(1GCF0ì1Z0) (D<5éV) - Nº Lote: _2 - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N /RR - TR120203

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1 Numeração Única: APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N /RR (1GCF0ì1Z0) RELATORA RELATOR CONVOCADO APELANTE PROCURADOR APELADO ADVOGADO REMETENTE : DESEMBARGADORA FEDERAL SELENE MARIA DE ALMEIDA : JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA (EM SUBSTITUIÇÃO) : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE RORAIMA : ADRIANA MAIA VENTURINI : LUCIANA LEMGRUBER DE VASCONCELLOS ALVES : NEIDE CAVALCANTE E OUTRO(A) : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA - RR EMENTA AGRAVO REGIMENTAL ADMINISTRATIVO. CONCURSO. APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO EM EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO. 1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE /MS submetido ao rito da repercussão geral, decidiu que a aprovação em concurso público, dentro do número de vagas previstas no edital, gera para o candidato aprovado direito subjetivo à nomeação. 2. Agravo regimental do impetrado improvido. ACÓRDÃO Decide a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1 a. Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do relator convocado. Brasília, 22 de agosto de JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA (EM SUBSTITUIÇÃO) (D<5éV) - Nº Lote: _2 - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N /RR - TR120203

2 RELATÓRIO Convocado): O Exmo. Sr. Juiz Federal ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA (Relator Em exame agravo regimental interposto pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima - IFT/RR em face de decisão que negou seguimento à apelação por ele interposta nos autos de mandado de segurança impetrado por Luciana Lemgruber de Vasconcellos Alves objetivando sua nomeação e posse no cargo de Professor de 1º e 2º Grau - Área Letras em certame no qual logrou aprovação em 1º lugar. Alega, em síntese, que somente no caso de novo concurso público é que o candidato classificado em concurso anterior, dentro do prazo de validade do certame, teria direito de ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir o cargo para o qual foi habilitado, e, que a aprovação em concurso público não confere ao candidato o direito à nomeação, pois que, este possui apenas expectativa de direito, sendo certo que a Administração detém poder discricionário de determinar a nomeação, observando-se, contudo, a conveniência e oportunidade. Requer a reconsideração da decisão ou a análise colegiada para dar provimento ao recurso de apelação interposto. É o relatório. JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA (EM SUBSTITUIÇÃO)

3 VOTO Convocado): O Exmo. Sr. Juiz Federal ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA (Relator A decisão impugnada está assim redigida: "Trata-se de apelação interposta pelo INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE RORAIMA contra LUCIANA LEMGRUBER DE VASCONCELLOS ALVES em face de sentença que, confirmando a liminar, concedeu a segurança para determinar à autoridade impetrada que nomeie e dê posse à impetrante no cargo de Professor de 1º e 2º graus- área de Letras: Língua Inglesa (Concurso regido pelo edital 08/08, de ). O apelante alega que a nomeação dos candidatos aprovados é condicionada ao interesse e conveniência da Administração. Ademais, que a simples convocação para exame médico não significa que o candidato tomará posse. Há contrarrazões. Há remessa oficial. O Ministério Público Federal opina pela manutenção da sentença. É o relatório. Decido. Discute-se o direito da apelada, que foi aprovada em primeiro lugar no concurso para professor de 1º e 2º graus, a tomar posse do cargo. A matéria é singela e bastante conhecida, não restando a menor dúvida de que a apelada faz jus ao direito pleiteado. A título de ilustração, transcrevo jurisprudência do STJ: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL - DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que o candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital do certame não tem mera expectativa de direito, mas verdadeiro direito subjetivo à nomeação para o cargo a que concorreu e foi classificado. 2. Precedentes: AgRg no RMS /MS, Rel. Min. Felix Fischer, Quinta Turma, DJe ; RMS /PA, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe ; RMS /DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJe A administração pratica ato vinculado ao tornar pública a existência de cargos vagos e o interesse em provê-los. Portanto, até expirar o lapso de eficácia jurídica do certame, tem o poder-dever de convocar os candidatos aprovados no limite das vagas que veiculou no edital, respeitada a ordem classificatória (RMS /AM, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em , DJe ). Recurso ordinário provido. (RMS /SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/05/2010, DJe 17/05/2010) RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRECEDENTES.

4 1. De acordo com entendimento consolidado deste Superior Tribunal de Justiça, o candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital do certame não tem mera expectativa de direito, mas verdadeiro direito subjetivo à nomeação para o cargo a que concorreu e foi classificado. Precedentes. 2. Recurso ordinário provido. (RMS /RO, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 16/03/2010, DJe 05/04/2010) ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. CONCURSO PÚBLICO. APELAÇÃO INTERPOSTA CONTRA ACÓRDÃO QUE DENEGOU A SEGURANÇA EM ÚLTIMA INSTÂNCIA. RECEBIDA COMO RECURSO ORDINÁRIO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. APLICÁVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPETRAÇÃO QUANDO JÁ EXPIRADO O PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO PÚBLICO. INTERESSE DE AGIR. CONFIGURADO. APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS DO EDITAL. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO. 1. Ante a aplicação do princípio da fungibilidade recursal e nos termos do que dispõe o art. 247 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, a apelação interposta contra acórdão que denega segurança em última instância pode ser recebida como recurso ordinário. 2. Não se reveste de falta de interesse a ação intentada quando já expirado o prazo de validade do concurso público, caso o debate não alcance os atos da Administração concernentes à realização do certame, mas aqueles que envolvem a nomeação de candidatos classificados. 3. Os candidatos aprovados dentro do número de vagas previstas no edital possuem direito subjetivo à nomeação para os cargos a que concorreram, diante da patente necessidade de nomeação dos aprovados no certame. 4. Recurso conhecido e provido. (RMS /PA, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 03/12/2009, DJe 08/02/2010) DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. PROFESSOR DA REDE DE ENSINO DO DISTRITO FEDERAL. NOMEAÇÃO. CANDIDATO CLASSIFICADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. RECURSO PROVIDO. 1. O candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital possui direito subjetivo à nomeação para o cargo que concorreu. Precedentes do STJ. 2. Hipótese em que o impetrante foi aprovado dentro das vagas previstas no concurso público para cargo de professor de História, Regional Gama, turno diurno, da rede de ensino do Distrito Federal. 3. Recurso ordinário provido. (RMS /DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 16/04/2009, DJe 18/05/2009) A sentença, portanto, não merece reforma. Pelo exposto, nego seguimento à apelação do IRRF, antigo CEFET/RR, e à remessa oficial (CPC, art. 557, caput c/c RITRF/1ª Região, art. 30, XXV)."

5 Na mesma linha de entendimento, cito o precedente jurisprudencial mais recente desta Corte, in verbis: ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. MINISTERIO PUBLICO FEDERAL. CANDIDATA CLASSIFICADA DENTRO DO NUMERO DE VAGAS OFERECIDAS PELO EDITAL. DIREITO A NOMEAÇÃO E POSSE. PRECEDENTES DO TRIBUNAL E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. O pedido de nomeação e posse em concurso público deve ser processado e julgado na Justiça Federal Comum, independentemente da maior ou menor complexidade da matéria ou do valor atribuído à causa ser inferior a sessenta salários mínimos. Preliminar rejeitada. 2. Tratando-se de ato de nomeação, de um direito subjetivo que poderia advir de um evento futuro que não se concretizou, somente após o término da validade do concurso, deve ser considerado o termo a quo para efeito da contagem de prescrição do direito de ação. Preliminar rejeitada. 3. Conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE /MS submetido ao rito da repercussão geral, a aprovação em concurso público, dentro do número de vagas previstas no edital, gera para o candidato aprovado direito subjetivo à nomeação. No mesmo sentido, precedentes do STJ 4. Assim, sendo incontroverso que a candidata obteve classificação dentro do número das vagas oferecidas no edital, tem direito a nomeação e posse, no cargo para o qual se habilitou, nos termos das normas vigentes. Precedentes. 5. Recurso de Apelação e reexame necessário a que se nega provimento. (AC /DF, Rel. Desembargador Federal Carlos Moreira Alves, Conv. Juiz Federal Marcos Augusto De Sousa (conv.), Sexta Turma,e-DJF1 p.622 de 16/03/2012) Em tal perspectiva, constato que os argumentos expendidos na presente impugnação recursal não têm o condão de abalar a convicção expressa na decisão ora questionada, porquanto, a meu ver, a parte agravante não logrou demonstrar o desacerto do julgado. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA (EM SUBSTITUIÇÃO)

6 RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL SELENE MARIA DE ALMEIDA APELANTE : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE RORAIMA PROCURADOR : ADRIANA MAIA VENTURINI APELADO : LUCIANA LEMGRUBER DE VASCONCELLOS ALVES ADVOGADO : NEIDE CAVALCANTE E OUTRO(A) REMETENTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA - RR DECISÃO Trata-se de apelação interposta pelo INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGIA DE RORAIMA contra LUCIANA LEMGRUBER DE VASCONCELLOS ALVES em face de sentença que, confirmando a liminar, concedeu a segurança para determinar à autoridade impetrada que nomeie e dê posse à impetrante no cargo de Professor de 1º e 2º graus- área de Letras: Língua Inglesa (Concurso regido pelo edital 08/08, de ). O apelante alega que a nomeação dos candidatos aprovados é condicionada ao interesse e conveniência da Administração. Ademais, que a simples convocação para exame médico não significa que o candidato tomará posse. Há contrarrazões. Há remessa oficial. O Ministério Público Federal opina pela manutenção da sentença. É o relatório. Decido. Discute-se o direito da apelada, que foi aprovada em primeiro lugar no concurso para professor de 1º e 2º graus, a tomar posse do cargo. A matéria é singela e bastante conhecida, não restando a menor dúvida de que a apelada faz jus ao direito pleiteado. A título de ilustração, transcrevo jurisprudência do STJ: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA CONCURSO PÚBLICO APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que o candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital do certame não tem mera expectativa de direito, mas verdadeiro direito subjetivo à nomeação para o cargo a que concorreu e foi classificado. 2. Precedentes: AgRg no RMS /MS, Rel. Min. Felix Fischer, Quinta Turma, DJe ; RMS /PA, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe ; RMS /DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJe A administração pratica ato vinculado ao tornar pública a existência de cargos vagos e o interesse em provê-los. Portanto, até expirar o lapso de eficácia jurídica do certame, tem o poder-dever de convocar os candidatos aprovados no limite das vagas que veiculou no edital, respeitada a ordem classificatória (RMS /AM, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em , DJe ).

7 Recurso ordinário provido. (RMS /SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/05/2010, DJe 17/05/2010) RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRECEDENTES. 1. De acordo com entendimento consolidado deste Superior Tribunal de Justiça, o candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital do certame não tem mera expectativa de direito, mas verdadeiro direito subjetivo à nomeação para o cargo a que concorreu e foi classificado. Precedentes. 2. Recurso ordinário provido. (RMS /RO, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 16/03/2010, DJe 05/04/2010) ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. CONCURSO PÚBLICO. APELAÇÃO INTERPOSTA CONTRA ACÓRDÃO QUE DENEGOU A SEGURANÇA EM ÚLTIMA INSTÂNCIA. RECEBIDA COMO RECURSO ORDINÁRIO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. APLICÁVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPETRAÇÃO QUANDO JÁ EXPIRADO O PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO PÚBLICO. INTERESSE DE AGIR. CONFIGURADO. APROVAÇÃO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS DO EDITAL. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO. 1. Ante a aplicação do princípio da fungibilidade recursal e nos termos do que dispõe o art. 247 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, a apelação interposta contra acórdão que denega segurança em última instância pode ser recebida como recurso ordinário. 2. Não se reveste de falta de interesse a ação intentada quando já expirado o prazo de validade do concurso público, caso o debate não alcance os atos da Administração concernentes à realização do certame, mas aqueles que envolvem a nomeação de candidatos classificados. 3. Os candidatos aprovados dentro do número de vagas previstas no edital possuem direito subjetivo à nomeação para os cargos a que concorreram, diante da patente necessidade de nomeação dos aprovados no certame. 4. Recurso conhecido e provido. (RMS /PA, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 03/12/2009, DJe 08/02/2010) DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. PROFESSOR DA REDE DE ENSINO DO DISTRITO FEDERAL. NOMEAÇÃO. CANDIDATO CLASSIFICADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL. RECURSO PROVIDO. 1. O candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital possui direito subjetivo à nomeação para o cargo que concorreu. Precedentes do STJ. 2. Hipótese em que o impetrante foi aprovado dentro das vagas previstas no concurso público para cargo de professor de História, Regional Gama, turno diurno, da rede de ensino do Distrito Federal.

8 3. Recurso ordinário provido. (RMS /DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 16/04/2009, DJe 18/05/2009) A sentença, portanto, não merece reforma. Pelo exposto, nego seguimento à apelação do IRRF, antigo CEFET/RR, e à remessa oficial (CPC, art. 557, caput c/c RITRF/1ª Região, art. 30, XXV). Publique-se. Intime-se. Sem recurso, devolvam-se os autos à origem. Brasília, 5 de novembro de DESEMBARGADORA FEDERAL SELENE MARIA DE ALMEIDA