FRANCESCO GIGLIO BOTTINO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FRANCESCO GIGLIO BOTTINO"

Transcrição

1 FACULDADES IBMEC PROGRAMA DE PÓS--GRADUAÇÃO E PESQUIISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO A REVISÃO DE CONTROLES NO AMBIENTE ERP FRANCESCO GIGLIO BOTTINO Orientador: Prof. Dr. Valter Moreno Jr. Rio de Janeiro, 12 de dezembro/2005

2 FACULDADES IBMEC PROGRAMA DE PÓS--GRADUAÇÃO E PESQUIISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA A REVISÃO DE CONTROLES NO AMBIENTE ERP Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Administração das Faculdades Ibmec como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Administração Área de Concentração: Sistemas de Informação e Apoio à Decisão FRANCESCO GIGLIO BOTTINO Orientador: Prof. Dr. Valter Moreno Jr. Rio de Janeiro, 12 de dezembro/2005

3 FACULDADES IBMEC PROGRAMA DE PÓS--GRADUAÇÃO E PESQUIISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA FRANCESCO GIGLIO BOTTINO A REVISÃO DE CONTROLES NO AMBIENTE ERP Aprovada em: Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Administração das Faculdades Ibmec como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Administração Área de Concentração: Sistemas de Informação e Apoio à Decisão BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Valter Moreno Jr., Faculdades IBMEC Profa. Dra. Simone Bacellar Leal Ferreira, Faculdades IBMEC Profa. Dra. Sandra Mariano, Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 12 de dezembro/2005

4 iv DEDICATÓRIA Este trabalho é dedicado as pessoas que me apoiaram na decisão de fazer o mestrado e me deram força e ajuda nessa difícil jornada, tendo paciência nos momentos difíceis e permitindo que eu estivesse distante e concentrado, durante todas as longas horas de estudo necessárias. Para a minha filha, Giovanna, que cedeu o tempo de convívio e de atenção em dias de infância, e pela alegria que traz a minha vida e motivação que nos estimula a continuar crescendo. À minha irmã, pelo incentivo inicial e constante de realizar esse grande sonho de minha vida.

5 v AGRADECIMENTOS Aos meus pais, pela educação, amor e incentivo em todos os momentos da vida. Ao Prof. Valter Moreno, pela transmissão de conhecimentos, orientação e apoio, desde a fase de escolha do tema da dissertação até a sua conclusão. A Prof a. Simone Leal, pelos importantes aspectos revisionais, desde a banca do projeto até a derradeira apresentação. Aos professores do IBMEC que tanto contribuíram para o engrandecimento desta jornada, construída com o esforço dos alunos e muita dedicação de todos, onde em nossos encontros, trocamos experiências e conhecimentos. Aos amigos do IBMEC, que mais que companheiros de sala de aula, são amigos de uma jornada maior e a todos que convivi, nestes anos de estudo, que permitiram trocas tão ricas e engrandecedoras.

6 vi A REVISÃO DE CONTROLES NO AMBIENTE ERP RESUMO Este estudo foi conduzido com o propósito de entender como uma revisão de controles no ambiente onde está implantado o ERP (Enterprise Resource Planning) poderia ser utilizada para minimizar os riscos aos quais as empresas estão expostas, do ponto de vista de controle e segurança, e assim garantir a obtenção dos benefícios esperados da implantação do sistema. O estudo utiliza a estratégia de estudo de caso exploratório, por meio de entrevistas realizadas com os gerentes da área de TI e das diversas áreas de negócios das empresas. Os dados coletados permitiram também que se avaliasse até que ponto a revisão de controles é vista pelas empresas como um meio para maximizar as chances reais de sucesso da implantação de ERP, constituindo-se, portanto, em um de seus fatores críticos de sucesso. Palavras-chave: ERP, controle, segurança, riscos.

7 vii THE REVIEW OF CONTROLS IN AN ERP ENVIRONMENT ABSTRACT The purpose of this study was to see how the control of any environment using the ERP System (Enterprise Resource Planning) could be utilized to minimize the risks that companies are exposed to in the areas of control and security, guaranteeing the desired results. This study utilized an exploratory case through interviews carried out by the managers in the IT and other business areas of the company. This information showed how companies see control as a means to maximize the real success opportunities through the implementation of the ERP, thereby making this one of the most important (critical) factors for success. Key-words: ERP, control, security, risks.

8 viii LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS Figura 1 Evolução das aplicações empresariais (Colangelo Filho, 2001, pg 21) Figura 2 Principais módulos de um sistema ERP e suas interligações (Souza & Zwicker, 2000, pg 67) Figura 3: Gráfico do mercado internacional de ERP (Pesquisa da AMR Research, 2005) Figura 4: Gráfico do mercado nacional de ERP (Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 2004) Figura 5 Ciclo de vida de sistemas ERP segundo Souza e Zwicker (2001) Figura 6 Ciclo de vida de sistemas ERP segundo Musaji (2002) Figura 7 Ciclo de vida de sistemas ERP segundo Colangelo Filho (2001) Figura 8: Níveis de segurança num ambiente ERP (Musaji, 2002, p.7):

9 ix LISTA DE TABELAS Tabela 1 Principais benefícios obtidos pelas empresas ao implantar o ERP, e os autores que os mencionaram Tabela 2 Quadro comparativo demonstrando os modelos de implantação de ERP Tabela 3: Quadro resumo com as principais características das empresas Tabela 4: Quadro resumo com o cargo dos entrevistados das quatro empresas Tabela 5: Motivos da implantação do ERP para as empresas que não realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 6: Motivos da implantação do ERP para as empresas que realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 7: Benefícios esperados, pelas empresas que não realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 8: Benefícios esperados, pelas empresas que realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 9: Problemas ocorridos durante a fase de implantação do ERP, para as empresas que não realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 10: Problemas ocorridos durante a fase de implantação do ERP, para as empresas que realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 11: Problemas ocorridos durante a fase pós-implantação do ERP, para as empresas que não realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 12: Problemas ocorridos durante a fase pós-implantação do ERP, para as empresas que realizaram as atividades de controle e segurança Tabela 13: Motivos mencionados pelas empresas que as levaram a realizar as atividades de controle e segurança Tabela 14: Motivos mencionados pelas empresas que as levaram a não realizar as atividades de controle e segurança

10 x SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS ESTRUTURA DO TRABALHO REVISÃO DA LITERATURA SISTEMAS ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) CARACTERÍSTICAS E BEN EFÍCIOS BÁSICOS DO ERP ESTRUTURA DE UM PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE ERP DURAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO RISCOS DE IMPLANTAÇÃO DE ERP CRÍTICAS AOS SISTEMAS ERP S ASPECTOS LEGAIS (AMBIENTE EXTERNO) LEI SARBANES-OXLEY BASILÉIA CIRCULAR SUSEP NÚMERO REVISÃO DE CONTROLES CONCEITOS BÁSICOS DE CONTROLES REALIZAÇÃO DA REVISÃO DE CONTROLES E SEGURANÇA METODOLOGIA DE PESQUISA RESULTADOS OBTIDOS AS EMPRESAS CARACTERÍSTICAS GERAIS OS ENTREVISTADOS ANÁLISE DOS RESULTADOS ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA PARA A FASE DE PLANEJAMENTO

11 xi ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA PARA A FASE DE IMPLANTAÇÃO ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA PARA A FASE PÓS-IMPLANTAÇÃO ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA PARA OS MOTIVOS QUE LEVARAM AS EMPRESAS A REALIZAREM OU NÃO AS ATIVIDADES DE CONTROLE E SEGURANÇA CONCLUSÃO E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GLOSSÁRIO ANEXO

12 12 1. INTRODUÇÃO De acordo com Davenport (2002), o processo de globalização, os freqüentes avanços tecnológicos, o aumento do nível de exigência dos clientes, e a competitividade do mercado vêm promovendo grandes alterações em todos os segmentos da sociedade atual. O mesmo autor diz que especialmente nas indústrias, observa-se uma busca constante por melhores formas de criação, produção, comercialização de bens e serviços, e de administração dos seus custos. A integração dessas atividades tem sido apontada como um fator crítico de sucesso das empresas, que passaram a depender não somente de produtos melhores e mais competitivos, mas também, de melhores técnicas de administração, gerenciamento e segurança das informações. Nery (2004) menciona que a crescente demanda dos usuários corporativos por sistemas de informações computacionais que suportam e melhoram o desempenho se suas atividades, aliada ao crescente nível de importância dado à segurança da informação pela alta direção das corporações, até mesmo em função das novas exigências legais, têm gerado desafios para as tradicionais abordagens de segurança da informação (SI) e se tornaram prioridade entre os requisitos de negócios de executivos e empresas. O mesmo autor diz que foram quatro as fases da segurança da informação. Na primeira, caracterizada pelo uso dos computadores de grande porte ou mainframes nas empresas, o próprio fabricante do equipamento, além de fornecer o hardware e software, preocupava-se também em garantir a segurança da informação. Na década de 80, que corresponde à fase do surgimento e adoção em larga escala das redes e dos microcomputadores, observou-se uma falta de sistemas e métodos de segurança formalizados nas organizações. A terceira fase está associada ao uso comercial da Internet. Foi nessa fase que a SI começou a amadurecer e a se tornar uma preocupação dos

13 13 executivos e usuários. Surgiram produtos e serviços sofisticados, e as empresas e os governos criaram e investiram no desenvolvimento de equipes especializadas em segurança. A quarta fase está sendo vivida agora, caracterizando-se pelo aparecimento de novas tecnologias que aumentam o alcance e a exposição das informações, tais como as redes sem fio, os equipamentos portáteis integrados com celular, a tecnologia de Voz sobre IP (VoIP), e a TV Digital. Outro aspecto que amplia a necessidade de segurança é o aumento das transações envolvendo autorizações financeiras eletrônicas, seja em operações de comércio eletrônico e internet banking, ou nos sistemas de gestão empresarial. Verifica-se, também, uma ampla regulamentação dos aspectos relativos à segurança da informação. A cada dia, mais setores da economia vêem-se obrigados a atender determinações das agências reguladoras, que exigem a proteção das informações e a garantia de seu sigilo, integridade, privacidade e disponibilidade. No passado, os usuários finais dependiam dos profissionais de TI para selecionar e implementar novos sistemas computacionais. Hoje, muitas vezes, os próprios usuários finais tomam decisões sobre tais iniciativas com relativa independência. Porém, freqüentemente, eles não têm conhecimento dos procedimentos e princípios de SI, deixando de adotá-los ao implantarem e utilizarem seus sistemas. Vale destacar que a segurança da informação não depende apenas de produtos especializados de hardware e software (ex., firewalls, programas anti-vírus, etc.), mas de uma abordagem corporativa que contemple as pessoas, processos, e tecnologias que compõem o sistema organizacional. Assim, é importante que a corporação assuma, de forma centralizada, a missão de promover a conscientização geral e de disseminar atitudes em prol da segurança da informação (Medeiros, 2003). Isso pode ser feito através da definição de Políticas de Segurança da Informação que reflitam as necessidades internas da organização, e o teor das legislações que deve se cumprir (Peixoto, 2001).

14 14 Nos últimos anos, muitas empresas vêm adotando Sistemas Integrados de Gestão (SIGs) ou ERP s (Enterprise Resource Planning) com o intuito de atingir seus objetivos estratégicos e metas operacionais, de forma eficiente e segura. De acordo com Mendes e Escrivão Filho (2001), ERP s são sistemas genéricos capazes de integrar todas as informações que fluem pela organização, por intermédio de uma base de dados única. Um ERP integra os dados chaves e a comunicação entre as áreas da empresa, fornecendo informações detalhadas sobre todas as operações da companhia. Além de aumentar a disponibilidade e qualidade da informação nos vários setores da empresa, o ERP possibilita a melhoria dos processos administrativos e de produção, promovendo maior agilidade na tomada de decisão e operação da empresa (Davenport, 2002). Alguns dos motivos normalmente citados para a adoção de um ERP, associados à melhoria de processos de negócio, são (Davenport, 2002): a possibilidade de acompanhamento e fechamento de ciclos financeiros de forma rápida e confiável; a redução de pessoal; diminuição de pendências (backlog) de aplicações e dos custos na área de TI; possibilidade de medição e comparação da performance de processos de negócio; e o acompanhamento da concorrência. Diversas empresas decidiram implantar um ERP por razões tecnológicas (O'Leary, 2000). Embora, na década de 90, o bug do milênio tenha sido um dos principais motivos, destaca-se também a possibilidade de usar o ERP para a integração entre os diferentes sistemas das unidades de negócios de uma organização, e a sua capacidade de processar e gerenciar grandes volumes de transações. Os ERP s oferecem oportunidades para aumentar a eficiência das empresas, considerando, desde os aspectos de administração até os aspectos de controle e de segurança (Musaji, 2002). No entanto, para que isso ocorra, os sistemas integrados de gestão devem ser bem

15 15 implementados, implantados e utilizados. Assim, todos os agentes organizacionais devem entender que as mudanças previstas na implantação do ERP precisam ser concretizadas, não para o bem do próprio sistema, mas em benefício da melhoria do desempenho da organização, resultado este que depende de um melhor alinhamento entre os seus sistemas de informação e os processos de negócio que governam a operação da empresa (Davenport, 2002). A implantação de um ERP pode causar impactos significativos sobre os processos e tecnologias das empresas, principalmente quando sua implantação envolve um alto índice de customização, ou seja, quando um número grande de alterações é feito nos programas do ERP, para atender as necessidades específicas de uma firma (Davenport, 2002). Dessa forma, projetos de ERP tendem a intensificar os riscos inerentes ao negócio da empresa, e até gerar novos riscos para a sua operação, tendo impacto direto na segurança da área de TI e no controle dos processos de negócio, porque os testes efetuados durante a implantação podem não ser suficientes para contemplar todas as alterações efetuadas no ERP. Adicionalmente, nem sempre os aspectos de controle e segurança são observados ou adequadamente desenhados pelas empresas que realizam a implantação dos ERP s, ou, tão pouco, pelos usuários e gestores desses sistemas nas empresas onde são instalados. A questão da segurança normalmente não é considerada no primeiro momento e somente tratada posteriormente, o que na realidade, acaba por nunca acontecer, pois uma vez assegurada a continuidade da operação, demais outras prioridades irão surgir para a área de TI e para os usuários do sistema (Ernst & Young, 2005). Faz-se necessário contratar especialistas em controle e segurança da informação para que desenvolvam ações específicas com o objetivo de mitigar os riscos derivados do projeto. Diversas empresas de auditoria e consultoria passaram a oferecer os serviços de especialistas em avaliação de riscos e em integridade de sistemas integrados de gestão, que têm as

16 16 competências necessárias para avaliar a segurança e os controles específicos da configuração de um ERP, e do ambiente de tecnologia que o suporta, devido principalmente à exigência das regulamentações e à demanda do mercado por esses tipos serviços. Esses especialistas conhecem os riscos associados aos processos e à infra-estrutura envolvidos na implantação dos ERP s, e, portanto, podem auxiliar no desenho otimizado dos mecanismos e procedimentos de segurança e dos controles necessários para mitigar os riscos que afetam o negócio da empresa OBJETIVOS O tema central desse trabalho é a revisão de controles no ambiente ERP, e como essa atividade pode ser utilizada para minimizar os riscos a que uma empresa está exposta, do ponto de vista de controle e segurança, num processo de implantação e no uso do ERP. O presente trabalho tem por objetivo principal avaliar até que ponto a revisão de controles é vista pelas empresas como um meio para maximizar as chances reais de sucesso da implantação e uso efetivo de um ERP, constituindo-se, portanto, num de seus fatores críticos de sucesso, e ajudando-as, também, a obter os potenciais benefícios de um sistema integrado de gestão. O bom funcionamento de um ERP depende, dentre outros aspectos, da configuração adequada de seus vários módulos e da infra-estrutura que o suporta. Quando isso não ocorre, o sistema deixa de atender as expectativas de seus usuários e dos gestores da empresa, e não remunera o investimento feito para a sua aquisição. À luz do que foi exposto anteriormente, ressalta-se a importância de se efetuar uma configuração criteriosa e eficaz dos parâmetros de segurança do ERP, e da adoção de controles internos e externos eficazes no ambiente do sistema. Sem

17 17 isso, é impossível garantir o sigilo, integridade, privacidade e disponibilidade das informações processadas pelo sistema. Para atingir o objetivo definido acima, foi necessário cumprir algumas etapas. Elas são expressas em termos de objetivos secundários, conforme descrito a seguir: Avaliar o grau de importância dado pelas empresas à revisão de controles no ambiente ERP e entender suas motivações para implantar um projeto desse tipo; Entender como algumas empresas avaliam o sucesso de projetos de revisão de controles, em termos dos benefícios gerados para a organização; Identificar, com base nas informações coletadas, literatura disponível, e recente transformação no ambiente de negócios, cenários e condições não contemplados pelas empresas participantes do estudo que tornam um projeto de revisão de controles um fator crítico para as operações e sucesso de uma organização. Foi realizada uma pesquisa qualitativa e de natureza exploratória, com 20 profissionais em quatro empresas distintas. Selecionamos em cada uma das quatro empresas, 5 profissionais, sendo 1 gerente da área de informática e 4 gerentes das áreas de negócios (Compras, Contas a Pagar, Pagamentos, Vendas, Faturamento, Contas a Receber, Contabilidade) e que são usuários do sistema ERP da empresa. A pesquisa foi realizada em empresas da iniciativa privada, mais especificamente indústrias do município do Rio de Janeiro, que tinham sistemas ERP implantados. Em duas dessas empresas, havia ocorrido um trabalho especial de revisão de controles e segurança do sistema ERP durante a sua implantação. Nas outras empresas, até o momento da implantação do ERP, e também após esse momento, esse tipo de serviço não havia sido realizado.

18 ESTRUTURA DO TRABALHO O presente trabalho está estruturado da seguinte forma. Primeiramente, são apresentadas as características básicas dos sistemas integrados de gestão, e discutidos temas relativos à sua importância estratégica e benefícios obtidos após a sua implantação nas empresas. São abordados também, o ciclo de implantação de um ERP e os riscos envolvidos nesse processo, destacando-se as principais fases em que os aspectos de controle e segurança devem ser acompanhados e analisados. Em seguida, a metodologia de pesquisa adotada no trabalho é descrita, indicando-se as fontes e formas de coleta de dados, e os métodos de análise dos dados coletados. Por fim, apresentam-se algumas conclusões e os resultados esperados da pesquisa. Vai ser discutido na conclusão se as empresas que realizaram atividades de revisão de controles e segurança do sistema ERP durante a sua implantação obtiveram benefícios esperados, e minimizaram os riscos que ocorrem num processo de implantação de ERP, se comparadas com aquelas que não realizaram atividades de revisão de controles e segurança do sistema ERP. A relevância dessa pesquisa poderá ser útil para as empresas que estão pretendendo implantar um ERP em seu ambiente, para aquelas que farão atualização de versão de seus sistemas de gestão, e para aquelas que já possuem um sistema de gestão, mas nunca realizou esse tipo de procedimento. A comunidade acadêmica também poderá ser beneficiada com a pesquisa, em função da relevância que as empresas estão dando para os quesitos de controles implantados no ambiente ERP.

19 19 2. REVISÃO DA LITERATURA A literatura sobre o ERP apresenta uma série de conceitos e benefícios associados aos sistemas integrados de gestão. A literatura também apresenta os aspectos relacionados aos diversos tipos de riscos que a empresa está exposta num processo de implantação do ERP e os controles para mitigá-los. A busca dos artigos e publicações que nortearam este capítulo foi realizada em sites na internet, base de dados de periódicos científicos (ex.: Ebsco, ACM, Prokuest), anais de congressos nacionais e internacionais, e livros sobre os diversos temas abordados no trabalho SISTEMAS ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) ERP (Enterprise Resource Planning) é um tipo de software que integra as diferentes funções e áreas da empresa para criar operações mais eficientes. É constituído por vários módulos que podem suportar várias áreas de uma companhia, sejam elas de manufatura ou prestadora de serviços (Davenport, 2002, Colangelo Filho, 2001, Buckhout, 1999). Por se tratar de sistema genérico, sua abrangência é definida pela própria empresa, podendo estar atrelada a vários fatores, como: custo de implantação dos módulos, possibilidade de integração de sistemas legados ao ERP, infra-estrutura necessária, entre outros (Buckhout, 1999). Os sistemas ERP s são uma evolução dos sistemas MRP e MRP II (Material Requeriment Planning), que tinham por foco a automação do processo produtivo fabril, efetuando, basicamente, o controle dos estoques e dando apoio a funções de planejamento de produção e compra (Colangelo Filho, 2001).

20 20 Por volta da década de 70, algumas empresas de software desenvolveram sistemas, implementando técnicas de MRP, voltados para a produção. Gradativamente mais módulos e funcionalidades foram incorporados aos sistemas, como os aspectos financeiros e de custo da produção, dando origem ao MRP II. No início da década de 1990, com a globalização, outras adições começaram a ser implantadas, contemplando as necessidades dos setores administrativos e comerciais. Tais adições culminaram no surgimento dos ERP s que controlavam tanto os recursos diretamente utilizados na manufatura, quanto os demais recursos da empresa, como por exemplo, as áreas de recursos humanos e contabilidade, além de fazer parte da estratégia da empresa (Davenport, 2002; Colangelo Filho, 2001 e Corrêa, 1997). Na figura 1 pode-se observar a evolução das aplicações empresariais (Colangelo Filho, 2001). Figura 1 Evolução das aplicações empresariais (Colangelo Filho, 2001, pg 21).

21 21 Os principais módulos de um sistema ERP em uma empresa industrial e suas principais interligações, que podem ser feitas através de troca de informações com entidades externas ou através de integração com os módulos, são apresentados na figura 2 (Souza & Zwicker, 2000). Figura 2 Principais módulos de um sistema ERP e suas interligações (Souza & Zwicker, 2000, pg 67). Nos anos 90, não era difícil encontrar empresas com vários sistemas de informação, com baixo grau de integração entre eles. Nessa década, esses sistemas funcionavam e suportavam as operações das grandes companhias que, por sua vez, passavam por diversos processos de reengenharia de negócios e downsizing (Davenport, 1998). O'Leary (2000) e Colangelo Filho (2001) mencionam que com a ameaça do bug do milênio, as empresas começaram a avaliar a possibilidade de implantar um ERP para resolver os problemas tecnológicos existentes nos sistemas que processavam suas informações e para suportar o próprio crescimento da empresa. Destacava-se também, nas empresas, a dificuldade de integração entre diferentes sistemas das unidades de negócios e, por

22 22 conseqüência, de comparação de resultados; os sistemas internos obsoletos e de baixa qualidade - com falhas e pouca segurança; e a possibilidade de analisar o negócio durante o processo de escolha do novo sistema e buscar uma equiparação à concorrência. Barros (2003) também enfatiza que os ERP s são sistemas integrados de gestão mais amplos e robustos, cobrindo as várias áreas de negócio da empresa. Ele diz que, passado o período das implementações obrigatórias estimuladas pelo bug do milênio, as corporações passaram a exigir projetos mais curtos e, principalmente, retornos rápidos e comprovados para seus investimentos. Para acompanhar as novas demandas do mercado, a área de pré-vendas dos fornecedores de ERP passou a contar com especialistas em negócios, enquanto o departamento de marketing assumiu a função de qualificar potenciais clientes. O público alvo também mudou: as iniciativas agora passam a ser voltadas para os usuários e suas gerências, e não mais para os CIOs (Chief Information Officer). O mercado mundial de ERP é amplo, com diversos fornecedores apresentando as suas soluções. Nesse mercado pode-se mencionar as aquisições que ocorreram nos últimos anos, com destaque para as transações em que a empresa SSA adquiriu a BAAN e a PeopleSoft comprou a J.D. Edwards, culminando com a compra da própria PeopleSoft pela Oracle. A alemã SAP detém uma parcela forte de participação no mercado em todo o mundo e a Oracle vem em segundo lugar, principalmente após a aquisição da PeolpleSoft. A Sage-Best, SSA e Microsoft ficam em terceiro, quarto e quinto lugares, respectivamente, mas aí a categoria já não é peso-pesado (Pesquisa da AMR Research, 2005). A figura 3 mostra o gráfico do mercado internacional de ERP.

23 23 Outros 31% SAP 37% SSA 4% Sage-Best 5% Oracle 20% MS B.S. 3% Figura 3: Gráfico do mercado internacional de ERP (Pesquisa da AMR Research, 2005) No Brasil, há vários fornecedores que atuam a nível mundial, como SAP e Oracle, e também nacional como, Datasul, Microsiga, RM e outros. Os dados apresentados no gráfico da figura 4 demonstram a participação dessas empresas no mercado brasileiro (Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 2004). Podemos perceber que a SAP também domina o mercado nacional. A Datasul e a Microsiga vêm em segundo e terceiro lugares, respectivamente, embora atuem principalmente em mercados de pequenas e médias empresas, diferentemente da SAP, que se concentra no mercado de grandes empresas. Outros 33% SAP 24% RM 5% Oracle 8% Microsiga 13% Datasul 17% Figura 4: Gráfico do mercado nacional de ERP (Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 2004)

24 Características e benefícios básicos do ERP Segundo Souza & Zwicker (2000), os ERP s são adquiridos na forma de pacotes comerciais, com o objetivo de dar suporte a maioria dos processos de negócios de uma empresa, procurando atender a requisitos e demandas do maior número possível de empresas, incorporando modelos de processos obtidos pela experiência acumulada de fornecedores, consultorias e pesquisas de benchmarking. Davenport (2002) define processos de negócio como um conjunto de tarefas e procedimentos interdependentes realizados para alcançar determinado resultado empresarial, sendo uma de suas características a transposição de fronteiras organizacionais. Os processos contemplados num sistema ERP não se restringem a uma área ou departamento, quebrando barreiras impostas pelas estruturas departamentais. Saccol, Macadar, Soares (2003) e (Davenport, 1998) mencionam que os ERP s controlam e abrangem várias áreas da empresa, de Produção a Finanças, registrando e processando cada fato novo na corporação, e distribuindo a informação de maneira clara e segura, em tempo real. Falam também que e a adoção desses sistemas implica num processo de mudança organizacional, afetando a empresa em suas dimensões tecnológicas, estruturais e comportamentais, conforme descrito a seguir: Mudanças tecnológicas Para a instalação do sistema pode ser necessária uma atualização de hardware (ex: cabeamento, servidores) e de software (ex: banco de dados), além do aumento do número de computadores na empresa (ex: computadores dentro da área de produção da fábrica).

25 25 Mudanças estruturais O sistema auxilia na comunicação inter e intra-unidades, tornando-a mais rápida, reduzindo a quantidade de consultas diretas e trocas de informações verbais, e facilitando e auxiliando o trabalho em equipe. Além disso, com a implantação do ERP pode haver demissões de pessoas, em função da não adaptação dos funcionários à nova tecnologia, ou pela eliminação de níveis hierárquicos na companhia pelo fato de algum processo da empresa tornar-se completamente automatizado. Mudanças comportamentais A implantação do ERP também pode estar associada à uma mudança na cultura da empresa, no grau de motivação dos funcionários e nas habilidades e capacidades requeridas das pessoas. Muitas empresas têm aproveitado e utilizado esses sistemas para introduzir mais disciplina e integridade em seus processos de negócios. O ERP auxilia a padronizar práticas administrativas para empresas que estão fisicamente e geograficamente separadas. Sistemas dessa natureza também são adquiridos com o intuito de tornar os processos empresariais mais ágeis e extrair informações mais acuradas da empresa, colocando fim aos vários sistemas e banco de dados que funcionavam de forma isolada, com informações redundantes e não confiáveis (Lima, 2000; Miltello, 1999). Existe o compartilhamento de informações comuns entre os diversos módulos, pois os dados são armazenados em um único banco de dados, corporativo e centralizado, minimizando problemas de inconsistências e duplicidade. Assim, os dados são digitados uma só vez, e então consultados e compartilhados por toda a empresa, em tempo real. Desta forma, aumenta-se a confiabilidade e integridade dos sistemas de informação da empresa, permitindo-se que os dados estejam atualizados, controlados e que reflitam a realidade das suas operações (Stamford, 2000; Mendes e Escrivão Filho, 2001; Souza & Zwicker, 2000).

26 26 Uma pesquisa realizada por Wood Jr. (1999) demonstra que a implantação do ERP trouxe diversas melhorias para as empresas consultadas. Por exemplo, 60% das empresas analisadas afirmaram ter havido integração efetiva das suas funções e processos, 45% apontaram melhoria na utilização de recursos do sistema ou da tecnologia, e 40% disseram ter melhorado o desenho e controle dos processos. Outra pesquisa, realizada pela Deloitte Consulting (1998), indica que os benefícios de um ERP somente podem ser obtidos durante a sua utilização, se, após a implantação, o foco do projeto for mantido, ou seja, que se continue a empreender esforços para a obtenção dos resultados esperados. A pesquisa revelou que as empresas sentiram os benefícios do sistema após algum tempo de uso, à medida que perceberam suas potencialidades. É o que também diz Souza & Zwicker (2000), revelando que os resultados com a implantação do ERP são percebidos após a etapa de estabilização, com uso contínuo do sistema. Para obter os benefícios, é preciso encará-lo como um projeto em evolução contínua. O ERP está vivendo uma era de maturação bastante acelerada, com a maioria das grandes corporações já se definindo por seu uso. Muitos ERP s possuem ferramentas que permitem ligação com as operações na Internet oferecendo suporte à estratégia de negócio eletrônico. De acordo com Stamford (2000), como as informações são armazenadas em uma única base de dados, sendo disponibilizadas em tempo real, torna-se mais fácil o acesso, para clientes e fornecedores, a informações necessárias para a realização de um negócio pela Internet. Assim, o ERP permite que a empresa faça negócios em qualquer lugar do mundo. O ERP é considerado a porta de entrada para a integração entre as empresas da cadeia de fornecedores e está se tornando uma plataforma para aplicações de data mining, gerenciamento da cadeia e sistemas de informação para executivos (Stamford, 2000).

27 27 Alguns fornecedores de ERP estão expandindo suas fronteiras oferecendo ferramentas de Data Warehouse como forma de disponibilizar à alta administração de seus clientes, ferramentas de tomada de decisão, totalmente integradas ao ERP (SAP, 2003; Oracle, 2003). A implantação de um ERP também contribui para que a empresa tenha maior performance. As vantagens podem ser citadas, como (Stamford, 2000): Aumento de valor percebido pelos investidores e pelo mercado; Agilidade nas oportunidades de negócios; Visibilidade por possuir um sistema de gestão; Informação em tempo real; Atendimento a requerimentos globais, regionais e locais em um único sistema. O sistema de gestão põe fim à colcha de retalhos que caracteriza muitos sistemas corporativos, com programas redundantes, sem integração, tornando a consolidação dos dados demorada e ineficiente. Assim, a empresa deixa de operar como se existissem várias ilhas informatizadas e independentes. Os processos implantados no sistema transpõem os limites departamentais, trazendo continuidade e rapidez das atividades, facilitando a integração entre as várias áreas da empresa. O treinamento não pode ser esquecido ou negligenciado. O uso do sistema exige uma melhor capacitação técnica dos funcionários, demandando treinamento. O usuário, bem treinado conceitual e operacionalmente, deve operar adequadamente o ERP com segurança e eficiência, e visualizar como a sua tarefa está integrada aos processos de negócio da empresa, ao invés de ater-se unicamente ao seu departamento (Colangelo Filho, 2001; Taurion, 1999).

28 28 A documentação e contabilização dos processos e todos os procedimentos e formas de negócios suportados pelo ERP, quando bem implementados, geram regras de negócio bem definidas, permitindo controles mais rígidos sobre pontos vulneráveis do negócio, fazendo com que a empresa ganhe em controle e padronização de procedimentos (Davenport, 1998). Como também menciona a revista Informática Exame (1997), os sistemas de gestão deixaram de registrar somente o fluxo de informações e passaram a ajudar também na gestão. A adoção de um ERP constitui uma excelente oportunidade para os diversos tipos de empresas, sejam elas de grande porte ou de médio porte, para a modernização tecnológica, e um meio para conhecer e adotar as melhores práticas do mercado, que é identificar, documentar, avaliar e difundir as melhores experiências em determinado assunto, resultantes de ações e projetos nos quais já tenham sido utilizados no mercado. A empresa, ao adotar um ERP, cria uma base tecnológica fundada na tecnologia do sistema de gestão. Assim, suas próximas aquisições tecnológicas deverão considerar a arquitetura desse tipo de sistema implantado. Pode-se mencionar que as organizações orientadas para processos, com forte rede de relacionamentos, integradas por um sistema de gestão, conseguem ser significativamente mais eficientes e eficazes que organizações departamentais tradicionais. (Lima et al.,2000; Miltello 1999). Diferentes aspectos financeiros da empresa podem, ao final do processo de implantação do ERP, ser afetados positivamente, em função das mudanças em processos de negócios fundamentais. Por exemplo, as companhias poderão aumentar a capacidade de negociar com os fornecedores, e reduzir o custo com a distribuição. Na área de produção, podemos citar como exemplo de benefícios do ERP, o suporte à produção enxuta, onde os estoques mantidos na empresa são próximos de zero (Davenport, 2002).

29 29 Independente do ramo ou setor de atuação, as empresas de hoje estão inseridas em um ambiente de mudanças constantes, caracterizado pela globalização irreversível dos mercados, pela dinâmica da demanda e pelo aumento do nível de exigência dos clientes. Neste cenário, o adequado suporte aos processos operacionais e gerenciais das organizações e a disponibilização de informações confiáveis e tempestivas, desempenha papel essencial na obtenção de vantagens competitivas, harmonizando e dinamizando as relações das empresas com os elos de sua cadeia produtiva, sejam eles clientes, fornecedores, colaboradores ou distribuidores, todos participantes da sociedade de informação. Os fornecedores têm apresentado os seus sistemas ERP s como capazes de responder adequadamente a este desafio, disponibilizando informações confiáveis e integradas e provendo suporte às atividades da empresa por meio de processos que refletem as melhores práticas do mercado. É importante salientar que a percepção da importância dos sistemas ERP s para determinadas empresas muitas vezes decorre de uma visão voltada para o mercado, na qual as organizações identificam o uso de determinadas abordagens em suas concorrentes e conseqüente necessidade de adequação a estes cenários (Davenport, 2002). Mendes e Escrivão Filho (2001) mencionam que a implantação do ERP demonstra um amplo impacto estratégico e de melhorias obtidas na empresa. Esses fatos podem ser agrupados em: 2. Evolução da base tecnológica, que permite a redução no tempo de processamento das informações, obtenção das informações em tempo real e agilidade nas tarefas da empresa, pela otimização e uniformização dos procedimentos internos. 3. Integração entre as diversas áreas da empresa, pela adoção de um único sistema integrado em toda a companhia, melhor controle e integridade das informações, pela eliminação da redundância dos dados e a redução do fluxo de papéis.

30 30 4. Impacto no controle e gestão da empresa, que pode ser percebido pela diminuição no retrabalho e na centralização de tarefas administrativas, na melhoria do desempenho e crescimento da empresa, possibilitado pelo controle em suas tarefas e a otimização da comunicação e tomada de decisões com informações obtidas em tempo real. 5. Impacto na administração de recursos humanos da empresa, que pode ser percebido pela redução de custos por meio da redução de mão-de-obra e de horas extras, racionalização de recursos e da melhoria do nível técnico dos funcionários na área de Tecnologia da Informação. Colangelo Filho (2001) menciona três classes de motivos para a empresa implantar um sistema ERP: negócios, legislação e tecnologia. O motivo de negócios é subdividido em motivos estratégicos e operacionais. O estratégico pode ser destacado como o interesse da empresa em diferenciar-se da concorrência, pela busca por maior competitividade no plano global, uniformizando os seus processos, pela preparação para o crescimento e pela capacidade que o ERP tem de mudar processos de negócios e suportar estrutura operacional da empresa bastando ser reconfigurados. Eles atendem a essas exigências por concepção. No operacional é destacada a grande falta de integração entre os sistemas existentes nas empresas e o elevado número de fornecedores de sistemas que causa dificuldades para integrá-los e para administrá-los. Com relação ao motivo de legislação, Colangelo Filho (2001) diz que a implantação do Sistema de Pagamentos do Brasil (SPB), pelo mercado financeiro, obriga as empresas a mexerem em seus sistemas de informação, e na adoção de moeda única (ex: Euro na Europa), necessitando a substituição de seus sistemas e na internacionalização das organizações, fazendo com que elas sigam as políticas de diversos países.

31 31 O motivo relacionado à tecnologia, mencionado pelo mesmo autor, pode ser explicado pela obsolescência de equipamentos (hardware) e sistemas de informação (software). Com o passar do tempo torna-se inviável utilizar a tecnologia obsoleta, em função do aumento de custos operacionais, da perda de suporte do fornecedor e pela dificuldade de encontrar profissional que conheça uma tecnologia ultrapassada. As exigências tecnológicas de parceiros de negócios também são motivos de substituição para um sistema ERP, pois o relacionamento entre as empresas cada vez mais estão se baseando em e-business e as empresas precisam estar preparadas para esse segmento de negócio. Davenport (2002) também cita motivos ligados aos processos de negócio para adoção dos ERP s, a saber: Possibilidade de fechamento mais rápido de ciclos (ex: prazos de encerramento financeiro; prazo de entrega dos pedidos aos clientes); Obter informações mais rápidas sobre transações (ex: verificações de crédito de cliente; remessas de peças de reposição); Abrir caminho para o comércio eletrônico (ex: oferecimento aos clientes do acesso pela Web ao processamento de pedidos); Converter o conhecimento tácito sobre o processo em conhecimento explícito (ex: documentação no sistema dos principais processos e das regras de negócios) A tabela 1 mostra os principais benefícios obtidos pelas empresas ao implantar o ERP, e os autores que os mencionaram.

32 32 Tabela 1 Principais benefícios obtidos pelas empresas ao implantar o ERP, e os autores que os mencionaram. Benefícios Maior integração entre departamentos e unidades de negócios Referências Souza & Zwicker (2000); Wood Jr. (1999) Padronização de processos e regras de negócios bem definidas Base de dados única com as informações integradas Melhoria e maior performance dos processos, com agilidade na tomada de decisão Capacidade de processar e gerenciar grandes volumes de transações Davemport (1998) Mendes e Escrivão Filho (2001); Lima (2000); Miltello (1999); Stamford (2000); Souza & Zwicker (2000) Davemport (2002); Stamford (2000) Wood Jr. (1999); O Leary (2000) Redução da estrutura gerencial Davemport (1998) Redução de material em estoque Davemport (1998) Evolução da base tecnológica Mendes e Escrivão Filho (2001) Estrutura de um projeto de implantação de ERP Implantar ou não um ERP não deve ser uma decisão primariamente técnica, não devendo ficar exclusivamente a cargo da área de tecnologia da empresa. O processo de decisão precisa envolver pesquisas e análises realizadas por um grupo de executivos das áreas técnicas e de negócios. Além disso, em função dos altos custos e das mudanças organizacionais envolvidas

33 33 num projeto desse tipo, a decisão final deve sempre ser tomada pelo CEO (Chief Executive Officer) e pela sua equipe de executivos e diretores. Os profissionais de tecnologia podem apresentar aos especialistas em negócios como a tecnologia funciona e as implicações de determinadas alternativas tecnológicas para a empresa. Aos especialistas em negócios cabe determinar ou articular a estratégia da empresa e identificar as necessidades de suporte tecnológico que seus processos de negócios apresentam (Davenport, 2002). No processo de tomada de decisão sobre a implantação de um ERP, a análise mais comum que as empresas realizam, é a de custos e benefícios (Davenport, 2002). A questão que se quer analisar é se a implantação do sistema de gestão custará mais do que os benefícios que ele proporcionará. Trata-se de uma análise feita com foco no negócio e embora a essa análise possa incluir fatores não financeiros, normalmente, as tomadas de decisões são tomadas com base em questões e os cálculos financeiros (Davenport, 2002; Swartz, 2000). Após as análises realizadas e tendo-se decidido pela adoção de um sistema de gestão na empresa, a implantação de um sistema ERP geralmente é estruturada em fases bem definidas. Segundo Souza e Zwicker (2001), um modelo para o ciclo de vida de sistemas ERP inclui as fases de decisão e seleção, implementação, estabilização e utilização. Estas grandes fases e as relações entre elas estão esquematizadas na figura 5. Figura 5 Ciclo de vida de sistemas ERP segundo Souza e Zwicker (2001).

34 34 Souza e Zwicker (2001) menciona que, na fase 1 da sua metodologia, a empresa decide, como solução para as suas necessidades de informação, pela implementação de um sistema ERP, escolhendo o fornecedor. Após a seleção do fornecedor, é realizado o planejamento da implantação do ERP, que engloba a definição do escopo do projeto e dos seus objetivos, metas a serem cumpridas, métricas do projeto, definição de responsabilidades e toda a estratégia de implantação. A estratégia de implantação envolve a definição de como a operação irá se iniciar, das atividades que serão realizadas e de todo o cronograma do projeto, com os prazos e recursos envolvidos. A fase de implementação é definida na metodologia de Souza e Zwicker (2001) como o período em que os módulos do sistema ERP são transportados para o ambiente de produção da empresa. Essa fase envolve a adaptação dos processos de negócio ao sistema ou do sistema ERP ao negócio, a parametrização e customização do sistema ERP, a conversão e carga dos dados iniciais, a configuração do hardware e software de suporte, o treinamento de usuários e gestores e a definição de suporte aos usuários do sistema. Segundo Souza e Zwicker (2001), após o início da operação, inicia-se a fase de estabilização, que é crítica para o sucesso do projeto. Nessa fase, o sistema ERP já está em produção na empresa e passa a fazer parte do dia-a-dia dos seus gestores. Nesse momento, a empresa já depende do sistema ERP para as suas atividades, o que aumenta a preocupação para que possíveis problemas, como dificuldades de operação, erros em programas, falhas de testes, necessidades de customizações, dentre outros, não ocorram, ou sejam resolvidos rapidamente. Embora a fase de utilização do sistema, que é a última fase da metodologia de Souza e Zwicker (2001), torne-se parte integrante das operações da empresa, isso não significa que todas as suas possibilidades de uso do ERP tenham sido reconhecidas e estejam corretamente

35 35 funcionando. Este conhecimento só se estabelece após certo tempo de uso continuado da tecnologia. Portanto, a fase de utilização realimenta informações para a fase de implantação, com novas necessidades e que podem ser resolvidas através da implantação de novos módulos, novas parametrizações, ou novas customizações. Já Musaji (2002) define um modelo de ciclo de vida com 6 fases, que são: planejamento e solução, desenho externo, desenho interno, pré- implementação, implementação e pósimplementação. Estas grandes fases e as relações entre elas estão esquematizadas na figura 6: Figura 6 Ciclo de vida de sistemas ERP segundo Musaji (2002). Musaji (2002) entende que, na fase de planejamento e solução, os seguintes aspectos são contemplados: I - Entendimento do problema Envolve a decisão em buscar uma solução para o problema que a empresa está enfrentando, e a comparação entre os benefícios esperados pelo projeto versus o custo da solução. Adicionalmente, são identificadas as necessidades e as deficiências existentes na empresa, as oportunidades para aumentar a eficiência e economia da empresa, e todos os requerimentos de mudanças associados à implantação do sistema. II - Plano do projeto Consiste na especificação da estratégia para a gestão da implementação do ERP; definição dos objetivos e atividades para todas as fases e subfases do projeto; inclusão da estimativa de recursos para a duração da implantação do ERP; revisão técnica e de gerenciamento de como a segurança e os requerimentos de controles internos serão definidos; a definição de métodos para desenhar, documentar, e realizar relatórios de problema e

36 36 controle de mudanças; especificação das ferramentas e técnicas de suporte; e especificação de uma única metodologia a ser utilizada durante todo ciclo de vida do projeto. III - Requerimentos legais - Esse aspecto é importante para assegurar que o sistema ERP estará em conformidade com requerimentos legais e seguindo as políticas da empresa. A aplicabilidade dos requerimentos legais para o sistema ERP pode ser determinada a partir de várias fontes, como por exemplo, os estatutos locais e nacionais os quais podem restringir o uso de certos tipos de informações. IV - Documentação - Esse aspecto é crucial para que a empresa possa desenvolver as mudanças necessárias sem a dependência das pessoas que implantaram o sistema. A documentação é importante e necessária para ajudar os funcionários a lidar com atualizações do sistema e integração com novos projetos. Adicionalmente, a documentação pode economizar o tempo de consultores e ajudá-los na implementação das futuras modificações no sistema. A documentação deve ser suficiente para, entre outros aspectos, definir os programas e arquivos que serão processados, definir os relatórios que serão preparados, definir as instruções que serão utilizadas pelos operadores do sistema e as instruções para os usuários de como entrar e obter os dados no sistema. V - Gestão do projeto Esse aspecto inclui o monitoramento e diretrizes da implementação do projeto. A gestão do projeto deve assegurar que as necessidades dos usuários serão efetivamente contempladas no projeto. Musaji (2002) segrega a fase de implementação em 4 etapas distintas que são o desenho externo, desenho interno, pré-implementação e implementação. O desenho externo contempla a especificação do problema, com o levantamento de informação em alto nível, com o

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG)

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG) Sistema de Informação Gerencial (SIG) Material de Apoio Os Sistemas de Informação Gerencial (SIG) são sistemas ou processos que fornecem as informações necessárias para gerenciar com eficácia as organizações.

Leia mais

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior Sistemas ERP Introdução Sucesso para algumas empresas: acessar informações de forma rápida e confiável responder eficientemente ao mercado consumidor Conseguir não é tarefa simples Isso se deve ao fato

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

Engª de Produção Prof.: Jesiel Brito. Sistemas Integrados de Produção ERP. Enterprise Resources Planning

Engª de Produção Prof.: Jesiel Brito. Sistemas Integrados de Produção ERP. Enterprise Resources Planning ERP Enterprise Resources Planning A Era da Informação - TI GRI Information Resource Management -Informação Modo organizado do conhecimento para ser usado na gestão das empresas. - Sistemas de informação

Leia mais

Tecnologia da Informação. Sistema Integrado de Gestão ERP ERP

Tecnologia da Informação. Sistema Integrado de Gestão ERP ERP Tecnologia da Informação. Sistema Integrado de Gestão ERP Prof: Edson Thizon ethizon@gmail.com O que é TI? TI no mundo dos negócios Sistemas de Informações Gerenciais Informações Operacionais Informações

Leia mais

Sistema Integrado de Gestão ERP. Prof: Edson Thizon ethizon@gmail.com

Sistema Integrado de Gestão ERP. Prof: Edson Thizon ethizon@gmail.com Sistema Integrado de Gestão ERP Prof: Edson Thizon ethizon@gmail.com Tecnologia da Informação. O que é TI? TI no mundo dos negócios Sistemas de Informações Gerenciais Informações Operacionais Informações

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a SISTEMAS INTEGRADOS Prof. Eduardo Oliveira Bibliografia adotada: COLANGELO FILHO, Lúcio. Implantação de Sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001. ISBN: 8522429936 LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas

Leia mais

ERP. Enterprise Resource Planning. Planejamento de recursos empresariais

ERP. Enterprise Resource Planning. Planejamento de recursos empresariais ERP Enterprise Resource Planning Planejamento de recursos empresariais O que é ERP Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa,

Leia mais

ERP Enterprise Resource Planning

ERP Enterprise Resource Planning ERP Enterprise Resource Planning Sistemas Integrados de Gestão Evolução dos SI s CRM OPERACIONAL TÁTICO OPERACIONAL ESTRATÉGICO TÁTICO ESTRATÉGICO OPERACIONAL TÁTICO ESTRATÉGICO SIT SIG SAE SAD ES EIS

Leia mais

Sistemas de Informação I

Sistemas de Informação I + Sistemas de Informação I Dimensões de análise dos SI Ricardo de Sousa Britto rbritto@ufpi.edu.br + Introdução n Os sistemas de informação são combinações das formas de trabalho, informações, pessoas

Leia mais

Professor: Disciplina:

Professor: Disciplina: Professor: Curso: Esp. Marcos Morais de Sousa marcosmoraisdesousa@gmail.com Sistemas de informação Disciplina: Introdução a SI 19/04 Recursos e Tecnologias dos Sistemas de Informação Turma: 01º semestre

Leia mais

Introdução sobre Implantação de Sistema ERP em Pequenas Empresas. Prof Valderi R. Q. Leithardt

Introdução sobre Implantação de Sistema ERP em Pequenas Empresas. Prof Valderi R. Q. Leithardt Introdução sobre Implantação de Sistema ERP em Pequenas Empresas Prof Valderi R. Q. Leithardt Objetivo Esta apresentação tem por objetivo mostrar tanto os benefícios como as dificuldades da implantação

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

E t n erpr p ise R sou o r u ce Pl P ann n i n ng Implant nt ç a ã ç o ã de de S ist s e t m e a a E RP

E t n erpr p ise R sou o r u ce Pl P ann n i n ng Implant nt ç a ã ç o ã de de S ist s e t m e a a E RP Enterprise Resource Planning Implantação de Sistema ERP Jorge Moreira jmoreirajr@hotmail.com Conceito Os ERP s (Enterprise Resource Planning) são softwares que permitem a existência de um sistema de informação

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO - ERP

SISTEMAS DE GESTÃO - ERP A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA NA SELEÇÃO / IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO - ERP Alinhamento das expectativas; O por que diagnosticar; Fases do diagnóstico; Critérios de seleção para um ERP; O papel da

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Sistemas Integrados de Gestão Empresarial

Sistemas Integrados de Gestão Empresarial Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Administração Tecnologia e Sistemas de Informação - 05 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti

Leia mais

Gestão e estratégia de TI Conhecimento do negócio aliado à excelência em serviços de tecnologia

Gestão e estratégia de TI Conhecimento do negócio aliado à excelência em serviços de tecnologia Gestão e estratégia de TI Conhecimento do negócio aliado à excelência em serviços de tecnologia Desafios a serem superados Nos últimos anos, executivos de Tecnologia de Informação (TI) esforçaram-se em

Leia mais

Sistemas ERP. Profa. Reane Franco Goulart

Sistemas ERP. Profa. Reane Franco Goulart Sistemas ERP Profa. Reane Franco Goulart Tópicos O que é um Sistema ERP? Como um sistema ERP pode ajudar nos meus negócios? Os benefícios de um Sistema ERP. Vantagens e desvantagens O que é um ERP? ERP

Leia mais

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação Capítulo 2 E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação 2.1 2007 by Prentice Hall OBJETIVOS DE ESTUDO Identificar e descrever as principais características das empresas que são importantes

Leia mais

GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Profa.: Me. Christiane Zim Zapelini. E-mail: christianezapelini@nwk.edu.br

GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Profa.: Me. Christiane Zim Zapelini. E-mail: christianezapelini@nwk.edu.br GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Profa.: Me. Christiane Zim Zapelini E-mail: christianezapelini@nwk.edu.br GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ERP 2 ERP Planejamento dos Recursos da Empresa 3 CONCEITO DE

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Solução Integrada para Gestão e Operação Empresarial - ERP

Solução Integrada para Gestão e Operação Empresarial - ERP Solução Integrada para Gestão e Operação Empresarial - ERP Mastermaq Softwares Há quase 20 anos no mercado, a Mastermaq está entre as maiores software houses do país e é especialista em soluções para Gestão

Leia mais

27/10/2011. Visão do Papel Integrado dos SI Dentro de uma Organização

27/10/2011. Visão do Papel Integrado dos SI Dentro de uma Organização Visão do Papel Integrado dos SI Dentro de uma Organização 1 Tipos de SI Depende do tipo de apoio a ser oferecido Deve-se levar em consideração: Usuários operações (entrada +processamento + saída) destino

Leia mais

PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MÓDULO 17

PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MÓDULO 17 PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MÓDULO 17 Índice 1. Conceitos de Ciclo de Desenvolvimento de Sistemas...3 1.1. Principais Fases... 3 1.2. Técnicas... 4 1.3. Papéis de Responsabilidades... 4 1.3.1.

Leia mais

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Parceiros de serviços em nuvem gerenciada Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Implemente a versão mais recente do software da SAP de classe mundial,

Leia mais

SPEKTRUM SOLUÇÕES DE GRANDE PORTE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SPEKTRUM SAP Partner 1

SPEKTRUM SOLUÇÕES DE GRANDE PORTE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SPEKTRUM SAP Partner 1 SPEKTRUM SOLUÇÕES DE GRANDE PORTE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SPEKTRUM SAP Partner 1 PROSPERE NA NOVA ECONOMIA A SPEKTRUM SUPORTA A EXECUÇÃO DA SUA ESTRATÉGIA Para as empresas que buscam crescimento

Leia mais

A EVOLUÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE TI PARA ATENDER AS NECESSIDADES EMPRESARIAIS

A EVOLUÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE TI PARA ATENDER AS NECESSIDADES EMPRESARIAIS INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PÓS-GRADUAÇÃO Gestão e Tecnologia da Informação IFTI1402 T25 A EVOLUÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE TI PARA ATENDER AS NECESSIDADES EMPRESARIAIS Marcelo Eustáquio dos Santos

Leia mais

Tecnologia e Sistemas de Informações ERP e CRM

Tecnologia e Sistemas de Informações ERP e CRM Universidade Federal do Vale do São Francisco Tecnologia e Sistemas de Informações ERP e CRM Prof. Ricardo Argenton Ramos Aula 6 ERP Enterprise Resource Planning Sistemas Integrados de Gestão Empresarial

Leia mais

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani Planejamento Estratégico de TI Prof.: Fernando Ascani BI Business Intelligence A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO - ERP

SISTEMAS DE GESTÃO - ERP A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA NA SELEÇÃO / IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO - ERP Para as corporações, as mudanças são absorvidas pelas equipes internas, envolvendo tecnologia, contabilidade, logística

Leia mais

O SISTEMA ERP E AS ORGANIZAÇÕES

O SISTEMA ERP E AS ORGANIZAÇÕES O SISTEMA ERP E AS ORGANIZAÇÕES André Luís da Silva Pinheiro * Resumo: Este trabalho discutirá o impacto da implantação de um sistema do tipo ERP em uma empresa. Apresentaremos uma breve introdução de

Leia mais

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS Asia Shipping Transportes Internacionais Ltda. como cópia não controlada P á g i n a 1 7 ÍNDICE NR TÓPICO PÁG. 1 Introdução & Política 2 Objetivo 3 Responsabilidade

Leia mais

Fornecendo Inteligência, para todo o mundo, a mais de 20 anos.

Fornecendo Inteligência, para todo o mundo, a mais de 20 anos. Fornecendo Inteligência, para todo o mundo, a mais de 20 anos. Fundada em 1989, a MicroStrategy é fornecedora líder Mundial de plataformas de software empresarial. A missão é fornecer as plataformas mais

Leia mais

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING 1 ÍNDICE 03 04 06 07 09 Introdução Menos custos e mais controle Operação customizada à necessidade da empresa Atendimento: o grande diferencial Conclusão Quando

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

Conversa Inicial. Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação.

Conversa Inicial. Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação. Conversa Inicial Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação. Hoje iremos abordar os seguintes assuntos: a origem dos sistemas integrados (ERPs), os módulos e fornecedores

Leia mais

Política de Gerenciamento de Risco Operacional

Política de Gerenciamento de Risco Operacional Política de Gerenciamento de Risco Operacional Departamento Controles Internos e Compliance Fevereiro/2011 Versão 4.0 Conteúdo 1. Introdução... 3 2. Definição de Risco Operacional... 3 3. Estrutura de

Leia mais

Trilhas Técnicas SBSI - 2014

Trilhas Técnicas SBSI - 2014 brunoronha@gmail.com, germanofenner@gmail.com, albertosampaio@ufc.br Brito (2012), os escritórios de gerenciamento de projetos são importantes para o fomento de mudanças, bem como para a melhoria da eficiência

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

Sistemas ERP. Enterprise Resource Planning ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial. Unirio/PPGI SAIN

Sistemas ERP. Enterprise Resource Planning ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial. Unirio/PPGI SAIN Sistemas ERP Enterprise Resource Planning ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial Definições Sistemas de informações que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema

Leia mais

SAM GERENCIAMENTO DE ATIVOS DE SOFTWARE

SAM GERENCIAMENTO DE ATIVOS DE SOFTWARE SAM GERENCIAMENTO DE ATIVOS DE SOFTWARE Modelo de Otimização de SAM Controle, otimize, cresça Em um mercado internacional em constante mudança, as empresas buscam oportunidades de ganhar vantagem competitiva

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

15/09/2015. Gestão e Governança de TI. Modelo de Governança em TI. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor

15/09/2015. Gestão e Governança de TI. Modelo de Governança em TI. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor Gestão e Governança de TI Modelo de Governança em TI Prof. Marcel Santos Silva PMI (2013), a gestão de portfólio é: uma coleção de projetos e/ou programas e outros trabalhos que são agrupados para facilitar

Leia mais

Maximize o desempenho das suas instalações. Gerenciamento Integrado de Facilities - Brasil

Maximize o desempenho das suas instalações. Gerenciamento Integrado de Facilities - Brasil Maximize o desempenho das suas instalações Gerenciamento Integrado de Facilities - Brasil Sua empresa oferece um ambiente de trabalho com instalações eficientes e de qualidade? Como você consegue otimizar

Leia mais

Fundamentos de Sistemas de Informação Sistemas de Informação

Fundamentos de Sistemas de Informação Sistemas de Informação Objetivo da Aula Tecnologia e as Organizações, importância dos sistemas de informação e níveis de atuação dos sistemas de informação Organizações & Tecnologia TECNOLOGIA A razão e a capacidade do homem

Leia mais

MECANISMOS PARA GOVERNANÇA DE T.I. IMPLEMENTAÇÃO DA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza

MECANISMOS PARA GOVERNANÇA DE T.I. IMPLEMENTAÇÃO DA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza MECANISMOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA GOVERNANÇA DE T.I. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. http://about.me/tilfrozza CICLO DA GOVERNANÇA DE TI O CICLO DA GOVERNANÇA DE TI O Ciclo da Governança de T.I. ALINHAMENTO

Leia mais

[ Empowering Business, Architecting IT. ]

[ Empowering Business, Architecting IT. ] SOA coloca TI da Rede Ipiranga em linha com os negócios Setembro/2012 Sumário Matéria publicada na Information Week... 4 Artigo Case Ipiranga... 7 SOA coloca TI da Rede Ipiranga em linha com os negócios

Leia mais

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto Processos de gerenciamento de projetos em um projeto O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos.

Leia mais

w w w. y e l l o w s c i r e. p t

w w w. y e l l o w s c i r e. p t consultoria e soluções informáticas w w w. y e l l o w s c i r e. p t A YellowScire iniciou a sua atividade em Janeiro de 2003, é uma empresa de consultoria de gestão e de desenvolvimento em tecnologias

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Estrutura de um Sistema de Informação Vimos

Leia mais

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Preparando a força de trabalho para o futuro Planejamento de recursos humanos

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Gerenciamento de Incidentes

Gerenciamento de Incidentes Gerenciamento de Incidentes Os usuários do negócio ou os usuários finais solicitam os serviços de Tecnologia da Informação para melhorar a eficiência dos seus próprios processos de negócio, de forma que

Leia mais

cada fator e seus componentes.

cada fator e seus componentes. 5 CONCLUSÃO Conforme mencionado nas seções anteriores, o objetivo deste trabalho foi o de identificar quais são os fatores críticos de sucesso na gestão de um hospital privado e propor um modelo de gestão

Leia mais

Palestra: Entrerprise Resource Planning - ERP

Palestra: Entrerprise Resource Planning - ERP Palestra: Entrerprise Resource Planning - ERP Ricardo Vilarim Formado em Administração de Empresas e MBA em Finanças Corporativas pela UFPE, Especialização em Gestão de Projetos pelo PMI-RJ/FIRJAN. Conceito

Leia mais

Gerenciamento de Níveis de Serviço

Gerenciamento de Níveis de Serviço Gerenciamento de Níveis de Serviço O processo de Gerenciamento de Níveis de Serviço fornece o contato entre a organização de TI e o cliente, para garantir que a organização de TI conhece os serviços que

Leia mais

Sistemas ERP. A Interdisciplinaridade dos

Sistemas ERP. A Interdisciplinaridade dos A Interdisciplinaridade dos Sistemas ERP CLEBER DE CARVALHO OLIVEIRA CLEVER LOPES RODRIGUES LEANDRO SILVA CAMPOS LILIANE VERÔNICA MICHELLE GOMES SAINÇA UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL INSTITUTO LUTERANO

Leia mais

FMC: Alinhando Tradição com Inovação através da Integração de Pessoas e Processos com Soluções de TI

FMC: Alinhando Tradição com Inovação através da Integração de Pessoas e Processos com Soluções de TI FMC: Alinhando Tradição com Inovação através da Integração de Pessoas e Processos com Soluções de TI Com o crescimento acelerado, uma das mais tradicionais empresas do Brasil em produtos agrícolas precisava

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

Administração de Sistemas de Informação I

Administração de Sistemas de Informação I Administração de Sistemas de Informação I Prof. Farinha Aula 04 Conceito Sistema de Informação é uma série de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo),

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE GERÊNCIA DE CONTROLE DE TESOURARIA ANÁLISE DE RISCO OPERACIONAL RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG Belo Horizonte 01 de Julho de 2008 1 SUMÁRIO 1. Introdução...02

Leia mais

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Uma boa gestão de estoques comprova sua importância independente do segmento em questão. Seja ele comércio, indústria ou serviços, o profissional que gerencia

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES Janaína Schwarzrock jana_100ideia@hotmail.com Prof. Leonardo W. Sommariva RESUMO: Este artigo trata da importância da informação na hora da tomada de decisão,

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Índice. Empresa Soluções Parceiros Porque SEVEN? Contatos. Rua Artur Saboia, 367 Cj 61 São Paulo (Brasil)

Índice. Empresa Soluções Parceiros Porque SEVEN? Contatos. Rua Artur Saboia, 367 Cj 61 São Paulo (Brasil) Company Profile Índice Empresa Soluções Parceiros Porque SEVEN? Contatos Rua Artur Saboia, 367 Cj 61 São Paulo (Brasil) Missão A SEVEN Consultoria Tecnologia è uma empresa na área da Tecnologia e Informação

Leia mais

E R P. Enterprise Resource Planning. Sistema Integrado de Gestão

E R P. Enterprise Resource Planning. Sistema Integrado de Gestão E R P Enterprise Resource Planning Sistema Integrado de Gestão US$ MILHÕES O MERCADO BRASILEIRO 840 670 520 390 290 85 130 200 1995-2002 Fonte: IDC P O R Q U E E R P? Porque a única coisa constante é a

Leia mais

ERP Enterprise Resource Planning. Sistemas Integrados de Gestão

ERP Enterprise Resource Planning. Sistemas Integrados de Gestão ERP Enterprise Resource Planning Sistemas Integrados de Gestão ERP O que é S.I. com módulos integrados que dão suporte a diversas áreas operacionais Ex. vendas, gestão de materiais, produção, contabilidade,

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

Administração de CPD Chief Information Office

Administração de CPD Chief Information Office Administração de CPD Chief Information Office Cássio D. B. Pinheiro pinheiro.cassio@ig.com.br cassio.orgfree.com Objetivos Apresentar os principais conceitos e elementos relacionados ao profissional de

Leia mais

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI João Maldonado / Victor Costa 15, Outubro de 2013 Agenda Sobre os Palestrantes Sobre a SOLVIX Contextualização Drivers de Custo Modelo de Invenstimento

Leia mais

IDÉIAS SOBRE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS. Prof. Eduardo H. S. Oliveira

IDÉIAS SOBRE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS. Prof. Eduardo H. S. Oliveira IDÉIAS SOBRE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS Introdução Nos últimos seis anos, tem ocorrido no Brasil uma verdadeira revolução na área de gestão empresarial. Praticamente, todas as grandes

Leia mais

ERP. Planejamento de recursos empresariais

ERP. Planejamento de recursos empresariais ERP Enterprise Resource Planning Planejamento de recursos empresariais ERP Enterprise Resource Planning -Sistema de Gestão Empresarial -Surgimento por volta dos anos 90 -Existência de uma base de dados

Leia mais

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET AULA 05 ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET JAMES A. O BRIEN MÓDULO 01 Páginas 26 à 30 1 AULA 05 DESAFIOS GERENCIAIS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Leia mais

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso Considerando que a informação arquivística, produzida, recebida, utilizada e conservada em sistemas informatizados,

Leia mais

Classificação dos Sistemas de Informação

Classificação dos Sistemas de Informação Sistemas de Informação Classificação dos Sistemas de Informação O que veremos? Estaremos examinando o tipo de sistema de informação Gerencial. Veremos também, outras classificações dos sistemas de informação.

Leia mais

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING Uma aplicação da Análise de Pontos de Função Dimensionando projetos de Web- Enabling Índice INTRODUÇÃO...3 FRONTEIRA DA APLICAÇÃO E TIPO DE CONTAGEM...3 ESCOPO DA

Leia mais

Apresentação da Empresa

Apresentação da Empresa Apresentação da Empresa Somos uma empresa especializada em desenvolver e implementar soluções de alto impacto na gestão e competitividade empresarial. Nossa missão é agregar valor aos negócios de nossos

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

TI Aplicada. Aula 02 Áreas e Profissionais de TI. Prof. MSc. Edilberto Silva prof.edilberto.silva@gmail.com http://www.edilms.eti.

TI Aplicada. Aula 02 Áreas e Profissionais de TI. Prof. MSc. Edilberto Silva prof.edilberto.silva@gmail.com http://www.edilms.eti. TI Aplicada Aula 02 Áreas e Profissionais de TI Prof. MSc. Edilberto Silva prof.edilberto.silva@gmail.com http:// Papéis... Um papel é uma definição abstrata de um conjunto de atividades executadas e dos

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Oficina de Gestão de Portifólio

Oficina de Gestão de Portifólio Oficina de Gestão de Portifólio Alinhando ESTRATÉGIAS com PROJETOS através da GESTÃO DE PORTFÓLIO Gestão de portfólio de projetos pode ser definida como a arte e a ciência de aplicar um conjunto de conhecimentos,

Leia mais