Acção de (in)formação sobre Parentalidade Positiva, Alienação Parental e Igualdade Parental 16 de Março, Montijo
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- Lorenzo Arruda Soares
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1 Acção de (in)formação sobre Parentalidade Positiva, Alienação Parental e Igualdade Parental 16 de Março, Montijo
2 PARENTALIDADE
3 PARENTALIDADE Não nascemos pais e mães, tornamo-nos pais e mães... A parentalidade constroi-se com ingredientes diversos. Há mil e uma maneiras de ser pai e de ser mãe parentalidade (parental + -idade) s. f. 1. Qualidade do que é parental. 2. Estado ou condição de quem é pai ou mãe (ex.: direitos de parentalidade).
4 PARENTALIDADE POSITIVA Criar as condições (necessárias, suficientes, óptimas?) para que as crianças possam desenvolver as suas capacidades de forma o mais completa possível, tanto dentro, como fora da família.
5 Capacidades em desenvolvimento na criança
6 Quais são as capacidades em desenvolvimento na criança? Capacidades sociais e de comunicação Exprimir o seu ponto de vista, a sua opinião Pedir ajuda quando necessita Cooperar com os pedidos das outras pessoas (adultos ou crianças) Jogar e brincar com os outros Perceber os sentimentos dos outros Perceber como as próprias acções afectam as outras pessoas
7 Quais são as capacidades em desenvolvimento na criança? Capacidades emocionais Exprimir os seus sentimentos de forma a não magoar os outros Controlar os impulsos agressivos Desenvolver sentimentos positivos acerca de si e dos outros (expectativas positivas) Lidar com a frustração aceitar as regras e os limites
8 Quais são as capacidades em desenvolvimento na criança? Capacidades de autonomia Aprender a fazer coisas pelos seus próprios meios Desenvolver os seus próprios interesses Desenvolver as sua próprias opiniões Envolver-se na realização das tarefas sem que haja necessidade de uma supervisão permanente por parte do adulto Ser responsável pelos seus actos
9 Quais são as capacidades em desenvolvimento na criança? Capacidades de resolução de problemas Interessar-se por perceber o que se passa à sua volta, como as coisas funcionam Fazer perguntas Ser curioso, explorar as situações Pensar em soluções para os problemas ou obstáculos (explorar) Negociar e envolver-se em compromissos Tomar decisões na resolução dos problemas
10 Princípios da Parentalidade Positiva 1.Construir e manter um ambiente seguro e interessante (ex: condição base de sobrevivência e bem-estar físico da criança; Pressupõe supervisão e antecipação de situações problemáticas, etc) 2.Construir e manter um ambiente caloroso e responsivo (baseado na interacção parental, tal como passar tempo de qualidade, mostrar afecto, elogiar, dar atenção, ser sensível às necessidades emocionais e aos interesses da criança e responder-lhes adequadamente, ter expectativas realistas em função da idade da criança)
11 Princípios da Parentalidade Positiva 3.Construir e manter um ambiente de aprendizagem positivo e estimulante Organização de oportunidades para aprender: Materiais e espaços; Visitas e passeios; Rotinas diárias consistência e regularidade Estar disponível para responder às iniciativas da criança Estar atento para aproveitar as boas oportunidades para elogiar um comportamento positivo da criança, seja realização, seja social Em vez de fazer pela criança, dar-lhe as pistas para que ela realize sozinha
12 Princípios da Parentalidade Positiva 4.Supervisionar as acções da criança, estimulando a procura de soluções aos problemas da criança por ela própria, bem como ultrapassar os problemas na relação com outras crianças. Passa por estabelecimento crescente e ponderado de regras de conduta.
13 Princípios da Parentalidade Positiva Disciplina positiva Emocionalmente o mais neutra possível não se descontrolar, não exercer disciplina quando: se está zangado, não deixar escalar, não usar em situação de crise Consistente não variar em função do dia, ou da disposição dos pais ou outras pessoas Ser firme e assertivo, seguro Parte do princípio que as regras e os limites estão definidos, o que quer dizer saber como proceder quando as regras não são cumpridas Expectativas realistas as crianças não se vão portar sempre bem Apresentar alternativas positivas para o comportamento inadequado da criança
14 Princípios da Parentalidade Positiva 5.Cuidar de si próprio como pessoa Sistema conjugal (que tipo de família somos?) Realização profissional Integração na comunidade Disponibilidade física e psicológica para exercer positivamente a função parental para se ser pai e mãe é preciso conviver com os nossos filhos no tempo e no espaço!
15 ALIENAÇÃO PARENTAL Actualmente, uma criança em cada quatro vai ter de enfrentar o divórcio dos pais. Certo é que os filhos sofrem sempre quando há separação. Este sofrimento poderia ser reduzido se a separação fosse bem orientada. Evitar-se-ia que a mágoa se transformasse em ódio, e que as crianças passassem a viver num clima de desconfiança que em nada favorece o seu equilíbrio emocional.
16 ALIENAÇÃO PARENTAL O conceito de Síndrome de Alienação Parental é bastante recente e referese exactamente a estas situações de conflito entre pais. É considerada uma forma de maus-tratos infantis, cuja detecção e abordagem são difíceis já que tudo se passa entre quatro paredes.
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18 ALIENAÇÃO PARENTAL Esta síndrome pode afectar gravemente o desenvolvimento da saúde psicológica e física do menor em causa, portanto os parentes e amigos próximos devem estar atentos às crianças e jovens cujos pais se separaram recentemente ou estão em processo de divórcio. As estratégias podem ser muito subtis mas estando um pouco atentos aos sinais, é possível perceber a existência deste quadro. Não esquecer que é um caso de maus-tratos, pelo que é urgente agir em nome do equilíbrio da criança.
19 ESTRATÉGIAS DE ALIENAÇÃO PARENTAL Tudo pode começar pela tentativa de isolar a criança do meio que a envolve. A primeira forma de isolamento normalmente é a redução das comunicações, em que o progenitor passa a controlar as chamadas telefónicas ou o correio dos filhos supervisionando o seu contacto com o outro progenitor. Uma segunda forma de isolamento é o evitamento do contacto físico. As actividades extra-curriculares, as festas de aniversário, etc subitamente passam a coincidir sempre com os horários que correspondem ao outro progenitor. A situação considerada mais grave é a intercepção dos presentes ou mensagens de boas festas. Quando se instala a Síndrome de Alienação Parental, pode acontecer que o progenitor alienador (ou seja, o que inicia a guerra ) quer que a criança pense que o progenitor alienado não se importa com ela.
20 ESTRATÉGIAS DE ALIENAÇÃO PARENTAL Paralelamente, processa-se uma espécie de lavagem ao cérebro em que é dito à criança que a única pessoa que gosta realmente dela é o progenitor alienador. Deste modo é exigida uma fidelidade e um amor incondicionais, o que acaba por excluir por completo o outro progenitor. Os filhos não podem demonstrar amor por eles e, ao mesmo tempo, desejar ver o progenitor alienado pois isso é visto como uma forma de traição.
21 ESTRATÉGIAS DE ALIENAÇÃO PARENTAL Outra estratégia é apelidada de purga emocional e consiste na eliminação de quaisquer recordações, em que se invocam momentos felizes passadas com o progenitor que se deseja afastar. Assim, ao apagaremse as memorias, dá-se uma ruptura simbólica dos laços emocionais. O distanciamento físico e o rapto, são também das estratégias utilizadas. É hoje sabido que um dos factores que aumenta o risco de rapto é o desejo de um dos progenitores programar os seus filhos contra o outro progenitor. As falsas acusações de abuso sexual são um dos meios mais utilizandos em Portugal para afastar judicial e fisicamente a criança de um dos progenitores.
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23 GRAUS DE GRAVIDADE FASE I O progenitor alienado consegue estar a sós com a criança mas só muito esporadicamente. A criança está ciente do conflito mas não participa. FASE II As visitas são vigiadas pelo progenitor alienante. A criança começa a dar sinais de estar a ser manipulada. FASE III Impedimento definitivo do contacto. A criança toma o partido do progenitor alienante
24 IGUALDADE PARENTAL Igualdade parental é um termo usado para legitimar direitos e deveres iguais na relação com os filhos entre progenitores, quer estejam casados ou separados. Assim, é importante, quer nos casais juntos quer nos casais separados e que estão se separando, de que é fundamental a participação de ambos na criação dos filhos.
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