios para um grande número de seores, os valores esimados podem variar significaivamene. 12

13 Denre os produos de origem agrícola, apenas abae de animais apresena resulados significaivos para diversos países, inclusive Argenina e Chile, apesar do pequeno peso deses mercados como desino para as exporações brasileiras (menos de 1% das exporações oais deses produos em 2007). As elasicidades por desino variam de 4,15 (Argenina) a 9,77 (Japão), sendo que não se idenifica um padrão regional claro nas elasicidades. Embora eses dois países enham pesos radicalmene diferenes nas exporações brasileiras (o Japão compra mais de 13% das exporações brasileiras enquano Argenina e Chile compram individualmene 0,5% do oal), não se verifica uma relação nem geográfica nem com o peso do mercado no oal exporado. No caso de agropecuária, a elasicidade renda das exporações é mais elevada no caso da UE do que no caso do Japão. Os produos de origem mineral para os quais foram realizadas esimações reúnem dois seores da indúsria exraiva mineral. Para o seor de peróleo e carvão, que nos úlimos anos vêm ocupando uma posição de desaque na paua de exporações (aualmene responde por cerca de 5% das exporações), não é possível de se ober uma série de quanum devido à fore variação das exporações dese produo, conforme assinalado aneriormene. Para exraiva mineral, resulados significaivos foram obidos para Argenina, México, EUA e China, sendo o primeiro referene à axa de crescimeno da renda e, por conseqüência, não devendo ser comparado direamene com os demais. A comparação enre os coeficienes esimados para o México e os EUA revelam uma sensibilidade maior à variações da renda no primeiro país do que no segundo. No caso da Argenina, viso que o PIB cresceu 106% enre 1986 e 2007, o coeficiene sugere que se o crescimeno econômico argenino fosse 1% superior, o quanum exporado eria crescido 1,03%. Para a China, o coeficiene esimado apresena valor negaivo, o que conraria o senido esperado da relação enre renda e exporações. 13 Dos demais seores de produos de origem mineral, os resulados referenes às exporações de produos siderúrgicos são significaivos para Argenina, México e UE. O coeficiene da UE indica a maior sensibilidade do quanum exporado à evolução da renda denre os 3 países/blocos, viso que o valor do coeficiene, que significa a elasicidade das exporações relaiva à aceleração do crescimeno, é o mais elevado. Vale assinalar que o crescimeno da renda nos países desenvolvidos é inferior ao observado nos países em desenvolvimeno no caso da UE e do Japão, a renda (PIB em volume) variou de 65% e 52%. Ese fao pode esar na origem de coeficienes elevados no senido que, em face de um crescimeno muio baixo desas economias ao longo dos úlimos 25 anos, uma pequena variação da axa de crescimeno poderia causar um fore crescimeno do quanum exporado. Para os produos mealúrgicos não ferrosos, os coeficienes indicam uma elasicidade para as exporações desinadas à Argenina superior às exporações desinadas para os EUA e a UE 5,37% conra 3,96% e 2,08%, respecivamene. Para ouros produos mealúrgicos, pode-se fazer a comparação direa dos coeficienes esimados para Argenina e Chile, que sugerem que o quanum exporado para o primeiro país é o mais sensível a variações de renda um aumeno de 1% na axa de crescimeno do PIB naquele país, levaria a um crescimeno de cerca de 3% no quanum exporado. Os coeficienes esimados para refino de peróleo e peroquímicos, embora não sejam de valores direamene comparáveis, revelam uma maior sensibilidade da quanidade exporada à variações de renda no vizinho argenino do que variações na renda nore-americana. Vale assinalar que as exporações do complexo peróleo êm algumas paricularidades que devem ser levadas em cona quando analisadas as elasicidades, sobreudo no que se refere às exporações para os EUA, viso que o peróleo desinado àquele país, seja cru ou refinado, é muias vezes encaminhado inicialmene para alguma das ilhas do Caribe, aonde esão localizadas refinarias nore-americanas e aonde o peróleo sofre algum 13 Os resulados referenes ao mercado chinês devem, aliás, ser analisados com cauela em virude dos dados esimados de PIB daquele país (ver descrição dos dados na seção 4.2). 13

14 ipo de beneficiameno. Assim, pequenos países como Bahamas, Trinidad Tobago ou Aruba aparecem nas esaísicas recenes como desinos imporanes de exporações brasileiras de peróleo e derivados, porém, ese fao esconde o verdadeiro desino dos produos brasileiros e o processo de beneficiameno realizado, muias vezes, por empresas nore-americanas. 14 Para os produos agrupados como manufaurados diversos, os coeficienes apresenam valores com menores variações enre eles do que no caso dos grupos de produos de origem animal e os de origem agrícola, com raras exceções. No conjuno de manufaurados diversos, os coeficienes variam de 0,95% a 5,78%, com exceção de dois seores/países que são superiores - 9,55 para Veículos auomoores/eua e 8,99 para Peças e Ouros Veículos/UE. 15 Oura caracerísica comum à maioria dos seores de manufaurados diversos é o fao do coeficiene esimado para as exporações desinadas à Argenina ser, com freqüência, o mais elevado. No caso do seor borracha, o coeficiene da Argenina, cujo valor é 3,44, não pode ser comparado, por quesões meodológicas, aos coeficienes esimados para Chile e EUA, sendo o úlimo superior denre eses dois países (0,82 e 2,77, respecivamene). No caso das exporações de celulose, papel e gráfica os coeficienes significaivos são aqueles referenes aos seguines países de desino: Chile, EUA, UE e Japão. Nese caso, os coeficienes mais elevados concernem os países desenvolvidos, sendo o coeficiene do Chile bem inferior aos demais (1,67 face a 3,79 e 5,35). No caso de equipamenos elerônicos, os coeficienes vão de 2,25 (México) a 5,78 (Argenina), sendo o referene às exporações para os EUA de valor inermediário (3,33). Para maerial elérico, os coeficienes esimados para Argenina e EUA são bem próximos (2,78 e 2,58, respecivamene), ambos inferiores ao da UE (3,48). Denre os seores relacionados a maerial de ranspore, em-se, em primeiro lugar, o seor de máquinas e raores, que é na realidade um seor muio amplo que inclui ambém grande pare das exporações de bens de capial. Os coeficienes esimados aponam para elasicidades mais elevadas nas exporações desinadas à Argenina (4,79) e México (4,53), porém, não muio superiores a aquele esimado para a UE (3,81). Apenas o coeficiene esimado para os EUA apresenam uma diferença de valor um pouco maior (2,31). Para veículos auomoores, as elasicidades apresenam não somene grandes diferenças o valor esimado para os EUA ainge 9,55 como ambém não é possível uma comparação direa de odas as elasicidades calculadas devido a variação meodológica. Finalmene, os valores esimados para peças e ouros veículos apresenam valores, em geral, menores para os parceiros laino-americanos do que para os países desenvolvidos. A comparação deve ser feia enre Argenina e UE, cujo coeficiene é demasiado elevado (8,99) e, por ouro lado, Chile e México (1,91 e 3,39, respecivamene) face EUA e Japão (4,83 e 3,32). As elasicidades referenes às exporações de produos químicos diversos aponam novamene para uma maior sensibilidade a fluuações de renda na Argenina do que nos países desenvolvidos para os quais foram obidos resulados significaivos UE e Japão. O coeficiene do Chile, esimado em ermos de axa de crescimeno do PIB, sugere que se ao invés de um crescimeno médio do PIB de 3,4% enre 1997 e 2007, ese fosse de cerca de 4,4%, o quanum exporado seria 0,93% maior. 14 Em Trinidad e Tobago, a Perorin (Peroleum Company of Trinidad and Tobago Limied) conduz aividades de exploração do óleo bruo aé a manufaura e venda de produos de peróleo, a parir, inclusive, de óleos bruos imporados. Já em Aruba, a refinaria de capial exano Valero Energy Corporaion é a maior responsável pelo beneficiameno e exporação de peróleo. Nas Bahamas, a BORCO (Bahamas Oil Refining Company), filial da PDVSA Peróleo de Venezuela S.A., opera um imporane erminal de armazenameno na região. 15 Os coeficienes dos seores Borracha e Químicos Diversos para o mercado chileno apresenam coeficienes inferiores a 0.95, mas referem-se à relação enre axas de crescimeno. 14

15 O úlimo seor de bens manufaurados para os quais dispõe-se de esimaivas significaivas é o de êxeis. Somene os coeficienes referenes às exporações para a Argenina e Chile se mosraram significaivos, sendo o primeiro (3,03) mais elevado do que o segundo (1,03). Eses resulados deverão ser complemenados pela esimação para ouros seores e pela enaiva de aperfeiçoameno na base de dados, no que se refere noadamene ao mercado chinês. 5 Conclusões O Brasil em uma paua de exporações basane diversificada, ano do pono de visa geográfico quano do pono de visa de composição dos produos. Esa diversificação, no enano, em um cero padrão. Enquano para os vizinhos laino-americanos, as exporações apresenam um perfil de exporações de produos mais elaborados, onde a presença de seores manufaurados com maior inensidade ecnológica é evidene, para os países asiáicos, o padrão de comércio é do ipo Nore-Sul, onde o Brasil roca seus produos minerais e agrícolas por bens manufaurados. Enre eses dois grupos, enconram-se dois grandes e radicionais parceiros do Brasil: a UE e os EUA. A paua deles, ainda que guardando diferenças imporanes enre si, se dividem enre produos básicos e manufaurados, sendo que eses úlimos são majoriariamene inensivos em recursos naurais e com médio grau de elaboração. A especialização geográfica e seorial das exporações brasileiras apresena uma configuração que sugere que os parceiros mais longínquos, são aqueles que compram os produos com menor grau de elaboração vendidos pelo Brasil. Embora a disância geográfica em si não explique ao menos não oalmene ese padrão, ela esá relacionada a ouros faores que podem ajudar a fazê-lo. Por um lado, a exisência de acordos comerciais é mais comum enre países próximos geograficamene; no caso do Brasil e de seus vizinhos laino-americanos as preferências comerciais foram acordadas no âmbio da ALADI no início dos anos 80. Por ouro lado, a doação de faores ende a ser mais próxima enre países vizinhos, o que explica por que o Brasil vende produos manufaurados ou semi-manufaurados inensivos em recursos naurais para países mais disanes e provavelmene com disponibilidades de recursos diferenes das do Brasil e de seus vizinhos laino-americanos. Enfim, a geografia ambém esá presene nas esraégias das empresas mulinacionais, que são responsáveis, no caso do Brasil, pelo desempenho de deerminados seores-chave para as exporações, como a indúsria auomoiva. A especialização geográfica e seorial das exporações brasileiras em implicações diversas em ermos de políica econômica. Em primeiro lugar, acordos comerciais podem favorecer ou reforçar as relações comerciais exisenes daí o ineresse de se conhecer dealhadamene o perfil geográfico e seorial das exporações brasileiras. Ese conhecimeno pode ser complemenado por uma avaliação minuciosa dos acordos exisenes e daqueles em negociação. Em segundo lugar, as exporações dos seores enconram-se em maior ou menor medida concenradas em deerminados mercados. Ese é o caso das exporações de diversos produos de origem agrícola para a Europa ou de um número significaivo de seores de bens manufaurados diversos para a ALADI (conforme mosrado na Erro! Fone de referência não enconrada.). Iso significa que os seores foremene concenrados em deerminados mercados se enconram vulneráveis a variações de renda naqueles países. A fim de avaliar em que medida iso ocorre e com especial ênfase nas exporações para a América Laina, esimamos as elasicidades-renda das exporações brasileiras para 18 seores e 7 países/blocos de desino (além do oal exporado). A fim de refleir a diversidade da paua de exporações brasileiras e das caracerísicas da classificação seorial, selecionamos os principais seores em ermos de peso na paua de exporações para a ALADI, buscando incluir produos de diversos níveis de 15

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