- Outra vez com essa história? Quando você tiver a sua casa. Eu é que não vou ficar limpando coco de cachorro.

Transcrição

1 Exercícios de Fixação e revisão - 6º ano PROFESSORA FERNANDA Texto: Ah, as mães... Escrito por Rosângela Dantas 30-ABR Mãe! - Uhm... - Quando é que eu vou poder ter um cachorro? - Outra vez com essa história? Quando você tiver a sua casa. Eu é que não vou ficar limpando coco de cachorro. Era a típica família classe média cada vez mais baixa de São Paulo. Dois meninos, ele e ela trabalhando fora, apartamento de dois quartos numa rua sem um pedacinho sequer de grama na calçada. O mais velho há uns dois anos queria ter um bichinho de estimação. Tentou todos. - Mãe, vamos comprar um cachorro? - Está maluco menino? Onde é que nós vamos enfiar um cachorro nesse apartamento? Além disso, dá muito trabalho. - E um gato? - Seu pai odeia gatos. - Um passarinho. - Passarinho é bicho pra viver solto na natureza. Não gosto de ver pássaro preso em gaiola. - Um hamster. - Mas será o Benedito? Não. Tem um xixi muito fedido. E chega, não falo mais nesse assunto. Mas o garoto era persistente e, além disso, bom de argumentação. Volta e meia voltava à carga, e como as mães têm uma paciência mesmo infinita, era a ela que ele tratava de convencer primeiro. Já tinha percebido que ganhando a mãe, era mais da metade do caminho andado. Não sabia o que ela fazia, mas que ganhava o pai, ah ganhava. - Mãe, achei o bicho ideal pra gente ter em casa. - Lá vem ele... Qual é o bicho agora? - Um peixinho. O papai disse que teve um peixinho quando era pequeno, e que o nome dele era Flipper. Ó: peixe não faz coco no tapete, não precisa levar pra passear, fica só nadando no aquário... Eu já sei até o nome que vou dar pro meu: Jorge. Meu peixinho vai se chamar Jorge. - Uhm... E você acha que não tem que limpar o aquário? - Um amigo meu tem um e diz que não dá nenhum trabalho. Acho que deve ser superlegal ter um peixinho de estimação. - Vou pensar. Pronto, ganhou. Na língua das mães "vou pensar" quer dizer: "tá bom, você venceu". Um sábado, depois do café, os pais anunciaram: - Vamos a uma loja dar uma olhada em aquários. - Oba. Eu vou ter um peixinho. Vai chover!!! O menorzinho, que até agora não tinha entrado na estória chiou: - E eu? Não vou ter um peixinho? - Pronto. Nós por enquanto só vamos ver. Não significa que vamos comprar. Na loja, ela foi logo avisando: - Quero um peixe que não dê trabalho. Nada de bombinha, plantinha, esses nhem-nhem-nhens. - Tem esse aqui que é um peixe de briga e que fica sozinho. Chama beta. É um peixe muito resistente, só precisa dar comida e trocar a água de vez em quando.

2 casa. Agora foi o pai quem chiou: - Peixe de briga? Não tem outra coisa? Esse mundo maluco de hoje, violência para todo lado, eu não quero um peixe de briga em - Mas eu não quero ficar perdendo tempo no sábado para cuidar de peixe. Se você quiser levar outro, é você quem vai cuidar. Enquanto discutiam o pequeno quase caiu de cabeça no tanque das carpas. Depois de uma bronca encontrou outra forma de se distrair: pegava uma balinha de uma bomboniére ao lado do caixa, abria, dava duas lambidinhas e jogava fora, depois era só pegar outra. Vendo que os pais estavam muito ocupados para ver o que aquela criança estava fazendo, a moça do caixa tomou uma providência: escondeu a bomboniére. Depois de meia hora acabaram encontrando o que queriam e saíram da loja não com um, mas com quatro peixinhos, dois para cada menino. E também o aquário, as pedrinhas, a comida e um monte de recomendações. - Procurem tratá-los com carinho. Pode parecer que não, mas os peixinhos sentem o afeto do dono. - Peixinho sente afeto? Essa é boa... - pensou a mãe. Ao entrarem no carro as crianças foram logo batizando os bichinhos. Os do mais velho se chamavam Jorge e Adriana, e os do mais novo, Kiko e Ariane. Montado o aquário, na hora de dar comida pela primeira vez foi aquele acontecimento. Mas foi então que perceberam que uma das raças era muito mais esperta que a outra. Ariane e Kiko abocanhavam tudo com uma agilidade incrível e deixavam Jorge e Adriana a ver borbulhas. - Mãe, o Jorge não conseguiu comer nada! - Ah, meu filho... É a lei do mais forte. Na Natureza é assim. Com o tempo ele fica mais esperto. Não esquenta. Mas à noite, depois que as crianças vão dormir, ela se pega olhando ternamente para o aquário, pensando o que fazer para Jorge e Adriana comerem. - Será que ele está doente? Fica só na parte de cima. Ai, meu Deus e se esse bicho morrer? O que é que eu vou dizer pras crianças? O marido entra com sua racionalidade: - Calma. Se morrer a gente compra outro, isso é peixe. Mas dentro de si ela sabe que já não é só um peixe. É o Jorge, e ela precisa encontrar uma maneira de fazê-lo comer, se não... como é que ele vai crescer e ficar forte, ora bolas? Rosângela Dantas é uma ribeirão-pretana que vive em São Paulo há muitos anos. É professora, tradutora e mãe. 1. Conjugue o verbo gostar retirado do texto: a) Verbo gostar Modo Indicativo Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito Eu Eu Eu Tu Tu Tu Ele Ele Ele Nós Nós Nós Vós Vós Vós Eles Eles Eles

3 Pretérito Mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito Eu Eu Eu Tu Tu Tu Ele Ele Ele Nós Nós Nós Vós Vós Vós Eles Eles Eles b) Verbo gostar Modo Subjuntivo Presente Pretérito Imperfeito Futuro Eu Eu Eu Tu Tu Tu Ele Ele Ele Nós Nós Nós Vós Vós Vós Eles Eles Eles c) Verbo gostar Modo Imperativo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo Eu Tu Ele Nós Vós Eles Eu Tu Ele Nós Vós Eles

4 2. Verbo é a palavra variável que pode ser conjugada no presente, no passado e no futuro. Retire do texto dois verbos no passado, dois no presente e dois no futuro: a) Presente b) Passado c) Futuro 3. Um verbo também indica uma ação, estado ou fenômeno da natureza. Escolha três verbos do texto que indiquem ação, estado e fenômeno da natureza e elabore uma frase com cada verbo escolhido. a) Ação: b) Estado: c) Futuro: 4. Verbo é a palavra variável que pode vir precedida pelos pronomes pessoais retos: eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as) que representam a 1ª, 2ª e a 3ª pessoas verbais. Agora responda: a) circule no texto todos os pronomes de 1ª pessoa no singular. b) sublinhe todos os verbos que acompanham o pronome circulado na questão anterior. c) quais os pronomes pessoais que não apareceram no texto? Escreva-os ao lado: 5. O modo de um verbo serve para indicar a maneira como o emissor expressa a ação verbal, o fato. * O modo indicativo indica a ação de modo certo, preciso. * O modo subjuntivo indica a ação de modo duvidoso, incerto, apresentando um fato como subordinado a outro. * E o modo imperativo indica uma ordem, um pedido. Agora escreva uma frase com um verbo retirado do texto que esteja no modo: a) Indicativo: b) Subjuntivo: c) Imperativo: 6. Responda as questões abaixo sobre os pronomes de tratamento: a) Qual o pronome de tratamento que a mãe utilizou ao falar com o filho? b) Qual o pronome de tratamento que você deveria utilizar se fosse falar com a moça do caixa? c) O menino ficou insatisfeito com o peixe (Jorge) e quer fazer uma reclamação por meio de uma carta para o gerente da loja de peixes. Qual pronome de tratamento que ele deverá utilizar para escrever essa carta ao gerente? 7. Observe a frase: a) Passe a frase acima para o plural. Será que ele está doente? b) Substitua o pronome destacado na frase acima por um pronome feminino. c) Escreva uma frase utilizando um pronome pessoal:

5 8. Retire do texto: a. dois substantivos simples: b. três verbos: c. quatro adjetivos: d. dois pronomes: e. um artigo masculino: um artigo feminino: 9. Escolha um substantivo, um verbo e um adjetivo do texto inicial e construa uma frase com essas palavras escolhidas: a) substantivo escolhido: b) verbo escolhido: c) adjetivo escolhido: Frase: 10. Observe as frases e responda: a) O velho pescador era magro e seco. Substitua o artigo O, o adjetivo velho e o substantivo pescador da frase ao lado por um pronome demonstrativo e um pronome de tratamento. *** era magro e seco. Pronome demonstrativo Pronome de tratamento b) O velho pescador era magro e seco. Passe a frase ao lado para o feminino. 11. Passe as frases para o feminino: a) Está maluco menino? b) Seu pai odeia gatos. c) O mais velho há uns dois anos queria ter um bichinho de estimação. d) Mãe, vamos comprar um cachorro? e) Mas o garoto era persistente e, além disso, bom de argumentação. f) O papai disse que teve um peixinho quando era pequeno. 12. Passe as frases para o singular: a) Onde é que nós vamos enfiar um cachorro nesse apartamento? b) E você acha que não tem que limpar o aquário? c) Peixinho sente afeto? d) O que é que eu vou dizer pras crianças? e) Meu peixinho vai se chamar Jorge. 13. Observe: Meu peixe está doente? a) O pronome da frase acima se refere a que pessoa? ( ) eu ( ) tu ( ) ele ( ) vós

6 14. Usando o prefixo íssimo, -imo, ou -érrimo, substitua o grau do adjetivo superlativo absoluto analítico pelo sintético. a) O caminho era muito perigoso. b) A lição foi muito fácil. c) O peixinho é muito amável. d) A mãe é muito sábia. 15. Observe a frase abaixo: Um amigo meu tem um e diz que não dá nenhum trabalho. a) Reescreva a frase acima substituindo a palavra amigo por amiga. b) Reescreva a frase inicial substituindo a palavra homem por amigas. c) Reescreva a frase inicial substituindo a expressão Um amigo meu por um pronome. tem um e diz que não dá nenhum trabalho.