CENTRO DE CIÊNCIA VIVA DE VILA DO CONDE METEOROLOGIA PARA A PROTECÇÃO CIVIL

Transcrição

1 CENTRO DE CIÊNCIA VIVA DE VILA DO CONDE METEOROLOGIA PARA A PROTECÇÃO CIVIL Manuel Costa Alves 29 Mar 2004

2 Gil Vicente / ROMAGEM DOS AGRAVADOS "Que chove quando não quero E faz sol das estrelas Quando chuva algua espero. Ora alaga o semeado, Ora seca quando hi há, h Ora venta sem recado, Ora neva e mata o gado E ele tanto se lhe dá. d Eu que o queria demandar Por corisco e trovoada Por pedrisco e por geada

3 PEQUENA IDADE DO GELO

4 Pieter Bruegel

5 Pieter Bruegel II

6 Tamisa em Londres

7 Nove meses de Inverno e três de inferno.

8 EFEITOS DAS ONDAS DE CALOR Intensificação de condições para incêndios florestais de grandes dimensões. Aumento da mortalidade e da morbilidade.

9 Castelo Branco 28Jul-15Ago Tmin Tmax

10 Lisboa-GC 45 Tmin Tmax

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13 Incêndios florestais ( ) 99)

14 Incêndios = Ignição + Combustível e Fisiografia + Meteorologia

15 DEPRESSÃO DE ORIGEM TÉRMICA T elevada; HR baixa; mov asc + V fraco var + Nortada + brisas regionais e locais nº elevado de incêndios fraca velocidade de propagação

16 Ruptura da circulação contornante da P. Ibérica T muito alta; HR mto baixa; mov asc fortes + V leste mod + brisas regionais e locais nº elevado de incêndios Mod / fortes velocidades de propagação

17 31 Jul 03 07h40

18 O fogo e a água são maus amos e bons criados. Serra queimada, terra alagada.

19 Nº DE ÓBITOS - AVALIAÇÃO DN Alentejo: mortalidade aumenta ~ 50% relativa/ a Mais dramática na população feminina. Óbitos de mulheres (593) > dobro média do quinquénio anterior (281). Algarve: aumento dos óbitos de 33% em relação a 2002, sendo 49% para o sexo feminino. Região Norte: + 29% Região Centro: + 26% - Em Trás-os-Montes e Beira Interior a subida deverá ter sido superior.

20 Jan-80 Jan-81 Jan-82 Jan-83 Jan-84 Jan-85 Jan-86 Jan-87 Jan-88 Jan-89 Jan-90 Jan-91 Jan-92 Jan-93 Jan-94 Jan-95 Jan-96 Jan-97 Jan-98 Jan-99 Jan-00 Jan-01 Evolução da mortalidade

21 ONDA DE CALOR

22 Onda de calor Junho 1981

23 ONDA DE CALOR Jun 81

24 ONDA DE CALOR Jun 81

25 ONDA DE CALOR

26 ONDA DE CALOR / JUN 81 Excesso de óbitos ,8 91,8 137,8 48,8 132,8 236,8 359,8 441,8 411,8

27 JUN 81 ÓBITOS OBSERVADOS E ESPERADOS OO OE OO/OE Portalegre 99 36,0 2,8 Santarém ,4 2,6 Braga ,9 2,5 Porto ,1 2,3 V. Castelo ,8 2,2 Lisboa ,8 2,1 C. Branco ,9 2,1 Coimbra ,0 2,0 Aveiro ,6 2,0

28 OO OE OO/OE Setúbal ,7 1,8 Leiria ,4 1,8 Beja 85 50,5 1,7 Viseu ,8 1,7 V. Real 97 60,1 1,6 Évora 65 46,0 1,4 Faro ,1 1,4 Guarda 66 60,2 1,1 Açores 67 65,9 1,0 Madeira 50 53,9 0,9 Bragança 42 46,2 0,9 Desconhec. 40

29 OO/OE (M/F)» ,0-14, ,9 2,2 1,8 2,2 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,7 1,9 1,4 1,9 1,8 1,7 2,7 M F

30 CHICAGO JUL mortos, 525 na cidade. 73 % com mais de 60 anos. Temperaturas equivalentes diurnas ultrapassaram 40 ºC. Temperaturas nocturnas acima de 30 ºC. Muitas das mortes ocorreram em casas sem ar condicionado ou em que não esteve ligado. Reduzida ventilação. Uso de energia aumentou enormem/ e houve falhas. Produtividade fortemente reduzida. Frangos morreram em massa. Sistema local de aviso e alerta inadequado. Hospitais de Chicago superlotados. Serviços de ambulância e assistência inadequados.

31 ONDA DE CALOR

32 ONDA DE CALOR - EFEITO URBANO

33 ONDA DE CALOR - EFEITO URBANO

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35 SENSAÇÃO TÉRMICA - TEMPERATURA EQUIVALENTE

36 SÍNDROMA DO CALOR Astenia Contracções musculares - diminuição do arrefecimento por evaporação origina transpiração excessiva e perda de sais. Prostração - transtornos do sistema termo-regulador com alterações do controlo vaso-motor e choque circulatório. Golpe de calor - falhas dos sistemas termo-regulador e cardiovascular. 31

37 CONHECIMENTO DO PROBLEMA Monitorização da evolução do nº de óbitos Monitorização da temperatura do ar no interior dos edifícios Determinação da temperatura crítica de um meio urbano Aviso de previsão de excedentes de mortalidade (por unidade territorial) Planos de emergência nacional, distritais e municipais

38 GRUPOS E SITUAÇÕES DE RISCO IDOSOS (especialm/ isolados) BEBÉS DOENTES CRÓNICOS DE CERTOS FOROS PESSOAS COM ALOJAMENTOS INADEQUADOS PESSOAS SEM ABRIGO HOSPITALIZADOS LARES, INFANTÁRIOS, RECINTOS PÚBLICOS, AUTOMÓVEIS

39 Prevenção estratégica Conhecimento do problema Planos de emergência Arquitectura bioclimática Leis e apoios financeiros à climatização Recenseamento das pessoas em risco Informação e formação pública

40 PREVENÇÃO PRÓXIMA Aplicação dos planos de emergência Conhecimento dos comportamentos adequados e inadequados Redes sociais de proximidade Alertas gerais e personalizados Abrigos climatizados

41 1996_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ANO_MÊS

42 VALORES EXTREMOS DA TEMPERATURA MÍNIMA DO AR Locais Tem peratura Mínima Absoluta ( C) Data de O corrência (Dia/M ês/ano) Período de Observação Montalegre /2/ Braga /1/ Bragança /1/ Miranda do Douro /1/ Mirandela /12/ Porto/S.Pilar /1/ Vila Real /1/ Pinhão /12/ Viseu /2/ Penhas Douradas /2/ Castelo Branco /12/ Guarda /2/ Lisboa/Geofísico /2/ Santarém /2/ Portalegre /1/ Évora /2/ Beja /2/ Alvalade /2/ V. R. Sto António /2/

43 Estudo University College Dublin Evolução da mortalidade : (Universidade de Dublin) Em 14 países da UE, é em Portugal que se morre mais no Inverno aumento de 28% = mortes prematuras. Espanha e Irlanda +21%; Grécia e RU + 18%.

44 UM FRIO DE MORRER Islândia não tem variação da mortalidade ao longo do ano - energia geotérmica muito barata. Em Nova Iorque é pequena. Há disposições oficiais que obrigam ao aquecimento das residências.

45 UM FRIO DE MORRER Trabalho científico interdisciplinar coordenado pela Protecção Civil. Conhecimento da dimensão distrital do problema. Informação/educação para a saúde. Identificação e contacto com os grupos de risco. Situações e comportamentos de risco. Avisos e alertas de emergência de protecção civil. Aquecimento dos hospitais, domicílios, lares, escolas, recintos públicos, etc.

46 Temporal 05 Nov Alentejo

47 05 Nov 97 01h00

48 05 Nov 18h00

49 05 Nov 97 21h00

50 05 Nov 97-12h00

51 05 Nov 97-18h00

52 06 Nov 97-00h00

53 Nov 97 Beja Sagres

54 05 Nov m 30 m 1 h 6 h 24 h - 24h Sagres 12,3 21,5 24,8 33,9 59,0 44,0 Faro 8,0 14,5 17,8 20,1 15,0 21,0 Mértola 3,5 8,7 11,7 24,1 40,0 10,0 Amareleja 8,8 15,5 18,3 41,6 76,0 10,0 Beja 15,6 34,7 44,4 85,2 111,0 9,0 181,5 mm/h

55 Salvada 05 Nov h / - 24 h 125,0 / 35,5 Sta Vitória 24 h / - 24 h 90,5 / 9,3 S. da Adiça 122,0 / 66,0 Barrancos 87,0 / 2,5 Sta Clara 117,0 / 18,7 Valada 87,0 / 28,0 C. Verde 112,0 / 30,0 V.Camelos 87,0 / 28,0 Algodor 109,3 / 9,8 Sta Iria 80,4 / 40,0 Serpa 107,0 / 0,0 Amareleja 79,4 / 17,1

56 Ciclone extratropical - 15 Fev 1941 Coimbra Vento máx inst 133 km/h; pressão atmosf mínima 937 hpa Lisboa Vento máx inst 129 km/h; pressão atmosf mínima 950 hpa

57 15 Fev 1941

58 M. Estoril 25 Nov

59 M. Estoril 25 Nov

60 Nov Sassoeiros

61 Comparação com períodos chuvosos que originaram cheias e inundações Locais 1978/ / / /2001 V. Castelo Bragança Vila Real Viseu P. Douradas Porto Coimbra C.Branco Portalegre Lisboa Évora Beja Faro Valores da quantidade de precipitação (mm)

62 07 Dez 00 00h

63 27 Jan 2001

64 06-07h 08-09h 10-11h 12-13h 14-15h 16-17h 18-19h 20-21h 22-23h Jan Jan h 02-03h 04-05h Cabril

65 Jan Jan h 02-03h 04-05h 06-07h 08-09h 10-11h 12-13h 14-15h 16-17h 18-19h 20-21h 22-23h Coimb

66 20/21 Mar Cabril Cabril

67 Porto Dez1995-Jan

68 Lisboa Dez

69 C Branco Dez

70 Porto Dez1978-Jan

71

72 Tavira 18 Dez 97

73 NEVOEIRO - 21 FEV 2000 (Mortes na A1, km 60)

74 NEVOEIRO

75 Castro Verde

76 TORNADO 10 MAR 99 Tornado na Moita e Barreiro

77 TORNADOS 06 Nov 54 - Castelo Branco 12h50 - duração 30 s. Uma enorme nuvem negra tendo um feitio estranho aproximava-se a uma velocidade fantástica. Escuridão profunda e um ruído espantoso, como se milhares de aviões passassem. 5 mortos e 220 feridos; mais de c prejuízos. 8

78 EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA

79 CENÁRIO DA TEMPERATURA PARA 2090 (-1/+8)(

80 O AR É A CASA MAIS ALTA - A MAIS RICA - DESTA ALDEIA Luiza Neto Jorge

81 NÃO HERDÁMOS A TERRA DOS NOSSOS PAIS; PEDIMO-LA EMPRESTADA AOS NOSSOS FILHOS.

82 No prever de antemão, está o acertar.

83 CICLO DE ANOS

84 CICLO DE ANOS

85 CICLO DE ANOS

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88 Portugal Continental (em relação à média )

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91 Portugal Continental Períodos Períodos de de aquecimento: aquecimento: a e a Período Período de de arrefecimento: arrefecimento: o mais mais quente quente dos dos últimos últimos anos anos 6 anos anos mais mais quentes quentes ocorreram ocorreram nos nos últimos últimos anos anos º 16º ano ano consecutivo consecutivo com com Tmin Tmin acima acima da da média média

92

93

94 Fenómenos climáticos extremos Clima actual Clima futuro Elemento Climático (X) Tempo (anos)